Crise da Masculinidade | #01T02 Dirty Job

e aqui eu quero fazer uma primeira pergunta você acredita no conceito de gênero a mulher é um marcador de modernização qualquer sociedade que você observa o lugar da mulher Você mede mede entre aspas claro porque não é um quantitativo a modernização daquela sociedade em que termos no mesmo termos que fala o bman da ambivalência da modernidade quer dizer como tudo que é modernizador carrega consigo uma ambivalência resolve problemas e cria outros um feminismo branco e heteronormativo porque afinal de contas as mulheres da primeira onda ele tá bufando as mulheres da primeira onda eram brancas nível

de militância hoje na ideologia e quando você pensa ideologicamente você fica burro em algum momento a burrice Vai tomar conta de você a cegueira e tal a gente usa de novo Tem que fazer momento disclaimer a gente usa muito de ironia tá prestem atenção até nos cortes de Instagram que daí vocês comu perdi a gente usa ironia sem nenhum limite sem nenhuma é quem não é capaz de entender ironia é melhor desencarnar de pensar e vai brincar no parquinho isso exatamente você fazer um workshop de como ser grosso estúpido idiota burro babaca e achar que

assim você vai pegar alguém O que é Afinal a crise da masculinidade Olá jobbers sejam muito bem-vindos à nossa segunda temporada É isso mesmo hoje a gente estreia a nossa segunda temporada com um tema como vocês já sabem um pouquinho espinhoso a crise da masculinidade o Pondé gosta desse tema né Pondé eu adoro É principalmente quando se fala no plural masculinidades masculinidades mascul tem nada menos masculino do que falar mascul ides Pondé adora adora vai adorar agora todo o percurso que eu vou fazer vocês vão ver vamos lá mas eu vou começar com um artigo

da BBC que fala que em 70% do mundo as mulheres estão superando os homens em termos de escolaridade eu ainda não superei o Pondé porque não dá né Mas uma hora eu chego lá hein é uma hora eu chego lá é já ouvi falar disso e bom até pouco tempo atrás as mulheres não estudavam né A minha avó Por Exemplo foi fazer faculdade aos 50 anos depois de criar os filhos depois que os filhos já estavam crescidos e na faculdade ela mesma resolveu fazer faculdade de psicologia inclusive e clinicou até os 80 anos então é

uma ruptura é uma mudança e não tem como a gente falar da crise da masculinidade sem entrar minimamente na história do feminismo bom eu vou rapidamente fazer um percurso histórico que é Nossa marca aqui no dar Job né aprofundar o pensamento corre o risco de dormir enquanto você fazer não não não então vou ser rápida tá porque senão ele vai dormir eu quero falar rapidamente das três ondas do feminismo que começa no século XIX início do século XX a primeira delas com as mulheres reivindicando questões de direitos contratuais direito de propriedade poder dar coisas que

até então só os homens poderiam fazer eh Nessa onda também a gente tem as sufragistas a questão dos casamentos arranjados da propriedade das mulheres isso culminou nos Estados Unidos o o sufragismo em específico na 19ª emenda constituição mas vale dizer que em alguns países as mulheres não votavam até depois da metade do século XX então pra gente entender que não é um processo que acontece de maneira igual pelo Globo todo mas de maneira eh assíncrona descontinuada a depender do lugar os Estados Unidos de fato tem um papel importante nessa história do feminismo desde que ele

nasceu na metade do século XX a gente tem uma segunda onda e vou trazer aqui uma grande expoente que a maioria de vocês já deve ter escutado que é a Simone de bouar que começa a entrar na questão do feminismo por ideias mais culturais ela tem a famosa frase dela que é a gente não nasce mulher a gente se torna mulher o que dá bastante ênfase nesse elemento cultural então quer dizer a cultura que de alguma maneira faz os papéis sociais de diferenciação de gênero Ou pelo menos a cultura tem um papel muito grande na

determinação do daquele comportamento de cada um dos gêneros tô indo pra última tô indo pra última nada na última aqui ó até tá fora de ordem me perdi na última bati o pessoal do áudio vai me matar o questionamento Acerca das condições culturais e consequentemente políticas do gênero feminino e a gente já vai entrando na questão de gênero isso vai entrando cada vez mais em cena e começa aí o debate acerca da existência ou não de uma essência feminina que já começou lá na Simone do povoar mas que vai se acentuando esse elemento cultural essa

dimensão cultural da do ento feminino vai entrando cada vez mais em evidência e uma das críticas e preocupações das mulheres eh da das primeiras ondas foram vistas por essas mulheres já da terceira onda como algo meio um feminismo branco e heteronormativo porque afinal de contas as mulheres da primeira onda ele tá bufando as mulheres da primeira onda eram brancas e estavam reivindicando eh coisas a partir de um ponto de vista já muito privilegiado bom por fim nos anos 90 a gente tem um enfoque cada vez mais ligado à identidade que daí a gente chega no

contemporâneo passo essa minha Breve História e se deu majoritariamente em ambiente americano tem início então a chamada política de identidade cuja hermenêutica é a política da diferença baseada então nos textos do derd que falam da Lad ferons e eh São demandas por reconhecimento e não por redistribuição E aí a gente tem uma crise a gente já falou disso quando a gente falava no episódio do pobre de direita da questão marxista como há um deslocamento ao longo do século XX de questões ligadas à economia e a redistribuição para questões ligadas à cultura e o reconhecimento e

o feminismo também passa por essa mesma condição e chega nos anos 90 muito mais mais focado na questão do reconhecimento da diferença e é o reconhecimento da diferença que vai dar combustível lutas de grupos mobilizados so diversas bandeiras não só no feminismo nacionalidade o de colonialismo na etnicidade da raça de gênero e de sexualidade Então os movimentos de identidade vão suplantar a ideia de classe de novo isso a gente trouxe na história quando a gente fez o mergulho histórico no pobre de direita e a mobilização política então vai se dar via reconhecimento a dominação cultural

vai suplantar a exploração como a injustiça fundamental então o Marxismo clássico acha que a exploração é a injustiça Fundamental e o Marxismo contemporâneo seja ele da política do racismo ao feminismo vai se arraigar nas questões culturais de reconhecimento de representatividade vi United Colors of isso é um ótimo exemplo de como isso entra na pauta inclusive na indústria cultural na propaganda como Marxismo é fake e de como ele adentrou passou de contra cultura para cultura oficial que também já é um assunto que a gente tratou em outros episódios bom Pondé tô perdida nas minhas fichas mas

acho que cheguei aqui em lug mas nesse tem normal se perder é resumo a teoria feminista foi de concepção então de gênero centrado no trabalho para uma teoria de gênero ligada à área cultural até as concepções de gênero baseadas na identidade e aqui eu quero fazer uma primeira pergunta você acredita no conceito de gênero mais ou menos sim né Não dá para negar que existe uma dimensão social na identidade sim sexual isso é é mais ou menos como negar que exista componentes da teoria da gravidade no peso Sim certo então então existe um patriarcado o

patriarcado eh olha é possível que tenha existido patriarcado compreendido como maior poder dos homens Ah o que eu acho é assim eu acho que patriarcado é aquele tipo de conceito que quando você não sabe o que falar você lança ele Ah não é culpa do patriarcado é eu disse isso porque ele traz a dimensão social de gênero Claro é claro mas eu acho que duas coisas aí primeiro ah todo esse debate de feminismo Eu Eu normalmente sou muito mais simpático as primeiras ondas do feminismo com fato histórico e eu acho que esse debate de feminismo

a mulher é um marcador de modernização qualquer sociedade que você observa o lugar da mulher Você mede mede entre aspas claro porque não quantitativo a modernização daquela sociedade em que termos no mesmo termos que fala o balma da ambivalência da modernidade quer dizer como tudo que é modernizador carrega consigo uma ambivalência resolve problemas e cria outros eu acho que esse é um dos principais pecados das feministas no século XXI não quer reconhecer nenhuma das ambivalências presentees no processo de modernização feminina elas leem a a modernização Feminina ou emancipação que aqui eu uso como sinônimos como

se fosse um processo linear sem atritos tranquilo assim como decorar uma sala do jeito que você tá Aim entendeu então eu acho que isso é um problema outra coisa É eu acho Agora não vai dar para fazer isso tão cedo mas há que se perguntar afinal de contas qual é o papel que o chamado patriarcado teve na sobrevivência da espécie certo Quer dizer aí pensando como evolucionista darwinista quer dizer qual é o papel que teve o patriarcado ad na evolução da espécie assim como teve a aquisição da linguagem né Assim como teve os vínculos afetivos

que garantiram que menos mulheres morressem no parto assim como teve investimento parental na prol quer dizer o que que isso significou em termos de sobrevivência da espécie E mais uma vez o que acontece aí eu acho todo esse debate de gênero identidade que você percorreu aí historicamente Eu sempre sinto cheiro de histeria nisso tudo sabe eu acho que nós chegamos no ponto tal em que não só o feminismo mas toda essa discussão de gênero identidade raça é uma forma de conversão histérica ao discurso discurso convertido a histeria é a gente também já falou eh sobre

essa questão da ambivalência em outros episódios e eu repetir vezes não tô tô falando tô falando aqui pra gente recuperar para ele pros cara pros caras pros jobbers e até se vocês quiserem reassistir E aí vocês vão paulatinamente né criando um estofo aí junto com a gente porque a ambivalência ela tá no nível individual e ela tá no nível social Então se vocês lembrarem eu falei da ambivalência quando eu dizia exatamente sobre o feminismo e sobre o fato de que ao mesmo tempo que eu amo o que eu faço e eu trabalho trabalho bem bem

no sentido tenho várias frentes de trabalho né consome o meu tempo mas quero ser mãe e gostaria de ser mamãe do século XX Porque mamãe do século XX poderia se dedicar ao seu filho então essa ambivalência por um lado eu enxergo Obviamente as conquistas do feminismo que me permitiram fazer hoje em dia o que eu tô fazendo E aí eu também como Pondé sou mais simpática as primeiras ondas do que as ondas mais radicais e contemporâneas ao mesmo tempo eu também queria me dedicar aquilo que é uma parte que eu entendo que é fundamental da

mulher e da mat ade que ter um tempo ter um outro ritmo é mas é que o nível de militância hoje na ideologia e quando você pensa ideologicamente você fica burro em algum momento a burrice Vai tomar conta de você a cegueira e tal eh eu eu tenho a impressão que E aí também eu acho que toda a discussão de gênero todo debate de raça hoje em dia isso tá tudo meio junto não é só o feminismo é isso que eu falei nas políticas da identidade É isso aí políticas da identidade eu eu vejo nisso

isso tudo uma radicalização tal que você se alguém que representa um desses movimentos militantes ouve você Gabriela falando isso já vai achar que você é racional exato já momento cancelamento que você é pró patriarcal então aí o exemplo claro isso tomou conta do jornalismo da Universidade Então tá todo mundo ficando burro é Afinal eu ainda sou branca e hétero ferrou bom esse assunto então aí eu não vou nem lá vamos fazer o violino nem lá esse assunto aí eu não vou nem lá é um bode enorme é claro que existem problemas a história existe violência

escravidão Inclusive a escravidão antes nunca teve a ver com Raça né o exemplo racista tá vinculado diretamente à escravidão africana né a escravidão sempre foi um modo de produção violentíssimo né Porque só havia força muscular olha Roma e há que lembrar então e há que lembrar que se acabar a indústria a técnica a humanidade vai voltar a praticar a escravidão dúv mas e eh Sem dúvida nenhuma e essa discussão quando entra a a ela é branca Mas ela é étero entãoa não pode falar ou seja a teoria da interseccionalidade lugar de fala ou lugar de

fala e eu saio fora durmo é não Não a gente conversa mas normalmente se não fosse entre nós aqui eu durmo no se rolasse um ambiente for sa for é uma dormidinha falo eu já volto isso a a Mas eu também acho eh te acompanho Pondé em pensar que hoje em dia a radicalização que vem e ela vem de um lugar com endereço né os Camp universitários americanos sobretudo mas que emanaram pros outros lugares pra Europa sobretudo e pro Brasil mais recentemente e a questão é até pegando carona na tua coluna da entrevista com o

bom senso que fica a dica coluna da folha pé fez uma entrevista com o bom senso maravilhosa aina ironia gente a gente usa de novo Tem que fazer momento disclaimer a gente usa muito de ironia tá prestem atenção até nos cortes de Instagram que daí vocês com meio perdido e tal a gente usa ironia sem nenhum limite sem nenhuma é quem não é capaz de entender ironia é melhor desencarnar de pensar e vai brincar no parquinho isso exatamente Enfim voltando eh esse feminismo mais radical contemporâneo sai das Universidades e ele não alcança o povo o

tal sabe o tal do Povo aquele lá que existe o do senso comum pond é faz essa entrevista muito engraçada porque o que acontece tem uma dissociação tem um abismo entre o que você tá fazendo na academia academia lê os Camp Universitário da onde as teorias radicais de política da identidade saíram e navegam e o que o sujeito quer ainda ontem num corte que eu coloquei num ri que eu coloquei em que eu explicava os nossos últimos cortes sobre ser a melhor versão de si mesmo tudo aquele papo que a gente falou um um me

respondeu a embaixo que será melhor diversão de si mesma eu quero pagar o IPTU Quero conseguir pagar minha quero é o senso comum apareceu lá no meu Instagram para dizer oi que melhor versão de si mesma melhor versão de mim mesmo eu consegui pagar as contas saúde pro meu filho e tal não ser assaltado toda hora não ser assaltado toda a hora e é disso que a gente tá falando quanto mais furioso radical os movimentos de política da identidade forem mas de alguma maneira eles são combustíveis para essa nova direita surgida eu acredito total e

Mas eles vão se afastar das pessoas ditas comuns que tão apenas vivendo a vida sabe apenas vivendo a vida eu acordo eu tenho que ir eu tenho que trabalhar eu pego Du horas de trânsito eu tô no ônibus lotado eu tô na enchente no metrô eu tô são essas pessoas que não tão preocupadas na que elas não estão preocupadas elas não conseguem alcançar a discussão porque a preocupação maior é outra esse senso comum ao qual você se refere da coluna da folha eh tá diretamente ligado à fala do trump né quando ele fala eu vou

fazer a revolução do Sens comum que passou praticamente desapercebido num debate aqui só depois que eu fiz uma coluna duas uma semana antes né em que eu falava desse tema do senso comum e aí eh eu acho que tem uma coisa histórica importante a se pontuar quer dizer essa alienação que a esquerda passou né que ela foi sendo construída ao longo do século XX que ela virou um fetiche do capitalismo fetiche de Menino Rico e menina rica que vai fazer curso de humanas né que a gente conhece vários casos se você acompanha Gabi a constituição

dos agentes da União séa no período estalinista entre as duas guerras né nos anos 30 uma uma estratégia que a KGB que na época não chamava ainda KGB nkvd uma uma estratégia que eles e foi uma tragédia pra esquerda vou assumir o o erro aqui foi uma tragédia porque assim o que que o Stalin fez o Stalin e a Patotinha dele resolveram conquistar como agentes soviéticos a elite de Cambridge certo então eles começaram a investir na conversão que já era uma simpatia na Inglaterra por jovens de família rica na sua imensa maioria inclusive alguns aristocratas

para a causa Soviética Então já ali o que que aconteceu a a a própria União Soviética ela começou a desviar o olhar pra elite acadêmica certo é claro que não era o universo de hoje mas como começou a olhar pra elite acadêmica porque já na origem da revolução Soviética Eu me refiro já havia uma suspeita da por parte do próprio Lenin de que o povo não faria nada o povo não serve para nada você tem que conduzir o povo e por isso eles criaram aquilo que el chamava de terror vermelho inspirado no rier terror vermelho

que era gerar violência entre os próprios membros do campesinato Russo que deu na guerra civil famosa logo após Revolução Por que que eu tô falando isso porque a no final das contas a esquerda hoje né Essa esquerda que você descreveu de Campos e tal ela acaba realizando um problema que a esquerda teve na origem Marx era um intelectual todos os grandes criadores da esquerda foram intelectuais então a esquerda quis se colocar ao lado do Povo digamos assim mas a sua própria estrutura originária a a vocação já era o mundo letrado entendeu entendendo que o mundo

letrado deveria fazer a revolução Apesar de que o discurso era outro os operários e tal mas o fato é que os operários no final das contas como você citou eu quero pagar o IPTU não vamos fazer revolução então há um abismo estrutural na história da esquerda mesmo quando a gente vai para trás há um abismo estrutural na história da esquerda entre aquilo que é o senso comum aquilo que é o povo muito conservador muito atrasado muito ignorante do ponto de vista da população letrada e a vocação da esquerda para a população letrada e aí quando

a União Soviética Rui e a esquerda vai paraos Estados Unidos aí Vira essa bagaça que virou tem todo um debate né nessa Virada do século aí eu tô falando do século X Pro X do Marxismo da esquerda entre a relação entre teoria e ação que é o que você tava descrevendo né uma coisa é um intelectual montar uma teoria outra coisa é quando essa teoria é posta na Praxis em prática na ação quem é o sujeito da enfim aí você entra num outro caminho mas voltando pro nosso tema da crise da masculinidade que a gente

deu uma dagada e o que eu sinto hoje Pondé e acho que todo mundo sente é que tá todo mundo meio perdido nos seus papéis sociais mas as mulheres estão fazendo um monte de coisa estão conquistando como eu comecei a escolaridade de uma série de coisas e eu tô sentindo que os homens estão perdidos assim o que sobrou pra gente fazer exatamente no momento em que elas fazem tudo Lógico que se faz tudo tem um custo enorme para nós né não There is no freel lunch aqui que é o que eu falo estamos pagando uma

conta alta a Quero fazer tudo e quero ser mãe [ __ ] ferrou né O que a o que eu acho de partida nisso é o seguinte primeiro como experiência de professor quase 30 anos em graduação meninas sempre foram melhor alunas né muito mais estudiosas muito caprichosas desde a escola quando você vi a sua coleguinha pintando os cadernos os caras os caras TM vocação estrutural a ser vagabundo na escola né hoje você não pode nem falar isso PR os caras que eles se ofendem é então né Então assim mas dito isso né o o que

eu queria dizer é o seguinte as mulheres elas conquistaram elas são marcador de modernização Como dizia no começo essas mulheres emancipadas ocidente grosso modo então elas estão conquistando uma série de marcadores da vida moderna trabalho sucesso profissional carreira escolaridade escolaridade autonomia mas a ideia o o os homens têm crise da masculinidade no sentido que não sabe bem o que é e aí entra um personagem que eu acho que é um dos personagens piores que caminha sobre o século XX que é o chamado feministo esse esse é o pior de todos o feministo né mas assim

a a meu entendimento né é o homem de esquerda feministo é n aquele cara que é mais feminista do que é feminista então assim a a impressão que eu tenho é que as mulheres elas estão bem perdidas fora do ambiente moderno estrito senso certo trabalho carreira isso tá tudo muito bem quer dizer nunca tá muito bem porque é tudo murado mas sem dúvida nenhuma as mulheres avançaram muito na pauta moderna enquanto tal enquanto que os homens tinham a posição os homens eram os únicos que estudavam os homens eram os únicos políticos as mulheres começaram a

entrar nesse cenário eu pessoalmente tenho a impressão de que os homens que se sentem mal com esse tipo de coisa é normalmente homens que são mais inseguros em relação às mulheres tem medo das mulheres certo e homem sempre teve medo de brochar de da mulher agora o homem tem medo de brochar na vida né porque a mulher ela continua de alguma forma na sua imensa maioria Talvez o senso comum falando alto no coração a mulher continua ah esperando que o homem seja sensível até passar três quatro exato se ele passar na página 34 ele é

fraco Ele é frouxo ele não fica de pé ele não tem nem pegada né não tem pegada ele né nem atitude né então a minha impressão é que assim a a a mulher ela também no ambiente externo ao trabalho ela sente o tranco só que não é permitido a ela colocar em sua pauta porque se for vai aparecer algum pentelho ou alguma pentelha que vai apontar o dedo para ela dizer de novo que ela é machista que ela não fez o caso do Homem Sem dúvida nenhuma eu acho que existe uma certa desorientação nos moleque

nos cara primeiro voltando aos 30 anos de experiência de sala de de aula os homens normalmente não t vocabulário subjetivo é é muito pobre vocabulário subjetivo então pobre em Auto percepção aanálise é pobre com medo desse tipo de coisa muitos né achando que não precisa assim como o homem a maior parte dos homens têm medo de a médico não faz exame terapia esse final de semana eu ouvi de um amigo que fazer terapia homem fazer terapia era coisa de homem fraco Olha aí eu falei Como assim homem não pode ter dúvid é típico ele não

o homem não pode ter dúvida ele tem que sustentar ele é o Pilar da família eu falei é bom que bolha Você tá navegando aí porque pelo amor de Deus o homem é um ser humano todo ser humano é acometido pela dúvida é claro que se numa momento de crise uma família ou uma mulher ficar esperando que o cara tenha uma atitude ele não tiver se o pneu furar ele gritar ai o pneu furou ele vai levar tem até um filme que eu esqueci o nome talvez você você lembra ou alguém que tá seguindo nós

aqui que é um filme acho que ele é dinamarquês suo um bom filme não a casa esse também é muito bom é um filme que se passa Numa estação de esquina França e Ah isso vai ficar como Quiz aí pro nossos amigos aqui ah de repente o Google já sabe é um filme que se passa Numa estação de esqui na França eu acho que ele é um pouco antes da pandemia se não engano e a história é o seguinte tem uma família de escandinava não lembro exatamente da onde o que que é e ele e

aí de repente começa a vir um avalanche eles estão sentados num espéci de café assim tô quase lembrando e tem um vidro né força maior força maior né Ah tem o vidro e eles VM A avalanche vindo e aí que que acontece o cara o pai acho que eram dois filhos e uma mulher e ele ele cata o celular acho que a carteira e salta fora né E o povo mulher os filhos aí passado a crise imediata que não se transformou numa catástrofe mortal aí vem o problema e o mal-estar e todo o movimento inclusive

que a mulher tem que fazer para conseguir reconstruir eu não vou dar spoiler no filme não preciso para dizer isso em todo o movimento de reconstrução que ela tem que fazer para encontrar dentro dela um novo espaço de respeito ao homem então isso é uma das grandes mentiras do debate feminista certo é claro que tem homens que se acomodam e tem homens que ficam em casa cuidando de filhos e a mulher trabalha isso acontece esses esquemas mas dizer que isso se transformou Numa regra numa tendência e que isso tá muito bem não é não tem

nada a ver com isso isso não tem nada a ver com uma coisa que quando eu tava lá atrás a faculdade de medicina ainda eu ouvia Quando ia dar plantão e Obstetrícia né e a e vinha da triagem a paciente vinha da triagem que era feita estado civil largada de marido né vinha muito isso largada de marido tem nada a ver com isso classes sociais mais baixas sempre você teve mulher que tinha que arcar sozinha com os filhos porque sexo para homem sempre foi barato fisiologicamente sempre foi barato sumia do mapa a ideia da mulher

que sustenta a família por revolução moderna que é outra coisa normalmente classe média para cima esse fenômeno continua sendo muitas vezes difícil para muitas mulheres e muitos homens que sofrem com isso principalmente quando não consegue lidar com o que às vezes acontece com uma certa humilhação E aí tem duas questões que eu queria trazer e que eu ouço no mundo que eu ouvi na clínica e até que eu já dei um depoimento pro Linhas Cruzadas no no teu programa Afinal que querem as mulheres né então o que a gente ouve que os homens realmente não

Ban não estão dando conta tão a quem uma série de críticas algumas amigas minhas brincam quem foi que conquistou esse direito que eu não pedi e não queria Alô você cancelar momento cancelamento Ah [ __ ] o cancelamento e mas a a principal questão aqui para mim pé é até que ponto a gente consegue desconstruir a história do patriarcado no no inconsciente e Mais especificamente no desejo porque uma coisa é a gente desconstruir o patriarcado como história como narrativa na sociabilidade nos acessos da mulher etc outra coisa é a gente pensar nisso do ponto de

vista do Desejo E aí o desejo na psicanálise ele é mais amplo que o sexual mas o sexual também e muito importante e aí a pergunta é a mulher vai conseguir gozar fora da posição de objeto e aqui gozar também eu tô no sentido amplo tá gozar sexualmente e gozar não sexualmente porque é isso que me parece ser vou falar até bonito o NOG górdio da questão a gente desconstrói a narrativa a gente tem acesso mas e muitas mulheres gozam na posição de objeto Olha eu acho que inclusive iso é uma das tragédias de grande

parte da classe psicanalítica nos últimos tempos que é ter transformado a psicanálise na ideia de que a política a verdadeira Clínica certo sim então O resultado é que muitos psicanalistas aderiram à ideia de que a política pode mudar essa posição do gozo subjetiva né é que a política pode mudar isso e normalmente a gente sabe no que vai dar porque a política num ambiente subjetivo é como elefante numa loja cais né você fica lutando lutando mas não sai de lá e só destrói tudo a sua volta né só destrói tudo a sua volta então eu

voltaria aquilo que você citou e você normalmente lembra dessa fala da tuas amigas quem foi que inventou o direito conou direito que eu não queria Então para voltar ao tema da ambivalência que eu falava no começo aí que eu acho que é um excelente tópico para pensar na ambivalência porque existem aí alguns movimentos que aparecem como esposas tradicionais esposa troféu é esposa troféu eh soft Girls não sei o qu meninas aí que inclusive usam o exemplo da Escandinávia da Suécia que é um Bastião do feminismo desde os 19 de meninas que querem morar com os

namorados com os maridos ou whatever e que querem ser sustentada e acha ótimo encontrar com as amigas tomar café e tal quer dizer como se fosse uma forma dizer não eu não quero esse direito a vida é infeliz é muito pesado e tal mas olha a ambivalência aí eu acho pessoalmente uma péssima opção para uma mulher ver ser sustentada pelo marido olha que feminista ele não sou feminista Eu só sou realista não não mas eu sei que sou a feminista é claro que sou a feminista porque de alguma forma É sim né então assim eu

acho um péssimo eu tô querendo dar um exemplo de como a bivalência É sim sim como ela funciona PR péssimo uma mulher escolher ser sustentada pelo namorado pelo marido desde cedo porque se der merda que que ela faz que que ela faz certo eu tô aqui fora da discussão de Gol F dá pedir uma pensão então aí entra a barriga entra muitas vezes esse truque o famoso golpe na barriga mas uma hora essa criança cresce que existem todas as formas mas o ponto de vista subjetivo assim como a maioria esmagadora dos homens degenera quando é

sustentado pela mulher eu acho que grande maioria das mulheres também degenera quando tem que ficar fazendo cálculos para sobreviver que não tenha que ver com uma subjetividade capaz de ser criativa criadora da própria vida então isso é ambivalência e é isso que o debate ideológico estúpido burro que domina a universidade as redações de jornal e de televisão não enxerga é burro ele não é E olha que bman é um sociólogo se você pensar é e simples el escreve fácil o nostálgico quando se fala né então assim e ele disse isso tudo no livro modernidade ência

é muito claro a modernidade ela cria ambivalências que não tem solução isso insolúveis exatamente que é o que eu dizia ao mesmo tempo que não quero abrir mão de nada do que eu faço quero ser mãe gostaria de ser mãe com uma certa calma de uma mãe do século XX PR onde eu vou é a família Doriana como se falava propaganda da Doriana foi o merchan de graça ex é outra coisa que eu também vejo e aí também é bem empírico é no ambiente né de quem tá solteiro e tal são os caras bem perdidos

em relação a como chegar nas mulheres e aí eu pago a conta não pago a conta eu abro a porta do carro ou não abre a porta do carro eu né Eu acho que não tem muita não tem como resolver isso os caras vão ter que babar na mesa e na gravata até o f no caso acaso assim sentir fazer três perguntas para tentar entender Qual que é a pegada dela você ela um pouquinho mais conservadora você ela um pouquinho mais e assim vai na intuição você sabe Gabi eu lembro eu lembro de 20 anos

atrás mais ou menos sei lá para dar número Redondo quando a gente eu fazia essas discussões deem sala de aula e eu uma vez escutei de uma aluna que ela falou mais ou menos o seguinte que aceitar que o cara pagasse a conta era uma indicação de que ela queria encontrar com ele de novo se ela recusasse dele pagar a conta ou quisesse dividir a conta era um indicativo que ela não queria ver ele de novo f dica né Isso já vão sei lá se é 20 anos mas alguma coisa entre 15 e 20 anos

lá lá mas é super atual a dica tá válida Olha aí Então veja como as coisas continuam a funcionar entendeu tem um nível ali onde de repente esse jogo com a poção de objeto que você se referia certo poção feminina de objeto continua a falar lá no inconsciente e ele pode inclusive ser instrumentalizado como uma vez eu li uma matéria na folha Se não me engano na folha Acho que sim que era uma mulher que era especialista em dar cursos para mulheres arrumar marido alguma coisa assim né e uma das dicas que eu lembro que

eu ri muito quando eu li que era a seguinte não fale no primeiro encontro muito de sucesso profissional se você o tiver porque não tem coisa que faz o cara correr Léguas se ele não tiver querendo se aproveitar dela né porque tem os cara quer se aproveitar hoje em dia é a ideia de que ela pode ter mais sucesso profissional do que ele f não era o conselho da mulher PR as mulheres não fale de outras coisas né Fale de outras coisas por porque se você ficar falando o seu sucesso profissional não vai dar porque

se o cara tivesse ido mal né já começa já vai começar bom é e de repente você vai descobrir isso também dele né então fica espera o segundo é outra dica outra dica bom e a crise da masculinidade então pelo que a gente tá trazendo aqui é um sintoma de transformações históricas sim que bagunçaram os papéis de gênero do que era atribuído Então à mulher do que era atribuído eh então ao homem hoje em dia e você me mandou uma matéria ontem existe um feminismo tão extremista tão extremista eu não sei se vocês sabem mas

duas coisas uma é eh que a gente conversou também um movimento de mulheres que preg pela extinção do homo sapiens sapiens gênero masculino então elas estão falando não reproduzam mais ah porque não podemos mais ter um homo sapiens sapiens gênero masculino na espécie porque afinal de conta afinal de contas a gente tá buscando a eliminação darwiniana dos homens do Globo acho um pouco exagerado né coit E ontem ontem Saiu uma matéria que ele me mandou de mulheres que são cafeicultoras e elas agora só mulheres fazem café porque elas não querem mais o homem e todo

o patriarcado que vem na conta com a sua energia no café é assim é eu achei engraçado isso né me pergunta qu é a graça do trágico né né eu posso assim por exemplo quando tem aquelas como chama rodadas jornadas não rodadas jornada de cinema produzido por elas né Eu até acompanho do ponto de vista estritamente racional e sociológico a ideia de você estimular filmes fabricado por mulheres feito por mulheres Apesar de que isso não garante qualidade nenhuma inclusive Porque tem um monte de filme feito por homem que é um lixo e sempre teve né

É então homens e mulheres produzem lixo e produzem coisas que ten qualidade normalmente reserva de mercado conhecido como cota certo reserva de mercado normalmente gera ah processos degenerativos do ponto de vista da qualidade assim como a gente sabe que gera todo tipo de fraude não porque a cota em si ela é uma alma fraudulenta porque a espécie aproveita qualquer chance que tenha para fraudar situações E aí quando você constrói uma reserva de mercado que na origem tem a ideia de dar espaço para quem não tem pode virar uma coisa como essa então tudo bem mas

usa é que nem é que nem quando você fala propaganda de álcool use com moderação né agora outra coisa é quando você pensa na produção de um objeto eu posso imaginar por exemplo nesse caso que por exemplo se eu só quero mulheres na linha de produção de geladeiras é porque eu entendo que eu deva dar espaço para mulheres produzirem geladeiras já que mulheres nunca produziram geladeiras de novo o mesmo raciocínio para produzir o filme audiovisual não significa que a geladeira vai ser melhor e nem significa que essa geladeira vai ser pura vai mais solidária né

quer dizer um dos últimos conceitos mais mentirosos desse século XX ridículo que eu sempre tenho a impressão que no futuro não vão dar a mínima bola pro século XXI certo vão continuar dando bola paraa Roma Segunda Guerra né então assim ah uma das coisas ridículas conceitos ridículos que eu acho que tem no século XX atualmente é o conceito de sororidade muito ridículo Fraternidade não deu certo é por que que sor não e é isso né pegando carona nisso eu também tenho amigos a gente ouve a gente tá no mundo que tavam torcendo pela camala por

ela ser mulher e outras mulheres que são de esquerda dizendo não necessariamente porque ela é mulher ela vai ser mais vai vai ter mais sororidade vai ter mais empatia com as mulheres Isso é o que acontece muitas vezes num ambiente de trabalho uma mulher chega numa determinada posição hierárquica de sucesso e ela age ipsis literes como um homem é e e do Out no pior sentido do homem sim como homem que tem poder e tal e outra coisa é muito comum em ambiente de trabalho quando a mulher chega a um cargo de importância liderança na

hierarquia liderança outras mulheres Diem que ela tá ali porque ela deu pro cara que é poderoso certo então isso é um discurso é um discurso muito comum que as mulheres fazem com relação a outras mulheres que sobem dentro da hierarquia certo é muito mais comum as mulheres fazerem isso que os caras os caras normalmente olhando para outra coisa tão vendo se ela bonita se não é é é outro tipo de universo que os homens se movimentam né agora é evidente que muitos homens T dificuldade de ter Chef as mulheres todo mundo tem tem dificuldade de

ter chefes sim é é um aprendizado moral che é ter chefe muitas vezes é humilhante né mas sem dúvida nenhuma con sei sororidade eu ele ou ele é uma forma de Mau caratismo ou ele é simplesmente falso assim como é ingênuo como eu volto a tema da Fraternidade não funcionou era pensado como conceito Universal né sim super é somos super fraternos e também nem aprofundando nisso quando eu queria dar um momento a ti explica quando eu falo da mulher gozar na posição de objeto para ser mais clara eu tô falando desse lugar que a mulher

tem de gostar de ser desejada de gostar de ser olhada de gostar de que achem ela bonita será que a gente consegue sair desse papel porque se a gente não sai desse papel tampouco a gente consegue tirar os homens da posição dessa posição que é muitas vezes criticada pelas mulheres que é o que deseja que é o que banca Exatamente exatamente que é o que deseja que é o que banca que é o que então é é uma ambivalência pura isso porque E aí eu vou pra minha pergunta eh porque se há partes que a

gente consegue reescrever do patriarcado e partes que não eu te pergunto você acha que essa história poderia ser out como a gente diz em francês você acha que essa história poderia ter sido ela pode ser reescrita como todo esse movimento de reescrever a história em vários Campos do saber e da nossa vida você acha que o patriarcado poderia você falou isso um pouco no começo né nós teríamos sobrevivido ou essa história poderia ter sido escrita de uma outra maneira Ou a gente pode consertá-la a função evolutiva né eu assim já tive a oportunidade de falar

isso eu tenho certeza não um sentido Profético mas olhando pra história eu acho ao que é razoável imaginar assim como outras civilizações acabaram que essa também vai acabar em algum momento né E que sei lá se a humanidade aind existir daqui 500 anos o que eu não tenho certeza eu não tô falando só por causa da crise climática Eu nem quero entrar nesse tema que é da moda é porque a estrutura do desejo humano é meio autodestrutivo mesmo pensando bem floridian mas sei lá daqui 500 anos bom a gente tá na desculpa de cortar mas

estamos meio que beirando uma Terceira Guerra Mundial né é o mundo parece um pouco fora de lugar do que se pensava depois da segunda guerra ex do termômetro do juizo final do jual aumentou né trump e o trump entra ch tá lá para cima né a febre não mas o que eu ia dizer o seguinte daqui 500 anos 1000 anos né Eh se tivesse uma catástrofe econômica e e a gente voltasse a viver em bandos ou alguma coisa assim é muito provável que em grande parte do planeta o patriarcado voltasse certo inclusive porque o o

próprio simples ato sexual que tem um custo enorme pra mulher que se você não tiver todo o aparato para evitar a gravidez coloca a mulher numa posição de risco certo então se toda é por isso que eu costumo dizer a civilização moderna ela é tão cara quanto a bolsa Lu vitton para funcionar né éa um luxo ex a toda a rede de apoio Tod hospital todo sim significa que a gente tem que perceber que isso não é garantido não há nenhuma garantia e você simplesmente tomá-lo como garantia é uma forma de na verdade você dar

espaço para todo o discurso inclusive radical de extrema direita que se alimenta da estupidez dos construtores de opinião no ambiente da esquerda das últimas décadas e aí eu volto de novo na questão do gênero porque se acontece o ecatomb como que a gente I operar fora dessas todas significâncias culturais no biológico biologicamente quem engravida e passa 9 meses gestona como dizem meio aérea meio toa podendo morrer tombando para lá porque perdeu o centro de Equilíbrio mais frágil mais vulnerável e quem é estruturalmente ontologicamente mais forte fisicamente do que a mulher enquanto a mulher tá gestando

e enquanto a mulher não está gestando esse é o ponto me parece né É por isso quando você pergunta se essa história podia ser reescrita olhando do ponto de vista evolucionário é é difícil pensar se ela podia ser reescrita não é Ou se ela pode ser a reparação histórica né então é chegando agora vamos chegar na reparação mas assim eh eh Não há dúvida não significa que como às vezes os arqueólogos entram nos debates mulher caçava não caçava sabe essas coisas é muito ideológica mulher caçava não caçava é muito possível que mulheres caçasse junto com

homens é muito possível né inclusive porque o bando precisava de todo mundo é muito pouco provável que mulheres grávidas caçasse né mas mulheres não grávidas não tinha porque não caçar agora do ponto de vista da reparação histórica né primeiro eu acho que a Reparação por isso que eu comecei falando aquilo acho que ela pode acabar se acabar o capitalismo é com todas as baixarias que ele tem mas a riqueza que ele produziu inclusive de direitos agora eh eu acho que o que atrapalha a travessia da reparação histórica que é o que a gente vive né

é o fato de todo esse debate ter se transformado num sintoma histérico que recusa a diferença sexual que tem dificuldade com o outro e aí é muito engraçado porque a filosofia e todas as ciências humanas às vezes é puro sintoma é é a diferença a diferença a diferença mas na realidade o que eu não quero é a diferença é todo mundo igual hoje eu sou uma coisa amanhã eu sou outra na dependência da minha vontade do que eu quero fazer ou seja no fundo no fundo é uma questão de escolher uma marca de desodorante um

outro sintoma histérico dessa crise da masculinidade que é um sintoma histórico como a gente falava de um processo histórico de transformações históricas são os coaches de masculinidade E os red pills não é é a misogenia que dá dinheiro nas redes sociais bom esse é um sintoma estridente né quer dizer é uma o cara vai aí ele cita não tem mulheres que querem namorados assim porque tem essa onda também né de mulheres que querem namorados assim mas eu acho uma ótima escolha se você quiser ser o completo idiota que não vai conseguir pegar ninguém né no

século XX você vai fazer um Coach desse o curso né sei lá um Coach D work Essa é aav você fazer um workshop de como ser grosso estúpido idiota burro babaca e achar que assim você vai pegar alguém é um ótimo exemplo você dá errado cara bom Pondé eu vou agora pra nossa ponderação final uhum O que é Afinal a crise da masculinidade eu acho que essa essa crise da masculinidade é mais um dos fenômenos de desencaixe que a modernização produziu no seu imenso processo de ruptura daquilo que é um conceito que muito eu gosto

muito de dois historiadores das da religião grega antiga o muray e o seu aluno dods grandes figuras em estudo de religião grega antiga ambos britânicos do começo e metade do século XX que é o conceito de conglomerado cultural herdado Ou seja você tem centenas de séculos e milênios construindo-se de forma aleatória não linear sem ninguém projetando nada uma série de comportamentos que tem a ver inclusive com a experiência biológica da adaptação ao meio ambiente e que a modernidade É talvez a maior declaração de guerra que a humanidade já fez a essa experiência do conglomerado herdado

E aí você produz naturalmente de e perda de ordem perda de ordem no sentido de organização subjetiva objetiva e tudo mais e a modernidade prometeu essa era a crença de que ela ia destruir isso tudo e colocar no lugar o mundo melhor sim e Deu nisso e Deu nisso quando ele fala modernidade só para fazer o momento te explica também a gente tá falando dos últimos três séculos a gente tá falando a partir da criação e da dos estados nacionais da revolução industrial da ideia de progresso da produção serializada do nascimento das cidades ou seja

o começo do processo cujo Ápice nós vivemos hoje em dia mas eu prometo que a gente vai fazer um episódio só sobre isso até pra gente se perguntar se a gente tá mesmo progredindo ou não eu acho que você já tem alguma pista do que a gente pensa Então é isso espero que vocês tenham gostado vejo vocês no próximo e até lá