o que o VAPE FAZ NO SEU CORPO?

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Ponto em Comum
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Video Transcript:
Se você digitar a palavra “vape”  na aba de pesquisa do seu celular, ou no navegador do seu notebook, a busca vai te  levar pra vários sites onde você pode comprar um. Embora o vape seja de fácil acesso, a sua venda  é proibida no Brasil há mais de quinze anos, desde dois mil e nove. Decisão essa que foi  revisitada e mantida pela Anvisa, recentemente.
A resolução da agência nacional de  vigilância sanitária, publicada em abril de dois mil e vinte e quatro, além de proibir  a comercialização, importação, armazenamento, transporte e propaganda dos vapes, reforça  a proibição do seu uso em lugares fechados. E isso veio em um momento bem oportuno, já  que tava ficando cada vez mais frequente o uso em shoppings, bares e restaurantes. Você  tava ali de boa, até que do nada surgia uma nuvem densa de fumaça branca com cheiro  de framboesa.
Nada contra as framboesas. O ato de fumar vape é chamado de vaping,  e tem sido tendência entre os jovens e adolescentes nos últimos anos. Eles não  se consideram fumantes, mas sim vapers.
Mas mesmo que eles não se considerem fumantes, o vape ainda é um dispositivo  eletrônico pra… bem, fumar. Tanto é que também é conhecido como cigarro  eletrônico, e surgiu com a promessa de ser uma alternativa “saudável” ao cigarro tradicional. Só  que fumar pen drive não parece muito saudável não.
Alguns vapes têm sabor açucarado ou  frutado e embalagens de cores vivas, parecendo caixa de bombom, e isso  os torna especialmente atraentes. Segundo a Organização Mundial da Saúde, setenta por cento dos usuários de vape têm  entre quinze e vinte e quatro anos. No Brasil, é estimado que um em cada cinco jovens faça  uso de cigarros eletrônicos, de acordo com uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal  de Pelotas, publicada em dois mil e vinte dois.
Mas afinal, os vapes são  realmente uma alternativa saudável ao cigarro tradicional? O governo  brasileiro proibiu só pra dificultar a vida dos vapers? Ou realmente existiram  bons motivos por trás dessa proibição?
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fim do spot Capítulo 1: O VAPE O primeiro dispositivo eletrônico para  fumar foi desenvolvido e patenteado pelo americano Herbert Gilbert, na Pensilvânia, ainda na década de sessenta. Só que o dispositivo  dele nunca chegou a ser realmente comercializado. Até que, quarenta anos depois, em  dois mil e três, o chinês Hon Lik desenvolveu um novo modelo de cigarro  eletrônico.
E esse sim fez sucesso. Os cigarros eletrônicos foram  projetados para a inalação de nicotina, uma substância proveniente da folha do  tabaco, seja na forma de aerossol ou vapor. Teoricamente, a nicotina dos cigarros eletrônicos  seria de uma forma mais limpa, tendo passado por um processo de remoção de impurezas.
Ou seja,  TEORICAMENTE, seria sim melhor do que o cigarro. O problema é que, na prática mesmo, a  maioria dos produtos disponíveis não possuem um padrão de controle de qualidade. E  isso resulta numa baixa qualidade de modo geral.
Os cigarros eletrônicos são alimentados  por uma bateria de lítio. Dentro deles, existe um espaço para colocar o cartucho ou  refil, com o líquido contendo a nicotina. Esse líquido é aquecido e vaporizado pelo atomizador. 
O vapor é então inalado pelo usuário, o “vaper”. E essa é uma das principais diferenças  entre os cigarros comuns e os vapes. Enquanto no cigarro convencional, é  inalada a fumaça proveniente da queima, quem é usuário de vape inala um vapor, ou seja,  um líquido vaporizado contendo a nicotina.
Desde que os vapes surgiram,  eles foram comercializados em larga escala no mundo todo com  um propósito: redução de danos. Segundo a indústria do tabagismo,  os cigarros eletrônicos seriam uma forma menos prejudicial de acesso  à nicotina para pessoas viciadas. Eles diziam “Se fumar faz tão mal, por que  não fumar a nicotina em uma forma mais pura, mais limpa, e ainda por cima sem compostos  potencialmente cancerígenos, como o alcatrão?
” E realmente, o alcatrão presente  nos cigarros comuns é especialmente problemático para a saúde. O alcatrão é um  composto de mais de QUATRO MIL substâncias, dentre elas mais de quarenta são  comprovadamente cancerígenas. Esse composto fica parcialmente  retido no filtro dos cigarros comuns, mas outra parte é inalada, ficando  impregnada no pulmão de fumantes.
O alcatrão está relacionado com a  incidência de câncer de pulmão, de laringe e de boca em fumantes. Isso acontece  porque essas substâncias cancerígenas presentes nos cigarros induzem mutações nas células,  que podem levar à formação de tumores. Certo, então a ausência de alcatrão nos  vapes os tornam seguros, ou até mesmo, mais saudáveis?
Bem, não exatamente. . .
Capítulo 2: SAUDÁVEL? Sem regulamentação e padronização,  é complicado ter certeza de quais são as substâncias presentes  no vape e, consequentemente, quais são seus reais efeitos no corpo humano. Os efeitos a longo prazo do vaping ainda são desconhecidos por se tratar de  um produto relativamente recente, tanto entre seus consumidores quanto  para o mundo científico.
E infelizmente, os poucos estudos e evidências sobre os efeitos  do vape não trazem boas notícias para os usuários. Em fevereiro de dois mil e vinte, o  Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos, confirmou quase TRÊS MIL  casos de lesão pulmonar associada ao uso de cigarros eletrônicos, além de sessenta  e oito mortes atribuídas a esse hábito. Também vale lembrar que a nicotina  é altamente viciante.
Ela provoca um desejo intenso de fumar e gera sintomas de  abstinência quando esse desejo é ignorado. A nicotina eleva a pressão arterial e  aumenta a adrenalina, acelerando o ritmo cardíaco e elevando a probabilidade  de um ataque cardíaco, por exemplo. E mesmo que existam muitas  incógnitas sobre o vaping, dados recentes sugerem a ligação com  doenças pulmonares crônicas e asma.
E se ainda por cima você faz uso do cigarro  eletrônico JUNTO como cigarro tradicional, aí que lasca mesmo. Você tá se  expondo a diversos produtos químicos, e muitos deles nós ainda nem  entendemos completamente. Esses foram os pretextos utilizados pela Anvisa, em dois mil e nove, para a proibição  dos vapes e cigarros eletrônicos.
Na época, a Anvisa seguiu  um princípio de precaução, pois não existiam dados científicos que  comprovassem a segurança dos dispositivos eletrônicos para fumar. E recentemente a  Anvisa reavaliou o tema, mantendo a proibição. A regulamentação dos dispositivos  eletrônicos para fumar é um tema amplamente discutido, e as discussões sobre a  sua regulamentação ainda estão longe de acabar.
O Brasil faz parte de um grupo de aproximadamente  trinta países que proíbem o comércio de vapes e cigarros eletrônicos, incluindo os nossos  vizinhos Suriname, Uruguai e Argentina. Outros como Estados Unidos, Portugal e Inglaterra  permitem a venda para pessoas maiores de idade. Um dos efeitos colaterais da proibição dos  vapes é justamente o comércio ilegal e a falta de fiscalização.
Não  só dos dispositivos em si, mas principalmente dos compostos presentes  no refil, no líquido que é inalado. A proibição dos dispositivos eletrônicos faz parte  das estratégias do Brasil de reduzir o tabagismo. O combate ao fumo começou a partir  dos anos setenta.
Naquela época, em torno de sessenta por cento dos  brasileiros com mais de quinze anos fumava. A gente tá falando aqui de uma  geração que fumava DENTRO DE AVIÃO. E foi graças às campanhas educativas de  combate ao fumo, que hoje em dia um pouco menos do que dez por cento dos brasileiros  são fumantes.
Isso é uma baita conquista. Hoje, fumamos menos do que os Estados Unidos  e alguns países europeus. Porém essa realidade está ameaçada pelos cigarros eletrônicos, que  colocam em risco anos de campanhas bem-sucedidas contra o tabagismo no país.
E isso é uma questão  de saúde pública, não apenas a saúde individual. A maioria dos usuários de vape acha que está  fumando um vaporzinho inofensivo. Muitos fazem pra ser descolado, outros acham elegante e  chique.
Mas a realidade é que se trata de um vapor de nicotina em concentrações muito  mais altas do que as de um cigarro comum. Capítulo 3: PIOR QUE CIGARRO Vale lembrar mais uma vez que  não existe um padrão definido, as concentrações de nicotina nos  cigarros eletrônicos normalmente variam entre zero até trinta e seis  miligramas por mililitro. Mas alguns vapes podem chegar a uma concentração de nicotina  de CINQUENTA E SETE miligramas por mililitro.
Para a gente ter uma noção  do quanto isso representa, um único vape pode conter nicotina  equivalente a um maço de VINTE CIGARROS! Além de ser extremamente viciante, a nicotina, quando inalada, é absorvida no pulmão, mais  especificamente nos alvéolos pulmonares, cai na circulação sanguínea e  chega rapidamente até o cérebro. As células nervosas do cérebro, os neurônios, possuem receptores aos quais a nicotina se liga. 
Essa ligação estimula a liberação de diversos neurotransmissores, substâncias químicas  que transmitem sinais entre os neurônios. Os neurotransmissores desempenham  um papel importante na comunicação entre as células nervosas, influenciando  funções psicológicas e físicas no nosso corpo. Dentre os neurotransmissores estimulados  pela nicotina está a dopamina, associada à sensação de prazer e recompensa.
É a dopamina que nos faz querer repetir as  experiências que nos são prazerosas, sejam elas sexuais, gustativas, ou induzidas  artificialmente, como é o caso do cigarro. Além de induzir prazer pela liberação de dopamina,  a nicotina também reduz a pressão arterial, o que “ajuda” a reduzir o estresse e  a ansiedade e melhora a concentração. Mas não se enganem, o uso repetido da  nicotina leva à adaptação do cérebro, um mecanismo de tolerância a essa substância.
Basicamente, o número de receptores nas células  nervosas aumenta. Com isso, para experimentar o mesmo sentimento de prazer, o cérebro exige  doses cada vez mais altas de nicotina. Isso acaba criando um ciclo de  dependência.
Em pessoas dependentes, os estados de mau humor, ansiedade  e irritação de qualquer origem são interpretados pelo cérebro como falta  de nicotina e urgência para fumar. O usuário fica refém do uso da nicotina  para amenizar os efeitos da dependência química. Ou seja, a pessoa pode entrar em  abstinência se passar horas demais sem fumar!
Outro grande problema do vape, é que ele tem  a nicotina em forma de sal, o que entrega mais nicotina pro cérebro e, por isso, tem um potencial  muito mais viciante que o cigarro normal. Os usuários de vape podem começar com algumas  baforadas e simplesmente perderem o controle sobre o uso. Ou seja, a indústria diz que é mais  seguro e saudável, mas na verdade está colocando o usuário em uma armadilha para que ele se  torne essencialmente um dependente químico.
E há quem diga que isso seja uma  tentativa de recuperar os usuários de cigarro perdidos ao longo das  décadas, criando mais uma legião de viciados em nicotina. O que pode parecer  meio conspiracionista… mas será que é mesmo? De toda forma, os vapes surgiram  e foram comercializados no mundo todo sob a premissa de serem saudáveis, com nicotina em uma forma mais pura, e sem o  alcatrão que é altamente prejudicial à saúde.
Mas, as soluções utilizadas nos  vapes, conhecidas como e-liquids, contêm outras substâncias além de nicotina e água. Capítulo 4: ALÉM DA NICOTINA Na verdade, os refis podem conter  até duas mil substâncias diferentes, a maioria não revelada. E sem a fiscalização  adequada, é difícil saber a real composição dos e-liquids comercializados  ilegalmente em cada modelo de vape.
E isso talvez até seja uma justificativa  pros vapes serem tão cheirosos, coloridos e chamativos. Você não vai se preocupar com o  que tem ali se ele tiver um gostinho de pêssego. Normalmente, nos refis dos cigarros  eletrônicos, além dos aromatizantes, são encontrados inúmeros aditivos  e solventes como a glicerina, glicerol e o propilenoglicol.
Nomes difíceis,  mas dá pra resumir dizendo que FAZ MAL. A alta temperatura gerada para vaporização,  pode induzir reações químicas e mudanças físicas nesses compostos, formando  outras soluções potencialmente tóxicas. Tanto a glicerina quanto o propilenoglicol se  decompõem em altas temperaturas, dando origem a outras substâncias, como formaldeído,  acetaldeído, acroleína e acetona.
Substâncias que são classificadas, não  só como tóxicas, mas também cancerígenos. O propilenoglicol pode formar um  gás explosivo em contato com o ar, e o seu aquecimento pode levar  à formação de gases tóxicos. A inalação do propilenoglicol  afeta as vias respiratórias e causa irritação dos olhos e garganta. 
E é a exposição prolongada que aumenta o risco de desenvolvimento de asma,  além de desencadear crises de tosse. Já o glicerol é utilizado em alimentos e  cosméticos, mas isso não significa que seja seguro para a inalação. A acroleína,  formada pelo aquecimento do glicerol, pode causar danos ao tecido que reveste a  superfície interna dos pulmões.
Em altas temperaturas, o glicerol também dá origem  ao acetaldeído, que também é cancerígeno. A acetona, também presente no vapor gerado pelos  cigarros eletrônicos, causa irritação na boca e na garganta, que é um dos efeitos colaterais  mais comuns relatados pelos usuários de vape. Outro ingrediente que pode estar presente  nos cartuchos para vapes é o etilenoglicol, que é um substituto do  glicerol e do propilenoglicol.
A alta exposição ao etilenoglicol  pode desencadear dores de cabeça, tonturas, fala arrastada, convulsão, perda da  coordenação motora, danos aos rins e ao cérebro. Pois é, a lista de ingredientes tóxicos presentes  no vapor dos cigarros eletrônicos é grande e podemos adicionar mais alguns, como os metais  pesados: níquel, chumbo e cádmio. Os efeitos dos gases tóxicos produzidos durante a queima  desses metais são muitos e nem um pouco benéficos.
A exposição aguda pode incluir, dentre  outros sintomas, dores de cabeça, distúrbios do sono e do humor, perda de memória,  dores musculares e nas articulações, fraqueza, náusea e diarreia. A exposição repetida pode  causar danos nos rins, fígado e cérebro. E é claro que os metais pesados  são carcinogênicos.
Ou seja, podem causar câncer. Aliás né, quase  tudo nesse negócio causa câncer. O cigarro eletrônico está  há pouco tempo no mercado, mas já conseguiu um feito importante: tem  até uma doença para chamar de sua, a Evali.
Capítulo 5: EVALI & CIA Evali é uma sigla para E-cigarette or  Vaping use-Associated Lung Injury. O que traduzindo para o português seria algo como: lesão pulmonar associada ao uso de  cigarro eletrônico ou vaporização. A evali é uma doença grave que pode levar à  morte.
Os sintomas vão desde tosse, dor no peito, falta de ar até náuseas, vômitos, problemas  abdominais e perda de peso. E os usuários de vape podem desenvolver essa doença  após somente alguns poucos meses de uso. Não existe um teste ou um exame  específico para detectar a evali.
O diagnóstico é feito por exclusão  de outras doenças pulmonares e pela análise do histórico de uso de  cigarros eletrônicos pelo paciente. Muitas das doenças associadas  ao cigarro convencional também podem surgir em usuários dos vapes. Talvez uma das principais ameaças aos fumantes e usuários de cigarros eletrônicos seja  o câncer de pulmão, até porque né, o pulmão é o principal órgão afetado  pela inalação de substâncias tóxicas.
Também existe o risco de  inflamações que podem levar a insuficiência respiratória  ou pneumonia bacteriana. Mas o pulmão não é o único prejudicado  pelos vapes. Embora seja o mais afetado, outras partes do corpo não  estão livres dos seus efeitos.
O uso dos cigarros eletrônicos pode aumentar  os riscos de doenças gastrointestinais, cardiovasculares e até de  acidente vascular cerebral, devido à neuroinflamação do cérebro. A  neuroinflamação também está associada ao desenvolvimento de ansiedade,  depressão e transtornos de humor. Muitas dúvidas sobre o uso dos vapes e cigarros  eletrônicos ainda não foram esclarecidas.
Muitos países sequer regularizaram o uso e  comercialização desses dispositivos. A ausência de padronização da composição e  da formulação levou a uma ampla variedade atualmente disponível desse produto. O que  torna difícil manter um controle de qualidade.
E essas variações tornam difíceis, também,  as pesquisas sobre os efeitos do vape, mas o que se sabe até agora não é nada animador,  e ainda assim o vape continua chegando até você. Capítulo 6: MARKETING No passado, a indústria do tabaco fez  diversas campanhas de marketing super sofisticadas para a venda  dos cigarros convencionais. A imagem criada pela publicidade  associava o cigarro à liberdade, ao sucesso.
Algumas propagandas contavam até com  a recomendação do uso do cigarro por médicos, dentistas e cientistas. O que não  passava de uma propaganda enganosa. Hoje em dia, as empresas do tabaco utilizam  muitos dos artifícios da publicidade do cigarro.
O tema da liberdade também é utilizado com  frequência no marketing dos vapes. Afinal, o vape não tem odor e nem produz  fumaça, como afirmam os fabricantes. A indústria também afirma sobre a isenção  de alcatrão, presente em cigarros comuns, que tornariam os vapes mais saudáveis. 
Informações que não são totalmente verdade, já que os vapes possuem substâncias tão  prejudiciais à saúde quanto o alcatrão. Apesar de serem voltados exclusivamente para  adultos, na prática existe uma estratégia de inserir sabores açucarados nos  refis dos cigarros eletrônicos. E essa estratégia torna os seus produtos  altamente atraentes para pessoas jovens, incluindo crianças e adolescentes curiosos para experimentar coisas novas, sendo cada  vez mais incentivados a aderir aos vapes.
Os aditivos e os sabores, seja de  fruta, chocolate, algodão-doce, só servem para mascarar o amargo do tabaco e da nicotina e facilitar o desenvolvimento  da dependência entre os mais jovens. O que é particularmente preocupante, pois  além de todos os malefícios apontados, a nicotina afeta o desenvolvimento cerebral.  Crianças e adolescentes expostos a essa substância psicoativa podem apresentar  dificuldades em habilidades cognitivas, além do aumento de transtornos  de ansiedade e depressão.
Os cigarros eletrônicos podem ser apelativos,  disponíveis em diversas cores e sabores, mas não resta dúvida de que esses dispositivos  são extremamente prejudiciais à saúde. Ainda estamos longe de conhecer todos  os malefícios que os vapes podem causar. Durante muito tempo, o cigarro comum  também foi vendido como algo “cool”, consumido por pessoas descoladas, até que  fossem revelados os seus reais efeitos.
As evidências disponíveis até o momento  indicam que a composição dos vapes é tóxica, cancerígena e gera dependência química entre  os usuários. Precisa dizer mais alguma coisa? Tanto o cigarro comum, quanto o cigarro  eletrônico apresentam muitos riscos à saúde daqueles que os consomem.
Mesmo sem a  fumaça e sem alcatrão, o cigarro eletrônico faz mal à saúde, com efeitos potencialmente  mais graves do que aqueles do cigarro comum. E nós sequer temos a compreensão de todos  os seus malefícios, principalmente a longo prazo. Com ou sem fumaça, ceder ao desejo  de fumar nunca é uma boa ideia.
O preço a se pagar pode lhe custar mais do que a sua  saúde física e mental… Pode custar a sua vida.
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