Olá, pessoal! Aqui é o Fred, do Zero, aula número 14. Estamos no livro do Jacques e da No, no capítulo 8, chamado "Mas o quê, né?
". No capítulo anterior, a gente trabalhou e fez uma divisão em três partes. É só uma questão da edição, que é algo fundamental na leitura e na compreensão do início até o final das obras e dos seus escritos.
Esse é um dos pontos fundamentais que se repete. No último vídeo, falamos sobre a compreensão do texto: recordar, repetir, elaborar. Quando a gente fala nessa elaboração, que não é uma laboração simplesmente de trazer para a consciência, é de simplesmente nomear a coisa.
Então, o sucesso que peguei emprestado é de um raciocínio do Lacan, no seminário 11, que ele vai dizer que se repete ao real como se repete o indizível. É que a própria função, e por isso ele coloca aqui toda a produção, a pulsão de morte. Seguindo nessa mesma linha, ainda nesta tarde, temos um texto de 1919, que é "Uma criança espancada".
Se você pegar aquilo, já que se dá, vai dizer que uma criança apanha. O Jorge 2 é assim fundamental para entender o que ele vai dizer. Algumas coisas que eu acho interessantes para pensar com relação a esse texto: deve-se colocar aqui que esse é um texto em si, "Uma criança espancada", que é pouco às vezes valorizado por alguns comentadores.
É mesmo Peter Gay, que tem uma biografia do Freud, e deixa de lado esse texto. Mas é algo bem interessante que ele fala; assim, é um texto de 1919, no mesmo ano que "O estranho ou o familiar", que trabalhei tempos atrás. Ele traz aqui que ele próprio ficou sem pacientes, e de 1916 a 1920.
Interessante que não foram 100 pacientes em tempo de guerra. Ou seja, até dois anos após o término da Primeira Guerra, manteve a família com extrema dificuldade. Para se ter uma ideia, várias vezes interrompeu o trabalho por mera falta de papel.
Tal situação que foge se encontrava, né? E quando sua mulher adoeceu, ele gritava pela harmonia. Só muito lentamente pôde se recuperar devido ao seu estado de manutenção.
Então, só para localizar historicamente o que está acontecendo, acho que vale a pena também. Estamos nos voltando, pois a ansiedade pode colocar aqui. Não teve um problema econômico do masoquismo, e talvez seja o principal trabalho em cima no capítulo 8.
Então, vou fazer mais um vídeo por capítulo hoje mesmo, para trabalhar a questão de "Uma criança espancada". Nunca vou trabalhar a questão do problema econômico do masoquismo, que já dei uma pincelada na aula passada. Vou colocar aqui, na aula de 19, "Uma criança espancada", uma criança espancada, o que você quiser.
Ele vai dizer aqui, nesse texto que aborda o masoquismo. Freud se baseia na análise de seis casos diferentes, mas pode ser que ele se diversificou sobre vários casos da sua filha, a Ana, que começou uma análise com seu pai. Nosso intuito não só fez uma análise com o pai, ou seja, contrariando aquilo que a psicanálise diz, que você não vai atender a pessoa que você conheça de proximidade.
E ele na Florida faz análise com o próprio pai. É um ponto de crítica muito grande historicamente. Raio X, um cara que vai criticar esse ponto, tinha um vídeo antigo no YouTube que desapareceu do "Racha Critical".
Essa postura toda no front, ainda na Ford, enfim. É que, inclusive, não deixavam ninguém se aproximar da filha. Na memória, se Jonas, uns dos foguetes, a ver com ela, o fato foi lá e cortou logo de cara.
Mas enfim, se a partir das fofocas, na parte caras e contigo da psicanálise, estão descendo um pouco mais aquela 3, faz 3 da fantasia de fustigação, para que faça interesse para as transformações sofridas por essas fantasias de fustigação, particularmente nos casos femininos que ele observou. Transformações que ocorreram em três fases sucessivas. São três fantasias, não são coisas que de fato aconteceram, são fantasias.
Lembrando que a gente vai construir um raciocínio que a fantasia é um elemento central na psicanálise, né? Se a coisa aconteceu de fato, se a coisa foi fantasiada, foi criada pelo próprio sujeito, elas não têm nível psíquico igual, têm a mesma validade, têm mais importância, têm a mesma força de verdade. Quem vai dizer aqui?
Três fantasias. Qual a primeira? Na primeira fase, o pai batia na criança.
A criança apenas olha de fora, não vai baixar uma criança estarem de fora, sem colocar a si mesma na cena. Trata-se de uma fantasia que nem sabe que é masoquista. Aí o contínuo de Jorge faz uma análise, são bem interessantes feitas aqui.
[Música] Depois, meu pai batia na criança, a frase que deve ser compreendida, no fundo, como "meu pai batia na criança que eu voltei". Essa crença de que está apanhando, neto, vai representar o complexo de inclusão com o irmão, na história em que entrara para o lugar. Eu sempre pergunto em aula, assim, né?
Quando nasce um irmãozinho, qualquer coisa que o co-irmão mais velho vai sentir. Obviamente, hoje, naquele, o irmão da cena, ela não imagina que "eu amo o meu irmão". Vamos tornar isso?
Eu amava, não, né? Pode ter se transformado depois da informação relativa à sobrelotação, sei lá, em alguma coisa. Mas, inicialmente, está perdendo seu lugar, a direção, está perdendo uma posição na família.
Então, tem esse sentimento, o estilo do craque. Então, esse "meu pai batia na criança que eu odeio", ele coloca essa fase conectada com o complexo de inclusão, na medida em que o irmão caçula atrai a afeição dos pais e, por conseguinte, o ódio da criança. Conquista ainda é o pai que bate, mas a criança que apanha é que até então fantasiava.
E ela experimentou um grande prazer nisso. A fantasia torna-se então o apoio do pai, pois exclusivamente no masoquismo pode haver acesso ao pai da informação interessante. Aqui, no entanto, o que não pode haver é acesso ao pai e ao prazer proveniente do pai.
É mais embaixo. Vou fazer uma comparação com relação à religião, nesse sentido, e vou dizer que nessa segunda fase, essa não é uma fantasia, mas uma construção do sujeito: a construção fantasmática da criança. E vou dizer que não, a origem exterior a essa fantasia, por aquela via inconsciente.
Estão pensando na primeira. Você tem lá um completo de inclusão, decorrente disso, mas nesse caso aqui se trata de uma construção. O Coutinho, Jorge Valdano, corrido aqui, fundamentos 2, ele vai dizer o seguinte: é que nessa segunda fase, na passagem da primeira para a segunda, ocorrem profundas transformações na fantasia.
A fantasia continua tendo como pessoa que bate o pai, mas nesse momento quem apanha é a própria criança. E a fantasia, e aí o que Jorge coloca, pode ser resumido em outra frase: "Sou espancada pelo pai. " E logo possui um caráter inequivocamente masoquista.
Essa segunda fase é uma construção da análise; é inconsciente, jamais se torna concentração. A construção, a inferência, não vai aparecer, não tem algo que de fato explique o porquê de só aparecer. Então, assim, na terceira fase, a pessoa própria da criança que fantasia não aparece; ela se mantém no anonimato.
Essa terceira fase é portadora de uma situação extremamente forte, que conduza a uma satisfação. Eu ia pegar aqui no último Jorge que vai colocar: a terceira fase é semelhante à primeira, pois ela é igualmente consciente. Então, hoje, eu tenho uma consciente ou inconsciente da segunda.
Mão com sede da terceira, toque é consciente como substituto da fantasia inconsciente em sua configuração definitiva. A pessoa que bate nunca o pai pode ser um adulto indeterminado, como na primeira fase, e pode ser um substituto do pai, como o professor ou qualquer outra autoridade. Próprio assinala que a fantasia na terceira fase volta novamente ao sadismo da primeira.
Um sadismo na primeira, o masoquismo na segunda, um retorno ao sadismo na terceira. Mas, de todo modo, a terceira fase, para eles, é de que apenas na forma, pois a satisfação do produto é masoquista. Agora, vou pegar aqui a sequência do que ele traz.
É uma coisa interessante pensar que até então a gente está falando de fantasias ligadas a fazer o prazer de perturbar, completar e prazerosa. Quando você pega uma criança espancada, você já vê o Freud escrevendo as fantasias mais baseadas. Agora, no que vem construindo, que a ideia de pulsão de morte foi o assunto das outras aulas, então a dimensão do sofrimento passa a entrar como elemento constituinte da fantasia.
Não é só mais uma fantasia de prazer, mas a fantasia do sofrimento que entra junto nessa construção. Aí, atrás aqui, já que dá, ele traz um trecho do já cursou as suas confissões que vai dizer assim sobre a senhorita no ABC e que o chico tear. Ele percebeu que a dor experimentada, que a vontade de procurar a volta do mesmo, também tem merecido, pois encontrará na dona, na própria vergonha, uma mescla de sensualidade que deixa em mim mais desejo que tem o mundo, experimentá-la novamente pela mesma mão.
Só que é interessante ver mais para frente: ninguém acreditaria que um castigo sofrido aos oito anos de idade, através do amor de uma moça de 30 anos, teria decidido meus gostos, meus desejos, minhas paixões, criando decidido pelo resto da vida. Isso precisamente no sentido contrário ao que deveria se dar naturalmente. [Música] Aposentado durante muito tempo, sem saber por que eu demorava, com olhar impetuoso, às pessoas belas, minha imaginação recordava-as incessantemente, apenas para colocá-los em ação ao meu modo de fazer delas outras senhoritas.
Lamb. Então, aqui, é que está mostrando, no caso do jogo, o sono já começou trazendo essa lembrança. A memória que, de alguma forma, essa fantasia, na verdade, tem experiência, tem o registro de uma fantasia feita disso.
Então o sofrimento foi alterado depois como componente excitatório. E é interessante trazendo isso, porque você vê essa dimensão. Ele já coloca que, com essa característica perversa, que está sempre impregnadas nas fantasias, por mais que existam a superação da perversão, pensando em todo o processo.
Indica onde vai falar aqui sobre Hedi Santas. Às vezes, permanecem de alguma forma com essa origem perversa. Em muito desse raciocínio da fantasia perversa que o Freud já dava, os rendimentos em 1905 vão ser então verificados, vão ser ampliados e mais aprofundados nesse sentido, a partir da ideia de pulsão de morte do estranho.
Olhando, então, inclui a dimensão do sofrimento na fantasia. É que mais que vai trazer aqui. Então, quer dizer assim: bom, então nessa cena, assim como ação de consignação que foge, descrevem uma criança que apanha ou espancada, preciso observar que nenhum dano sofrido, as crianças que apanham, não sofre nenhum ferimento.
Além disso, tanto nessa fantasia como nas relações perversas, encontra sempre uma forma de anonimato. E ela vai dizer sim quais são os destinos dessas fantasias e de fustigação. Nesses destinos dessa fantasia de perversão, coloca aqui, não cessa de subsistir para o resto da vida.
Então permanecem essas fantasias. Não vão sucumbir à repressão, ser substituídas por uma formação relacional e de transmutar sem sublimação. Olha que interessante que ele faz para ela, para explicar, se esse trecho do Rio Sul.
Quando persistem, no adulto, as fantasias se traduzem sobre a fama de racismo sexual, nas prevenções, um fetiche sismo com diferentes formas, inversão. Essas escolhas são pós-fixadas na infância, muito antes do édito, como demonstra o caso já. Com a sopa, no qual tudo estava determinado aos 8 anos, é interessante que ele vai trazer aqui uma parte mais "virando a página" 124, que vai fazer um pouco como se fosse uma fantasia anterior à própria.
É dito que sua fantasia fundamental já está ali. Não vai dizer assim: "o hoax", e da Elc interessante conteúdos, aplicações vão comigo aqui as fantasias em que estão a serviço de algo, de uma posição que desejamos manter. Até legal essa coisa: não somos objetos, somos sujeitos que organizam as próprias fantasias.
Em outras palavras, a situação em que me encontro é a situação na qual eu me coloco. Frase, né? Você deveria imprimir assim: "uma pedra no consultório".
Na sua vida, torna-se mais uma vez a situação que me encontro, a situação na qual me coloco. A situação que construí, minha fantasia, é aquela à qual quero chegar. Isso nos conduz à distinção que se estabelece entre dois temas fundamentais em sua análise: o lugar e a posição, duas coisas diferentes.
Ele diz que guardar o lugar no qual me coloco determina a posição psíquica como efetiva. É melhor, com efeito. É importante lembrar que há sempre uma dimensão muito ativa na fantasmagorização, na fantasia.
Exemplos que ele vai dizer mais embaixo, eu acho um ponto muito importante. Dispensar. Retomando agora nas fantasias, na primeira você tem lá, nessa vertente física, a questão do ciúme completo de inclusão, que a gente já falou com Jorge, e na segunda fase, a: eu apanhava do pai.
No aspecto, nós o quiser, vai colocar a inter. Vem um fator interno à psique, que é o sentimento de culpa. É muito interessante; muitas vezes parece que a culpa decorre de alguma coisa, né?
E aí, nesse caso, parece que a culpa está na gênese da coisa até eles. Mas embaixo, aqui nessa fase, totalmente inconsciente, que a segunda não se trata de uma repressão secundária de Piana, mas de um inconsciente originário operado pelo sentimento de culpa, ele próprio de origem desconhecida. É muito legal aqui pra gente poder fechar, porque tem muita coisa ainda para trabalhar.
Mas é na região, a região uma fonte de culpa. Então, o cristianismo trabalha com a ideia da culpa: Cristo morreu por nós, então agora vêm aqui fazer via, é um processo de renovação retroativa. Tiro pra tentar nos levar à culpa.
Talvez, se você tiver essa região, que colocasse isso. Quando você pega esse raciocínio do Freud, dessa vez inconsciente originário de culpa, inconsciente originário, vai ter uma inversão disso. É muito mais na estrada, mais de uma culpa decorrente da religião, mas sim uma necessidade de criar-se uma religião por consentimento originário de culpa.
Entende que é um raciocínio que você pode usar? Porque as coisas… Falou um dos vídeos, provavelmente que a pessoa não se sente culpada por cometer um crime, né? Ela comete um crime porque se sente culpada.
É uma inversão, assim, muito interessante na psicanálise. Machucado você escutar isso e pensar um pouco sobre isso, de maneira a usar mais e a pensar algumas implicações disso. Do tipo: a pessoa comete, ao que parece, essa… Ele via como comédia pela coisa.
Não comete um crime, pode ficar aliviado que, de alguma forma, a culpa era tão grande, mas faltava ali o ato. Não é pra dar no nome para tudo aquilo, é dar contexto daquilo que é seu objeto, que possa repousar essa culpa. Então, você pode chegar dessa forma.
Então, este texto do Dou uma Criança Espancada mostra uma grande evolução da fantasia. Pode falar em 1905, os três ensaios e a fantasia, com a pasta a ser pensada a partir de 1909, e já tá… Verdade, deixa o desejo muito na correria. Pode já estar mostrando um sentimento em conceito de culpa, nem é uma coisa já está presente.
Ainda tentam entender a gênese disso. Aí, nesse texto, dá mais um passo no caminho de entender, então, senti uma dica ordinária que aparece nessa segunda fase, que vai vir, então, uma montagem de uma fantasia masoquista. Ela, isso.
Bons estudos e até o próximo vídeo!