A verdade sobre escravidão e racismo | Papo Rápido | Papo de Segunda

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No mês da consciência negra, vamos falar sobre escravidão. Com base no livro Escravidão V.1 de Laur...
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[Música] além da consciência negra a gente começa falando da eterna escravidão brasileira que formas de exploração é reflexo da nossa escravidão você ainda vê por aí é o que o livro escravidão que fala este primeiro volume que ainda falou do primeiro leilão indicativos em portugal até a morte de zumbi dos palmares tem a ver com o brasil de hoje eu penso que um outro cara muito importante sociólogo jessé souza ele trata da escravidão como um grande definidor do que a sociedade do brasil ele fala que essa relação entre a nossa contemporaneidade e a nossa história
escravista desenvolve uma outra relação com o que é o conceito de cidadania que é o que ele chama de a subir cidadania brasileira e aí é esse lugar subalterno onde a gente vai se encaixando enquanto sociedade então quando um cara como laurentino com toda a relevância ea intelectualidade dele toda a capacidade de contar uma boa história se debruça em cima desse tema e compartilha isso com um país como o nosso eu acho que ele está ajudando a enriquecer uma discussão não só importante como gente em 2019 porque a gente está vivendo um tempo onde muitas
dessas informações não são relativizados né você ele falou das escolas é eu me lembro muito pouco de ter papel e ter passado meio por cima deste assunto na escola ea itv escravidão de escravos trabalhavam aqui nas fazendas é uma coisa meio simples é e acabou que teve não se aprofundou nisso não acabou que não é tratado como a tragédia é retratado como um fato histórico a lei que passou e acho que também tem uma coisa que é significativo assim que às vezes quando a gente leva isso o ambiente da sala de aula parece que é
um descaso dos professores pra com o assunto e também não é isso é a forma como está apresentado no material didático é muito superficial a gente tem que reconhecer também que somente a se eu não me engano 14 há 15 anos atrás a gente tem uma lei que de fato exige que a história africana seja ensinada nas escolas só conta a forma como ela sempre foi apresentada para a minha geração principalmente nos primeiros momentos em que eu encontro menções à escravidão na história do brasil trata e me dá a entender não sei como foi a
experiência de vocês não se trata me dá a entender que é uma coisa muito distante e aí a partir do momento que fora da escola você vai estudar sobre isso aí você descobre que a janela disso comparado ao período de história do brasil é muito pequeno está ligado é muito próximo a gente está muito próximo são 130 anos de distância entendeu a presente também não é a pessoa a pessoa mais velha do do mundo morreu com 127 ano a saca é o tempo de uma vida é muito interessante no livro como ele vai afundar e
pesquisou é como não é a áfrica existiam uma série de de tribos e povos e não era papel são povos que foram sendo trazidos e misturados e trazido aqui pelo pro brasil e colocados de forma separada você tem é uma série de civilizações africanas têm se muda falar isso a áfrica áfrica como sabe que eu fosse uma coisa só a mas eu acho que isso também tem uma raiz numa coisa muito louca sem ter um amigo meu que chama a um amigo não renan ele é formado em geografia ea gente sempre fica conversando sobre mapa
porque eu gosto de mapa pra caramba de mapa então eu chapa 1 ap o cara que é responsável por elaborar o mapa múndi com a gente se relaciona 11 belgas iluminando chama gerar do mercato e ele se baseia no princípio de amor fase muito questionável onde ele desenha cada um dos países de acordo com a relevância daquele país pra ele na época ele fez um mapa então se você analisa o mapa mundi a áfrica ali ela aparenta ser menor do que a rússia o américa do norte também então acho que é até nessa forma de
retratação à áfrica foi diminuir da e através da cultura dos últimos 44 séculos provavelmente é s leva a crer que a gente está tratando de uma tribo minúscula uma coisa pequena não civilizada é arcaica e quando você começa a estudar você consegue entender as origens de uma série de civilizações grandes impérios ciência tecnologia engenharia sociedade tudo isso foi apagado com base nesse tipo de princípio que foi usado pelo cara que fez assim um mapa múndi saco e se esse tipo esse livro aqui é o tipo de livro importante ter na escola inclusive sim eu lia
agora por isso eu acho urgente utilizam eu li o livro de ana maria nunes um defeito de cor que canções mais lindas que já vi na venda mais dolorosa a descrição nunes gonçalves com salva 8 que reúne gente ana magalhães ao unir ao mundo da moda que dá um tapa no merecedora maria gonçalves ea descrição da vinda do barco é do navio negreiro é um é um negócio tão tão tão violento então se você vai passar no meio mal parece que está viajando junto ali eu nunca tinha na vida parado para prestar atenção nos pormenores
e quando eu li esse livro é um livro tá legal de mil páginas mas na hora eu falei as pessoas possam ler esse livro que a opção entender e na escola não passa você que é professor francis eu não me engano morreram 14 pessoas negras 14 escravos por dia nas viagens nessa travessia do atlântico 14 por dia totti até a rota do dia rola dos tubarões né é isso aí foi uma coisa que eu descobri também em angola eu não fazia a menor idéia desse tipo de influência que que esse processo tenha gerado na natureza
meio ambiente do meio ambiente então existe sim uma corrente marítima que ela não tinha é o hábito no os tubarões não passavam por uma determinada região eles passaram a fazer esse mesmo caminho a partir do momento que aqueles navios negreiros atravessaram o atlântico e dali essas pessoas que morreram em um jogo aquilo ali até hoje um grupo os grupos de tubarões passam por esse lugar esperando corpo o que disser aqui no boné de um milhão e oitocentas pessoas morreram em trânsito [Música] esse assunto é de esquerda fazer sucesso com esse assunto é é um assunto
que gera algum tipo de é ideológico falar de racismo para os adolescentes e crianças boa pergunta nem fala assim em boa mesmo é certamente não deveria ser né se a gente associa por exemplo a direita o pensamento liberal um verdadeiro liberal jamais poderia aceitar a escravidão e historicamente de fato o surgimento da sensibilidade abolicionista ela está diretamente relacionada à sensibilidade liberal embora isso é muito mais complexo tem muitos liberais não só no brasil como fora no brasil como fora do brasil foram liberais mais ou menos escravistas é começar pelo john locke talvez o grande fundador
do pensamento liberal o laranjão cita ele algumas vezes depois é louco se não me engano era sócio de uma companhia ele tinha escrava então o buraco é mais embaixo mas mas não deveria ser eu acho que tem uma que tem uma sensibilidade moderna que o cara que caracteriza a modernidade é uma sensibilidade que repudia a escravidão aos poucos porque ao mesmo tempo por outro lado isso é uma coisa interessante nesse eu acho que nem se deve muitas vezes se deparar com o seguinte argumento a mas fala se muito que o português foi escravagistas mas os
povos africanos também escravizavam é verdade os povos africanos conheceram a escravidão assim como muitos antes deles outros povos europeus as grandes organizações de alguma vez todas as implicações de uma maneira acho que é mas acho que a grande diferença é que antes da época moderna é um escravo era geralmente um escravo de guerra os povos guerreavam e os vencidos eram escravizados mas eram soltos também depois e não eram não eram explorados como viriam a ser explorados os escravos na modernidade porque porque os escravos modernos eles se tornam escravos no contexto de emergência do capitalismo então
você tinha necessidade de uma mão de obra que pudesse dar conta da expansão da produção e muito provavelmente a ideologia racista que é uma novidade porque quando está falando de povos antigos e mesmo dentro da áfrica não havia o racismo como ideologia a escravidão não era racista não se escravizar alguém porque era negro e escravizar eu sabia que era bárbaro porque era um outro o estrangeiro é a ideologia racista foi provavelmente uma espécie de justificação que surgiu para poder tornar legítima aceitável a importação de um grande contingente de pessoas negras para poder sustentar a economia
capitalista que deu uma estratégia social e agradecimento usada no sistema político [Música] a minha ficou muito é claro e eu me identifiquei muito percebi olhando é que esse projeto nacional do esquecimento e quando diz quando a gente aqui concorda que na escola fala se muito pouco e não é tratado como uma catástrofe comum um genocídio como uma coisa é quase como o meio romantizado tanto é que você vai apresentar em lugares é facilmente você ver pinturas de de escravos belas onde o senhor jintao lado um escravo feliz é uma coisa meio romantizada eo e não
sei se pra fazer com que fique mais fácil socialmente pra a gente aceitar a condição mas existem pessoas fazem festa outros atributos de um tempo atrás eu ir só isso aí que eu já vi isso é uma mulher no interior de minas a uma festa que o que o tema de escravos buscam atores negros serviu então de tanto que você nunca vai ver alguém fazendo na alemanha uma festa sobre o local está então é que não falta são museus suar local em berlim e museus grandes áreas juros é de comemoração e duros e e e
tomando a culpa o crédito por aquilo então é muito doido né um projeto realmente nacional de crescimento o velho desmonto tudo parceiro do rangel dela irmãozão do mandela ele falava que a melhor forma de não repetir o passado é aprender com ele saber sobre ele fred também raiva loja moto tu vai falar igual vinois elaborar para não repetir não é isso mas é quando eu fui num museu do apartheid lá na áfrica do sul em johanesburgo é é muito interessante que de cara você já entrada é dividido cada um ganha e vai com pessoas as
pessoas já são separadas um entra para um lado um dentro do outro que é o calor do white pipoco então você já entra no museu já pensam que já me separaram já aí você vai e são todas umas instalações que é muito legal desses museus o museu do holocausto não fui mas a rosana herman me contou que tem uma instalação que você vai andando é obrigado a pisar nas placas de metal que vão fazendo um barulho e é meio simbolizando o sofrimento ea dor aqueles barulhos são os gritos das pessoas que morreram e você vai
se dando conta quando você vê as fotos das pessoas no museu do do genocídio lá em ruanda é um dos mais barra pesada que eu já fui é você tem as fotos das pessoas que morreram criança jovem e idoso ea forma que morreu é assim sant cíntia cinco anos pedrada na cabeça é importante dá nome às vítimas nela não ver assim o povo negro e já é o povo não tem carona o povo judeu não tem cura quando você vê que realmente uma pessoa que nasceu foi escravizado e quantificam aquilani eve na outra coisa se
humaniza da da cor aquele negócio quem você olha você vê a foto você vai e quando eu ando como a guerra civil lá foi foi movimentar se é lá que tinha mas as pessoas se matavam com um ferro que tinha um bom pé da mesa então você vê aquilo verba aquela mulher foi assassinada com um machete vai entendendo que é isso que a pessoa foi ele sida que morreu ele é que sentiu isso eu acho que por isso é tão importante por exemplo quando a gente pega um livro com um defeito de cor que você
consegue através de um romance mas narrado com uma velocidade tão profunda como a sensibilidade tão grande que ele consegue te dar camadas que por exemplo a história de da tijuca na escola não conseguiu a história oficial do país não conseguiu trazer essas sensações e essas sensações que o nosso país precisa experimentar para entender a profundidade disso porque depois a gente compreender a grandeza dessa tragédia eu acho que vale a gente passar e fazer uma reflexão a respeito da obra de outras pessoas que tratam das conseqüências desse abismo sabe até que a gente chega por exemplo
já sei que eu comecei citando mais uma pessoa como por exemplo abdias do nascimento é algum salles e outros tanto tanto os pensadores incríveis que se debruçaram em cima desse tema e fizeram a gente compreender o quão ele é urgente para a realidade desse país essa conversa não terminou comentando aqui embaixo você entra no papo também e curtindo e compartilhando você chama mais gente pra essa conversa semana que vem você que é inscrito no canal já sabe ele avisa quando um vídeo novo estiver no ar quer também se escreve aqui criativa notificação que a gente
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