Regimes de Historicidade e Presentismo - Conceitos Históricos

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Leitura ObrigaHISTÓRIA
Salve, espectadores do canal! O vídeo de hoje foi gravado em outubro, mas por uma série de questões,...
Video Transcript:
este vídeo é um oferecimento de novos colaboradores não apoia até tarde e confira são espectadores do canal público geral provavelmente nunca ouviu falar dos conceitos que vou tratar hoje neste vídeo mas quem é da história com certeza já ouviu falar deles se eu tiver que chutar eu digo que esse vídeo provavelmente vai ter pouca audiência mas vou pagar pra ver hoje eu vou falar sobre o conceito de regime diz toda a cidade e do conceito de presente mesmo [Música] [Música] se você é da história já ouviu falar desses termos com certeza já ouviu falar também
de fãs o cartório historiador francês que colocou essa discussão dos holofotes não dá pra negar que o livro regimes de historicidade publicado originalmente em 2003 tem sido bem influente nos debates na área de teoria da história nos últimos anos o que não quer dizer que ele não receba críticas mas a gente deixa para falar das críticas depois se você é novo aqui no canal está descobrindo leitura obrigatória agora é importante saber que primeiro nós temos 11 após a campanha que nós temos lá é totalmente fundamental para esse canal continua existindo então se você gostar do
conteúdo que a gente produz aqui dá uma olhada lá e considera a possibilidade de contribuir segundo nós temos alguns vídeos sobre conceitos históricos já prontos é algo que nós fazemos desde 2016 e ainda que não dê para fazer com muita freqüência porque requer uma leitura feita com cuidado a gente faz de vez em quando se dependesse só de demanda do público esse canal suéter vídeo de conceito histórico e vídeos para alimentar briguinha capitalismo versus socialismo o que os adolescentes da internet tanto adora mas aqui a gente prefere fazer as coisas com calma para fazer bem
feito por isso que vídeos de conflitos e demoram a sair pra terminar vale lembrar que é importante que você se inscreva no canal e se você for professor ou aluno da graduação em história é esse vídeo passo adiante para seus alunos colegas de sala eu acho que esse vídeo especial vai ser mais interessante pra quem é da área porque é um vídeo bem teórico bem ligado à nossa profissão e com certeza pode ajudar alguns estudantes e inclusive eu quero agradecer ao professor rodrigo ronaldo que revisou o roteiro desse vídeo e fez um monte de observações
muitas extremamente importantes inclusive adicionar muita informação ao que eu já tinha escrito me corrigiram algumas falhas alguns detalhes que eu não peguei e deixou o conteúdo desse vídeo muito mais rico então muito obrigado pela colaboração rodrigo e aos demais chega de recado vamos ao vídeo bom eu deveria começar explicando o que é um regime de historicidade porque sem entender o que significa pouca coisa vai fazer sentido no vídeo especialmente para quem nunca estudou sobre isso até para quem estudou às vezes já é complicado ficam duas pontas soltas é difícil entender todos os detalhes mas isso
vai ficar pro o próximo bloco desse vídeo antes disso eu preciso explicar que o regime de trípoli cidade não é um conceito e mico ou ético concreto ele é uma categoria heurística e o que diabos com a categoria e por isso que você pergunta aliás o que são conceitos éticos e nikos os conceitos e micos seria um conceito que pertencem ao outro são aqueles conceitos que a gente acha nas fontes e que são bem explorados na história dos conceitos para entender como os conceitos mudam ao longo do tempo e isso é feito através de índices
de instabilidade semântica que são historicamente situados como por exemplo dicionários enciclopédias que ajuda a entender como os conceitos mudam de significado no passado tempo quando você pára pra entender esses conceitos a partir de como eles eram entendidos no passado pelas sociedades aos quais você está estudando você começa a entender um pouco melhor as culturas do passado através dos olhos dessas próprias culturas já os conceitos éticos estão relacionadas as abstrações que nós historiadores fazemos no presente para interpretar lidar com os conceitos no presente e dá para dividir os conceitos éticos em dois tipos os concretos e
os ideais com eles nós fazemos perguntas ao outro e esse outro pode ser desde as fontes antigas até comunidades do presente nas quais a gente estuda e das quais a gente tenta manter um distanciamento científico durante o desenvolvimento da pesquisa o outro sempre responde sobre ele mesmo no modo e mico porque lembrando conceito e mico é como uma sociedade um grupo ou até uma fonte enxerga a si mesmo ea sua sociedade do seu tempo então o outro sempre responde no modo m pelo entendimento que ele tem pela sua própria interpretação de si e do mundo
bom então aí nós temos uma divisão dos conceitos éticos entre concretos e ideais o conceito concreto seria a descrição realista dos fenômenos em alguns conceitos do materialismo histórico tentam se colocar como um conceito concreto como um modo de produção lá social entre outras você parte da realidade para pensar nesses conceitos você faz uma abstração para pensar esse conceito depois você volta ao real para analisar o conceito em relação ao objeto a sociedade e aí você cria uma reflexão usando esse conceito como ferramenta existe um debate aí se alguns conceitos concretistas são de fato concreto ou
seriam conceitos ideais alguns historiadores da atividade por exemplo rejeita o conceito do marxismo ortodoxo como modo de produção escravista em roma modo de produção asiático porque eles entendem que esses conceitos não fariam sentido sendo aplicados nesses momentos históricos pelo menos não como um conceito concreto mas aí é uma outra discussão que eu nem tenho condição de fazer no momento é só para vocês saberem que há discordâncias entre certos conceitos sobre eles seriam concretos ou não mas a divisão de conceitos entre ideais e concreto existe e além dos conceitos concretos nós teríamos os ideais as categorias
heurísticas categorias jurídicas não se referem a coisas que existiram na realidade passada pelo menos não no modo puro como a gente constrói não é uma coisa o valor heurístico do conceito é definido pela capacidade que ele tem de realizar descobertas científicas conversando com o professor rodrigo ele me passou um exemplo bem legal que eu acho que ilustra bem a noção de conceito holístico ele teve uma banca de mestrado na qual a aluna desenvolveu o conceito de tolerância para falar da política de conversões forçadas que era imposta pelos muçulmanos aos judeus na península ibérica entre o
século 12 e 13 nesse trabalho não estava em questão o conceito de tolerância como ele era entendido na idade média do século 12 13 da península ibérica esse conceito é entendido de um jeito mas o que a pessoa tentou fazer foi construir uma categoria de tolerância a partir de referências modernas que ajuda a entender e explicar o passado não é um trabalho de história dos conceitos é um trabalho que problematiza o que a gente entende por tolerância aplicando ao passado entendendo o distanciamento entendendo que você não deve cometer anacronismos mais usando essa categoria como uma
ferramenta para entender melhor o passado ou seja tolerância o que a gente entende por tolerância virou um modelo uma categoria heurística para fazer descobertas em cima do objeto que está sendo estudado conseqüentemente regime de felicidade é uma categoria heurística do tipo ideal ela não tem uma existência como uma coisa é você olha pela janela e vi um regime de historicidade estacionado na frente da sua casa ele não é uma coisa física ele é uma categoria de análise que existe na cabeça do historiador e serve para comparar a relação que nós fazemos com o passado presente
e futuro nos diferentes momentos da história eu já falei algumas vezes por aí e conceitos históricos são ferramentas de compressão da história do mundo das relações humanas e por aí vai o que eu falei até aqui nesse bloco é que conceitos em categorias diferentes no caso do conceito de regime e historicidade ele é de um tipo específico um conceito holístico do tipo ideal a ferramenta intelectual de compreensão da nossa relação com o tempo e não uma coisa e eu sei que eu estou me repetindo bastante aqui mas é porque eu sei que essa parte pode
ficar confuso para alguns de vocês eu estou tentando fazer com que fique mais didático possível se você ainda assim não entendeu eu recomendo que você volte e assistir o vídeo de novo quantas vezes for preciso a vontade da aula em vídeo é que você pode assistir à mesma hora várias vezes a categoria regimes historicidade foi desenvolvida por fãs o ator tobey a partir de duas principais influências o historiador richard kozelek e antropólogos baixos salários e outros acadêmicos também mas principalmente estes dois regimes historicidade seria a forma como a sociedade se relaciona com o tempo e
como essa relação com o tempo afeta essas sociedades em um regime de historicidade um tempo que pode ser passado presente e futuro tem predominância sobre os outros tempos essa ferramenta o regime de sua cidade seria especialmente útil para analisar momentos de crise ou desordem no tempo por exemplo em um contexto histórico onde o passado é considerado dominante essa sociedade teria um regime de historicidade passar dista na sociedade onde presente predomina o regime de sociedade dominante seria o presente esta e por aí vai falando assim pode soar meio confuso meio abstrato demais mas fica um pouco
mais fácil de entender quando você aplica essa noção de regime de historicidade a diferentes momentos da história atual lixão essa forma de se relacionar com o tempo que a sociedade tem de experiência do tempo experiência do tempo diz respeito a um fenômeno que é subjetivo mas também concreto como os seres humanos ao longo do tempo sentiram expressaram e agiram de acordo com as suas relações entre o passado o presente eo futuro é subjetivo porque cada pessoa se relaciona de um jeito mas é concreto porque essa relação existe e afeta diretamente a nossa vida não só
como indivíduos mas também como sociedade avançou hartog argumenta que no mundo antigo o regime de trípoli cidade era a sadia esta ou seja focado no passado porque cícero definir a história como testemunha dos tempos luz da verdade vida da memória mestra da vida mensageiro do passado quando este disse ma foi uma noite de paris poderosíssima formais para de um samurai a história é a mestra da vida ou seja a sociedade aprenderia com a história é mais ou menos dessa forma de se pensar a história que vem aquela idéia de que você tem que aprender com
os erros do passado para não repetir esses erros ou seja aprender com o passado para não fazer besteira essa coisa da história como modelo aparece em cícero políbio deodoro da cecília sá lúcio o taco no caso desse último você pode pegar por exemplo a obra vidas paralelas onde as biografias de alguns indivíduos se tornam exemplos a ser seguidos e sim eu sei que você está ouvindo isso e talvez pensando amanda mas assim a história não serve mais como exemplo então pode servir como exemplo mas aqui com o passar dos séculos algumas questões foram ficando cada
vez mais complexas e deixando essa coisa de história exemplar uma história mestra da vida mais enfraquecida mas a gente vai chegar lá a idéia de história magistra vita a história mestra da vida continua viva na área crisan claro existe uma resistência a história magistrada pagã já tinha essa coisa do passado que não cabia bem como exemplo para os cristãos ainda assim se reconhecia a importância e as possibilidades positivas de uma história civil como exemplar sem relação direta com um catolicismo nem que fosse para rejeitar os exemplos ruins mesmo durante o renascimento maquiavel escrevia que os
homens deveriam não só ler sobre os eventos do passado mas também imitar esses exemplos pra ele o príncipe que não conhece as maquinações antigas não pode nem copiar nem evitar essas coisas ou seja na idade antiga e medieval até mesmo moderna você tem uma mentalidade passadiço de um passado como exemplo para o presente mas assim como é que um regime muda de um tipo para outro aí é um pouco mais complicado um regime não muda do dia pra noite ele muda um processo do be onde de um lado você abraça o regime anterior e do
outro você nega esse regime tudo ao mesmo tempo por exemplo a toga aponta que o regime de historicidade antigo muda o regime moderno mais ou menos na época da revolução francesa e isso acontece de um jeito amigo como st por um lado a revolução apelava por passado se focava roma o taco havia se deve exemplo no passado mas por outro lado essa mesma revolução proclamava um rompimento com o passado a rejeição de uma idéia de modelo e se abraçava a idéia de criar uma nova sociedade que não emita assinada tudo isso ao mesmo tempo ou
seja é um conflito entre um regime de historicidade antigo passadiço eo moderno futurista a partir desse exemplo vocês podem ver que a categoria regime de trípoli cidade foi especialmente pensada para diagnosticar as ordens e desordens no tempo nesse momento a história abraça a idéia de progresso de um futuro brilhante uma finalidade eu por exemplo diz em geral se aconselha o governante estadista e povos aprenderem a partir das experiências da história mas o que a experiência ea história em si não é que os povos e governos até agora jamais aprenderam a partir da história muito menos
agiram segundo as suas lições ou seja nesse momento não é mais o passado que esclarece futuro mas o futuro que joga no passado a própria presença futuro não está ali pra ser limitação do passado mas para ser diferente mesmo para superar para atingir uma idéia de progresso há quem veja o passado até como um fado porque ele deixa para as pessoas no presente uma série de estruturas e às vezes problemas que quem está no presente é quem precisa superar isso não necessariamente se facilitando passado até porque é dele que os problemas vieram quer se você
olhar essa questão de um jeito cronológico sobre isso max tem inclusive aquela citação famosa no 18 brumário que diz os homens fazem sua própria história mas não a fazem como querem não a fazem sobre as circunstâncias de sua escolha e sim sobre aquelas com que se defrontam diariamente ligadas e transmitidas pelo passado a tradição de todas as gerações mortas oprime com um pesadelo o cérebro dos vivos resumindo a idéia de aprender com a história permanece mas o fluxo se inverte não se aprende mais com o passado agora se aprende com futuro que nem aconteceu mas
foi idealizado e transformado em objetivo aí entre os séculos 19 e 20 você começa a ver críticas sobre a utilidade da história as dificuldades transmitir ela diante e até o poder que ela tem de enganar de inebriar como por exemplo quando o povo a ler e escrever a história embora que ele escreveu tenha mais a ver com memória é a viva rancores e coloca a nação contra nação por conta de eventos do passado e coisas do tipo pelo que eu falei até agora talvez alguns de vocês tenham percebido que o atual e não fica só
em cima da idéia de presente mesmo a toga um especialista antiguidade e lenista historiografia antiga ele distribui bem análise dos regimes de historicidade pelo livro só que no brasil se foca bastante na idéia de presente mesmo porque aqui hartog chamou mais a atenção dos historiadores que trabalham com a história do tempo presente logo apropriação que se fez aqui no trabalho do ator lhe vem focando nisso então por isso vamos focar no exemplo do presente mesmo bons ea gente pode falar num primeiro momento em um regime antigo passadiço e em um regime moderno futurista onde entra
a noção de presente mesmo como já é de se imaginar presentes não seria um regime de historicidade focado no presente mas como isso ocorre nós estaríamos em um momento onde nós lidamos com o tempo desse jeito se sim desde quando antes de mais nada à tóquio apresenta categoria de presentes mas não como uma tese mas como uma hipótese a hipótese do atol quando ele criou esse neologismo chamado presentismo é de que houve um momento de ruptura no tempo aí nessa idéia de futurismo principalmente entre os anos 80 e o fim da guerra fria a queda
do muro de berlim com o fim dos regimes socialistas do leste europeu com o ressurgimento de uma história política dos nacionalismos e principalmente a quantidade absurda de menores vindo à tona por conta do fim de várias ditaduras pelo mundo não só na europa mas aqui na américa do sul também bem como os estudos sobre memória teria havido uma nova mudança de paradigma que teve seu primeiro sinal de mudança no ano 68 pro tork o presidente virou um fim em si mesmo as pessoas não tentariam mais aprender com o passado ou com um futuro hipotético o
presente seria um fim em si mesmo e olhar para o passado ou o futuro seria sempre o utilitarista que parte do presente e volta presente por um lado você me identifico passado olha para o passado de um jeito mítico para legitimar o presente e por outro lado olha para o futuro de um jeito alarmes quase apocalíptico que traz um perigo iminente é no presente que a possibilidade de ação fica é onde fica a esperança que não pode ser mais depositada no futuro e aí nós temos essa ruptura com o futurismo por isso nós estaríamos em
um momento histórico onde o regime de sua cidade ou seja de novo a forma como a gente lida com os tempos históricos seria presente sexta mas seria mesmo presente essa a hipótese de o presentismo tem sido bastante influente mas também recebe várias críticas uma delas é de que o conceito de presentes não só faz algum sentido se você olhar ele dentro de uma longa duração desde a antiguidade mas que a própria noção de regime de historicidade seria muito obscura não muito bem definida pelo menos se você tentar enxergar um conceito comum do tipo concreto não
do tipo dela outra crítica é de que esse momento de ruptura em 1989 não faria muito sentido que a ruptura com a idéia de focar no progresso nas expectativas para o futuro já teria acabado não pode segunda guerra mas que isso não nos tornou presentes o historiador zoltán simon da universidade de bielefeld eu acho que essa pronúncia não sei argumenta que já nessa época do pós-segunda guerra já havia um movimento de negação da confiança no futuro dessa maneira super otimista mas que mesmo assim isso só acontecia em alguns aspectos como na perda da esperança em
certas o tupi às ideologias por outro lado é nesse momento que se desenrola a corrida espacial e desde então a crença na salvação pela tecnologia e pelo avanço das ciências só aumenta isso hoje seria mais forte do que nunca de engenharia nanotecnologia criogenia aprimoramento humano inteligência artificial planos de colonização de marte e por aí vai seria um exemplo de um pensamento que rené gum a idéia de um presente mesmo que teria acabado com a esperança em um futuro idealizado de um futuro ideal como horizonte como fonte de aprendizado quem nunca viu alguém na internet falando
da loman que como se ele for salvar o mundo que atire a primeira pedra enfim para simon o que ocorreu foi uma mudança e esperança no futuro baseada em vê lo ia para uma esperança no futuro baseada em ciência e tecnologia a questão não é nem se é melhor que a outra a questão é que uma foi desacreditada aos olhos de muita gente por desastres históricos que têm matriz política como nazismo ou fracasso dos regimes socialistas especialmente na europa ea outra tem sido cada vez mais idolatrada não cabe discutir aqui esse futurismo baseado em tecnologia
vale todo esse hype em cima dele ou não não é o assunto desse vídeo mas é fato que esse hype existe uma outra crítica que eu vi e eu concordo que já é algo que me incomodava quando eu li o relatório é que a perspectiva dele é bem eurocêntrica ele até fala que não pretende ser assim mas no fim das contas volta e meia tal hartog falando da frança ou da europa como se os exemplos locais pudessem ser aplicados ao mundo inteiro aí fica difícil você não se perguntar o tempo todo tá mas até que
ponto face aplica o resto do mundo só que por outro lado a maioria dos autores que nós lemos são eurocêntrico isso por si só não é motivo para deixar de ler só que é importante para quem quer estudar história ter noção disso e estar com olhar sempre atento para esse tipo de coisa é o próprio ato de pensar se algumas categorias heurísticas como regimes historicidade valem para nós da américa do sul por exemplo já foi o suficiente para instigar o debate ea reflexão sobre esse conceito a gente não tem que jogar a criança fora com
a água do banho mas olhar crítico a isso tem que estar sempre atento outra crítica é de que a categoria regime de solenidade como conceito é muito fraca porque ela não diferencia dimensão individual da dimensão coletiva eo relacionamento com esse tempo a dimensão individual é subjetiva e está ligado à forma como os indivíduos vivem não apenas o mundo mas o tempo à dimensão coletiva é sociológica diz respeito a uma série de questões que estão acima da subjetividade individual e mesmo que a gente possa falar num diálogo entre essas duas dimensões ainda assim um conceito que
tenta uniformizar essas duas dimensões não daria conta apesar das críticas talvez seja importante ressaltar que uma das principais contribuições do trabalho da top foi o de certa forma provocar nós que estudamos história a pensar na nossa própria prática nos caminhos que a disciplina tem tomado sua discografia e identificam a ascensão da história do tempo presente que é investigada por categoria isso que tem aparecido cada vez mais nos debates públicos como memória patrimônio comemoração identidade e isso fez com que o botafogo passasse olhar mais presente e assim ele desenvolver essa hipótese de reconfiguração a experiência temporal
que passou a olhar mais presente especialmente na europa e no continente americano um dos resultados disso é que esse debate e instigou historiadores a pensar no quanto a gente tem focado no presente e até nos nossos trabalhos de história mesmo se você parar pra procurar teses e dissertações defendidas nos diversos departamentos brasil afora por exemplo vocês vão ver que a maioria esmagadora dos trabalhos diz respeito ao século 20 e muitos inclusive o século 21 trabalhar com temas recentes é um problema não até porque se eu defendesse de que isso é um problema estaria sendo hipócrita
quase tudo o que eu escrevi até hoje academicamente era sobre a história do presente em muitas das fontes que eu usei eram do século 21 mas independente da validade desse tipo de trabalho ou não a historiografia não saber que já tem milênios de idade e sendo antônio helenista ele olha para o tempo nessa longa duração e questiona isso pra onde vai a história para onde nós historiadores estamos indo a um questionamento válido e as faltas e identitárias na história talvez essa seja a principal contribuição da toga ao debate que nem uma crítica à história do
presente em si coisa que o próprio hotel que faz ele está lidando com a história do presente não é uma tentativa de entender o mundo o presente até porque isso seria pedir demais de um historiador sozinho mas pensar nossa prática profissional permite que a gente olha aquilo que nos incomoda e permite que a gente proponha mudanças na forma como nós mesmos trabalhamos não a nível individual mas a nível coletivo como construção coletiva de saber acadêmico enfim como vocês devem ter percebido o assunto é complicado eu tentei explicar do jeito mais simples que eu consegui eu
deixei um monte de coisas de fora eu não citei a quantidade absurda de autores que o tóxico em vários momentos na história para embasar os pontos de vista dele não entrou em muitos detalhes do debate longo que ele faz sobre a questão da memória no fim do século 20 e os autores que ele traz como roubar surra aliás eu já fiz um vídeo sobre a diferença entre história e memória se você ainda não viu é importante dá uma olhada para entender a diferença clique nesse caso aqui tem que admitir que isso é papo de historiador
- vocês podem discordar vontade mas pra mim o aprofundamento desse debate é coisa pra quem quer se especializar em teoria da história eu tenho certeza que esse debate não faz sentido para muitos dos colegas historiadores que não são tão próximos da área de teoria e eu mesmo confesso para vocês que esse debate não dialoga comigo não é algo que me motiva e aprofundar a entender melhor mas eu não seria besta de negar a importância dele para o nosso campo para quem se interessa e se aprofundar em teoria da história esse debate é importante e as
referências estão todas aqui embaixo na descrição não se esqueçam se inscrever no canal dar uma olhada na nossa página do após que financia trabalho e se você é professor ou estudantes de história equipe é esse vídeo passo adiante para os seus alunos professores colegas de turma quem sabe pode ajudar a tirar algumas dúvidas sobre esse assunto até porque eu sei que alguns textos sobre esse assunto pode ser meio pesados especialmente para quem está começando talvez esse vídeo ajude a dar o ponta pé inicial muito obrigado e até a próxima
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