e você viu a pesquisa racismo educação infantil e desenvolvimento na primeira infância se não viu veja foi feita pelo núcleo ciência pela infância e mostrou que as crianças negras são as primeiras ao sentirem os efeitos do racismo podendo enfrentar maior exposição ao estresse por traumas e pela própria situação de pobreza que a grande maioria vivências ou Olívia Santana pedagoga e Deputado Estadual da Bahia e apresento aqui no canal da fundação Maurício grabois o quadro cabeça feita nosso papo de hoje vai ser sobre infância e racismo bem comigo Trip é feito de acordo com a pesquisa
mais recente do IBGE 56,3 por cento da população do Brasil é negra e setenta por cento das pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza também são pessoas negras a influência negra no Brasil sempre vivenciou um ambiente hostil que vai do sofrimento brutal nas senzalas a pobreza EA miséria nas favelas as carências são inúmeras inclusive o déficit afetivo Eu costumo chamar assim causado muitas vezes pela falta do pai ou pela falta de tempo de convívio com suas mães que não raramente estão atribulados na luta pela sobrevivência muitas dedicando o seu melhor tempo as crianças brancas
nas casas onde elas trabalham como doméstica o Buzz o mercado de afeto é deficitário para uma larga parcela da Infância Negra É claro que existe amor existe solidariedade existe as redes de apoio nas favelas mas a gente sabe muito bem que essa gente que se reinventa essa gente que luta todos os dias pela humanização dos seus espaços de convivência elas também estão submetidas a condições absurdas patrocinadas pelo capitalismo brutal e desumano no qual estamos submetidos e submetidos lançando um olhar sobre o nosso passado no Brasil colonial enxergamos meninas e meninos filhos e filhas de pessoas
escravizadas sendo destinados muito cedo ao trabalho doméstico e mês e quando a lei do ventre livre de 1871 foi decretada no país que determinava que as crianças nascidas de mães escravizadas seriam libertados não permitiu melhores condições para essa infância na prática a criança ainda ficava sob a tutela dos Senhores até os 21 anos e vivia naquele ambiente de exploração infantil transformando a liberdade legal uma espécie de fake News dar esse passado reflete até hoje no desenvolvimento da infância de crianças negras que são impactadas na saúde física e mental na sua autoconfiança na sua autopercepção na
identidade na socialização de saberes um acesso aos direitos consagrados no ECA Estatuto da Criança e do Adolescente com moradia alimentação a segurança alimentar né saneamento básico acesso a uma educação decente enfim são muitas as violações de direitos Quantas vezes a inibição EA timidez ou a hiperatividade de crianças e jovens negros está associada aos efeitos do racismo e das práticas discriminatórias por elas e por eles vividas essas crianças podem desenvolver transtornos de ansiedade depressão e são as mais expostas as múltiplas formas de violência da simbólica a letal vale um olhar cuidadoso para a silenciosa tragédia da
rejeição lastrear da pelo racismo dados do Cadastro Nacional de adoção do Conselho Nacional de Justiça revelam que das 8.476 crianças a entradas para adoção nada menos que 65,90 e três por cento São pretas ou pardas triste né A grande maioria das famílias que adotam busca um perfil forjado na ideologia racista querem uns Príncipes as princesinhas brancas anjinhos anjinhos não as crianças negras associadas aos estereótipos negativos o debate sobre racismo na primeira e segunda infância período que abrange os seis primeiros anos de vida Exige uma abordagem que envolve diversas dimensões no Brasil a racionalização das relações
sociais privilegia pessoas brancas e desprestigia pessoas negras que muitas vezes são subestimados e suas habilidades e competências impedindo o avanço em diversas áreas do o medo e dificultando a mobilidade social dessas pessoas estudos apontam que entre os 3 e 5 anos de vida as crianças percebem a diferença racial o ideário de superioridade estimulado nas crianças brancas faz com que elas se sintam confortáveis e sua condição de brancas e raramente explicitam o desejo de ter outra cor de pele ou tipo de cabelo ao contrário as crianças negras Que se mostram desconfortáveis e muitas vezes negam seus
traços sua cor de pele e seus cabelos a própria sociedade EA mídia atuam reforçando esse ideal de superioridade Branca em desvantagem aos atributos étnico-raciais negros em 1991 uma campanha a área produzida por oliviero toscani para marca italiana Benetton causou revolta ao exibir duas crianças abraçadas uma branca e uma negra a criança Branca aparecia com caixinhas e sorrindo como se fosse um anjinho já criança negra apareceu com penteado alusivo à dois chifres associando sua imagem ao diabo e o nome da campanha era Angel e Devil tradução anjo demônio o movimento negro brasileiro reagiu fortemente aquela propaganda
Infame denunciando o quanto à publicidade contribuiria para alimentar os estereótipos racistas uma campanha contra o racismo feita no México lançada pelo conselho nacional para prevenção e a discriminação naquele país colocou diversas crianças entre duas bonecas uma branca e uma negra e fez as seguintes perguntas qual seria mais bonita EA feia Qual a boa e amar Qual a boneca aquela criança havia gostado mais as respostas foram as piores possíveis no que se referia a boneca Negra uma das Crianças ao dizer que a boneca Branca era a boa chegou justificar dizendo pessoas brancas não me assustam porque
tenho mais confiança nelas e com a outra Negra Não tenho mais confiança eu vou falar em boneca em tempos de um debate sobre representatividade é importante trazer a perspectiva que as crianças não sol precisam se ver na publicidade como também nos brinquedos a temperatura em tudo o levantamento Cadê Nossa boneca feito pela organização Avante educação e mobilização social com estator que bonecas negras representam apenas seis por cento dos modelos fabricados pelas principais marcas que comercializam brinquedos no Brasil a importância de encontrar os bonecas negras e de outras etnias é também para contribuir na normalização da
diversidade racial em nossa sociedade Mas isso também fala sobre acessibilidade mesmo que hoje possamos encontrar bonecas negras no mercado elas são as mais caras e em menor quantidade portanto as menos acessíveis diante disso vemos iniciativas de marcas Independentes que tem ocupado o mercado na produção de bonecas negras e bonecos como a Amora brinquedos afirmativos em Salvador e a Era uma vez um mundo do Rio de Janeiro que é primeira loja física de bonecas pretas no Brasil a Mattel fez a boneca da cientista Negra Jaqueline Góis para homenageá-la pelo importante trabalho de sequenciamento do coronavírus vibramos
uma boneca cientista entretanto foi frustrante descobrir no dia da criança que empresa não produziu em larga escala para fins de comercialização foi apenas para presentear Jaqueline no estudo a identidade racial em crianças pequenas feito pela Doutora em psicologia Maria Aparecida Silva Bento ela fez um levantamento de pesquisadores sobre infância que mostrou que as noções de diferença e de hierarquias raciais em nós É verdade são adquiridas na família no espaço da rua nas organizações religiosas e posteriormente nas creches e nas escolas crianças brancas e negras aprendem que ser branco é uma vantagem ser preta é uma
desvantagem assim percebemos a importância do papel fundamental da família da escola do poder público e de todas todes e todos na luta por Equidade étnico-racial e um ambiente seguro onde crianças negras indígenas e de outras etnias possam se sentir acolhidas e respeitadas em nossa sociedade você pode contribuir para que a mudança desse cenário aconteça exija que o MEC que secretarias estaduais e municipais de educação que as diretoras e diretores de escolas públicas e privadas em estão a temperatura infantil de valorização da história e da cultura afro-brasileira e Africana e indígena para que essa hegemonia de
literatura europeia que nos enche de história de princesas e príncipes europeus alemães Ingleses franceses como o Cinderela Rapunzel Branca de Neve gata borralheira façam também com que os cantinhos dos brinquedos das escolas e da sua casa espelhe a diversidade do povo brasileiro a um assunto delicado se você for adotar uma criança pense reflita Experimente mudar seus conceitos faça com que seu lar acolheu uma menina negra um menino negro só nossa atitude pode mudar as coisas do mundo é Como disse Nelson Mandela ninguém nasce odiando alguém outra pessoa pela cor da sua a sua origem ou
ainda por sua religião para odiar as pessoas precisam aprender e se podem aprender a odiar elas podem sim ser ensinadas a amar se você gostou desse conteúdo e quer ajudar outras pessoas a compreender sobre o tema curta e compartilhe e não esqueça de ativar as notificações no Sininho para estar sempre por dentro dos conteúdos da fundação Maurício grabois Até mais ok agora se você não não gostei não tem uma coisa que terra eu vi eu sentido EA era E aí [Risadas] [Música]