Luciano Subirá - O DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO | FD#45

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Luciano Subirá
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Video Transcript:
O tema do vídeo de hoje é o dízimo do Novo Testamento. Hebreus, capítulo sete, verso oito, afirma: "Aliás, aqui os que recebem dízimos são homens mortais, porém ali o dízimo foi recebido por aquele de quem se testifica que vive. " O autor de Hebreus vai nos apresentar uma perspectiva, uma simbologia importantíssima sobre o dízimo, e ele claramente sinaliza que está relacionado com a pessoa de Cristo.
Mas antes de falar a respeito do assunto, já ciente de que a própria questão não só do dízimo, mas de muitos aspectos da Lei de Moisés, quando aplicados no contexto do Novo Testamento, acabam sendo assuntos muito debatidos, discutidos as pessoas têm uma dificuldade enorme de lidar com o que continua da lei e o que não. Para muitos, os critérios de interpretação e relação entre a lei de Cristo e a de Moisés parecem ser vagos, subjetivos mas a Bíblia traz um ensino sobre isso. Eu gosto de dizer que normalmente a gente só precisa juntar as peças do quebra cabeça.
Então, se você caiu nesse vídeo sem ter assistido alguns vídeos anteriores, porque estamos trazendo aulas sequenciais e progressivas, eu quero recomendar que você assista primeiro: Mudança de Lei - parte um e parte dois, antes de continuar assistindo esse vídeo. Vai fazer muito mais sentido a construção, o assunto será recebido de uma maneira completa e com os devidos fundamentos, mas até para encorajá-lo a assistir os vídeos de Mudança de Lei - parte um e dois ou mesmo se você já assistiu há algumas semanas, eu quero rapidamente recapitular. Hebreus 7, o texto que nós vamos estudar aqui diz, no verso 12, que onde há mudança de sacerdócio, há mudança de lei.
E a Bíblia está falando da mudança do sacerdócio levítico, da antiga Aliança, da lei de Moisés para o sacerdócio de Cristo, da Nova Aliança. E a Bíblia diz: "com mudança de sacerdócio há mudança de lei. " Ou seja, quando a Bíblia diz em Romanos, capítulo dez, verso quatro, que o fim da lei é Cristo, não está falando de distinção de lei, não está falando de desaparecimento, de aniquilação, e sim de mudança.
E com a mudança nós precisamos entender que não se justifica dizer que não estamos mais debaixo de nenhum tipo de lei. Em primeiro aos Coríntios 9. 21, o apóstolo Paulo declara: "Não estando sem lei, mas debaixo da lei de Cristo" e na lei de Cristo, nós precisamos entender, em relação ao Antigo Testamento, o que passa para o Novo e o que não.
Muita gente tem a mania de trazer coisas demais que não deveriam ter sido trazidas e se tornam legalistas, judaizantes. Mas há outros que têm a mania de jogar tudo fora, inclusive aquilo que não deveria ser jogado. Então, há pelo menos cinco aplicações ou perspectivas, aspectos diferentes através dos quais, pelo Novo Testamento, nós enxergamos o Velho.
E olhando para o próprio ensino de Cristo, a primeira delas é a reforma. Quando um assunto literalmente mudou. Jesus disse: "Ouvistes o que foi dito aos antigos.
Você vai odiar os seus inimigos. " Ele falou: "Eu, porém, vos digo outra coisa: você tem que amar os inimigos. " Então nós chamamos isso de reforma.
Aquilo se extinguiu. Não houve continuidade e algo completamente novo foi estabelecido. Mas essa é a única forma que Jesus tratou?
Não. Ele também tratou em segundo lugar, com o que chamamos de ampliação. Ele diz: "Ouviste o que foi dito aos antigos: não adulterem.
" E diz: "Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura". Aqui Jesus não revogou o mandamento sobre o adultério, mas o ampliou. Esse segundo aspecto nós chamamos de ampliação.
O terceiro é o cumprimento. Hebreus 10. 1 diz que a lei não tem a imagem exata das coisas, e sim a sombra de bens vindouros.
Então, quando Cristo diz em Mateus 5. 17: "Eu não vim revogar a lei, eu vim cumprir", Ele está dizendo: "Eu não vim meter o pé e jogar tudo fora. Eu vim cumprir.
" Cumprir o quê? O aspecto profético. E tudo aquilo que simbolicamente e profeticamente apontava para realidades que se cumpriram em Cristo, sombras de bens vindouros, elas, a partir do cumprimento, tem um novo significado.
Então a circuncisão claramente não continua de forma literal, mas continua de forma simbólica, assim como a oferta de incenso, que é vista como a oração dos santos. Além dessa lente, temos também ajuste, que é o que vamos explorar nesse vídeo. Em ajuste, nós temos dois tipos de ajustes ou nós temos uma mudança de prática com continuidade de propósito, ou nós temos mudança de propósito, com continuidade de prática.
Mas nós temos ou o propósito ou a prática entrando com algum ajuste acontecendo. Em quinto lugar, permanência. Por exemplo, a Bíblia nos ensina no Novo Testamento a continuar não comendo o sangue nos exatos termos em que isso acontecia no Antigo Testamento.
A proibição do homicídio continua da mesma forma como antes. E nós precisamos de uma leitura clara sobre essas coisas. Portanto, eu preciso encorajá-lo a assistir esses vídeos porque estamos, como eu disse, construindo progressivamente.
Dito isso, vamos voltar para o livro de Hebreus. Em primeiro lugar, eu quero destacar aqui como nosso ponto de partida o ensino de Hebreus. A primeira coisa que eu quero falar sobre este ensino de Hebreus é que há uma construção da linha de raciocínio envolvendo já muitos capítulos.
Mas no final do capítulo seis, nos versos 19 e 20, vamos entender o contexto. A Bíblia diz assim: "Temos esta esperança por âncora da alma, segura e firme que entra no santuário, que fica atrás do véu". De que santuário ele está falando?
Do santuário de Moisés. Mas ele diz assim: "onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque" E aqui ele está citando o Salmo 110. 4: "O Senhor jurou e não voltará atrás: você é sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.
" Então há uma mescla de assuntos. Em primeiro lugar, ele está falando do santuário de Moisés, que é algo ligado à Lei, mas ele fala de Jesus entrando além do véu. Ou seja, agora ele está usando a simbologia do Antigo Testamento e do tabernáculo de Moisés para falar da obra que Cristo realizou e concretizou por nós.
Mas ao introduzir o ensino de Cristo e do seu sacerdócio, ele já entra com uma declaração profética e messiânica de que Cristo é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque. Por quê? Cristo procede da tribo de Judá, ele não era da tribo de Levi, tribo exclusiva chamada exclusivamente para o sacerdócio, sendo que nenhuma outra poderia.
Então é esse contexto aqui da mudança de sacerdócio que vai sustentar a declaração de Hebreus 7. 12, um pouquinho mais para frente, onde há mudança de sacerdócio, há mudança de lei. Então, quando ele começa o conceito de mudou o sacerdócio levítico para o sacerdócio de Cristo, ele agora compara Cristo como sendo o sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque.
Dito isso, ele vai falar agora sobre Melquisedeque e a sua simbologia nas Escrituras, verso um do capítulo sete: "Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, foi ao encontro de Abraão, quando este voltava da matança dos reis, e o abençoou", uma referência a Gênesis 14. "Foi para ele que Abrão separou o dízimo de tudo. Primeiramente o nome dele significa rei da justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei da paz.
Sem pai, sem mãe, sem genealogia, ele não teve princípio de dias nem fim de existência, mas, feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre. " Então, nós vamos tomar aqui algumas dessas declarações que são importantes nessa analogia entre Cristo e Melquisedeque. Existem duas linhas de pensamento, basicamente, na teologia.
Uma acredita que Melquisedeque é uma teofania, uma manifestação do próprio Cristo, e a outra linha acredita que Melquisedeque é um tipo, um símbolo, uma figura de Cristo, particularmente a linha que eu adoto. Eu não quero discuti-la profundamente. O assunto requer muito debate, mas a Bíblia diz que ele foi feito semelhante ao Filho de Deus.
Se ele é o Filho de Deus, uma teofania, ele não pode ser feito semelhante a quem ele já é. Então a Bíblia tem que dizer que ele é o Filho de Deus. Então, para mim, essa declaração "foi feito semelhante" é figurativa.
Alguns defendem: "Ah, mas ele não tinha pai, mãe, não tinha genealogia, não tem começo nem fim. É Cristo. " Não, por não ter a genealogia registrada na Escritura, ou seja, não tem pai e mãe, não tem o registro do nascimento, nem da morte, a Bíblia toma isso como uma figura da preexistência do Cristo eterno, porque o Cristo humano tem começo de dias e ele tem genealogia.
Então nós precisamos entender que é dessa maneira que a Bíblia diz que ele é feito semelhante. A ausência de alguns detalhes não é apresentada de forma acidental, mas intencional, como uma referência a Cristo. Dito isso, agora o verso quatro vai continuar falando de Melquisedeque, mas é importante que a gente entenda que ele simboliza Cristo.
No entanto, a verdade que eu vou aplicar aqui sobre o dízimo ela não muda para esses dois grupos, para aquele que acredita que é Cristo, uma teofania e para aqueles que acreditam que Melquisedeque é só uma figura de Cristo. A verdade final, ala não vai mudar em absolutamente nada. Mas vamos seguir a leitura.
Verso quatro: "Vejam como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos. Ora, os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio, têm ordem, de acordo com a lei, de recolher os dízimos do povo, ou seja, dos seus irmãos, embora sejam descendentes de Abraão. " Todos procedem do mesmo patriarca, mas uma tribo foi privilegiada e recebeu da parte de Deus o direito de receber os dízimos e isso determinava o seu sustento.
Agora olhe o verso seis: "Entretanto, aquele cuja genealogia não se inclui entre os filhos de Levi", está falando de Melquisedeque como figurando Cristo, "recebeu dízimos de Abraão e abençoou aquele que havia recebido as promessas. Evidentemente, não há dúvida de que o inferior é abençoado pelo superior. " Se você pega a linha de pensamento do livro de Hebreus desde o início, ela visa enfatizar a superioridade do sacerdócio de Cristo.
Por exemplo, no capítulo três, "Moisés foi fiel sobre a casa como servo. Cristo, porém, como filho". O tempo todo o sacerdócio de Cristo está sendo exaltado em relação ao sacerdócio Levítico da lei de Moisés.
Então, aqui no verso sete diz: "Evidentemente, não há dúvida de que o inferior é abençoado pelo superior. " Então, quando lá no verso quatro, ele está dizendo: "Veja como era grande esse a quem Abraão deu o dízimo", ele está dizendo" "Se Abraão se inclina diante dele para ser abençoado por ele, e é o maior que abençoa o menor, então esse homem é maior do que Abraão. Esse homem é maior do que a tribo de Levi, que procede de Abraão.
" Essa é a ênfase. Dito isso, o verso oito diz assim: "Aliás, aqui os que recebem dízimos são homens mortais", ele está falando da tribo de Levi, ainda no sacerdócio no Antigo Testamento, a lei de Moisés recebendo os dízimos e no exemplo que ele dá aqui. Mas quando ele diz assim: "porém ali", ali ele faz a referência de Gênesis 14, que é o exemplo que ele está dando, "porém, ali o dízimo foi recebido por aquele de quem se testifica que vive".
Ou seja, seja Melquisedeque uma figura de Cristo ou uma teofania, a Bíblia claramente apresenta que quem recebeu os dízimos aqui foi Cristo. E a partir do momento que isso é declarado, o verso nove diz: "E, por assim dizer", por assim dizer, é figura de linguagem a tipologia que vai ser apresentada, "também Levi, que recebe dízimos" dos seus irmãos, das outras tribos, "pagou-os na pessoa de Abraão. " E o verso 14 explica como Levi fez isso.
"Porque Levi, por assim dizer", novamente, "já estava no corpo de seu pai Abraão", o original diz: "ele estava nos lombos de seu pai Abraão, quando Melquisedeque foi ao encontro desse. Ou seja, a Bíblia está dizendo que quando Abraão se curva diante de Melquisedeque que representa Cristo, Levi, que ainda não existe, porque na verdade é o seu bisneto, Abraão ainda iria gerar Isaque, que por sua vez iria gerar Jacó, que Deus mudaria o nome para Israel, que iria gerar entre tantos filhos, Levi. Mas a Bíblia está dizendo que Levi estava nos lombos de Abraão.
É lógico que, naturalmente falando, ele não está lá. A Bíblia pega algo simbólico para dizer que quando Abraão se curvou, quem se curvou foi a tribo de Levi, entregando os dízimos a quem? Melquisedeque, que é figura de Cristo.
Gente, honestamente, se esse texto não está falando da passagem dos dízimos da antiga Aliança para a Nova, do antigo sacerdócio para Cristo na Nova Aliança, me explica qual é o propósito dessa declaração do livro de Hebreus? Porque todas as pessoas que têm se posicionado contrárias ao ensino do dízimo na Nova Aliança em primeiro lugar, não entendem as aulas que já demos antes sobre mudança de lei e sobre as aplicações, o que passa e o que não, e eles fazem uma salada e uma confusão. É por isso que nós tentamos estabelecer esses fundamentos antes.
Segundo, ninguém oferece nenhuma explicação para uma declaração tão forte e específica como essa do livro de Hebreus e eles preferem fazer de conta, fingir que isso não está lá. "Não, não é bem assim. " Bom, não é bem assim?
Me diga como é. Porque simplesmente as pessoas tentam negar a presença do dízimo no Novo Testamento somente baseado no quê? "Ah, não se fala quase.
" OK, mas o que se fala comunica o quê? Porque a pergunta não é o quanto fala. Eu vejo argumentos que são ridículos.
Outro dia alguém falou mas a Didaquê, o mais antigo documento de catecismo cristão já encontrado, não menciona o dízimo. E a minha pergunta é: A Didaquê é a Bíblia? Então nós vamos pegar falta de uma informação da Didaquê que não nega a questão do dízimo, só simplesmente não menciona, para simplesmente tentar contradizer o que a Bíblia claramente diz?
Ou seja, são sempre subterfúgios e tentativas de forçar aquilo que a pessoa já resolveu acreditar a parecer que aquilo é a verdade. Honestamente, quando nós olhamos para o ensino de Hebreus, o que o autor nos quis comunicar? Em primeiro lugar, o sacerdócio de Cristo superior ao de Levi.
OK, não há discussão sobre isso. Segundo, que Cristo, o sacerdócio superior a Levi, é da ordem de Melquisedeque. Agora, para quê falar de Abraão se curvando diante de Melquisedeque para entregar os dízimos e relacionar Levi com Abraão para dizer que Levi está entregando os dízimos ao próprio Cristo?
Se não há uma transmissão dos dízimos que pertenciam ao antigo sacerdócio na mudança de sacerdócio, e agora eles sendo redirecionados para Cristo, qual é o propósito dessa comparação? O que, prática e objetivamente falando, o autor de Hebreus queria nos comunicar? Para mim, não há nenhuma outra lição a não ser a passagem do dízimo.
O dízimo era a décima parte da renda. Agora, sempre que falamos do que passa do Antigo para o Novo Testamento, nós temos uma série de filtros. Então, por exemplo, o apóstolo Paulo, que diz que o fim da lei é Cristo, está falando, obviamente, da lei de Moisés, ele mostra que não é fim no sentido de não há mais nenhum tipo de lei.
Ele está falando do fim de uma lei específica, não de todo e qualquer tipo de lei. A prova é que o mesmo Paulo em 1º Coríntios 9,21 diz: "não estando sem lei, mas debaixo da lei de Cristo. " Então Cristo disse claramente que ele nos dava mandamentos, e ele diz que aquele que tem seus mandamentos e os guarda é aquele que o ama.
Ou seja, os seus mandamentos eram para ser guardados. Ele nos mandou fazer discípulos das nações gentios, não judeus, e mandou ensiná-los a guardar tudo quanto ele havia ordenado. Então temos mandamentos.
Então, normalmente nós olhamos: o que é que Cristo ensinou, como os apóstolos, debaixo da autoridade e orientação de Cristo, replicaram o que ele falou, ampliaram o que ele falou ou acrescentaram algumas coisas que na época ele não falou. O próprio Jesus disse aos seus apóstolos em João, no capítulo 16, Ele disse: "Tenho muito o que vos dizer, mas vocês não podem suportar agora. " Então ele diz: "Quando vier o Espírito da Verdade, ele vos comunicará", obviamente, Jesus deixou claro que Ele não tinha fechado todo esse pacote e que muita coisa seria transmitida ainda a eles.
O próprio Cristo ressuscitado, entre a sua ressurreição e assunção ao céus, aparece aos seus apóstolos durante 40 dias, falando a respeito das coisas concernentes ao Reino de Deus. Paulo, que não estava entre esse grupo, diz depois por meio das revelações: "Porque eu vos entreguei aquilo que também recebi do Senhor. " Então os apóstolos obviamente estavam debaixo da autoridade do Senhor.
Não podemos olhar para o livro de Hebreus e dizer que ele está desconectado do que Cristo queria para sua igreja. Nós precisamos olhar para a Escritura e entender o seu todo. Dito isso, se em primeiro lugar nós olhamos para o ensino de Hebreus, em segundo lugar, eu gostaria que a gente pudesse olhar um pouco para as declarações de Jesus ligadas ao assunto do dízimo.
O que é que Cristo falou sobre o dízimo? Se é Ele quem determina a nova lei, João 1. 17 diz: "A lei foi dada por intermédio de Moisés a graça e a verdade por meio de Jesus", se Moisés determinou a Lei, Cristo determina a graça e os seus mandamentos.
Então a pergunta é: O que Ele falou? Em primeiro lugar, eu e você não podemos ignorar uma declaração que está aparentemente, alguns podem olhar e dizer: "Não, ela não fala diretamente sobre o dízimo", OK, mas vamos olhar o que ela diz? Em Mateus no capítulo 22, depois de ter pedido às pessoas: "Me mostrem um denário" e as pessoas terem mostrado e ele perguntado: "De quem é a figura?
" e eles responderem: "de César", o texto de Mateus 22. 21 diz: "Então Jesus lhes disse: Deem, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. " Então toda a discussão começa com as pessoas fazendo uma pergunta direta: "É lícito pagar o imposto, o tributo a César ou não?
" O que é que Jesus responde? "Me mostra aí a figura do dinheiro. De quem é a imagem que está aí?
" Eles dizem: "de César". Ele, diz: "Então paga a César o que é de César. Em primeiro lugar, Jesus sustentou o imposto e ele sustenta os impostos, declarando que César tem um percentual, uma fatia proporcional ao ganho que pertence a ele na forma de tributo.
É isso que são os impostos. Os impostos sempre foram taxas sobre o lucro, sobre o ganho. Agora Jesus aproveita essa discussão de "vamos pagar ou não pagar o que é devido a alguém" e ele coloca Deus na história.
Alguns simplesmente tentam dizer: "Não, Jesus estava falando de dar a Deus o que é de Deus, que são coisas espirituais, não naturais. " Por que é que ele relacionou com o pagamento monetário e financeiro? Ao longo das Escrituras, Deus tem estabelecido contribuições e a Bíblia nos mostra que nós devemos simplesmente dar a Ele o que é Dele.
Então, por exemplo, em Malaquias três, falando dos dízimos, Deus diz que aqueles que não estão entregando estão roubando, porque o dízimo é dele. Aí Deus pega a única contribuição que é reconhecidamente declarada como sendo Dele, que é o dízimo, Jesus pega a mesma figura, porque o dízimo você tem, por exemplo, três níveis de contribuição na Bíblia: esmola, ofertas e o dízimo. Esmola e oferta não são percentuais sobre o ganho, sempre são espontâneos.
A única das contribuições percentuais é o dízimo. Então Jesus pega algo que pertence a Deus, que tem a mesma figura do tributo a César com o percentual, e diz: "Vocês vão dar a Deus o que é de Deus", por quê? Porque Ele sabe que quem tenta dar uma de esperto com César vai tentar dar de esperto com Deus e estamos falando de questões financeiras.
Então o próprio Jesus ele aborda o assunto. Alguns diriam: "Ah, não foi uma abordagem direta, foi indireta. " OK, então vamos para uma abordagem direta.
Em Mateus 23. 23, Jesus se dirige agora aos fariseus. Quando você observa em todos os evangelhos, em todas as conversas de Jesus, o que você vai perceber?
É que ou Jesus estava confrontando os fariseus pelas suas práticas, ou mesmo quando eles faziam alguma coisa certa, Jesus os confrontava por fazerem a coisa certa, do jeito errado. Então, nem sempre o que eles estavam fazendo era em si, errado. Às vezes o que eles estavam fazendo era certo, mas a coisa era errada.
A forma de fazer a coisa certa era errada. Então, por exemplo, eles estavam dando esmolas. Não era errado, mas faziam isso para aparecer.
Então, a maneira de fazer era errada. Eles estavam jejuando mas Jesus ensina seus discípulos: "Não façam como os hipócritas. " O que eles estavam fazendo era certo, mas a maneira era errada.
O único momento nos evangelhos em que você vai ver Jesus não dizer que eles estão errados, nem no que fazem, nem em como fazem, o único momento que Jesus bateu palma para eles e disse: "Vocês estão certos", foi no assunto dízimo. Mateus 23. 23: "Ai de vocês, escribas e fariseus, hipócritas, porque vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezam os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé.
" Ele diz: "Vocês deviam fazer estas coisas sem omitir aquelas! " Ou seja, Jesus está dizendo: "Não é porque vocês estão certos no dízimo que isso dá a vocês o direito de omitir coisas que são importantíssimas na lei, até mais importantes, como a justiça, a misericórdia, a fé. " Jesus não diz que eles estavam errados dizimando, nem na forma como estavam fazendo, apenas que eles não poderiam se esconder atrás disso para omitir outras coisas.
Ou seja, quando olhamos para as declarações de Jesus, não há: "Ouviste o que foi dito aos antigos: Deem o dízimo. Eu, porém, vos digo: acabou. " Não existe uma declaração de Jesus que apresente remoção.
Não existe uma declaração de Jesus que apresente uma adaptação. Não existe uma declaração de Jesus que trata o assunto do dízimo como simbólico, nem dos apóstolos em tudo o que eu estou falando. A única coisa que nós temos no livro de Hebreus é um ajuste.
O ajuste, eu vou explicar antes de terminar o vídeo, é quando nós temos uma continuidade de propósito com mudança de prática ou uma continuidade de prática com mudança de propósito. Alguma coisa foi ajustada, ou seja, ele não passou 100% e aí temos permanência, que é quando passa a 100%, não é o caso do dízimo, ele se classifica no ajuste. Então, se Jesus não revogou, não reformou.
Se Jesus simplesmente não ampliou. Se Jesus, simplesmente, nem ele nem os apóstolos, trataram como uma figura que tem um cumprimento simbólico, como é o caso do sábado, se ele também não declarou permanência mas apresenta no formato de ajuste, a pergunta é: Por que dizer que, com poucas referências bíblicas sobre o dízimo no Novo Testamento, não podemos formar doutrina? Nós temos pelo menos duas explícitas e uma implícita.
Como que não podemos formar doutrina? O que talvez a gente não possa é esgotar todos os detalhes da doutrina como gostaríamos, mas não dizer que ela não existe. Então, falando sobre a mudança de propósito.
Por exemplo, o apóstolo Paulo escreve em primeiro aos Coríntios 9 e ele cita um texto lá de Deuteronômio: "Não atarás a boca do boi que debulha. " Então Paulo pergunta: "Acaso é com bois que Deus se preocupa ou não é por causa de nós? " Ou seja, ele vai pegar um mandamento da lei de Moisés e ele vai dizer: "A prática mudou.
Deus não está mandando mais que seja proibido atar a boca do boi. " Ou seja, o mandamento não é mais literal. Mas por que razão aquilo foi dito?
Deus estava usando uma figura O boi está trabalhando, tem direito de comer enquanto trabalha. Ou seja, o propósito daquela prática dizia respeito ao sustento de quem trabalha. E o que você percebe é que no Novo Testamento Jesus vai falar dos seus obreiros e Ele vai claramente apresentar a mesma visão de que essa prática do obreiro ter direito ao seu ganho ela continua.
Em Lucas, no capítulo dez, no verso sete, Jesus, ao enviar seus discípulos, diz: "Fiquem na mesma casa, comendo e bebendo o que eles tiverem; porque o trabalhador é digno do seu salário. " Ou seja, o propósito daquele mandamento "Não atarás a boca do boi que debulha", continuou, a prática, não. Quando falamos do dízimo, nós temos uma aplicação inversa.
A prática do dízimo continua, mas o propósito não. Aonde eu quero falar sobre mudança de propósito? No Antigo Testamento, o dízimo era para o sustento dos obreiros, da classe ministerial, dos sacerdotes e levitas.
Então nós tínhamos 11 tribos, dando 10% da sua renda a uma 12ª tribo, que era a de Levi. Ou seja, a tribo de Levi foi nivelada por Deus com 110% da renda per capita dos israelitas. Ou seja, todos eles repartiam o seu rendimento e uma tribo que vivia do ministério, mas não tinha posse, não tinha herança, era sustentada.
O propósito do dízimo na antiga Aliança era o sustento de obreiros. E aí nós vemos desvios de pessoas em pleno Novo Testamento, dizendo: "Não, o dízimo do sacerdote" e já vi ministros ensinando esse tipo de distorção, alegando que ele tem direito de ficar com os dízimos e que para pagar despesas de igreja que se levante ofertas. Isso é desvio doutrinário.
No Novo Testamento a prática do dízimo continua, mas nós temos uma mudança de propósito. Qual a mudança de propósito? Agora, os dízimos são de Cristo.
Eles honram a Cristo, nosso Senhor. Eles têm esse propósito, mas temos sustento de obreiro no Novo Testamento? Sim, mas Paulo escreve aos coríntios e diz: "Despojei outras igrejas, recebendo delas salário para poder servir vocês.
" Em 1ª Timóteo 5. 17 e 18 Paulo diz: "Devem ser considerados merecedores de pagamento em dobro", outros traduções dizem: "dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, especialmente os que se esforçam na pregação da Palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: Não amordace o boi quando ele pisa o trigo.
E, ainda: O trabalhador é digno do seu salário. " Então, no Novo Testamento nós vemos agora salário. Aliás, não só salário, nós vemos política salarial.
A Bíblia diz: "os que presidem bem, especialmente os que se afadigam na palavra, no ensino, dobrados honorários. " Dentro de uma mesma equipe, alguém podia ter o dobro do salário do outro. Então nós temos algo muito fixo e estabelecido que não tem mais a ver com o dízimo.
Agora, o fato dessa reformulação no sustento dos obreiros ser clara não significa que a prática do dízimo mudou, somente o seu propósito. Assim como quando falamos de não amarrar a boca do boi que debulha, então a prática foi interrompida mas o propósito continuou e essa explicação nós damos na parte dois do vídeo mudança de lei sobre como avaliar a leitura do Antigo Testamento. Ou seja, não tem um pingo de dúvida de que o dízimo é parte da Nova Aliança.
Para aqueles que questionam: "Não, mas nós temos uma nova aliança superior", eu digo: "OK, nós temos uma nova e superior aliança baseada em melhores promessas, que tem Cristo como fiador. " Por que é que as pessoas querem discutir o dízimo? A maioria delas é porque elas querem dar menos.
Ou seja, elas querem apresentar a visão de uma nova aliança que é superior, que é maior, que é melhor, com melhores promessas, mas onde elas tenham que fazer menos do que a antiga? Eu não consigo entender nenhuma das justificativas de um crente que não queira ser fiel nos seus dízimos. A Bíblia diz: "Quem é infiel no pouco vai ser no muito.
" Quem não dizima de pouco, não vai dizimar de muito. Eu tenho visto gente, dizer: "Não, quando eu tiver mais recursos eu vou fazer. " Não.
Negativo. Se você não ajusta o seu orçamento para colocar Deus em primeiro lugar agora você não fará depois. E nós precisamos parar de misturar tanta desculpa naquilo que deveria ser o veio da nossa interpretação doutrinária.
A Bíblia é clara sobre o dízimo. A Bíblia é clara sobre a continuidade dele no Novo Testamento e, à medida que ele continua, não há razão para que eu e você deixamos de dar a Deus a décima parte. Obviamente, para um assalariado isso é bem mais fácil.
Mas quando falamos de profissionais liberais, de empresários, nós precisamos entender que o dízimo é em cima da renda, não necessariamente da venda. No Antigo Testamento, por exemplo, era depois que o trigo era malhado, que se tirava já descartada a casca e aquilo que não precisava, a parte da qual se tiraria o dízimo. Depois que a uva era pisada no lagar e esmagada, e descartou-se casca, semente do vinho se calculava.
Ou seja, normalmente era em cima de um ganho real. Mas fica aqui o meu encorajamento para que possamos não só entender que a prática continua, mas que ela é também fundamento doutrinário, parte daquilo que está no Novo Testamento e que não há nenhum motivo para que a gente não seja fiel, honrando o Senhor Jesus e aquilo que Ele tem feito por nós, por meio da nossa fidelidade nos dízimos.
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