eu gostaria primeiro lugar quero agradecer muito pelo convite a maria rosa e ela é toda a o grupo de pesquisa que organizou ter maravilhosas evento aí dizer que é uma honra estar dividindo se à mesa com o joão carrascosa e também ter ouvido a versão anterior que foi maravilhosa super instigante e bom na verdade quando quando eu recebi o convite a maria rosa falou pra mim pra falar é da questão do euro a partir do ponto de vista da minha pesquisa que foi pelo menos o que eu entendi eu que o trouxe aqui e que
é uma que uma pesquisa que já passou por diferentes fases nem então eu vou falar dessa fase atual e tentar também de alugar um pouco com a obra do joão carrascoza que eu conheço que eu gosto que eu li mas não vou falar sobre ele eu só isso que eu queria esclarecer e que de alguma forma eu o odiava jogar bastante também com a missão anterior é quem esteve aqui vai ver que tem muitas questões em comum especialmente por uma questão que é a central foi que foi central é na missão anterior que essa figura
do desaparecido e alguém fez uma pergunta pra para o marcelo é perguntando como eu acho que foi uma cena que você perguntou como é que a figura do desaparecido tem revelações na subjetividade dos que ficam né e essa ausência dessas lacunas na história e tal e eu acho que o justamente disso que eu vou falar um pouco né e onde há a figura do desaparecido seria uma espécie para me de símbolo da própria construção da subjetividade a partir da ausência e eu que o que de bom tem tem muito a ver com a obra do
joão carrascosa tem um procon livro mesmo chama cada ano de um centena e aonde tem uma frase onde diz o presente está povoado de ausências e eu diria para fran sendo essa frase ou está povoado de ausências então eu vou falar um pouco aqui doeu como é cheia dessas ausências é mais por outro lado também queria é só da teoria né eu me sinto mais uma teórica que uma crítica literária e então a minha falha vai ser bastante é teórica e eu aposto que a partir dessa teoria toda a gente depois possa dialogar é como
disse essa é uma festa uma última fase uma fase recente perda das coisas que estou me interessando então e me parecia importante é relatar um pouquinho do percurso dessa pesquisa para um pouco situar a questão que eu vou falar hoje então e eu vou ler peso desculpa mas eu eu me sinto mais à vontade uma das preocupações que eu tenho é sempre que eu penso na escrita de cima é de tentar entender de que forma a literatura que afirma essa primeira pessoa não reproduz com o nazismo da cultura midiática para mim boa parte da questão
é literária passa por aí pensar a literatura mesmo quando dirceu ou quando coloca o nome próprio do escritor em jogo como uma forma de resistir a certos mecanismos na nossa cultura midiática e digital que é uma cultura que é na powell está em permanente exposição então eu me ocupei num primeiro momento nesse livro o escritor diz escutar o outro daquilo que eu chamei descritas performática c que se aproxima com o que alguns chamam de auto ficção embora tenha diferente tenha diferenças mas não é agora o momento presente para responder isso né eu foquei naquelas obras
em que a relação entre a literatura ea vida produz uma troca de mão dupla num jogo de emissões que se exige uma leitura e uma recepção conjuntas na vida não não há vida no sentido biográfico eu me interessava por escritores que criam personagens de si mesmos que jogam com a imagem pública que constroem deles mesmos é e produziu uma obra que faz parte dessa mesma performance na qual o sentido de um texto depende também de uma referência ao personagem escritor nessas escritas são um embaralhamento do que é ficção e não ficção e portanto participar dessa
discussão em torno do apoio à autonomia da literatura também o cupido escritas em que é a narrativa doeu eram ameaçam para assinar o outro culturalmente distante escrita cestas que desconstruir toda uma história da representação literária latino americana desde o romance do século 19 em diante que pretendeu que representar o outro digamos o outro não letrado essas figuras silenciados como falar na mesa anterior era falar em nome dele por ele de alguma forma objetivando esse outro como se a instância enunciativa fosse irrelevante fosse neutral e portanto não estivesse implicados nessa representação relações assimétricas de poder e
como seu encontro com o outro não aplicar se também uma transformação desse nesse sentido por exemplo identifiquei aproximações entre a ficção contemporânea e uma certa antropologia que se conheceu como pois estrutural pois moderna que questionava o lugar de antropólogos na construção do conhecimento e considerava disciplina numa ciência objetiva e se um modo de interpretação subjetiva a partir daí eu comecei a me interessar pela construção da subjetividade como sempre relacional isto é não apenas num encontro com o outro culturalmente diferente e desigual é com a outra idade digamos no sentido antropológico e sim com o outro
próximo com o outro com quem o eu se considera em comum bom e nesse então neste segundo livro e literatura e ética me ocupei da filosofia das finanças da ética de espinosa que foca na sabedoria dos bons encontros é uma certa indefinição que ele dá de segundo a qual não existe um sujeito enquanto substância e sim apenas como modos e que esses mundos são contingentes e relacionais tratava se de pensar oh eu não a partir das suas identificações lindas relações assimétricas e cida relações com o outro em termos de potência de afetação ou seja a
potência da fetarn de ser afetado que há como espinosa pensa ah ah ah ética é mas eu pensei isso na literatura assim a escrita desse se revelou para mim como uma forma não apenas de desconstruir a noção de representação e de identidade mas também de comunidade por sua vez a discussão em torno da comunidade também se reverteria sobre a noção de sujeito que vaz que passava a ser visto em termos suspeitos nesse sentido me interessava recuperar uma certa discussão filosófica que tentava pensar o comum sobre bases que não fosse a identidade já no lance por
exemplo diz o seguinte que a obra de morte tenha sido feita em nome da comunidade ele estava se referindo ao nazismo que aconteceu nome justamente de defender uma certa comunidade eu que pôs fim a toda possibilidade de se basear sobre qualquer forma do dado dos eua em comum como identidade como estado e como o sujeito em outras palavras não considerava não gostava considerado um sujeito como já sempre relacional porque a própria categoria de sujeito começava a resultar incômoda uma vez que fazia parte de um repertório vocabular que o ligava à categoria que traz sem conotações
de unidade e totalidade então me interessei por pensar de que forma o eu se anunciava a narrativa se poesia ou eu que se anunciava a narrativa se poesia se relacionava com esse comum e não a partir da identidade e se mostrando as fissuras rachaduras que existem em qualquer identificação a começar porque todo eu é uma multiplicidade e todo o estado e viro e em transformação agora estou então nesse terceiro momento do percurso em que vem interessando pelas escritas que ao narrar uma vida nos fazem pensar no próprio conceito de vida de bios ou seja estou
enfatizando hoje o bios antes do que o altos das escritas autobiográfica algo que poderia se aproximar com uma noção de bill escritas mais do que escritor decidiu doeu uma noção que transita entre literatura e filosofia e um pouco disso bom que vou falar agora espero que essas minhas inquietações façam também algum sentido pra vocês tenho os pés da minha mãe digo mas não somos dela tem as suas pernas mas só minhas e os olhos mais escuros mas meus filhos são como os dela este é meu corpo eu digo que não sei porque a minha voz
diz mills isso o mesmo a dor afunda na matéria como a fundo o tempo no canto da minha boca sobre os lábios nos partidos nos ombros nas mãos cada uma das partes bandas que dela se foram esse fragmento é faz parte de um relato publicado em 2015 na argentina receptora aparecida e uma mistura de autobiografia crônica testemunho diário íntimo e romance a gente não consegue limitar o que o que é exatamente como falavam mas hoje são tons descrita escrito por é por marta billon que a jornalista que dirige o caderno feminista no jornal página 12
sou um esclarecimento infelizmente esse livro ainda não foi publicado aqui no brasil a filha fique falando dele com o marcelo paiva ele foi com mas a gente ele fala a gente tem que publicar este livro aqui é mas para meu irmão sabendo que ele ainda não está em português eu quis comentá lo porque sobretudo pelas questões que traz em torno do eu ea partir da cota da qual a partir dessas questões eu vou falar sobre outras coisas não é que eu vou focar sobre esse livro e na verdade um romance que tem muitos outros aspectos
que não dá nem para comentar aqui mas vou focar só nessa questão que eu falei no início da ausência como constitutiva do rio o relato começa quando a equipe argentina de antropologia forense liga para a narradora para lhe dar a notícia de um achado de acordo com os exames de dna realizados alguns ossos encontrados numa vala comum pertence à marta angélica tabuada maria jonas ainda jornalística desaparecida 1976 pela ditadura militar quando ela a filha tinha pouco mais de 10 anos e três irmãos mais novos outro parente se essa equipe de antropologia forense outra coisa quente
que fiquei aqui começando no intervalo tem uma importância crucial na argentina é muito importante aumentar a atuação também para fora da argentina mas eles têm um trabalho muito grande porque o marcelo paraíba falou mais como encontraram o corpo bom porque lá tem uma equipe muito forte que fica procurando a partir de dados genéticos dos familiares e fica procurando os cemitérios e em vários lugares e e tem encontrado muita coisa e é um trabalho que é muito importante porque têm instituído também identidade para as crianças apropriadas recentra então ninguém entra muito nesse assunto mas queria esclarecer
isso sobre a equipe que trabalha e é uma equipe que e que esse trabalho é desses forenses vai costurar o passado com o presente remontando histórias e linhagens interrompidas é muito difícil pôr em palavras a experiência de leitura que significa aparecida faz muito tempo que eu não me emociona tanto com o livro um relato que faz chorar e pensar ao mesmo tempo e nós estamos acostumados pela indústria da cultura que quando irrompe a emoção a reflexão não surge como agudamente tinha observado breve a respeito da representação cênica e aparecida tinha escrito aqui que o relato
de luto mas também é relato de vida e outra coisa que eu é discutir hoje de manhã o luto à luta e achei que é muito interessante essa mesmo essa aproximação e é exatamente isso que acontece aqui é bom na passagem citada em 32 entre os dois corpos que se essa passagem tem as pernas da minha mãe mas não são dela é na paisagem citada entre os dois corpos que são e não são o mesmo se revela uma fissura entre duas gerações entre uma geração a dos pais que expus o corpo na ação política e
uma geração a dois filhos cujo terreno e disputa política passa pelo reconhecimento de identidades no caso de marta como de tantos outros argentinos da sua geração que é um pouco minha geração também é pelo menos um desses traços identitários é precisamente o de ser filho que dito assim se em complemento de nota na argentina de hoje ser filho de pais desaparecidos se fala se fulano filho você não vai ser mais filha diz a marta uma amiga é no relato após o achado dos ossos agora a mãe da marca está aparecida o que aparecem são restos
dos restos fragmentos do corpo dela a possibilidade é impossibilidade de reconstrução desse corpo e das circunstâncias da sua morte marca ao mesmo tempo a dificuldade de narrar uma história do il e de se elaborar o passado incluindo nessa elaboração o fracasso de leto ideal político que subjaz no sacrifício da mãe a narradora se pergunta quantos ouço são necessários para se fazer um enterro porque como disse apareceram partes do corpo e ela diz não me imaginava sepultando somente um fêmur mesmo se eu teria abraçado tantas vezes a perna da minha mãe quando era criança e não
queria me separar nunca dela está a caveira perguntei como perguntando pela humanidade desses restos que esperavam o que resta da mãe são fragmentos de um corpo apenas identificável pelo dna o que resta para filha eu este lançamento da subjetividade que procura se contar uma história se filiar ao mali a uma linhagem reconstituir seu passado a filha se espelha na imagem da mãe como vimos no primeiro trecho mas essa imagem de em fragmentos e os ossos que não chegam a compor uma totalidade funciona o no relato também como uma metáfora dessas lembranças fragmentadas dessa história incompleta
e assim o próprio liu da narradora parece não conseguir nunca uma unidade narrar como um contínuo à história da própria vida e é por isso que este romance aparecida funciona também a meu ver como um sintoma dos dilemas do eu no mundo contemporâneo 1 eu atravessado pela introjeção do desejo e assim passes de contar uma história desse como disse a beijing a sessão as ações da experiência estão em baixa ea é isso ainda é válido ele falou isso em 1936 e no entanto não podemos esquecer que paradoxalmente as ações da biografia estão em alta no
mundo contemporâneo nada seja tanto na sociedade atual como ter que contar o postar e mostrar uma vida ao mesmo tempo quanto mais procuramos de ser mostrar um erro mas aparecem as contradições da sua singularidade quanto mais a vida do homem se torna seu produto tanto mais ele é separado da sua vida disse hague de bor na sociedade do espetáculo por outro lado o que também me parece sintomático desse romance é que nos sonhos chávez como identidade memória herança aqui no relato ea história de marta dylon se conjugam ao redor da linguagem da genética justo no
momento em que politizar a identidade em antes de mais nada desnaturalizar o desde biology usar aquilo que tanto incomodou os grupos regionais que repudiaram a vinda da ajuda bilateral brasil jornal mantém um texto muito interessante identidades em pessoa em que diz que a identificação biológica biométrica por parte dos mecanismos de controle e os aparelhos do estado acaba gerando uma identidade sem pessoa por quê que relação tem economia digital que no entanto identifica mas aqui nesse relato aconteceu o contrário e aqui diga se de passagem agamenon nunca esteve muito atento a história tem americana aqui é
genética é crucial para poder reconstruir o passado e essa vida pessoal então é preciso concluir que a noção mesmo deve não só mesmo de vida biológica ou seja aquela que se expressa no dna é também um horizonte tem estável de som de sentidos e um território de disputas tanto quanto a mesma noção de identidade e se o campo das discussões em torno da biopolítica no qual não vou dar minha adentrar neste momento mas se gostaria apenas de assinalar que a lógica que subjaz nessas discussões é que o corpo e subjetividade nunca coincidem plenamente a vida
desse ponto de vista se dá na articulação e diz a decoração de dois elementos que tradicionalmente se pensar junto com relação ao ano o corpo a uma natureza logos animalidade humanidade assistiu relatou que o biográfico se coloca como a promessa da apropriação do a vida por parte de um rio e como exercício da escrita pelo qual a vida adquire um sentido ou uma forma ele também surge como exige um erro sobre o tempo da vida orgânica para arrancar véu da contingência da sua biologia como brawn insignificante de fato de acordo com a psicanálise ou eu
não é um dado biológico não existe desde o início da vida ou eu não é uma entidade nenhuma substância mas um conjunto de relações e processos como é sabido para righi o eu se constitui através do reconhecimento do outro na final melhor fenomenologia do espírito o desejo de ser de persistir no próprio ser só se satisfaz o desejo de ser reconhecido pelo outro no entanto no famoso ensaio o estágio do espelho como formador da função do eu formulado pela primeira vez em 1936 latam postula que o eu antes mesmo de entrar nessa dialética da identificação
com o outro se constitui numa matriz pregou estica no autorreconhecimento lacan diz que a criança humana numa idade que se encontra por pouco tempo superado e inteligência pelo chimpanzé reconheceu no entanto sua imagem no espelho como tal o fato de que sua imagem seja assumidas jubilosamente pelo ser sumido ainda nem potência motor ao bebê e mal consegue nem andar mas já reconhece que essa imagem não parece não parece que manifesta deslocam uma situação exemplar a matriz simbólica na qual o está numa forma primordial a mãe deixa de se obter objetiva analítica de identificação com o
outro e antes de que a linguagem restitui a sua função do sujeito eu gostaria de sublinhar nesse breve um ensaio muito breve do lacão é muito importante pelo menos três questões campeão b podem ser interessantes para se pensar as elaborações pt ficasse em torno do eu em primeiro lugar essa s na face do espelho o bebê humano superado inteligência instrumental pelo de infância no entanto já reconhece sua imagem no espelho o que diferenciaria o ser humano do animal mais próxima não seria razão mas a capacidade de ser absorvido pela imagem pelo sensível essa é a
tese do emanuel e cópia um filósofo italiano num pequeno livro um pequeno e belo livro tenho que dizer que se chama a vida sensível em que ele argumenta que a imagem está na origem de toda a constituição individual e eu sensível às imagens é ao sensível às imagens que o homem p de testemunho radical do seu próprio ser e na sua própria natureza e se essa identificação primária se dá sempre através de uma imagem e o eu é função dessa identificação o processo de identificação leva ao a 1 o termo a uma permanente não coincidência
consigo mesmo é cópia retoma o pensamento de um biólogo que o adu forma que curiosamente utiliza ter mobilete ita a partir da biologia é para indicar que a forma pela qual cada animal aparecer é algo mais complexo do que uma simples adaptação funcional mais do que um grande depósito tass citando ele de mesquinhos truques da vontade de reprodução é preciso ver no aspecto de cada espécie animal a expressão de uma verdadeira e própria poética assim apoiei esses a produção de sensível tem a ver com a própria produção do humano a segunda está aí a segunda
que estão a destacar neste ensaio do lacão é que se eu se constitui a si próprio na interioridade se me percebi mesmo a partir de uma imagem exterior incorpórea e material de mim teerã a segunda questão é que eu e você consegue se constitui assim uma pra a partir de uma exteriorização da dihk citando latão a forma total do corpo graças à qual o sujeito se adianta numa miragem ao amadurecimento do seu poder é dada como bastante isto é como forma exterior assim o seu irmão descobre que a única maneira de se conhecer é pela
mediação que acontece fora de si na imagem de si talvez daí que a sociedade do espetáculo seja uma sociedade narcísica uma sociedade ao mesmo tempo de idolatria do eu e da imagem em terceiro lugar a terceira questão que eu queria apontar nesse texto esse momento em que eu se percebe é justamente como besta como forma e totalidade em efêmero é justamente apenas um estágio ou uma miragem como deslocam ea palavra miragem francês rémy e mirage e justamente se aproxima com millar que é espelho né espanhol que aconteça a mesma coisa espelho sp ro e metragem
esse petismo então tem uma relação é forte com essa imagem comum o espelho nosso né como uma miragem eu acho bem interessante essa aproximação então mas é interessante que é justamente uma fase e é uma fase passageira que conduz retroativamente a uma fantasia de integração ou do corpo em pedaços como deslocam tchan está faltando um pouquinho de gente é a teórica americana susan boyle 11 tem um texto muito interessante que se chama estética e anestesia em que lê a teoria do estágio do espelho como uma teoria do fascismo lembremos como disse que a primeira formulação
de sua teoria de 1936 ou seja contemporâneo do ensaio de bateria benjamin sobre a obra de arte que a outra leitura sobre o fascismo nas entrelinhas e apesar de que acabam se referia à constituição do eu de uma forma transitórias a significância diretoria e mesmo naquele contexto precisamente como experiência do corpo frágil e dos perigos que ele traz a fragmentação susan batons conclui que o racismo que desenvolvemos quando adultos funciona o que funciona como uma tática anestesiante contra o show que dá experiência moderna é a base a partir da qual o fascismo pode novamente romper
e aqui outra parênteses existe uma versão de que há uma tecnologia comum e treinasse isso e na coty cu mas é essa versão também é discutida eu tenho que pesquisar é e há quem discuta essa é a raiz como no entanto assim como luto e de luta interessante aproximar narciso e narcótico no ensaio sobre a obra de arte é benjamin diagnóstica que a experiência que foi tranquilizada como trauma a experiência do choque que outrora se relacionava com a guerra se tornar a norma na vida moderna então o sistema sinestésico que é o nosso sistema perceptiva
de contato com real inverter seu papel se o seu objetivo ou seja o objetivo de nossos sentidos e ter um contato com a realidade na no trauma computador norma seu objetivo é entorpecer o organismo insensibilizar os 100 idos reprimir a memória o sistema se esquece que se torna anestésico o narcótico no mesmo sentido penso que a atual superabundância de imagens e sobretudo de alta imagens funcionariam como espelho minagem espelho miragina anestesiante do nosso sistema de perseguição sistemática tem a ver não com belo gol com a produção de objetos e sim com a percepção como a
própria etimologia da palavra estéticos quer dizer perceber o que é perceptível através do tato a produção estética literária digamos estaria precisamente incumbida de devolver a sensação como talvez nos disse nesse ano desses espelhos miragens nasce físicos que fabricamos como fantasia de 1 mil como talvez a partir do reconhecimento do que a onu eo de incompleto distr aguentar you e impessoal há uma frase no menino escrevendo contai de joão carrascosa que pertence ao a tecnologia do adeus é que poderia ser a epígrafe de suas reflexões o pai diz o mais importante que tu tens o pai
diz através da voz da menina na verdade e da bia o mais importante é que tu tens é a tua história mas essa história está feita de fragmentos porque o presente está povoado de al ciências daí que eu tirei isso que não faz no início falou eu está provado deus ciências também muitas dessas das suas narrativas e agora se estou me referindo a dor de um carro de coisa falando essas ausências da herança e do luto por exemplo bom justamente na trilogia do adeus em que é o primeiro livro que o caderno de 1 cent
que uma carta que um pai escreve para filha quando nasci o segundo menino escrevendo com o pai que a escrita dessa filha já com 20 anos e sim a mãe nem o pai e o terceiro a pele da terra que o relato do mateus filho mais velho desse pai narrando a sua relação com o próprio filho por isso achei que poderíamos uma aproximação apesar das grandes diferenças com romã de aparecida pois nos dois casos se trata de pensar oh eu a partir do passado e da ausência em seu diário de luto que escrevi após a
morte da mãe roland barthes a nota não posso transformar a minha dor é literatura temos aí uma recusa a ética a estatizar a própria dor mas também há desde personalizar ma essa é uma dor íntima e privada no entanto poderíamos responder abarth com deles que a literatura começa justamente quando surge uma terceira pessoa que nos despojar da capacidade de ser eu lhes dirá que a literatura é uma questão de vir e que eu devia principal do escritor e de virem pessoal no mesmo sentido também de o irmão que fez uma leitura aguda da câmera clara
que o livro do bart que ele dedica a figura da mãe justamente depois que ela morre diz que a emoção não dirceu a emoção tem a ver com o movimento por isso separei emoção porque a raiz da emoção é o movimento como saída desse não há possuímos pelo contrário ela que sobrevivem nós a começar porque mim o inconsciente é bem maior e mais profundo mais transversal do que meu pobre e pequeno eu isso desde o irmão depois porque a minha volta à sociedade a comunidade dos homens é também bem maior e mais profunda e mais
transversal do que cada eu individual de maneira que a literatura seria justamente a possibilidade de ser eu ao mesmo tempo em que ao mesmo tempo e se eu conhecia plenamente como uma instância iniciativa sim que conhecida com uma imagem miragem de uma unidade ou melhor a possibilidade de assumir a fantasia as de integração juntar os sócios para fazermos um enterro como aparecida e com o enterro um relato e com relato uma percepção singular mas não própria nem privada do que seja uma vida obrigado [Aplausos]