A Sociedade da Transparência - Byung-Chul Han

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Tulio Augustus
Intérprete do mundo contemporâneo, o sociólogo coreano Byung-Chul Han diz que nosso tempo padece de ...
Video Transcript:
g1 e como seria de se imaginar a vida em um ambiente marcado pelo excesso de superficialidade pelo uma homogenização entre os indivíduos com uma redução dos espaços para a diferença um ambiente também muito marcado pelo esvaziamento dos valores morais sobretudo da sinceridade e da honestidade o que por sua vez nos conduziria a uma necessidade quase patológica de excesso de informação e excesso de transparência você talvez não tenha feito muito esforço para chegar à conclusão de que esse é o mundo no qual você vive essa é a sociedade contemporânea pelo menos de acordo com o sociólogo
e filósofo coreano vi um show hum no seu sociedade da transparência do qual eu vou falar que hoje a você minha cara e a você meu caríssimo seja muito bem vindo aqui nesse canal eu sou professor túlio augustus e sociologia já te convido para que você se inscreva clicando aqui embaixo desse deixa o seu joinha aqui nesse vídeo para que a gente possa levar essa conversa um pouco mais adiante é pois bem ubbe um churrasco você não conhece a sua experiência de aprendizado começa na tentativa de soletrar da maneira correta é o nome dele ele
é coreano nasceu em ceo e 1959 e mais está radicado na alemanha há muitos anos ele fez doutorado em fraiburgo e é professor na universidade de berlim aliás ao ver esse detalhe da biografia dele eu me lembrei de um outro se algum tanto mais famoso mais conhecido o que é o max weber e também fez a teve em fraiburgo seu primeiro posto como professor antes de assumir uma cátedra na universidade de berlim se você não viu o vídeo do verde feito por aqui você tá perdendo a assistir assim se acabar esse daqui tá certo pois
bem a coincidências à parte ubbe ung a tem causado certo impacto nas redes sociais com uma série de pareceres e diagnósticos sobre o mundo contemporâneo um tanto quanto na linha aproximada digamos de um outro sociólogo de nome muito complicado mas bastante conhecido que é o zig muito bauman de quem também já falamos por aqui né o hub onde tem muitos livros publicados em dezenas de países aqui no brasil já tem uma meia dúzia de livros a dele publicados e ele diz basicamente aqui já de entrando no seu sociedade da transparência que nós vivemos sob o
signo da positividade não há mais espaço no mundo contemporâneo para negatividade cada vez mais a positividade é uma força dominante no mundo contemporâneo isso a gente pode botar por inúmeros sintomas né olá seja das prateleiras das livrarias abarrotadas de manuais de autoajuda seja pela recorrência cada vez maior de profissionais da positividade tais como posts a conselheiros de uma maneira geral por uma vida melhor mais positiva seja pelo fato de você a ter incorporado o termo good vibes aí na no seu vocabulário era uma coisa que não acontecia há anos atrás uma série de sintomas e
como a gente tá sendo mudado inclusive no âmbito da linguagem para uma experiência supostamente mais positiva anulando o caráter eventualmente mais negativo de toda experiência social é ele vai dizer que a sociedade da transparência ela é uma força homogenizador a coercitiva muitas vezes violenta né ea violência aqui no âmbito simbólico sobretudo mas ele vai mostrar que essa tendência de homogenização ela é uma imposição das dessa sociedade até e nós vivemos e é marcada como eu disse no início por um excesso de superficialidade e essa superficialidade conduz a geração cada vez maior de indivíduos a mais
narcisistas né de um narcisismo muito permanente a entre nós entre os nossos dias é muito presente nas redes sociais ele tá o tempo todo falando das redes sociais aquele dialoga muito com isso as redes sociais aliás são sintomas de muito das coisas que eles estão falando só um termômetro né de avaliação para isso aí mostra como a experiência da linguagem cada vez mais eduso essa coisa da negatividade como a gente tá sempre ser mais moldado a positividade para gerar interação que a gente está em busca de likes eu comecei esse vídeo te pedindo um like
né é muito é essa lógica do reconhecimento do outro da exposição da intimidade né ele chega a chamar essa esses nossos tempo e ela da pós privacidade né e de uma anulação da individualidade e ao que marca também os nossos tempos ele discute muito aqui com o lambert que é um pensador francês com a noção de arte de imagem para mostrar como as artes a literatura as artes gráficas a fotografia em geral ela sempre foram marcados por uma o certo noção de mistério e isso vem sendo a reduzido né é um pouco da linhagem no
walter benjamin a pensando sobre isso porque perde-se o intangível nas imagens né pede se essa noção de intangível e cada vez mais a a as imagens no são escancaradas de maneira mais crua de maneira mais seca né tudo tem a na exposição a sua finalidade maior isso tem muita ver inclusive ele não é ele que disse o eu tô dizendo com a noção de sociedade do espetáculo o qual já andamos falando por aqui aí ele mostra que essa superficialidade ela afeta qualquer experiência de profundidade né destruição nas relações das artes no sentimentos e isso conduz
a relações mais superficiais e impossibilita a descoberta de segredos e de verdades ocultas porque nós não temos mais tempo nem vontade de descobrir segredos de construir relações mais estreitas mais duradoras nós queremos a verdade escancarada de maneira mais clara mais direta não é a confiança se torna inclusive algo mais obsoleto e nem a sociedade da transparência ele vai dizer de maneira categórica é a sociedade da desconfiança porque as nossas relações são cada vez mais instrumentais e a gente busca dados o tempo todo nós temos um excesso de informação e essa busca por dados gerados confiar
e quem não fornece esses dados é um pouco aquele sentimento e você já manifestou do calça já foi dito por aí que olha como é que cê vai se relacionar com uma pessoa que não tem redes sociais né essa pessoa que não expõe a intimidade que ela não fornece scan cara a a sua atividade ela não é digna de confiança deve ter algo muito errado aí com essa pessoa é um pouco essa lógica que se manifesta de diversas formas e discutir um pouco conversou também na com uma noção de que a transparência absoluta ela ainda
é inalcançável por que alguns cure alguns qualidade pertence a alma humana pertence ao sentimento humano né recorre a freud para chegar a essa conclusão não é o flávio já nos dizia que a uma fissura aí insuperável entre o inconsciente e entre o ego e portanto negar essa fissura querendo o ideal de transparência absoluta o tempo todo é é uma mentira é uma é algo irrealizável portanto as os a transparência ela tende a assim botar numa certo um grau elevado de frustração né ele discute com o drilar também o jamboree lá que o filósofo francês de
como a exposição excessiva gera a obscenidade e ele escute muito a noção da pornografia não apenas da indústria pornográfica em si mas de da pornografia que entendida como a retirada de sentido entre a imagem e o olho né a cada vez uma redução uma perda de significado entre uma imagem e o olho humano entre aquilo que se projeta como imagem e aquilo que é enxergado por nós por quê porque não há mais mediação no sentido a gente que a verdade crua escancarada estampada e aí isso vai perdendo a noção significado e ea pornografia em geral
é muito mais expressão disso a grafia entendido aqui dessa maneira mais ampla né ele mostra como inclusive o amor a partir a paixão e também o prazer são mais dois mês ticados na sociedade a da transparência cada vez mais a gente não quer viver experiências de ardor a gente quer alguma coisa instrumental rápida e direta ele analisa o site relacionamento e mostra como a gente tá um pouco plugado na noção de quanto mais rápido e mais fugaz melhor seja o amor seja a paixão seja o prazer ele discute com ele folgou a partir da noção
de novo panóptico ele desenvolve a noção de panoff panóptico que é uma coisa que eu sou resgatou no século 20 era uma ideia do filósofo inglês conservador jeremy benthan que era uma espécie de prisão que ele concebeu na qual todos seriam a observados né sem saber que estavam sendo observados por um único vigia e ele é o ideal aí doce 18 a aqui que o mussum resgata muito como metáfora para o século 20 e ele vai dizer que nós vivemos um novo panóptico porque nesse mundo ideal nesse mundo atual todos querem se expor né todos
é que querem se exibir não precisa mais da vigilância aí do vigia secreto é obscuro não nós aqui queremos nos empurra é nos expor nós mesmos nos impomos essa tarefa de exibição disposição o tempo todo né e essa necessidade conduz a uma exposição cada vez mais sem pudor nessa perda da intimidade não isso nos esse excesso nos conduz a um certo a dogmatismo é uma certa doutrinação e nós estamos sempre em busca dessa felicidade homogeneamente feliz né tudo da mesma forma e a vender a ideia de felicidade o tempo todo eliminando lembre-se o lance da
negatividade isso é muito tipo de rede social né e ele traça um panorama meio tristonho tô mostrando como nesse mundo da sociedade da transparência a criatividade a espontaneidade ea imaginação estão perdendo espaço estão sendo domesticados estão sendo aí aniquilados no seu poder de transformação da vida e da humanidade haja visto que são componentes fundamentais para mudança da vida né nós temos hoje uma obsessão pelo cálculo pelo cálculo pela operacionalidade e pela rapidez nas relações e portanto essas dimensões da imaginação da espontaneidade da criatividade tendem a ser cada vez mais anuladas e ele começa o livro
uma frase com a qual eu gostaria de finalizar que é muito boa na cole desafios do peter handke onde ele diz que daquilo de que os outros não sabem sobre mim disso eu vivo é podre até dormindo sem um barulho desse na verdade é um breve resumo do livro se você gostou desse vídeo deixe seu like aqui embaixo se inscreva no canal passa essa ideia para frente foi um prazer eu vou ficando por aqui um abraço e até a próxima a
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