Mudanças Climáticas e a Engenharia Civil - IPOGCAST #6

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IPOG Instituto de Pós-Graduação e Graduação
Você sabia que a colaboração efetiva entre a engenharia e meteorologia é fundamental no desenvolvime...
Video Transcript:
eu acho que a gente tem que at mais adiante que que é reduzir a quantidade de carbono que já existe na atmosfera né imagina alguém da construção civil fazendo um planejamento da obra ele pode ter uma uma previsão muito melhor de quanto de chuva que vai ter quanto de radiação que vai ter naquele local naquela hora que ele tá desenvolvendo uma atividade que é melindrosa p você foi pesquisador da Nasa ali durante 5 anos e teve ali próximo de um centro de pesquisa super avançado você pode contar um pouquinho das experiências que você teve lá
Olá pessoal sejam muito bem-vindos a mais um episódio do I podcast o podcast que coloca a sua inteligência em movimento hoje para falar de um tema muito interessante que muito atual também a gente vai conectar aqui mudanças climáticas com engenharia Por que que a gente vai falar sobre isso porque tem tudo a ver a gente tá vivendo um momento no mundo né que grandes catástrofes tem acontecido nós estamos falando de enchentes de inundações de aumento né excessivo da temperatura desertificação elevação do nível do mar uma série de catástrofes que quando a gente olha pro mundo
inteiro estão tá promovendo uma grande preocupação né Não só na sociedade né mas nas organizações no poder público em tudo que a gente possa olhar e especialmente olhando no Brasileiro hoje eh com a tragédia ali do Rio Grande do Sul traz para nós um momento de reflexão né e também de ansiedade e como que nós podemos nos eh trabalhar isso né e e como sociedade lidar com não só com os efeitos nesse momento que tá que estão produzindo né no mundo todo mas também olhar para o que que nós podemos fazer para frente para cuidar
para que as próximas gerações né possam continuar vivendo bem nesse mundo eh sem os reflexos né graves que os estudos têm mostrado que se não tomarmos nenhuma Providência podem acontecer mas também como é que a gente conecta da engenharia para ajudar a resolver uma boa parte desses problemas e para falar sobre isso eu tô com dois convidados incríveis muito especiais aqui eu tô hoje com o Saulo Ribeiro que é físico pelo UFG que é também Doutor pela Universidade de São Paulo pela USP e que também foi pesquisador da Nasa por 5 anos e hoje é
pesquisador titular no IMP que cuida de uma divisão e que cuida de modelagem numérica da atmosfera e previsão de qualidade do ar um tema que entendo muito pouco mas que eu tenho certeza que eu vou aprender muito com ele hoje aqui seja muito bem-vindo Saulo já já você vai poder falar mais para nós e com Marlos Guimarães que é aqui o nosso querido Marlos engenheiro civil doutorado de em construção civil pela UnB e é o coordenador do nosso curso de graduação de engenharia civil aqui no ipog então se liga aí hoje nós vamos entrar a
fundo em ciências e engenharia vai ser muito legal mas de tudo e um tema muito importante que você também é afetado de alguma uma forma mudança climática eu queria começar então dando as boas-vindas aqui a vocês obrigado Saulo Marlos pela presença e antes de entrar com as perguntas aqui num oportunidade para você dar um alô pra nossa galera aqui dizer que que que que eles podem esperar aqui do nosso do nosso podcast dessa conversa de hoje salo bom primeiro eu quero agradecer essa oportunidade eh eu eu enquanto cientista e eu sinto eu sinto que eu
tenho o dever moral de aproveitar todo e qualquer oportunidade para divulgar a questão da emergência climática né que nós estamos vivendo ah de forma que a gente consiga cada vez mais mobilizar a sociedade civil para que ela se posicione concretamente firmemente de modo que pressione que os governos criem programas efetivos de controle das emissões e programas de mitigação eh com relação aos desastres que estão acontecendo adivindos da dessas mudanças né Então para mim é um enorme prazer estar aqui e agradeço eh e a minha mensagem exatamente e tentar alertar e e chamar o nosso público
para atuar mais efetivamente nesse sentido Legal vamos falar sobre isso Maros as boas-vindas O que que você pode dizer para nós que que que a nossa audiência pode esperar desse papo de hoje ral diria o seguinte que a partir da hora que eu comecei a tomar ciência do estado da arte em Meteorologia e olhando o que tem de engenharia civil em termos de modelo e execução de obra eu percebi uma distância muito grande e a gente pode aproximar isso porque os dois vão ganhar a meteorologia sai ganhando porque ela consegue ver aplicações que talvez eh
tenha passado desapercebido ho estão focado em Outras aplicações e a gente aqui tem um um espaço enorme para aperfeiçoar modelos tanto de gestão de obra como modelo mesmo de de resistência mecânica modelo de desempenho de obras então na parte de constução civil eh planejamento Urbano transporte isso aí tudo vai ser afetado não tem jeito Então na verdade eu percebi esse e a gente começou a atuar junto aí pra gente fazer essa aproximação trabalhar na interface da engenharia civil na meteorologia sensacional Então se ligga aí que a gente vai conseguir conectar essas duas coisas Olha eu
tô empolgado com o que a gente vai poder fazer aqui hoje mas antes de entrar nessa conexão Engenharia e tal queria começar com Saulo eh e tentar tirar alguma dúvida aqui um pouquinho a diferença entre né previsão previsão meteorológica de previsão climática né quais são Saulo as diferenças entre essas duas coisas e enfim como é que a gente pode explicar isso para audiência vamos começar por aí para separar deixa eu vou colocar só um contexto um preâmbulo pra gente explicar melhor essas diferenças né Eh chamando um pouco da física né a atmosfera é um fluido
n que ela escoa sobre a superfície né então como fluido ela obedece as leis básicas da física certo então a desde do começo do século XIX se estabeleceu que usando as leis da física nós poderíamos prever os movimentos da da atmosfera né e prevendo o movimento da atmosfera eu sou capaz então de prever o que vai acontecer amanhã e assim por diante então eu posso prever regimes de chuva temperatura ventos etc né previsões meteorológicas no que no nosso linguajar mais técnico a gente chama de previsão de tempo São previsões de mais curto prazo em que
eu digo eh com que eu pelo menos eu pretendo dizer com bastante precisão aonde vai chover qual vai ser a temperatura num dado lugar qual vai ser o regime de ventos tá então são previsões mais determinísticas naquele sentido clássico da física né ah e que são que definem valores bem fixos do dos parâmetros da da atmosfera né o as previsões climáticas elas são previsões mais de longo prazo né que elas não têm essa a essa essa atribuição porque depois eu posso falar em algum momento a atmosfera é um sistema caótico muito complexo de simular né
mas a previsão climática o que ela se propõe a fazer é estabelecer anomalias ou seja desvios em relação à climatologia né então por exemplo quando eu faço uma prisão climática para a próxima estação do ano eu tô dizendo assim que a o regime de temperatura vai ser acima da acima do normal ou abaixo do normal se vou ter mais chuvas ou menos chuvas em relação à climatologia observada Tá então não é tão Preciso assim nesse Prazo Longo mas é mais o nível do desvio para baixo tipo de variação Exatamente é mas mas veja que isso
não é uma dificuldade eh tecnológica Isa é uma dificuldade teórica fundamental da natureza que é a baixa previsibilidade da da evolução da atmosfera isso foi provado por Laurence um grande físico que trabalhou em caos teoria de caos né e e dentro dessa teoria de caus você mostra que essa previsibilidade da atmosfera é muito baixa do ponto de vista determinístico mas você pode prever muito bem se vai tá acima ou abaixo de uma dada média climatológica que é observada naquela na dada região certo Entendi então a previsão meteorológica É mais pro curto prazo aqui eu faço
uma leitura da atmosfera que eu achei interessante que você falou que ela é fluida ali né Você Faz uma leitura desse comportamento e você consegue prever ali no curto prazo se vai chover um pouco mais Se a temperatura sobe Se Vai ventar mais enfim que é o que um cara como eu que é um ciclista por exemplo sai e olha ali no celular e vê ali enxerga esse tipo de previsão aí o clima talvez quem olha mais isso é sei lá é o é o agricultor que olha como é que vai ser a estação de
plantio dele né aí aí é um é essa diferença da da previsão climática assim como é que vai ser o clima para o plantio da minha próxima exatamente você pode saber se quando vai ser o início da estação chuvosa se vai chover mais ou vai chover menos você pode se preparar em termos de ter um sistema de irrigação mais efetivo ou não em função da carga de água que tá prevendo que andada da região vai receber né entendi entendi legal e e e esse órgão assim o a ONU ipcc eh como é que isso se
conecta com essas previsões que que relação que tem aqui is bom o PCC é um painel eh eh formado por cientistas que são escolhidos pela ONU que são escolhidos em função da do mérito né da capacidade da da atividade profissional do nível de publicações o qual a pessoa é efetivamente reconhecida na comunidade essa é uma coisa boa da ciência que as pessoas são reconhecidas pelo mérito quanto elas contribui efetivamente né então o que eu posso dizer o ipcc é um grande painel composto dos melhores cientistas de clima que não há nenhum interesse interesse político interesse
puramente o interesse servir a humanidade né por isso você tá dentro da ONU né E esse painel ele usa a melhor informação os melhores ferramentas e métodos disponíveis para fazer cenários estudos cenários previsões de cenários de mudanças climáticas né para exatamente prover informações acuradas e precisas para as políticas públicas serem aplicadas né então é uma coisa que é uma é um trabalho muito louvável que é um trabalho que não é remunerado entendeu é na base de doação do tempo totalmente voluntário totalmente voluntário e é um trabalho desvinculado de qualquer qualquer conexão política ou tendência política
é um trabalho puramente científico de análise de geração de informações para para políticas públicas Legal vamos falar dessas políticas já já queria convidar então o manos a entrar aqui na conversa e e me ajudar já a conectar um pouco sobre isso sobre eh como é que você conecta meteorologia com engenharia vamos vamos ver se a gente consegue colocar isso pro nosso público e mostrar essa relação a gente tava conversando aqui nos Bastidores você tava dando alguns exemplos como é que a gente faz essa conexão á por exemplo a gente eh eu atuei com um projeto
de de estruturas então o que que acontecia a gente tinha lá a norma brasileira nbs 23 para estimar a carga de Vento Então essa Norma tem um valor de vento o valor para Goiânia aqui ah 35 m/s a partir daquilo ali você faz toda a distribuição de carregamentos no edifício dimensiona o edifício e vai construir ou seja ele é um um sinal 35 m/s é como se tivesse constante lógico aí vai fazer a distribuição estatística alguma faz um ajuste Zinho nessa velocidade mas se você eh tiver um valor Preciso de velocidade você começa a analisar
o desempenho da sua obra com acurácia precisão muito maior e a gente não tinha isso até então então quando a gente começou a aproximar da meteorologia foi percebendo o quê potenciais de de melhoria na avaliação de desempenho das obras Então essa esse é um exemplo de velocidade de modelagem de vento em Torres ou em estruturas tem n outros até dentro dos modais de transição energética existem pontos aí que são problemáticos por exemplo hoje a gente tem um problema no modal eólico que é a quebra antecipada de paz é uma endemia Como que você vai atacar
isso hoje eh o meteorologista vai me dar lá olha a o ciclo a série temporal de vento é em tal região a mais característica é essa projeta sua pá aí e você vai ter que projetar uma pá que consiga resistir durante 20 anos o problema hoje é quebra antecipada de pá em menos da metade da vida útil ou seja seu payback sua tir vai pro espaço Então você tem um desafio tecnológico aí para romper Como que você vai fazer isso você precisa no caso da tem que integrar estruturas né A modelagem estrutural modelagem aerodinâmica processo
construtivo e materiais Não dá para pegar só um ponto e falar não vou melhorar o projeto atacando só um pronto é um negócio multidisciplinar por natureza ou seja tem n exemplos disso aí questão de planejamento de transportes questão de estabilidade de encostas né então a gente pode abrir um leque gigantesco cada um vai dar um programa entendi endi vamos entrar um pouco mais nesse detalhe eu vi que você tava mostrando inclusive tecnologia aqui que né já tá avançando então volto pro Saulo aqui agora e queria conversar um pouco Saulo tentar trazer um pouco assim quais
foram esses avanços eh no ponto de vista de previsão meteorológica e climática que a gente que você né tem vivenciado conta um pouco para nós o que que mudou de 20 anos para cá o que que tem mudado eh e que pode ajudar a gente a resolver melhor esses problemas do mundo que eu entendo né você é um físico eh pesquisa modelagem Então você tá atuando exatamente nesse nesse contexto de como é que você modela melhor o meio ambiente para ao modelar né prover uma previsão melhor né de resultados que possa ser usado em várias
aplicações uma delas é que nós estamos falando em projetos engenharia o que que evoluiu nesses últimos 20 anos O que que você pode falar um pouco para nós e e e aí depois o que que é o mais moderno que nós temos hoje Enfim então o o o que eu testemunhei nesses 20 anos duas dois aspectos fundamentais que é o grande aumento da capacidade observacional do do sistema terrestre como todo usando uma série muito grande de satélites sensores a Bordo satélites que fazem o monitoramento ário horário na verdade de todo o planeta né porque A
modelagem da atmosfera sem observação não é nada é simplesmente um chute né ou seja os modelos cálculo chute não cálculo heurístico usando técnicas estatísticas pois não perfeito metologia que eu aplico de vez em quando algumas situaç eu vou anotar aqui porque eu vou trocar esse chute PR is é uma metodologia sofisticadíssima né não é qualquer um que acessa essa ciência sabe então o o meu trabalho que eu eu eu sou basicamente um modelador eu pego as equações físicas converto eh em aplico métodos numéricos para resolver numericamente as equações Escreva um código ainda uso fortran muita
gente Escreva um código e us um supercomputador para rodar esse código e gerar as previsões mas tudo isso não é nada se você não tiver um corado numa base Grande observacional Primeiro que te dá as condições do modelo te dá as condições de contorno para resolver as equações diferenciais e te dá os dados que você precisa para ancorar e saber o quão o seu modelo é preciso né veja que a gente tem as leis da física o que a gente aplica na prática é uma caricatura das leis da física porque a gente não consegue resolver
a fís como ela é exatamente né então esse processo de gerar um modelo ele introduz uma série de aproximações né E aí aquilo que você tá modelando ele é uma caricatura não é realidade então aquilo tem que ser sempre vigiado sempre monitorado e verificado a acurácia né E você só consegue isso se você tem dado observado né então Respondendo a sua pergunta voltando primeiro aspecto é o aspecto observacional mas vou pedir para você responder em pedaço mas vou te interromper assim esse dado tá disponível para todo mundo esse essa esse dado que é coletado por
sensores tal quer dizer pesquisadores do mundo inteiro acessam isso como como que funciona bom isso funciona através de uma grande rede Mundial que é que é estabelecida pela organização meteorológica Mundial que é um órgão dentro das Nações Unidas né então você tem centros eh distribuídos pelo mundo que são centros que geram seus satélites lançam satélites geram sensores recolhem os dados né E todos esses dados são convergidas pro para alguns servidores que são distribuídos no mundo né e os centros operacionais do mundo tem acesso livre porque o que se faz é uma troca de dados né
Você tem um centro que tem o meu dado eu coloco o meu dado lá e qura prad eu pego o seu né E aí eu uso os dados uma massa de dados muito grande isso é algo gigantesco que requer uma eh transmissão de dados extremamente rápido requer super computadores para processar esses dados em tempo real né então você tem essa Organização Mundial de de de de armazenamento de troca de controle de qualidade de disponibilidade né Porque é importante o dado tá ali disponível na hora aqui os centros precisam né entendi é uma comunidade Mundial vamos
dizer assim que deposita esse dado nós temos satélites nossos que a gente nós temos satélites de observação da terra o IMP tem o terceiro satélite O cers que é um satélite de monitoramento de de ocupação e uso do solo né mas o IMP agora até interessante você ter colocado que a semana passada o diretor do IMP esteve na China nós temos uma colaboração muito forte com a China na parte satelital né e Foi estabelecido o primeiro contrato para criar o primeiro satélite meteorológico Brasileiro né então a gente vai ter um satélite dedicado para nós pro
pro pro continente sulamericano até o momento todas as informações meteorológicas a gente usa principalmente satélites americanos e satélites europeus né que que que distribuem isso de forma gratuita eh para eh publicamente né Entendi então voltando voltemos lá voltemos lá na pergunta da evolução dos 20 anos e tal você começou falando aí da sensorização então começa por aí segue lá então o outro aspecto é o aspecto da modelagem em si do sistema terrestre né quando eu comecei a minha carreira a gente era muito compartimentado eu simulava a atmosfera como como como se fosse algo completamente desconectado
do resto né da a gente sabe que tem oceanos temos a a superfície Continental temos as plantas temos as geleiras né tudo isso troca energia e vapor d'água com a atmosfera né então a para você cada vez modelar com mais Realismo o seu seu o seu estado atmosférico você tem que incluir esses componentes essas interações que existem entre os chamados componentes do sistema terrestre né criosfera hidrosfera atmosfera e os oceanos né então a A modelagem hoje ela evoluiu para você não fala do modelo atmosférico você fala do modelo do sistema terrestre sistema físico terreste né
onde todos esses componentes T as suas equações físicas fundamentais que governam a evolução deles todas essas componentes são são fazem eh São conectados dentro do único só modelo né Imagine aí é uma complexidade enorme esses modelos eles podem ter milhões de linhas de código mas evolução é a capacidade computacional porque eu tô entendendo que as equações para modelar isoladamente cada parte aqui Já devia existir H algum tempo sim sim não sim sim mas a a conexão que não existia você tinha grupos que trabalhavam com os oceanos grupos com atmosfera mas isso evoluiu para uma comunidade
unificada um sistema Unificado né então nós temos isso o IMP faz uso de algo com Nesse contexto assim con tudo a gente já consegue fazer previsões mais sofisticadas em função dessa em função dessa dessa nova novo essa nova modelagem que a gente chama de modelagem integrada do sistema terrestre né agora é claro que isso cada vez mais que você acopla processos o curso computacional cresce ainda mais né e não é outra razão pela qual o IMP investe por exemplo nós vamos investir agora R 100 milhões deais para comprar o novo supercomputador porque o problema numérico
que você tem que resolver é um problema extremamente caro e se você só consegue resolver o problema se você tem uma máquina que tem uma capacidade computacional muito alta né e tem um aspecto importante eu quero fazer a previsão do tempo para ela ficar pronta amanhã né se eu começar a previsão do tempo agora se ela ficar pronta só na próxima semana ou seja a gente precisa deã não vai servir a próxima semana ó anteontem ia ser assim é isso ia ser assim nós choveu mas a gente não acred então Ou seja é uma é
um algo que eu gosto muito porque envolve tecnologias avançadas de supercomputadores eh dados satelitais e modelagem numérica métodos numéricos avançados emprego de física né todos esses componentes se juntam para a gente fazer cada vez mais PR cada vez mais informações de tempo e clima mais acurados né para a sociedade sim sim não consigo compreender que houve uma evolução eh na integração dos modelos que aumenta a a a precisão né da dessa das previsões e tudo tudo mais e obviamente do poder computacional que permite fazer isso né que até então talvez não fosse possível e hoje
cada vez mais tá disponível poder computacional mais alto e Marlos puxando então um pouco essa conversa eu vi que no começo que você até mostrou aí um software tecnologia algumas previsões e você trouxe um pouco sobre eh você falou um pouco da chuva lá no Rio Grande do Sul que que houve até modelagens assim que já previa uma chuva mais alta e tal que que você tem hoje de tecnologia disposição então pro Engenheiro né para usar fala um pouco mais assim o que que que que o que que a engenharia pode acessar com essa meteorologia
mais moderna e como é que a gente põe isso em prática traz cases traz exemplos aqui vamos tentar ilustrar agora com algum Case real ou alguma coisa que você possa falar enfim vamos tentar trazer pra audiência is Olha só eh A Gente Tem trabalhado junto num projeto eh eu tive oportunidade aí de me aproximar da equipe do Saulo e o que que acontece eh como um quem da engenharia querendo subsídios da meteorologia eu fiz vários requerimentos e eles começaram a equipe dele é tá em instad é por exemplo eu quero isolinhas aí na dos próximos
15 dias com 90% com percentil 90 aí eles me entregaram todos os percentis então eu tenho um banco de dados Eu tenho um um subsídio da engenharia do subsídio da meteorologia do jeito que a engenharia precisa por exemplo tá por exemplo e Eh vamos supor hoje a gente tem a gente eh tem tem dá para melhorar a cura precisão e tal mas o que acontece o Saulo ele me o grupo dele lá me entrega as isolinhas de temperatura daqui 4 dias dentro de uma uma hora é chuva também é temperatura chuva radiação vento o que
que vai acontecer imagina alguém da construção civil fazendo um planejamento da obra ele pode ter uma uma previsão muito melhor de quanto de chuva que vai ter quanto de radiação que vai ter naquele local naquela hora que ele tá desenvolvendo uma atividade que é melindrosa por exemplo você vai jogar o concreto lá a temperatura do ar na hora do lançamento do concreto ela influencia na qualidade do concreto então se você tem esse subsídio você consegue vai começar a fazer planejamentos que hoje não estão disponíveis para engenheiro civil Então a gente tem condição de melhorar várias
atividades da engenharia civil a partir de subsídios mais precisos da meteorologia mais personalizados vamos dizer assim né então Eh por exemplo eu tenho aqui perfil de Vento de 0 a 300 m de altura A cada 30 segundos onde que alguém tem isso para fazer uma análise de difícil isso isso não tava disponível antes não não hoje tá Hoje tá hoje a gente tem então o que acontece aí você vai pensar assim não pera aí os modelos então Eh que eu tinha eu vou jogar fora não não tá falando isso tá falando que pode melhorar bastante
os modelos a gente pode fazer uma integração dos modelos que de análise dinâmica agora a gente pode estudar melhor o desempenho deles estudar melhor a precisão deles a curaça a estabilidade isso que o salo tá fazendo aqui pra supercomputação na parte meteorológica a gente pode eh trazer bastante coisa pra engenharia civil e melhorar a nossa atividade projeto por exemplo linha de transmissão eh a linha de transmissão é bastante afetada pela temperatura pelo vento tá como você faz a previsão nisso em cima de carta estática que foi feita há 20 anos atrás sendo que você tem
agora o dado disponível bem mais preciso ainda que você não tem um um GAP aí de precisão mas ele é ele já é característico de alguma coisa que tá flutuando no tempo então você Você pode adaptar um modelo de geomecânica para fazer essa previsão muito mais precisa que antes você não tinha condiçõ de fazer tá então o que que muda na vida do projetista lá ele vai ter mais eficiência nesse projeto vai gastar menos material ou vai adicionar segurança o que ó logicamente a engenharia civil eu até brinco com o pessoal que trabalha comigo a
gente pode reduzir todos os requisitos a dois confiabilidade e otimização confiabilidade tem que ter falha de eh não pode ter falha sistêmica ao longo da vida útil do do empreendimento então não pode ter alguma coisa que prejudica o funcionamento sistêmico dele e otimização você tem que por exemplo extremar uma Car erística mas balanceando as outras então menor custo mais atendendo segurança durabilidade e eficiência por exemplo entendeu então você tem que trabalhar nessa esses dois requisitos eles pegam todo Tod todo o universo de dilemas do engenheiro Então você um projetista por exemplo ele pode gerar um
projeto que seja mais econômico mas atendendo menor e com menor custo mas com por exemplo um índice de segurança compatível com o que ele fazia antes quando a gente fala de menor custo a qualidade desse dado hoje geraria o que 10 15 20% para cada tipo de para cada tipo de obra cada aí vai ter um impacto diferente com certeza n tem tem outros fatores que influenciam também né mas uma coisa que que queria pegar um gancho aí uma coisa que eu fui bastante influenciado pelo pessoal da meteorologia por exemplo a gente na engenharia civil
Você projeta uma obra instala a obra lá e pronto acabou você não volta mais lá para saber se aquela flecha daquela viga foi exatamente aquele valor Se a aceleração que você previu tá exatamente daquele valor ou qual desvio o que tem entre o que tá acontecendo e o que você previu hoje a gente eh e o pessoal me influenciou bastante e eu comecei a desenvolver a parte observacional e a parte Laboratorial então eu consigo eu consigo olhar hoje por exemplo o que que é da Perspectiva da obra eu consigo olhar a partir da perspectiva de
modelagem eh observacional o que que dá para medir em campo para ver se o modelo ficou bom e o que não dá para medir o campo e eh dá para fazer em laboratório com escala reduzida para ver se o modelo ficou bom ou seja você tem que fechar esse tripé aí para você entender a realidade da obra por hoje para você fazer modelo é relativamente fácil você pode criar vários modelos com vários desempenh Mas qual deles representa realmente o que tá acontecendo depois que você executou a obra lá por onde que você vai uma validação
para poder garantir se as condições iniciais realmente estão mantidas e se aquela segurança confiabilidade tal que foi prevista lá atrás vai se manter naquele projeto na modelar você sempre abre mão você sempre Abstrai a realidade então por exemplo o sol lá Abstrai atmosfera porque ele não consegue computar todas as variáveis a engenharia civil faz isso também a gente tem que abrir mão de alguma coisa para poder modelar Então você tem uma você já já começa falando olha eu vou errar mas eu quero errar menos e eu quero ter o meu er sobre controle Então você
tem que se municiar de ferramentas e essas ferramentas Por incrível que pareça estão nas interfaces elas não estão numa área só por exemplo eu como projetista de estruturas eu não vou ter todas as ferramentas para eu ter um bom modelo executado em campo eu vou precisar do cara lá da física que conhece conheça de sensores eu vou precisar do cara de processamento digital de sinais para pegar esse sinal tirar ruído e me trazer o sinal purificado isso é é muito caro para aprender e eu por exemplo quando eu fui instrumentar uma torre eu não sabia
qual o sensor que colocava lá em cima dela qual acelerômetro que eu ia colocar lá por quê Ah um acelerômetro que trabalha aqui muito bem dentro do Indoor você põe ele lá no campo com poeira com Vento passarinho que senta em cima dele muda tudo a gente tem que aprender essas coisas aí você começa a a a a perseguir a realidade do desempenho da obra com mais ferramentas legal entendi o o o sal esses dados que o o Marlos tá falando que vão ajudar a melhorar os projetos vão ajudar a melhorar a engenharia tão disponíveis
para qualquer um assim qualquer um acessa a esses dados ou é algo que ainda não é assim depende de uma enfim de algum tipo de integração de alguma parceria com íp coisa parecida como que é isso na verdade a gente tem um projeto em conjunto E a ideia é customizar porque porque o seguinte você tem previsões de tempo disponíveis na internet você pode pegar baixar o cara vai te dar chuva precipitação precipitação temperatura etc mas o que o engenharia precisa ela precisa de ter algo mais customizado não é só pegar a temperatura e a chuva
que vai resolver então o a interação essa que nós estamos tendo em que o Marlos nos traz a demanda dele o que que ele precisa exatamente do que os modelos podem fornecer E aí tem um outro aspecto você precisa de uma equipe que domina que tem o norral da da modelagem tem o norral da meteorologia para você adaptar o seu sistema de modelagem para aquela necessidade né Então essa é uma foi uma sinergia muito grande que nós conseguimos construir porque ele nós conseguimos prover para ele exatamente o que ele precisa nos termos que ele precisa
né porque modelos meteorológicos existem Você pode baixar modelo dos Estados Unidos da Europa pode colocar para rodar mas se você não entende o modelo e o seu cliente vamos dizer pensar que engenharia nosso cliente nesse aspecto né é eu preciso dessa informação preciso de uma Rajada distribuída em numa dada num dada resolução vertical da superfície até um dado nível você precisa ter Noal para intervir no seu sistema de modelagem e extrair aquela informação porque aquela informação ela existe ela está ali mas ela não tá disponível eh normalmente não tá mastigada assim não Exatamente é e
essa interação é fundamental por isso é que essa parceria é importante ou seja ter essa essa sinergia e as demandas e a gente consegue atender da forma como de forma que otimiza o a engenharia consiga consegue otimizar a informação que a meteorologia consegue produzir né Então esse é um aspecto importante metodologia Mundial evoluiu muito nós temos capacidades grandes de produzir dados ambientais com alta confiabilidade com alta espacialização né a gente tá falando que nós temos modelos que rodam com resolução de 1 km espacialmente distribuído Você pode ter informação quilométrica né enquando que há 20 anos
atrás isso era 100 Km 200 km de resolução né Ou seja a gente avançou muito na na no refinamento na na espacial e na qualidade da informação gerada né E essa qualidade da informação gerada ela vem primeiro com o uso massivo de dados satelitais para ancorar o modelo para validar o modelo né e o avanço da qualidade da da da modelagem numérica no sentido de aperfeiçoar as equações tornarem elas cada vez mais próximas das equações físicas né diminuir a abstração que o Marlos falou aqui que a gente faz para tornar o problema factível né porque
se você você não resolve você não tem como resolver as equações da atmosfera chamadas famosas equações nev estes né que no fundo são uma tradução da segunda lei de Newton por um fluido né Eh um fluído compressível ou incompressível com calamento aí vocês tem chamadas chamadas equações na Via stokes né são equações diferenciais de alta complexidade não tem solução analítica por exemplo na verdade é resolver a equação to é um prêmio do milênio você ganha 1 milhão de dólares entendi entendi é são são questões da ciência agora puxando esse esse assunto a gente eh eu
acho que a gente conseguiu aqui conectar um pouco sobre meteorologia Engenharia e tal agora falando da meteorologia e previsões climáticas assim estamos vivendo no mundo Talvez um momento que eh tá chamando a atenção de todo mundo em função de uma série de consequências Talvez um um um um primeiro tema é o aquecimento global né assim e as metas que o mundo tá se colocando para atingir quer dizer a gente tinha uma meta aí de até 2050 não não exceder a 1 gra me pelo que eu me me informei até 1 g e me até 2050
Nós já estamos batendo nessa meta já quer dizer nós estamos em 2024 ainda estamos chegando nessa meta então há uma preocupação no mundo que acelerou muito né o aquecimento global e como é que a gente faz para garantir que isso não venha a ficar mais crítico né e chegar lá então então tem tem esse tema tá tá acontecendo inclusive vi um pesquisador brasileiro vou lembrar o nome aqui falando numa na reportagem do valor sobre eh os combustíveis fóssil pó nós nós não devia nem abrir mais nenhum posto de petróleo parar com isso agora já porque
o uso do combustível fóssil vai ajudar também nesse a contribuir negativamente com esse aumento de temperatura então quero puxar um pouco para esse lado né da da da temperatura e olhar assim que que que a gente vê como aí Marlos pode começar com Marlos depois o Saulo como seus os maiores desafios e oportunidades paraa colaboração entre a engenharia e a meteorologia né na criação de soluções sustentáveis assim inovadoras para lidar com esse problema vamos vamos entrar por esse lado agora e falar um pouco mais sobre isso é por exemplo eh a gente tá falando muito
hoje em transição energética que seria migrar as matrizes né De geração para formas eh que emitem menos carbono Então a gente tem aí quatro principais modais né o hidráulico o hidroelétrico o fot Volo o eólico e o biogás como eh geradores de energia para fazer a eletrólise bom tem esse pacote aí tem o pacote agora também da da do pessoal da conversão de de energia para fazer eletr você tá falando aí do hidrogênio exatamente Verde vamos vamos vamos pegar esse aí pra gente é bom vamos falar um pouco mais dá uma minutada n Acho que
você foi rápido n eu captei aqui porque esses dias esses dias eu andei fazendo um episódio sobre hidrogênio verde eu vi que você conectou você táa falando da o eólico a hidrelétrica né o o fotovoltaico e o biogás o solar né e o fotovoltaico e o biogás para fazer eletrólise que é o mecanismo de se produzir o hidrogênio Verde Então mas por que que isso é importante esses modais aí vão gerar energia elétrica e vão eh chancelar o hidrogênio como se fosse o hidrogênio gerado por uma Fonte Limpa vamos dizer assim esse é o hidrogênio
uso do combustível fóssil Semar mais carbono sem jogar mais carbono pra atmosfera Beleza cada um desses desses modais aí eles têm os desafios intrínsecos deles então por exemplo Como que você vai fazer o o biogás lá como que você vai fazer a conversão do biogás para gerar energia de forma eficiente né tirar o ch4 lá do Passo e fazer isso aí converter em energia o bagas chicana ou lixão ou ateio sanitário como faz como fazer esse processo então por exemplo a meteorologia ajuda muito porque você vai começar a fazer previsão de radiação Então você vai
atar na Química do do do processo lá e vai conseguir gerar um sistema mais otimizado bom essa é uma linha tá Dá para abrir o biogas aí no outro programa que o pessoal especializado que eu não sou mas por exemplo vamos no no fotovoltaico você tem desafios do fotovoltaico também a questão da bateria Então você tá falando de energia limpa mas você tem uma você precisa de muita bateria para estabilizar o sistema eh o a radiação cai no painel fotovoltaico lá o painel converte essa radiação em em energia mas é intermitente de noite não tem
energia e para você manter a célula funcionando você tem que manter um estoque de energia lá precisa de bateria tá E essa bateria como é que a gente vai fazer ela vai usar aquela bateria que não pega não apaga nunca o fogo que pega nela lá que eh tem um desafio aí tecnológico ou seja e para desenvolver a bateria você precisa da exploração mineral você precisa de ter minerais você precisa de conhecer as jazidas você precisa de utilizar racionalmente as jazidas precisa de mecanismo para extrair isso aí sem poluir também Então olha só tá tudo
ligado né a engenharia tá tem que olhar para isso tudo o que o Saulo faz na atmosfera nós temos que fazer pros modais mas não só para eles pra cadeia produtiva deles de forma completa tá o eólico é onde eu tenho atuado eh mais recentemente aí a gente tem um problema da pá a gente tem um problema de do do do próprio material do do da nacele que se a gente conseguir reduzir peso nela o sistema fica mais eficiente se a gente consegue melhorar a qualidade da resina que faz a pá você aumenta a vida
útil dela então você tem o melhor desempenho melhor eficiência do sistema Então tem um leque muito grande para engenharia at eh se ela trabalhar de forma nas interfaces a gente precisa de olhar para materiais a gente precisa de olhar eu sou da área de estruturas a gente precisa de olhar paraa área de estruturas precisa olhar pro processo de transformação conção civil você tem que integrar isso tudo aí para ter uma solução otimizada e confiável no final Então esse é o grande desafio da engenharia como integrar isso tudo Eh você precisa da pesquisa precisa só que
você precisa do braço do Empreendedor também o cara que faz tem o processo de transformação E aí ele tem que olhar a cadeia produtiva dele se dá para melhorar ser mais eficiente poluir menos e ter mais melhor desempenho na geração do do do produto final então é um leque muito grande legal entendi Saulo como é que pode colaborar mais meteorologistas com engenharia bom deixa só ag sua visão né quequ falou só o engenheiro que quer resolver todos os problemas del com a produção eólica lá com a fazenda do dos heresia aqui do Catavento n Perão
heresia aqui né as fábricas como é que como é que é o nome dessas fábricas fábricas eólicas parques eólicos né que é o nome que se a gente desce para material também a gente tem materiais aí que podem compor com cimento reduzir o consumo de cimento que é um grande e poluidor Ger sim é Av baston Então hoje a gente eu tenho um colega premiado inclusive com a pesquisa dele em função da redução do consumo de cimento mantendo resistência durabilidade tudo então qu dizer é um negócio interessante sim é é o chamado cimento verde não
bom não sei se eles batizaram ele Ainda não mas cinza né É tá cinza ainda tá Tá OK tá bom quer dizer é um antitipo que se coloca no cimento para poder reduz o consumo de cimento e mantém resistência peridade mané as propriedades finais legal entendi mas eu quero ouvir o sal um pouquinho que agora a visão do meteorologista né do pesquisador ali do Físico tá bom bom eu vou vou pegar o gancho que você começou que é questão dos cenários de mudanças climáticas que o PCC aquele órgão que nós falamos no início né Sempre
gerou e sempre era recebido com uma certo ceticismo né Principalmente por pelos grandes interesses econômicos das empresas que que de alguma forma sobrevivem tiram o lucro com as emissões né E infelizmente O que aconteceu é que as as previsões se anteciparam igual você mesmo colocou né E nós chegamos realmente no em alguns limiares que são bastante Eh vamos dizer eh preocupantes né e e os resultados estão aí né então nós estamos vendo aí como você também colocou na nossa discussão prévia o grande quantidade de eventos extremos que são climáticos que vem acontecendo né E isso
muito tá relacionado com o fato físico que é o seguinte que quando você aumenta a temperatura da atmosfera ela consegue suspender mais vapor d'água né e vapor d'água é um é o é o elemento combustível para formar nuvens e fazer chuva né obviamente então uma uma atmosfera mais quente e mais energética os extremos a variabilidade dela vai se acelerar né Então você tem eh fenômenos que estão acontecendo com mais frequência e com amplitudes maiores né Então aí a gente vê em alguns lugares ondas de calor quando temperatura chegando a 50º né a gente vê a
questão do Rio Grande do Sul que são ondas de de chuvas intensas torrenciais né E aí isso conjuga com toda uma questão Urbana que não tá planejada que intensifica o desastre né com com as as os alagamentos etc né então o o o o ou seja o que eu quero colocar é que o cenário tá aí nós estamos com essa realidade hoje e a gente precisa atuar de forma bastante efetiva com bastante energia para para para mitigar né E para reduzir todos esses efeitos adversos né uma coisa que eu gosto sempre de falar também é
que a toda a mudança climática ela é muito iníqua porque ela atinge desigualmente né quando você tem eventos extremos quando você olha a situação você vai ver que a as camadas de população mais pobres são as que mais sofrem são as mais desprotegidas né então é uma iniquidade natural aí intrínseca do do fenômeno que também é algo que tem que ser colocado né então e dentro dessa emergência toda de de atitudes e ações T que ser tomadas né eu vejo engenharia com uma responsabilidade com um papel fundamental que é de gerar tecnologias de mitigação você
desenvolver tecnologias novas para mitigar os efeitos adversos né E você falou da questão do de o climatologista aqui Colocou que não deveria abrir mais nem um posto de Ou seja a gente na verdadee tá ele tá anunciando falando assim olha a gente deveria estar olhando para isso para que abrir mais posto de petróleo para gerar mais combustível para fóssil para para piorar o problema vamos dizer assim né não estaria na hora de parar foi um questionamento que ele colocou se a gente parar agora a gente ainda tem um problemão para resolver não sim sim então
eu acho que faz sentido essa alegação dele Ah eu acho que tem um pouco de um pouco de vamos dizer algum apelo Popular né porque é como se fosse um desespero entendeu a pessoa tenta usar um extremo para para chamar atenção Para ilustrar que as pessoas entendam n é usando aquela cair a ficha né o pessoal ver cai a ficha na sociedade de que Agora completou o download é isso né Mud eu interpreto que seja nesse sentido mas mas realmente a questão da transição energética para uma economia para uma para as atividades econômicas que sejam
menos poluidoras e menos emissoras de gas de efeito estufa isso é fundamental E como eu também tinha colocado na nossa conversa eu acho que a gente tem que até mais adiante que é reduzir a quantidade de carbono que já existe na atmosfera né ou seja se a gente quer desacelerar esse processo com uma uma velocidade maior né aí aí é um trocadilho né desacelerar com uma velocidade maior mas e depende da teoria da relatividade pode ser obrigado SA eu acho que do referencial não é isso exatamente não é só reduzir a a emissão na verdade
a gente tem que atuar no sentido de extrair efetivamente carbono que já existe na atmosfera para acelerar o processo de mitigação e de tentar reverter né a toda a questão climática para voltar a um nível que é o nível eh mais estável que é o nível que a gente conhecia né com você tinha fenômenos mais mais fenômenos extremos mas com amplitudes que não se não se não eram tão escandalosas vamos dizer assim como a gente vê hoje né que hoje eu acho que tem amplitude e tem frequência né assim eu parei para fazer uma leitura
sobre esse tema e tal assim procurei ver notícias no mundo né porque assim não chega você não fica ligado nisso o tempo inteiro e tal acho que acho que houve sim tentar pegar um gancho aqui para trás assim quando eu fazia o meu segundo grau lá né muitos anos atrás eh havia ali o o conceito da camada de ozônio o tamanho da camada de ozônio já era uma preocupação climática naquela época ozônio ozônio não tinha tanta informação disponível internet não existia ainda internet e tal e aí a educação né do do para aquele momento era
uma preocupação com camada de ozono aquecimento mudança climática mas era ainda um discurso Eh vamos dizer assim de pequeno porte Eu acho que o que você falou sobre Saulo eh ou uma um um desprezo né dessas dessas previsões que foram aos poucos eh se mostrando reais né e e e e as projeções do que poderia acontecer mas como o volume a da da da das notícias talvez ou ou o talvez o impacto não era tão grande né foram ignorando e o e o talvez o interesse econômico foi prevalecendo o crescimento das Nações né Eh enfim
eh eh exploração realmente da as oportunidades econômicas dos países para eles poderem enfim se projetar resolver problemas sociais e tal e ignorando as custas do clima né ignoramos isso daí isso foi sendo anunciado e talvez os cientistas aqueles que anunciaram sempre foram talvez vistos como os os profetas do Apocalipse e tudo mais nesse sentido Mas de repente quando vem o problema né ele afeta todo mundo eu tava olhando notícias Poxa tem um Se a gente pudesse reunir num lugar só o tanto de coisa que tá acontecendo no mundo em função de questões climáticas realmente é
chama atenção eu não vou nesse alarmista que nem é nada disso mas chama atenção nesse momento você pegar nos últimos 30 dias o que tava acontecendo no mundo de mundos climáticas tem temperaturas elevadíssimas em alguns lugares inundações em outros lugares eh você tem seca os Estados Unidos passando por uma seca violenta ali na Califórnia naquele lado ali né desertificação do país tá acontecendo ali falta água tem racionamento tô falando na Califórnia o estado mais rico do dos Estados Unidos né então assim são coisas realmente que que cham atenção e eu tava olhando também né eh
e aí aí eu eu fui fazer um curso fiz um curso recentemente eh paraa formação de conselheiros e enfim querendo estudar um pouco mais sobre Organizações e lá a gente teve um módulo que explorou esse lado do SG né do environment do Social da governance né que é que é o eh um lado que preocupa as grandes organizações que tem Conselho de administração eh que olham lá do do Risco paraas organizações então vários tipos de negócios estão sujeitos a riscos e como é que ão os conselhos T um papel de monitorar identificar e monitorar esses
ríos das organizações e eu tava fazendo aqui um um recuperando aqui um pouco das nossas reflexões E aí por exemplo o o um instituto aqui né o o o foro econômico mundial em projeções 2023 falando que pros próximos 2 anos ranking de risco né pros próximos 2 anos em segundo lugar aparece desastres naturais e eventos extremos de clima como o segundo risco mais importante no curto prazo quarto R risco mais importante fala em mitigar mudanças climáticas que é o que nós estamos falando aqui de mitigação né e o sexto risco mais importante é incidentes de
grandes proporções com o meio ambiente quando você pensa em 10 anos então isso para 2 anos quando você pensa em 10 anos os riscos de ambientais aqui climáticos passam os quatro primeiros são todos ambientais os quatro primeiros então quer dizer uma projeção falha em mitigar as mudanças climáticas falha em adaptar que aí tem o lance de mitigar e também a nossa adaptação né porque tem coisas que vão acontecer e pronto acabou né a desertificação não tem como você mitigar tá Tá feito o deserto tá lá né Às vezes o nível do mar que subiu tem
como nós ir lá e baixar né Vamos ter que nos adaptar coisas nesse sentido né A enchente ela vem e volta o que que vai acontecer com essa população que tá lá então eu trago aqui para vocês queria conversar um pouco sobre isso como que a gente se prepara agora para isso né é política pública engenharia a gente já falou né que mais que a gente tem que fazer que mais que essa parceria meteorologia e engenharia pode fazer para contribuir com a sociedade eh inclusive nas discussões de políticas públicas já que nos próximos 10 anos
tudo isso aí desastres naturais eh eventos de grandes proporções né climáticas eh perda da biodiversidade e colapso de alguns ecossistemas Então são quatro aqui que afeta vai afetar o agronegócio né vai afetar eh outras políticas de investimento que a gente tem vai afetar algumas indústrias por eh falta de material escoamento do supply chain Enfim uma série de coisas vamos falar um pouco sobre isso que mais que a gente pode pensar como e que tá sendo feito por aí para poder ajudar a sociedade a lidar com isso deixa eu fazer a introdução a gente por exemplo
quando você faz um pro projeto você pega um input eh climatológico lá velocidade de vento você tem um período de retorno para analisar aquele input máximo Então por exemplo velocidade de vento é velocidade a 10 m de altura no terreno aberto e plano com período de torno de 50 anos tá e se acontecer um extremo ou mais de um extremo nesse período de retorno a gente tá a gente consegue prever isso ou seja que que eu tô querendo chegar eu tô querendo chegar assim essa essa simulação meteorológica ela vai ser importantíssima para você eh conhecer
o comportamento do do parâmetro meteorológico na região e para você usar essa base para poder prever extremos com muito mais precisão hoje a gente tem aí tem as distribuições de gombel né as distribuições probabilísticas para você fazer previsão de extremos mas eh se você tiver uma base eh da meteorologia quase todos os fenômenos aí que vão afetar o desempenho das obras são de origem chuva vento radiação temperatura se você conseguir prever isso com mais precisão e é super interessante para engenharia civil então assim a gente tá de olho nisso a gente tá Tem empresas que
já estão disparando comitês para avaliar o desempenho das obras frente a eventos meteorológicos extremos E aí o desafio é como prever os eventos meteorológicos extremos Que pé que eles estão e como faz isso pois é essa é o o começo é isso aí a gente precisa de ter uma base boa de simulação meteorológica só com aquela carta de 1970 né feita com regist de aeropor aeroportos não vai dar para prever ou a previsão vai ficar a quem sem nenhum demérito a eles esses caras foram heróis porque eles usaram tudo que tinham para fazer essas cartas
só que a gente tem recurso mais avançado já e tem que usar eles não e tem um aspecto que aqu essas cartas foi foram desenvolvidas num dado do regime climático que a gente tá percebendo que o regime climátic tá se tá se movimentando né Tá se movendo né ou seja cada vez mais vai ser importante você reatualizar os seus cenários em função do que você tá observando agora né ou seja tem que colher as informações do passado verificar o que tá acontecendo hoje e tá sempre retreinar para ele dar conta do que realmente vai acontecer
aí tem um aspecto interessante que a gente não colocou é que a meteorologia também pode ajudar a criar essas distribuições de probabilidade porque também a gente aplica métodos de de de previsões por conjunto significa que você não parte de uma condição Inicial e gera uma previsão mas na verdade você tem uma condição Inicial e você tem uma uma incerteza associada a essa condição Inicial Não só do ponto de vista como é que a atmosfera está hoje mas como é que ela tá evolu evoluindo intrinsecamente Então em vez de você fazer só uma integração você faz
um conjunto 50 uma centena de integrações E aí você tem um feixe de trajetórias que te dão a evolução do seu do seu do seu clima a desse feixe de trajetória na verdade você tem uma uma família né Você tem uma família de soluções e que você pode tratar estatisticamente para tirar uma samb tirar distribuições probabilidade e isso vai te dar ainda mais firmeza e ainda mais a a eh tomar decisões cada vez mais assertivas do que você tem que tomar né entendi esse lado aí Eh agora você comentou agora a pouco sobre ok a
gente faz a Vamos trabalhar para emitir menos CO2 tem aí o hidrogênio Verde você trouxe aqui trouxe essas previsões também para ajudar a gente a resolver problemas aqui no dia a dia na na nos projetos e tal você falou sobre retirar o CO2 atmosfera tem solução para isso hoje além de plantar árvore que eu acho que é a que eu aprendi lá na na fotossíntese lá da aula da tia Márcia lá da quarta série tem tem tem tem além de reflorestamento por exemplo que outras tecnologi já existe hoje é que que é conhecido ou que
tá sendo experimentado por exemplo bom eu vou começar depois o Marlos enquanto Engenheiro pode falar com mais propriedade porque bom eu não sabia por exemplo eu não sabia para para mim para retirar o CO2 da atmosfera assim pode até existir uma tecnologia sofisticada mas eu achava que a solução realmente era era replantar né assim aumentar a cobertura verde né porque a fotossíntese além da fotossíntese que outro mecanismo troca o CO2 por algum outra coisa no processo de produção você tem como capturar o CO2 essa técnica chama ccus Então você captura ela é uma das técnicas
por exemplo é injetar esse carbono que ia ser espelido pra atmosfera em Poços que eles chamam de postos depletadas é uma das técnicas Só que aí o pessoal argumenta o seguinte Ah mas polui o lençol freático tem uma série de Associados tem técnicas para ISS ir pra atmosfera jogar ele em outro lugar captura ele mas é jogar em outro lugar e retirar ele da atmosfera aí é Não aí é não é não colocar mais e como retirar assim não sei se tem isso aí plantar á gente vamos plantar árvore todo mundo plantar um árvorezinha mas
exatamente mas exatamente o melhor melhor solução que eu imagino eu eu eu não sou especialista na área mas não sei dizer se existe alum outra tecnologia em que você consiga fazer isso mas certamente plantar árvore é a melhor atitude de hoje né plantar árvores além de você tirar o carbono e colocar na na porque o carbono é o que faz a árvore né estrutura da árvore é composta basicamente de carbono né É assim que ela retira o carbono mas plantar a árvore tem outros aspectos que é o aspecto da da questão da qualidade eh do
qualidade de vida do ponto de vista da atmosfera local porque a árvore uma árvore ela retira a energia do ambiente e transpira água então aquela energia que vem do Sol seria é usada boa parte para aquecer a superfície e irradiar de volta e esquentar a atmosfera Aquilo é usado para transpirar Então você é algo que a gente tem essa experiência na todo mundo né uma região arborizada tem um microclima muito mais agradável muito mais Ameno do que numa área imagina um bairro que só tem concreto cimento telhado certamente é uma região muito mais quente do
que uma área arborizada né então arborizar é realmente uma solução para tirar o carbono da atmosfera e aliviar a o próprio aquecimento global né sim e um outro aspecto da questão dos aumentos dos eventos extremos uma coisa interessante pra gente colocar o Rio Grande do Sul eh teve nos últimos Vamos colocar Vamos colocar a faixa de 1 ano eh três grandes enchentes sim né duas recent agora é essa é recente agora e o ano passado teve duas né e teve aquela de 1941 foi que era considerada a maior de todos os tempos né Essa de
41 ela tá na frente das duas enchentes que aconteceram no ano passado né E essa e essa desse ano é a maior historicamente né Ou seja no período de 1 ano você ter três eventos extremamente intensos de de inundação C um ano um ano do ano de 2023 para cá ah de 23 para cá tá perfeito são três enchentes extremamente graves que criaram imagina o custo financeiro de todo esse de todas essas inundações é estamos falando de centenas de bilhões de reais né issoa ordem aí pouco é a é aí tem a lado da engenharia
também que talvez tenha ajudado a piorar a situação com o excesso de construção né impermeabilização total do solo não tem para onde escoar enfim os problemas clássicos aí de de como lidar com a água da chuva né que de repente tá tudo canalizado ali mas não tem para onde escar que o excesso de de de edificações e tal também contribui que é comum nas cidades isso né mas aí eu tava pensando aqui se falando de políticas públicas né se a gente vai ver em breve assim eh medidas drásticas do tipo taxação mesmo das empresas que
poluem mais que bota mais carbono na atmosfera ou assim você tava comentando aqui sobre benefício tem benefício para quem polui menos né E talvez pode ter algum tipo de carga adicional tributária para quem polui mais provavelmente Isso vai acontecer é eu acho que sim eu espero na verdade que aconteça porque eu acho que é é a forma mais efetiva dos grandes grupos econômicos efetivamente mudarem para uma tecnologia para uma tecnologia mais verde né vamos dizer assim ou seja de efetivamente começarem a trabalhar numa transição energética mais favorável ao clima né E aí gera uma questão
pra engenharia o cara vai ter que medir quanto que ele tá poluindo ele tem que saber quanto que ele tá gerando de carbono aí pra atmosfera isso aí ser interessante para ele quantificar isso engenharia também porque engenharia tem que desenvolver novas te Exatamente é além além do desenvolvimento novas tecnologias ele tem que saber o que tá fazendo a parte observacional tem que tá mais integrada tem que tá mais próxima do do pessoal de transformação eles tê que monitorar o processo todo de forma completa entendi eh o vocês acham que tá acontecendo assim um eu acho
que a gente falou num podcast para trás aqui sobre o mundo buan né Né o frágil e o ansioso da ansiedade o A de ansiedade né tá acontecendo sendo uma ansiedade também nesse lado climatológico assim tá acha que as gerações que estão vindo tão tão ficando preocupadas com isso assim eu acho que né po certamente ISO você vê se você olhar jornais de psiquiatria psicanálise eh grandes revistas científicas dessa linha o número de artigos envolvendo a discussão da do crescimento da ansiedade chamada ansiedade climática né Principalmente na na nas populações mais jovens isso é algo
alarmante porque a ansiedade no ambiente de trabalho a gente tá vendo isso muito assim então a gente tem discutido muito esse assunto né Por causa da própria da circunstância das organizações com muita coisa para fazer um excesso de busca de produtividade né as organizações não não conseguem prover um ambiente de trabalho propício pro desenvolvimento daquela pessoa então há Muita cobrança Às vez e tudo veio a pandemia teve o assunto do trabalhar remoto combinar o trabalho remoto aqui qualidade de vida então começou a aparecer um monte de coisa o o excesso de conhecimento que tem pra
pessoa buscar então sempre aquele sentimento que tô perdendo tô devendo tô deix tô ficando de fora e tal isso tudo vai virando um turbilhão dentro da pessoa e aquilo a pessoa Às vezes né Tem uma dificuldade de lidar com tudo isso tem uma tem um lado de ansiedade por esse lado agora eu perguntei do climático porque as pessoas estão preocupadas realmente né com o que vai acontecer daqui 20 30 anos com ela o sujeito de 20 anos quando ele tiver 50 ele ele vai ser essa meta de um grau e meio de aquecimento é quando
vai acontecer para ele será que ele será que a gente tá vendo isso também na sociedade eu acho que a gente deveria cada vez mais se preocupar com isso né e criar programas de saúde saúde mental e mas eu acho que a gente tem que esclarecer is esclarecer porque o seguinte nós temos um desafio tecnológico né o que nós temos que fazer é colocar as melhores mentes os melhores profissionais para trabalhar em como ser esse desafio tecnológico né Eu acredito na humanidade Eu acho que a gente vai conseguir contornar a questão da mudança climática mas
isso requer uma certa atitude proativa do sentido que a sociedade civil tem que exigir que programas políticas públicas comecem cada vez mais serem efetivos criarem programas de transição energética forçarem essa transição né de modo que a gente consiga reverter toda essa toda essa situação de ansiedade que é que eu tô com 60 anos fico ansioso imagine jovens que estão com 20 30 anos que tem a vida toda pela frente né É É algo completamente entendível né completamente entendível que as pessoas têm essa ansiedade mas que essa ansiedade ela tem que ser revertida em proatividade né
e de mobilização social política de e de exigir que aconteça mudanças concretas no sentido que haja uma transição energética Eh que que priorize a questão climática E aí entra né eu vou deixar o gancho pro Marlos aí entra o grande papel das engenharias né porque quem efetivamente vai conseguir gerar tecnologias inovadoras são pessoal de engenharia nas diversos Ramos né inclusive até uma engenharia nova que existe que é chamada geoengenharia né que é a engenharia de como mudar o sistema terrestre para aliviar a questão da mudanças climáticas né é algo ainda tá sendo nascendo ainda né
mas existe já esse tipo de profissional o Geo engenheiro que que vai projetar alguma alguma intervenção que você vai fazer no ambiente para tentar minizar o mitigar o processo né mas deixa com mar Saulo ele é só aa do perigo e o engenheiro que tem que resolver mas eu achei muito legal isso porque assim a gente tá criando condições cada vez melhores para eh viabilizar as soluções Sim eu entendi tá claro que há uma grande oportunidade né para profissões na engenharia né paraas pessoas na engenharia se desenvolverem profissionalmente até ocupar espaço aí tem muita ch
muita oportunidade para quem de repente tá olhando o que que eu vou fazer em termos de formação profissional até a especialização não é na engenharia Com certeza e e eu defendo que a engenharia tem que tem que trabalhar nas interfaces tem que trabalhar melhor nas interfaces então engenharia com meteorologia essa que a gente tá construindo aqui é uma interface as engenharias entre si engenharia por exemplo civil uma a mecânica tem Interface para ser trabalhada aí toda a parte de auscultação de obra tem que desenvolver muito pra gente poder começar a ver o que que a
gente vai fazer como a gente vai reduzir como vai usar racionalmente os recursos mais racionalmente os recursos então Ou seja a engenharia civil com aeronáutica Tem Tudo a Ver os modais aí os sistemas eólicos eles eles estão nessa interface da Civil com aeronáutica tem a fundação tem a pai eólica E aí como é que faz para trabalhar isso junto legal legal ouvir isso assim né porque eu tô pensando assim naquele jovem que tá ali no terminando no segundo grau e pensando o que que ele vai fazer olha quanta oportunidade tem né de contribuir com esse
processo né nos próximos 20 30 40 anos na na transição energética Já que as engenharias vão est metid nesse assim com com toda e eh né Essa complexidade toda mas todas as engenharias vão estar de alguma forma conectadas e envolvidas para resolver esse problema da transição energética você deu alguns exemplos aqui assim você pode até falar um pouco mais se a gente tivesse falando aqui agora com um público que tá ali eh a galera que tá tentando ver se vou vou fazer alguma Engenharia não vou Poxa tô aqui eu acho que esse papo estimula né
esse pessoal fala assim poxa eu posso participar desse processo de transformação do mundo me envolver aí com com esse movimento né da transição energética no Brasil no mundo porque de alguma forma eh o engenheiro né o físico o engenheiro vão ser peças importantes para esse para essas soluções aparecerem né Com certeza eu diria o seguinte quando a gente começou a trabalhar nessa interface a gente na engenharia civil a gente vê as equações de fluido de uma forma muito panorâmica né então Eh quando por exemplo primeiras discussões lá com Saulo Ele me mostrou a não essas
equações aqui são essas tem além das navir to que você conhece tem mais essas aqui um pacote de equações aí eu fui estudar isso E aí você começa a entender a interf por exemplo eu já caí na interface da Civil com a mecânica e com a aeronáutica porque para eles Esse é o dia a dia deles então você começa a ver o seguinte pera aí onde que entra super computação aí já entra o pessoal da da Computação você não você não resolve ela no seu laptop n se quiser fazer com qualidade você precisa de uma
máquina Então você tem que saber processamento paralelo opa pera aí tá bom mas então quero resolver a equação preciso saber se ela representou bem a realidade Então você precisa do sinal medido lá você precisa de alguém conheça sensor você precisa de pegar esse sinal e mandar para você telemetria começa a montar o LEGO você vai ver Fica gigantesco é coisa que não dá para você trabalhar sozinho você tem que aprender a trabalhar em rede o trabalho em rede ele ele não sem você trabalhar em rede você não ataca um problema desse né Aí tem o
pessoal de materiais comecei a atar na eólica lá o cara me trouxe o problema da pá Ixe como é que faz isso engenheiro de materiais você não vai conseguir atacar tudo não o engenheiro de materiais precisa de trabalhar nessa interface ou seja o segredo é atuar nas interfaces legal eu vejo assim não legal eux já fiquei super super estimulado aqui de pensar nas possibilidades assim né Eh um problema Mundial um problema que afeta a sociedade inteira o mundo inteiro e a gente pode né assim ajudar o ipog é uma instituição de ensino a gente tá
fortemente né associada às engenharias temos aqui graduação queria até que você falasse um pouquinho sobre isso nós temos pós--graduação em engenharia então assim a gente pode ajudar a contribuir né formando pessoas profissionais estimulando eles a eh desenvolver né nessa eh habilidades e competências para contribuir com a transição energética fala um pouco sobre o nosso curso aqui Marlos da graduação de engenharia civil se quiser falar pra galera aqui naquela câmera lá e e fala um pouquinho o que que eles podem esperar alguém que tá aí e pensando em fazer uma graduação em engenharia agora eu acho
que ficou super estimulado cara eu vou ajudar a mudar o mundo fazer transição energética e de repente através da engenharia civil que é o curso de graduação que a gente tem aqui que que eles podem esperar ver aqui que que vamos lá vamos falar um pouquinho para essa galera bom ô pessoal o curso de engenharia civil ele foi construído com essa visão de e olhar pras interfaces tentar atacar o problema de forma Global né Eh preservando os itens que são básicos para de fundamentos para poder fazer esse esse esse essa abordagem então por exemplo a
gente foca nisso o projeto foi construído dessa forma e o grande lance do curso eh é a forma como ele integra os professores que T atuação no mercado porque um componente muito importante do curso também é o mercado o mercado ele dita limites para pro problema da tecnologia porque se você não tem um recurso disponível não adianta você criar uma solução você não vai conseguir entar ela então você tá limitado também pela dinâmica de mercado local então a gente olha para tudo isso olha paraa fundamentação técnica que é importante que ela inclusive define que eh
como você atua nas interfaces né define até onde você pode ir porque se eu não estudasse as equações da meteorologia Eu não conseguiria conversar com o pessoal da meteorologia não conseguiria pedir coisas para eles então você tem que ter um conhecimento mínimo nisso o curso Ele traz essa perspectiva não só eh do meu eu eu sou esse profissional mas tem vários profissionais de outras áreas também que fazem essa interface com o mercado com problemas emergentes com com desafios aí de complexidade eh atuais legal então bacana é isso aqui no ipog você não só nós temos
não só o curso da graduação mas também tem algumas pós graduações em engenharia civil você pode consultar aqui o nosso site redes sociais para ter acesso a essas informações eh Vai ser um prazer poder explicar mais para você como que você pode se desenvolver desenvolver competências nessas áreas que nós estamos conversando aqui eu queria voltar aqui eh com vocês eh para ir caminhando para um fechamento uma curiosidade aqui com o Saulo Saulo você foi pesquisador da Nasa ali durante 5 anos e teve ali né próximo de um centro de pesquisa super avançado você pode contar
um pouquinho das experiências que você teve lá o que que foi que você né O que que você foi fazer lá e resultados que que você gerou conta um pouquinho que eu acho que a turma aqui pode tá curiosa né eu eu eu fiquei bom uma das coisas que eu me especializei dentro da área de meteorologia de modelagem é simular o ciclo hidrológico ou seja simular a formação de chuva ciclo hidrológico hidrológico é e simular a formação de chuva e fazer com que os modelos de previsão melhorassem a capacidade de prever precipitação prever que a
gente chama precipitação prever chuva né então eu tive um certa um certa fui um pouco feliz que eu consegui desenvolver uns modelos que chamaram a atenção internacional né modelos que tem uma uma capacidade de previsão melhor do que os demais existentes né E hoje esse sistema Ele tá implementado em diversos lugares do mundo né então eu eu fui feliz de de da Nasa ter conhecido esse esse trabalho que eu fiz e fui convidado a trabalhar né Então nesse nesse tempo eu pedi uma licença de interesse particular da Instituto Nacional de Pesquisas espaciais do quais eu
tenho muito orgulho de fazer parte né então eu fui contratado e e trabalhei no modelo Global da Nasa o modelo clim ático deles e implementei todo esse trabalho que eu fiz né E também fui feliz que eh o resultado foi muito bom e aliás ganhei um prêmio no final de reconhecimento né e o e o trabalho que eu fiz é usado operacionalmente pela NASA dentro do modelo climático da Nasa O componente que faz a previsão de chuva é o trabalho que eu que eu desenvolvi né Eu acho que eu fiquei muito feliz o ambiente é
um ambiente bastante competitivo né Como pode imaginar né condções de trabalho também como a gente vai V antecipar são excelentes mas Voltei pro Brasil acho que a contribuição maior seria dada aqui né e eu fiquei feliz fui convidada a chefi divisão de modelagem do IMP né Eu sou chefe de divisão e hoje a gente tá liderando um projeto grande comunitário no Brasil que é desenvolver a nova geração de modelagem do Brasil que é um modelo do sistema terrestre como eu falei a gente tá usando o estado da arte né projeta um projeto de 10 anos
eh para no final de 10 anos o Brasil tem um modelo estado da arte como em qualquer outro país né eem que consiga atacar todos os fenômenos eh que são relevantes Né desde previsão de chuvas torrenciais igual essas que acontece no no tem acontecendo em grandes centros urbanos ou no sul e até chegar a fazer previsões de cenários climáticos de longo prazo com uma uma uma acurácia efetiva importante né então a gente também nós tivemos da Felicidade da conseguir R 200 milhões deais da fep financiador estudos projetos então com esses 200 milhões a gente vai
ter 100 milhões para comprar o novo supercomputador que vai deve chegar no final do ano e parte do dinheiro é um é uma parte para rejuvenecer as estruturas do CPTEC que CPTEC é o centro prisão de tempo que faz parte do Instituto Nacional de pesquisa espaciais né Instituto é o guarda-chuva o CPTEC é o centro interno que tem a atribuição de fazer previsão oficial pro país né então a gente tá com parte desse recurso a gente vai rejuvenecer toda a infraestrutura de eletricidade etc criar uma uma uma usina solar também para ajudar fornecer energia elétrica
do supercomputador e desenvolver o modelo o modelo que a gente chama de monan monan é a palavra tupi guarani que significa terra sem malhas né ou seja monan significa aquela a busca por Um Mundo Melhor mais igualitário em que as pessoas tenham peridade vivam com maior ah ah vivam com com saúde com paz e tudo né então e o monan é um modelo comunitário ele tem um paradigma novo que não é um modelo do IMP mas é um modelo da comunidade Nacional então ele vai ser feito numa base de código software livre onde qualquer um
pode baixar o software e usar e pode aperfeiçoar né Uhum E vai ter um sistema de gerenciamento de de de software e a ideia é que a comunidade toda participe e ajude a o Brasil a continuamente se está na Vanguarda do em termos de modelagem numérica né de forma que a gente possa por exemplo apoiar engenharia cada vez com mais eh capacidade com melhor respostas que o que a as informações que a gente gere sejam cada vez mais Eh mais úteis né para os projetos de Engenharia e de alguma forma também contribui paraa transição energética
uau né Que orgulho Saulo parabéns pelo trabalho e pela sua história é orgulho ter um cara como eu gosto de dizer que eu vim da escola pública né Eu vim da fiz Escola Técnica Federal fui aluno de eletromecânica 1925 mais tá bom e eu digo que a escola pública e a Escola Técnica Federal fez a diferença na minha vida né porque foi onde eu consegui ter a base matemática de física que me conseguiu Então essa é uma das coisas importantes que o Marlos também colocou né Ou seja é importante que o pessoal faça uma graduação
bem feita bem firme né porque tudo que você aprender a agora isso vai ser usado no futuro né se você não aprender alguma coisa agora vai ser sempre uma situação difícil para você ou seja se você quer fazer a diferença queer ser efetivo na transição energética tem que ter uma base de física de matemática bastante forte porque é isso que e cálculo né matemática cálculo Isso aqui vai te dar isso que vai te dar os elementos para que a sua imaginação flua e converta em realidade né não tá aqui um grande exemplo de um cientista
Goiano estudou na escola técnica aqui né que teve na NASA 5 anos de projeto projetando coisas lá seu trabalho ficou é o modelo atual sendo usado Olha tô muito orgulhoso é um privilégio poder estar aqui com vocês sal assim Parabéns pela trajetória fico realmente muito orgulhoso tem um brasileiro como você né aqui ajudando a resolver um problema tão grande quanto esse né então sim puxa tô bem realmente orgulhoso aqui emocionado de poder estar fazendo essa conversa aqui com vocês aprendendo um pouco eh caminhando pro fim aqui Marlos queria te dar oportunidade de dar considerações finais
já estamos aí estourado aí no nosso tempo que mensagem que você quer deixar aí pra nossa audiência falar um pouco sobre esse tema né que você que provocou essa essa conversa aqui né fou assim cara eu quero falar um pouco sobre engenharia com meteorologia tem tudo a ver essas coisas estão conectadas E aí enfim recheamos aqui não só com esse lado científico aqui Prático também mas com essa preocupação social de olhar pro Futuro também falamos aqui aqui de da da da da transição energética e tal queria como é que você resume essa conversa nossa que
recado final que você quer deixar aqui pra nossa audiência eu diria pro pessoal o seguinte que essa formação básica ela é a ponto de partida para qualquer salto que você vá dar então por exemplo se você tem uma formação consistente você consegue entender essa linguagem eh com a qual você consegue descrever atmosfera por exemplo ou a obra civil você pode dar vários saltos você vai escolher o salto o caminho que você vai eh seguir agora se você ficar deficiente nisso você vai est limitado então o desafio hoje é o seguinte a gente tá num mundo
de muita complexidade os requisitos são gigantescos então sua obra hoje tem que ser segura tem que ser durável tem que ser eficiente tem que ser barata Isso é Um Desafio compatibilizar isso tudo como que você vai fazer isso sem uma base fundamentada uma uma fundamentação consistente e emitir menos carbono e emitir menos carbono só isso esse é o desafio eh e eu acho que vale para qualquer ciência mas para engenharia eu reforço isso a fundamentação ela é essencial então o pessoal às vezes critica a disciplina ah cálculo é só para desenvolver raciocínio Não é não
o cálculo ele é uma linguagem que permite você descrever as leis que governam os fenômenos físicos entendeu quando o pessoal fala que cálculo é só para desenvolver raciocínio eu falo vai joga xadrezinho engenharia aí recadinho a para vocês ó os estudantes de cálcul cálculo ág linear é geomet analítica isso não é brincadeira é ali que tá a base que vai te permitir enxergar coisas além do que você veria normalmente aquilo ali é são ferramentas Então Vem estudar no hipó a gente força isso tá a gente não abre mão disso tá joia obrigado obrigado máo Professor
Saulo pesquisador orgulho tá aqui com você palavras finais considerações finais parce doog viu já veio já deu palestra vai continuar Espero que sim gostaria de estar muito perto de você aprender mais palavras finais e considerações finais ó eu agradeço muito essa oportunidade como eu falei no início eu nunca nego uma oportunidade de poder divulgar a questão da emergência climática né mas até ao mesmo tempo eu acredito muito na humanidade então nós temos que ser proativos né Nós temos um desafio e nós temos que atuar para vencer o desafio né e a e a geração que
tá aí essa geração mais nova acho que ela tem uma oportunidade ímpar né de atuar efetivamente em gerar novas tecnologias novos métodos de mitigar e trazer o clima para para um equilíbrio climático que que nós consigamos viver com com prosperidade com paz e e que os povos tenham segurança energética segurança alimentar segurança hídrica né então acho que seria isso o meu recado um voto na humanidade e um voto na juventude para gerar as soluções que a gente precisa contamos com isso certamente né olha Saulo muitíssimo obrigado pela sua participação Maros Muitíssimo obrigado Mais uma vez
aí pela parceria eu queria agradecer também você que acompanhou a gente até o final aqui mais uma edição do nosso IP podcast o podcast que coloca a sua inteligência em movimento e olha hoje ela movimentou absurdo aqui porque a gente ol foi Nas Profundezas de várias coisas aqui mas no final do dia eu acho que o recado foi dado como é que a gente conecta em engenharia com meteorologia para resolver um problema Complexo da humanidade Espero que você tenha curtido eu encontro você na nossa próxima edição do ipog Cash até mais no [Música]
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