[Imunologia] 1 - Propriedades das respostas imunes

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No primeiro vídeo de imunologia do canal, defino essa importante disciplina, e traço um panorama ger...
Video Transcript:
Olá pessoal tudo bem bem-vindos mais uma vez ao m canal hoje a gente começa a estudar um pouco sobre imunologia [Música] bem-vindos mas o que que é imunologia a imunologia vai ser a ciência que estuda o nosso sistema imune que é o o nosso sistema que é o sistema do nosso organismo responsável pela nossa imunidade responsável pela proteção contra doenças responsável contra a invasão de Agentes estranhos né no nosso organismo então A Resposta imune vai ser uma resposta coordenada a essa invasão de Agentes estranhos inclusive de microorganismos bom uma das grandes dificuldades da a gente
estudar imunologia é que como eu disse a Resposta imune é uma resposta coordenada né o nosso sistema imune funciona como um um grande Batalhão de guerra né onde você vai ter eh soldados diferentes com diferentes funções né nesse objetivo comum de proteger o nosso organismo contra ataques e a grande dificuldade tá aí como essa resposta é uma resposta coordenada que depende de vários elementos agindo juntos cada um com a sua função às vezes fica um pouco difícil da gente enxergar a função de cada elemento separado e entender né Essa ação de cada elemento em separado
e é por isso que nessa primeira vídeoaula eu resolvi expor uma visão Geral do funcionamento do sistema imune a gente vai ver aqui em linhas Gerais quais são os elementos que fazem parte do sistema imune E como que eles para proteger a gente depois nas videoaulas subsequentes a gente vai começar então a detalhar a ação de cada um dos elementos do nosso sistema imune vamos nessa a gente pode dividir a nossa imunidade em dois tipos de imunidade a gente vai ter a imunidade inata e a imunidade adquirida a imunidade nata é uma imunidade que já
está presente no nosso organismo antes da gente ser exposto a qualquer tipo de corpo estranho isso quer dizer que a imunidade nata ela já tá pronta para nos defender quando algum corpo estranho algum elemento estranho ao nosso organismo nos atinge então ela vai proporcionar uma resposta muito rápida porque ela já tá pronta né é como se fosse a nossa primeira linha de defesa que tá ali só esperando o invasor chegar para nos defender já a imunidade adquirida ela vai ser estimulada pela exposição ao elemento estranho ou seja ela só vai eh adquirir corpo ela só
vai eh adquirir função no momento em que ela é exposta ao agente estranho por isso ela vai ser uma resposta um pouco mais demorada Porque a partir do momento que o agente estranho eh entra no nosso organismo é a partir dali que a imunidade adquirida vai eh começar a montar a sua ação a sua defesa Então vamos imaginar a seguinte situação você tá dentro da sua casa eh andando né na sua casa e você tá descalso E aí um determinado momento você pisa em um caquinho de vidro um caquinho de vidro que tava ali no
chão de um copo que quebrou e aí aquele caquinho Ficou ali solto E você pisou naquele caquinho e aquele caquinho perfurou o seu pé para esse caquinho acessar o seu organismo Ele já teve que ultrapassar uma primeira barreira que faz parte da nossa imunidade nata que é a barreira física imposta pela pele né a nossa pele ela é uma importante barreira contra e o ataque contra a entrada de substâncias e de organismos estranhos a nós né então a gente diz que a nossa imunidade nata tem como primeira barreira a barreira física da pele a barreira
das mucosas os nossos pelos servem como barreira também eh a produção de muco serve como uma barreira eh alterações de PH né que vão impedir o desenvolvimento de um determinado microrganismo é uma outra forma de barreira física né então todas essas Barreiras físicas elas são parte da nossa imunidade elas ajudam a nos proteger né e elas fazem parte da da primeira linha de defesa Porque qualquer e defesa subsequente do nosso sistema imune depende do patógeno do microrganismo da toxina que seja ela tem que primeiro atravessar essa barreira antes de nos atingir E aí é estimular
o nosso sistema imune então depois que eh O Agente invasor ele passou pela barreira física Aí sim ele vai começar a ser combatido pela nossa imunidade nata Então vamos imaginar aquele caquinho de vidro que perfurou o seu pé e aí trouxe para dentro do seu organismo e bactérias pequenos microorganismos que estavam ali no ambiente né em volta daquele caquinho e a partir do momento que o caco de vidro perfurou o seu pé Elas tiveram então acesso né a ao interior do seu corpo bom quem já passou por uma situação dessa deve se lembrar que depois
de de uma pequena fração de tempo eh esse local no caso né o seu dedinho do pé que foi atingido ali pelo caquinho ele começa a ficar vermelho ele começa a ficar dolorido né ele começa a ficar inchado e tudo isso é uma reação inflamatória né que eh é feita é montada pela nossa imunidade inata bom e quais elementos além das Barreiras físicas fazem parte da nossa imunidade inata a gente vai ter células que são basicamente as células fagocitárias que são os macrófagos os neutrófilos e as células dendrit e a gente vai ter também as
células chamadas de natural Killers né as matadoras naturais que são células que vão destruir outras células que estejam infectadas né A gente vai ver mais à frente como é que isso funciona as principais células fagocitárias da nossa imunidade in nata são os macrófagos né que são células especializadas em fagocitose então nessa imagem daqui de cima a gente tá vendo um macrófago essa imagem é uma fotografia né feita em microscopia eletrônica de varredura aqui a gente tem o macrófago e você pode ver que ele tá emitindo um pseudópode para eh fagocitar uma bactéria um corpo estranho
que tá aqui verdinho no canto então o macrófago ele vai englobar aquela partícula estranha impedindo que ela né avance a fim de provocar uma infecção no nosso organismo mas como é que o macrófago reconhece essa esse organismo estranho nessa representação aqui debaixo de um macrófago a gente pode ver que ele tem na sua membrana vários tipos de receptores diferentes e esses receptores eles são específicos para substâncias que vão existir nas membranas e e nas paredes celulares de bactérias de forma a reconhecer essas bactérias e fagocitá-lo então os macrófagos eles são células programadas para reconhecer eh
microorganismos que são estranhos a nós e devem ser combatidos inclusive aqui cabe a gente falar uma outra eh característica né da imunidade nata é que ela vai responder apenas a microrganismos ou a pedaços de microorganismos ela não vai responder a substâncias estranhas né ela vai responder apenas a organismos é por isso que a nossa imunidade nata ela não está pronta a responder por exemplo a um veneno de cobra né ou de outro animal Ela não está apta a responder a toxinas de uma maneira geral mas apenas a microorganismos além das células a nossa imunidade nata
ela também cont eh como componentes algumas proteínas que estão presentes né nos fluidos do nosso organismo que formam o chamado sistema do complemento mais à frente a gente vai ver o funcionamento do complemento e por fim a nossa imunidade nata também tem como componente uma série de hormônios que são sintetizados pela células do sistema imune e fazem comunicação entre os diferentes componentes da nossa imunidade que são as chamadas citocinas Existem várias centenas de citocinas com diferentes funções a gente vai ver algumas delas nas próximas videoaulas de imuno e vai entender um pouco melhor o funcionamento
delas então sintetizando algumas características da nossa imunidade nata Como eu disse ela é uma resposta bastante rápida porque é uma resposta que já tá pronta né não precisa ser montada ela tá apenas esperando a chegada do organismo do microrganismo estranho para eh responder a ele além disso ela vai ser uma resposta inespecífica e uma resposta que vai acontecer sempre da mesma maneira o que que isso quer dizer isso quer dizer que ela não tem capacidade de reconhecer os diferentes eh corpos estranhos que chegam ao nosso corpo qualquer que seja o invasor que tá chegando ali
a nossa imunidade nata ela vai responder Da mesma forma então por exemplo o macrófago Ele sempre vai fagocitar seja um vírus seja uma bactéria seja um fungo seja o que for ele sempre vai fagocitar né pelo contrário a nossa imunidade adquirida ela já é mais específica e vai responder de maneira diferente aos diferentes invasores sintetizando e exemp ficando então uma resposta da nossa imunidade nata a gente tem aqui Um macrófago e esse macrófago então ele tá sendo exposto a uma bactéria por exemplo que tá chegando aqui esse macrófago quando ele é estimulado por essa bactéria
através de um receptor de membrana né que vai existir nesse macrófago Além de fagocitar a bactéria ele vai e secretar algumas substâncias como a cit inas que eu falei e quimiocinas essas substâncias elas vão provocar uma série de ações no nosso organismo por exemplo como a gente pode ver aqui nessa figura de baixo elas vão provocar uma vasodilatação e um aumento da permeabilidade né dos capilares que levam aquele lugar de forma a atrair para aquela região outras C do sistema imune como a gente tá vendo aqui que vão Então chegar naquele local para aumentar a
resposta aquele patógeno que está chegando então a gente pode ver que a imunidade Ina ela é também bastante inteligente por assim dizer por quê Porque além e dos elementos que estão ali né no nos tecidos né protegendo aquele tecido né de um agente estranho quando o agente estranho efetivamente chega naquele local a célula que tá ali e detecta aquele agente estranho ela meio que grita por ajuda né e e atrai para aquele local outras células da imunidade nata que vão Então de certa forma amplificar aquela resposta por outro lado a gente vai ter então a
imunidade adquirida como eu disse a imunidade adquirida ela vai ser estimulada pela exposição agentes infecciosos ou outras moléculas não microbianas Então a primeira diferença entre as duas tá aí enquanto a imunidade inata Ela só responde a microorganismos a imunidade adquirida já vai responder também a outras moléculas não microbianas além disso a imunidade adquirida ela é específica ela consegue reconhecer diferentes tipos de de patógenos e montar respostas diferentes de acordo com cada um deles e a imunidade adquirida ela tem uma característica muito importante que é a capacidade de formar memória né então quando a gente é
exposto a um determinado patógeno que gera uma resposta da imunidade adquirida a imunidade adquirida ela vai gerar uma memória à exposição daquele patógeno de forma que se porventura eu for exposto novamente à aquele patógeno né Depois de adquirir a memória eu vou montar uma resposta de forma muito mais rápida e muito mais intensa do que aquela que foi gerada na primeira exposição a imunidade adquirida ela vai ser composta pelos linfócitos que são células do sistema imune que são especializadas né na resposta da imunidade adquirida além dos linfócitos a imunidade adquirida também conta com a participação
de produtos secretados pelos linfócitos como os anticorpos e também citocinas a gente vai ter basicamente quatro tipos de linfócitos que são os linfócitos B os linfócitos T auxiliares ou linfócitos T helper os linfócitos t citotóxicos e as células natural Killer que eu falei lá na imunidade nata mas que também participam aqui da imunidade adquirida que são células que vão reconhecer outras células que estão infectadas e induzir a morte dessas células né Para com isso levar também a morte do agente infectante daquela célula como você estudou lá na biologia celular você lembra que a membrana plasmática
de qualquer célula né ela tem aquela bicamada lipídica e ela tem proteínas também na membrana né proteínas que podem ser proteínas de superfície ou podem ser proteínas transmembrana podem ser proteínas que atravessam a membrana várias vezes enfim vários tipos de proteínas mergulhadas na membrana plasmática no caso dos linfócitos né cada tipo de linfócito ele vai ter um conjunto de proteínas né que vão est presentes na membrana plasmática e esse conjunto de proteínas são chamados de clusters né como se fossem proteínas específicas de cada tipo de linfócitos e esses clusters eles são usados para diferenciar os
diversos tipos de linfócitos e aí Eh esses clusters de diferenciação recebem uma numeração né de acordo com as proteínas que estão ali então a gente tem por exemplo o cluster de diferenciação número 4 as células que possuem o cluster de diferenciação número qu na sua membrana são chamadas de células CD4 e esse é o caso dos linfócitos T helper por outro lado os linfócitos T citotóxicos já vão ter outro cluster de diferenciação na sua membrana que é o cluster de difer ação número oito por isso o linfócito t citotóxico também é chamado de um linfócito
cd8 E aí você deve estar se lembrando né quando a gente ouve falar sobre o vírus do HIV a gente sempre ouve falar que é um vírus que ataca especificamente as células CD4 né os linfócitos CD4 eles nada mais são do que os linfócitos T helper então pra gente gente entender um pouco sobre a função de cada tipo de linfócito na nossa imunidade a gente vai dividir a imunidade adquirida em dois tipos de imunidade a imunidade humoral e a imunidade celular bom começando pela imunidade humoral ela tem esse nome humoral porque é uma imunidade que
está presente nos fluidos do nosso organismo então a imunidade humoral ela vai se dar nos sangue na linfa e até mesmo na saliva a gente vai ter componentes da imunidade humoral e qual que é o principal componente da nossa imunidade humoral são os linfócitos b o linfócito b tem como principal função produzir proteínas E essas proteínas produzidas pelos linfócitos B são os anticorpos os anticorpos são os principais mediadores da resposta da imunidade humoral então aqui a gente tem a estrutura de um anticorpo o anticorpo é uma molécula que tem essa forma de y e ela
vai ser formada por uma região que é uma região constante ou seja uma região que vai ser igual em todo o anticorpo e uma região variável que existe em número de duas né Em cada anticorpo essa região variável vai ser o local Onde vai haver a ligação entre o anticorpo e a substância estranha e a partir de agora quando a gente falar sobre as substâncias estranhas que invadem o nosso organismo a gente começa a usar o conceito de antígeno antígeno nada mais é do que uma substância estranha que vai gerar uma resposta do nosso sistema
imune E aí quando eu falo que a gente vai ter ali no anticorpo uma região que vai ser responsável por fazer uma ligação específica né com um determinado antígeno a gente tem que entender que a gente vai ter circulando né nos nossos fluidos centenas de milhares de anticorpos diferentes de forma que cada anticorpo ele vai ser responsável pela pelo reconhecimento de um e somente um tipo diferente de antig então aqui eu tenho representado um antígeno né que tá presente no nosso organismo e aí a gente vê aqui que esse anticorpo em azul aqui em cima
ele reconheceu uma região desse antígeno enquanto que o anticorpo vermelho aqui embaixo ele tá reconhecendo essa outra região do antígeno isso é importante porque o anticorpo não necessariamente ele vai reconhecer uma molécula inteira do antígeno pelo contrário é e vai existir uma região do antígeno que vai ter afinidade né com essa região variável ali do anticorpo e vai se ligar a ela essa região do antígeno que vai se ligar ao anticorpo é chamada de epítopo Então os anticorpos vão estar circulando à espera de de um antígeno que seja específico para aquele anticorpo e os anticorpos
eles são o principal mecanismo de defesa contra patógenos extracelulares contra patógenos que vão estar circulando nos nossos fluidos e como é que é que o anticorpo vai conseguir neutralizar esse patógeno uma coisa que é importante a gente saber desde já é que o anticorpo ele não vai efetuar uma resposta contra aquele antígeno no que ele tá reconhecendo então mais do que Efetuar uma Resposta imune o que o anticorpo faz é marcar um antígeno né marcar esse antígeno como um corpo estranho ao nosso organismo de forma que outros elementos do sistema imune efetue então uma resposta
contra aquele antígeno então Eh por exemplo a gente tem aqui um monte de bactérias que tão né é invadindo o nosso organismo essa bactéria Então vai ter em sua membrana diversos e receptores diversas moléculas que vão servir como antígeno e vão ser reconhecidas por anticorpos no momento que essa bactéria Então ela for cercada por anticorpos né ela tiver anticorpos ligados aos antígenos na membrana dela essa bactéria então ela vai ser reconhecida com como um agente estranho por um macrófago por exemplo E aí esse macrófago vai e fagocitar e e degradar essa bactéria esse agente estranho
Além disso se eu tiver por exemplo é uma toxina aqui e aí eu tenho aqui uma célula que tem receptores para essa toxina E aí quando essa toxina se liga a esse receptor ela vai aquela resposta tóxica no nosso organismo o anticorpo nesse caso também vai ter uma função neutralizadora porque uma vez que o anticorpo se liga nessa toxina ele então vai neutralizar essa toxina impedindo que ela se ligue aos receptores e cumpra a sua ação tóxica além de neutralizar os anticorpos também vão fazer com que essas toxinas sejam fagocitadas e digeridas por um macrófago
por exemplo mas eu falei que os anticorpos que a nossa imunidade humoral ela é o principal mecanismo de defesa contra patógenos extracelulares mas e se o patógeno tiver dentro de uma célula bom aí a gente vai ter um problema paraa nossa imunidade humoral isso porque os anticorpos Eles não conseguem enxergar dentro de uma célula Eles não conseguem entrar em uma célula para verificar se essa célula está ou não infectada E aí eh organizar a Resposta imune contra Aquele patógeno é por isso que a gente vai lançar a mão do outro tipo de imunidade adquirida que
é a imunidade celular e a imunidade celular ela vai ser imediada pelos linfócitos T tanto o linfócito t helper ou auxiliar quanto o linfócito t c tóxico então a imunidade celular ela tem como principal função defender o nosso organismo contra patógenos intracelulares né contra patógenos que vão est e agindo dentro das nossas células bom como é que isso acontece primeiro a gente tem que saber que o nosso sistema imune consegue saber quando uma determinada célula está infectada ela consegue isso através de receptores e isso tudo vai ser detalhado mais à frente uma vez que o
sistema imune então sabe que aquela célula está infectada ele vai ter duas opções para agir contra aquele patógeno que está dentro daquela célula primeiro pode acontecer da própria célula infectada é responder aquele patógeno destruindo aquele patógeno e isso vai ser feito com a ajuda do sistema imune ou seja o sistema imune ele vai vai capacitar aquela célula ele vai dar e instrumentos para aquela célula destruir o patógeno que está dentro dela porém se por algum motivo aquela célula não tem condições de responder não tem condições de combater aquele patógeno que tá dentro dela aí o
que o sistema imune vai fazer é destruir aquela célula é induzir aquela célula à morte né de forma que o patógeno que tá ali dentro também morra nesse processo E aí nessas duas formas de combater o patógeno a gente vai ter a participação dos dois tipos de linfócitos T que são o linfócito t helper ou auxiliar e o linfócito t citotóxico e aí pelo próprio nome fica fácil a gente saber o que que cada um deles faz o linfócito t helper ou au auxiliar ele vai auxiliar uma célula a destruir um patógeno que esteja dentro
dela já o linfócito t citotóxico ele já é mais radical ele vai e destrói a célula que está infectada de forma a destruir também o patógeno que tá ali dentro daquela célula mas como que o sistema imune vai saber se aquela célula que tá infectada tem ou não condições de responder ao patógeno que está dentro dela bom isso é muito fácil a gente vai entender quando a gente vê como é que funciona cada uma das Duas respostas a gente começa pela resposta do linfócito T helper quando um microrganismo ele é fagocitado por um macrófago esse
microrganismo ele vai est dentro do macrófago em uma vesícula né é formada por uma membrana do macrófago ele não vai estar Solto No citoplasma da célula o fato do patógeno seja uma bactéria seja uma toxina seja o que for está dentro de um macrófago no caso eh envolto por uma vesícula vai ser o sinal para a ação de um linfócito t auxiliar ou linfócito t helper e como é que isso vai funcionar a gente vai ver mais à frente que a presença de um patógeno dentro desse macrófago vai gerar a expressão né de um receptor
na membrana desse macrófago esse receptor nada mais é do que um sinal né pro exterior daquele macrófago dizendo Opa tô infectado E aí o linfócito t helper então ele vai se ligar a esse receptor no no macrófago no momento que ele se liga a esse receptor ele vai secretar uma substância que é uma citocina que vai se ligar a um outro receptor no macrófago fazendo com que esse macrófago então mate o microrganismo né Monte uma resposta àquele microrganismo que tá ali dentro então uma característica importante do linfócito T helper é que ele é uma célula
secretora de citocinas né então se o linfócito b secreta anticorpos o linfócito t helper secreta citocinas bom e o linfócito t citotóxico como é que ele vai agir se o linfócito t helper depende né do patógeno está envolvido por uma vesícula dentro da célula quase que impedindo né a ação desse patógeno porque ele não tá Solto No citoplasma mas ele tá envolto por uma vesícula o linfócito t citotóxico ele vai montar uma resposta contra um patógeno que tiver livre dentro do citoplasma da célula isso porque a célula não vai conseguir responder aquele patógeno porque aquele
patógeno tá solto ele tá ele tá livre para agir ali dentro da célula E é isso que a gente tá vendo aqui aqui a gente tem então uma célula que tá com vários microorganismos lá dentro dela um vírus por exemplo que vai estar replicando ali dentro totalmente solto dentro da célula e não envolto por uma vesícula como no caso anterior Esse vai ser o sinal pra ação do linfócito T citotóxico mais uma vez essa célula que tá infectada ela vai de alguma forma né e sinalizar isso pro exterior através de um receptor E aí o
linfócito t citotóxico vai reconhecer e se ligar a esse receptor e induzir essa célula a morte por apoptose e o linfócito de citotóxico ele vai provocar a morte da célula através da ação de duas substâncias que são a perforina e a granzima bom como é que isso acontece a perforina Como o próprio nome já diz ela vai perfurar a célula ela vai fazer um buraco na célula de forma que a granzima possa entrar na hora que a granzima entra na célula ela então vai induzir aquela célula a morte a uma morte por apoptose E aí
lembrando da biologia celular a gente sabe que a apoptose é uma morte celular programada é quase como um suicídio celular a gente costuma dizer que a apoptose é uma implosão da célula e é importante que a morte celular né que é induzida pelo linfócito T seja uma morte por apoptose Porque qualquer outro tipo de morte celular seria problemática pro organismo por quê Porque uma morte por necrose por exemplo é ao contrário da apoptose é uma morte por explosão vamos dizer assim né é uma morte onde a membrana celular vai se desintegrar E aí todo o
conteúdo do interior da célula vai extravazar para fora vai extravazar pro meio extracelular E aí essas substâncias intracelulares que agora vazaram para fora da célula né pro meio extracelular vão provocar uma reação do organismo uma reação inflamatória uma reação que vai trazer um dano pro organismo agora se por algum motivo depois que o linfócito t citotóxico provoca a morte daquela célula ainda sobra por exemplo algum vírus que tava ali dentro e não morre no processo de morte da célula esse vírus Agora ele vai est no meio extracelular e aí esse vírus vai poder ser reconhecido
por um anticorpo gerando assim uma resposta humoral uma resposta extracelular e aí pra gente terminar essa aula introdutória né Depois que eu falei um pouco sobre como se dá e de forma muito resum de forma muito geral pra gente entender mesmo o panorama da Resposta imune agora eu falo um pouco sobre algumas características sobre alguns aspectos da Resposta imune adquirida que são muito importantes por exemplo a especificidade né A Resposta imune adquirida ao contrário da Resposta imune inata ela é uma resposta específica ela é uma resposta que vai agir e de maneira diferente para cada
invasor diferente que chega no nosso organismo Além disso outra característica é a diversidade né o nosso sistema imune ele tá apto a responder a uma grande quantidade de antígenos diferentes isso porque a gente vai ter anticorpos e também linfócitos T né que vão conseguir reconhecer uma gama muito grande de antígenos diferentes isso porque cada anticorpo por exemplo Exemplo né ele vai ter aquela parte variável que é específica para um antígeno diferente e aí A Estratégia do nosso organismo é que a gente não vai ter uma grande quantidade de linfócitos t ou de linfócitos B né
que produzem anticorpos específicos para um determinado antígeno a gente vai ter poucos linfócitos B que produzem e anticorpos específicos para um determinado antígeno de forma que a gente possa ter muitos linfócitos diferentes produzindo anticorpos específicos para muitos antígenos diferentes e aí o que vai acontecer é que quando a gente é exposto a um determinado antígeno no momento que esse antígeno é reconhecido pelo anticorpo ou pelo linfócito ele vai gerar uma multiplicação daquele linfócito específico para aquele antígeno né de forma a amplificar a resposta né E essa é uma outra característica que eu falo um pouco
agora que é e são duas características na verdade né a seleção clonal e a expansão clonal Então olha só a gente lembra né que as células precursoras né de todas as nossas células sanguíneas incluindo dos nossos linfócitos elas são formadas lá na medula óssea a partir de um precursor comum Bom a partir desse precursor comum vão ser produzidos vários l fostos diferentes cada um específico para um tipo de antígeno diferente né Então vão existir milhares e milhares de tipos de linfócitos diferentes reconhecendo milhares e milhares de tipos de antígenos diferentes é bastante provável que muitos
linfócitos que a gente tem circulando sejam específicos para antígenos aos quais a gente nunca na vida vai chegar a ser exposto E aí esse antígeno nunca vai eh chegar a ser efetivo o que acontece é que quando um determinado antígeno chega ao nosso corpo e aí esse antígeno é reconhecido pelo linfócito que é específico para ele a primeira coisa que vai acontecer é que esse linfócito ele vai proliferar ele vai se multiplicar né de forma a amplificar a resposta à aquele antígeno Isso é o que a gente chama de expansão clonal né é quando eh
um determinado linfócito né selecionado por um determinado antígeno prolifera se multiplica né para poder então montar uma resposta mais efetiva aquele antígeno uma coisa que é interessante é que depois que o antígeno é eliminado do organismo aí os vários Clones as várias cópias que foram feitas né daquele linfócito específico para aquele antígeno elas vão Então morrer elas vão ser eliminadas porque elas não são mais necessárias Essa é a característica da autolimitação do nosso sistema imune então no momento que eu não tenho mais o antígeno presente eu não preciso mais ter aquele monte de cópias Aquele
monte de Clones né do linfócito que é específico para aquele antígeno E aí o organismo trata de eliminar né É trata de matar esse essas cópias extras que estão presentes ali Essa é a característica da autolimitação do nosso sistema imune porém Nem todas as cópias vão morrer né nem todos os linfócitos que foram clonados na expansão clonal vão deixar de existir vai existir uma quantidade maior do que existia antes né da exposição à aquele antígeno Essa é a característica da memória do nosso sistema imune então você passa a ter uma quantidade maior de armas contra
aquele determinado antígeno de forma que se eu vier a ser exposto àquele mesmo antígeno novamente a minha resposta a ele vai ser montada de forma muito mais rápida e muito mais intensa Essa é a chamada resposta secundária que é muito maior do que a resposta primária né ela vai ser mais rápida e mais intensa e a cada vez que eu for exposto novamente aquele mesmo antígeno a resposta vai ficando mais e mais rápida e intensa Então essa é característica da memória imunitária finalmente o nosso sistema imune ele tem uma capacidade muito grande de distinguir o
que é próprio do que é não próprio ou seja o nosso sistema imune ele tem a capacidade de saber se uma determinada substância se uma determinada célula ela é Nossa ela é própria do nosso organismo ou se ela é estranha né de forma a não gerar uma resposta a uma substância que é própria do nosso organismo quando isso acontece quando o sistema imune gera uma resposta a algo que é próprio do nosso organismo a gente tem ali uma disfunção a gente tem ali uma doença que é uma doença chamada de doença autoimune a gente tem
várias doenças autoimunes e aí talvez a mais conhecida principalmente por quem assistia o seriado house né seja o lupus né o lupus eritematoso sistêmico que é uma doença autoimune então para terminar essa aula introdutória eu vou apresentar agora um gráfico que vai resumir né as etapas da Resposta imune sem sempre lembrando que tudo isso será detalhado mais à frente essa aula é apenas uma introdução uma forma de dar uma visão Geral do funcionamento do nosso sistema imune para facilitar o entendimento das aulas subsequentes vamos ver então a primeira fase da Resposta imune adquirida vai ser
o reconhecimento do antígeno né quando o antígeno ele chega no nosso organismo depois a gente vai ver com mais Calma que esse antígeno vai ser apresentado ao linfócito por uma célula apresentadora de antígeno isso tudo a gente vai ver com mais calma mais à frente o reconhecimento do antígeno vai levar à ativação do linfócito essa ativação nada mais é do que a expansão clonal você vê aqui então que a gente tá né com crescente da resposta e uma diferenciação desse linfócito de forma que que ele seja mais efetivo na eliminação daquele antígeno uma vez que
aquele antígeno é eliminado né através de mecanismos efetores que nós vamos ver mais à frente o que vai acontecer é uma diminuição da resposta através da apoptose daqueles linfócitos que foram eh clonados que foram e proliferadas através da expansão clonal a gente tem então uma diminuição da resposta Através da morte desses linfócitos Mas algumas células vão sobrar algumas células vão sobreviver de forma a Gerar uma memória imunológica E com isso a gente termina esse nosso primeiro contato com a imunologia esse nosso primeiro contato com o sistema imune eh da mesma forma que eu fiz com
a neuroanatomia eu vou fazer com a imunologia Eu pretendo o curso completo de imunologia essa disciplina eu estou cursando no momento no meu terceiro período Então à medida que eu for tendo as aulas que eu for estudando essas aulas eu vou trazendo esses temas aqui também em vídeoaulas para vocês eu agradeço muito a sua audiência Mais uma vez aqui no canal Eu espero que você tenha gostado dessa aula e como sempre se ficou alguma dúvida se ficou alguma questão se você tem alguma sugestão então não se acanhe o espaço de comentários aqui embaixo é todo
seu Não deixe de dar um joinha aqui nesse vídeo né Não deixe de curtir esse vídeo porque é uma forma muito importante de mostrar pro YouTube que você gostou desse vídeo E aí assim ele possa ser indicado a outros usuários que possam se interessar por ele divulgue pros seus amigos e a gente começa hoje então essa jorn pela imunologia que eu espero que seja muito proveitosa tanto para vocês quanto para mim um grande abraço e até a próxima
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