em nome do pai e do filho e do Espírito Santo amém inspirai ao Senhor As Nossas ações e ajudai-nos a realizá-las para que em Vós comece e para vós termine tudo aquilo que fizermos por Cristo senhor nosso Amém Santa Maria mãe de Deus rogai por nós em nome do pai e do filho e do Espírito Santo amém Olá boa noite a todos uma alegria nós estarmos juntos mais uma vez no nosso programa ao vivo e hoje gostaríamos de dedicar esse programa ao tema da música sacra muito bem nós acabamos de Celebrar o dia de Santa
cicília Padroeira do Canto orfeônico né e da música sacra e queria eh fazer notar logo desde o início né que pelas Graças de um amigo que possui grande devoção pelas relíquias sagradas nós temos hoje aqui a relíquia de São Gregório Magno não é que é o grande padroeiro da música sacra também porque é o canto gregoriano se chama gregoriano exatamente por causa de Gregório não é grande Papa Gregório magro algumas pessoas eh se confundem achando que gregoriano tem a ver com grego não tem nada a ver com grego tem a ver com o Papa São
Gregório Magno e vamos eh tentar colocar para vocês neste programa alguns princípios né Eh básicos fundamentais para a música eh litúrgica a música da igreja principalmente utilizada durante a liturgia por quê Porque que nós estamos em alto mar estamos num num num ambiente onde eh na realidade se tem muito subjetivismo você se já pessoas terminam eh achando que tudo vale né mas não é bem assim nós nós temos a igreja tem orientações muito Claras sobre essa questão de música sacra e portanto eu gostaria de ficar naquilo que é que são as determinações do magistério então
não gostaria eh de entrar mais nesse campo de opinião mas gostaria de ficar na realidade eh objetiva exatamente para com isso prestar um um serviço né para as pessoas que se dedicam ao Ministério de música Ao canto de corais aos compositores de músicas litúrgicas e assim por diante tá bom bom antes de iniciarmos a matéria propriamente dita eu gostaria de dar algumas coisas para as pessoas que queiram se aprofundar principalmente em termos de liturgia da música sacra perdão Teologia da música sacra Perão perdão não liturgia Teologia da música sacra aí o nosso grande patrono é
o teólogo Joseph ratzinger né estamos falando de teólogo Joseph ratzinger porque ele como papa não é e promoveu sim um um movimento litúrgico de restauração um pouco daquilo que é a música sacra de valor Mas foi como teólogo que ele desenvolveu realmente eh algumas intuições maravilhosas em termos de teologia mas não é o tema do nosso programa esse aqui é só a indicação eh quiser ver a questão de liturgia e música nesse livro famoso introdução ao espírito da liturgia do Cardial hinger com o qual ele quis dar início a um movimento litúrgico dentro da igreja
na página 101 eh inicia um capítulo o Capítulo dois sobre a liturgia Valeria eh muito a pena ler e Aqui nós temos em português já um pequeno resumo mas aqueles que dominam a língua italiana ou também eh existe evidentemente no original alemão e eh no inglês que são as línguas que eh já publicaram me parece que o espanhol também já deve ter publicado mas eu tenho aqui em italiano né o volume número 11 das obras completas de Joseph hinger que é sobre a teologia da liturgia e neste Volume 11 existe a parte D que é
sobre a teologia da música sacra a partir da página 573 Então tá uma indicação aí bibliográfica para aqueles que quiserem né Eh se aprofundar nesta realidade Antes de nós eh iniciarmos propriamente nos nas questões eh objetivas que vem do magistério eu encontrei uma citação para dar o início na nossa reflexão desse pequeno opúsculo escrito pelo mestre de cerimônias do Papa atual Guido Marini Monsenhor Guido Marine liturgia mistério um salutis e ele tem um um pequeno eh comentário sobre a música sacra com a qual ele ele conclui o opúsculo lá na página 40 e ele cita
não é uma das obras de Joseph hinger né cantai ao Senhor um canto novo Quero iniciar com isso ringer tem a seguinte intuição não é recordando um pouco gand ele diz assim olha gand dizia que existem extratos na na realidade animal os peixes que habitam na profundidade eles são silenciosos os animais que estão na terra eles gritam mas os pássaros que voam cantam o homem Ele tem um pouco nota o teólogo Joseph hinger o homem tem um pouco a capacidade dessas três realidades ele é capaz de silêncio ele é capaz de eh gritar falar mas
é também capaz de cantar mas na nossa sociedade atual onde as coisas vão um pouco se desfazendo o homem foi perdendo as duas As duas capacidades a capacidade de silêncio que é aquilo que são capazes os peixes que habitam na profundidade se você quiser ter profundidade você precisa de silêncio e foi perdendo a capacidade de realmente cantar e com arte de forma Bela ou seja de voar como os Pass e habitar nas regiões celestes então eh tanto a questão de profundidade como a questão de altura de grandeza de de espiritualidade né de viver no ar
nos ares nos lugares altos foram as duas capacidades que nós perdemos que precisamos retomar na liturgia Ou seja a capacidade de silenciar uma liturgia mais silenciosa e a capacidade de ar realmente com eh Beleza não é então inicio com essa anotação para que a gente veja a necessidade de Nós realmente sabermos cantar e louvar a Deus mas quero aconselhar então para a leitura de vocês eh dois documentos fundamentais existem outros né mas dois documentos fundamentais para a questão da música música litúrgica e aqui no Brasil esses documentos estão coligidos nesse nessa série de documentos da
igreja que é da editora Paulos né que tem aqui esse volume 11 que é documentos sobre a música litúrgica e os dois documentos que eu gostaria de citar é número um um documento importantíssimo do Papa São Pio X chamado leudine entre as preocupações que foi escrito pelo Papa São Pio X não é no início do Século XX e depois esse documento foi tão importante que 100 anos depois o Papa João Paulo II São João Paulo II escreveu um não se assuste com a palavra um quirógrafo para comemoração do moto próprio tral Solitude que que é
um quirógrafo bom ao pé da letra né reir em grego quer dizer mão grafin quer dizer escrever então escrito à mão quer dizer uma anotação feita à mão evidente que o papa não escreveu isso à mão né mas é só para dizer que e não é uma Encíclica não é um documento de Magistério digamos assim eh que empenha a nossa obediência porque é simplesmente uma recordação E por que que eu cito esse Eh esses dois documentos porque em primeiro lugar o próprio Papa São João Paulo I diz no seu quirógrafo de comemoração eh do do
moto próprio tral solicitude o seguinte que este documento é quase um código jurídico da música sacra então tralo leitud é muito importante porque ele é digamos digamos assim aquele que dá o norte pra música sacra só que algumas pessoas vão dizer assim não mas isso daí e trar Solitudine é um um documento do início do século XX agora nós já temos o Vaticano II então evidente que não vale mais então é por isso que eu gosto eu quero citar o quiro de João Paulo II Porque João Paulo II escreveu depois o vasico i dizendo não
senhor Vale sim os princípios ainda são válidos portanto eu vou eh comentar os princípios que estão lá no tral solicitude mas tomando como ponto de partida o quirógrafo de São João Paulo I para que as pessoas não venham agora com argumento Zinho né de dizer ah não vale mais né então muito bem então Eh para deixar bem claro também questão de datas esse são sempre documentos que foram eh assinados na festa de Santa sicília ou seja dia 22 de novembro o quirógrafo e o moto próprio o moto próprio que é de 1903 e o quirógrafo
de 2003 100 anos depois sempre a festa de Santa cicília bom então vamos lá primeira coisa que nos diz o Papa São Pio X veja só nada deve acontecer eu tô na introdução do documento nada deve acontecer no templo ou seja dentro da igreja que perturbe ou sequer diminua a piedade e a devoção dos fiéis nada que dê justificado motivo para desgosto ou escândalo nada sobretudo que diretamente ofenda o decoro e a santidade das sacras funções seja por isso indigno da casa de oração e da majestade de Deus então a primeira coisa não é que
nós temos que entender e isso daqui o próprio Papa Paulo VI citava numa das suas alocuções que não é todo tipo de música que pode entrar dentro da igreja isso tem que ficar bem claro para nós desde o início por quê E por uma razão muito simples a música litúrgica ela tem uma função e para nós dizermos esse tipo de música Pode esse tipo de música não pode nós temos que entender Qual é a função da música litúrgica bom então Padre qual é a função bom para gente entender a função da música litúrgica Nós temos
que entender primeiro Qual é a função da liturgia então o próprio Papa eh São Pio X nos princípios gerais nos ajuda nisso ele diz assim a música sacra como parte integrante da liturgia solene participa do seu fim geral existe uma finalidade geral que é a glória de Deus e a Santificação dos fiéis vejam que isso aqui é de uma importância primordial veja quando eu pergunto o que é uma coisa a melhor forma pra gente definir uma coisa é fazer o quê definir essa coisa dando a finalidade eu vou definir o que é que são os
óculos eu posso e dizer ah não é um objeto composto de vidro e metal definir a matéria mas a melhor forma de definir os óculos é dizer para que eles servem né então se eu digo para que servem os óculos eu sei que ele não serve para para sei lá para sentar em cima né ele serve para eh auxiliar as pessoas que têm alguma algum tipo de deficiência visual então nós temos aí uma fina finalidade então a finalidade da liturgia é importante por quê Porque infelizmente nós temos eh atualmente umas influências filosóficas muito negativas dentro
da igreja eh por causa de Hegel que é um um filósofo eh digamos assim que influenciou grandemente o pensamento moderno atual existe uma tendência de as pessoas irem à igreja onde a religião e aquilo que é celebrado é a comunidade a partir de regel a religião serve para uma coisa para comunidade para criar comunidade isso está bem claro no pensamento desse filósofo isto entrou evidentemente dentro da visão marxista E isso tem consequências hoje para nós então a finalidade do culto litúrgico para muitas pessoas é a celebração festosa da comunidade então é o homem que Celebra
a si mesmo ora isto não tem cabimento o Papa eh Bento x eh fez inúmeras manifestações nesse sentido de dizer com toda clareza paraas pessoas que se a liturgia da igreja vai ser uma liturgia bem realizada nós não podemos de forma alguma ceder à tentação de o homem est celebrando a si mesmo portanto é por isto que Bento 16 conclamam a reforma da reforma litúrgica porque a forma como a liturgia está sendo vivida nos últimos tempos tem uma tendência muito grande de o homem celebrar a si mesmo e principalmente o homem enquanto comunidade celebrativa ficar
fechada em si mesmo Então veja a liturgia tem uma finalidade e a finalidade São Pio X diz com toda clareza é a glória de Deus e a Santificação dos fiéis Então as a liturgia ela tem evidentemente uma realidade transcendente ela tem que me conduzir para Deus transcendente para glorificá-lo e este ato de amar Deus quanto mais eu amar Deus na na liturgia então mais eu me santifico porque nós sabemos que o princípio básico da espiritualidade e da Santificação é o amor a Deus então se eu amo a Deus eu me santifico se eu não amo
a Deus eu não me santifico Então esse é o princípio geral da liturgia a liturgia é para glorificar a Deus santificar os fiéis se você foge disto esquece a sua liturgia está mal celebrada quando você faz uma liturgia que glorifica o homem e não Deus tem algum problema se você tem uma liturgia que ao invés de santificar os fiéis e fazer com que eles Amem a Deus eles fiquem fechados no seu egoísmo para e causar Prazeres e etc e tal então tem alguma coisa errada nessa sua liturgia nãoé Isso é uma das coisas que eh
nós vemos constantemente na realidade da música música litúrgica veja são p x diz assim volto lá ao início do documento ele diz existe um funesto influxos que sobre a arte sacra exerce a arte profana e teatral quer pelo prazer que a música diretamente produz e que nem sempre é fácil conter nos justos limites quer etc e tal ele continua é interessante o que ele tá notando aqui a música gente ela produz prazer agora Este prazer que é produzido pela música precisa ser contido dentro de um justo limite porque senão você está caindo num sensualismo a
gente vê claramente Em certas liturgias onde as pessoas automaticamente me desculpem começa um rebolado a pessoa tá cantando já começa lá um gingado que você vê claramente que a coisa tá indo para um lugar que não é o culto Divino então uma das grandes dificuldades que as as pessoas têm que os ministérios de música têm que os compositores de música sacra têm uma das grandes dificuldades que padres e equipes de liturgia tem ao escolher o repertório do que vai ser cantado numa missa está no fato de que as pessoas perderam a noção da natureza da
oração ou seja existe uma dificuldade que existem ritmos musicais e estilos musicais que tornam fisicamente impossível rezar porque dispersam agitam não é eu já citei aqui em eh respostas católicas aqui no no nosso site não é a questão do do da experiência científica que foi feita colocaram lá eh Roque para tocar num num curral para as vacas ouvirem rock elas produziram menos Leite aí colocaram Mozart para as vacas ouvirem as vacas dobraram a produção de leite or isso Isso mostra que existe algo na música que é físico não é cultural Porque Pelo que eu saiba
n não sei se vocês concordam mas pelo que eu saiba vacas não tem cultura n é eu acho que não dá pra gente chegar e dizer assim ah não porque eram vacas europeias que estão num cultura europeia acho que não funciona né Vaca não tem Cultura Então quer dizer que tem algo de físico por quê Porque certos ritmos e certas dissonâncias afetam as ondas cerebrais afetam os batimentos cardíacos e isso a experiência científica qualquer um que entende né um pouco dessas coisas vai dar o braço a torcer Ora como é possível você agitar as pessoas
e querer agora que elas rezem que você você não entende nada de oração Qual é a natureza da oração deste Encontro com Deus então quer dizer você escolhe uma série de músicas que faz com que a comunidade se encontre enquanto comunidade Mas você impede fisicamente que as pessoas se encontrem com Deus eu acho que você está prestando um desserviço então Eh o Papa são pilo x diz a primeira coisa é a finalidade da liturgia em geral que é a glória de Deus santificação os fiéis bom aí dentro disso nós temos então a finalidade não é
própria da liturgia da da música litúrgica perdão Essa é a geral da liturgia Qual é a própria da música litúrgica ele diz é acrescentar mais eficácia ao texto da oração então isso aqui gente a gente vê que isso distingue a música sacra Cristã de outras músicas eh sagradas de outras religiões ou seja existe um primado do texto litúrgico o importante é o texto litúrgico e é isso que dá a música não é eh Sagrada usada na liturgia a sua própria natureza portanto eh é interessante nós notarmos se você for ver lá na na Suma Teológica
não é na na deixa eu pegar aqui no no no texto do hinger ele cita essa questão da da Suma Teológica Sant Tomás de Aquino na segunda secunde é questão número 91 né os artigos 1 e 2 então na segunda sessão da segunda parte da Suma Teológica a questão 91 Santo Tomás e fala o artigo segundo sobretudo ele fala da questão da música sacra e e ele diz com toda clareza a música sacra tem uma finalidade muito clara que é ajudar as almas tíbias ou seja nós somos seres humanos nós ficamos mornos nós deixamos de
amar a Deus então você tem uma música não é que vai ajudar as as almas tíbias a realmente amarem mais a Deus ou seja você precisa colocar fogo nesse seu amor né então isso é muito importante a gente não perder essa realidade essa natureza então e como é que essas almas tíbias vão e eh eh rezar Mel melhor bom aí a música no seu Ritmo no seu texto etc e tal deve ser uma coisa é bem escolhida Então se a gente tiver essa natureza da da própria música A gente vai entender as coisas aí vem
eh três características básicas três princípios eh Gerais que são p x cita muito rapidamente aqui no troit e admiravelmente São João Paulo I os retoma no seu quirógrafo porque algumas pessoas poderiam dizer não mas imagina se isso ainda vale mas olha lá né são três características três eh notas digamos assim Claras não é da música sacra que é a santidade ela precisa ser uma música santa ela precisa ser verdadeira arte ess é número dois e TR ela precisa ser Universal sobretudo essa característica do Universal seria uma coisa que a gente pensaria assim não depois do
fic no segundo não vale mais porém João Paulo I cita a característica do Universal vamos ver então essas três características que estão lá no tral Solitudine eu vou ler aqui no quirógrafo de São João Paulo I a partir do número quro ele diz assim que e uma das coisas é a santidade da música mas como é que eu sei que que uma música é santa o que que faz com que uma música seja Santa ele diz Será tanto mais Santa quanto mais estreitamente for unida à ação litúrgica ou seja aquela música Ela Está dentro de
uma ação litúrgica e aquela ação litúrgica ela tem uma natureza não é por exemplo algumas pessoas escolhem no seu repertório musical colocar dentro da Santa Missa por exemplo no na hora do do ato penitencial um forró Me desculpe nada contra o forró Eu sou nordestino ninguém vai pode me acusar aqui de de de tá sendo e racista preconceituoso com com os nordestinos não é isso eu nasci no Nordeste mas me desculpa não dá para você pedir perdão dançando forró entende ou seja tem que ser uma música que te leve a uma introspecção a um exame
de consciência A não ser que você seja um marxista filha da mãe não é que não acha que existem pecados pessoais só existem pecados sociais e aí você vai querer que as pessoas se dispersem não que as pessoas olhem para dentro de si você vai queria somente que as pessoas e peçam perdão dos pecados sociais do do sistema opressor você compreende que isso não é Igreja Católica você tá escuta desocupa o lugar né isto não é a igreja católica então é necessário que a gente compreenda isso diz não mas o senhor tá sendo muito bitolado
isso aí é pré conciliar tá aqui Paulo VI gente Paulo sendo citado aqui por São João Paulo I o bem-aventurado Paulo VI diz o seguinte não é ind perdão aqui o português tá a articulação tá distintamente tudo aquilo que está fora do templo que profano que é apto para ultrapassar lhes ultrapassar lhe os umbrais quer dizer não é todo mundo que tá não é tudo que tá fora da igreja que pode entrar dentro da igreja não dá e ele coloca né muito claramente que a questão da música sacra recebeu hoje um alargamento de significado a
ponto de incluir repertórios que não podem isso aqui é São João Paulo II falando não podem entrar na celebração sem violar o espírito e as normas da própria liturgia então Eh é a santidade que é requerida pela música não é quando as músicas por exemplo aqui no Brasil nós temos uma mania muito grande não é de eh sensualidade músicas muito sensuais que tendem a fazer com que se alimente um sentimentalismo mas o sentimentalismo faz você se encontrar com as suas emoções mas não necessariamente para você se encontrar com Deus então isso tem que deve ser
usado com com granos Sales com uma certa sabedoria não dá para apelar demais não é então assim os sentimentalismo não é bom para a oração segunda característica da música litúrgica da música sacra ela precisa ser uma verdadeira arte ou seja o papa o princípio que está intimamente ligado ao precedente ou seja da santidade é o da singeleza das formas não pode existir uma música Destinada nada a celebração dos sagrados ritos que não seja antes verdadeira arte capaz de ter a eficácia que a igreja deseja obter acolhendo na sua liturgia a arte dos sons não é
eh portanto aqui nós precisamos compreender e ter uma formação artística o a sacr santum cílio no Vaticano io fala disso eh existe um documento também bem do Papa Pio X que insiste nãoé na formação litúrgica dos seminários existe uma um documento da Sagrada conção pros ritos também chamado música sacra que fala ou seja resumo Pio 12 no Sacre e música Sacre disciplina existe uma um número enorme de documentos que batem nessa tecla os padres e seminaristas precisam ser formados musicalmente precisam ser educados musicalmente é necessário você ter uma educação musical para saber distinguir aquilo que
é bom e aquilo que não é bom porque as coisas têm um critério objetivo nós não estamos na ditadura do relativismo existem coisas que são objetivamente superiores né Eh portanto Aqui nós só para colocar um uns princípios básicos vejam eh em música Nós temos como se fossem três camadas não é lá em cima você tem a melodia da música ora esta melodia ela é geralmente aquilo que deveria sobrepujar na música embaixo em segundo plano e menos importante você tem a harmonia Harmonia quer dizer o seguinte os tons que são mas harmônicos menos harmônicos e em
terceiro lugar você tem o ritmo essas três camadas melodia harmonia e Ritmo devem estar nessa hierarquia mas o que nós temos hoje em dia com a música desforme não é É o quê É a inversão das coisas a as coisas vieram e eh foi a a a a lenta e inexorável marcha da vaca para o brejo né o negócio foi ficando cada vez mais complicado você tinha antes uma melodia aí de repente eh os movimentos musicais no século XX começaram a isso começou também já no romantismo mas começaram a exceder em experiências harmônicas o negócio
ficou mais Harmonia do que melodia nãoé dissonâncias e cromatismos assim rebuscados coisas assim estranhas que fizeram com que a melodia fosse deixando ficando de lado e ficou mais Harmonia Qual é a a a importância da harmonia paraa oração veja eu não sei se vocês é que eu talvez esteja falando aqui em termos muito técnicos para pessoas que não não sabem de música mas deixa eu explicar uma coisa não sei vocês já participaram de alguma missa em que eh o Ministério de Música inventou né compôs assim antes da missa o Refrão do Salmo então vai lá
né o Fulano com seus dons artísticos e compõe o refrão do Salmo aí o pessoal canta o refrão do Salmo e você fica com aquela impressão de que a música não terminou né ele canta você tá achando que ele vai continuar Mas ele já dá sinal para todo mundo repetir mas ninguém sente que terminou a música uma coisa estranha que que aquilo é Harmonia ou seja eh o que acontece o seguinte o Tom com o qual você começa não é uma melodia geralmente é o Tom com o qual você termina e aí você eh fica
com aquela sensação de que você voltou para casa aquilo te dá paz entendeu então é como se fosse uma viagem você sai daquele Tom viaja para tons que tem um parentesco às vezes para tons bastante distantes dissonâncias cromatismos estranhos mas depois você o o compositor vai te trazendo de volta e quando finalmente você chega em casa fica aquela sensação ah terminou a música E isso tem uma uma reação não é digamos assim bastante Clara também espiritualmente de de de paz de pacificação de de de quando isso não é respeitado muitas vezes a a a o
que você gera é inquietação e depois de grandes experiências com harmonias O que é que nós temos hoje em dia nós temos a prevalência do Ritmo ou seja o ritmo virou o Deus da música Então quando você vê um sujeito com um microfone enfiado na boca né Eh eh fazendo o que que é aquilo aquilo é música não Aquilo é puro ritmo ou seja música paraas pessoas virou somente ritmo e aqui eu gostaria de fazer uma crítica respeitosa mas eu acho que nós brasileiros precisamos eh parar com essa obsessão de ritmo não é você compra
CDs de música litúrgica Os instrumentistas não é a música às vezes é até bonita é até digamos assim eh utilizável não música que dá para rezar mas o que que acontece o sujeito coloca no fundo um ritmo né ostinato né o negócio assim obsessivo aquele ritmo mecânico que não que não dá trégua o negócio assim aquele tum tum martelando na sua cabeça o tempo inteiro o tempo inteiro aquele ritmo Gente pelo amor de Deus aquilo inquieta não é à é obsessão por ritmo E aí outra coisa aí porque tem que enculturar né é o próximo
assunto que nós vamos tratar eh tem que enculturar porque tem que enculturar então você tem que colocar todos os ritmos da Cultura né Podemos até passar pro próximo assunto o próximo assunto é universalidade o Papa João Paulo I ele diz assim que eh tudo bem Que haja algum adap ação de enculturação conforme a reforma do Vaticano segund não tem dúvida nenhuma só acontece o seguinte ele usa é necessário portanto evitar em algumas em última análise aquelas formas de aspas inculturação em sentido elito que introduzem na liturgia composições antigas ou contemporâneas que possuem Talvez um valor
artístico mas que induzem a uma linguagem realmente inpre ível existe em certas coisas de inculturação um um um certo imperialismo cultural por quê quando por exemplo se fazem ehos eh em algumas campanhas litúrgicas no Brasil e você obriga não é a a dona que tá lá no centro de de São Paulo a cantar uma música que é do interior do Nordeste ou obriga o nordestino a cantar a música que é dos Pampas gaúchos não tem sentido esse imperialismo cultural o nosso país é plural não é plural muito bem então eh eh primeira coisa certas incultura
ções terminam sendo né um imperialismo Então seria interessante nós retornarmos ao critério de universalidade como ele foi colocado pelo Papa São Pio X e o Papa São João Paulo I diz diz isso ele diz assim que eh citando São Pio X aqui ele diz que deixa eu ler vou ler tudo porque fica melhor ler o texto inteiro ele diz assim nesse sentido São p x indicava usando o termo universalidade um ulterior requisito da música Destinada ao culto mesmo a aí vem a cção de São Pio X mesmo concedendo a cada nação ele considerava de admitir
nas composições religiosas formas particulares que constituem de certo modo o caráter específico da música que lhes é própria elas não devem estar de tal modo subordinadas ao caráter geral da música sacra que ninguém de outra nação ouvi-la tenha uma impressão negativa ou seja eh a música deveria ter uma certa Universal uma certa linguagem universal de tal forma que quando você vai à liturgia e ouve uma música Mesmo que não seja do seu país aquilo não deveria resultar estranho para você ele causar estranheza chocar por quê Porque é sinal de que ela saiu do trilho porque
a música embora ela possa ter características enculturadas ela precisa ter uma linguagem Universal Por que essa história de linguagem Universal porque é o reconhecimento desta realidade de que a música deve falar ao à natureza humana existem regras que não são tão relativas assim nós vivemos um tempo de relativismo em que a gente acha que tudo pode não é a a arte tá assim tá tá foi tomada por um relativismo obsessivo um negócio maluco então porque o Fulano decretou que é bonito Ficou bonito não existem coisas que são objetivamente feias e e causam perturbação não vai
ser bonito nem aqui nem na China nem nenhuma cultura nem nenhum tempo existem coisas onde o grotesco desforme o dissonante é perturbador E então concluímos com eh nesse nosso comentário falando do primado do Canto gregoriano pode-se usar outros tipos de canto na música sim mas existe uma Regra geral não é que eh foi colocada por São Pio X e que João Paulo I cita no seu quirógrafo e essa Regra geral se encontra no número três do tral sollecitudine que é o seguinte uma composição religiosa será tanto mais Sacra e litúrgica quanto mais axima no andamento
na inspiração e Sabor da Melodia do gregoriano ou seja o gregoriano é digamos assim o nosso parâmetro então a música ela é mais litúrgica Quanto mais ela parece com gregoriano não que ela precise ser Idêntica ao gregoriano não é isso por exemplo São Pio X na sua época lá cita palestrina quem ouve palestrina a de que que palestrina dá nas suas músicas é polifônico né Evidente e você vê claramente que é uma música calcada no gregoriano mas aí e é também de de uma capacidade de de adaptação cultural aquilo que é a a realidade da
sua época Estamos aqui no século X não é e que tem uma universalidade Porque palestrina continua nos falando ainda hoje continua ainda né nos levando a rezar ainda hoje hoje né pegue lá no YouTube e digite palestrina e vai ouvir algumas coisas de palestrina por exemplo a missa de papa Marcelo não é são coisas assim que te levam a rezar ainda hoje o cicot chos de palestrina n uma coisa assim que eh te leva a rezar Então não é que precisa ser uma fotocópia do do gregoriano mas ser inspirada sim no gregoriano uma música que
se afaste excessivamente do gregoriano não é cria dificuldade então assim eh o Papa João Paulo II não é ele diz assim os outros gêneros de música sacra especialmente a polifonia polifonia não estão excluídos de modo algum da celebração dos ofícios divinos é preciso portanto avaliar com atenção as novas linguagens cais para recorrer à possibilidade de expressar também com elas as inextinguível riquezas do Mistério reproposta na liturgia então por exemplo quando você vê o o o alguns cantos do de Monsenhor eh frisina por exemplo ele fala numa linguagem bastante moderna mas eu acho que ele consegue
levar as pessoas à oração né quando você eh ouve a composição do do do mon Senor Marco frisina anima criste santifica-me é rezar isso depois que terminou a distribuição da da comunhão que todo mundo voltou paraos seus lugares e e e num canto ainda ali de de de Ação de Graças é uma coisa extraordinária leva as pessoas a rezarem E no entanto é música eh composta não é no nosso tempo música contemporânea mas que você vê claramente que existe uma inspiração e uma proximidade do canto gregoriano Embora ela seja também polifônica não é então eu
acho que essas coisas assim são critérios eh bastante objetivos eu coloquei aqui para vocês tem bastante coisa né que eu falei nessa nesse programa mas eu acho que ali vocês encontrando nesses dois documentos trale Solitudine e o quirógrafo de João Paulo I vocês vão encontrar os critérios básicos para escolher um bom repertório de música sacra litúrgica nãoé Então vamos colocar esses princípios Pode ser que eh num outro programa ou num curso né a gente possa analisar depois a missa parte por parte né a natureza de cada um dos cantos que eh podem ser utilizados na
liturgia vamos agora fazer um pequeno breve intervalo nós retornamos já já para responder algumas perguntas que você tem a fazer a respeito deste tema que é bastante interessante mas também às vezes bastante polêmico nós retornamos então para tentar responder né um pouco às perguntas aquilo que eu tiver resposta evidentemente não é temos aqui uma pergunta do Henrique Sebastião ele diz assim gostaria que o padre dissesse sobre como responder aos que dizem que o canto e os detalhes litúrgicos não não importam porque Deus vê o coração veja Henrique essa objeção que você tá levantando aqui ela
foi é respondida nãoé pelo próprio Santo Tomás na Suma Teológica se você for ver naquela questão que eu citei para você na segunda sessão da segunda parte questão número 91 e São Tomás enfrenta algumas objeções e essa foi feita nada mais nada menos do que por São Jerônimo não é você imagina São Gerônimo dizendo que não é para cantar na liturgia e Santo Tomás responde o cal hinger naquele ensaio sobre a teologia da música Sagrada ele coloca essa questão do do São Jerônimo e diz assim que o nosso e é interessante aqui que o o
hinger tá respondendo ao a Runner aqui porque o Runner parece que também não era assim muito amigo de de música né Eh existe uma uma um adágio que diz que os Jesuítas não cantam né bom o Papa Francisco não canta isso é verdade mas ele diz que não canta por causa da questão de pulmão e depois ele mesmo diz que ele é desafinado Mas o problema não é esse o problema aqui é é é que o o Runner fez um cavalo de batalha com essa coisa de de música litúrgica que a música não tem nada
a ver com com o mistério litúrgico e o o ratzinger tenta responder a isso ele um das coisas que ele Analisa não é é a a realidade a invectiva digamos assim do nosso amigo São Jerônimo onde São Jerônimo comenta a carta de São Paulo aos Efésios dizendo que nós precisamos eh Louvar a Deus com com espírito né então portanto que não seria com a voz né que a gente não deve ficar aí cantando eh mas isso não tem muita aderência àquilo que é a natureza humana ou seja nós não somos eh puro espírito a música
não é ela é própria do ser humano que é capaz não é realmente de e perceber essas harmonias e tem verdadeira influência física então assim se a gente quer subir muito acima da nossa eh própria natureza nós vamos terminar descendo abaixo dela então a primeira coisa nós temos que considerar que o ser humano não é ele é é influenciado pelas Artes e que a Arte Musical é uma arte que tem um impacto direto na nossa alma e pode nos ajudar realmente a louvar a Deus pode nos ajudar realmente a elevar a alma a Deus então
dizer que a música não é importante ela é importante sim porque a finalidade da música na liturgia é exatamente é louvor a Deus então acho que não não devemos deixar de lado o José Airton Pergunta assim Padre Como inserir na paróquia o uso do canto gregoriano e da polifonia veja José eu acho que a gente precisa primeiro iniciar um movimento nãoé um por quê Porque existe uma obsessão não é que virou uma obsessão o Concílio não quis isso mas uma obsessão que aconteceu depois do Concílio essa história de que a música eh da igreja ou
todo mundo canta ou então não pode ser cantada não é o Concílio falava assim de uma Actos participa ou seja uma participação ativa dos fiéis mas a participação ativa dos fiéis não é essa caricatura Que Nós criamos é profundamente ativo quando eu ouço uma música que está sendo cantada pelo couro polifonico me conduz a oração isso é muito mais ativo não é do que eu ficar agitado no meu banco né batendo palma simplesmente porque né como o desculpa a comparação né mas como macaquinho de auditório porque tá todo mundo batendo palma e eu tenho que
estar junto na coletividade embora não sai o que é que tá sendo cantado não tô prestando atenção e não tô levando minha alma a Deus é muito mais actuositatem de alma ausente não é então assim é importante o Concílio fala da participação da comunidade de uso de cantos mais populares para que as pessoas possam cantar mas o Concílio também fala a sacrossanto conum fala que o povo deveria aprender a cantar não é as partes principais da missa em gregoriano em latim Então não é impossível Por exemplo quando você eh na paróquia introduz eh algumas músicas
polifônicas bonitas as pessoas dizem Nossa que bonito etc e se você diz pras pessoas que isso é para elevar a alma Deus você vai criando um movimento Então vamos aos poucos a gente vai comendo a papa pela beirada e vai introduzindo um movimento e as pessoas e como aquilo que é belo é objetivo não é eh existem coisas Belas que não precisam ser explicadas e essa que deve ser preferida né Eh tem coisas assim que são evidentemente belas São clamorosamente Belas e você não precisa ficar dizendo Veja isto é belo não a pessoa não precisa
nem ser preparada ela já enxerga ela é impactada pela beleza daquilo eu acho que aí as pessoas vão né se eh mas é que o a grande dificuldade que a gente vê de introdução do gregoriano e do polifônico não tá na música está no conceito que as pessoas têm de liturgia as pessoas não elevam a alma a Deus ou seja desculpe eu vou ser bem sincero mas existem liturgias onde as pessoas entram sem sequer ter feito uma única oração entram e saem sem nunca ter rezado a pessoa entra na missa e sai da missa sem
ter feito uma única oração a Deus é só diálogo com o couro com o comentarista com o padre com o leitor é sempre eu tô aqui no mundo com só falando com os seres humanos não existe um falar com Deus então a grande dificuldade é que se as pessoas entendessem que entram na liturgia para falar com Deus A música né ela ocuparia o seu lugar tranquilamente o gregoriano e a polifonia Então acho que é um também uma questão de educarmos e toda a comunidade litúrgica para aquilo que é a verdadeira natureza e a finalidade da
liturgia Patrícia Padre Paulo quando o Bispo da diocese concorda que se pode tocar música não litúrgica a quem devemos recorrer olha Patrícia eu acho que não precisa recorrer a ninguém por quê Porque isso só cria conflito não é não precisa ficar nesse eh justicialismo de querer proibir as pessoas eu acho que nós podemos fazer o seguinte eh promover as coisas boas por quê que eu digo isso porque eu tô querendo conciliar tudo não não tô querendo conciliar tudo eu estou só acontece o seguinte eu comecei a ver vocês não sei se vocês já notaram que
eh de uns tempos para cá eu tenho um pouco mudado a minha tonalidade no site né H uns anos atrás eu era muito mais eh ferrenho Justiceiro meio agressivo até em algumas colocações eu comecei a ver que isso começou a a a mais do que construir começou a dividir e afastar as pessoas eh digamos assim criar um certo ras dentro da própria igreja sem renunciar aquilo que é certo e aprendendo aquilo que é correto eu acho que nós podemos eh considerar o seguinte vamos olhar veja eu olho pro padre Paulo Ricardo eu olho pro meu
itinerário pessoal há anos atrás certas coisas que hoje eu aprendi como sendo a verdade da igreja eu fui treinado formado para achar que aquilo lá era ruim que aquilo lá era Era ridículo Então a gente tem que ter uma certa Misericórdia de ver que algumas pessoas precisam ser mais eh conduzidas pra verdade lentamente gradualmente pedagogicamente porque nós vivemos um momento de igreja meio complicado então o que acontece eu tenho muita eh eh compaixão de certos padres seminaristas que TM e uma mentalidade até agressiva contra mim que odeiam o Padre Paulo Ricardo mas eu até os
compreendo porque a formação que eles receberam foi essa entendeu E eles não percebem que o que eu tô fazendo aqui no site é simplesmente sendo o aspas papagaio daquilo que é o magistério da igreja que a igreja nos ensina não é mas o problema é que eles foram formados num né no plano b ou seja uma alternativa ou seja uma reestruturação da igreja que não é o que nós queremos né nem o que que Jesus quer Jorge Silva P sua benção qual o caminho para o resgate do estudo da música sacra Quais as fontes quais
compositores procurar eu queria muito estudar mas não sei por onde começar ora Jorge aí eh precisaríamos talvez fazer um curso porque eu precisaria fazer uma pesquisa um pouco que é que tem disponível em língua portuguesa né para para fazer esse precisa mesmo de um estudo né e e e e para ter estudo precisa tempo estudar essa coisa de de ser autodidata nesta questão de música sacra é um pouco complicado então não sei qual é a formação específica que você tem se você já tem formação musical não tem formação musical Então seria bom mesmo pegar pessoas
que entendam da coisa para formar para fazer um curso que é eduque né então não sei se um dia nós vamos ter capacidade de fazer isso aqui no no nosso site né mas acho que algum programa um pouco mais específico vai precisar ser feito José Alves Padre boa noite resolve para nós um debate comum entre músicos católicos na missa bateria guitarra Recco e afins podem ser usados sim ou não olha José é o seguinte novamente eu quero dizer que o problema não é questão de legislação tá se for olhar a questão de legislação legislação por
legislação o Papa João Paulo I quando coloca lá no no quirógrafo não é fala aquilo que é o o a tradição da igreja por exemplo no número 14 ele fala da prevalência do órgão não é e logo em seguida ele diz assim olha só deve-se porém reconhecer que as composições atuais utilizam frequentemente não é modos musicais diversificados não desprovidos de dignidade Então a primeira coisa é questão da dignidade né então existem coisas modernas que TM dignidade aí vem na medida em que servem de ajuda para a oração da igreja podem revelar-se como um enriquecimento precioso
é preciso porém Viar a fim de que os instrumentos sejam aptos para o uso sacro e correspondam à dignidade do templo e possam sustentar o canto dos fiéis e favorecer a sua edificação eh e aí como resolver o problema da bateria eu acho que é um problema de sensibilidade para aquilo que é a própria natureza ou seja o que é apto para oração eh nós temos por exemplo aqui na nossa nossa Paróquia mesmo não é uma coisa assim maior parte das nossas comunidades não usa mais a bateria mas nós Ainda temos comunidades que usam bateria
e é difícil às vezes tem a sensibilidade das pessoas A a gente precisa fazer um caminho né com aquelas pessoas e dizer olha essa insistência rit rítmica que a bateria cria ela não é eh muito adequada para o canto os nossos músicos eles têm eh muita foram formados muito para essa coisa rítmica Então o que acontece por exemplo eh alguns dos nossos m até gente boa de espiritualidade insistiam insistiam conosco que tinha que ter pelo menos alguma coisa para bater o ritmo porque senão o povo ia atrasar e arrastar n como se fosse assim um
metrônomo eu acho excessivo Mas aqui é questão de opinião eu acho que não ajuda a rezar né se você vai num terreiro de candomblé tabac é um instrumento que tem uma densidade teológica para o Candomblé muito grande e ele eh tem como finalidade eh invocar os espíritos que vem de lá da mãe África e as pessoas tocando atabaque não é os vamos usar a palavra emprestada aí do do dos dos espíritas os médiuns entram em transe e recebem incorporam o o orixá a através daquele ritmo e daquela dança não é etc e tal mas eu
eu acho que dá pra gente enxergar que o culto do candomblé é de uma natureza muito diferente do culto Cristão então não tô dizendo que não existam culturas e religiões que sejam capazes de rezar com esse tipo de instrumento rítmico mas eu acho que ninguém quer entrar em transe na missa né não é a nossa nosso caminho não é a forma com a qual nós rezamos ninguém vai incorporar nada na missa não é então eu acho que eh certos argumentos assim não não são válidos assim chega a dizer ah mas tá tá arraigado na na
cultura africana o ritmo e a dança sim mas não é só questão de cultura africana que a religião africana é muito diversa da Nossa não é então o que é que se quer obter Então acho que é questão de debate da natureza das coisas então assim eu acho que a igreja tem a sua tradição o predomínio do órgão não é a própria natureza das coisas pede menos ritmo agora eu não não vou entrar aqui num debate se pode não pode é proibido ou não é proibido porque nós vamos entrar num debate num campo jurídico onde
não está determinado juridicamente o que se exorta é exatamente aquilo que o Papa João Paulo II São João Paulo II diz né que não atentem contra a dignidade do templo e que ajudem a edificação dos fiéis com as pessoas que insistem em tocar rock dentro da igreja eu acho simplesmente que essas pessoas estão equivocadas com o conceito que elas têm de oração e de música né também né que Mas vamos ficar só na oração vou ficar só no meu campo aqui essas pessoas não estão entendendo o que que é oração por quê Porque você pronuncia
o nome de Deus pronuncia o texto mas rezar mesmo é outra coisa né última pergunta para concluir que nosso tempo aí já já vai estourando eh Diego Pais será que é válido eh trocar o das missas para atrair mais fiéis a missa pode ser divertida atraente ou ela perde o sentido de contemplação veja Diego pais eu sou da opinião eu concordo plenamente com um rapaz chamado Joseph hinger não sei se já ouviram falar dele né é que eh no seu livro O Novo povo de Deus ele diz com toda clareza que a missa não é
uma celebração missionária ou seja eh a missa ela forma missionários mas ela não é uma celebração para os pagãos virem entendeu ou seja o qual é a celebração missionária é a primeira parte a liturgia da palavra Então se o sujeito não é é catequizado suficiente não é convertido suficiente não é católico suficiente não é cristão suficiente então admita ele é uma celebração da palavra a igreja antiga fazia isso deixavam lá os catecúmenos entrarem na celebração das da palavra mas quando chegava um certo ponto dizia fora catecúmenos fora catecúmenos quem fica aqui agora é quem que
é convertido quem sabe o que é o mistério era a questão do Arcano de introduzir no mistério Cristão então não vejo porque uma missa devia ser atraente porque é que uma missa tem que ser e e eh ter o o caráter de um show para atrair nós vamos simplesmente encher os bancos de nossas igrejas com falsas conversões e eu sou muito contrário à falsa conversão porque você enche a igreja de pagãos com a tintura de cristianismo ah mas estão vindo à igreja estão pagando o dízimo Tudo bem então se se é uma empresa Então tudo
bem meu irmão Parabéns para você nessa data querida mas acho que a Igreja Católica não é isso entende se o negócio é só marketing encher o por encher e aumentar o dízimo então meu irmão Olha acho que nós estamos em religiões diferentes né a coisa é levar as pessoas à conversão Então se para levar as pessoas à conversão Então vamos ao invés de ficar multiplicando missas missa de formatura missa de não sei o qu missa tudo é missa vamos fazer celebrações da palavra não é o povo vem pedir missa Porque o povo não sabe pedir
outra coisa então vai fazer uma formatura faz missa não Não não precisa fazer missa numa formatura faça uma celebração da palavra curta onde você Transmite uma mensagem aquelas pessoas que não põe os pés na igreja há muito tempo vão sair de lá nossa foi curtinho Foi Bonito Foi legal eu gostei me saí com uma mensagem me fez refletir me fez pensar onde que eu tô indo com a minha vida ótimo e aí você não tá né e e e me desculpem a palavra mas tá politicamente incorreta mas tá no evangelho que o Evangelho é meio
politicamente incorreto você não tá tirando pérolas aos porcos entendeu sancta Sanctis não é diz o o a didaqué né as coisas santas para as pessoas que já estão querendo ser convertidas a missa não é uma celebração para todo mundo vir e ficar empolgado Ah vamos lá vamos fazer uma missa para eh milhares de pessoas Aliás o próprio eh a própria natureza da missa que a gente precisa fazer uma uma reflexão eu sei que quando o próprio Papa Bento XV ele fazia essa reflexão ele celebrava a missa para milhares e milhares e milhares e milhares de
fiéis mas ele se perguntava se nosso senhor queria que a gente fizesse isso por quê Porque o que é que seria o natural da igreja na naquilo que nosso senhor deixou o natural da igreja seria que nós tiv um número de fiéis dentro de uma igreja onde um padre pudesse Celebrar missa sem necessitar de microfone esse seria o número adequado de fiéis para uma paróquia daí você vê como a gente tá longe do que deveria ser nãoé ou seja não precisaria de microfone porque os apóstolos não tinham microfone então a missa é uma realidade que
foi feita por nosso senhor para ser celebrada para um grupo onde você possa falar humanamente não tô vejam Vocês estão entendendo que eu não tô falando contra o microfone e a sonorização não é isso eu só estou dizendo o seguinte é que esse negócio de Multidões Multidões não é não está na natureza da igreja essas missas multitudinários não tá na própria natureza da Eucaristia agora como faltam sacerdotes Então tudo bem A nossa Paróquia aqui eh nós cabem 1000 pessoas dentro da Paróquia e a gente não tá reclamando né Tá faltando o padre a gente vai
e faz mas digamos assim que a gente teria que que começar a enxergar o próprio cristianismo a missa as nossas organizações paroquiais não um pouco menos empreendedorism né um pouco menos como essa coisa mentalidade empresarial e olhar para a questão quem que nós estamos realmente convertendo ou seja se nós temos uma comunidade eh compacta convertida etc e tal esta comunidade por pequena que seja ela dá conta de eh responder às necessidades financeiras da igreja de sustentar um padre dignamente e de cuidar das necessidades litúrgicas e não somente isso também ajudar os pobres né mas veja
is aqui eu tô falando de níveis ideais né entre o ideal e aquilo que nós temos hoje muito bem mas eu acho que o ideal deve estar lá para que a gente caminhe para ele sem forçar a barra então eu não vejo porquê nós precisamos transformar a missa a missa num show né em algo que eh trazer pessoas para aquilo que nós temos de mais sagrado sem que essas pessoas estejam divertidas e prontas para ver aquilo que nós temos de mais sagrado não é então é questão acho que é uma questão de visão de igreja
que precisa mudar Ok muito obrigado pela participação alegria estar aqui com vocês deus abençoe e até a próxima semana se Deus quiser em nome do pai do filho e do Espírito Santo amém n