tudo bom Você vai fazer unimontes eu sou professor Flávio do de online eu posso te ajudar hoje a gente pode estudar junto a obra torto arado Com certeza você já ouviu falar do romance do Itamar Vieira Júnior né o último grande acontecimento aí a chacoalhar A roseira balançar A roseira da literatura brasileira é um livraço é um livraço que a mimes fez muito bem em escolher pra sua lista de leitura obrigatória ao lado aí do catope zeiras e que é um documentário né sobre a tradição musical da região de Montes Claros e também do Cancioneiro
da Inconfidência do romanceiro da Inconfidência que a gente já gravou esse vídeo ele tá aqui no YouTube do de online só você procurar digita romanceiro da Inconfidência de online que você vai parar nesse vídeo Então vamos lá vamos percorrer essa obra e antes eu quero assim recomendar mesmo que você leia esse livro Por quê Porque senão você não vai fazer a prova não porque é um livraço porque é muito legal de ler porque ele prende a nossa atenção Ele nos diverte ele nos emociona e ele nos ensina muito sobre a e sobre o Brasil Oi
Clever boa tarde boa noite boa noite Cléver aqui acho que é boa tarde ainda a gente tá 352 Valeu então vamos lá vamos conhecer essa obra primeiro essa capa clássica né Deixa eu te mostrar mais de perto duas mulheres negras segurando aí que parece ser uma espada de São Jorge né até a capa tem uma história muito legal ela é inspirada um fotógrafo italiano Como é que chama eh Giovanni marzini que fez fotos da população em Camarões então tem uma foto dele que são duas mulheres em Camarões segurando uns facões assim e ele essa foto
inspirou a designer a fazer essa capa belíssima né Essa Editora é a todavia Deixa eu só ver aqui rapidinho Qual é a editora todavia né Editora todavia muito boa essa Editora muito bonita edição Então vamos lá que boa tarde a sempre assistir seus vídeos à noite paraa UFO Valeu clé Valeu cara olha aí a foto original do Giovan Desculpa não consigo lembrar o nome dele me perdoa marzini tá é são duas mulheres no em Camarões na África e ele transformou nessa belíssima peça aqui Bom vamos lá a primeira coisa que a gente tem que considerar
que é um aspecto fundamental é o da polifonia tá Poli vários fono vozes então aqui a gente tem uma variedade de vozes a gente tem um romance que ele tem uma estrutura muito ousada a partir do momento que ele trabalha com três narradores ou melhor três narradoras então várias vozes tá várias vozes tem uma estrutura que ela é muito bem feita tá prestando atenção três partes o livro é dividido em três partes e cada parte tem um narrador Beleza deixa eu já sair já começar a aula te dando esse toque aí de de unimontes primeiro
vestibular da Unicamp depois que ela reassumiu o seu vestibular depois deixou fazer o processo seletivo pelo Exame Nacional do Ensino Médio foi no ano passado e aí que que eu tenho a dizer eu tenho a dizer que a prova foi fácil tá foi fácil foi verificação de leitura um pouquinho de interpretação que que isso significa que não é bom não é bom uma prova fácil para quem tá preparado para quem leu o livro Imagina é muita gente acertando todas as questões eu fiz as aulas do ano passado aqui no de online eu recebi gente Recebi
várias mensagens mesmo Fiquei muito feliz e ao mesmo tempo fiquei um pouco chateado por quê Professor brigado suas aulas me ajudaram muito eu consegui fazer todas as questões a primeira vez que eu recebi essa mensagem fiquei super feliz só que depois eu falei ué ninguém errou ninguém foi mal então é como se não existisse a prova de literatura sabe então talvez a gente possa pensar em competir em disputar essa vaga na na unimontes a partir do momento que se acerta todas as questões vamos garantir isso aí eu sei que eu não posso pedir isso por
exemplo para Fuvest ou mesmo pro Enem mas aqui na unimontes a gente pode pensar em acertar todas as questões acertar todas as questões é um livro muito legal de se ler tá você lendo ele você não vai errar a aula também vai te ajudar a não errar a gente tem que garantir Você Não Pode Vacilar Então qual que é nosso combinado não é quem acerta mais no nosso combinado é quem erra menos tá bom três narradoras Bibiana belonísia e Santa Rita pescadora vamos montar um esqueminha aqui para você visualizar ó [Música] Bibiana são as três
narradoras Bibiana belonísia e Santa Rita pescadora você que não leu o livro você que não tem nenhuma noção do que seja esse livro Você não acha estranho olhar para esses três nomes Bibiana acho que é o mais comum né belonísia tranquila mas Santa Rita pescadora Pois é é tão legal né Essa essa elaboração que você tem duas narradoras mulheres duas irmãs duas gêmeas E você tem uma terceira narração uma terceira narradora que é uma entidade sim que é uma espécie de um espírito de uma entidade feminina tá então que que a gente sabe até agora
é uma obra que ela é contada por três vozes ela é dividida em três partes e ela tem três vozes narrativas Bibiana belon e Santa Rita pescadora que tá ligado ao misticismo né Tá ligado à cultura yorubá a religiosidade que atravessa a África que vem junto com os negros escravizados e se instaura no Brasil a gente tem aí a questão do sincretismo religioso sin cretismo religioso Tá sim é ao mesmo tempo crete Credo crença são várias crenças a gente vai ter aí uma nova uma outra forma de catolicismo que vai misturar os orixás a cultura
ancestral com o catolicismo primitivo da zona rural e da Chapada Diamantina no interior da Bahia então a gente tá falando de uma obra que ela tá focada numa comunidade de Ilhas negras que vivem num estado aí de praticamente escravidão de semi escravidão no Sertão da Bahia e que tem suas crenças nas entidades tá bom e uma dessas entidades vai narrar uma das três partes a obra composta em três partes cujas estruturas se alternam de acordo com a voz e a perspectiva três narrativas que dizem respeito à vida de uma geração numa terra em Bom Jesus
da Lapa cidade baiana próxima uma chapada diamantinho Então bora lá gente o tempo do romance O tempo é cronológico é toda a história de uma dinastia de uma família que começa com o pai e com a mãe as meninas são crianças as meninas vão se crescer elas vão se casar vão passar por tragédias vão passar por conquistas enfim vão crescer vão amadurecer e elas perdem os pais tá então é quando seria assim nessa família nessa família negra n essa comunidade Negra a gente vai chegar no momento em que os filhos substituem os pais tá inclusive
no comando da Terra no comando da casa no comando da comunidade tempo cronológico a vida das pessoas narradas Segue uma estrutura linear tá da infância até a velice com encadeamento de evenos sendo marcado pela sequência Sem muitas marcações cronológicas embora o tempo seja linear tem um efeito aqui deixa eu ver se eu tenho uma foto tem um efeito aqui nesse livro que faz a gente ter uma certa dificuldade em localizar em que época específica aconteceu Vê se você me entende o tempo é linear ele vai do começo pro fim mas quando esse tempo linear aconteceu
em que época da história do Brasil ele aconteceu e fica um mistério então ele poderia ser no final do século XIX é quase começo do 20 perfeitamente ente metade do século XX também segunda metade do século XX iden final do século XX iden poderia ser no começo do século XXI se bobear assim tá E que que ele quer dizer com isso que a história o enredo de tortu arado ele é intemporal ao ser intemporal ele atravessa os tempos ele mostra que esse contexto de opressão de preconceito de semi escravidão atravessou décadas ou até séculos no
Brasil como que a gente consegue localizar a gente tem uma marca no livro que é logo no começo quando elas vão pra cidade nessa caminhonete aqui nesse tipo de eh como é que chama essa Rural willes que é um carro dos anos 70 Na década passada porque a gente não tem referência a notícias a gente não tem referência por exemplo a telefone celular a Copa do Mundo a gente não tem notícia tecnológica esportiva jornalística que permita localizar a história do livro na história do Brasil Você tá me entendendo Beleza então vamos voltar aqui pra nossa
questão do tempo a presença de alguns flashbacks ao longo do livro feito pelas personagens principalmente na última parte tá que vai por meio da entidade ela vai voltar na profundeza da história dessa família mas o tempo é linear o tempo ele sai do começo e vai até o fim tá e Seria algo dos anos 70 no interior do Brasil espaço A Fazenda Água Negra A Fazenda Água negra na Chapada Diamantina no sertão baiano e o povo lá vive uma comunidade quilombola uma comunidade negra de Cultura negra de pessoas que se estabeleceram nessa Fazenda que fizeram
sua vida que fizeram suas casas que casaram tiveram filhos construíram suas histórias trabalhando para o proprietário da terra e o proprietário da terra Sempre é com uma relutância de assumir a responsabilidade por esses funcionários então tem uma coisa muito interessante que ele nunca deixou as pessoas construírem casa de cimento porque isso poderia caracterizar o uso capião da terra entendeu eh eles sempre podem morar em casas de Barro tipo Eles estão trab na terra do fazendeiro Pois é mas são eles que fazem aquela Terra eles estão H décadas lá essas famílias essa comunidade como é que
você vai dizer que essa terra não é deles qual que é o critério pra terra ser de alguém presta atenção eu tenho um papel dizendo essa terra é minha e nunca aparecer lá ou você ter gente não uma pessoa que foi lá e fez uma barraca e uma fogueira São pessoas que viveram vidas e vidas gerações e gerações que plantaram que colheram que construíram que reformaram que inventaram que fizeram a vida dessa terra então A Fazenda Água Funda embora ela tenha o seu proprietário essa Fazenda ela é por direito da comunidade que lá viveu que
lá vive né dentro da ficção que criou sua vida lá que construiu sua história lá eh o povo que ali habita era quilombola ocuparam a Terra quando da escravidão do plantio de cana de açúcar mas aí o diamante e posteriormente a atividade agrícola retirar aquele povo uma liberdade conquistada então é um povo que tá lá des da escravidão né 19 ou até 18 podemos pensar mas principalmente 19 aí né se pensar carna de açúcar e diamante no Sertão da Bahia até chegar aos anos 70 segunda metade do século XX trata-se de um cenário fictício inserido
no Espaço Real que que eu quero dizer a fazenda não existe a Fazenda Água Negra ela não existe mas o lugar onde a tá existe então é uma é uma artimanha da ficção uma artimanha da fantasia criar um lugar fictício dentro de um contexto de um território real quilombolas são povos de regiões remanescentes de quilombos que eram as comunidades formadas por escravos fugidos na época da escravidão Então essas famílias elas não estão lá porque elas e eh pertenciam a um senhor mas porque eles eram né quilombolas eles tinham fugido de suas diferentes origens s alas
e se estabeleceram naquela região E aí na condição de pessoas Livres presta atenção eles passam a trabalhar nessas fazendas sem receber o direito da terra sem ter direito trabalista sem nada é meio que assim ó cuida da terra e a gente vai levar a maior parte então os quilombolas que se libertaram da escravidão por meio da Fuga agora ele se vem em outro aprisionamento na semi escravidão no Brasil contemporâneo no Brasil dos anos 70 em que eles habitam uma fazenda criam seus filhos seus netos seus bisnetos mas eles não têm direito a nada beleza então
a gente já sabe o espaço e o tempo jarê importante saber o que que é o jarê tá pode ser uma questão também o ritual do jarê o jarê é uma prática ancestral é uma prática litúrgica uma uma cerimônia religiosa Festiva com Cântico em que as pessoas elas vão incorporar entidades E essas entidades elas vão atender elas vão se comunicar com as outras pessoas que fazem parte do ritual Então por meio da música da Percussão do Canto da dança das roupas entra-se num estado de possessão de incorporação das entidades religiosas afro-brasileiras tudo bem essas entidades
têm poder essas entidades têm entre tantos poderes o poder da cura então o grande Patriarca o oão chapéu grande ele vai ser o líder do jarê na Fazenda Água Negra e na fazenda na condição de líder do J ele é uma espécie de líder comunitário e também espiritual e também da Medicina eh é uma medicina que ela se passa pela espiritualidade e é uma medicina que ela se passa também pelo conhecimento da natureza da farmácia a céu aberto que é a natureza brasileira o poder das plantas das raízes que curam Então ele recebe essa entidade
ele entende os problemas da pessoa e ele vai falar palavras muito fortes palavras de ajuda além de recomendar chás né infusões bebidas plantas que a pessoa vai ter que ingerir de qualquer forma eh fazendo né de forma muito tentando simplificar o que que é o jarê ele é o o centro da vida espiritual das pessoas não é a missa não é o culto evangélico nas Comunidades Quilombolas do interior do Brasil no Sertão da Bahia Chapada Diamantina eh o jarê nesse momento histórico ele é mais forte do que as igrejas cristãs evangélicas protestantes católicas o jar
é uma prática religiosa de matriz africana exclusiva da Chapada Diamantina ocorre notadamente ir Araquara Iraquara lençóis Mucugê dentre outras regiões que fazem parte do território é uma vertente menos Ortodoxa do Candomblé com um processo de fusão que implica da cultura banto e Naga sensacional né ela tem a influência de duas culturas africanas e isso é interessantíssimo para pensar sobretudo que pessoas brancas como eu a gente comete muita eh eh tem que tomar cuidado com as palavras a gente comece muita muito erro histórico sabe a gente fala muita bobagem porque quando a gente fala os negros
vieram da África sem estudar sem saber parece que a África é um país e parece que os negros são um povo não gente é uma diversidade Zulu banto yorubá nagô são vários povos com várias culturas com línguas com com religiões com sistemas simbólicos com com com tradições com folclore é muito rico sabe é igual a gente falar que os brancos europeus são todos iguais não entendeu então o jarê ele é uma força uma potência de Cultura de de ritual de espiritualidade que já é missen na África maravilhoso né E vai se mienar mais ainda com
os afro-brasileiros esse livro ele é muito didático nesse sentido ele faz a gente entender a grandeza que é né Essa essa herança essa cultura que atravessa o oceano e vem se desenvolvendo no Brasil Claro que ela atravessa o oceano contra sua vontade por meio da escravidão Mas uma vez aqui ela vai resistir a violência do homem branco a violência da escravidão do processo colonial e ela vai se desdobrar ela vai se transformar então o jarê o ritual do jarê é um exemplo né de uma prática cultural simbólica que une culturas africanas e venha a se
desenvolver no território brasileiro entendeu espero ter sido Claro provavelmente jarê significa quase cair ao solo cortar outra possibilidade é que seja cit Deal cerimônia de habitantes da Nigéria o tempo é empregado para risar a religião de modo geral como as ocasiões ritualísticas então ó jarê pode ser a religião em si quanto o ritual Qual que é sua religião minha religião é jarê tá e onde você vai hoje hoje eu vou no jarê Ué você vai na religião não hoje eu vou no ritual a religião é jarê e o ritual também tá ritual e a religião
Maravilha tá então você já sabe algumas coisas sobre a obra vamos rever antes da gente continuar você já sabe a estrutura narrativa que tem três narradores Você já sabe o contexto histórico você sabe o contexto geográfico e agora você sabe essa questão cultural que é importante isso aqui pode dar questão beleza tá tá tudo arrumadinho mastigadinho e aí você vai ler o livro vai assistir essa aula de novo e você que já assistiu o livro já que já leu o livro essa aula vai te ajudar a organizar a sua leitura tá bom plis da Bahia
acho que aqui tá demais né não precisa entrar a partir dessas cidades o jarê confundiu-se áreas próximas que não tinham diamante com isso identifica-se o jarz em áreas mineradoras realizadas pela população garimpeira de outro lado sua expansão para áreas não mineradoras bom isso aqui eu tô aprofundando uma foto de um ritual de jarê Mas a questão é a seguinte o autor desse livro Itamar Vieira Júnior ele é um geógrafo ele é um estudante Doutor em Geografia um pesquisador então ainda que ele crie essa família e essa Fazenda fictícia no interior da Bahia esse modo de
vida com jarê isso tudo é fruto de estudo isso não é ficção isso é realidade então ele usa a ficção da família tá me entendendo e da Fazenda para falar de um contexto que é verdadeiro que é fruto de estudo que é fruto de pesquisa que a realidade do povo negro quilombola que se instaura naquela região em função da economia do diamante com o fim do diamante o fim da mineração eles vão ficar lá trabalhando na verdade na na ideia de sem escravidão nas fazendas da região beleza tortu arado né Por que que o livro
chama tortu arado a gente tem duas acepções pro nome aí uma é a dificuldade que a Bibiana vai ter de pronunciar torto arado depois do acidente que ela tem ao cortar a língua então a irmã Pede para ela ficar falando tarado ela não consegue pronunciar e torto arado também é uma é uma metáfora desse instrumento antigo que vai cortando a terra e por ser torto ele exige ainda mais força Ele exige ainda mais tra ele pode ter uma amplitude de significados né cortar a terra de forma desigual de forma trabalhosa mas tentando explicar de uma
forma mais simples e resumida o arado é o que é o que fecunda a terra o que abre a terra né é o que cultiva a terra e torto é porque não é bem feito é porque não é retilíneo porque não é uniforme tort arado mais que o título representa um instrumento agrícola arcaico porque hoje é tudo trator né aqueles tratores com ar condicionado dentro Essa época o arado movido à tração humana que vai ser usado aqui ele remete ao Brasil colônia ele remete à escravidão simboliza permanências do passado Colonial exatamente marcas indeléveis que não
se apagam da escravidão fundantes da formação da sociedade do estado brasileiro O torto arado ele é muito difícil de ser manejado porque se aplica a força nele ele torto você vai ter que ficar ficar fazendo mais força ainda e de um modo geral torto arado esse romance que vira um bestseller que é sucesso de público que é sucesso de crítica ele vai nos fazer prestar atenção na principal característica da história do povo brasileiro gente é dói viu dói A verdade dói eh a principal característica da nossa er a escravidão essa é a nossa maior marca
nós somos é horrível falar isso né Nós somos um país escravocrata Nós ainda somos um país escravocrata a gente criou esse país em cima do trabalho escravo nós somos um país ainda hoje racista escravocrata esse livro vai fazer você pensar nesse processo Mas a partir da perspectiva do negro do negro que foi escravizado do negro que fugiu do negro que que se resistiu que resistiu na quilombola isso eu tô falando pro leitor branco né por isso se liviv é tão importante sabe é é jogar uma pá de cal nessa história nesse papo furado de Princesa
Isabel de que democracia racial sabe quando você pega os dados históricos você vai entender o valor desse livro quais dados históricos o Brasil foi o último país do mundo a libertar a escravidão Brasil foi o país do mundo que mais trouxe pessoas escravizadas da África é é feio isso é feia a nossa história não dá pra gente não falar disso não dá pra gente não falar disso né teve aquele sujeito que foi na televisão e falou assim mas eu não escravize ninguém que é isso né de uma de um modo geral Cada vez que a
gente não não se coloca Contra isso não discute um livro Contra isso a gente tá passando pano para essa situação Olha só o Brasil é um país que tem quartinho de Empregada que mora no trabalho isso Isso é uma nova forma de sezala quantas vezes já foi num lugar em que os brancos se divertiam e os negros serviam pratos e limpavam chão é sobre isso mostrar que essa estrutura ela é muito mais antiga ela é muito anterior e passada essa hipotética abolição da rainha Isabel o Brasil continua um país racista violento e escravocrata tá então
pensar aqui nas raízes da escravidão e pensar numa escravidão moderna né numa escravidão atemporal eh Dói né as ideia Dói né O que que nos define como país a escravidão o Brasil é um país escravocrata é um país que escravizava as pessoas que cresceu a partir do trabalho escravo tá bom tortu arado vamos lá vamos conhecer as personagens depois a gente vai fazer uma síntese do enredo tá bom Bibiana narradora da primeira parte é ela é a porta-voz da belonísia porque ela não são duas irmãs aí elas vão logo no começo do livro elas vão
mexer nas coisas da avó e vão encontrar uma faca e vão brinar essa faca era um objeto que ficava escondida elas vão brincar manejar essa faca e por acaso a belonisia vai ter vontade de e senti o gosto da lâmina e aí quando ela vê a vó chegando a irmã puxa a lâmina ela acaba cortando a língua brincadeira de criança duas irmãs gêmeas vão fuçar nas coisas da avó e vão achar uma faca a lâmina é linda ela tem vontade de sentir o gosto da lâmina quando a avó tá chegando a irmã puxa a lâmina
e vai cortar a língua dela então a Bibiana ela que narra a primeira parte ela vai interpretar o que a irmã fala a irmã belonísia que é a a irmã que não tem o poder da fala por ter perdido a língua tá bom Então olha lá narradora da primeira parte filha de Zeca porta-voz de belonísia casa-se com Severa e muda-se para estudar enquanto trabalha de Parteira em outra Fazenda essa irmã ela cresce até um momento da adolescência Aí ela vai ficar com o primo dela Severo e eles vão sair da Fazenda Água Negra ela vai
pra cidade na cidade ela vai trabalhar Vai estudar e vai se politizar o marido dela vai virar um líder sindical uma liderança política e eles vão voltar pra água Negra a outra irmã é a belonísia é a que vai narrar a segunda parte do livro A belonísia ela é ela não consegue que falar por conta do acidente que ela perdeu a língua literalmente ela perdeu a língua a língua foi cortar Ela vai ficar em Água Negra cada uma das duas irmãs sofre a sua maneira a que fica e a que vai vão sofrer principalmente também
pela distância porque as duas se amavam muito e na água Negra ela vai se trabalhar muito trabalhar muito para ajudar a família até que o pai meio que faz um um sujeito vai lá e pede para casar com ela o pai fala casa melhor que minha filha casa ela casa meio que como parte de um acerto de um ajuste do pai e ela se casa com um sujeito mais velho que ela que explora ela que que bate nela e que acaba morrendo então ela fica viúva e ela erda a pequena Rocinha a pequena casinha desse
sujeito com quem ela se casou uma irmã vai pra cidade Vai estudar vai vai vai aprender as coisas vai se politizar e a outra fica na terra e aprende as coisas da experiência na terra então aqui que ele tá querendo mostrar que tem conhecimento no estudo tem conhecimento na política tem conhecimento na cidade mas tem conhecimento na terra tem conhecimento na tradição tem conhecimento na vivência então ó narradora da segunda parte depois da mudança da irmã belonísia passa por um relacionamento com tubias que acaba morrendo depois torna-se uma Mulher trabalhadora e independente ajudando a todas
na humanidade as duas vão se configurar Oi Elisa Tudo bem como lideranças como mulheres fortes a gente falando de um livro e matriarcal um livro em que as protagonistas são mulheres negras um livro que praticamente não tem homem branco Beleza então Bibiana belonísia a Bibiana vai a belonísia fica Zeca chapéu grande é o pai das duas ele é o curandeiro é ele que faz o jarê inclusive ele recebe espíritos femininos ele é um cara muito legal e ele é tipo médico da região dentro dessa medicina tradicional dessa medicina ancestral tá eh torna-se curandeiro após recuperar-se
da loucura e cumpre o papel com notoriedade sendo muito bem quisto por todos da comunidade representa uma geração de União pelo trabalho ardo mas que não questionava a situação pela subserviência ele é uma liderança Ele trabalha para caramba eh só que ele Não briga com o patrão ele não briga com o patrão isso é uma coisa que as filhas vão ter diferente deles só um minutinho gente vocês podem falar um pouquinho mais baixo por favor eh a Elisa tá me perguntando se eu considero esse romance novo Grande Sertão Veredas não não eh se você tá
me perguntando isso no sentido de sucesso de grande obra pode ser mas ele é diferente do Grande Sertão Elisa por duas coisas Grande Sertão a linguagem é uma linguagem é um capítulo a parte a linguagem aqui ela não é tão exuberante quanto a linguagem de Grande Sertão é uma Não tô dizendo que é uma linguagem convencional mas não é aquela coisa de inventar palavra de fazer poesia na prosa igual Guimarães Rosa e a perspectiva né Grande Sertão é uma coisa muito mais imaginária fictícia enquanto esse aqui tem esses pés calcados numa crítica social numa crítica
da escravidão numa crítica do patriarcado que o Grande Sertão não faz tá Elisa eu tô lendo um livro chamado Água Funda que vai cair na Fuvest esse livro para mim Eh parece assim próximo de Grande Sertão Veredas tá a Elisa tá fazendo uma pergunta que assim antes de qualquer coisa Grande Sertão Veredas foi eleito pela crítica como o maior romance da literatura brasileira em todos os tempos o segundo é Dom Casmurro Então por mais legal que seja ainda tem que esperar um pouquinho tá o tempo também precisa consagrar o tarado mas é diferente em relação
à linguagem e em relação ao tema se a pergunta é se o novo no sentido de sucesso de reconhecimento vamos esperar mais um pouco tá bom então o pai chapel grande curandeiro trabalhador respeitado mas não bate de frente com o patrão guarda isso Donana a mãe do Zeca avó ela que ensina o jarê passa da mãe pro filho olha que louco é o matriarcado avó das meninas dona da faca que que resulta no corte da língua da belonísia chega a água Negra depois de passar por um processo de revolta adindo da divisão de um estupro
de uma de suas filhas na fazenda Caxangá uma filha dela é violent ada ela vai fugir para essa região da água Negra e lá ela vai criar sua família seu filho vai passar por uma loucura por um processo de saúde mental até que ele se cura e agradece essa essa cura às entidades do jarê aí ele vai aprender com a mãe o jarê então a portadora dessa ancestralidade é a Donana a ancestralidade vai passar pro Zeca chapéu grande e aí vai passar para as duas meninas salustiana é a esposa do Zeca e a mãe das
duas esposa mãe das duas trabalha todos os setores desde a lavoura até sua própria Horda dentro de casa e ela é Parteira Então essa a ideia da mulher que cuida de tudo né da mulher que toma conta da comunidade e sim a gente tá falando ela a mulher é sobrecarregada claro Isso é óbvio Mas a questão é o seguinte quem manda na comunidade é a mulher quem controla é o matriarcado é um livro de matriarcado negro tá isso é muito revolucionário em em torto arado né Eh porque a nossa literatura na literatura no Brasil ela
na maioria das vezes ela falava de homens brancos de patriarcas né É o caso do Bentinho é o caso do Paulo Honório é o caso do Fabiano né ou até mesmo o caso do rialdo no Grande Sertão Veredas são os homens que construíram o mundo ao seu redor aqui são as mulheres negras então ela é a mulher que faz as coisas acontecer ele é o cara que cuida da comunidade a Donana é ancestralidade e as filhas que vão assumir todo esse legado do pai e da mãe e da avó personagens secundários agora tá bom família
Peixoto são os proprietários da terra raramente tin a fazenda e daí deixavam tudo na mão do sutrio que é o Capataz é o cara que vai tomar conta quando a família que nunca tá lá né não permitia a construção de casas de alvenaria e semanalmente cobrava os frutos da lavoura na fazenda muitas vezes Deixando as famílias em situação de privação extrema miséria e fome tá eh isso é simbólico uma família que é dona da terra mas não tem nenhum vínculo com a terra não vai na terra não pisa na terra não não não não planta
na terra não constrói quem faz tudo isso são os negros são os quilombolas não tem um intermedi que é o sutrio sutrio Capataz da Fazenda ele cobrava imposto tem uma cena que as meninas elas fazem uma rocinha lá eu acho que é a belonisia se eu não me engano não me lembro E aí ela começa a plantar abóbora e ele chega e vai visitar lá casa ele vê ó essas abóboras estão bonitas hein me dá aí ele leva praticamente metade das Abóboras Porque ele acha que tudo que nasce da terra presta atenção Inclusive a a
a o fruto da terra pertence ao dono da terra aí você percebe obviamente que é uma denúncia que é uma injustiça né De quem é a terra de quem vive de quem trabalha de quem pega a terra com a mão ou de quem fica lá longe no ar condicionado dando ordens beleza pessoal tá tem muita coisa aqui né acho que eu tô indo muito detalhe Então essa aula fica gravada você vai assistindo ela você pode ver por partes tá para não cansar também eu tenho que dar a aula inteira agora você que não consegue acompanhar
hoje porque tem compromisso não tá conseguindo se con entrar quando você quiser você volta a aula vai est gravada e você fala bom hoje eu vou ver a parte espaço tempo depois eu vou assistir só a parte dos personagens tá passando aqui apresentar os personagens para vocês aí eu vou analisar as três partes a gente vai estudar o enredo Tá bom então T vendo que chegou um personagem pessoal agora a gente estudou características gerais agora os personagens e depois o enredo vamos lá Tobias que vai ser o marido da belon chega água Negra começa trabalhar
com z que pede a mão é o acordo que ele faz com o pai dela né passa a beber muito tornando-se extremamente violento e aí é a relação dele com a com a belonísia é uma metáfora uma alegoria do que que é o patriarcado o que que é o machismo né a opressão do Homem Sobre a mulher no Brasil enfim isso aqui gente é o Brasil em miniatura é o Brasil em miniatura é o Brasil de todos os tempos o Brasil das riquezas não sei o que eá mas quem sustenta esse Brasil as mulheres negras
que inclusive Vão apanhar dos seus maridos que bebem que são violentos tá passar a beber muito tornando-se extremamente violento sua casa é completamente desorganizada belonísia cuida de arrumar Praticamente tudo e ela ouve calada é tão bonitinho porque ela chega na casa a casa é nojenta é nojenta ele descreve muito bem em mu em muitos aspectos esse livro é cinematográfico você tem acesso às imagens aos cheiros aos sons é muito legal e a casa é imunda e ela gente ela calada porque ela não consegue falar ela trabalha trabalha trabalha trabalha trabalha o que tiver ela para
colher ela colhe o que tiver para cozinhar ela põe ordem na casa quando ele chega tem um fogão com comida no fogão tem uma cama com estendida tem uma tem um chão varrido uma casa cheirando bem sabe aí que tá essa força transformadora da realidade que é essa força feminina e ancestral essa segunda parte é muito é muito boa essa parte do livro né que ela vai lá e faz e acontece a casa só que ainda assim ele bate nela ele violenta ela ã tornando-se extremamente violento sua casa é desorganizada morre numa briga bêbado aí
fica essa ideia né Por que que ele morreu morreu caiu numa queda numa briga né ou será que não é uma entidade agindo na morte dele e ela fica com a casinha para ela então para ela vivez é um alívio né por tanto que ela sofria com esse homem e aí ela tem a casinha dela ela fica independente porque a emancipação dela de sair da casa do pai vem com esse casamento arranjado e a casinha e o quintalzinho que ela erda que ela erda não que ela Conquista né com o seu direito de Mulher trabalhadora
esposa me desculpe Salomão segundo proprietário da fazenda que vai comprar da família Peixoto que quer se quer conhecer a terra e experimenta coisas infrutíferas constrói uma enorme casa de madeira e vidro paraa sua família e mantém a estrutura rigorosa Então vai mostrar que esses proprietários Eles não conhecem a realidade da terra ele faz uma casa nada a ver São pessoas que gastam e querem explorar São pessoas que TM muito dinheiro e não querem repartir nada com os trabalhadores da terra os quilombolas então a família peixota e o Salomão representam os donos do Brasil a elite
branca a elite escravocrata Cruel de toda a nossa história desde as capitanias hereditárias até hoje os coronéis brasileiros beleza e finalmente a Santa Rita pescadeira miúda que é a mulher que vivia da Pesca antes da história ser narrada eh ela viu a terra sendo dominada pela mineração ela viu tudo ela teve lá o tempo todo ela sabe tudo né e ela recebe entidade de Santa Rita pescadeira que narra a terceira parte do livro como uma espécie de memória da terra de misticismo miúdo a miúda misticismo desculpa religioso a miúda era uma mulher que vivia lá
antigamente e Ela vivia pescando e ela recebe essa entidade porque a entidade ela precisa do corpo humano o corpo é o cavalo do espírito né na nessas práticas religiosas então a entidade Santa Rita pescadeira ela vai se manifestar no corpo dessa pescadora chamada miúda beleza com a morte da miúda que ficou no passado Aonde fica a entidade ela precisa de um corpo né para montar Beleza agora a gente vai organizar tudo olhando pro enredo primeira parte fio de corte te falar uma coisa viu a Faculdade de Ciências Médicas aqui de BH ela exigiu a leitura
desse livro ano passado quando você vê assim tem tanta coisa tem tanto personagem tem tanto assunto né eu confesso que para quem não leu o livro pode dar um frio na barriga e falar nossa tem que saber né e tal Pois é mas aí você acredita que as Ciências Médicas fez uma pergunta sobre o nome das partes Como eu disse para vocês a unimontes não é tão puxada Eu não achei em relação da prova do ano passado Vai que esse ano ela fique mais difícil então mas é importante eu acho você reconhecer você entender o
sentido dessas três partes diferentes tá eh tem alguma uma coisa aqui ó fio de corte que é o episódio Inicial né é a Bibiana que junto com a irmã vai o acidente a Bibiana vai embora a Bibiana é a que não perdeu a língua é isso aqui é narrado tão bem é narrado tão bem que ele cria presta atenção deixa eu chegar perto da câmera ele cria um truque narrativo que confunde a gente Você lê um tempinho primeira sem saber qual das duas Perdeu a língua Ah não é que ai eu sou burro não consigo
entender não não é o narrador que é genial ele confunde a gente só vai se esclarecendo na metade do primeiro capítulo aí quando chega no segundo você tem a certeza a Bibiana é a que se casou foi pra cidade quem perdeu a língua e e a fala foi a belon tá se você ficou confuso quando você leu Eu fiquei todo mundo que eu conheço ficou porque é isso mesmo é uma confusão proposital é a técnica literária que faz isso Bibiana na eventos traumáticos da sua infância quant ela e sua irmã encontraram uma faca e uma
cortou a própria língua o corte representa a ruptura emocional né o silêncio imposto que muda a dinâmica familiar e por muito tempo a Bibiana vai ficar sendo a intérprete da belon elas crescem juntas né são duas irmãs aana entava sinais de menena tem um papel central e sua morte Marca uma transição avó que era dona da da faca vai morrer outras figuras importantes Zeca e a mãe que eu já apresentei para vocês o capítulo também explora tensão entre Bibiana belonisia aí chega o Severo vai chegar esse homem que vai colocar as duas em disputa Porque
inicialmente quem se apaixona por ele é belonisia só que ele acaba ficando com a Bibiana e eles vão embora porque ela vai engravidar o parto de que aí vem a crispiniana realizado por sal é bem sucedido mas o deina revela uma tragédia refletindo as dificuldades tem duas irmãs que vão passar um tempo lá que o tchão vai cuidar delas é uma história paralela que uma delas não tá bem da Saúde Mental então nessa primeira parte nós temos as irmãs crispina e crispiniana que vão passar um tempo da Fazenda Água Negra e ao longo do capítulo
a luta pela sobrevivência e dignidade é uma constante com destaque para o simbolismo esse primeiro capítulo vamos entender então que é o capítulo do acidente do corte é o capítulo do crescimento e é o capítulo da Separação a Bibiana vai pra cidade a belonísia fica na terra Beleza segunda e maior parte Essa parte é a maior parte do livro o foco muda pra belonísia aí a gente vai entender né como é que é a vida dela o impacto emocional dela que perdeu não só a língua mas a irmã né o passado a estrutura A Fazenda
passa por transformações inauguração de uma escola a vida permanece marcada pela marginalização do trabalho braçal aí chega o tubias ela vai se casar com tubias o casamento de belon e tubias traz novos desafios com a relação tornando mecânica e distante indiferença violência e Abuso belon ajuda a vizinha Maria Cabocla que sofre violência doméstica fortalecendo o laço de sobrevivência entre as duas mulheres é a sororidade as mulheres se ajud então o primeira parte que é a parte da Bibiana tem a espana que vão para lá que vão fazer o parto que vão Se Curar e nessa
parte que é a parte da belonísia a gente tem a relação dela com a vizinha Maria Cabocla é como se fosse um núcleo narrativo dentro desses núcleos de cada parte beleza eu não acho que a a a unimontes vai perguntar de Maria Cabocla ou da crispiniana não tá porque daí já é saído eixo da história a morte de tubias oferece a belon a chance de recomeçar construindo sua vida independente e rompendo com o silêncio né porque ela se manifesta mais ela se ela fala com o corpo né ela fala com as ações quando ela constrói
a casa quando ela toca a vida dela Beleza então se você olhar aqui você já sabe que cada irmã vai ter um rumo cada irmã vai ter uma trajetória que tem uma tragédia que tem um acidente que vai marcar essa essa separação que vai se acometer sobre elas e aí vai ter um terceiro capítulo que é a confluência da história das duas irmãs Rio de sangue que é quando chega Santa Rita pescadora Esse é narrado pela entidade Santa Rita pescadeira tá que representa a memória dos povos escravizados e a luta contra a dominação a entidade
compartilha visões sobre a luta de Severo e belonísia o Severo e a belonísia eles vão chegar em Água negra com ideias de eh politizar o povo de modo que o povo queira eh conquistar o direito civil a a o direito à terra a Terra é Nossa porque a gente tá aqui desde sempre a gente fez essa terra com as nossas mãos a gente construiu as coisas aqui então eles vão chegar da cidade presta atenção vai montar uma escola pr pra belonisia trabalhar para Bibiana trabalhar né Vai trabalhar na escola da Fazenda ele começa a falar
com os trabalhadores para ter uma consciência política uma organização política de que eles estavam lá Vivendo em semi escravidão E aí o Severo vai ser assassinado isso remete à história do Brasil né a figuras como a irmã dorot a figuras como o Chico Mendes que líderes comunitários que foram mortos exatamente por conta do conflito na terra o Brasil é um país muito violento na terra na questão da terra os trabalhadores que tentam organizar outros trabalhadores contra os abusos não raramente são exterminados no Brasil tem vários casos assim de líderes né de líderes sindicais líderes comunitários
que são mortos e aí o Severo vai ser obviamente falsamente acusado de mexer com drogas e vai ser morto vai ser assassinado a tiros e a belonísia perdão a Bibiana fica viúva mãe viúva né vai perder o pai o o Tião o Zeca vai perder a mãe e vai ficar lá e vai aos poucos a aos poucos se reaproximar da irmã belonísia a chegada de novos proprietários o Salomão é vista como uma intrusão trazendo tensões entre trabalhadores Bibiana vira a liderança fazendo discursos inflamados e promovendo a união do povo então a Bibiana vai agir nas
ideias na política na palavra no discurso e a belonisia nas ações a belon diz é a força é o exemplo e esse Capataz tá muito agressivo tá muito violento esse Capataz a gente tem que contar né o final da história e aí a Bibiana vai receber a belonísia desculpa belonísia ela vai receber a a Santa Rita pescadeira a Santa Rita pescadeira ela vai incorporar na belonísia e a belonísia vai fazer uma armadilha e vai matar o Capataz da fazendo que é uma Vingança não é uma porque senão ele ia matar e explorar e expulsar aquele
povo então fica a ideia de que as ações os acontecimentos os acidentes as quedas Será que são mesmo quedas acidentes ou são as entidades agindo na nossa vida né quando a belonisia ela vai cavar um buraco vai fazer uma armadilha esse homem vai cair lá e ela tá incorporada isso que é muito louca ela não tá consciente fazendo aquilo é a Santa Rita pescadeira que toma o corpo da belonísia e faz ela fazer e faz ela construir a a armadilha a armadilha que vai matar o Capataz que vai pelo menos momentaneamente libertar um pouco a
população famb bola e falar para de nos oprimir porque a gente não é totalmente indefeso assim nós temos as entidades nós temos a realidade nós somos antigos né Nós somos unidos então é a força da comunidade é a força da ancestralidade dos laços familiares da mulher contra a violência do patriarcado do colonialismo né da da exploração da terra beleza bonito demais né então o capítulo revela a origem de Santa Rita pescadeira destruição da mineração O Legado de luta continua com belon Bibiana sendo vista como herdeiras da resistência e a preservação Então quem vai ficar com
a questão política a Bibiana que é oradora que é líder Quem vai ficar com a questão religiosa do Zeca a belonísia as duas irmãs vão herdar a consciência e o saber e vão tocar adiante toda essa tradição a onça caiu sobre a borda do fojo sustentando o corpo com as garras para não ser lançada em definitivo para o buraco assustou-se com a armadilha escondida no meio da Mata coberta de tábua seca e palha de buti a quem Jure que capatazes usaram as mesmas armadilhas de caça para capturar escravos nos anos passados como que ela saberia
fazer uma armadilha de escravo ela não saberia mas a Rita a pescadeira a entidade que tá no mundo há muito tempo sabe E aí o feitiço se volta contra o feiticeiro não era uma armadilha tola para capturar uma caça retirou a porção de terra a onça caiu com as presas enterradas no chão retirou uma porção de terra na boca não era uma armadilha tola para capturar uma caça mas antes que levantasse se abateu sobre seu pescoço um único golpe carregado de Uma emoção violenta que até então des conhecia né é o golpe com a mesma
faca com a mesma faca da língua é é muito doido porque no final do livro fica um pouco Confuso com a com a entidade narrando mas a gente vê que a belonisia tá estranha que ela fica andando à noite que ela sai para andar falar ela já não falava mas ela vai ficando muito arredia ou seja ela tá começando a ficar possuída e essa entidade cuida desse povo e esse povo Cuida dessa identidade fazendo as oferendas fazendo os rituais do jarê E aí quando precisa a entidade vai lá e cuida do seu povo sobre a
terra há de viver sempre o mais forte e aí quem é o mais forte é o branco capitalista dono de um papel que diz que ele é dono da terra ou são as pessoas que sangraram que transpirar que trabalharam naquela terra que criaram seus filhos que enterraram seus pais lá é o poder da ancestralidade sobre a Terra é muito bonito Espero que você tenha ficado então com vontade de ler o livro porque eu tô com vontade de reler nossa senhora eh passado muito tempo eu resolvi tentar falar porque estava sozinha me embrenhando na mesma Vereda
que Donana ainda recordo da palavra que escolhi arado me deleitava vendo meu pai conduzindo o arado velho da Fazenda Carregado Pelo boi rasgando a terra para depois lançar grãos de Arroz em Torrões marrons e vermelhos resolvido gostava do som Redondo fá que tinha a ser enunciado vou trabalhar no arado vou arar a terra quem tá falando isso quem é o narrador você consegue perceber quem quem tem saudade da fala belon vamos pensar numa questão assim te D uma parte do livro pela voz narrativa pelo assunto vai ter que idic qu das euo que questão Espero
que você leia o livro que você volte a assistir essa aula semana que vem eu vou gravar mais uma obra da da unimontes tá o catope zeiras e lá para novembro perto da prova vou fazer uma revisão ao vivo das três obras vou fazer uma live e vou falar do romanceiro da Inconfidência falar novamente do Torto arado e do catope zeira e pensar em possíveis relações entre essas três obras tranquilo Leia o livro Leia tortu arado mais do que a questão da unimontes se você lê é certeza que você vai acertar se não ler você
tem bastante chance de acertar Mas a questão não é só a prova de literatura isso aqui é repertório para muita redação isso aqui é importante para te fazer crescer como leitor e como brasileiro de um país injusto racista violento como o nosso não é à toa que esse é o livro mais comentado mais incensado noss últimos anos no no Brasil desejo boa leitura e te espero na próxima aula valeu n