[Música] senhoras e senhores presentes e aos mais de 1947 inscritos via e da audiência do YouTube Boa tarde eu sou a Cláudia Mariano da coordenação de difusão de conhecimento e educação sejam bem-vindas e bem-vindos ao curso de ergonomia do enfrentamento aos fatores psicossociais antes de iniciarmos com os docentes temos alguns avisos O curso está ocorrendo de forma presencial em São Paulo com transmissão ao vivo para o canal da fundacentro no YouTube e pela plataforma Dad Moodle da Funda centro reite que a participação nas gravações implica no aceite do uso da Imagem e voz pela instituição
as inscrições presenciais estão encerradas para recebimento dos certificados de participação os alunos presenciais devem assinar as listas de presença dos dias do curso para recebimento dos certificados aqueles que estão participando pelo Mood deverão obter aproveitamento de 60% nas avaliações aa Eme para a realização das avaliações no Moodle é até o dia 10 de novembro de 2024 não haverá emissão de certificado para participação apenas no YouTube informamos que em virtude do período pré-eleitoral o chat do YouTube está fechado para garantir a imparcialidade do processo eleitoral no entanto as perguntas dirigidas aos docentes poderão ser enviadas via
link disponível na descrição do vídeo e o público presencial poderá fazer pelo microfone a fundacentro agradece a compreensão e colaboração de todas e todos este curso tem a proposta de dois professores dialogar entre si neste momento apresento os docentes que após iniciarão as suas respectivas aulas thí Helena de Carvalho barreira pesquisadora da fundacentro ergonomista pela USP Doutora em políticas públicas em saúde segurança dos trabalhadores pela Universidade de massach lel tinha que ex docente do curso de pós--graduação do trabalho saúde e meio ambiente da fundacentro de 2012 H 2018 e José Marçal Jackson filho engenheiro de
Minas Escola Politécnica da USP Doutor em ergonomia Conservatório Nacional de artes eí Paris pós-doutorado na universidade de bordeau pesquisador titular da fundacentro desde 1988 vice-coordenador do grupo de trabalho GT de ergonomia da atividade Associação Brasileira de ergonomia então neste momento passo a palavra para Marsal obrigado boa tarde a todos e a todos eh Tá aí você quiser ficar você fica à vontade clal por favor bom então Eh hoje à tarde a gente vai entrar na na questão da ergonomia eh na verdade a gente vai dar um sobrevoo né em pouco mais de 3 horas falar
um pouco sobre os principais conceitos aspectos metodológicos uma ideia de como a gente vê a intervenção E aí mais focado aos trabalhos que eu fiz no serviço público E no fim eh se der tempo vou falar alguns elementos da última né do processo regulamentar regulamentar né a nr17 e e de como a gente enxerga a possibilidade de usar a a nr17 dentro do quadro do nosso curso que é ergonomia no enfrentamento aos aspectos psicossociais do trabalho eh Então hoje a gente mudou um pouco então as pessoas podem fazer perguntas só que vem no microfone e
o que a gente pede é que sejam hum Breves né para não para não estender muito e mas vocês fiquem à vontade para para interromper é peru eh bom isso aqui a gente acabou vendo antes mas vale a pena reforçar vai aparecer ainda mais uma vez eh de dizer que a ergonomia é a disciplina que tem um papel super importante no redesenho no desenho do trabalho eh nas suas diferentes correntes né Não só a ergonomia da atividade que é a que a gente vai tratar mais aqui eh mas toda vez que a gente fala da
disciplina a gente tem que falar um a gente parte do que em geral as pessoas conhecem e a gente sabe que existe uma representação reduzida da disciplina eh que por um acaso né tá ficou formalizada no no no primeiro documento do governo federal que versava sobre o trabalho remoto que foi oção normativa 65 de 2020 no artigo 23 ela dizia assim quando estiver em teletrabalho caberá ao participante providenciar as estruturas físicas e tecnológic necessárias mediante a utilização de equipamentos Imobiliários adequados e ergonômicos o que que é um mobiliário ergonômico né então já tem uma associação
da ergonomia como sendo que uma disciplina que tá ligada à adaptação dos equipamentos ao posto de trabalho às pessoas e de modo geral o o preocupada com as questões fisiológicas e biomecânicas como postura problema músculo esquelético que de um modo geral a gente resolve com adoção de um mobiliário dito ergonômico ou com o treinamento eh postural ou então essa é uma visão reduzida da disciplina se essa definição fosse verdadeira né que tá por trás disso fosse verdadeiro a gente não tinha nada a dizer pros problemas psicossociais do nosso diretor Rem né mas P né mas
na verdade as coisas não são bem assim a ergonomia então elas na nossa forma de ver ela sempre vai se basear por um lado em conhecimento sobre funcionamento do homem nas diferentes dimensões físicas lógicas cognitivas e hoje sociais e por outro lado ela é uma metodologia de descrição do trabalho que a gente chama de análise ergonômica do trabalho ou seja o que nos interessa para para para realizar o nosso projeto vou falar um pouco sobre ele depois é que a gente tem uma base de conhecimento sobre o funcionamento humano mas ele vai est sempre o
o analisado nas situações propriamente de ditas de trabalho em que as pessoas se encontram né É nesse casamento é É nesse olhar situado que a gente vai procurar por um lado adaptar situações ou desenvolver situações nas quais as atividades da pessoa sejam as mais plenas possíveis eh de um modo geral Existem duas grandes correntes né de ergonomia no mundo uma que é mais vista como uma engenharia né que é a famosa Human factors eh Engineering e a outra que é a ergonomia da atividade que que que eh fundamentou a nr17 no caso da ergonomia que
fundamentou nr17 a gente tem a perspectiva de pensar o trabalho a partir das experiências dos trabalhadores enquanto que do lado de lá existem uma uma divisão entre uma perspectiva muito voltada a projeto que é extremamente interessante e outra que segue então um pouco a cartilha da higiene né de de tentar verificar determinados limites eh a atuação humana né então você tem dois métodos torton por exemplo do ocra que representam bem essa corrente eh mas nós estamos situados do lado de lá e veja veja bem com relação à questão do dos dos fatores psicossociais que no
nosso caso nitidamente a gente se coloca numa posição já dizendo de cara que e na qual o ergonomista não é um especialista do trabalho como do lado de cá a gente já pode ter essa imagem aqui você tá do lado da engenharia então é um é um é um especialista né a gente tem uma discussão interessante aqui sobre a questão da perícia que é um pouco nesse limite a questão é como a gente passa pro outro lado como a gente é capaz de descrever as situações de trabalho a partir sobretudo da experiência das pessoas que
é uma premissa básica para agir sobre aspecto a dimensão psicossocial bom então uma definição da ergonomia então a ergonomia é a disciplina que estuda o trabalho atividade de trabalho atividade de trabalho eh para contribui pro projeto dos meios de trabalho adaptados às características fisiológicas psicológicas dos seres humanos com critérios de saúde e eficácia Econômica Esse é um outro aspecto interessante da ergonomia é que eh a gente vai procurar sempre responder aos critérios de saúde e de eficácia Econômica né Eh se a gente pega por exemplo a higiene o ocupacional ela só tá atendendo ao critério
de saúde ela não tem nenhuma qualquer vinculação com a questão eh Econômica o que permite a ergonomia eh considerar esses dois critérios é exatamente o seu objeto que é a atividade de trabalho porque toda pessoa que tá trabalhando ela vai est eh como a gente vai definir mais tarde tentando né buscando Responder o que que é pedido que que que e depende de questões que foram colocadas a ela que tem uma perspectiva Econômica né de de de performance e por outro lado só que o seu desempenho pode comprometer a sua saúde então a questão é
como que a gente desenha situações de trabalho que nas quais as pessoas possam eh atuar com menor risco a sua saúde e eh favorecendo a produção né favorecendo seu desempenho então Eh o que é importante dizer é que nós da ergonomia a gente tem né enquanto profissionais enquanto comunidade profissional uma certa visão uma certa perspectiva sobre o que que é saúde então para nós a gente pode dizer que a saúde né o estado de saúde das pessoas ele Vai resultar das condições organização e da atividade de trabalho assim como de aspectos individuais mas sobretudo a
saúde das pessoas até porque nós estamos estudando o trabalho tem que ser olhado a partir eh do trabalho então é o trabalho um maior determinante do estado de saúde dos trabalhadores e trabalhadores por outro lado a gente sabe que existe uma relação entre a capacidade de de agir das pessoas e o sentido que tem no do trabalho delas e quando isso tá limitado a gente está numa situação patológica vou dar um exemplo que aconteceu hoje a chuva de ontem acabou cortou a internet da fundacentro e sem internet os nossos 1974 pessoas não poderiam participar do
curso só uma parte delas a parte que tá aqui presente o o que a gente viu foi o engajamento de um coletivo de pessoas para puxar um cabo Extra que fez a volta que chegou aqui e só nós temos só nós temos internet mas veja bem eh as pessoas que se envolveram nisso fazem isso porque sabem que se isso não acontecer as 1000 pessoas que estão pela internet não vão ter acesso a ao curso Então existe e e e e e no fim acaba isso sendo um operador de saúde porque para né eu tava aqui
com Clodoaldo e o pessoal que que que fez o trabalho de manutenção a gente viu o prazer deles de dizer assim pô nunca consegui puxar um cabo tão rápido e o nosso curso começou na hora né começou um pouco atrasado mas não por causa da internet Então esse é um ponto fundamental para nós em ergonomia a saúde depende da capacidade de agir das pessoas quando as pessoas não têm possibilidade de agir elas adoecem eu vou depois mastigar mais esse esse conceito e por fim a prevenção Ela depende do da possibilidade que a gente tem de
desenvolvimento das atividades das pessoas por meio do desenho das situações de trabalho e do alcance que isso isso ocorre então eh a gente tem modelo de saúde e um no qual existe uma parte que cabe a prevenção eh bom a gente sabe né diante disso tudo que o trabalho ele tem uma influência enorme na saúde das pess pessoas Então tem alguns exemplos de um estudo que a Assunção fez no setor da Justiça né em que uma escrivã da vara criminal vendo né o sofrimento que tá no mundo que tá dentro do do da vara ela
cheguei em casa e dei a bicicleta do meu filho para outra pessoa então essa relação né né Ela é presente né invariavelmente a gente traz para casa no jantar ou né conversas do que a gente passou no trabalho então o trabalho tem uma influência enorme na vida da pessoas por outro lado a ergonomia também tem no seu bojo um modelo da produção eh E qual é esse modelo né a gente tá numa plena discussão agora da Inteligência Artificial eh e a ergonomia é meio que um também uma Contramão a isso porque para nós o os
trabalhadores eles não são agentes de risco como se comumente se percebe Mas eles são agentes de confiabilidade do sistema a gente acredita que as pessoas trabalhando é que asseguram o funcionamento das coisas não o contrário né então no setor da indústria do petróleo por exemplo que tem vários processos de redução de efetivo um dos argumentos que as empresas que organizam e que trabalham na redução de efetivos é dizer que os trabalhadores são um fator de risco Então você tem que ter um número certo para evitar o erro humano a concepção da ergonomia é posto disso
mas para que os os os os trabalhadores sejam agentes de confiabilidade do sistema é preciso que o desenho dos sistemas de produção favoreça a ação humana e individual e coletiva se o desenho for impedir isso né aí a gente vai tá numa situação ruim paraa saúde dessas pessoas por outro lado a ergonomia propõe né uma mudança na Perspectiva para pros sistemas de gestão né pra gestão Para administração dos dos sistemas de produção de serviço etc que é o seguinte no nosso ponto de vista a gente tem que deixar essa visão né que tá cada vez
mais forte no serviço público é importante ressaltar da necessidade de controle da atividade das pessoas para uma posição de suporte das atividades né é uma outra Perspectiva da gestão e que felizmente agora aparece muito forte também no âmbito da segurança da segurança do trabalho na segurança Industrial né eu escrevi recentemente um editorial para rbso que chama perspectivas da Nova Visão da segurança que tem os principais eh aspectos dessa dessa leitura os principais autores para que vocês tenham uma ideia mas é uma perspectiva em que também a segurança eh não no controle né os engenheiros técnicos
de segurança que ficam verificando Se as pessoas estão adotando posturas corretas se elas estão respeitando procedimentos ou não mas dando suporte paraa realização do trabalho de forma mais eficiente e segura então a ergonomia nesse nessa visão que ela tem da segurança Ela também tem uma perspectiva paraa gestão que é um que que é um determinante né hoje como a gente mostrou ontem né das condições de trabalho geral né Eh se tem algo que a gente sabe que que faz mal para saúde psicológica emocional e cognitiva das pessoas e social de uma certa forma são os
métodos de Gestão pautados na na busca de metas eh né gestão por metas gestão por stress etc ou pagamento por produção né no caso do do corte da cana que já já é uma coisa mais clássica usar a mão direita caramba éé não foi eh mas aí existe um conceito fundamental para nós que é a questão da relação trabalho saúde né Eh Diferentemente das disciplinas tradicionais né que vão olhar partes dimensões do trabalho humano ou dimensões da saúde né então Lógico que tudo isso é pedagógico né caricatural a tendência hoje né Eu vi pessoas aqui
comentando que são fisioterapeutas e que estão estudando psicologia outras que são psicólogas estão né então existe porque exatamente porque no trabalho e na saúde essas coisas todas se misturam O problema é que quando a gente é formado e quando a gente pratica cada um vai ficar no seu né quem estuda a a os fisioterapeutas a parte mais biológica os psicólogos dependendo da da formação vão se pegar o lado mais emocional psicológico psíquico outros vão focar na questão cognitiva e os sociólogos vão estudar as dimensões sociais do trabalho é muito clássico se a gente pega os
artigos de Por exemplo sociólogos quando eles falam da relação soci de trabalho eles vão estudar relações de trabalho aí uma socióloga ali né porque o foco da sociologia são as relações de trabalho que sociais no trabalho para que a pessoa saia disso ela tem que tentar entender o trabalho como algo que contém todos esses elementos ao mesmo tempo de uma forma e que é inseparável e a mesma coisa a saúde né por isso que muito tempo aquela discussão né sobre ler dort aí a pessoa tinha problemas também de transtornos mentais a questão é o que
que a pessoa teve transtorno depois ela teve lerdes ela teve não né Essas duas coisas o corpo vai reagindo de uma determinada forma ao mesmo tempo que eh os determinantes que provocam umas e as outras São muito parecidos Mas então essa é uma premissa fundamental da ergonomia da atividade né só uma caricatura no último concurso de para auditor fiscal né tem uma pessoa que tá pedindo para eu ajudar ele numa questão Então tinha uma questão do que dizia o seguinte se uma pessoa teve eh um problema de intensidade do trabalho de intensificação do trabalho muito
grande eh como é qual é a resposta que ela daria para para esse fenômeno isso tá no âmbito de qual ergonomia ergonomia física ergonomia cognitiva ergonomia organizacional e ergonomia administrativa bom primeiro né Para nós para nós só existe uma ergonomia existe uma ergonomia não existe ergonomia física organizacional é uma ergonomia só por definição e esse é um problema que que tá no na quando eu falei antes né que existem correntes diferentes então tem possibilidades diferentes mas para nós tem uma só e tem uma só por quê Porque trabalhar envolve todas as coisas não dá para
separar as partes disso então esse é um ponto capital n nossas premissas bom mas o que move a gente muito moveu a gente né É que as pessoas adoecem no trabalho e a gente precisa entender então como que a gente explica isso eh eu gosto muito dessa dessa citação do incl né do do livro de 2008 que é poder de agir foi traduzido português e que eu já falei um pouco dele que diz o seguinte quando as atividades estão impedidas confinadas e encarceradas o sofrimento que decorre é uma forma de amputação do Poder de agir
pela diminuição e Destruição da capacidade de agir do sujeito percebidos como gravo a integridade de si então de novo a questão é essa associação entre sentido do trabalho e capacidade de ação e isso se vocês perceberem bem vale pra nossa vida individual Quando que a gente deixa de dormir quando a gente sabe que no dia seguinte a gente não vai ter dinheiro para pagar aquela conta né e se isso se repete muitas vezes a gente vai ficar chegar numa situação patológica e muitas pessoas podem chegar algum uma situação extrema né como ais contou no caso
de um motociclista profissional então então Eh essa essa questão entre o sentido do nosso da nossa da vida do trabalho da nossa vida e a capacidade de ação para para para resolver é que é fundamental no entendimento do eh do adoecimento e da Saúde de uma certa forma então a gente pode ter um um um modelinho simplificado que explica o adoecimento né Eh que que diz o seguinte a atividade das pessoas não se reduz a cumprir as normas e exigências que ela tem mas é sempre uma forma de engajamento individual e coletivo para responder a
elas está na base da disciplina a gente vai continuar discutindo mais a saúde tá em risco quando esse engajamento é impedido eh quando o poder de agir é mínimo é menor Então nesse n nessa forma de pensar a gente então vai tentar entender sempre nas análises que a gente faz né sobretudo numa questão como essa que o Remígio colocou pra gente que envolve essas duas esferas os impedimentos ao trabalho e por outro lado o engajamento que muitas vezes é infrutífero eh como explicar o adoecimento a gente explica o adoecimento quando entre o engajamento e o
resultado do trabalho a gente tem um impedimento e E aí a pessoa fica numa situação que eh a pergunta é o que que eu fiz e qual a qualidade que eu tiro do que eu faço né que provavelmente não é a que era a que seria esperada então só para ilustrar um pouco do durante a pandemia o engajamento dos serviços públicos né então a gente vê num drive through uma uma profissional de saúde ajoelhada dando uma vacina numa pessoa que tá sentada provavelmente pessoa de idade num carro de Lu Luo né tipo esporte eh e
mas isso isso é um vamos dizer é a foto do engajamento da da pessoa na resolução do problema do do público é lógico que se ela tiver que se passar o dia agachada depois de 1 hora ela não ia depois de 20 minutos ela não ia conseguir fazer né mas isso mostra que os trabalhadores têm o engajamento como uma perspectiva é a mã do Talvez Mas só vou te dizer que você tá errado metodologicamente né porque a foto não permite Mas isso é uma questão importante né a gente até combinou para ele fazer essa pergunta
antes Porque essa é uma questão central da metodologia O que que a gente pode dizer a partir de uma fotografia ou a partir de uma situação bom E qual seria o modelo operante para saúde o modelo operante para saúde quando a os impedimentos estão fora então é possí o engajamento individual e coletivo ele resul ulta num trabalho bem feito e o trabalho tem qualidade ou seja numa perspectiva como essa a gente Segue o IFC dizendo que o trabalho é um operador de saúde o que a gente gostaria é de desenhar situações de trabalho e a
ergonomia serve para isso nas quais eh isso se torna impossível Então essa é uma primeira perspectiva que se vocês tiverem alguma dúvida aproveitem para perguntar eh mas é sempre bom quando a gente começa a discutir uma disciplina mostrar um pouco no que ela avançou né então a gente pode ver aqui nesse slide que eh houve uma série de desenvolvimentos né que passaram das questões físicas do posto de trabalho em direção a questões organizacionais da situação de trabalho isso não quer dizer que foi criada uma ergonomia organizacional não é verdade a gente o aão organizacional passou
a ser um problema da ergonomia eh entre os anos 90 e 2000 até então havia muita resistência em liar com isso o próprio Alan visner que é um dos Pais da ergonomia influência no Brasil que no início ela foi desenvolvida pro setor industrial e parcialmente pros escritórios mas pouco a pouco ela avançou tanto para e na agricultura mais historicamente para também pro setor de serviços então a ergonomia é É uma disciplina que ela estuda né se você pega a segurança por exemplo basicamente a segurança ela é focada na grande empresa né ela não tem uma
aplicação no serviços aliás é um pleito do da Comunidade das seguranças dos profissionais de segurança de entrar nos serviços inclusive públicos eh mas a ergonomia historicamente ela faz esse percurso muito antes das outras disciplinas eh por outro lado uma coisa extremamente importante que mudou e influenciou os métodos foi quando ao estudar os serviços a gente tem que estudar o cliente nessa relação de serviço e no caso do trabalho em plataforma como a thí mostrou e a gente entra outras coisas porque a eh a noção de cliente é meio complexa porque ainda tem o prestador do
serviço e você tem a plataforma né que tem que explicam então a situação de trabalho na qual realizada e enfim né O que é importante comentar é que a gente notou ao longo dos anos em particular nos últimos uma expansão da dimensão fisiológica que era clássica da ergonomia né E que tá trelada aquela representação que eu mostrei inicialmente para as dimensões cognitivas emocionais e sociais então no bojo da disciplina Eh esses aspectos têm que ser considerados eh e bom essa apresentação pode dizer que eu tô eu fiz pro curso não eu não fiz pro curso
né a gente vai melhorando as coisas que a gente fez mas isso essa esse essas questões eu coloquei num curso que foi feito pela fundacentro na escola virtual de governo né que tá disponível online eh e e agradeço pessoalmente ao Clodoaldo a Luiz que coordenaram esse processo Eh que que que que formou então foi antes né dessa discussão que envolve a questão de mais atual dos dos riscos psicossociais é importante que isso seja dito e de certa forma isso tem a ver com o projeto da disciplina qual seja de influenciar o projeto das situações de
trabalho para que sejam adaptadas aos trabalhadores das suas atividades lembra que eu falei do modelo que é bom paraa saúde eh e nesse sentido o projeto da das que os ergonomistas fazem ele busca aumentar a margem de ação dos autores dos atores para garantir segurança e eficiência esse aqui é outro esse aqui é outro Opa muito rápido esse aqui é outro conceito chave margem de ação junto com capacidade de ação poder de agir Ou seja que é como de um lado a gente vai observar nas situações que existem essa margem de ação quando ela existe
né e e e mostrar da sua importância ou fomentar que a que que a própria empresa disponibilize margens de ação no que a aqui desculpa tá errado no no desenho degan de organizações de formas de organização que o pieron chama de capacitante até uma palavra que não existe português mas ou seja o próprio situação de trabalho tem que permitir o desenvolvimento dos atores né então a organização ajuda em tornar as p favorece o desenvolvimento das pessoas e fazer com que elas de uma certa forma se emancipam no trabalho né que o trabalho seja algo que
as faça crescer que as faça ser eh melhores contraditoriamente né O que a gente vive é um cenário em que o trabalho tá extremamente intensificado né a gente falou isso bastante ontem né e isso o que eu né mostrei um pouco antes né com a questão das dimensões do trabalho que no trabalho as pessoas possam agir possam sentir possam pensar e possam debater e esse é o projeto da ergonomia projeto da ergonomia é que as situações de trabalho permitam uma expansão disso aqui né que as pessoas bom vários de vocês trabalham em empresas Nós também
né no setor público quantas situações em que a gente gente não pode dizer o que a gente pensa e que tá diretamente ligado a um problema eh que impede né a a realização do nosso próprio trabalho então isso aqui é uma perspectiva é um princípio né que a gente que tá no bojo do projeto da disciplina que é favorecer o expansão das atividades das pessoas [Aplausos] eh então se a a gente quer sair de uma ideia de um Deixa eu voltar aqui de um trabalho confinado né Tá reduzido ao cerne para transformar quando a gente
tem a intervenção ergonômica o trabalho possa ser algo dessa forma então o objetivo da disciplina é favorecer o desenvolvimento Então nesse sentido o desenho do trabalho né lembro que eu comecei com de novo com aquela figura do cara de pesquisador da Universidade acho que de de Stanford eh o desenho do trabalho no Prisma da ergonomia cobriu aqui ó coisa do Mac eh o desenho da ergonomia tem que aumentar a margem de ação dos atores a partir da compreensão do trabalho então cita-se a referência que a thí falou ontem né o livro do gueran que é
compreender o trabalho para transformá-lo e por meio da sua concepção ou seja por meio do projeto que é o novo livro do gueran e do grupo deles que é que se chama conceber o trabalho que foi publicado em 2021 na França bom então esses são eh as perspectivas vamos dizer introdutórias do tema a gente pode aproveitar aí alguns minutos Se alguém quiser fazer alguma pergunta algum comentário eh Marcel você traz um primeiro aspecto aí do EV CL eh do impedimento e depois você traz ou poder agir pensar do danielo né e a gente sabe eu
acho que é importante para essa temática o risco emerge quando há o impedimento né impedido de poder pensar de agir né então se você pudesse só fazer uma correlação desses dois autores aí com risco psicossocial Tudo bem então e os dois os esses dois esses dois atores o pensamento é muito próximo vamos dizer assim na Essência mas na forma de de atu bem São relativamente bem tem suas diferenças né porque o danielo é um ergonomista então estuda atividade trabalho e o é um psicólogo ele atua num nível do que ele chama clínica da atividade clínica
da atividade quer dizer a capacidade do psicólogo olhar a situação de perto né no sentido antigo da vamos dizer da ideia de clínica médica que é está do lado do leito então a clínica do trabalho da atividade do IFC é quando o psicólogo ele tá próximo da produção né da da atividade das das pessoas Então são são teorias Diferentes né Você tem os textos tem o livro Poder de agir que é publicado você tem a função psicológica do trabalho que que Explicita mais ou menos isso no que no que tante as questões eh dos fatores
psicossociais os dois são extremamente críticos eh sobretudo diante da constução social que foi feita né na em particular na França no estabelecimento desse dessa temática né que conduziu a uma ideia de categorias de fatores de risco psicossocial a hipótese do Dani elu é que são muito parecidas os dois né que é é transformar essa questão numa questão de higiene né questão sanitária né então o Daniel luff ele num texto que eu não sei exatamente qual mas eh foi comentado numa Live da qual participei com a professora Elizabeth Lima da da psicologia da UFMG trabalhou na
psicologia da UFMG o Daniel Lu fala num de uma certa como se fosse um ambiente Contagioso né então e existem tendências Inclusive tem textos publicados sobre isso que eh de pesquisadores que defendem que determinadas situações de trabalho são tão contagiosas que as que que as que é como se fosse transmitido por um vírus né Todo mundo vai ficando doente isso Isso é uma Isso é uma teoria tá isso tá um diono importante inclusive na área da administração o ivcl ele já ele já vai pega mais em cima no que tange a premissa eh higienista né
no sentido de que eh quando você inventaria os riscos que as pessoas podem ter sem est comprometidos com o processo de transformação da situação você não contribui para sair da situação né eh e e ele também vai criticar isso né Assim como outras pessoas na França sobre um ponto de vista mais sociológico dizendo que o que o que esse movimento fez foi criar uma grande reserva de mercado de empresas que fazem esses estudos esses levantamentos mas que não tão comprometidas com a com a mudança da situação que tá no desenho do trabalho então os dois
concordam né mas eu vou falar um pouco do eclore espero mais hoje à tarde de como ele ele ele ele ele ele intervém para para para nesse sentido que é muito diferente por exemplo do que nós fazemos da ergonomia mas que eu acho que a gente pode uma tendência de hibridização de m usar um pouco método de C A gente pode utilizar Oi tá posso para mimimando você lê toma Pedro Luiz Cândido qualquer um de vocês acreditam que empregadores e empregados estão reparados para lidar com essas questões hora vocês acreditam que empregadores e empregados estão
eh reparados para lidar com a é saíu não é o óculos tá escrito aqui começou a gente vai lendo eh para lidar com essas questões que os empregadores estão preparados é empregadores e empregados eh olha sim eh e eu acho que eles têm que se preparar né Eu acho que eles têm que se preparar né eu eu eu eh eu gostei né no a gente fez uma um webinar na campate sobre as novas visões da segurança e um colega da o fop respondeu né no fim ele terminou de uma forma muito brilhante eh dizendo assim
essa Nova Visão da segurança assim como que tem um fundo da ergonomia né de de de olhar pro trabalho real né eles falam uma diferença em work as imagine né trabalho como imaginado e work as done trabalho como é feito então é muito próximo da ergonomia e ele terminou o seguinte a questão que se coloca é se a gente quer olhar as questões do trabalho com um olhar simplista né baseado em premissas que não se sustentam ou se a gente quer olhar pro trabalho na sua complexidade eu né disse ele né Eu concordo com ele
tomo faço deles del minhas As palavras dele eu acho que a gente tem a obrigação de olhar de um ponto de vista complexo a gente tem que olhar dessa forma é muito mais fácil você reputar o adoecimento para paraa culpa da da da da da pessoa né aliás tem um lá no terceiro andar tem um quadrinho contra a questão de assédio sexual que diz assim né É muito mais fácil é culpar vítima né então essa premissa vale para todas as situações inclusive no caso do trabalho e é isso que a gente pratica invariavelmente nós né
os profissionais de segurança os médicos e tal que é invariavelmente a serviço estando a serviço da empresa mas não só porque tem uma questão ideológica forte de reputar que o problema é sempre das pessoas ou seja olhar PR as questões de uma forma muito mais simplista do que elas são o que nós estamos fazendo aqui é um convite pra gente olhar o mundo de uma forma mais complexa É essa a diferença Então se eles estão ou não estão eu acho que eles têm que se preparar e os trabalhadores Rem também T que se preparar porque
o que a gente observa né eu posso falar cadeirinha tô fazendo trabalho no sindipetro do litoral Paulista a tendência dos sindicatos é se espelhar na empresa né então se espelhar e agir muito parecido e o que a gente fala o tempo inteiro é que não vocês não podem se espelhar vocês T que sair vocês tem que ter uma outra inteligência que vai favorecer uma outra atuação para promover a prevenção né um ponto mas ao mesmo tempo na forma como vocês lidam com os próprios funcionários dos dos sindicatos né porque eles são de certa forma administrados
como os os sindicalistas são administrados na grande empresa brasileira estatal não posso falar o nome que é período eleitoral mas é um pouco é um pouco essa a questão tem mais TR perguntas e Wesley Alves Ferreira quais indicadores podemos usar para medir os impactos dos fatores psicossociais no ambiente de trabalho quais métodos ergonômicos são mais eficazes para avaliar a carga mental dos colaboradores durante a execução de suas atividades Como podemos avaliar a influência do layout físico e das condições de trabalho iluminação ruído temperatura sobre a saúde mental dos colaboradores e quais os sinais de sobrecarga
mental e emocional observáveis nos colaboradores e como podemos mensurá-los de forma sistemática tem bastante pergunta não não não não não não não não toda pergunta merece uma resposta isso não não não a questão é o seguinte a gente vai tentar eu vou responder na sequência né Eh que a gente vai discutir disso mas a a primeira questão a primeira resposta é que vocês não vão achar receita de bolo para isso se vocês estão procurando receita de bolos a gente tá de novo no olhar simplista das coisas em que vai conjugar a que vai levar uma
visão parcial dos problemas então mesma a questão dos indicadores eles têm que ser construídos né E eles têm que ser construídos num vamos dizer no engajamento da empresa como um todo né dos seus serviços então o primeiro indicador de saúde mental tem teria que ser no consultório médico né e se não tem no médico vai na enfermaria quer ver um indicador bacana só para responder uma das suas perguntas fácil é que tipo de medicamento as pessoas pegam se é dor Flex se é para dor de cabeça se é o né um calmante Zinho leve isso
isso é um indicador que a gente tem que fazer alguma coisa Hã quando não sim sim mas é por isso por isso que eu por isso que eu falei eu sou eu tô sendo eu falei que que cada situação você tem que construir em função cada situação é uma Não tem remédio não tem resposta pronta para isso quer tem mais uma acabou tem mais uma do Wesley tá depois de todas essas não deixa o Wesley F E tem mais é wes e tem mais uma é é Wesley Alves Ferreira qual profissional ergonomista ou psicólogo seria
mais adequado para avaliar os riscos psicossociais no ambiente de trabalho considerando a análise de fatores físicos e emocionais e o que garante essa responsabilidade normativamente de acordo com a nr17 ou outras regulamentações aplicáveis Então essa pergunta já foi feita ontem isso não tem resposta né na verdade não não não há nenhuma definição legal de quem tem que fazer isso é lógico que por se tratar de questões que envolvem os aspectos psicológicos o psicólogo meio que se impõe mas eu e esse nem é o objeto disso aqui o que eu vou discutir aqui é como a
ergonomia pode e atua sobre essas coisas e eu sou engenheiro tá então assim não isso não me desabilita porque a gente não vai entrar a a perspectiva é essa nós temos que sair de uma situação tentar fazer com que o trabalho seja operador de saúde a gente tem que assegurar a margem de ação das pessoas a gente não tem que se preocupar com o quadro clínico em si né Essa é uma questão fundamental Então até por isso eh que na intervenção ergonômica na análise ergonômica do trabalho que se espera que a pessoa tenha uma boa
formação de ergonomia oi Por gentileza venham aqui não não dá gente organiz mas eu organizar bom Boa tarde a todos v a ergonomia opa tá vendo Opa né Então até muitas vezes porque a questão ergonômica ela é multidisciplinar né então a gente fala muito isso na questão de ergonomia né então uma ergonomia Bem Feita Uma ergonomia participativa Ela conta com o psicólogo Ela conta com o ergonomista né então acho que isso é fundamental né numa análise bem estruturada né então empresas maiores onde se tem um cesmet por exemplo eu tenho médico eu tenho Engenheiro eu
tenho tenho ergonomista eu tenho psicólogo né então a gente consegue tratar de uma forma adequada a situação né empresas menores muitas vezes a gente não vai ter esse suporte né de um psicólogo né ou algo nesse sentido mas a gente consegue mapear muitas vezes eh com algumas ferramentas com uma boa conversação né então Eh como o Marsal comentou é necessário construir indicadores né Muito obrigado pergunta Eu gostaria que você falasse sobre tendinite porque porque geralmente pessoal que trabalha muito com computador né pessoal da área de moda engenharia se o qu e tem muito problema teminite
e quais são as medidas preventivas bom eu não eu não eu não vou e eu não sou médico então eu não conheço da parte fisiológica da coisa mas o que eu quero dizer é que os princípios são os mesmos que a gente vai continuar na apresentação aqui que envolve que eu que eu não tenho como me especificar tratar para questão músculo esquelética nem eh psicossocial mas eu vou tratar da metodologia né infelizmente não não dá para fazer tudo nessas 4 horas eu vou falar isso vou falar agora vou entrar nas questões metodológicas só tem uma
última pergunta queun grande mas é boa não é do Álvaro Salim Boa tarde entendo que ouvir os trabalhadores seja imprescindível para realizar o reconhecimento dos riscos psicossociais para o atendimento na revisão da nr1 pgr sem garantir o sigilo Não teremos respostas francas dos mesmos a utilização de formulários sem identificação pode até garantir o sigilo porém terá um problema quando tivermos Opa entrou outra pergunta só minutinho tivermos apenas um ou poucos trabalhadores na função bargs pois haverá uma exposição indireta Caso haja identificação porém sob sigilo profissional como imagina que seria a aceitação da empresa Quando forem
identificados riscos relacionados ao assédio não seria visto como uma formalização de confissão de culpa podendo resultar em processos e ações dos auditores fiscais criando uma tendência a omissão do pgr sobre o sigilo profissional entende que técnicos de segurança do trabalho engenheiros de segurança do trabalho e ergonomistas estariam aptos assim como médicos e psicólogos Então essas questões metodológicas são fundamentais primeiro não vou responder diretamente mas eh vou responder de de modo geral em na nossa ergonomia não é possível fazer nada sem que tem exista participação não tem nada que a gente faça sem ouvir as pessoas
sobretudo quando são se trata de questões eh subjetivas mas uma pró próprio caso de uma tendinite tem uma questão subjetiva que a gente faz com que a gente tenha que escutar os trabalhadores também então isso é uma premissa básica a escuta dos trabalhadores o o o que eu quero a a a sua pergunta ela representa bem o que a gente discutiu ontem como no nosso campo a gente tende a ficar preso Nas questões de reparação dos problemas que ocorrem sempre preocupados com a consequência jurídica que isso pode ter as questões que vão envolver a proteção
a segurança da empresa a segurança jurídica da empresa no caso da ergonomia a gente tá num outra perspectiva a gente tá querendo usar essas informações para uma situação para desenhar projetar uma situação que seja melhor então nós não vamos entrar nessa Seara a sédio moral assédio os fóruns de assédio para mim são quase que que questões de polícia é é crime certo at É lógico que em se tratando de um crime ele envolve uma outra questão e nas quais a ergonomia não atua a gente não atua sobre questões de assédio não é o nosso papel
fazer isso né então eh a gente não não não não não não não tenho como te responder mas cada empresa né A questão é indiretamente a gente responde como desenhando organizações que sejam capacitantes que tenham premissas democráticas que as pessoas possam se expressar e que dessa forma os problemas são resolvidos nesse tipo de espaço quando possível né agora essas questões são questões que são tem que ser tratadas no entender numa outra numa outra esfera vou continuar tem outras perguntas ficar para depois deixa para depois né Depois senão Clodoaldo isso isso é agora né vai ter
uma questão de teórico metodológico né então primeiro é conceitual e depois metodológico vai lá vou eu né aperta para mim bom então e agora a gente vai falar de um conceito que eu falei várias vezes mas que a gente fala que não não não definiu o que é o trabalho então a gente não tá olhando o trabalho como relação de emprego classe social fonte de energia ou o resultado de algo que foi feito né o objeto da ergonomia é entender o trabalho enquanto uma atividade individual e coletiva dentro de um contexto socialmente determinado contexto socialmente
determinado quer dizer que existe uma relação né se tem uma empresa né uma empresa uma instituição no caso do dos entregadores é uma outra configuração jurídica e é isso que é um pouco até difícil do ponto de vista metodológico para ergonomia e que a gente vai explicar isso dentro desse contexto socialmente determinado no caso do da trabalho em entreg você tem os três polos né que que são o cliente a empresa e a plataforma né o o distribuidor né o produtor do bem e a plataforma então entender atividade dentro desse contexto socialmente determinado eh então
como eu disse antes né a gente passou essa figura a ideia da ergonomia né reforçando aquela ideia é que não existe uma separação a ergonomia envolve esses esses aspectos todos juntos isso porque o ser humano Ele sempre vai ter essas quatro dimensões seja homem mulher biológico cognitivo social e emocional em todas as situações que a gente Analisa e a ideia de de contexto socialmente determinado é que o trabalho das pessoas ele tá de certa forma influenciado por uma série de determinantes que são externos a ele certo então por exemplo conversando aqui um pouco sobre a
questão da perícia judicial um perito judicial ele não pode recusar uma solicitação do juizo Então isso é uma determinação que influencia o trabalho que ele vai ter que executar e é lógico que em função de outras características isso pode se tornar um problema ou não que ser esses conjuntos de determinantes né se a gente pensa aqui nas atividades né então você vai a gente vai ter uma série uma série de questões que tão próximas da empresa outras que estão mais distantes né questão Econômica regulamentar a sociedade ambiente etc isso tudo influencia a empresa que de
certa forma define o que se faz e que pode ter uma série de consequências positivas ou negativas tanto para paraas pessoas né saúde e tal quanto paraa própria empresa eh no caso No caso quando a gente chega no âmbito da empresa um aspecto que é fundamental é que a gente vai entrar na ideia de trabalho prescrito né ou seja o que a gente também pode chamar de de de tarefa que as pessoa tem que resulta do trabalho de outras pessoas né existem uma série de pessoas né de profissionais que t o papel né de desenhar
projetar definir o trabalho dos outros né então nas empresas a gente vai encontrar esse tipo de coisa o que às vezes faz falta é em determinadas instituições públicas em que as pessoas que estão nos cargos administrativos não sabem disso não fazem isso isso é um problema a indefinição então fazendo ou não né tendo ou não um projeto do do do do trabalho esse projeto existe né se a gente não faz nada não diz nada diga pro cara chega você assume o teu posto você faça o teu trabalho isso é um projeto né que é fluido
e que pode ser também tão problemático quanto um trabalho que é extremamente procediment etc Então o que seria a definição da tarefa né corresponde essa ideia de trabalho prescrito é o conjunto de objetivos mais ou menos prescritos definido pelos Engenheiros e administradores designados aos trabalhadores para cada tarefa meios técnicos e organizacionais são disponibilizados assim como influenciam a sua execução Então esse é um problema né que a gente tem vivido atualmente a gente vai falar talvez disso um pouco mais tarde que é que a gente pode pedir uma coisa para uma pessoa mas ela tem que
ter condição de realizar porque senão isso vai se voltar contra ela como um impedimento então Eh nesse sentido né o que nós temos vendo aqui é que do trabalho dos Engenheiros do seu projeto a gente tem uma parte que é um referencial né que serve para estruturar né o trabalho das pessoas as suas as atividades que vão ser ser feitas e hoje atualmente no caso do da do do das situações de serviço né nas relações de serviço isso aqui ainda vai est influenciado pelos pelos próprios clientes né Então as vezes colocando os trabalhadores Então os
trabalhadores em teleatendimento é muito clássico as dificuldades que resultam da relação com os clientes no caso do do dos entregadores né aí a gente tem uma questão mais complexa porque isso aqui é um sistema que comporta pelo menos dois tipos de empresas né enfim a tarefa tem também né importante dizer como M na figura que existe uma influência cada vez maior dos clientes no que as pessoas estão fazendo eh e isso então corresponde ao que eu falei à ideia de trabalho prescrito então essa tarefa ela pressupõe uma imagem um uma expectativa que vai acontecer em
determinadas condições né que são dadas uma um um com uma Projeção de resultados né então a tarefa ela tá E essa é a ideia de de que a gente chama de trabalho prescrito eh a questão que é importante aqui é que o trabalho prescrito e e uma das das questões que é importante que foi ditas aqui né sobre o fato da empresa não tá preparada para isso Ou não O que é um problema é que muitas vezes as os próprios trabalhadores eles vêm o trabalho eles têm o trabalho prescrito para explicar o que eles fazem
isso é uma questão metodológica fundamental muitas vezes né não é só pela fala das pessoas que a gente vai ter uma uma descrição acurada uma análise bem feita sobre o que as pessoas fazem a gente precisa ir além disso eh mas o trabalho prescrito ele é um ponto fundamental no no caso da análise ergonômica do trabalho para entender as contradições que envolvem o que é projetado e o que acontece na realidade e a gente vai ver isso aqui de uma forma importante na Perspectiva do IFC que ele vai lidar diretamente como essas contradições do processo
de prescrição e que só se resolvem respondendo a tua pergunta somente se os próprios Trabalhadores participarem de de alguma maneira do desenho do seu próprio trabalho da definição dos critérios do seu próprio trabalho então isso é um outro aspecto do que é que é fundamental que a gente vai tratar depois bom se o trabalho real eh o trabalho prescrito se dá dessa forma o que a gente observa né dentro desse quadro de determinantes ninguém consegue sair deles né então por exemplo determinantes do do serviço público é a verba que é destinada à nossa instituição né
que destina material também a compra de material de informática de laboratório etc então é lógico que esses determinantes vão influenciar o que a gente faz Só que existem outras coisas que são situações de variabilidade que modificam o curso da ação por exemplo hoje depois dessa chuva a assento tá sem internet só nós que estamos com internet aqui e isso fez com que uma colega que tava assistindo até bem pouco teve que sair pra casa dela porque ela tem que participar numa reunião então a gente vê que com as variabilidades vão então Eh mostrar que todo
trabalho também é uma construção porque as variabilidades no no sistemas de produção de serviço etc são dificilmente previstas né pelo pelos Engenheiros pelos administradores E cabe aos próprios trabalhadores administrar então a gente pode dizer que todo trabalho é um encontro entre uma uma série de determinantes que são externos que as pessoas têm pouca margem de ação e uma construção para tentar responder a eles e as variedades que surgem daí a importância da ideia de margem de ação né que é como a gente vai expandir um pouco isso aqui para que essas coisas eh sejam atendidas
de forma a e a gente Responda né às finalidades do nosso trabalho que são pedidas pela empresa na verdade essa é uma questão fundamental ninguém no trabalho faz as pessoas só fazem o que é pedido invariavelmente invariavelmente isso muitas vezes elas vão ter que fazer outras coisas mas para atender isso então todo o trabalho tem tanto um lado de determinação social como de de construção pelas pelos trabalhadores então É nesse sentido que a gente vai apontar paraa ideia de trabalho real né a influência da da da da variabilidade e da e da construção que existe
em todo o trabalho eh a gente chama trabalho real que é aquele que ocorre em condições reais que produz os resultados que a gente observa e que se Funda na noção de atividade de trabalho então que são conceitos metodologicamente diferentes e que eh para serem eh trabalhados eles pressupõem técnicas métodos diferentes como vocês vão ver pouco depois eu ia falar alguma coisa mas eu esqueci então tenho que avançar eh epa então eh só dar um exemplo né de um trabalho que eu fiz há muitos anos atrás no supermercado eh né então a historinha era que
teve uma negociação o sindicato fez uma queixa o Ministério do Trabalho entrou e fez uma negociação para fazer um estudo num uma grande rede que era na cidade de Florianópolis e a ideia é né a queixa do supermercado do do do dos dos dos do sindicato é que as empresas e que as pessoas sentavam tal e aí conversando com pessoal da da empresa diz não nós as pessoas se sentam né a gente tem uma orientação em que a gente diz que todo colaborador palava da moda ele deve se sentar ele tem que se sentar e
isso é uma premissa Nossa ora quando a gente foi e chegou para ver obviamente que a gente viu que as pessoas não se sentavam então a pergunta né Então veja o que tá na natureza do prescrito é os trabalhadores devem se entar a cada tantos minutos beleza Isso é o que eles estão dizendo agora quando a gente observa a atividade Por que que um operador de checkout não se senta essa é a resposta que o ergonomista vai dar e não se não se senta por quê Porque existe uma variabilidade de produtos num certo desenho de
checkout então você vê nesse checkout aqui que é de um supermercado menor assim quase que um impório como a inclinação era muito grande para produtos muito pesados se se ele soltasse e deixasse para ensacar depois ele também tinha que ensacar corria o risco de quebrar coisas de vazar de estragar então ele tinha que ficar de pé para para evitar esse tipo de coisa mas também o operador não se senta se a fila tá muito grande se o cliente que tá em frente é uma pessoa muito agressiva né uma pessoa é agressiva na tua frente o
que que você faz você se levanta vocêa conversa na mesma altura então eh a variabilidade das situações dos produtos dos clientes é que explicam se um trabalhador vai poder se sentar ou não né então sentar ou não sentar não é desejo do não pode ser apenas a vontade do Trabalhador nem a imposição da empresa se ela não se ela não desenhar a situação para fazer com que isso possa ocorrer Então qual seria a definição da ativid de trabalho que é capital Para nós é a mobilização do indivíduo seu corpo cérebro relações sociais veja de novo
aqui o psicossocial né sempre junto para atingir os objetivos fixados pela empresa então é É nesse quadro socialmente determinado que a gente estuda o trabalho das pessoas eh eles é sempre a atividade é sempre dirigida a um fim ela é singular né Ela é cada momento ela é vai ser diferente ela não não Não não é generalizável parte dela pode ser generalizável mas na sua totalidade ela não é e a gente tem que focar na noção que a gente chama que é a de situação de trabalho eh e eu comentei um pouco antes né que
a gente se deslocou Opa a gente se deslocou da ideia de posto de trabalho né no nos princípios a ergonomia era sempre a ergonomia do posto né então você imaginava pessoa sentada na cadeira né então você analisa aquilo Isso é um problema né uma vez eu sou editor da rbso também e eu analisei um trabalho de uma de uma uma pesquisadora até conhecida que estudando o trabalho de Motoristas de Caminhão por exemplo em que ela propõe a estudar o posto de trabalho do motorista de caminhão olha essa ideia não faz sentido porque o motorista de
caminhão a gente tem que analisá-lo na situação de trabalho dele ou seja quando ele tá fazendo uma entrega uma viagem na rota né com todas as questões que o trânsito coloca o sinal o pedestre os outros caminhões os outros carros né não adianta a gente olhar só né O cockpit a cadeira a marcha isso não não permite a gente fazer uma análise que explique as questões de saúde e de e de de desempenho do dos trabalhadores né então A ideia é sair do posto em direção à situação de trabalho então eh a singularidade da da
da noção de atividade ela tá trelada a essa ideia que eh a atividade ela sempre se desenvolve em situação a atividade nunca é eh descontextualizada essa é uma grande dificuldade Por exemplo quando a gente tá na na justiça porque a gente teria que fazer o juiz ver a coisa acontecendo e o que é muito difícil né porque ele não tá lá ele só vai ver e invariavelmente o que chega a ele são partes da atividade e muito do que é prescrito né a gente tem até uma anedota a gente fez um ano um seminário no
no Tribunal de Justiça no TRT de de Goiânia n então que vários juízes participaram da formação eh e a gente teve a oportunidade de passar o filme que aí fez a propaganda ontem que é o carne osso e a gente projetou o carne osso pros juízes e e e lá vocês sabem né É terra de boi né muita muito frigorífico e um dos juízes que tava lá assistiu o filme e ele julgou uma ação do Ministério Público contra uma grande empresa né Por causa do problema músculo esquelético E aí o juiz viu o filme então
a questão da tenosinovite né foi fácil pro juiz a partir da análise que tinha no filme eh realiz o vínculo entre trabalho e saúde condições de trabalho e saúde mas a gente teve de uma certa forma trazer os juízes pra situação e esse aqui é o grande dilema para pras questões judiciais né E esse que por isso que a gente também não tá muito nessa esfera da reparação mas assim toda atividade Então ela tá num curso de ação que interagem com outros né às vezes faz múltiplas coisas outras pessoas ela é influenciada pelo desenho do
sistema de produção organização e recursos disponíveis né Pensa no no caixa que eu mostrei com aquele checkout então nitidamente o trabalho dele é condicionado pelo desenho do equipamento a atividade reage ou se molda na interação entre com outros autores e clientes então no caso Supermercado é típico isso o que depende da competência dos trabalhadores né então um trabalhador com mais experiência ele vai entrar ou não na provocação de um cliente por exemplo mas sempre ela Visa o cumprimento das exigências O que explica as escolhas do Trabalhador invariavelmente as escolhas que o trabalhador faz que muitas
vezes não são prescritas elas visam a eh Cumprir o que se espera deles então o trabalho é dirigido para paraa finalidade que a empresa coloca Então essa é uma premissa fundamental da análise do trabalho então eu gostava de usar essa imagem aqui para fazer uma provocação nos cursos que eu dava né então mostrava essa foto né que tem um operador numa indústria de cimento em que ele tá né adotando essa postura e eu perguntava então paraas pessoas eh O que que vocês podem dizer dessa figura vai clud o que que você pode dizer dessa figura
isso Eu não combinei Muito obrigado né Ia ter gente que ia dizer né Rem inseguro agora a questão como eu tô dizendo isso se inscreve num curso da ação quando a gente passa o filme A gente né o filme eu sempre fazia o joginho do filme tal mas aí faz um barulhão tinha que tá um link aí que não tá né o que que acontece o que como ele explica o operador da sala de controle ele tem que fazer uma ronda então ele olha vários equipamentos e ele chega Nessa máquina e ele tem né é
um sistema antigo tal ele tem que se abaixar para coletar um pouco da amostra para ver se os grãos tão na granulometria certa e se eles estão no nível de umidade eh esperado né pela percepção pelo uso do corpo o trabalhador é capaz de responder isso e ele faz isso assim ó ora a foto da impressão de que o cara tá numa numa situação de segurança de lógico realmente a gente tem que pensar no Sista para que ele não faça isso mas eh a gente não pode julgar o que tá sendo feito de forma descontextualizada
que é o que acontece na justiça que é o que acontece nas empresas pergunta do a empresa tá preparada para isso sim ela tem que se preparar para entender Quais são as razões que levam as pessoas fazerem as coisas porque quando elas não sabem em isso elas tomam medidas erradas inclusive punitivas então a gente poderia punir uma pessoa dessa que faz isso todo dia né num tempo mínimo né se a gente conhece então o curso da ação Desculpa pela depois a gente se acerta então Eh toda atividade ela vai integrar lógicas diversas né Por exemplo
aqui a lógica da segurança e a lógica da produção ele tá fazendo isso porque ele eles precisam manter precisam dessa informação para manter a produção agindo Então quem atua no setor industrial sempre vai ver que existe um problema entre a questão da segurança e da produção né o próprio Remígio contou aqui uns uns casos na época que ele era trabalhava na Pet na indústria química eh como essas coisas estão Sempre Juntas eh todo o trabalho envolve estratégias e regulações ou seja formas de fazer que perm permitem que a coisa aconteça ou regulações no caso a
conversa entre ele e o operador da sala é fundamental para que ele faça isso né então o operador da sal tá sabendo que ele tá lá e precisa da informação que ele vai dar toda atividade comporta uma gestão de riscos individual e coletiva que é uma questão fundamental pro nosso tema aqui que é dos riscos não riscos não nosso tema é da ergonomia né mas esse tema secundário chato para para caramba que é o fator psicossocial Não fica bravo que é a questão que existe uma ideia nessa ideia de de fator psicossocial e com o
pgr o programa de gerenciamento de riscos que é a transferência da gestão dos riscos das pessoas para alguém que é a segurança da empresa né E que pressupõe o quê que os trabalhadores são agentes passivos que eles sofrem essas coisas eles estão expostos esses fatores de riscos o que nós vamos dizer aqui é que toda em toda atividade sempre tem uma gestão de riscos os os trabalhadores nunca são passivos quando a gente tá num nível de passivo é porque a gente já tá muito doente enquanto a gente tiver Resistindo né enquanto a gente tiver fazendo
isso aqui a gente não tá doente Então dessa forma uma outra noção que foi muito tempo usada E aí também tem a ver com essa questão de fator de risco é que numa época a ergonomia media a carga de trabalho carga de trabalho física cognitiva né aí a gente abandonou essa ideia né a gente trocou para uma ideia que que é qualitativa né a a carga de trabalho ela tem a ver com a margem de manobra dos trabalh né lembra capacidade de agir massa de manobra eh margem de manobra poder de agir que corresponde a
possibilidade ou a liberdade da qual dispõe um trabalhador para elaborar diferentes formas de trabalhar a fim de atingir os objetivos da produção sem prejudicar sua saúde que é uma noção muito mais intuitiva né como eu disse antes o problema vai tá quando a gente só tem uma forma de fazer quando a gente não tem outra opção se a gente tem outra opção a gente tá numa situação relativamente boa então a a apreciação hoje da carga de trabalho ela é algo que tá inscrita na observação da atividade dentro dessa perspectiva de análise da atividade eh Então
o que é importante né num resuminho aqui é considerar as noções de trabalho real atividade carga de trabalho saber que a atividade de trabalho questiona Essa visão prescrita provocando a emergência de novas representações sobre o trabalho por que que essa questão é fundamental para transformação porque basicamente os os dirigentes né os administradores os engenheiros eles acham que o trabalho acontece do jeito que ele foi prescrito e muitas vezes eles se surpreendem quando um operador faz uma outra coisa como não sendo admissível ou seja qu quando um estudo ergonômico entr venção ergonômica faz ele é bom
ele vai provocar ou um estudo uma clínica da atividade vai provocar a emergência de nova forma para se conhecer que o trabalho tá acontece isso é comum também tanto na ergonomia quanto na clínica da atividade e esse é o nosso papel que a decisão que os critérios que os os conflitos sejam resolvidos a partir de uma visão mais abrangente do trabalho então a atividade real é que permite avaliar a margem de ação dos trabalhadores além de propiciar um novo modelo pro desenho ou redesenho das situações de trabalho né de uma forma geral as coisas são
né os equipamentos são desenhados e com a imagem que a pessoa tem do que a pessoa pess vai fazer o que a gente vai ter que fazer e depois eu vou mostrar rapidamente Como isso acontece em projeto né porque você tem que imaginar a atividade Futura do sujeito é é tentar entender como vai ser esse modelo no futuro né como a atividade vai ocorrer no futuro bom então agora a gente vai entrar rápido nas questões metodológicas né E a gente tem uma premissa que usou muito sobretudo no né dentro desse livro que eu compreender o
trabalho para transformar que é o ergonomista como aquele que defende o ponto de vista da atividade de trabalho para transformar as coisas a a visão o ponto de vista da atividade não é o ponto de vista dos trabalhadores mas são distinção fundamental que a gente faz ponto é o ponto de vista da atividade né então que pressupõe essa análise externa do trabalho que que vai que vai ocorrer eh agora o ponto de vista do Trabalhador é fundamental pra gente entender a atividade e eventualmente problemas de saúde que que ele vai ter sobretudo quando são de
natureza psicosocial então de uma certa forma a gente tá se a gente ter um esqueminha bem básico do que seria a análise ergonômica do trabalho a gente sempre vai ter ó respondendo a exigência da thí né ela me pediu três vezes eu ia falar do tal da demanda então toda a intervenção todo estudo ergonômico começa com um problema então com uma demanda que é colocada tá então é por isso que o estudo que ela apresentou ontem não foi uma análise ergonômica do trabalho clássica porque ela não tinha isso né ela foi fazer um estudo numa
perspectiva de produzir uma regulamentação muito mais nesse sentido Quais são os conhecimentos científicos que a gente tem sobre o trabalho de entregador para que a gente construa uma reg que é uma outra perspectiva de intervenção a gente falou um pouco disso antes então a partir do programa Vai ter uma etapa de análise e uma etapa de transformação né então basicamente o esqueminha é isso microfone microfone tá Oi Marsal não a questão da demanda com os indicadores né porque muito Ah tá bom porque as pessoas estavam te questionando sobre os indicadores e de verdade os indicadores
como você falou pouco importam o que importa de fato é como a demanda chega com quem você começa a negociar a demanda e você vai se aproximando do problema né Eh porque muitas vezes os indicadores que chegam nem também não não te dão pistas né Não mas eu vou eu vou chegar lá porque esse aqui é o o preâmbulo né Eh então assim sobre uma perspectiva de intervenção Então a gente vai ter sempre esses três esses três níveis sabendo que no Serve da parte que análise veja bem tô falando um tro simplificado tá eh na
análise a gente tem essa perspectiva de compreender o trabalho de formas diferentes segundo as as disciplinas mas um compromisso com a transforma ação que implica seja em mudar as representações dos autores para que isso ocorra para que leve a um projeto ou reprojeto da situação ou seja para que a gente se inscreva numa perspectiva de conceber o trabalho eh essas duas né compreender o trabalho é o título do livro de 1991 e isso aqui é do livro de 2021 em que é uma mudança radical em que hoje essas co antigamente existia muito mais uma perspectiva
quase que de produção de um diagnóstico hoje a gente pelo menos na na na nas práticas mais modernas do da análise do trabalho não faz muito sentido separar a análise da transformação na verdade a análise se justifica pela possibilidade da transformação eh então a gente tá dentro dessa perspectiva agora então qual seria alguns princípios rápidos do que a análise ergonômica do trabalho primeiro lugar que não tem uma fórmula única para se fazer não tem receita de bolo eh ela se desenvolve entre o problema que é colocado e a possibilidade de transformação então que vai um
pouco no sentido que você já tá falando uma construção progressiva eh que vai sair do problema colocado a transformação ela é um processo de Sens making né Tem Um clássico da Psicologia que se chama Sens Sens making in organizations do Call que é um livro fabuloso que mostra como muitas vezes é preciso a gente produzir sentido né no seio das organizações as organizações Não elas perdem a compreensão do que se passa Então a gente vai produzir um novo sentido sobre o funcionamento das empresas que ocorre por meio da do ponto de vista da atividade e
por isso a gente propõe de uma certa forma um novo modelo paraa situação que associa margem de ação como objeto e coloca em perspectiva o desenvolvimento da situação então assim se a gente propõe qualquer diagnóstico esse diagnóstico tem que abrir para transformação então por exemplo eu fiz um estudo há muito tempo pena que tá num num disco duro já numa de uma outra quase de uma outra vida e que foi num posto de de saúde e e e que ficou claro que o desenho do posto de saúde era muito ruim né então então Eh quando
as pessoas entravam no posto os num dia de muito pico se perdiam lá as pessoas não se achavam E então se confundia a recepção era como se eles invadissem a recepção então o diagnóstico mostrava isso era como quando a a o espaço da recepção é tão invadido os trabalhadores se acav e tinha o problema músculo esqu elétrico se queixavam de dor nas costas mas quando você olhava era uma mesa de escritório uma separação por bancada não não física e aí eu entreguei o aná e tal depois de um tempo eu descobri que os trabalhadores do
posto de saúde fizeram um bingo um sorteio juntaram dinheiro e mudaram o posto mudaram que que eles fizeram num espaço que era de triagem Eles colocaram a recepção fizeram um buraquinho né para para poder ver as pessoas e o a espera as pessoas podiam sentar assistindo uma televisão que eles devem ter conseguido também no bingo então eles reorganizaram o espaço do do do posto Então veja bem como essa ideia de eh invasão do espaço da recepção ajudou a eles a fazer uma espaço de recepção protegido e ao mesmo tempo que permitia localizar as pessoas então
É nesse sentido que a gente que o que esse modelo tem que ser operante paraa transformação eh e aí toda a intervenção ela é construída em situação né e ela é sempre situada e sempre diferente e ela vai implicar né eu vou falar um pouco depois antes numa uma conção técnica né que são os métodos que a gente usa mas também numa conção social como a gente envolve os atores da empresa a gente cria dispositivos para tornar possível né fazer esse encontro entre problemas contradições que estão no cerne do da problemática sobretudo da questão da
Saúde Mental então A análise ergonômica do trabalho eu achei essa figurinha na internet eu acho interessante ela ela ela é meio como uma espiral né então o problema tá no início Então quando você tá na época da análise da demanda você vai fazer basicamente entrevista analisar alguns documentos quando você começa a conhecer a empresa você vai olhar uma fazer uma análise documental quando você começa a chegar na atividade você passa para observação entrevista e aí daí você faz observações sistemáticas e aí você chega no que é um diagnóstico mas o diagnóstico é praticamente quando você
resolve o problema então a gente tá numa perspectiva de resolução de problema né o diagnóstico é uma resposta ao problema que foi colocado sabendo que a gente não pode deixar de ver que isso tem que abrir para processo de transformação então se eu pego por exemplo um um caso que eu que para mim é muito simples que é fácil de mostrar na verdade a intervenção não aconteceu Exatamente porque as empresas não estão Preparadas para essas coisas né eu vou mostrar para vocês porquê então eu fui chamado numa empresa de ultrassom isso nos anos no final
dos anos 90 Então os equipamentos do ut trassom eram mais antigos né então er aqueles equipamentos bidimensional super rígido e um médico dono de uma clínica que era casado como uma médica que fazia ultrassom eh me chamou dizendo o seguinte Olha o pessoal tá queixando muito de dorc músculo esquelética e eu gostaria que você ergonomista viesse aqui fizesse um treinamento sobre as posturas adequadas quando o médico fala que tem um problema de postura né então ele já tá dizendo aqui né ele tá ele tá dizendo microfone que microfone desculpa Rem remigia eh que eh as
posturas inadequadas estão gerando o ldor nos médicos então eu tenho que ensiná-los a ter boa postura certo é isso que não é isso que ele tá dizendo para mim não é o raciocínio é esse certo como diria como que é a Sadi ocorre que fato é fato é que ele não prestou atenção sobre as a natureza do trabalho na clínica de ultrassom como é que trabalha um médico de ultrassom então naquela época era um equipamento rígido né então a pessoa a a moça em geral né grávida tava deitada né se deita ele tinha tinha um
uma tela aqui então ele sentava numa cadeirinha de roda em que ele ia colocando o cursor aqui e olhando pra tela digitando coisas na tela Então veja a postura que o os médicos adotavam não eram a escolha deles eram determinada pelo pelos equipamentos pelo desenho do dos equipamentos de espaço de trabalho que ele tinha que outra coisa envolve imagina que você tá lá e de repente você vê uma coisa esquisita que se vai te preocupar Qual é a tendência quando a gente vê algo que a gente não espera Taís vai ficar tenso certo então é
um trabalho que nitidamente a pessoa pode ficar tensa então pensar nisso significa que não há treinamento nenhum que seja possível naquela condição só que isso aí tem uma outra consequência que é estão as empresas Preparadas para fazer isso Será que elas estão a fim de fazer isso Será que elas estão a fim de de fazer de de fazer um investimento e outra questão fundamental que aí é da Ordem da relação de trabalho é que os médicos são autônomos são profissionais liberais autônomos que trabalhavam em geral em duas clínicas 6 horas por dia numa 6 horas
na outra eles trabalhavam 12 horas por dia adianta a gente dar algum treinamento um pouco sim eventualmente a gente podia fazer mas isso não muda a gente não resolveria o problema daquela clínica vocês concordam comigo então por isso O médico não me chamou né encerrou ali morreu ali mas eu fiquei satisfeito eu né Não enganei ninguém isso aqui primeiro é um exemplo pedagógico segundo que é uma questão de processo né A análise da demanda ela envolve se a gente tem espaço a gente pode analisar documento a gente pode conversar com outras pessoas cada situação é
uma né e nesse caso eu tava num processo de negociação e eu e e o médico encerrou literalmente ele não quis dar continuidade na conversa porque ele sabia que tinha Porque como a gente táa conversando hoje na chegada ali se de repente mexer com isso ia aparecer gente cheia de dor e para ele era um problema que ele não queria enfrentar então era melhor ele dar um jeitinho e ir tocando tá então esse é um outro aspecto Mas lógico que e e a gente poderia e deveria ter aprofundado isso mas não foi o que aconteceu
agora se a gente pega um outro caso aqui que é já é do do do psicossocial Olha que interessante né esse trabalho a gente publicou na revista Brasileira de saúde ocupacional em 2019 e a gente foi numa numa unidade de saúde de estratégia da saúde da família eh e as haviam queixas de saúde mental né Então tinha um toda de da equipe de seis agentes comunitário de saúde Cinco estavam consumindo medicamentos contra ansiedade né ansiedade depressão etc quando a gente chegou lá a fala da chefe era o seguinte Ah o problema aqui né é que
as pessoas que estão trabalhando não tem o perfil por isso elas estão com problema de saúde mental e qual é a solução que tá se é um problema de perfil trocar seleção seleção de pessoal é o que ocorre no Supermercados Porque as pessoas não vão ficando lógico porque no supermercado ninguém tem perfil porque o desenho do trabalho é tão ruim que ninguém nunca vai ter nenhum perfil Então você tem que ter seleção o tempo inteiro e é exatamente isso o que ela tava querendo dizer que era que eles tinham que melhorar a qualidade da seleção
das agentes comunitárias de saúde ora quando a gente vê né um pouco né nas entrevistas aí a gente avançou a gente foi falar na saúde na Secretaria de Saúde conversar com algumas pessoas o que que aparecia que tinham muitos usuários para ser atendidos a atribuição delas era indefinida então o prescrito era era insuficiente problema também elas tinham poucos recursos para resolver os múltiplos problemas de saúde da população e então era a saúde mental delas que estava em jogo porque elas não conseguiam lembram da história da margem de ação da capacidade de agir né da perda
do sentido do trabalho e lógico que num contexto como esse nenhuma seleção do pessoal resolve esse problema não tem ninguém que tenha perfil para atuar então A análise da demanda veja bem e nesse caso a gente continuou tá a gente avançou é um é um momento em que a gente reformula o problema e que que a gente vai já apontar que o olhar tem que passar pela atividade das pessoas né tentar entender como elas fazem num quadro com muitos usuários poucos recursos e com uma atribuição indefinida então aí a gente tem o início da resolução
do problema na análise da demanda a gente tá resolvendo uma pequena parte já 15 minutos me falaram 4 horas vocês querem parar quer tá bom ordem da chefia 15 minutos de intervalo eu obedeço o prescrito hã É mas ó ó ó ó ó lá remixo mas o trabalhador tem fome [Música] [Música] mas [Música] [Música] [Música] k e [Música] [Música] [Música] SP t B [Música] [Música] [Música] e [Música] [Música] vai [Música] [Música] [Música] h - [Música] [Música] oh [Música] [Música] [Música] e [Música] e [Música] t [Música] [Música] [Música] oh B [Música] [Música] h [Música] - oh
[Música] [Música] [Música] [Música] f [Música] w [Música] [Música] [Música] t [Música] [Música] oh [Música] e oh [Música] [Música] [Música] [Música] t [Música] [Música] t oh [Música] t [Música] [Música] [Música] t oh [Música] [Música] e oh [Música] [Música] t [Música] [Música] cara de term nóa transformadora é que aí você entra na na reflexão s revolucionar o sistema agora Seme torrar o trabalo ch dis Alô Beleza bora gente eh bom falei isso né então aqui né complementando a história né do do do dos médicos e então o o que é uma coisa comum quando a gente né
Analisa as demandas é que muitas vezes eh as os próprios demandantes Eles já têm uma visão e hipótese sobre o problema e sobre a sua solução né e que invariavelmente não passa pela compreensão da atividade de trabalho então isso é algo que a gente nesse processo de reformulação da demanda a gente vai tentar então superar eh depois da análise da demanda tem uma etapa que se chama de análise de funcionamento da empresa até a gente chegar na situação de trabalho que a gente vai estudar que foi o objetivo da queixa etc dos problemas que foram
colocados eh então Eh ela pode ter ser né então você vai olhar seja pros recursos humanos e aí cadê a thí thí foi embora ela falou dos indicadores Então a gente vai complementar em função do problema que foi colocado a gente vai tentar buscar alguns indicadores por exemplo o em nível de Recursos Humanos eh se existem questões voltadas à operação ou aos próprios resultados do trabalho né então se a gente pega o caso dos recursos humanos por exemplo então num num estudo que eu fiz numa numa Instituição da área jurídica eh havia uma uma discussão
né tinha muitos problemas Várias Queixas de ldor em vários setores e eles tinham dúvida em qual setor A gente devia fazer o estudo então eu fui fazer um cruzamento né para verificar qual setor que eu ia estudar então eu cruzei duas informações né aqui Opa desculpa outra vez e aqui são os o número de pessoas por setor tá o codin 16 tal e depois eu peguei a idade Então eu fui pegar o setor Tinham dois setores que tinham as idades mais baixas o que era informática o que era meio natural tinham seis pessoas e o
outro setor que tinha 16 pessoas que era o segundo com idade mais mais baixa que já tinham muitas queixas então a escolha recaiu nesse nesse setor que chamava acodin Então isso é uma forma como que a gente vai construindo informação para chegar lá no e e responder a questão da demanda eh por outro lado nesse trabalho que foi feito num n nessa empresa de instituição de assessoria de jurídica né Eh o processo de produção ele não tinha sido não não tava estabelecido não tinha nenhum desenho então para eu entender o que cabia aquela aos trabalhadores
daquele setor né a codin eu precisei desenhar o fluxo do funcionamento daquela daquela agência né então coisas que passavam pelos assessores que chegavam na atuação Os Procuradores tomavam resolvia atendimento tal e aí tinha umas ações então muitas vezes a gente tem sobretudo nos serviços a gente vai produzir um um um fluxo por exemplo o modelo do do trabalho e por outro lado a gente pode olhar pros resultados disso tudo né então o que que o o aquela instituição produzia em documentos em audiência em ações porque isso indicava explicava o modo de atuação daquele daquele serviço
então é uma lógica que a gente vai construindo e esses Então essas três esferas recursos humanos operação resultado etc tem uma relação Direta com as condições de trabalho que vai de certa forma né como como a gente mostrou antes explicar um pouco a tarefa né o que ligado ao trabalho prescrito e a sua influência na atividade que é o que depois nós vamos passar a fazer a partir da observação então no no no dentro da lógica da da análise ergonômica do trabalho a gente tá sempre tentando entender Quais são os determinantes organizacionais espaciais ambientais materiais
situacionais que influenciam na atividade das pessoas então um exemplo disso foi nos primeiros trabalhos que eu fiz na tela do do Rodrigo lá em Santa Catarina que era uma fábrica que produzi um aditivo paraa indústria eh cerâmica né em que foi uma foi uma um trabalho que eu fiz praticamente sem demanda porque a norma tinha sido recém publicada foi mais ou menos 91 E aí um auditor que tinha que tava estudando ergonomia resolveu notificar a empresa e a empresa me chamou para fazer o trabalho aí eu fui pela fundacentro inclusive aí eu fui fazer o
trabalho e aí eu tinha que achar algum algumas coisas né e como era uma uma fábrica que tinha fornos de de fusão né com produção de vidro Então tinha muito calor tinha exposição acília né tinha uns outros problemas a gente fez um estudo que envolveu algumas dessas questões e entre elas eu vou eu fui resolvi estudar a questão do da exposição ao calor né então que é um pouco próximo aqui do nosso do nosso tema mas o que a hipótese que eu fiz que a carga térmica tinha que ser importante porque que o forno tinha
era um um equipamento bastante antigo em termos de tecnologia né baseado no uso de óleo diesel eh com um desenho que que obrigava uma exposição ao calor mas também a própria demanda comercial porque eh aquela empresa tava atuando de uma forma customizada com as grandes empresas que faziam azulejo Então o a fritas é um aditivo né chama-se fritas o produto então Eh eles tinham curiosamente nessa empresa um setor de laboratório enorme para um sistema de produção que era vamos dizer low low lowtech né que era uma tecnologia super antiquada Mas eles queriam mesmo nessa tecnologia
antiquada ter uma gama de produtos enorme então a hipótese que a gente colocou é que os forneiros tinham que passar bastante tempo em zona de sobrecarga técnica por devido ao a tecnologia o desenho do forno e a própria dem comercial então V como a questão comercial É pode ser um determinante paraa atividade das pessoas isso fica evidente no caso por exemplo dos dos entregadores né como essas questões eh determinam né as relações comerciais vão determinar a atividade das pessoas e aí para isso o que que eu fiz eu adotei eu fiz medidas né em posições
do Forno né colocando as medidas de de temperatura para verificar o tempo que os trabalhadores passavam nas zonas mais próximas aqui é uma zona que era de observação muito próxima do forno e aqui era um lugar que eles o o material saí incandescente do forno e ele ia cristalizando então eles tinham que fazer o tempo inteiro desgalhar aqui para que permanecesse um fluxo contínuo líquido enquanto que o troço ia ridicando eh solidificando aqui e por outro lado o que se dizia é que bom Forneiro tá sempre perto do Forno porque ele tá controlando a chama
a saída etc então aí a gente mostrou né De certa forma que eles passavam bastante tempo expostos eh Então nesse caso é interessante ver como a questão da qualidade comercial etc estão atrelados no no conjunto de de prescrições afetava a atividade dos do dos dos forneiros Lógico que passando bem que Mas você tinha documentos que explicitavam exatamente o que o Forneiro tinha que fazer eh bom então no nosso caso e quando a gente tá na na observação da atividade a gente vai adotar essa perspectiva que a chama a gente chama de etnográfica ou seja de
aprender o ponto de vista da atividade de trabalho pelos próprios trabalhadores então lembre-se da foto do do nosso amigo aqui que o Clodoaldo já já fugiu eh quando é um um especialista uma pessoa de Fora que observa os riscos que vai fazer o inventário de risco o que que ele pode observar ele pode ver os gestos e movimentos que o trabalhador faz faz as Av ações dos equipamentos que ele faz e eventualmente interações que ele tem né então uma pessoa que chega de fora e que olha o que tá acontecendo pode ver isso o que
ele não pode falar ele não pode dizer o que o sujeito tá sentindo certo o que o sujeito tá sentindo só se a gente perguntar para ele eventualmente o especialista vai lá e tira medidas né então tem os estudos clássicos no no compreender o trabalho tem uma história assim de que uma equipe de hiên ocupacional foi medir determinadas substâncias químicas na produção de jornais e mediu em lugares em que os trabalhadores não iam que tinham concentração grande e não mediu concentração em locais que eles iam então deixou de de caracterizar bem a exposição porque não
sabia necessariamente onde que os operadores estavam então dentro da perspectiva etnográfica por meio das verbalizações né da conversa que a gente tem das entrevistas que a gente faz a gente pode associar os pensamentos acessar os raciocínios as Sensações que o trabalhador tem na busca da compreensão do sentido para saber o que ele tá fazendo só se a gente conversar com ele senão a gente tá lijado disso aí a gente pode eventualmente fazer tomar uma série de medidas né para melhor caracterizar Essa é essa situação esse sistema Então essa é um pouco a a perspectiva etnográfica
não é possível você tirar qualquer conclusão sobre o trabalho de uma pessoa sem conversar com ela e na verdade essa perspectiva é que te guia no processo analítico então o os princípios eh metodológicos que Ger que que regem A análise ergonômica do trabalho vai ter sempre uma complementaridade entre observação e verbalização de um modo geral e a gente vai adotar alguns princípios metodológicos que é a a representatividade das situações as fases da atividade e isso aqui é super importante para quem tá no campo é muito fácil você falsear uma situação só escolhendo o momento que
você vai então na análise da atividade ergonômica a gente precisa ter uma caracterização que explica as nossas escolhas né E aí as observações a gente vai fazer de diversas formas com procurando escolher coisas que a gente observa por exemplo deslocamento a busca de informação eh os locais onde a pessoa fica como no caso do do do Forno as interações que a pessoa tem quais operações faz a gente vai usar desde Lápis e Papel registro gravar vídeo etc e a gente vai produzir categorização do que a gente observa hoje em dia tem até um sistema que
chama captive que é super interessante porque ele filma e você junta medidas de disposição a medidas do comportamento pela por meio das compara das categorias que você estabelece chama captive é super é Fabuloso então por exemplo no caso do supermercado que eu estudei eh a questão envolvia né também uma outra questão que envolvia era eh um problema que que tinha né e o que a gente dizia eh que o supermercado foi foi na época que as empresas estavam começando a instalar aquela balança e o que os o e e a balança era um problema econômico
político pro sindicato porque colocando a balança no caixa eles alegavam que iam tirar pessoas do supermercado da loja então que o supermercado queria estudar isso e a hipótese deles é que isso ainda tava aumentando ler Norte nos servidores dos caixas só que a nossa observação preliminar então mostrou o quê que na ver ade o problema maior era o tempo do ensaque lembra da foto que eu mostrei né do do rapaz né fazendo e do desenho do equipamento Esse era o pior problema pros caixas n Então como a gente tem que navegar na problemática que é
colocada E aí como observável que eu escolhi foram as fases da atividade né então eu separei né a gente acompanhou o pessoal alguns Alguns um tempo né em alguns períodos várias vezes comparou duas lojas diferentes em que ela tinha as atividades as tarefas de a operação de escanear digitar pesar ensacar interagir pagamento preparar e esperar então na verdade o pesar era o que ela passava menos tempo o que ela mais gastava tempo era no pagamento no fim Ora como isso é um resultado que serve paraa empresa também né isso a gente tem que ter um
certo cuidado porque o o as formas que eles usavam o que bloqueavam a passagem do caixa não eram as outras coisas mas eram muito mais o sistema de pagamento que tinham Mas eles passavam muito mais hã muito mais tempo eh ensacando que é de alto risco músculo esquelético eh e escaneando né digitando era muito pouco para explicar as leer dort então o que que a gente qual o diagnóstico que a gente estabeleceu a partir disso foi que eh diante da variabilidade das situações né como eu mostrei antes tinha maior tempo no ensaque no pagamento o
desenho do do equipamento inibi a ajuda dos clientes também então era o caixa que tinha que fazer um ensaque que baseado em gestos extremos havia poucos embaladores e sobretudo outros problemas por exemplo nos caixas rápidos então no fim a gente propôs algumas medidas umas que que eram eh reduzir o ensaque no futuro como dizia o nrs repensar o desenho dos checkouts introduzir ergonomia desde o projeto de novas lojas eh propôs coisas como pensar pesar produtos em outros locais porque diminuía o peso de qualquer forma e assim e algumas mudanças incrementais nos postos de trabalho então
eh a gente né não não não dá para imaginar que a gente fosse conseguisse trabalhar disso num curso que em geral a gente faz supervisionado né durante uns 6 meses 1 ano Mas é só para vocês terem uma ideia de como a gente conjuga esses diferentes métodos ao longo do processo quando a gente tá nos projetos a questão é um pouco diferente A análise ela entra no já dentro da participação nos projetos a transformação faz parte do próprio processo no qual a gente tá né E e aí a gente vai tá numa situação um pouco
diferente porque a gente o papel vai ser a partir do que a gente consegue observar Em algumas situações que a gente chama de referência a própria uma similar com a mesma tecnologia etc e a gente vai produzir uma tentar fomentar uma mudança n representações dos projetistas nas próprias situações de projeto interagindo tanto com projetistas quanto trabalhadores usando essas situações de referência e depois fazendo uma série de simulações basead em situação de uso e isso pressupõe uma certa conção social ou seja que os trabalhadores têm que ser atores dos dos dos projetos também então A ideia
é que a gente analisa o trabalho em situações de referência a gente tira algumas situações que vão acontecer que acontece na situação atual e que poderão ocorrer no futuro a partir disso a gente faz especificações chegam os estudos técnicos a gente simula e eventualmente a gente faz modificações então uma ideia é usar maquetes por exemplo como nesse quadro aqui que é de de um livro sobre as o desenho das fábricas de ood vala na na Volvo n maravilhoso por sinal então para pensar numa fábrica em que os trabalhadores construíam o carro inteiro que não era
mais a linha de montagem então eles pensaram em organização de oficinas então isso aqui são carrinhos né de de brinquedo né Playmobil né então eles podiam simular a chegada dos equipamentos a posicionamento dos trabalhadores né e fazer diversas modificações a vantagem disso aqui é que você faz uma série de de discussões tendo tanto os projetistas quanto os trabalhadores quanto outros profissionais tudo em volta então a gente pode avaliar a possibilidade disso de e em função dessas situações de uso que a gente tem que tem que considerar hoje em dia também se usam maquetes virtuais por
exemplo isso aqui foi feito no desenho de salas de controle de plataformas eh de petróleo de navio plataforma então você pode fazer então você simula o uso né super super bacana de qualquer forma né Eh tanto no no na situação clássica da da vamos dizer da ergonomia de correção quanto da de projeto a gente tá na perspectiva de expandir a margem de ação dos trabalhadores nas situações O que é comum às duas e a gente tem então essa perspectiva etnográfica sempre na base da análise da atividade eh e que de certa forma a gente transfere
também para para paraa forma como se usa em projeto Lógico que eu falei aqui muito rápido não é nem mas depois vocês quiserem a gente pode passar alguns textos Onde existem vamos dizer isso tá mais mastigado Clodoaldo a próxima por favor eh intervenção peraí qual quer olhar pendar não não a primeira lá a primeira Ó gente aqui eu vou passar bem rápido porque eh por uma questão de tempo né mas eh isso tudo é meio baseado nos trabalhos que eu fiz durante muito tempo nos serviços públicos então tem uma reflexão que eu vou usar mais
do ponto de vista da intervenção né Mas ela é voltada ao estudo no caso dos serviços públicos então tem alguns elementos que são bons que eu passo para que vocês tenham eh contextualizar um pouco as coisas eh então eu comecei a fazer isso desde os anos início dos anos 90 e e infelizmente não dá pra gente separar minha vivência pessoal enquanto Servidor Público diante das coisas que a gente viveu nos últimos anos Eh que que vão do crescimento assim de formas de controle e impedimento que foram muito fortes e que a gente observou nos últimos
anos não vou comentar até pelas questões eleitorais eh mas eh a eu vou é importante que a gente faça de novo aquela constatação eu falei isso ontem não sei se vocês lembram que nas ciências brasileiras sobretudo a gente tem um um um uma quantidade enorme de bons estudos de Diagnóstico na ciência crítica em diversas categorias mas esses conhecimentos situações de trabalho de um modo geral né e no nosso entender a o conhecimento dos problemas ele nos obriga meio que um compromisso pra gente pra gente agir eh tentando modificar essa situação não faz sentido diagnosticar problema
para não fazer nada Isso é um problema também pros Profissionais de Saúde do e segurança né como o Rodrigo comentou há pouco é a gente sabe muito Todos sabem que boa parte das empresas independente da qualidade do estudo que você faça vão engavetar porque elas usam os estudos apenas para se proteger mas eh no na nossa perspectiva a gente tem então esse compromisso com a mudança né como diz o ev CL né Eh ao mesmo tempo em que parece impossível transformar situação é preciso estar decidido a transformá-la Ou seja a crítica não é suficiente ao
contrário ela nos obriga a mudar então esse é meio que um uma questão ética fundamental pro nosso campo né E era assim que os comitês de ética em pesquisa tinham que olhar pra gente eh O Enigma né de toda a pesquisa de todo estudo de toda intervenção né esse mistério que faz a gente agir ele não tá apenas no objeto que a gente tá tá né o trabalho a relação com a saúde de determinadas pessoas determinadas categorias Mas ele também tá no próprio processo de mudança que a gente vai implementar na verdade a gente nunca
sabe muito bem ao certo como a gente vai se organizar para mudança mas isso é também um objeto de estudo hoje no caso brasileiro a gente tá tentando entender como a gente consegue implementar processos de intervenção né que são ausentes então então Eh Quais são os elementos alguns que fundam essa as intervenções que visam o desenvolvimento das situações bom então o primeiro já discutimos um pouco que é o problema o demanda que legitimo nos a intervenção toda intervenção tem que ter um problema que justifica que a justifica uma etapa necessariamente de compreensão da atividade dos
determinantes as contradições e conflitos uma etapa aqui é necessariamente participativa não existe ergonomia não existe clínica da atividade sem trabalhadores a gente precisa das da experiência deles para junto com o olhar externo nosso eh mudar situações Então a gente vai procurar construir um referencial comum entre os próprios trabalhadores eh e isso convoca o uso de determinados métodos que eu vou falar um pouco depois rápido depois a intervenção ela precisa de uma construção social e de dispositivos que estão na base do processo de mudança ou seja Para quê Para abordar os conflitos e contradição da da
atividade Então a gente tem que ter espaço para tratar disso e de modo geral fora das situações em que a gente observou o trabalho né É como se você tem que criar um laboratório uma oficina para isso e promover né espaços de fala né quer dizer pessoas vão ter que se expressar nesse nesse nessas situações eh e por outro lado a gente precisa ter para mudança o engajamento dos atores sociais eh que de fato tão querendo aumentar o poder de agir dos trabalhadores né a pergunta muito bem colocada do as empresas estão Preparadas ou não
estão é as as empresas têm que se preparar para isso se elas querem resolver o problema ou se elas querem ter uma outra postura no que Tang as questões de saúde e trabalho eh bom eu fiz várias pesquisas desde os anos 90 na saúde na justiça tinham alguns a maior parte eram por casos de ler dort alguns questões de saúde mental né como eu falei um pouco antes eh mas eu também junto com a Taís a gente fez um estudo no CEST de Piras caba que era reconhecido como um dos mais eficazes em São Paulo
porque a gente estava tava querendo estudar uma um um tipo de serviço cuja organização capacitava a ação né até hoje dá para mudar a palavra porque era um um modo de organização que a equipe tinha que era sempre est se preparando para ação para tentativa de resolver o problema de saúde Trabalhador das pessoas a gente acho que devia escrever de uma outra forma uns 15 anos depois né porque eu acho que às vezes os novos conceitos ajudam a gente repensar as coisas que a gente que a gente viu Eh mas toda vez que a gente
fala do público é importante a gente falar um pouco que o a natureza do Trabalho Público ela é diferente privado o que move o servidor público é diferente a gente tem um peso da imagem da representação da sociedade que é muito ruim e usada pela mídia e que promove uma ideia de desnecessidade do público de privatização dos problemas né de de e que leva a inação ou a são pública Então esse essa questão da desnecessidade do público é um problema Central que a gente tem que enfrentar e que eu acho que o teletrabalho amplia porque
a partir do momento que as pessoas não estão mais n instituições o poder simbólico das instituições se perde Então essa é uma questão que os sindicatos da nossa categoria tinha que se voltar mas a gente tem que enfrentar a desnecessidade do público e é quando tem problema que o público aparece é só lembrar na época da da pandemia quando as Se não fossem várias universidades fazendo diversos estudos sobre concepção de máquina de de máscaras de equipamentos de respirador a resposta pública foi tão importante que a mídia ela se dividia né ela né tinha tendência a
falar mal dos Servidores Públicos Estavam todos privilegiados em teletrabalho mas se não fosse o setor público muito mais pessoas teria morrido mas esse é uma um um uma uma coisa que a gente carrega que é sempre tem gente de em alguma esfera da nossa vida dizendo que o nós o que nós fazemos não é necessário inclusive dentro das nossas instituições eh e esse é outro problema mas o o que o que que explica os problemas de saúde num serviço público de um lado a gente vai achar o sentido né do nosso trabalho na Constituição né
a constituição define os direitos das pessoas e os direitos das pessoas definem os deveres do servidores públicos então nós que trabalhamos no serviço público a gente vive uma crise permanente sobre o sentido do trabalho por quê Porque existe uma disputa entre governo e estado o governo os a esfera de governo não necessariamente eh vai querer promover as políticas de estado né E isso há enormes diferenças entre os diversos governos né O que que a gente chama de de patrimonialismo que é o uso do Estado pelos pelos governantes por pessoas que não fazem parte do Estado
então o que eu digo para vocês é que a saúde dos trabalhadores públicos Depende do nível da disputa quando a disputa tá muito forte servidores públicos vão sofrer mais mas essa disputa ela existe sempre em algum nível sempre vai ver uma disputa entre governo e estado se vocês não concordam levantem a mão peguem o microfone eh o tempo tá acabando hein eh bom então é lógico que a gente estudar o servidor público a gente vai olhar várias coisas desde as condições de trabalho a falta de margem de ação e formas de Patologia organizacional eh a
gente usa o modelo de demanda controle que ais apresentou ontem mas sempre essa questão de impedimento ação é importante entender a relação entre qualidade e sentido e uma coisa que a gente tem observado cada vez mais é que existem umas situações as organizações patológicas e muitas vezes absurdas né com exigências absurdas né Eh quem não leu han arendt no no livro sobre o totalitarismo mostra como no governo nazista os nazistas eles não eh eh se tinha uma instituição que não fazia o que eles queriam eles não não as distinguiam Mas eles faziam uma outra igual
semelhante que fazia o que eles queriam e os os outros eles deixavam sem fazer nada então uma situação completamente cafca esca e coisas desse tipo a gente observa né na contemporaneidade ainda mas quando a gente então vai observar o trabalho do setor público aqui no no posto de saúde aquele que eu falei que mudaram a sala de espera a gente vai observar uma coisa bonita né que é o engajamento dos Servidores para cuidar das pessoas né para atender as pessoas até situações inaceitáveis né as pessoas adoecendo porque Elas têm pouca margem de ação e são
impedidas de fazer né E como disse o IFC pela segunda vez ou terceira é é essa amputação da capacidade de agir que faz mal pra saúde ou como disse a minha colega da Vila Assunção e o Francisco Lima que estudando pessoas que trabalham no setor de urgências de um hospital né então comentando sobre um um estudo que mosta falava disso A fala é evidentemente lidar com a morte todo dia faz esper sentimentos mais intensos sobretudo quando você perde um paciente né vejam aí o risco da abordagem dos fatores de risco psicossocial a gente vai dizer
que as pessoas sofrem porque a morte faz mal faz mal para todo mundo mas ela faz muito mais mal quando numa dada situação eu não consegui fazer o que eu precisava fazer o respirador não tava funcionando não tinha oxigênio no hospital a proporção é diferente não sei se vocês concordam comigo quando a gente observa pelas categorias que a Thaís apresentou e de certa forma defende a gente corre o risco se a gente não fizer uma análise aprofundada de perder essas situações extremas porque né nosso projeto é tornar o trabalho dessa forma aqui né mas quando
a gente tem uma situação como essa trabalho confinado devido a uma série de impedimentos no caso do serviço público que vão desde a influência do patrimonialismo alguns aspectos da legislação que dificultam a materialidade dasnecessidades do público no próprio serviço né quando a gente tem uma colega da administração que fala assim eu não sei o que vocês fazem não sei para que que serve o que que ela tá dizendo que o nosso serviço não é necessário e e e e a contradição é que são pessoas que se dizem querendo defender a instituição então isso aqui é
a materialização na prática né que a gente vive Mas pode também tá atrelado ao desenho da situação de trabalho aos equipamentos ou falta dos recursos que a gente tem aos instrumentos de gestão que a gente usa então por exemplo hoje no pgd a gente passa mais tempo fazendo o relatório ou gastando sei lá 25% do tempo fazendo o relatório do que tá estudando intervindo em determinadas situações de trabalho escrevendo texto fazendo apresentação né por outro lado políticas públicas contraditórias né no nosso campo a gente luta contra as políticas econômicas e uma influência cada vez mais
crescente dos de instrumentos de gestão de que aumentam o controle numa visão gerencial como se o serviço público fosse igual ao serviço privado é disso que eu vou falar no curso sobre a sédio moral que já fazendo propaganda Dezembro né remig Isso é é um tema é o tema da moda Então se a gente pega por exemplo o caso das agentes comunitárias de saúde que a gente estudou em Piracicaba elas eram que elas tinham mais que fazer a prescrição era fazer visitas domiciliares no número excessivo só que elas viviam situações mais ou menos diversas mais
diversas mais ou menos complexas e as visitas não não resolviam muito o problema né então é uma contradição fundamental porque o que elas tinham que se dedicar era muito mais tempo o que era complexo e e outros não mas elas tinham que bater cartão por causa da gestão elas tinham que ticar passei na casa a assinatura da pessoa passei na casa B assinatura da pessoa perdi um tempo enorme para algo que não servia nada e que ela não podia fazer por outro lado então vejam a a a influência da gestão nisso então aí a gente
tem um texto recente Super Interessante que mostra dessas né faz uma discussão sobre o que ele chama de orbiz iação quer dizer que determinadas formas de organização são tão absurdas que colocam as pessoas em situações bizarras que não fazem o menor sentido né Você pode falar de absurd cracia Então as agentes comunitárias de saúde ticando a casa pegando assinatura Porque ela passou é um absurdo porque você não pega gasta o dinheiro que o estado tá colocando na saúde para uma pessoa só saber só marcar onde que ela foi onde que ela não foi que é
um puro controle eh e e por outro lado os autores concluem né o alvon e Stevens aqui super interessante as racionalizações estimulam racionalização né gerencialismo irracionalidades incluindo excesso de regulamentação tarefa sem sentido objetivo contraditório tempo e recurso gasto que impede ao invés de facilitar o trabalho as pessoas se sentem empresas em um sistema onde H pouco ou Nenhum espaço para razão e para voz ou seja nessas situações a democracia Vai pro buraco Então agora eu vou reformular o modelo que eu fiz né que eu apresentei primeiro hoje de manhã né falando sobre modelo explicativo pro
pro adoecimento Mas além de tudo nós vivemos situações de violência né o serviço público tem isso muito forte eh mas existe uma relação com o esvaziamento do sentido da ação pública né E se associa né O que a thí mostrou muito a ação de justiça e potência também no serviço público então o modelo para adoecimento vejam que eu melhorei aqui né Eh quando você tem um engajamento individual e coletivo mas com impedimentos fortes num num numa situação de trabalho cheia de contradições e de conflitos O que que a gente vai esperar disso qual trabalho Qual
qualidade que é possível a gente atingir né E isso tem um esvaziamento do sentido que leva aos agravos por quê Porque os impedimentos impedem a realização do trabalho de novo a mesma foto não vou fazer o comentário agora quando a gente tá numa situação daí eu vou propor um modelo que opera a saúde o que que acontece nesse modelo o engajamento individual e coletivo o impedimento é substituído pelo engajamento da instituição Ou seja aquele conflito que eu falei entre governo e estado se agrupa numa forma de engajamento institucional então todos juntos a gente tira os
impedimentos que atrapalham o que nós temos que fazer a gente consegue atingir produzir um resultado Nos quais o trabalho é bem feito e o trabalho é qualidade e a gente retoma o sentido então nessa construção a gente tá no modelo que opera saúde público queremos é por essa que tinha que ser a nossa pauta epa para trás essa essa que é a nossa pauta sindical devia ser isso devia ser fazer com que os serviços públicos eh possam se tornar operadores de saúde dessa forma agora a pergunta que não quer calar Quantas vezes o serviço o
sindicato dos trabalhadores de Serviço Público Federal que nos representa nos chamou para fazer uma apresentação nunca nunca nós fomos chamados para falar isso sendo que existem colegas da fundacentro que nos representam tá então é um pouco a contradição mas que faz parte né Rem do Meio veio do Meio sindical ele entende o que eu t falando bom agora vamos falar rápido da intervenção e pegar um pouco da história do como vai ter então que favorecer o engajamento a capacidade de agir dos Servidores que que a gente precisa fazer analisar as atividades os determinantes os impedimentos
em especial o trabalho prescrito contexto social do trabalho prescrito as contradições e os conflitos provocados pela situação tal qual o desenho O trabalho é desenhado e as e a margem de ação para ser realizado a gente tem que tratar os conflitos e propor soluções para sustentar a qualidade trabal vocês conhecem alguma empresa em que as pessoas enfrentam situações contraditórias e elas negociam livremente com os chefes para resolver tais situações então isso só é possível se tiver uma intervenção externa tiver alguém de fora que junta e discute disso dentro de uma perspectiva democrática que tem que
ser regulado pela equipe de intervenção número dois O remid tá propondo um curso de especialização que se chama saúde e segurança do trabalhador e democracia tiro gestão tira gestão que isso pior mas o a perto da Democracia a gestão não tem não significa grande coisa mas o que é importante é isso é mas bom não vamos tentar estão querendo ganhar ponto com a chefia para bom então o que que o que que determina segundo IFC a qualidade do do do do trabalho né você tem em que entender esse contexto social qu você tem gestores os
legisladores né E que vão né no papel de trabalho prescrito e o que eles o que se espera é que o se o trabalho prescrito for realizado ele vai chegar o que é o que se espera o que é bem feito que foi projetado ora quando você observa as situações né então por exemplo se a gente pega lá o caso das acss que eu contei eh quando elas tinham trabalho situações mais complexas elas cada uma fazer de um jeito uma ia oo extremo né de chegar e pegar a família e esperar no no pronto atendimento
passar a noite fazendo um plantão e a outra diz assim se a família não se mobiliza eu vou até onde eu posso eu paro por aqui mas isso é um conflito de é diferente tem tem que ser resolvido que invoca os critérios de qualidade da construção da qualidade né as possibilidades de ação Então isso é um um nível de contradição que eu e meus colegas o Rodolfo e a Regina observamos o IFC conta uma história numa clínica de idoso de idosos que é super interessante eu pena que o livro ainda não foi traduzido e que
mostra como de um lado o que é projetado tá na mão dos dos gestores mas Quem realiza são os servidores e esses conflitos mostram uma um sentimento de perda de qualidade então ele conta uma situação que era o seguinte para a agência que regula né os cuidados de pessoas idosas na na França diz que eles têm que passar a maior parte do tempo em espaços de atividades né então você tira dos dormitórios você tem que levar só que tem dias que tem como São Paulo chuva intensa tal e tal Mas eles só só podem não
ir para esse espaço de atividade quando ele tá numa situação de furacão nível nível D então elas ele começa contando a história disso mostrando como elas faziam num determinado dia a transferência né duas agentes duas cuidadoras com cinco pessoas um num cadeira de roda uma com uma bengala tentando andar num espaço de sei lá 200 300 m com o mundo caindo os os idosos reclamando e elas sentindo que estavam fazendo mal a eles e elas não podiam fazer nada mas veja bem que a própria definição tava no nível dos da regulação principal da agência que
faz não tava nem no nível da gestão né Eh bom e ele vai contar outros problemas por exemplo Elas começaram a perceber que para ir mais rápido o que que elas faz fazam elas eh né com com idosos Provavelmente quando tem Alzheimer a tendência de vocês é estimular a autonomia o mais longo tempo possível então tirar o casaco desabotoar só que isso demorava mais tempo e na ausência de recursos qual er a tendência delas e Elas começam a perceber isso como com o método que é utilizado que é esse que o if clore defende eu
já usei na época gente sabia que chamava desse nome que é o A confrontação Cruzada que é quando você filma atividade para umas pessoas fazer e mostra pros colegas então a gente pode perceber que as pessoas fazem as coisas diferentes né e fizeram isso em quatro situações no café da manhã no or deig no jantar na travessia paraa sala de atividade nos trajetos até a sala de diversidade e vejam que a demanda para esse estudo foi uma demanda de risco psicossocial feito pelo sindicato acontece que o o o diretor da não quis entrar nessa história
porque ele achava que esse olhar nas categorias ia empobrecer né a possibilidade de mudança da situação então aí ele chamou a equipe do IF clore que fez esse trabalho né Então caracterizando as condições de trabalho adversas os determinantes da prescrição então que é um regime público privado a a a a clínica para ter recurso ela precisava atender aqueles critérios né então de número de pessoas então que tem uma questão de economicidade por um ponto e segundo se ele atendesse pessoas com nível de Alzheimer mais alto vinha mais dinheiro então aumentava a dificuldade pro trabalho ao
mesmo tempo que viabilizava e era nesse círculo que as pessoas se encontravam Então a partir da confrontação cruzada os trabalhadores começam a conhecer né as suas questões e eles uma né eles os Frances é muito bom né no uso das palavras então ele dizia ao invés de fazer subir né na fund centa a direção tá no terceiro andar né invés de subir os problemas da produção pro terceiro andar ele faz ele fez o terceiro andar descer até a produção então a direção por meio dos registros confrontação cruzada que são Filmes né então você faz filmagens
apresenta faam com que os gestores podiam ter acesso a isso certo em determinados dispositivos de acompanhamento da intervenção né e dessa forma foi possível instaurar uma cooperação conflituosa sobre o trabalho ou seja os A Hierarquia Teve que mudar o seu trabalho e começar a incluir na sua pauta né na suas necessidades as as requisi as questões que eram trazidos pelos operadores em espaços próprios então a as reuniões tinham eram programadas para ter reuniões com o pessoal para tratar questões específicas Então dessa forma houve uma mudança enorme no no trabalho da própria hierarquia na organização das
reuniões e n definições dos temas e da participação então nessa forma a gente consegue reverter um pouco a perda de sentido do trabalho né a gente incorpora na na na no fornecimento de meios para que as pessoas trabalhem na margem de ação necessária eh Isso aqui é uma fala interessante dele né dizendo que nesse sentido quem intervém navega em diversos espaços né tanto da observação do trabalho como esses espaços que são criados com o a representação sindical a direção da empresa mas ele diz né nesse navegar é preciso ter precaução no sentido de que o
o Clínico da intervenção tem que tomar precaução né dentro do seio de de coletivo de trabalho que ele faz parte quando ele aborda a sua intervenção não como inventário de riscos que atingem os profissionais mas com uma perspectiva de produzir junto com os profissionais os recursos necessários pro trabalho inclusive organizacionais então é um pouco é essa crítica que que a gente faz ao uso dos fatores de risco psicossocial que é algo estático né na nossa forma de ver a gente tem que junto com as pessoas não adianta categorizar os riscos que caem sobre elas mas
é exatamente construir com elas meios para que isso não possa atrapalhá-lo mais eh Então quais são as premissas que que intervém então o objeto atividade sentido seus critérios né porque nos Espaços que você coloca trabalhadores e e hierarquia você discute os critérios para fazer o trabalho né muitas vezes né Alguns são possíveis de mexer outros são menos como da agência reguladora mas a gente vai ter que agir sobre o critério eh o conflito é alavanca pro desenvolvimento não dá para ficar escondendo o conflito a maior parte das empresas tende a não tratar de problema é
quer que o problema seja resolvido no nível de hierárqu não não é assim os conflitos têm que ser resolvidos entre as pessoas é preciso portanto um reequilíbrio no poder de desenhar o trabalho porque as pessoas que trabalham TM que est nesse processo de discussão dos critérios que influenciam o que elas fazem isso pressupõe legitimar o papel dos Trabalhadores no desenho do trabalho né pela força do metier que a gente produz a intervenção pela autoconfrontação cruzada é um meio de institucionalizar a fala dos trabalhadores nos Espaços da instituição mas que supõe o envolvimento dos sindicatos e
da direção das das instituições eh e como diz então o IFC quando você reconhece os conflitos no trabalho institui o debate em torno dos critérios sobre como é o trabalho bem feito sobre a qualidade do trabalho a gente impede a tentação de buscar adaptar os trabalhadores ao trabalho sem que o trabalho mude ou seja discutir os critérios sobre o trabalho permite a gente de fazer ergonomia porque ergonomia não é adaptação do trabalho ao homem que é isso que nós queremos isso passa por essa reflexão sobre o trabalho de prescrição ou senão a gente fica com
o gerencialismo que é ia falar a palavra chula mas eu não vou falar que é não tô nem aí façam o que eu mando a regra é essa eu decido né grosso modo o gerencialismo é isso porque ele é algo arbitrário né e muitas vezes fundado em instrumentos de gestão grotescos né mas que servem para enquadrar as pessoas na vontade de do do dos grupos que estão na gestão então Eh para enfrentar essa desnecessidade do público e fazer com que a gente possa agir sentir pensar e trabalhar a intervenção no serviço público ela tem que
se dirigir para tornar o trabalho no serviço público uma forma de emancipação mas não é uma emancipação qualquer é uma emancipação que permita a defesa da Constituição a defesa do do que tá escrito na carta maior que que nos cabe às vezes parece tão simples né mas né Eh a gente tem que então desenvolver uma cultura de intervenção no momento em que a gente tem duras condições de trabalho e organiz ações com funcionamento patológico né como eu disse antes esse para mim é um dos Desafios pro campo da saúde e do trabalho porque as próprias
instituições públicas que promovem isso tão vivendo situações dessa natureza bom aqui então as referências eh que horas S se eu posso ainda passar aquela última tá então dá vou vou agora eu tenho que fechar porque eu tenho que fechar com Mas aí você não é que aqui é importante é um sobrev mas vai ser importante não não assim olha eu eu atendo necessidade do cliente isso é mas tem que ser no pend Não esquece ó Duda é minha filha mais velha já careca de saber ele tá careca de saber eu vou passar bem rápido sobre
isso Ah tá bom vocês podem assistir a Live tá gravada né remil eu fiz aqui no curso de SST base SST aula sobre nr17 está tudo lá eu vou falar alguma umas coisas bem rápidas primeira coisa que é importante primeira coisa que é importante é dizer que uma Norma de ergonomia Tem que atender as perspectivas da disciplina que eu apresentei para vocês antes né Por um lado e por outro lado ela tem uma série de coisas ela organização fiscal ela tem uma influência simbólica ela regula a concorrência entre as empresas mas ela promove o desenvolvimento
da comunidade profissional de serviços Então ela tem ela é muito maior do que só aquilo que tá lá e ela tem que se abrir para inovação né Isso depende de quem se aplica ergonomia aquele papo aqui ó modelo da patologia organizacional vamos embora ah Quais são os avanços da Tiga nr17 que a gente acabou de mudar a primeira coisa dela que é fundamental a gente dizer é que ela permitiu a difusão da disciplina da ergonomia e da análise do trabalho no Brasil e que isso foi uma expansão que partiu da noção de risco para chegar
na noção de atividade além de outras coisas não menos importantes como a questão de entrar a organização como questão que tem que ser pensada na prevenção Assim como incluir pela primeira vez ação do setor de serviço ela foi aprimorada depois os anexos na r36 Mas o que eu quero dizer mais precisamente é essa questão da noção de risco e da atividade trabalho queero o que eu ia fechar ontem mas a thí não me deixou tá porque ela falou E aí ela não me deixou falar mas é brincadeira então isso aqui eu era o que eu
pretendia falar ontem que são perspectivas muito muito diferentes quando a gente tá na no olhar sobre os riscos em geral é um olhar externo feito por um especialista que diz se tá certo ou se tá errado se tem ou se não tem ele se baseia sempre numa comparação com uma referência se tá bom ou se tá ruim acima de um limite ou de outro né ele tem que ter essa referência eh o objetivo são as Exposições ao risco a substância a organização eh os trabalhadores são agentes passivos em alguns estudos quando eu cheguei na fundacentro
as pessoas chegavam a fazer estudos de higiene ocupacional em que elas filmavam o processo de produção por exemplo de uma refinaria e não aparecia um trabalhador só aparecia vazamento válvula uma coisa super esquisita para mim Eh Por quê os trabalhadores não TM um papel nisso eh a prevenção se dá por meio do controle das Exposições né a gente tem que diminuir a exposição então a gente sabe que tem e a gente diminui ou afasta né mas se baseia numa visão simplificada da relação trabalho e saúde ou seja os riscos não são equivalentes ao trabalho nunca
vão ser não podem ser el é uma pequena parte que a gente considera ruim e que a gente tem como medir e o princípio e acaba sendo muito utilizada para reparação de danos muito mais do que para prevenção quando a gente entra pela atividade como eu tentei mostrar para vocês a gente tem que est sempre em situação com caráter etnográfico gente necessariamente participativo a gente considera tanto as situações singulares quanto as que são mais comuns a gente Analisa as atividades e as contradições mas a gente estuda a gestão de riscos e proteção que os próprios
trabalhadores fazem eles não são agentes passivos eles fazem isso aqui em permanência quando eles têm os meios para fazer eh a gente a prevenção ela se constrói por por meio do desenvolvimento das atividades das situações não é só controlando a exposição e a gente tem uma visão que pressupõe como a gente diz uma escolha de explicar a relação saúde e trabalho por meio de situações complexas que não são visíveis a olho nu e a nossa perspectiva Ela tá aqui no campo da prevenção muito mais do que da reparação então é é por isso que a
gente sai dessa dessa Seara eu acho que CL ilustrou muito bem antes eu espero eh mas n a essa NR considerava poucos aspectos de subjetividade né isso aqui isso aqui é interessante quando a gente começou a estudar os problemas músculo esqueléticos né Thaís 1992 tinha uns estudos que diziam que assim que você tinha que olhar os fatores biomecânicos os fatores psicossociais e a sensibilidade individual esses eram os fatores de risco de lerd dort só que o que que os ergonomistas da atividade perceberam ní isso embasava os métodos de avaliação ergonômica né que tem um um
guia né que usam que se baseiam nisso Epa eh bom isso aqui eu vou passar mas né a gente tem observado essa degradação essa patologia organizacional O que que a análise do trabalho mostra que pouco adianta a gente só olhar nisso porque isso aqui são determinados pela concepção dos equipamentos pela organização da produção pelo ambiente físico pelo contrato pela concepção da ferramenta pelas organizações do trabalho e e e são métodos diferentes eu não sei se vocês conseguem perceber a diferença que tá nisso tudo isso aqui decorre de outras coisas e a mudança pressupõe ação sobre
as outras coisas Não adianta só a gente mudar a postura como queria o médico da Clínica machista né que a thí já achou que ele é machista não não é não não é não é só por aí né eh ah então é é eu quis o pendrive por causa disso O Aldo porque é o seguinte né aqui como é que eu clico na construção Ah por favor clica Então para mim então né para mostrar uns exemplos de laudo ergonômico que que a gente encontrava por aí que eu acho que ainda vai continuar encontrando é [Música]
é é eu já te falei que bom eu vou falar então assim é uma folhinha de papel análise ergonômica do trabalho Um operador fazendo a laje do prédio posição incorreta não sei o que não sei o qu tac tac checklist né e a mesma coisa no caso da indústria de alimentação né ou seja eh que a crítica que a gente faz a ergonomia a norma que ela é cartorial né na verdade depois sing gaveta né então tanto faz você faz uma coisa boa uma coisa ruim só que pros auditores Isso é uma agressão né quando
eles conhecem a situação e recebem um negócio desse tipo eh então a nr17 de 2021 ela embora não tenha tratado explicitamente das questões psicossociais porque o secretário do trabalho na época não nos autorizou a fazer isso né Eh ela ainda permite que a gente estude como eu mostrei para vocês por meio da intervenção ergonômica as questões de saúde mental eh a grande contradição da nossa Norma fala em contradição é essa necessidade de inserir no pgr sem que a gente perca Nossa identidade da atividade tá esse é o coisa mas de qualquer forma a gente pode
por meio dela contribuir com diversos aspectos pro desen das situações de trabalho então se a gente pega né o mesmo desenho que eu fiz antes e eu substituo fator de risco de ler dort por fator de risco psicossocial para mim a questão continua mesmo se a gente ficar nesse espectro aqui a gente não tem os meios para agir sobre esses outras questões eu mudei um pouco né critérios ferramentas de gestão né o tema da do momento as políticas recursos humanos né o ambiente as relações de trabalho né que pressupõe uma análise do trabalho né não
ficam apenas em métodos de levantamento que a gente tá discutindo nas corporações quem vai fazer porque as pessoas não vão fazer análise do trabalho para entender essas coisas eles vão ter uns checklists para dizer se em qual casinha cai Essa é a grande crítica então a norma a grande contribuição da provocar inovação e uma oportunidade para mudar né agradecendo a pessoa que fez a pergunta as as empresas não estão estruturadas para fazer ou não querem fazer elas estão perdendo uma oportunidade muito interessante de mudar né baseado num olhar da contribuição dos trabalhadores nos processos de
produção que é a nossa perspectiva é É nesse caminho que a gente deveria seguir então elas deixam essa oport unidade para mudar eh que seria incorporar as dimensões da atividade né Eh que necessariamente conta com a participação dos trabalhadores mas a gente sabe que a influência simbólica da Norma ajuda nesse processo é o que a gente espera um exemplo é ilustração do nr17 que a loja adotou filal única mesmo não sendo obrigada né são listas né no anexo 1 eh as ldor não são O único problema lembra que agora eu mostro a capa do professor
da Universidade de Stanford quem que tinha falar que era contra Burnout levanta a mão não que colocou a pergunta do Burnout Mas ó lá o que você falou não tava errado tava lá na capa da exame do número 2 de 2020 volta aqui o nosso pesquisador entrevistado pela revista Exame e a gente precisa no caso da expandir as atividades que não estão prescritas na inr mas por meio da análise da atividade a gente pode fazer isso né análise ergonômica do trabalho não pode ser feita nas por dimensões ela tem que considerar O todo que envolve
o trabalho e os trabalhadores e trabalhadoras era isso que eu tinha para falar perguntas Taí Helena barreira ah Dea internet de repente quer falar bom aqui acho que a gente dá meio que uma bugada né com tantas informações eh e né mas eu acho que eh é interessante quando a gente começa a perceber talvez não seja nemuma pergunta mas uma reflexão como que esses processos normativos eles vão sendo ados no mundo do trabalho né e como que a gente ainda Precisa avançar para chegar nesse Talvez num num momento de proteção que acho que todos aqui
gostariam que existisse dentro dos seus ambientes de trabalho né acho que quando a gente tá aqui a gente tá nesse nesse lugar né imaginando que teremos esse processo me preocupa muito eh quando a gente começa a perceber que os processos de trabalho estão cada dia mais desregulamentadas e que estas essas normativas especialmente as normas técnicas elas só ela ainda é objeto de ação de um público muito pequeno que hoje representa só 35% da mão de obra que são os trabalhadores seletista né então se a gente olhar e a gente vai vendo que essa essa essa
curva tá cada dia pior e se a gente pensar que dentro dos dos serviços seleti como as normas ainda tem uns princípios meio engessados elas as empresas de nível eh de grau de risco um e dois são praticamente eh desreguladas né a gente vai olhar e a gente tem pouquíssimas grandes empresas a gente tá tá protegendo muito pouco mas eu queria que você talvez fizesse uma fala sobre o crescente processo de terceirização do serviço público e como que isso impede esse agir esse essa ação do trabalhador né porque um dos dos grandes problemas que a
gente percebe quando a gente olha o serviço público especialmente trabalho de saúde e educação é uma um processo de adoecimento dos trabalhadores pela ausência da ação né pelo trabalho impedido pelo um trabalho que vai ficando cada vez mais mecanizado porque dentro da lógica do trabalho terceirizado você precisa D conta de X trabalhos para você receber então o empregador ele cria só método de E como que você tem controle sobre aprovação de um aluno que tem fome que não tem onde sentar em casa e aí ele tem que ser aprovado Então você tem uma série de
coisas e isso gera o adoecimento dos professores por exemplo isso gera o Como que você controla indicadores de saúde quando você não tem saneamento básico Então eu queria que você fizesse uma reflexão sobre isso e se só mesmo no lugar de refletir porque eu sei que a gente não tem resposta nesse momento mas num lugar de reflexão olha e a a a a a terceir não mas essa provavelmente vai ser única né sobre serviço público a a a a terceirização é uma forma de tirar o poder dos Servidores poder dos Servidores né do sim o
dever de diminuir a a a a defesa do que eles têm de fazer então a terceirização ela vai nesse sentido e ela torna o ela aumenta o controle sobre o trabalho mas nesse sentido O que eu o que eu dizer simples para mim é que ela é uma forma de traição da Constituição ela é inconstitucional tanto é que várias questões de terceirização do serviço público São julgados como inconstitucional e essa discussão agora da reforma administrativa vai muito nesse sentido porque eles só estão mexendo nas nos trabalhadores que defendem a constituição a reforma É sobre quem
faz o serviço não é só quem é nomeado para conduzir o serviço que é o patrimonialismo Então esse é o pacto brasileiro eu diria entre o a política patrimonialista tradicional e a nossa vertente neoliberal que aumenta com questões gerenciais com gerencialismo Então é isso que que que nós estamos vivendo mas eu acho que E aí o serviço público os sindicatos tem que acordar porque tem uma tese aí da inconstitucionalidade que eles T que fazer valer e eles tem que fazer valer numa Área das áreas que são as mais estudadas tem até uma anedota Super Interessante
que cai matando nos sindicatos de Serviço Público Ministério Público do Trabalho de Campinas fez um trabalho sobre acidente perfuro cortante e né uma ação do sindicato contra a Unicamp sabe como que foi constituída a prova Alguém tem uma pista de como o Ministério Público construiu a prova para para para agir com as teses e dissertações que tinham sido feitas na própria Universidade tá tudo ali então o serviço público é super estudado aí o procurador e o assessor que é um médico Trabalho maravilhoso que é o Marco Sabin não é médico de trabalho ele é um
clínico sanitarista né eles avançaram eles procuraram mecanismos de proteção nos equipos para colocar sabe o que que o sindicato fez Alguém tem uma resposta nada a prevenção não interessa o que interessa é reparação de dano ação na justiça é ganho então assim lógico são são os mesmos a coisa evoluiu e tal mas a questão que se coloca é que o nossos sindicatos tinham que se apropriar de tudo que você fala sobre Serv tem milhares de estudos sobre isso tem gente da GV né tal da Gabriel lot tem os caras ipex muito para defender teses mesmo
sobre a inconstitucionalidade desses processos lógico deix alô então gente e Nossa como disse a Elon a gente tá com a cabeça milhão né É muita coisa eu vou ver se eu consigo quando o Marcel tá colocando essa coisa do sindicato né Vamos lá eu vou deixar meus minhas anotações 1 2 3 para depois eu tenho agora estudado economia solidária né e a gente tá discutindo na economia solidária esse pensamento que é a tecnociência capitalista né então é uma coisa que eu acho que a gente você já falou isso aqui nesse auditório uma coisa que nós
mesmos precisamos estar sempre eh fazendo essa autoanálise né o quanto que a gente está incorporando eh processos eh de controle de produção eh de gestão do tempo a Bendita palavra de gestão né a palavra da governança né então a gente tá perdendo a espontaneidade humana né porque a gente tem que fazer um enquadre de governança e a gente tem medo da gente mesmo né enquanto coletivo humano porque o coletivo humano erra E aí o o os colegas aqui da segurança já desenvolveram toda uma discussão A respeito né de que o erro humano não é erro
né como o Marçal já colocou mas essa questão eh do risco de cometer eh corrupção crime eh fazer corpo mole não trabalhar né então por isso que eu que eu trouxe a questão do preconceito né E aí eu vou vou vou demorar um pouquinho tá eu preciso falar não em 10 minutos então é porque eu quero falar também da história da pausa é fundamental a pausa a pausa é fundamental Não porque eu tava pensando aqui o seguinte quando falou a questão a e a gente trabalhou muito e vocês sabem que eu sou fisioterapeuta então meu
primeiro artigo aqui na Funda centro era um enfoque ergonômico para de trabalho e o que que é isso né na verdade a ideia que o dejur sempre trouxe né já né Tava tava lá colocado o conceito de saúde era a liberdade do corpo a liberdade da gente se movimentar o trabalho a sala de aula Ela nos obriga a um comportamento rígido dentro de um enquadre como Marsal colocou aqui do ultrassom né que precisa ser executado por x horas ininterruptas e ainda dentro de uma tecnociência né organizacional que propõe que o dono dessa clínica para pagar
aquele equipamento inclusive para atualizar o equipamento que era ruim né mar já falou que tava desatualizado para poder pagar o equipamento novo ele precisa fazer o quê explorar mais o trabalho a mais valia né e a mais valia é em cima do humano Então se o humano tem que fazer tudo isso entendeu ele não tem tempo para ser livre ele não tem tempo para descansar ele não tem tempo nem para perceber que ele tá cansado né então eu tava comentando né porque o Rodrigo nos provoca muito também no no então falei para ele a gente
estava brincando porque assim é é sempre se tira da tola e esse é o nosso medo em relação a riscos psicossociais do trabalho entendeu de novo a fuga pela direita né pelo fácil pelo simples então se a o problema da ler dort era a postura a postura errada o corpo que cai o o o pescoço que não levanta a a cabeça que se aproxima do objeto né então eu vou fazer ginástica laboral e eu vou fazer Trein para ele saber levantar peso e todas essas questões de condições que o Marcel aqui eh gastou esse tempo
todo né para mostrar que isso determina a forma como você vai usar o seu corpo não é estudado não é avaliado e não é pensado Ora se você não tem como fazer isso que na nr36 a gente discutiu Isso se você não tem como aumentar o espaço entre um e outro porque eles estão se furando com a faca e faz fazendo aquilo num processo de fluxo de trabalho que eles estão completamente alienados porque eles têm uma pressão violenta em cima deles né então não dá para ampliar Por que que não dá para ampliar o espaço
entre um outro porque a nóa vem lá de fora do Brasil e ela vem com aquele espaçamento e não dá para você mudar a fábrica do espaçamento da nóa aquela que passa em cima da cabeça Então você tem uma questão eh como ele falou de determinar ação que o mobiliário que o fator material que o fator físico coloca pro trabalho que impede que o trabalhador crie outras formas e não tem jeito é pausa não é treinamento não é treinamento e não é ginástica laboral claro que a pausa Ativa é mais interessante mas se vier de
novo carregada de um processo autoritário que todo mundo vai parar e vai fazer aquele mesmo movimento nós dois vimos homens enormes carregando fogão por uma linha que não era de esteira rolante eles carregavam por uma bancada o fogão e viravam na mão o fogão e aí parava e fazia movimento de pescoço gente eu quase chorei eu como fisioterapeuta quase chorei a gente ficou numa situação entende porque eh e aí assim tava se propondo uma coisa super moderna que era o ômetro Mas como que a gente vai pensar no ritmo de trabalho se sequer aqueles homens
tinham ajuda mecanizada para fazer aquela produção de fogão Então a gente tem eu acho que vocês alunos aqui presentes nessas conversas que a gente teve né Eu acho que vocês trouxeram muitos elementos e a pergunta também logo de início né quem é que tá preparado para isso então eu acho importante íssimo a gente repensar de fato a nossa formatação né simbólica e material que a gente acaba estando envolvido então assim não tem outro jeito se você não parar se você não parar o que você tá fazendo porque a hora que você para que você levanta
quando você voltar pro seu trabalho você já vai voltar com uma postura melhor não é assim quando a gente começa a trabalhar só que a gente vai se envolvendo se envolvendo cansando se envolvendo quando a gente vê a gente tá debruçado não tem outro jeito Ah o computador você tá ali no computador tem que parar e olhar ao longe mas gente eh por quê Porque o nosso trabalho assim né o nosso trabalho não tem liberdade nenhuma a gente perdeu isso né E então isso aqui eu acho que é bem importante e eu acho que fala
da nossa preocupação com a questão dos riscos psicossociais Porque se os riscos psicossociais forem trazer um enquadre como esse da ginástica laboral e da e do treinamento que é a para para risco psicossocial o que que é é a resiliência é a inteligência emocional é você chegar pro menino que tá entregando a comida e dizer que ele tem que aumentar a tolerância pro cliente que é mal educado é tem que manter aquele sorriso maravilhoso ele tem que olhar pro aplicativo com gratidão o aplicativo tá dando trabalho e renda para ele quer dizer o o aplicativo
tá usando e abusando do horário de tempo de corpo de cabeça de tudo que é dele né e ele ainda tá sendo maltratado né E ainda tem que agradecer é uma contrariedade certo que não não cabe gente no corpo nem na mente nem no coração nem em lugar nenhum não cabe né é o mau encontro né eu tava estudando aqui o hip noosa justamente para fazer essa essa essa coisa do Poder agir sentir e pensar que a bader saia ela explica que se você tem maus encontros e é o que a gente mais tá tendo
é maus encontros são os encontros onde tem conflitos são os encontros onde tem violência são os encontros onde o outro tá usando e abusando da gente contrariando conflituoso outro existe uma ruptura e sabe o que que acontece quando tem a ruptura a gente vira servo a gente naturaliza isso e a gente para de agir Então eu acho que isso que nós estamos colocando aqui esses caras são bons né os franceses são bons eles estão trazendo a questão do Poder Agir é importantíssimo a gente oferecer pros trabalhadores os bons encontros é importantíssimo isso trouxe o terceiro
andar para baixo entende porque não não tem ali na hora do trabalho o terceiro andar não pode mandar e os caras não conseguirem fazer o terceiro andar tem que enxergar que não dá para fazer com o ciclone chegando eh carregar os pacientes para lá e para cá então o problema tá tão lá embaixo gente tá tão dentro tá tão incorporado sabe que a gente tá num uma dificuldade de enxergar o problema sabe eh de enxergar a gente de enxergar o outro de conseguir eh trazer uma melhoria então eu eu trouxe aqui assim Marsal tem aquele
da o Daniel Lu ele tem o ficção e realidade do trabalho Operário né que é um dos primeiros artigos que a gente usa para mostrar que aquilo que a gente vê não é tudo que se faz e que o trabalhador tá sempre desenvolvendo e fazendo coisas além daquilo que que se pede para ele poder realizar o que tem que realizar na nr36 a gente trouxe essa ideia porque o seguinte se existe uma incompatibilidade eu tô rindo porque a gente conheceu uma pessoa que falou assim imagina ele foi mandado embora porque o patrão mandou ele produzir
mais franguinho processado do que ele como engenheiro de produção eu precisava dizer para ele que a capacidade produtiva instalada não permitia que as pessoas processasse mais franguinho Sem ficar doente porque era a capacidade instalada era o máximo se eu acelerasse a coisa então o que que acontece né e lamentavelmente né remid Eh saiu na nr36 lá atrás a ideia de que podia trabalhar até 10 horas e foi o sindicato que pediu a gente queria reduzir para 6:20 S horas para poder almoçar e aí o sindicato queria hora extra para poder comprar uma casa então assim
as lógicas da coisa é que são complicadas né E aí por isso quer dizer a capacidade produtiva era para 8 horas mas como vendeu mais do que a capacidade produtiva podia realizar com a jornada de trabalho regular Então faz hora extra hora extra tem um compromisso vai desgastar vai cansar vai adoecer Qual é o compromisso que as pessoas têm com a saúde eu acho que é que essa é a questão né por isso que tem uma hora que a gente vai pro lado moral né porque se se você não tem compromisso com a saúde Você
só tem compromisso com o que tá dando de produtividade porque hoje tudo se fala que tem pouca produtividade né tá com pouca produtividade A fundacentro tá com pouca produtividade a empresa brasileira tá com pouca produtividade nós precisamos aumentar a produtividade as custas de quê como que as pessoas vão dar mais produtividade apoi Inteligência Artificial E aí eu queria trazer essa outra ideia que foi trazida aqui também da questão de que saúde né é pensada sempre a posteriore a gente não conseguiu incluir a pauta de saúde antes que é isso na concepção primeira né então a
grande frustração dos economistas que ali participaram é o seguinte a NR seria uma ideia das pessoas pensarem antes de fazer a a coisa ruim né Por quê Porque depois é mais difícil de consertar todo mundo sabe disso mas eu cheguei tô agora participando da questão de Inteligência Artificial e E aí os próprios Engenheiros Eu fiquei até impressionado que eu falei gente acabou a ergonomia na poli não sei o que é isso assim se se você não pensar que você tem que fazer uma concepção do projeto da tecnologia com base nas pessoas nos limites humanos das
pessoas que vão usar você não tá fazendo tá fazendo para quem o negócio né então assim os engenheiros já aqui na fundacentro mesmo colegas falaram isso a gente faz o projeto pensando no melhor a gente sabe que o trabalhador não pode pôr a mão ali esse ele põe a mão ali eu boto um sensor para ele não pôr mais a mão ali Ah mas o cara tem que desligar o sensor porque a produção Isso é um problema seu não é meu Isso é um problema de vocês ergonomistas e pra Inteligência Artificial eles falaram mesma coisa
isso é uma questão a gente vai ter que criar agora um instituto de segurança para cuidar dos problemas que deram errado gente a gente tem inteligência suficiente para pensar um projeto antes dele dar errado é Como disse o Marsal Engenheiro Tá super acostumado a fazer maquete protótipo agora a gente tem todas essas ferramentas tecnológicas para fazer as coisas porque saúde é tão pouco valorizado porque o humano é tão pouco valorizado né Porque você pensa na produção na produção produtividade e nas máquinas que podem ajudar então eh uma uma uma um outro exemplo que eu que
eu gosto muito de dar para pros alunos era um trabalho também que a ADA fez com uma aluna sobre aleitamento materno o As Enfermeiras que trabalham no aleitamento materno são as mães que estão tendo dificuldade de criar díade né da criança conseguir mamar só que é visto como se ela só tivesse que fazer a o processo lá de físico e bota um negocinho e deixa a mãe lá e ela vai atender os telefones ela faz a recepção Então essas interrupções num processo que você tem que criar vínculo afetivo que você tá conversando com a mãe
que você tá acalmando o bebê porque se o bebê ficar chorando e é claro você tem que pôr o bebê quando ele tá com fome bebê com fome chora né então você tem que acalmar o bebê para conseguir colocar o bebê no seio da mãe para mar é um processo super delicado sabe e aí você olha para esse processo como se fosse possível você fazer outras coisas no meio do caminho que é a tal da polivalência mas eu acho que basicamente era um pouco isso que eu queria trazer e essa ideia né Também Veja a
questão saúde mental é bastante antiga ela não é nova né gente Pelo contrário a gente sabe que essa história tá sendo medicalizada há muito tempo né as pessoas estão se medicalizando há muito tempo a ideia de trazer isso né que eu trouxe aqui um pouco de dados históricos é que assim isso chegou num limite tal que é preciso dizer para as pessoas que aquilo é externo a elas e que elas precisam resistir que nós Os Profissionais de Saúde precisamos consertar posterior então é um processo que a gente tem que fazer é isso mesmo a gente
tem que gritar e dizer a posterior não é preciso fazer desde antes é preciso pensar as pessoas desde antes né E e essa questão do preconceito Eu acho que o gerencialismo ele é muito preconceituoso e eu queria só o último último aqui para poder ouvir a pergunta do colega é a questão do cachorro louco né me dói profundamente quando as pessoas chamam os Motoqueiros aí os motociclistas profissionais de cachorro louco né É um desrespeito tão grande para com eles sabe eh por que é que vocês invadem o o cruzamento por que é que vocês passam
no farol vermelho ele sabe disso ele como cliente quando a comida não chega quente ou quando a comida chega de um jeito que ele não gosta ele a primeira coisa que ele faz é gritar com o cara não é então assim como que eu chamo alguém de negligente né como que eu culpabiliza o cara de tá morrendo na rua Gente eu acho isso gravíssimo sabe a gente perdeu a noção humana né então eu eh estimulo vocês a lerem essa questão da tecnociência capitalista que é preciso a gente entender melhor do que se trata para que
a gente possa virar chave não só nossa como daqueles com as quais a gente trabalha né que tem a ver com tudo isso que aqui o Marcel colocou é isso eu acho é bom são 7 1735 você quer tem uma pergunta quer pode fazer ou você prefere tá Tá bom vai lá Doutora thí primeiramente assim ó você trouxe a Cerejinha do bolo nessas suas considerações finais e eu ganhei a minha vinda de Ribeirão aqui e queria parabenizar os dois porque assim eu perdi uma aposta tá em função da apresentação dos dois que eu falei assim
vou sair de Ribeirão Preto lá em Ribeirão Preto cer é no pinguim Bem lembrado e e eu vim aqui eh justamente para eu eu queria ter ouvido e ganhado aposta eh no intuito que eu eu ir iria ver mais uma vertente de distanciando esse assunto da ergonomia mas vocês presentearam a ergonomia do Brasil presentearam a mim em trazer essa abordagem à luz da ergonomia ponto tá aí com tudo isso caindo nas questões de fatores de riscos psicossociais e considerando que para alguns atores isso é nada mais é do que a percepção subjetiva que o operador
faz de toda e qualquer situação a ele é exposto quer seja físico cognitivo e organizacional que tem que se olhar bem falado como vocês de forma integrada não adianta segmentar ponto eh com a ferramenta análise ergonômica do trabalho nós somos capazes de até obedecendo uma etapa importante nós somos condicionados muitas vezes a chegar a demanda é essa no e cru atend essa demanda mas dentro da expertise que nos cabe nós passamos a seguir o rito ali da metodologia que é reconstruir essa demanda nós conseguimos emergir o verdadeiro problema quando emergimos o verdadeiro problema o que
acontece num efeito Cascata nós vamos diminuir a percepção negativa que o operador faz da situação ponto isso é a tratativa dos psicos sociais nós não precisaríamos estar tratando Isso numa num contexto de uma Norma nr1 ou ter colocado isso no e social Se nós ergonomistas estivéssemos desde lá de trás fazendo a lição de casa seguindo o babac Gu trazia pra gente tá então assim é meu agradecimento obrigada tá pela excelente palestra e condução Obrigado era só validar essa posição minha que a ergonomia tem esse viés Obrigado muito bom André temos no virtual no virtual não
tem mas não dá tempo São 5:35 aí a ideia é que a gente responda depois né tem acesso ao mundo a gente pode colocar material para ele não sem dúvida parabenizar vocês dois por esse por esse por essa parte do curso sobre ergonomia E essas interrelações ou associações que a gente tá com convencionando chamar de fatores psicossociais evidente que é uma questão a questão de Saúde Mental é muito mais Ampla eh mas eu diria aqui para até concluir convidá-los também que na semana que vem terça quarta e quinta a gente vai ter o curso de
introdução à higiene ocupacional que é entar aquela questão da dos agentes químicos físicos biológicos mas acho que pensando para incluir essa Perspectiva da questão da ergonomia e da Saúde Mental porque isso foi um pau danado na última revisão do capítulo 5 da inr1 que a gente finalmente incluiu que nessa questão do gerenciamento de risco ou programas de riscos e perigos Deva ser incluída essa questão que foi muito bem exposta aqui pelo Marsal e pela Taí de uma forma crítica porque na realidade a gente quer construir um mundo novo um trabalho novo ou um trabalho transformador
dentro de uma visão social Progressista e até recordando uma questão que o Marsal colocou que a gente T buscar cumprir a constituição nessa questão tem no artigo S como direito social que os trabalhadores quer seja do serviço público ou do setor privado evidente que essa questão da proteção eh de saúde e segurança do trabalho saúde do trabalhador e trabalhadora ela tem que ser Universal ela tem que ser Universal E aí e o artigo 7º 22º ele diz o seguinte que todo trabalhador tem direito à redução dos riscos inerentes ao trabalho através de normas de segurança
e saúde do trabalho que às vezes e aí eu tenho já uma crítica ao tripartismo negocial que vão lá para reduzir na realidade a gente tem de est lá para aumentar essa é a nossa dúvida que a gente tem e agradecer a vossa presença aqui em nome da fundacentro obrigado só deixa eu só falar o o remiso existe também eh um grupo também eu compartilho completamente que é de trazer trazer de volta isso que você falou de que a saúde é um direito humano Então ela tem que tá acima de qualquer coisa né porque quando
a gente coloca quer dizer a nossa questão com a questão do Risco exatamente o que você acabou de dizer a redução do risco a ideia de que é possível você fazer uma gestão e por isso que a gente tem arrepios quando fala isso porque A gestão é um manejo é um manejo no sentido do possível como se você eliminar não fosse possível né então a gente teve a campanha do banimento do amianto a gente teve a eliminação da silicose né E aí a gente vai precisar agora de um lema em relação aís isso porque se
a gente fizer manejo manejo é medicalizar manejo é você recrutar pessoas mais tolerantes ou você mandar embora antes da pessoa adoecer então assim o manejo A gestão é muito complicado né então eu acho que assim a gente precisa resgatar a ideia de que a saúde é o bem maior né O Bem Viver é o bem maior e que a gente não pode viver trabalhar e trabalhar para sobreviver né a sobrevivência mas eu acho que a gente merece aí depois outros tempos né pra gente tá discutindo essa questão mas eu acho que assim agradecer a oportunidade
de tantos inscritos que nos estimularam A tá aqui né é cansativo porque é uma aula que a gente não interage do jeito que a gente tá acostumado a interagir né as pessoas o nosso estilo de dar aula né é um estilo muito mais eh interativo de verdade 8 horas é impossível a gente pensar num curso né achei muito ousado até dar esse título de curso acho que talvez mais um seminário com alguns ciclos de palestras mas eu acho que assim e agora gente é como disse o Marsal eh eu acho que tem um Moodle né
eu eu ia eu ia dizer o seguinte para vocês quem não conheceu o curso de evg que o nosso colega José Marçal organizou junto com o colega Eugênio passeli por favor vocês vão atrás desse curso que é sensacional né é um curso muito bacana de cinco módulos Então tudo isso que foi colocado aqui é colocado com mais detalhes com mais material tem tem leituras tem vídeos né é muito bacana agradecer aí o André Cruz pela pela fala né que eu acho que é bem bacana essa interação mesmo que a gente vai tendo né porque eu
acho que existe da parte dos profissionais de saúde e segurança no trabalho muita frustração né Por não conseguir fazer o trabalho que gostariam né a gente é sempre chamado para apagar um incêndio que poderia tranquilamente não existir né E aí também os recursos que nos oferecem para pagar incêndio também muitas vezes não são eficientes e isso causa de fato uma uma dor né uma tristeza uma frustração muito grande então por isso que a gente tem que buscar nos animar buscar esses estímulos e os bons encontros pra gente persistir né e resistir Como disse o Marsal
tá então eu quero agradecer a todos o Marsal tá ali já porque ele vai pegar o avião vai pegar o avião um abraço a todos aí mais uma vez agradeço a thí e ao Marsal e antes de encerrarmos solicitamos aos alunos presenciais que não deixem de assinar as listas de presença lembramos que os alunos que estão participando pelo mle deverão obter aproveitamento de 60% nas avaliações a data limite para realização das avaliações no Moodle é até o dia 10 de novembro de 2024 e não se esqueçam de se inscrever no nosso canal dar o like
ativar o Sininho para ficar por dentro de todas as novidades Assim vocês ajudam os conteúdos da fundacentro alcançarem um público maior e uma ótima noite para todos