Luciano Subirá - A INTERAÇÃO COM O ESPÍRITO SANTO | FD#48

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Luciano Subirá
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Video Transcript:
A Palavra de Deus diz, em 1ªTessalonicenses 5. 19: "Não apaguem o Espírito. " Traduções mais antigas, como as versões Corrigida, Revisada de Almeida, tradução brasileira dizem: "Não extingais o Espírito.
" Almeida Atualizada diz: "Não apagueis o Espírito", no tom do imperativo. Isso nos chama a atenção para algo. Na aula passada, falamos sobre a pessoa do Espírito Santo.
Falamos tanto sobre a sua divindade como também sua personalidade e também terminei falando que além dos seus atributos como pessoa, vontade, emoções, mente e pensamento, nós temos ações pessoais que envolvem também o relacionamento com o homem. E pincelamos um assunto importante que foi a comunhão com o Espírito Santo. Assunto que retomaremos e desenvolveremos um pouco melhor na próxima aula com o tema "O Selo do Espírito".
Agora, porém, eu quero trazer uma fundamentação que vai se tornar aí uma espécie de ponte entre o assunto que já introduzimos sobre a comunhão com o Espírito Santo e aquilo que ainda virá, relacionando a ênfase já dada da comunhão com aquilo que a Bíblia ensina sobre o selo do Espírito Santo. Nesse ínterim, eu preciso estabelecer uma fundamentação bíblica de que o Espírito Santo não age sozinho. Essa é a razão pela qual o nome dessa aula é A Interação com o Espírito Santo.
E estamos partindo dessa declaração: "Não apaguem o Espírito", obviamente, o texto não está falando de algo que extinguiria a pessoa do Espírito Santo, a sua existência, porque o Deus eterno, sem começo nem fim de dias, não pode deixar de existir, então nós precisamos entender que a analogia empregada por Paulo, falando sob inspiração do próprio Espírito Santo, diz respeito à sua obra. Então, a obra do Espírito Santo em nós é vista como um fogo. Esse fogo pode ser alimentado quando nós colocamos combustível, ou ele pode deixar de ser alimentado quando não fornecemos o combustível.
E, deixar de ser alimentado, pode levar a se extinguir no sentido de que sua obra interrompa. Portanto, a lógica do próprio texto e nós não vamos ficar só nele, nós vamos perceber isso ao longo de toda a Escritura, é que o Espírito Santo não age sozinho. Nós temos responsabilidades e também precisamos agir, eu diria interagir, que é a ação conjunta, precisamos interagir com o Espírito Santo para que aquilo que Ele tem como missão e obra a ser realizada em nós possa se concretizar.
O Novo Testamento é apresentado com muita clareza em segundo aos Coríntios, capítulo três, como sendo o ministério do Espírito. Já enfatizei na aula anterior que sem a obra do Espírito Santo, o homem não experimenta arrependimento, não experimenta novo nascimento, não experimenta transformação na imagem do Senhor Jesus, ou seja, a ação e a obra do Espírito Santo é tão essencial a ponto de a Nova Aliança ser chamada de o ministério do Espírito. Agora, se é tão essencial a sua obra, mais não entendemos que a natureza da obra é interação e que isso coloca sobre nós responsabilidades, então estaremos limitando o seu agir sem sequer compreender que o limitamos e qual era a importância de não ter limitado.
Então, por conta disso, eu quero começar destacando, em primeiro lugar, o conceito de que o Espírito Santo não age sozinho. Em Romanos, no capítulo oito e no verso 26, nós temos uma declaração do apóstolo Paulo que não pode ser ignorada dentro dessa perspectiva do Espírito Santo não agir sozinho. Por exemplo, o apóstolo diz: "Da mesma maneira, também o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza.
Porque não sabemos orar como convém, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. " Ele enfatiza aqui que o Espírito Santo nos ajuda. Eu gostaria de chamar a sua atenção para essa palavra que foi traduzida aqui como "ajuda".
Na Almeida Revista e Atualizada a expressão traduzida foi o Espírito "nos assiste". Mas em muitas outras versões e traduções nós vamos simplesmente encontrar a expressão que "ele nos ajuda". Então vamos lá.
Essa palavra aqui traduzida como "ajuda" ou "assiste" no original grego, a língua em que o Novo Testamento foi escrito, koiné, o grego antigo, é um "palavrão" no sentido de ser grande. A palavra, de acordo com o léxico de Strong, é "sunantilambanomai". O seu significado direto é "trabalhar junto com".
Agora nós precisamos entender que "sun", "anti" e "lambano" é uma palavra que ela na verdade é formada pela junção dessas três palavras "sun", "anti" e "lambano". Ainda temos a parte final, o "mai", que é a conjugação do verbo depoente. Essa parte técnica, a gente não precisa gastar tempo com ela.
De qualquer forma, o que nós precisamos entender é que a composição dessas palavras "sun", "anti" e "lambano" significa literalmente "pegar firme contra alguma coisa", "anti" a gente conhece bem a influência dessa palavra nas línguas latinas, significa "contra", então "sun", "anti" e "lambano" significa pegar "firme contra alguma coisa juntamente com alguém". Então vamos sugerir que eu peço ajuda a alguém para carregar um móvel que é pesado e que eu não possa fazer sozinho. Porque a palavra "ajuda", ela pode simplesmente só de acordo com a língua portuguesa, ela pode entrar em contextos diferentes.
Então eu posso estar atarefado, fazendo um monte de coisa e pedir para alguém: "Olha, me ajude com isso" e aquele "me ajude" é meio que um ato de substituição: "Faz você, porque eu não posso fazer? " Ou pode ser um convite para um trabalho conjunto. Essa palavra que Paulo está usando, ela admite o trabalho conjunto significa pegar a outra ponta do peso.
Então, vamos supor que eu tenho que carregar uma mesa, um piano, algo que é pesado, e eu peço a alguém: "Fulano, me ajude". Esse "me ajude" é "Eu pego de um lado, você pega do outro. " Então essa pessoa está pegando firme comigo contra alguma coisa, contra aquele peso que tem que ser vencido, a necessidade de mover aquele móvel.
Ou seja, a natureza dessa palavra traduzida "ajuda", ela admite trabalho conjunto. Significa um pegando de um lado o outro, pegando do outro. Ou seja, ajuda não é o Espírito Santo nos substituindo, fazendo em nosso lugar, e nós também não podemos fazer sem Ele por conta da nossa condição de fraqueza.
Isso nos remete ao entendimento de que o Espírito Santo não age sozinho, de um lado, também nós não podemos fazer nada sozinhos. Aliás, Jesus diz em João 15. 5 que até para ser crente, até para viver a vida cristã, até para dar fruto, a gente precisa dele.
Ele diz: "Sem mim nada podeis fazer. " Então nós precisamos entender a natureza dessa interação. Ele pegando de um lado, a gente, cooperando do outro.
Então, por exemplo, olhamos declarações que a Palavra de Deus faz e elas não podem ser ignoradas. Em João, no capítulo 16, nos versículos 7 e 8, palavras do Senhor Jesus, ele diz o seguinte: "Mas eu lhes digo a verdade: é melhor para vocês que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei a vocês. Quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo".
Quem convence do pecado? A Bíblia está dizendo que é o Espírito Santo. Romanos capítulo dois fala da bondade de Deus conduzindo o homem ao arrependimento.
Então, obviamente, há um aspecto divino nessa declaração. Agora, a pergunta a ser feita é: Nessa obra o Espírito Santo age sozinho? Se fosse, o arrependimento seria tratado de forma unilateral.
Mas em Atos, no capítulo dois, no verso 38, no dia de Pentecostes, nós vemos o apóstolo Pedro pregando, e ele vai usar o imperativo: arrependei-vos. A Nova Almeida Atualizada, a versão que eu uso bastante aqui nas aulas e pregações diz: Arrependam-se. De qualquer forma, a responsabilidade de se arrepender está sendo comunicada ao homem.
Então, alguns às vezes me perguntam: "Mas pastor, arrependimento é um ato divino ou é ou é um ato humano? É obra do Espírito Santo ou é responsabilidade do homem? " E eu digo: Os dois.
Por um lado, é Ele que convence. Por outro, nós temos a responsabilidade de tomar uma decisão. Então o Espírito Santo não fará todo o trabalho e nós, sem ajuda Dele também não podemos fazer.
Então chamamos isso de interação ou de trabalho conjunto. Por exemplo, sabemos que a salvação é pela fé. A Bíblia diz em Efésios, no capítulo dois, versos 8 e 9: "Pela graça sois salvos mediante a fé, e isso não vem de vós, é um dom de Deus.
" Então a fé nos salva e a fé não é nossa. Ela vem de Deus. Agora a pergunta é: Deus trabalha a fé sozinho?
Se assim fosse, nós não teríamos na Bíblia textos como o que temos e eu diria num alto volume, responsabilizando o homem a respeito de crer. Então, o próprio Jesus, por exemplo, quando sai pregando o Evangelho, ele diz em Marcos, capítulo um, verso 15: "O tempo está cumprido, o Reino de Deus está próximo. " E ele diz: "arrependam-se e creiam no evangelho.
" Traduções mais antigas dizem: "Arrependei-vos e crede no evangelho. " Ou seja, tanto arrependimento como a fé são apresentados como um imperativo. O homem é ordenado a se arrepender O homem é ordenado a crer.
Agora a pergunta é: Ele fará tudo isso sozinho? Não, ele tem responsabilidades, mas obviamente existe a parte de Deus provocando, liberando recursos, dando-nos condições. Agora, isso também não significa que, se por um lado o homem não se arrepende sozinho, que Deus fará com que ele se arrependa, agindo sozinho.
Então nós chamamos isso de interação ou trabalho conjunto. Em relação à fé, 2º Coríntios, no capítulo 4, por exemplo, no verso 13, o apóstolo Paulo se refere ao Espírito Santo com um título muito particular, que não pode ser ignorado quando falamos do assunto. Ele diz: "Tendo o mesmo espírito da fé".
O Espírito que habita em nós é chamado de "espírito da fé", porque ele produz obviamente em nós a ação da fé. Mas isso não significa, nem de longe, que a responsabilidade seja só dele e que o homem tenha sido excluído do processo. Em Gálatas, no capítulo cinco e no verso 16, nós também temos um outro imperativo, esse imperativo também comunica uma responsabilidade.
A Bíblia diz: "Digo, porém, o seguinte: vivam no Espírito e vocês jamais satisfarão os desejos da carne. " Essa expressão aqui "vivam no Espírito", vai aparecer como "andai no Espírito" por exemplo, na Almeida Revista e Atualizada, inclusive a palavra traduzida no original "peripateo" ela fala de caminhar, de fazer o caminho. Lá na frente, por exemplo, no verso 25 de Gálatas 5, nós lemos: "Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.
" Então nós temos tanto por um lado, o que podemos chamar de o imperativo sobre o andar, como também temos um outro a respeito de viver no Espírito. Recebemos dele a vida, temos a responsabilidade de caminhar e andar no Espírito. Podemos sair da esfera da vida cristã, do homem voltando-se para Deus, estabelecendo um relacionamento com Deus e observando, inclusive, a responsabilidade de não andar na carne, Romanos 8.
14 diz que o Espírito nos guia, não que ele nos arrasta. Então ele vai apontar o caminho, e nós temos a responsabilidade de ouvir ou não ouvir. Mas além dessa esfera da vida cristã pessoal, nós podemos falar daquilo que chamamos de o mover do Espírito Santo, e, principalmente, dentro da teologia carismática pentecostal, acredito que aqui também precisamos estabelecer fundamentos a respeito dessa interação.
Por exemplo, em Ezequiel, no capítulo 47, nós vemos que o profeta tem uma visão de um rio que emana do santuário de Deus. O Apocalipse vai apresentar algo similar, falando de um rio que emana do trono de Deus. O livro dos Salmos, por exemplo, nos faz uma declaração de que há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus e percebemos que a obra que esse rio faz é atribuída ao próprio Deus.
Ela produz resultados que só Deus pode fazer. Então, na visão de Ezequiel, lá no capítulo 47, a Bíblia diz: "Por onde esse rio passa tudo volta a viver. " Ele fala de vida, inclusive no Mar Morto, coisa que não seria possível quando falamos apenas de águas naturais.
Então nós precisamos entender que ele é uma figura da obra do Espírito. Agora, sabe o que é interessante? O anjo pega o profeta pela mão e diz: Vem comigo!
E eles precisam entrar rio adentro e medir o rio. Isso precisa mudar a nossa mentalidade. Tem muito crente que passa uma vida inteira olhando para o rio, esperando o dia que vai ter uma enchente espiritual, que o rio vai invadir, inundar a vida dele e não é assim que acontece.
Nós é que somos chamados para entrar no rio. Não é o rio que entra na nossa vida. Não estou falando agora da pessoa do Espírito Santo que veio habitar em nós.
Estou falando da obra, da ação, do mover do Espírito Santo. E nós precisamos entender que isso se estende a várias áreas. Por exemplo, no dia de Pentecostes, Atos, capítulo 2, verso 4, nos apresenta com toda clareza o resultado daquele derramar e do enchimento do Espírito Santo.
A Bíblia diz assim: "Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. " Quando você se questiona: Quem é que falava em outras línguas? A Bíblia diz: as pessoas que ficaram cheios do Espírito Santo, elas é que passaram a falar em línguas e elas foram ouvidas falando em línguas.
Isso causou espanto para as pessoas que os ouviam falar na sua própria língua. Então, quem estava falando? As pessoas.
Agora, a Bíblia diz que o que elas falavam, elas falavam conforme ou segundo o Espírito lhes concedia que falassem. Então, de novo aqui nós temos uma interação. O Espírito Santo concedendo o que falar, mas elas, as pessoas falando.
Ou seja, um concede o que falar, o outro fala. Quando falamos a respeito dos dons do Espírito Santo, não é diferente. Em primeira carta de Paulo aos Coríntios, no capítulo 12 e no verso 11, o apóstolo Paulo sinaliza com clareza: "Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas essas coisas".
Que coisas? Ele acabou de dar uma lista nos versículos 8, 9 e 10 de primeira os Coríntios 12 a respeito dos dons do Espírito, e teremos uma aula específica só sobre isso. E depois de falar que o Espírito realiza essas coisas ele diz: "distribuindo-as a cada um, individualmente, conforme ele quer.
" Quem distribui os dons? O Espírito Santo. No entanto, no mesmo capítulo 12, no verso 31, a Bíblia diz: "procurem, com zelo, os melhores dons.
" É ele que distribui? Sim, mas sou eu que tenho que buscar? Sim.
Capítulo 14, verso 1: "Sigam o amor e procurem com zelo os dons espirituais, principalmente o de profetizar. " Então, de novo, nós temos aqui o que podemos classificar de interação. Ele concede os dons, mas é nossa responsabilidade buscar.
Não devemos esperar que Ele o faça sozinho. Se a Bíblia nos orienta na busca, é porque isso é parte do processo para acessar aquilo que o Espírito Santo vai nos comunicar. De novo, o homem é chamado para uma parceria.
Aliás, em primeiro, os Coríntios, no capítulo 13 no verso 9, a Bíblia diz: "em parte conhecemos e, em parte, profetizamos. " O que significa isso? Quando falamos sobre os dons, de novo, nós não podemos achar que ele é uma obra unilateral do Espírito Santo.
Em Primeira Timóteo, no capítulo quatro, no verso 14, o apóstolo Paulo diz: "Não seja negligente para com o dom que você recebeu, o qual lhe foi dado mediante profecia, com imposição de mãos do presbitério. " Quando Paulo diz: "Não seja negligente com o dom", a palavra dom, ela aqui é "carisma", a mesma de primeira aos Coríntios 12. Como ele recebeu?
Ele diz: "você recebeu esse dom mediante profecia, mediante imposição de mãos do presbitério. " Então ele está falando de uma transferência de dons, como diz Romanos capítulo um, verso 11 Paulo diz sobre comunicar algum dom. Em segunda Timóteo, no capítulo um, no verso sete, ele também vai falar de um outro dom carisma que foi dado pela imposição das suas mãos dele, o apóstolo Paulo e aqui ele está dizendo: "Você não pode ser negligente.
" Significa que, embora o dom seja do Espírito Santo, é Ele que inspira, Ele que nos move. Nós podemos ser negligentes e não fazer a nossa parte, porque éháuma parceria entre a inspiração que vem do Espírito Santo e o nível de resposta que o ser humano deveria dar. Na segunda carta de Paulo a Timóteo, no capítulo um, no verso seis, nós vemos Paulo dizendo: "Por essa razão, venho lembrar-lhe que reavive o dom de Deus que está em você pela imposição das minhas mãos.
" No verso seguinte, o sete, que começa com a conjunção explicativa "porque" ou seja, uma palavra de ligação entre o raciocínio que vem sendo desenvolvido e a conclusão a que se chega, Paulo diz: "Porque Deus não nos deu espírito de covardia, outras versões dizem de medo, "mas de poder, de amor e de moderação. " Então Paulo responsabiliza Timóteo a reavivar ou despertar o dom. Mas o dom não é do Espírito Santo?
Sim, mas por que é que Timóteo é que tem que despertar? Porque quem apagou o dom foi Timóteo. Qual motivo pelo qual apagou?
Provavelmente pela ligação que temos no verso sete "Porque Deus não nos deu espírito de medo, ou covardia, Timóteo estava acovardado um pouco assustado, amedrontado sobre a sua parte de interagir com o Espírito Santo. Não obviamente em relação à parte do Espírito Santo, mas sobre a parte que lhe cabe. Ou seja, não podemos falar a respeito dos dons espirituais, do mover do Espírito Santo, não podemos falar sobre nenhuma dessas áreas, excluindo a ideia e o conceito de interação.
E tem muito, mais muito crente por aí que não tem buscado uma relação mais profunda com o Espírito Santo e, no entanto, acaba ainda ficando frustrado porque está esperando que ele faça tudo e, evidentemente, ele não vai fazer tudo. Então precisamos entender, seja no aspecto do relacionamento pessoal com Deus ou do mover do Espírito, a interação é inegociável, é fundamento bíblico e doutrinário inquestionável. Em terceiro e último lugar, eu quero falar de reações limitadoras.
Reações limitadoras à obra do Espírito Santo. "Na aula anterior, você, Luciano Subirá, defendeu que o Espírito Santo é Deus e agora você está dizendo que a obra divina, a ação do Espírito Santo, pode ser limitada pelo homem? " Sim.
Quando entendemos que o Deus soberano decidiu, em sua própria soberania, trazer o homem para um relacionamento de interação, Ele deu sim ao homem o direito de escolher, poder interagir corretamente e experimentar a plenitude do que ele disponibiliza ou não interagir corretamente e, dessa forma, não poder experimentar a plenitude do que Deus faz. Então, dito isso, eu quero mostrar que essas reações limitadoras dizem respeito à obra do Espírito Santo na nossa vida, não necessariamente ao mover de Deus na terra, na vida de outras pessoas, mas na nossa própria vida, podemos restringi-lo. E a primeira afirmação, ela começa fundamentada na pregação de Estêvão em Atos, no capítulo 7 e no verso 51.
"Homens teimosos e incircuncisos de coração e de ouvidos, vocês sempre resistem ao Espírito Santo. Vocês fazem exatamente o mesmo que fizeram os seus pais. " Então vamos lá, "vocês sempre resistem".
Não está falando de uma situação única, pontual, nem caráter de exceção. Está falando de um estilo de vida recorrente, de atitudes repetitivas. "Vocês sempre fazem" e não apenas eles.
Ele diz: "Vocês fazem exatamente o mesmo que fizeram seus pais. " Agora a pergunta é: se o Espírito Santo não puder ser resistido, como alguém o resistiria? Obviamente, nós estamos falando de resistir toda a sua obra, todo o seu trabalho, mas num nível pessoal, indiscutivelmente, sim, ele pode ser resistido.
Outra atitude que é uma reação limitadora da nossa parte, Efésios capítulo 4, verso 30, diz: "E não entristeçam o Espírito Santo de Deus, no qual vocês foram selados para o dia da redenção. " Então já pincelei esse assunto em aula anterior, falando sobre sentimentos que o Espírito Santo tem e abordarei esse assunto na próxima aula, falando sobre um nível de interação, de relacionamento que é a comunhão com o Espírito Santo dentro do assunto do selo. Mas vamos um pouquinho além, Tiago, capítulo 4, versos 4 e 5 diz; ""Gente infiel!
Vocês não sabem que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo se torna inimigo de Deus. Ou vocês pensam que é em vão que a Escritura diz: É com ciúme que por nós anseia o Espírito que Ele fez habitar em nós?
" Então essa expressão: "gente infiel", outras traduções "infiéis", ela também é traduzida em outras versões como "adúlteros", "adúlteros e adúlteras", às vezes no masculino e no feminino, porque a palavra utilizada no original grego é "moichos", e ela fala especificamente gente que adultera. Ou seja, não é um nível qualquer de infidelidade. Ele vai falar sobre a amizade do mundo ser inimizade contra Deus e quem se torna amigo do mundo se torna inimigo de Deus.
Mas, ao mesmo tempo, a Escritura apresenta o relacionamento entre Cristo e a Igreja como sendo do noivo e da noiva, e o papel e a missão do Espírito Santo é fomentar o relacionamento do noivo com a noiva. Mas o mundo de quem a Bíblia estava falando de uma aproximação e amizade aqui é apresentado como sendo uma terceira ponta que compõe um triângulo amoroso. E qualquer aproximação do mundo, aquele que compõe o triângulo amoroso se torna um distanciamento do noivo e gera no Espírito Santo ciúmes.
É isso que a Bíblia está dizendo. A palavra traduzida "ciúmes" fala de um zelo que ele tem, mas é a maneira que precisamos, obviamente, compreender. Ou seja, se a aproximação do mundo que incomoda o Espírito Santo é tratada como inimizade contra Deus, distanciamento dele, obviamente que a nossa atitude de amizade para com o mundo, gerando ciúme no Espírito Santo, o está entristecendo, o está afastando ou, como eu disse lá no início, pode ser parte um processo de apagar a sua obra em nós.
Não podemos, sob hipótese nenhuma, ignorar o volume de textos que vão falando de reações que limitam a obra do Espírito Santo em nós. Aliás, a Bíblia fala que o Espírito Santo pode, inclusive, ser ultrajado. Quando falamos a respeito de ultraje, estamos falando de um profundo nível de ofensa.
Em Hebreus, no capítulo dez, nós lemos a Bíblia falando do verso 29: "Imaginem quanto mais severo deve ser o castigo daquele que pisou o Filho de Deus, profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado e insultou o Espírito da graça! " Outras traduções, como a Almeida Atualizada, por exemplo, elas vão usar a expressão: "ultrajou o Espírito da graça. " Essa palavra aqui traduzida na Almeida Atualizada "ultrajar", ela literalmente tem a ver com insulto.
Quando a gente fala do ultraje, pode ser avaliado meramente a respeito de um comportamento. Mas quando falamos de insultar, ela tem muito mais a ver com uma difamação, com alguém que está xingando, mas, obviamente, a Bíblia está falando de algo que não se faz apenas de forma verbal, mas por meio de uma atitude. Qual é o contexto?
Se nós olharmos os versículos anteriores, o 26 diz: ". . .
se continuarmos a pecar de propósito", outra tradução diz "deliberadamente", ". . .
porque se continuarmos a pecar de propósito, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados. Pelo contrário, resta apenas uma terrível expectativa de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. " Ou seja, aquela pessoa que passa a pecar deliberadamente, intencionalmente, de propósito, é agora tratada como um adversário que será julgado e a Bíblia diz: "já não lhe resta sacrifício.
" Traduzindo isso: Não lhe resta perdão. O verso 28 emenda: "Quem tiver rejeitado a lei de Moisés morre sem misericórdia, pelo depoimento de duas ou três testemunhas. " Ou seja, na lei de Moisés havia juízo e o juízo era sem misericórdia.
Agora, olha que ele diz sobre a graça: "Imaginem quanto mais severo", mais severo na lei de Moisés "deve ser o castigo daquele que pisou o Filho de Deus, profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado e insultou o Espírito da graça! " O verso seguinte, o 30, diz: "Pois conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; e eu retribuirei. E outra vez: o Senhor julgará o seu povo.
" E verso 31 diz: "Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo. " Eu acho curioso que alguns grupos tentam dizer que as pessoas que estão nesse lugar de não poder ter perdão, que trataram o próprio Jesus dessa forma, é porque nunca se converteram. E eu fico pasmo com esse tipo de declaração.
O texto diz que não só pisaram Jesus, Isso poderia ser só a rejeição de quem nunca se converteu, mas a Bíblia diz que a pessoa profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado. Como é que alguém pode ser santificado pelo sangue da aliança e não ser convertido? Como que a atitude dela se transforma num insulto ao Espírito Santo que veio habitar nela e não em mera rejeição?
Além de que o próprio contexto aponta alguém que decidiu pecar de propósito depois do conhecimento da verdade, como nós vimos no verso 16. O cara que nunca se converteu, alguém vai estranhar que ele está pecando de propósito? Ou vai dizer que ele, que nunca se converteu, chegou ao conhecimento da verdade?
Ou nós vamos pegar o verso 30, onde Deus diz que vai julgar o seu povo e dizer que o versículo sobre Deus julgar o seu povo é colocado com quem não é povo e nem é convertido. Ou seja, nós precisamos entender que o Espírito Santo que veio habitar em nós, Ele pode ser afastado, Ele pode ser apagado, Ele pode ser entristecido, Ele pode ficar enciumado, Ele pode ser ultrajado e nós podemos chegar ao nível máximo, que para mim está lá em Isaías, no capítulo 63, no verso 10, que diz: "Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo. Por isso, ele se tornou inimigo deles e ele mesmo lutou contra eles.
" E aqui estamos falando do povo de Deus. As aplicações de inimizade no Novo Testamento são similares às do Velho Testamento. A Bíblia diz: "Os que estão na carne", em vez de estar no Espírito, "não podem agradar a Deus" e diz que isso é inimizade contra Deus, diz que a amizade do mundo é inimizade contra Deus e aí nós vamos dizer: "Não, O Espírito Santo não pode se tornar inimigo num crente.
" Depende a que ponto ele pode chegar. O texto está falando de gente que passou a pecar deliberadamente, intencionalmente. No início, o Espírito Santo tenta convencer e essa pessoa está lá e em vez de alimentar o fogo do relacionamento, está apagando, está entristecendo, está deixando ele enciumado, está ultrajando com suas atitudes.
Estamos falando de uma progressão, de uma resistência contínua, ela pode terminar em inimizade e em distanciamento completo. Ninguém se engane. Ou seja, se há ações que favorecem a obra do Espírito Santo que na ajuda, é o trabalho conjunto e a interação e se há outras que limitam, nós precisamos entender que a declaração: "não apaguem o Espírito" fala de nossa responsabilidade e que, sim, ele não fará tudo sozinho e que nós podemos limitá-lo.
Embora isso não seja o plano de Deus, e nenhum de nós precisa errar nessa área. Na próxima lição nós vamos falar um pouco melhor sobre o aspecto positivo da interação, que é o relacionamento com Ele e a devida resposta. E que Deus nos ajude a não apenas compreender, mas corresponder de uma maneira prática andando nessas verdades.
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