gente como vocês estão aí tudo bem vamos lá esse é um vídeo para mim muito desafiador muito difícil de fazer eh arriscado assim em certo sentido e acho que talvez ele seja desafiador para vocês também aí mas a ideia dele é no fundo simples que é tentar ajudar vocês fornecendo uma ferramenta de interpretação dos afetos e sentimentos para que compreendendo isso você possa seguir ah eh num processo de eh melhor chance de satisfação dos seus desvios e das suas necessidades emocionais né no vídeo passado eu falei sobre esses cinco passos para uma vida mais satisfatória
e e o e lá dentro um desses Passos Talvez o mais fundamental seja aprender a interpretar os afetos e e nesse vídeo aqui a gente vai fazer essa espécie de guia para fazer isso vou botar o índice aqui eu vou citar muitas coisas nesse vídeo e vários vídeos que a gente já fez que eu já fiz aqui no canal pesquisas outras fontes e tal que vão estar na descrição como sempre se você se perder o o índice tá aqui embaixo quer dizer tá aqui mas no player tem também os capítulos né então você pode voltar
e buscar na descrição o que você não tiver o que você quiser pesquisar mais e compreender melhor ou você pode me escrever também no comentário falando Ah não entendi bem isso pode seguir com aquilo e eu tento responder na medida do possível tá bom Então tá vamos lá pega aí um café uma coisa eu acho que esse vídeo vai ser longo não sei ainda mas eu Suponho que ele vai ser longo e eu vou explicar como é que a gente chegou onde a gente chegou nesse lugar que a gente vai e elaborar hoje nessa hipótese
E aí depois a gente vai para essas interpretações específicas do Porque que a gente se sente assim ou como eu me sinto quando que é a base do nosso da nossa pesquisa aqui da autoescrita se você quiser entender a autoescrita Vai Embaixo O que que a gente a gente faz aqui e ah o porquê e assim quer dizer o porquê passa por porque que eu tô me sentindo assim passa pela ideia de um desvio eh de uma necessidade emocional que também eu vou explicar um pouquinho melhor mas não vou me aprofundar nessa ideia mas vamos
lá eu vou voltar atrás vou voltar no tempo assim um pouquinho pra gente para dizer como é que eu cheguei aqui quando eu comecei a autoescrita lá em 2019 elaborar isso a gente não tinha ainda essa hipótese com a qual a gente trabalha hoje que é a hipótese de que os nossos afetos as nossas emoções vamos dizer assim não vou diferenciar hoje tem diferença mas não vou diferenciar hoje eh de que as nossas emoções e afetos eles eh a gente não tinha a hipótese de que eles estavam ligados aos sistemas afetivos da neuropsicanálise e da
neurociência afetiva isso isso entrou na autoescrita depois e foi para mim uma mudança assim radical de paradigma isso não é a verdade não existe isso tá isso é só uma uma hipótese interpretativa que eu julgo bastante razoável eh ou bastante satisfatória vamos dizer assim que me ajuda a trabalhar me ajuda a ajudar as pessoas me ajuda a compreender melhor as coisas né funciona para mim funciona como modelo de interpretação mas nada disso que eu vou falar é a verdade tá isso se alguém tiver te dizendo isso desconfio Mas então então a a autoescrita surgiu como
esse processo básico de pesquisa de si mesmo e que era assim como eu me sinto quando Por que eu me sinto assim se a gente compreendesse isso a gente teria melhores chances de de melhorar a nossa maneira o nosso sentir no mundo né o nosso estar no mundo em última análise beleza aí a eh num dado momento 2020 a a neurociência afetiva do PEP tá embaixo e do PMs também tá embaixo a a a neuropsicanálise do PMs Entraram na história eu fiz uma formação em neuropsicanálise o que mudou o caminho e continuo estudando neuropsicanálise participando
lá de grupos de pesquisa e tal eh mudou o caminho da da autoescrita né é e com essa nessa interpretação tem essa tem essa nessa mudança tem essa hipótese básica de que os nossos afetos essa nossa afetação não afeta o sentido de gosto tenho muito afeto por Fulano mas os nossos afetos são causados por desvios homeostáticos né desvios de zonas de Equilíbrio tudo isso também tá embaixo desvio desvios de zonas de Equilíbrio das nossas necessidades emocionais que são dentro dessa leitura S sete necessidades emocionais que são eh eh classificadas vamos dizer assim organizadas pelo Y
pun porque é o cara que criou a neurociência afetiva né então ele cunhou esse termo criou e que ele tenha criado a neurociência que pesquisa as emoções não isso já existia mas ele aprofundou muito esse campo e cunhou esse termo neurociência afetiva em 1998 Se não me engano no livro dele acho que de 98 chamado Justamente affective neuroscience que é neurociência afetiva beleza né então a gente passou então aqui na alto escrita a compreender que que esse que que a gente sente é causado por esses desvios né E aí E aí é engraçado né porque
aí em 2021 eu gravei esse vídeo que se chama o o os afetos sete afetos fundamentais tá embaixo é o vídeo de referência primeiro vídeo de referência aqui desse canal tá embaixo para você olhar 2021 Se não me engano no começo de 2021 ou seja tem 3 anos né a gente tá agora no começo de 2024 Então beleza eu gravei esse vídeo e nesse momento essa interpretação era muito importante para mim mas eu não tinha ainda modificado uma feito uma mudança de perspectiva que é fundamental no que a gente vai falar hoje que é a
seguinte no nesse momento lá em 2021 e ainda em 2022 eu considerava que eh os Sofrimentos que é uma hipótese do Marx sommes que os Sofrimentos que a gente tem né as dores que a gente tem são causados por desvios em uma necessidade Então o que o somos fala e com uma ideia com a qual concordava a ainda nesse período era de que quando alguém te procura na clínica É porque tem alguma necessidade em desvio tem alguma coisa que tá doendo e você tem que compreender por e tentar ajudar que que necessidade é essa que
base desvio é essa que causa essa experiência afetiva ou negativa a compreender isso para tentar eh ajudar essa pessoa a achar melhores maneiras de satisfazer isso né e dentro dessas sete dessas sete necessidades básicas do PEP Então todo o processo de formação Clínica com solms eh passava e que do qual eu fiz parte passava por esse por essa premissa né então o que que é o que tá em desvio vamos identificar para tentar ver se é se é por que tá em desvio o que que há de de processos inconscientes aí que estão levando a
esse desvio inconscientes no sentido de repetições automatizadas não inconscientes no sentido enfim inconsciente para neuropsicanálise é isso é uma é uma repetição que foi automatizada e que você não consegue mais perceber ela perdeu o campo de representação ela só é um funcionamento uma memória implícita no sentido de que ela repete como como uma ação como um funcionamento sem sem elaboração sobre ela então a gente teria que conseguir compreender o que que é isso que tá levando a essa a essa repetição de uma não satisfação de uma das das necessidades mas a hipótese o o trabalho
Inicial é assim qual é a necessidade que tá em desvio então em 2021 a autoescrita passou a se organizar muito dentro dessa hipótese Qual é a necessidade no desvio E aí a gente e eh eu já tava fazendo aut escrita já desde de 2020 e desde 2019 na verdade a gente antes da antes da pandemia desde 2019 2020 ela mudou o formato em função da pandemia mas aí em 2020 21 21 especialmente essa hipótese entrou com muita força na aescrita e eu passei a trabalhar eh com isso né Eh e ao de 2021 para cá
muita coisa aconteceu eu acho que devem ter passado pela autoescrita em torno de 15.000 pessoas eu não tenho certeza não eu não tenho eu não não calculo isso exatamente mas algo perto disso talvez mais 15 20.000 pessoas não sei e eu com certeza estudei mais de de 2000 textos vamos dizer assim eh eh eu estudei li pesquisei eh do material das pessoas Então isso que eu vou falar agora é a minha hipótese A partir dessa leitura né que se que já não é mais igual a hipótese que tá lá na neuropsicanálise de que há simplesmente
uma necessidade em desvio essa minha hipótese é claro que ela é enviesada a partir de uma perspectiva de um viés da confirmação que tenho eu mesmo que eu tenho mesmo que que eu que é o que eu vou explicar hoje mas eh considerando isso eu não acho que ela seja absolutamente falha assim né Eu eu acho que ela é razoável e bom tudo bem a minha hipótese né E aí vocês podem ver o que que vocês acham aí mas então ao longo desse ano eu fui percebendo que no final das contas a gente tinha várias
vezes alguns afetos em desvio algumas necessidades emocionais em desvio não uma só que é um pouco a hipótese do soms não uma só várias eh situações complexas de muitos desvios concomitantes ou subsequentes né então das necessidades necessidade de brigar necessidade de fugir necessidade de dominância estabelecer dominância né e necessidade de ser amado eh que na na origem lá do PP é o Panic Panic grief né Eh já falei muito sobre isso tem todos os vídeos sobre Depressão e pânico tão embaixo que então são essa conexão que que a neurociência afetiva faz dessa dessa hipótese de
Interpretação da depressão ligada a esse sistema eh afetivo e essa necessidade emocional como diz o o o pmos Mas então eu comecei a compreender ou ou a perceber que nos textos que eu recebia eh a gente tinha uma enorme maioria de Sofrimento assim vamos dizer ligada ao desvio dessa necessidade específica que é a necessidade de ser amado e a formação do campo de vínculo né E aí solidão depressão que são os termos mais l e ansiedade depois mais lat sensos ligados a isso aí né é assim o que que tem a ver com essa ruptura
e essa eu comecei a entender aí 2021 22 23 e agora chegamos chegando aqui em 2023 já era a hipótese mais mais clara é de entender que na verdade essas outras respostas da necessidade de brigar da necessidade de fugir da necessidade de dominância elas eh eh seriam eh como que desencadeamentos ou encadeamentos ou ou desenrolar es de um desvio basal de uma insatisfação fundamental da necessidade de ser amado eh e isso então eu passei a trabalhar com essa hipótese de que o problema de base sempre é uma ruptura ou uma instabilidade ou uma insegurança no
campo de vínculo né o vínculo é essa junção tá embaixo o vínculo é essa junção entre a necessidade de ser amado e a necessidade de cuidar do outro lado que forma o vínculo Então o que a gente estaria vivendo hoje em dia pelo menos isso não é uma hipótese vou falar sobre isso já já mas sobre o humano em si Mas é uma hipótese sobre a nossa vida atual dentro do modelo social no qual a gente vive mas o que a gente estaria vivendo estaria fundamentalmente ligado a esse desvio eu não sou a primeira pessoa
a falar isso nesses termos Talvez sim nesses termos exatos Talvez sim mas alguns teóricos estão elaborando e elaboraram essa ideia de que o problema é que a gente tá sem vínculo sem campos de de conexão vínculo segurança estabilidade acolhimento então isso não é novidade nessa terminologia Talvez seja assim uma coisa específica mas não isso não é novidade não sou o único a dizer isso né então é minha hipótese mas não é só minha bom mas aí então para compreender isso e que é onde a gente tá hoje que é o que vai embasar ou vai
iniciar essa hipótese de interpretação que que eu vou fazer daqui a pouquinho sobre ess sobre os nossos a interpretação do a interpretação dos nossos afetos nossos sentimentos emoções para compreender isso a gente tem que compreender um pouquinho da estrutura humana do nosso funcionamento de base e do nosso Funcionamento social atual eh vou vou passar por isso rápido não vou me aprofundar muito nessa ideia porque é uma ideia complexa e ela é ela essa essa noção que eu vou eh desenrolar agora ela ela um pouco foi a base do do paradigma teórico dos encontros presenciais que
a gente fez ao longo do ano passado então ises também tem essa esse outro essa outra camada a gente continuou fazendo autoescrita continua fazendo mas durante o ano durante o ano de 2023 Eu Fiz alguns encontros presenciais para interpretar os os as experiências afetivas de quem estivesse nesses encontros e eh isso que eu vou falar hoje tem tá muito ligado a essa experiência desses seis encontros presenciais que a gente fez além da aut escrita e desse desse desse Manancial assim de pesquisa gigantesco que é aut escrita Mas então o humano tem essa coisa específica assim
né ah a gente tem o sistema da homeostase que é uma regulação e geral né assim a gente tem que ficar dentro de uma zona de Equilíbrio e no caso de organismos complexos são várias zonas de Equilíbrio né Não não é uma só então a gente tem várias zonas que a gente tem que manter e para qualquer organismo complexo a gente tem assim uma uma noção de priorização e conflito né então eu preciso daquilo mas aquilo aumenta o desvio dessa outra necessidade Então eu tenho que fazer uma escolha vamos dizer assim lato senso a ideia
de escolha né então Eh eu tô precisando me aquecer Mas se eu for para lá eu me aproximo de um Predador né se eu for pro sol Então como é que eu faço eu preciso respirar mas se eu tirar a cabeça para fora d'água eu corro o risco então e sistemas complexos passam por essa por esse por esse problema das dos conflitos entre necessidades e entre regulações homeostáticas e o humano nós humanos os mamíferos todos né mas nós nós bastante assim né então a gente começa a compreender que a neurociência afetiva trabalha com a são
de mamíferos todos que eh né que todos eles eh todos todas essas esses eh eh eh bichos aí os mamíferos nós a gente enfrenta uma série de conflitos eh tentando eh satisfazer todos esses desvios homeostáticos e que é um trabalhão danado que é viver né viver é ficar fazendo isso para que no em última análise a gente atrase um processo que é inevitável que é o a morte né então se manter dentro das zonas homeostáticas das zonas de previsão homeostática de diminui a chance da gente morrer né Então tudo isso tem como última e função
vamos dizer assim atrasar a morte né óbvio né então por que que isso existe porque isso atrasa a morte se atrasa a morte é uma vantagem evolutiva E por aí vai Então tá mas aí com os mamíferos a gente ganha outras camadas disso né dos das necessidades emocionais que são necessidades de relação com o outro n por isso emocionais que tem por objetos de satisfação outros sujeitos e o humano especialmente tem uma condição particular e muito importante e aí tem a ver com a condição humana Na minha opinião mesmo que é o nosso grau de
dependência eh longa né Por longo tempo de outros de outros de outras pessoas especialmente ali da mãe no início mãe pai e tal mas isso dentro da nossa célula burguesa atual é muito forte isso mas a gente precisa na na base do da ideia do humano a gente por alguns anos eh a gente não é capaz de sobreviver sozinho Então a gente vai precisar dessas outras pessoas e aí em função disso a gente vai ter uma tendência na minha opinião ah natural a priorizar os campos de vínculo em detrimento das outras necessidades então a gente
tende a por por vantagem evolutiva a conter a necessidade de brigar para para sustentar o vínculo por exemplo né e e e isso causa coisas isso tá lá no Freud já de outra maneira mas isso tá lá eh essa ideia de que a gente vai ter que reprimir uma série de coisas para ficar onde a gente tá para para para est de acordo com esse campo cultural mas is é uma questão de sobrevivência né porque a gente depende desse campo e fazendo isso a gente vai ter uma série de Sofrimentos né e a ideia da
neurose tem a ver com isso pro Freud tá eh mas aí até aí normal tudo bem né é um pouco assim mesmo que que a coisa funciona isso causa uma série de dinâmicas inclusive tá a gente pode pensar que a cultura é um desdobramento dessa dinâmica porque já que a gente não pode atuar simplesmente as nossas necessidades a gente tem que atrasar negociar com a realidade a gente passa a pensar imaginar fantasiar ao invés de fazer né a gente fantasia ao invés de fazer e isso causa ao mesmo tempo sofrimento mas causa criação né de
conteúdo e de e de ferramentas e de cultura de arte de pensamento de fala cognição a complexidade cognitiva que o humano tem que a gente a gente pode pensar que tá ligado a essa dependência muito longa desse Campo de vínculo e a necessidade de conter os impulsos de satisfação das ot das outras necessidades eh e e para favorecendo ou assim priorizando a necessidade de vínculo Então isso é a complexidade humana eu acho eu acho que a gente pode pensar aqui em todas as culturas né Eh ao longo da história em todos os momentos culturais e
a gente pode ver como é que isso foi elaborado ao longo da história de maneiras diversas eem várias culturas de maneiras muito diversas também beleza mas isso aí então e não tem a ver necessariamente ou especificamente com o sofrimento que a gente enfrenta hoje né E aí a minha ideia eh e não só minha de novo mas é de que o a modalidade de Sofrimento que a gente enfrenta que a gente experimenta hoje tá ligado ao nosso modelo social considerando essa essa base específica humana dentro de um modelo social que então a dependência do vínculo
um modelo social que dificulta eh largamente a nossa estabilidade nos campos de vínculo isso tem muito a ver com o vídeo do transtorno do desamparo generalizado e que seguiu dali né Eh Enfim então por que que é isso né então a gente tem cada vez menos eh Campos estáveis de acolhimento e vínculo cada vez mais uma mobilidade social você pode morar em qualquer lugar do mundo vamos dizer assim isso já há um tempo a presença das telas da tecnologia que que orienta a gente para longe do vínculo e substitui substitui muito entre aspas a a
a a a satisfação que a gente encontra no vínculo a necessidade do trabalho o espaço em função da da produção de lucro o espaço que o trabalho ocupa na nossa vida né as horas que ocupa a necessidade da mãe sair para trabalhar a família eh celular nuclear burguesa E então a dependência de duas figuras vamos dizer assim como que isso é pouco né e necessariamente como essas figuras vão ter que sair então a gente causa um desequilíbrio mais intenso Ness nesse campo de vínculo né então A ideia é que todos nós de alguma forma estamos
passando necessariamente dentro do nosso modelo social por um por uma por um desvio por uma um desvio homeostático da nossa necessidade de de de ser amado né do nosso do sistema que seria pro pro pcep do Pic né todos nós de uma maneira ou de outra n a gente tem uma por ser humano uma dependência muito grande desse desse desse campo e por ser a capitalista no século XX XX um desvio muito grande disso que era muito importante e aí e essa essa é Nossa hipótese básica E aí isso causa respostas diversas E aí a
minha ideia é que o nosso sofrimento se encaixa em uma dessas respostas para isso que é uma condição atual do nosso eh Campo humano né Eh Beleza se a gente tiver chegado até aqui tá tudo muito bem agora a gente começa a fazer essas interpretações mas a hipótese básica é essa Você pode achar o que que você acha não sei o que que você o que que bate para você faz sentido eu espero que sim ela não ela não elas eu não tô dizendo com isso que é tudo social ou nem que é tudo biológico
não não importa muito isso né Eu acho que isso tudo está se retroalimentando o tempo inteiro essa distinção em si para mim é uma distinção meio meio besta mas eh então com isso e eu não acho também que toda a condição de Sofrimento psíquico toda necessariamente seja causada por isso não eu acho que tem eh Campos de processamento de dados de inputs sensoriais outras coisas que são eh outros tipos de condição vamos dizer assim que a gente poderia pensar mas o o campo da neurose normal muito entre aspas do nosso do nosso sofrimento que é
o é o grosso do que eu recebo na auto escrita assim vamos dizer assim 90% 95% às vezes muito intenso às vezes menos intenso tá ligado a essa a essa condição dessa instabilidade do do vínculo que pode se montar de maneiras muito diversas E aí a gente vai então pensar nas nas respostas são sete respostas em função dos sete eh modelos afetivos dentro de cada um desses desses dessas respostas tem possibilidades de respostas diversas mas em função dos do de como que a gente vai articular as respostas a a a tentativa de solução a tentativa
alostática n alostática uma tentativa de satisfação da do desvio homeostático eh desse problema né dessa condição e E essas respostas essas tentativas de respostas que são automatizadas na infância elas são de modo geral muito pouco eficazes não satisfatórias e por isso causam um sofrimento em modelo de repetição eh porque a gente é na infância que a gente experimenta essa essa ruptura e a a gente dá eh faz interpretações sobre essa ruptura muito ruins e acha soluções para essa ruptura desse sistema de vínculo muito muito estúpidas porque somos crianças né então a gente não consegue compreender
a condição social a condição humana a gente pensa Minha mãe não gosta de mim por alguma razão que diaba isso o que que eu fiz de errado e aí a gente começa a achar soluções muito ruins bom E assim a gente segue com a vida repetindo ou construindo camadas em cima desse de uma espécie de de resposta básica que a gente deu essa hipótese da alut escrito que a gente formula resposta básica e ela vai ganhar coloridos diferentes ou ou ou camadas diferentes ou ou ou interações com o meio um pouco distintas mas que tem
uma uma resposta Central que um pouco segue eh tá então a primeira primeira resposta que a gente poderia pensar é mais mais fácil de pensar eu acho é mais simples eh tá ligada ao próprio sistema do Panic do do pun E aí e é a resposta depressiva né nesse sentido é uma coisa que a gente identifica várias vezes em muitos textos é é uma redução da esperança e da da da ideia de que da da da concepção de que você vai conseguir qualquer coisa no fundo mas de que você vai conseguir ser amado de que
a vida vai acontecer para você se você tem eh ali de base um uma uma uma produção no seu ambiente de uma experiência de que é não dá certo você não vai conseguir ser amado você não vai conseguir ser amado e existem chances de que você vai constituir essa resposta como eu eu não mereço mesmo ser amado não vou conseguir ser amado nada vai funcionar e a experiência emocional Quando eu digo emocional quero dizer os os o que se move no corpo disso é uma experiência de desligamento né que pode ter duas fases como o
pun relata lá no no no sistema do Panic griff né as duas fases a fase do Pânico da dor da angústia intensa a dor no peito a impressão de morte e a fase de desligamento falta de vontade de levantar de falar de existir eh chorar eh redução de energia desligamento do sistema dopaminérgico que que que ocorre nessa segunda fase né então da motivação da vontade de da curiosidade da Esperança da fantasia da capacidade de sonhar tudo isso tem é uma grande redução Então o que como como ferramenta de interpretação né lembra que isso é uma
obviamente uma simplificação tá mas se você tem aí a experiência de uma redução primeiro dor que é o pic que é essa essa é a fase aguda da história e depois uma redução uma falta de vontade de levantar uma falta de vontade de falar uma falta de vontade de trabalhar uma falta de de vontade de esperança de se relacionar né um sono que se estende por aí vai né Eh uma uma uma falta de vontade de existir mesmo a vontade de morrer muitas vezes né porque não não vê sentido nisso nada disso porque não há
esperança Então essa é a primeira hipótese mais simples que é a ruptura desse vínculo Inicial por conta da nossa condição humana atual causa uma uma experiência de desesperança profunda né que eu acho que ocupa muita gente ou pelo menos espaços da nossa vida várias vezes né E E essas respostas que eu tô dando aqui essa primeira pela própria depressão pelo próprio desligamento da Necessidade ser pela próprio experiência de desvio da necessidade de ser chado e o desligamento da busca nesse sentido ela não é pura né então a gente pode ter fases e vai e volta
e tal mas muita gente experimenta uma espécie de pano de fundo dessa desesperança né de que não vai eh acontecer então essa seria a nossa primeira resposta e esses nossos primeiros índices de interpretação redução desligamento primeiro dor no peito mas e falta de tonos falta de vontade falta de tudo isso que a gente relata como depressão na psiquiatria é pra gente aqui tá estaria PR a gente aqui estaria ligado a esse a essa resposta não que a psiquiatria esteja errada mas é que a psiquiatria de mod geral tratando dos sintomas né e do desvio bioquímico
que de fato existe né que é um desligamento da dopamina que não é serotonina Mas enfim não vou entrar nesse mérito hoje mas eh que tá ligado à ruptura do vínculo e a essa dor Inicial essa dor de base que é causada por um um um sistema opioide que se chama é um capa bió que causa essa dor e a resolução para isso é uma reaproximação com vínculo muito difícil de fazer várias vezes função de muitas coisas que é um outro opioide que é um mu opioide uma endorfina Então o que resolve isso é é
o vínculo em última análise o que resolve tudo que eu vou falar é o vínculo Mas essa é a resposta mais simples e aí depois além para adiante a gente vai pensar em respostas que articulam outros sistemas as outras necessidades a segunda talvez muito fácil muito frequente é ah pela necessidade de fugir né a ansiedade ansiedade no sentido da necessidade de fugir porque ansiedade a gente pode a gente pode chamar de ansiedade o que é o pânico na verdade mas ansiedade aqui como a ameaça né a a a a a ameaça de alguma coisa E
aí a ansiedade a gente pode pensar pelo menos dentro dessa ideia de ansiedade dois tipos de resposta de ansiedade diferentes eh uma é esse desamparo causa uma ansiedade em relação a a tudo e aí talvez o o o o Tag estaria ligado a isso um pouco que é assim já que estou em desamparo eu tenho medo de tudo né eh e aí não consigo dormir aí insônia muito ligada a isso medo de que tudo tudo pode dar errado né as ameaças estão em todos os lugares porque em última análise a gente foi jogado no mundo
de maneira eh precoce e E descuidada então é como se a gente colocasse uma uma criancinha e mandar dá se ela atravessar a rua e comprar pão e tal e ela não tem condição de fazer isso né o que pra gente pode ser muito natural atravessar a rua comprar pão para essa criança é muito ameaçador e e o que vem depois também que é a formação do do da inadequação ideal do Eu que daqui a pouquinho a gente vai falar no final com mais mais especificidade e como esse amor tá ameaçado tá desestruturado né ela
não tem a segurança do vínculo ela acha que se ela não conseguir ela vai ser expulsa vai ser eh alijada retirada Não Amada então isso soma uma outra ansiedade a coisa que é que eu vou falar daqui a pouquinho é a segunda parte mas a primeira parte dessa ansiedade aqui é essa essa impressão de que tudo é ameaçador e a segunda parte é o medo de não ser amado né que pode se montar de muitas formas mas então já que a gente tem essa ruptura e do do vínculo em função da nossa condição atual A
gente passa a considerar que a gente fez algo ou que a gente pode vir a ter feito algo ou que a gente pode vir a fazer algo que vai ameaçar esse vínculo né é a tal da inadequação tem algo de errado comigo que o que causou essa ruptura não é não é isso não é não é esse o caso mas a resposta que a gente constitui é essa essa resposta talvez neurótica é mais básica E aí o medo é de que essa inadequação seja seja se manifeste né de que ela aconteça ou de que você
faça algo de errado ou de que você seja percebido ou descoberto e aí tem um mon monte de coisas que vão surgir daí tipo síndrome do impostor né Essas coisas que a gente fala assim mas que são na verdade formações disso é eh desse dessa ansiedade o o o medo de da ruptura do vínculo E aí então o medo do encontro o não ir não ir à procrastinação medo de falhar tudo isso que tá ligado a isso O se recolher Então você acaba se recolhendo por medo do encontro com o outro a ansiedade social todas
essas coisas estão ligadas lias a esse campo aqui são muitas formas de montar esse campo Mas elas estão ligadas a esse campo aqui e você tem medo de perder o vínculo né então na primeira parte dessa da necessidade de fugir a gente fala do medo generalizado de tudo né uma ansiedade mesmo como uma criança desamparada e na segunda parte o medo de que você possa fazer alguma coisa que vai causar essa ruptura E isso também vai fazer a gente pensar em Sistemas obsessivos assim que a gente vai tentando fazer tudo certo tal e tal e
falha de repente fala falhei errei e tal Então tudo isso tá ligado à necessidade de fugir como uma espécie de tentativa de solução para essa condição básica uma uma tentativa insatisfatória Nesse sentido ineficaz porque o problema básico é outro então No final a gente vai sempre dizer aqui que o problema básico é o vínculo entendeu só que a gente tá dando essas respostas e que no fundo a gente tem que interpretar essas respostas eh para conseguir tentar achar o vínculo e a experiência emocional sinais emocionais disso aqui é de aceleração contração taque Cardia frio eh
suor frio muitas muitas muitos índices eh de de estômago e barriga intestino né diarreia essas coisas todas estão muito ligadas a isso que são os esse sistema eh do fear do PC porque a necessidade de fugir tá muito ligado ao intestino a diarreia tá muito ligada a isso por exemplo né o desarranjo intestinal e tal mas também a a a como a prisão de ventre porque você o medo Trava a coisa contrai mas entãoo tem ao mesmo tempo isso tudo a insônia eh tá ligada a esse a esse campo aqui essa insônia que acorda sobressaltada
tantas vezes né tudo isso veja o desamparo como base mas eh encontrando essas respostas emocionais eh tão ineficazes então se você tem eh então Eh antes no primeiro modelo a gente falou da do desligamento aqui a gente tem uma aceleração então aqui o sistema simpático nesse sentido né aceleração para fuga né é uma preparação para fuga uma fuga de algo que muitas vezes não existe né que é da sua própria falha Você quer fugir da sua própria falha mas é impossível fugir da sua própria falha não há como fugir de si mesmo nesse sentido né
há como compreender que essa falha no fundo é uma construção de explicação para uma condição que tá dada que não foi causada por você que é esse desamparo de base Então você não tem como fugir disso que não existe entendeu que é inadequação mas enfim essa essa talvez seja esse talvez seja o modelo mais frequente né E essa montagem da da inadequação e essa ansiedade que surge daí eu acho que é o que eu mais encontro na auto escrita o que eu mais encontrei nesses encontros presenciais também e o que resta pra gente nesse caso
é tentar eh compreender muito bem esse tipo de resposta compreender na adequação que surgiu como hipótese para explicação dessa ruptura de vínculo e buscar Campos de revisão dessa inadequação ou seja lugares nos quais você possa falhar e e e a falha não seja um sinal de ruptura como eu falei no no vídeo sobre o Natal tá embaixo também bom Então essa é esse é um segundo modelo então primeiro pela pelo desligamento em si que tá ligado à necessidade de ser amado o segundo pela necessidade de fugir que causa essa experiência de ansiedade O terceiro também
muito comum muito frequente eh tá ligado à necessidade de brigar a raiva que também é é de de acender a coisa mas ao contrário do frio e do do suor frio que tá ligado ao ao medo a necessidade de fugir a gente tem o calor da raiva assim né tô tô simplificando as coisas Claro porque até porque no nosso campo de interpretação eh interoceptiva dos nossos sinais a gente muitas vezes mistura as coisas por aprendizados que a gente constitui ao longo da vida então nem sempre é fácil de perceber essa distinção mas eu tô tentando
ajudar para ver se se para ver se ajuda tô tentando simplificar para ver se ajuda e mas a raiva então tá ligada a a a formações que são assim eh eu tenho a ruptura de vínculo e eu tenho raiva em si da ruptura de vínculo eu não acho que ela seja justa Eu acho que eu deveria ser amado Então eu tenho muita raiva do mundo que não me ama né essa posição narcísica assim muito muito tradicional não vou entrar no narcisismo hoje Se quiser ver o luto narcísico para elaborar melhor isso mas essa posição assim
o mundo deveria o mundo me deve isso eu tenho muita rába que eu não seja reconhecido como a pessoa especial que eu no fundo sou e ou enfim ou me me me fantasio sendo né então muita raiva disso então essa é a raiva mais basal assim essa raiva de que eu não esteja recebendo o amor de que eu não esteja sendo cuidado ol da maneira devida pelo menos dentro da minha perspectiva essa é uma raiva muito básica a outra raiva muito básica é assim como eu tô muito ameaçado pela ruptura de vínculo e eu Suponho
que eu mesmo seja o causador disso eu me submeto terrivelmente eu faço de tudo para tentar evitar o conflito eu faço de tudo para tentar evitar a a ruptura eu faço de tudo para ser amado e eu não consigo porque ser amado Não depende disso que você tá fazendo exatamente ser amado Depende de uma de uma montagem de relação com o outro ou seja depende do campo é subjetivo desse outro sujeito então você não consegue resolver isso então você pode ser a boazinha legal tá sempre acordata submetida eh disposta e tal e ainda assim isso
não resulta em amor porque a gente tem uma condição de desamor de base né então já que isso não resulta em amor você fica muito puto da vida porque você tá fazendo de tudo você é melhor e você não tá sendo reconhecido né você não tá sendo amado como deveria então a raiva como uma formação reativa subsequente nesse caso entendeu então eu faço tudo aqui mas continuo me [ __ ] continuo me abandonando continua me desrespeitando E aí a gente tem a raiva então a raiva como resposta geral e a raiva como resposta eh secundária
vamos dizer assim a a essa a essa a essa condição de não retorno do seu investimento assim no outro né que também é uma coisa muito tradicional eu dou pro outro tudo que eu não tenho e espero que eu não vou receber né E aí eu fico puto por não estar recebendo então tá bom então essa aí é uma uma Essas são as saídas pela necessidade de brigar Então a gente já falou necessidade de ser amado necessidade de fugir necessidade de brigar e aí aqui a gente pode falar uma também bastante frequente bastante simples que
é a necessidade de gozar que é o nosso sexo né Eh como como eu chamo no outro escrito necessidade de gozar e aí aí a gente tem uma distinção muito forte na da da psicanálise raiz para agora para PR neuropsicanálise depois da neurociência afetiva que o sexo ocupa um espaço mais circunscrito a libido não tá mais ligada a essa energia desse jeito né o sexo é uma parte dessa história só e o que a gente percebe no sexo assim uma resposta muito muito padrão é que existe a necessidade de gozar existe a vontade de transar
por aí mas que a gente tenta compensar esse desvio eh através dessa necessidade né E aí ela vai se relacionar com outras coisas né com necessidade de fugir com necessidade de dominância que a gente vai falar já já mas então também dois exemplos fáceis de entender eu vou em busca de gozar gozar gozar no mundo para tentar de alguma forma estabelecer uma garantia de que eu sou amável de que eu sou alguém que pode ser amado né de que de que eu sou Bom o bastante para ser amado isso tá muito ligado à dominância tá
a gente já vai chegar lá que é a resposta do ideal do Eu o ideal do Eu como resposta a inadequação Mas calma a gente chega lá mas então o sexo como compensação compulsiva disso que tá desse desvio que tá ligado à necessidade de ser amado sim tinder grinder bumble tudo isso que tá ligado aí essa vontade de de transar que parece um pouco mais simples do que ser amado em geral né um pouco é um pouco mais simples transado que conseguir ser amado e a frustração toda que vem daí então essa confusão que vem
daí e num outro caso uma resposta que estaria ligada à histeria lat senso na psicanálise assim é assim eh eu não me sinto Amado mas eu consigo me constituindo como objeto de desejo sexual do outro eh eu consegui me sentir Central né então eu passo a seduzir sexualmente como ferramenta para é ganhar o olhar do outro que é isso que eu perdi lá no desamparo só que esse olhar eh não é de amor no sentido de cuidado é olhar de tesão né E aí eu me frustro com isso esse desenho também é muito frequente então
eu consigo ser me sentir assim potente porque sou desejável sexualmente consegui eh me colocar Ness nesse lugar mas o no fundo eu eu queria e que o outro me me amasse né E não me ele não me ama ele só me tem tesão por mim E aí essas duas conexões podem est essas duas condiões podem est ligadas né mas essa é uma é uma montagem bem específica assim né Eu me faço objeto do Desejo do outro aqui eu eu eu eu transo aqui Eu me faço Objeto de Desejo do outro para que eu tenha a
impressão de que eu sou amado mas você não é amado no sentido não tá o outro não tá aqui você não Tá formando o vínculo você tá formando o tesão do outro né E aí depois de satisfeito o tesão o outro não precisa mais de você eh essa que é a dureza Então você você provocou se expôs como objeto de desejo at da necessidade de gozar do outro esperando que o outro te amasse e o outro não vai te amar ele vai te desejar sexualmente então naturalmente quando esse desvio que foi causado lá no outro
da da homeostático da necessidade de gozar tá satisfeito ele não precisa mais de você e aí ele pode ir embora e aí você fala mas por que que ele foi embora bom porque você tá você tava fazendo uma economia do gozar esperando um retorno do amar né e não ocorre assim pelo menos não necessariamente mas são necessidades distintas que a gente confunde nessa formação essa é uma resposta também bastante básica aí as duas duas montagens básicas do gozar na tentativa de solucionar esse desvio eh e as duas estão ligadas à dominância que a gente vai
chegar lá dominância é uma espécie de Pan eh meta solução para muitas coisas eh mas enfim a gente cheg chega vou falar dela por último bom aí aqui então o gozar a próxima e e eu gozar os sinais emocionais de reconhecimento dessa montagem são fáceis né tesão né tesão e e como é que chama dilatação dos dos das genitálias e tudo isso que tá ligado ao gozar bem simples né mas vem junto com fantasia sempre né pra gente humano fantasias em geral ligadas à dominância seja eu na posição de dominante eu eu eu eu como
o outro eu Eu submeto o outro e seja na posição de dominado o outro me submete que é uma inversão do do de uma lógica dominância que o sexo opera tantas vezes eh mas bom e eu sou Central o outro precisa de mim o outro me persegue e tal e tal então tudo isso tá tá tá ligado à montagem de fantasia disso mas o sinal afetivo é o sinal do tesão né que é tão simples Eu acho de perceber em geral beleza pra maioria das pessoas é simples perceber e não para todo mundo mas enfim
agora a gente fez Então já falou eh necessidade de ser amado necessidade de fugir necessidade de brigar necessidade de gozar Vamos falar agora necessidade de cuidar é aí é uma resposta bem bem simples que é eh eu constituo uma ideia uma hipótese lá para explicar ou para tentar resolver esse desvio da necessidade de ser amado de base que é se eu cuidar se eu for a cuidadora ou o cuidador se eu for muito eh se eu cuidar muito do outro eu consigo garantir o vínculo E aí a gente tem essa montagem muito tradicional que é
assim vou então salvar o outro cuidar do outro e tal e assim eu vou garantir que esse outro precisa de mim vou garantir que esse outro não vai me abandonar eu vou garantir que esse outro vai ficar perto de mim e isso obviamente não não funciona porque o que faz o outro ficar perto ou não ficar perto tem a ver com as montagens do outro né não com a sua resposta então a gente vê uma série de relações que se repetem assim nesse nesse modelo ou de pessoas que repetem esse modelo e que falha tantas
vezes em relações eh dá cuidado o cuidador né e e é é uma resposta pela necessidade de cuidar do do desvio da necessidade de ser amado muito fácil de reconhecer também e a necessidade de cuidar os sinais são também sinais tá ligado a oxitocina e outros hormônios e e e hormônios eh e que a gente vê como como arquétipo mais e tradicional na função materna na função paterna também mas essa essa esse relaxamento e ao mesmo tempo essa potência que traz o cuidar do outro né que é ao mesmo tempo uma segurança um relaxamento e
uma e uma impressão de potência eu sou eu sou grande o bastante para cuidar de novo tá ligado à dominância né o p Inclusive articula a ideia de que a oxitocina que é o grande a grande estrela dessa história do cuidar de que a oxitocina ela não é a molécula aí do amor ela é molécula da confiança você se sente mais confiante e mais confiante você é mais capaz de amar e de ser amado né por quê Porque você tá mais seguro Então você tá com menos medo eh enfim mas então a necessidade de cuidar
tentando resolver o que não resolve né porque não é cuidar que faz ser amado não necessariamente não é assim como a gente fala já falei muitas vezes o a função o amor a a estruturação do amor é a conexão da necessidade de ser amado e da necessidade de de de cuidar né cuidar e ser cuidado amar e ser amado em alternância no modelo adulto no modelo infantil é a mãe que cuida do filho ou pai cuida do filho do bebê mas no modelo adulto é essa alternância desses lugares que fazem a formação do vínculo eu
cuido de você você cuida de mim depende da hora quanto quando eu precisar ser Cuidado você cuida quando você precisar ser cuidado eu cuido bom tá E é que a gente falou então necessidade de cuidar e a gente segue pra necessidade de buscar né o seing do pun o seing é uma eu deixei assim por último antes da dominância porque ele é muito geral o sikin tá e implicado em todas essas montag de uma maneira ou de outra porque o impulso para qualquer busca de satisfação é o o buscar né Eh a dopamina que é
essa a grande estrela da contemporaneidade assim né então Eh E então isso pode se conectar tudo isso que eu tô falando mas eu vou tentar falar do si mais específico aqui da experiência do buscar né então de um lado a gente tem a a que já aparece lá na primeira montagem o desligamento do buscar né você não se sente mais capaz de buscar essa falta de motivação que tá ligada a essa primeira montagem mas que tá é uma experiência do buscar não funcionando e Mas o que eu queria falar hoje que eu acho que é
uma experiência muito frequente e é é que esse buscar pode se articular para todas essas coisas tipo buscar sexo por exemplo né Eh Ou buscar sucesso buscar dinheiro que tá ligado à dominância muito fortemente que é a nossa última coisa mas eh muitas vezes a gente a gente encontra eh informações que são A Busca Pela busca né então eu não vou ter vínculo então eu vou buscar eu vou conhecer lugares eu vou vir para coisas eu vou viver coisas vou viajar eu vou sei lá eu vou ver coisas e tal e e e até certo
ponto é interessante porque viajar ler conhecer coisas é enriquecedor e pode trazer experiências que revisem essa hipótese Inicial que você usou para explicar a ruptura do vínculo então você pode acabar se reelaborando nesse processo e aprendendo coisas que modifiquem uma estrutura te causem a a capacidade de se vincular de novo Eh mas muitas vezes não especialmente em função do nosso mundo tecnológico né Eh o que que eu quero dizer com isso que eu quero dizer que o celular já falei muito sobre isso mas vou repetir eu acho que é importante repetir eu quero dizer que
o celular e especialmente celular não Netflix e tudo mais todas as tecnologias do fim do amor que é a nossa elaboração aí do final do ano passado tá embaixo essa série das tecnologias do fim do amor que é como como que os as nossas ferramentas tecnológicas atuais dificultam o amor mas essas a gente vai em busca dessas coisas porque o buscar tá ativado e essas coisas vamos dizer assim impactam eh a a dopamina o nosso sistema de de atenção né e de expectativa e tal e de e de expectativa positiva de otimismo vamos dizer de
que alguma coisa nova vai acontecer eh só que o que que a gente encontra acaba encontrando nesses lugares são modelos de repetição e aí a gente tem uma busca busca busca busca que é comp no sentido de que ela não encontra novidade porque pro sistema pro siking funcionar e ser satisfeito ele precisa de novidade ele precisa de coisas novas né a ideia dele evolutivamente é para que você saia pelo mundo pesquisando coisas em geral olhando pelo mundo e que n que você tá olhando pelo olhando o mundo pesquisando o mundo você descubra coisas que vão
servir para satisfazer as outras necessidades então enquando você tá andando pela Floresta você descobre um lugar que tem uma água depois você fala ah tem aquele lugar que tem aquela água então é uma é uma é uma noção exploratória lá senso Então e e ela e ela tem a satisfação dela na própria exploração e na no encontro com novidades E tudo que a gente não tem no nosso campo tecnológico atual são as novidades porque a gente encontra uma repetição porque o algoritmo entende que é aquilo que a gente vai gostar né então por tendência a
gente tem uma experiência de tédio compulsão e tédio a gente continua fazendo porque gente tá sendo impactado mas de tédio porque a gente não tá encontrando satisfação porque a gente não tá encontrando coisas novas então a gente aqui a gente experimento o tédio uma compulsão uma espécie de ansiedade bem específica que é é uma compulsão uma repetição esvaziada mas que não consegue parar que é o Instagram por exemplo né mas ao mesmo tempo sem sem satisfação e entediada entediada e compulsiva que é um vídeo que eu já fiz também eh então e isso de novo
não encontra vínculo né não encontra não encontra resposta pro vínculo e não resolve Então nesse sentido viajar eh passear andar por lugares ler ver outras coisas é melhor mas como a gente tem essa esse essa impactação sei lá essa essa recepção tão intensa de coisas sem precisar se mexer e o sing eh envolvia mover o corpo né Depois mover a mente mas mover o corpo pelo menos buscar na mente né buscar formar desejo formar fantasia eh eh como a gente não tem mas isso a gente tá recebendo tudo a gente tá desaplicado esse sing então
então ele não tá montado como ele deveria na na busca exploratória na realidade e ele não tá recebendo a novidade porque a gente encontra o modelo de repetição algorítmica bom então esse é o sicking né E essa modalidade de Sofrimento tá ligada a essa a essa repetição eh esvaziada e a gente chega por último Esse foi o sexto acho né então a gente chega por último na dominância a dominância é é uma Como eu disse assim como também o buscar também né é uma meta necessidade a dominância da minha opinião também é ela tem dois
lados eu não vou desenvolver muito a ideia da dominância hoje porque ela ela é mais complexa se vocês quiserem eu posso fazer um vídeo só sobre isso mas eh para satisfazer os nossos desvios homeostáticos na realidade de modo geral a gente tem que eh est em relação a um outro e e várias vezes estar em disputa com o outro então a a a ideia de que eu vou me satisfazer quando eu vencer o outro né quando eu for quando eu quando eu eu ficar por cima que tá em todos os mamíferos e que se articula
na infância através do brincar que é a coisa uma coisa que cada vez mais falta na nossa vida tanto na infância a gente brinca menos eh tem menos tranquilidade para brincar e a gente já tem que ser o melhor na infância né tem que ser o menino que faz aquilo faz aquilo outro então a gente tá menos tranquilo para brincar porque brincar implica poder perder e muito ainda mais ainda na idade adulto a gente tem muito muito pouco espaço paraa brincadeira a gente tem que sempre vencer né mas então a dominante tá ligado tá ligada
a essa ideia de que para me satisfazer eu tenho que vencer tem que ser melhor que o outro né E esse outro no humano ganha uma complexidade maior porque o outro pode ser aquele que você não é e esse é o ideal do Eu Ah então mas é e essa é uma parte muito importante da história mas a a parte de base que que é muito fácil de reconhecer para todo mundo é a comparação o sinal articulador da dominância tá ligado à comparação você se compara o tempo inteiro e não é que você pode parar
de se comparar a gente se compara a gente faz a gente opera comparações maior menor é a primeira delas pro bebê né mas o maior menor vai se rearticular ao longo da vida em em diversas montagens de melhor mais rápido mais inteligente mais bem tudo isso é uma são são eh articulações de comparação que pode ser com o outro ou com o se consigo mesmo né com com o si mesmo Ah então a a a ruptura de vínculo inicial gera uma resposta de inadequação tem algo de errado comigo que tava lá na na necessidade de
fugir sabe ten medo de ser de ser descoberto e se tem algo de errado comigo eu deveria ser de outro jeito e aí é o ideal do Eu tá embaixo também e o ideal do Eu é uma articulação básica interna de comparação consigo mesmo entre o eu factual que é quem eu sou vamos dizer assim quem eu me experimento sendo e o Eu ideal que é quem eu deveria ser para ser amado então a base do ideal do Eu é comparativa né E ela é falha né falaciosa porque é quem eu dever I ser para
ser amado nunca chega que você vai então você ganha você é bem-sucedido e tal e tal mas o amor nunca retorna por isso ela é falaciosa e por isso ela é compulsiva você continua mais sucesso mais trabalho mais mais dinheiro mais magreza mais beleza qualquer coisa que seja então de via de regra a gente não consegue chegar a esse modelo ideal né vamos dizer assim não dá para chegar porque a gente não consegue emagrecer e ganhar dinheiro e trá mas quando a gente consegue é provisoriamente falando a gente não se satisfaz porque ele não resolve
a hipótese a hipótese dele é falha porque ele não resolve Então você chega lá então eu ganhei mas eu ganhei ganhei legal parabéns mas você não é amado porque você ganhou porque essa resposta Inicial que eu quem eu deveria ser para ser amado ela é falaciosa Ela é infantil mas ela monta o ideal do Eu e aí essa articulação inteira passa pela dominância e ela pode se manifestar em muitos outros lugares disso que a gente falou né no sexo por exemplo então quando eu for muito desejado Quando eu for o mais desejado eu vou ser
amado não vai quando eu for o o que transa mais eu vou ser amado não vai então eh e aí a dominância é fácil de perceber os sinais dela dessa ansiedade que ela causa eh desse desse stress que ela causa de dessa ameaça que ela causa e o papel bizarro que ela ocupa no mundo capitalista mas que então a a a a palavra mais básica ligada à dominância não satisfação dela é a humilhação me sinto humilhado diminuído desconsiderado desrespeitado E aí muitas vezes a raiva que a gente falou lá como resposta ao respeito tá ligada
à dominância né então eu formulei a hipótese de que se eu fosse maior eu seria amado e eu não consigo ser maior porque o mundo me me diminui me humilha o tempo todo e aí a gente tem essa resposta muito estressada muito doída muito ansiosa muito ameaçada que tá ligada a a essa essa montagem inicial do ser amado através da dominância que é a talvez é mais frequente que a gente encontre e muito muito muito importante essa essa resposta muito difícil de de desarticular porque ela é uma resposta muito muito básica sabe eh na gente
né E ela ela ela vai vai como que ela ela fosse uma espécie de ela vai se colar em muitos lugares a a hipótese da dominância e enfim Então essa seria essa seria a última essa seria a última montagem então o sinal básico dela é a humilhação essa ansiedade ou essa raiva e um interessante uma coisa interessante para pensar aqui é que quando a gente se sente dominante quando a gente consegue né não que a gente consiga ser amado quando a gente consegue vencer o que que existe na gente é uma descarga de serotonina E
então a dominância esses campos estão ligados à serotonina então a gente pode pensar já falei isso em outros lugares Mas a gente pode pensar que essa essa nossa eh avalanche de e remédios de inibidores de recapita de serotonina os nossos antidepressivos atuais né eles têm a ver eles estão resolvendo a humilhação e não o desamparo eles estão eles estão aumentando a nossa a nossa eh a presença a disponibilidade de serotonina no nosso nosso sistema isso diminui a nossa sensação de Humilhação e a sensação de humilhação é constante porque eh bom o capitalismo funciona assim você
teria que ser melhor e ele ele funciona assim ou romantismo também porque ele tá ligado a essa resposta Inicial que é a a a montagem do ideal do Eu como solução paraa inadequação que é a explicação pra ruptura do vínculo e e o romantismo também passa por aí a idealização E aí uma montagem muito clássica também que é a idealização do outro né então eu preciso de um parceiro porque eu serei maior se eu tiver um parceiro se eu tiver se eu for Amado eu vou ser finalmente aquilo que eu deveria ser e eu preciso
de um parceiro maior que eu né porque é montagem da vamos dizer assim daquela mãe daquele pai né alguém maior alguém melhor que é aquilo que eu não sou E aí isso causa todos os problemas que causa porque quando você tem alguém que é maior que você se você nas na na na volta na na esquina seguinte você se sente humilhado desamparado diminuído então uma montagem também clássica a gente buscar alguém maior que a gente Qualquer que seja o parâmetro para sofrer com isso depois Porque esse esse maior nos considera qualquer coisa eh então também
é um clássico mas a dominância então aparece é é é é interessante de perceber os sinais de Humilhação e a comparação Então sempre que você tiver se comparando que vai acontecer não se compare dizer não se comparar é uma bobagem mas sempre que você tiver se comparando na base disso tem a ideia de que se você fosse de outro jeito você Seria Amado não seria entendeu porque a como a gente disse lá atrás a ruptura do vínculo é uma condição E aí o que que é a solução lat Sens para tudo isso é conseguir constituir
Campos de vínculo como Ah não pela dominância mas e encontrando lugar produzo lugares ou trabalhando para constituir lugares Nos quais os seus desvios as suas falhas são causam acolhimento causam o vínculo é o lugar onde a falha causa acolhimento e não ameaça de abandono Então como é que a gente constitui esses lugares e para mim aqui isso é um desses lugares a aescrita o nosso processo lá é um desses lugares a terapia é um desses lugares a amizade pode ser um desses lugares mas não que na amizade não vai ter vai ter também dominância medo
tudo isso vai aparecer né a inja por exemplo como sinal ân muito forte também que eu não falei que eu não falei ou não falhei e mas enfim então a resposta no final é essa que eu dei agora do vínculo Tá bom então então são todas essas essas montagens aí caramba vídeo grande esse mesmo eu espero que tenha dado para entender mais ou menos o que vocês quiserem que a gente que eu desenrole mais aí Fale mais a gente pode falar mais e esse vídeo então Lembrando que ele serve como uma espécie de aprofundado teórico
para esse último vídeo que é os cinco passos para uma vida mais satisfatória e e esse vídeo é é a nossa montagem atual da do manual mínimo dos afetos que é a nossa versão de 2022 Acho que nem falei sobre isso mas a gente temem 2021 os sete afetos fundamentais em 2022 em agosto eu acho a a a reedição disso já atualizado pela autoescrita que é o manual mínimo dos afetos que é legal tá embaixo também e a e agora juntando tudo isso vamos dizer assim ganhando esse corpo para diante a gente não Tá negando
isso que veio antes mas a gente tá dizendo dentro da nossa hipótese essas leituras ocorrem em função disso né Essas interpretações ocorrem em função disso eu não acho de novo que esse vídeo seja a verdade que que isso que eu tô falando seja verdade que isso resolva as coisas nem nada mas eu acho que isso pode ser uma boa realmente uma boa ferramenta de de Interpretação para vocês espero que Espero que que ajude tá bom eh semana que vem a gente volta [Música] tchau