REVOLUÇÃO FRANCESA: TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER! Resumo de História (Débora Aladim)

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Débora Aladim
Um resumo da Revolução Francesa!! Depois de muitos pedidos finalmente fiz um vídeo com TUDO que você...
Video Transcript:
♪ Oi, gente, tudo bem com vocês? Estou muito, muito, muito feliz de gravar o vídeo de hoje, é sobre um dos meus assuntos favoritos, que é a Revolução Francesa. Finalmente, estou refazendo meu vídeo de anos atrás, que é um resumo de história. Hoje quero ajudar você, que tem alguma prova ou trabalho, ou que simplesmente quer entender como foi esse processo super importante. É um marco do início da História Contemporânea, foi uma coisa que mudou toda a história do Ocidente, da humanidade, que influencia diariamente a nossa vida, é a Revolução Francesa. Espero que o vídeo de
hoje possa ajudar no que você estiver precisando, que possa te elucidar. Que você aprenda uma ou duas coisinhas, que entenda um pouco sobre o mundo em que a gente vive hoje entendendo esse fenômeno que a gente vai estudar agora. A única coisa que eu tenho para pedir antes de começar o vídeo é: primeiramente, se você gostou do vídeo, já dê um "mi piace", já dê um like, porque ajuda muito na divulgação, e o vídeo dá muito trabalho para fazer. E a segunda coisa que eu tenho para pedir encarecidamente é: vejam o vídeo até o final.
A Revolução Francesa é um assunto simples, mas cheio de complicações. Então, no final do vídeo, vou fazer uma linha do tempo com as datas dos acontecimentos e resumindo tudo fio por fio, para você entender a Revolução Francesa de verdade. Então, veja o vídeo até o final para pegar a linha do tempo, ou pule o vídeo para pegar os dados, tudo anotadinho, certinho. Não perca, porque a linha do tempo é algo que vocês têm me pedido muito, e agora estou atendendo. Inclusive, quem quiser pode me seguir no Instagram, porque hoje, o dia em que este vídeo
está indo ao ar, estarei postando lá a minha linha do tempo para quem quiser tirar print ou copiar, vou estar postando lá também. Muito bem, vamos começar a entender a Revolução Francesa. Primeiramente, o que foi a Revolução Francesa? A Revolução Francesa foi um movimento que a gente considera que começou em 1789, no século XVIII, na França, obviamente. Foi um movimento revolucionário que tirou da França o regime absolutista, uma Monarquia absolutista, e instaurou a república na França. Não só isso, mas vocês vão ver, a Monarquia na França vai voltar, depois a França vai virar um Império,
muita complicações... Mas a importância da Revolução Francesa é isso, porque, a partir desse movimento, os ideais de liberdade, de igualdade, direitos civis, todos esses ideais que a gente tem até hoje vão aparecer. Na Revolução Francesa é que essas ideias vão começar a fazer parte da nossa vida. E a Revolução Francesa vai influenciar vários movimentos, desde a independência dos EUA, até coisas que aconteceram aqui no Brasil, como, por exemplo, a Inconfidência Mineira e vários outros movimentos. A Revolução Francesa é muito importante para entender não só a história da França, mas também toda a história do Ocidente
a partir do século XVIII. Essa é a importância da Revolução Francesa. Como eu falei, a Revolução Francesa é um movimento muito simples, é um conteúdo simples, mas cheio de picuinhas, né. Durante a Revolução Francesa, tiveram várias Constituições e pessoas. Vou falar para vocês quais nomes e datas são mais importantes para memorizar, mas a importância da linha do tempo que vou fazer no final do vídeo é que se considera que a Revolução Francesa ocorreu entre 1789, com a Queda da Bastilha, vou contar isso tudo para vocês, até 1799, que foi quando Napoleão Bonaparte deu um golpe
e tomou o poder da França. Então, todo esse movimento gigantesco aconteceu em apenas 10 anos. É por isso que vocês têm que prestar atenção para não perder nada que vai acontecer. Então tá, começando. Antes mesmo de entrar na Revolução Francesa, a gente tem que entender o que estava acontecendo na França antes, por que os franceses se revoltaram e queriam tirar aquele governo do poder. A primeira coisa que a gente tem que entender é que a França vivia o Antigo Regime. O que é o Antigo Regime? É justamente uma Monarquia absolutista. Para quem não se lembra
ou nunca estudou Monarquia absolutista, né, Monarquia é um regime que tem um rei, uma família real, no caso da França, eles tinham uma sucessão de reis que estavam no poder até a morte, aquela coisa toda, né, o poder passava de pai para filho. E "absolutista" porque os reis da França tinham todo o poder. Eles não tinham nenhuma Constituição, nenhuma lei que desse limites aos poderes. Eles governavam tudo, o Poder Legislativo, o Executivo, o Judiciário... Toda aquela situação, apesar de que não havia leis, mas todo o poder estava na mão do monarca. Isso tudo pode ser
muito bem resumido na famosa frase do rei francês Luís XIV, "o Estado sou eu". Quem já estudou absolutismo com certeza já ouviu essa frase, que resume muito bem o que é, porque o rei tinha todo o poder. Ele não tinha limitação nenhuma, mandava em tudo e todo mundo, podia fazer o que quisesse. Uma característica importante é que a França, além de estar vivendo Monarquia absolutista, tinha uma sociedade chamada sociedade estamental. O que é uma sociedade estamental? É uma sociedade dividida em classes, onde as pessoas não conseguem alterar sua classe social. A sociedade era dividida entre
a nobreza, o clero, que era o pessoal da Igreja, a França era católica nessa época, e o que a gente chama de Terceiro Estado, que era o povo, a maior parte da população. Nem preciso dizer que a maioria da população fazia parte do Terceiro Estado, eram pobres e não tinham direitos. Essa era a sociedade estamental. Por exemplo, se uma pessoa nasce camponês, ela vai morrer camponês. Ela não tem possibilidade nenhuma de mudar de classe social, de mudar de estância, de melhorar de vida, digamos assim, de se tornar um membro da nobreza. E vice-versa, se eu
nasci nobre, vou morrer nobre. Vou nascer, viver a vida cheia de privilégios. Meus filhos também vão ter esses privilégios e tudo o mais. É por isso que é uma sociedade estamental, porque é dividida muito claramente, dá para ver muito bem a divisão social entre as pessoas, e essas pessoas não podiam mudar de classe social, não tinha ascensão social. Outra coisa super importante de a gente entender sobre a França é que ela estava sob grande influência dos ideais iluministas. É antigo, mas vale a pena assistir meu vídeo de Iluminismo. Com certeza, vocês já ouviram falar desse
movimento de ideias, uma corrente de ideias que começou na Europa alguns séculos antes e estava bombando com tudo na França. Então, a ideia da divisão dos três poderes, por exemplo, do Montesquieu, os ideais do Voltaire, do Rousseau... Vários pensadores que estavam começando a pensar contra o Antigo Regime, várias ideias diferentes de política, várias ideias sociais, a ideia de igualdade que estava começando a nascer... É muito importante de lembrar que a França, ao mesmo tempo em que estava em grande crise, muitas pessoas estavam começando a olhar para o Iluminismo, as ideias iluministas estavam bombando muito na
França, e isso vai ser, obviamente, muito importante para a Revolução Francesa. A parte mais importante de se entender sobre a França antes da Revolução Francesa, é justamente a crise econômica gravíssima que a França estava vivendo. O grande problema que motivou as pessoas a lutar contra a política francesa foi justamente isso: a França estava vivendo uma crise econômica gravíssima. Primeiramente, porque a França, anos antes, tinha entrado em uma guerra com a Inglaterra, chamada Guerra dos Sete Anos, não precisa memorizar. Mas foi uma guerra que custou muita gente, muito recurso para a França, foi algo que deixou
a França em crise, e a França ainda perdeu a guerra. Além disso, a França ajudou os EUA na Guerra de Independência, né. A França enviou homens, exército, recursos para os EUA, quando os EUA estavam lutando pela independência da Inglaterra, e isso também quebrou bastante a França, apesar de que os EUA saíram vitoriosos, como a gente sabe. Outro problema gigantesco do Estado francês era os altos gastos que ele tinha. Como vocês sabem, a nobreza francesa, que a gente chama de "nobreza parasitária", porque eles não geravam recurso nenhum, não trabalhavam, não geravam nenhum lucro, além de que
não pagavam impostos, a gente vai falar disso depois, eles geravam muitos gastos, porque era o Estado francês, o país, que sustentava a nobreza, o clero, o rei... Não preciso nem dizer, gente, o rei morava no Palácio de Versalhes, aquele palácio gigante, vivia com todo luxo, comia do bom e do melhor, usava roupas caras, todo tipo de coisa. Então, um problema muito grande é que o Estado gastava muito dinheiro sustentando muitas pessoas, esse estilo de vida caro da Monarquia, principalmente da nobreza. Assim, era aquela coisa cheia de pompa, sabe? Quem já viu filmes que tratam sobre
a Revolução Francesa, principalmente um filme que eu gosto muito, recomendo para quem tiver tempo, que é o filme "Maria Antonieta", consegue ver claramente o luxo em que as pessoas nobres viviam na época, e como ele gerava um gasto altíssimo, muito difícil de pagar. Então, isso também foi um problema. Além do maior problema de todos, que era a dificuldade de arrecadação. Por quê? Porque o clero e a nobreza não pagavam impostos. Esse foi o maior problema que o Estado passou, Como eles vão ter dinheiro para se sustentar, para pagar os prejuízos da guerra, para ajudar a
população e tudo o mais, se grande parte da população não paga impostos, né? Se só as pessoas muito pobres estavam pagando impostos, e as pessoas ricas, que eram sustentadas pelo governo, não pagavam. Então, esse foi um problema enorme. Além de que, para piorar a situação que já estava ruim, alguns anos antes da Revolução Francesa teve uma crise de fome, porque teve um período de seca muito grave lá na França, então, os camponeses, o pessoal que vivia da sua produção agrária e tudo o mais, tiveram um problema muito grave de fome, foi um problema geográfico mesmo,
climático, afetou e a França entrou em um momento de grande fome, um momento muito ruim para a economia também. Além, obviamente, do desemprego, que já era um problema na França. E eu esqueci de comentar, a França ainda tinha vários resquícios do feudalismo. Vocês lembram do feudalismo? Aquele negócio da Idade Média? A Idade Média já acabou há alguns séculos, mas a França continuava com vários resquícios do feudalismo, principalmente camponeses pagando vários impostos feudais, as terras concentradas nas mãos de muitas pessoas... Então, assim, a França já estava no buraco, em um buraco muito fundo, estava em uma
situação muito ruim e ainda entrou a situação da fome... Então, a gente pode resumir todos os motivos que levaram à Revolução Francesa nisso, primeiramente, a crise econômica gravíssima, porque muita gente não pagava impostos, tinha dificuldade de arrecadação, os camponeses estavam passando fome. Todos os problemas externos, né? A França estava endividada, tinha se envolvido em várias guerras, a política não estava se rendendo sozinha, tinha todos esses problemas... E, obviamente, a população não estava satisfeita. E o rei da França, o Luís XVI, também não estava satisfeito com a situação, tanto que ele queria fazer algumas reformas. Não
sei se vocês se lembram do Iluminismo, mas tem um negócio do Iluminismo chamado despotismo esclarecido, que foram vários monarcas absolutistas que usaram ideias do Iluminismo para fortalecer seu poder. Em geral, as ideias do Iluminismo eram contra a Monarquia Absolutista. Muitos iluministas, inclusive, eram republicanos. Mas muitos monarcas da Europa usaram as ideias do Iluminismo para melhorar seu governo e continuar no poder. Então, o objetivo do Luís XVI era ser justamente isso: um déspota esclarecido. Ele queria melhorar o Estado francês, a situação da crise e tudo o mais, só que, obviamente, sem perder o poder dele. Veio
de iniciativa dele convocar uma reunião com a chamada "Assembleia dos Notáveis", convocar o clero e a nobreza para uma reunião para discutir a situação dos impostos. Então, em 1787, o rei Luís XVI chamou o clero e a nobreza, chamou uma conferência para discutir justamente essa questão, para ver se a nobreza e o clero estariam dispostos a pagar impostos para melhorar a situação econômica da França. Mas Luís XVI estava colocando fé demais nesse pessoal, e, assim, o clero e a nobreza não estavam nem um pouco afim de perder privilégios. Então, acabou que essa reunião não deu
em nada. Mas como a situação estava muito crítica, ele continuou insistindo nisso. Um ano depois, em 1788, ele fez a chamada "Reunião dos Estados Gerais", convocou os Estados Gerais, os representantes do primeiro, do segundo e do terceiro Estado, para discutir isso mais uma vez. E qual foi essa reunião dos Estados Gerais? O que aconteceu nisso? Ele chamou representantes do primeiro Estado, que é o clero, do segundo Estado, que é a nobreza, e do terceiro Estado, que é o povo, para discutir a questão dos impostos, coisas que melhorariam a situação da França. Só que vários problemas
aconteceram. O primeiro deles é que, assim, ele convocou os Estados Gerais, e eles iam discutir, obviamente, a questão econômica da França, e iam votar em medidas para fazer. Só que o problema era que eles iam nessa reunião para discutir e votar medidas para mudar o rumo, para melhorar a situação da França, só que o voto era por Estado, não por pessoa. Não era que cada pessoa contava um voto, era que cada Estado contava um voto. Então, o voto do clero era um voto, o da nobreza era outro voto, e o voto do terceiro Estado, da
população em geral, era outro voto. Nisso, acabou que não deu em nada, porque o clero e a nobreza se juntaram e acabaram vencendo a votação, apesar de a população, do terceiro Estado, ser a maior parte da França. Então, acabou que já não deu em nada, mas, ainda assim, o rei Luís XVI ficou com muito medo, porque conseguiu ver o quanto o pessoal estava insatisfeito com o governo dele, e decidiu dissolver aquela reunião, mesmo sem ter dado em nada. E aí, começa a complicação, e é muito interessante pensar nisso. Porque o movimento que deu fim ao
absolutismo na França começou por causa da teimosia dos nobres, que acabaram perdendo seus privilégios. Então, por causa da teimosia, eles mesmos acabaram se prejudicando, e também porque o rei estava com muito medo de perder o seu poder, então dissolveu a Assembleia. Só que o pessoal do terceiro Estado que estava lá, representando a população, ficaram obviamente muito revoltados, muito bolados que tudo isso tinha acontecido, e fizeram o chamado "Juramento da Sala do Jogo da Péla". O que aconteceu? O pessoal do terceiro Estado foi mandado embora da reunião, todo mundo foi mandado embora da reunião. E a
galera do terceiro Estado foi para essa sala do jogo da péla... Péla é um tipo de tênis do século XVIII, é um esporte de raquete. E eles foram justamente para essa quadra, e fizeram o juramento de que não sairiam dali até a França ter uma Constituição. Eles não desistiriam até a França ter uma lei que limitasse o poder do rei. Esse era grande parte do problema, porque um dos motivos pelo qual o rei dissolveu a reunião que tinha convocado é porque viu que não só o terceiro Estado, mas também a nobreza e o clero, queriam
diminuir o poder do rei, porque a nobreza e o clero também queriam participação política. Então, o rei ficou com medo, dissolveu a Assembleia, mas o terceiro Estado fez o Juramento. Falaram que não iam desistir até a França ter sua própria Constituição. E tornou, então, a Assembleia Constituinte. A galera que se juntou para fazer o Juramento se transformaram em uma Assembleia para criar uma Constituição. A partir daí, eles vão começar a trabalhar no que vai se tornar a primeira Constituição da França depois da Revolução Francesa. Isso tudo, em 1789. Nisso tudo, gente, não preciso nem falar,
mas não só o pessoal que fez o Juramento do Jogo da Péla e depois de transformou em Assembleia Constituinte, mas também a população comum, estava todo mundo muito injuriado, estava todo mundo muito insatisfeito com a situação. E aí, vai começar o fenômeno chamado "Grande Medo". Observação importante: não confundam Grande Medo com o Terror, o Terror vai acontecer mais para frente, agora vai ter o Grande Medo. O que é o Grande Medo? Os camponeses da França, o pessoal do interior da França, começaram a se revoltar contra seus senhores, contra os grandes proprietários, começaram a se revoltar,
queimar tudo, estragar tudo, fazer revoltas, insurreições. Todo o tipo de coisa para demonstrar realmente sua insatisfação. Esse período foi chamado de Grande Medo porque muitos nobres fugiram para o interior da França ou outros países, justamente com medo de toda essa situação, da maior parte da população estar se revoltando contra eles, fazendo coisas, ameaçando o poder deles. Por isso, foi chamado de Grande Medo. Nesse contexto, vai acontecer uma coisa super importante que você tem que se lembrar, não pode esquecer, isso você tem que decorar, que vai ser a Queda da Bastilha. A Queda da Bastilha, em
1789, foi o movimento que os historiadores consideram o início da Revolução Francesa, foi o pontapé inicial da Revolução Francesa. O que foi a Queda da Bastilha, né? A Bastilha era uma prisão, uma torre mesmo de uma prisão antiga, que nem estava sendo usada, e o pessoal tomou... Inclusive, sans-culottes ajudaram nisso, a gente vai entender quem eles são. O pessoal francês, revoltado com a situação, tomou em protesto, tomaram posse dessa prisão antiga chamada Bastilha. Se a prisão nem estava sendo utilizada, qual foi a importância disso? A importância foi que a Bastilha era um símbolo do Absolutismo,
era um edifício muito importante, era o símbolo da Monarquia. Tomar a Bastilha não significou simplesmente "conquistamos um edifício, uma torre". Significou: "não, nós derrubamos um pedaço do Absolutismo, nós estamos indo contra o Absolutismo". Então, a Queda da Bastilha vai ser importante por causa desse símbolo, porque, a partir daí, começa a luta contra o Absolutismo na França. Uma classe de pessoas que mencionei agora que são muito importantes, não só para a Queda da Bastilha, mas para toda a Revolução Francesa, são os chamados sans-culottes, né. Quem são esses sans-culottes? Esse nome vocês têm que decorar. Sans-culottes são
pequenos comerciantes, trabalhadores urbanos, gente normal, digamos assim, pessoas comuns, que lutaram e foram o "motor" da Revolução, pode chamar dessa forma. Foi a maior parte das pessoas que lutou, que deu o sangue, deu a vida pela Revolução. Os sans-culottes eram chamados assim por causa da classe social deles, "sans-culottes" em francês significa "sem calças", porque eles eram trabalhadores comuns que não usavam calça justinha, aquela calça que aparece nos filmes mesmo, aquela calça da nobreza que parece uma bermudinha. Então, eles eram chamados de "sem calça", justamente porque não usavam as roupas chiques da nobreza. Os sans-culottes aparecem
pela primeira vez agora na Queda da Bastilha, e vão ser importantes pelo resto da Revolução Francesa, porque em todos os movimentos, eles vão estar lá. Vai ter a Queda da Bastilha? Eles vão estar lá. Vai ter todos os outros levantes contra o Absolutismo? Eles vão estar lá. Vai ter o Diretório? Convenção? Eles vão estar lá. Os sans-culottes vão ser muito importantes a partir de agora. Eles vão ser o arroz mesmo, o motor da Revolução Francesa. Não se esqueçam desse nome: sans-culottes. A partir daí, da Queda da Bastilha, desses movimentos, do Grande Medo, vai começar, de
fato, a Revolução Francesa. Não só os sans-culottes, mas todo o povo que estava lutando por mudanças, que depois a gente vai dividir entre jacobinos e girondinos, vão começar a fazer mudanças de verdade na França. Aquela Assembleia Constituinte da galera do Jogo da Péla, de tênis, começaram a abolir leis e direitos feudais que ainda tinham na França, começaram a fazer algumas reformas econômicas, e aprovaram a importantíssima, dessa vocês têm que se lembrar, Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Essa declaração vai ser importante não só porque já faz grandes reformas, mas porque vai ser um
marco do início dos direitos civis. Se hoje aqui no Brasil, por exemplo, a gente tem vários direitos, de ir e vir, de liberdade de expressão, de várias coisas, direitos individuais, tudo isso começou com a Revolução Francesa, então é importante de se entender. O que foi essa Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão? Foi um documento contra a sociedade do Antigo Regime, que ia contra o governo que estava na França. Ele era inspirado no Iluminismo e nos ideais liberais. Ele dividiu os Poderes na França, né, não era mais o rei que dominaria tudo, agora tem
o Poder Legislativo, o Poder Executivo e o Poder Judiciário, que são separados. Isso é o ideal iluminista, inclusive. Separar os Poderes para que não fique uma pessoa dominando tudo, e ela abuse do poder, e para que um Poder refreie o outro. É uma ideia de um cara chamado Montesquieu, um cara do Iluminismo também, um francês muito importante. A Declaração dos Direitos também trouxe a ideia das liberdades individuais, o direito de ir e vir, o direito à liberdade de expressão, o direito, por exemplo, de você ter suas coisas, sua propriedade, de você não ser obrigado a
nada que não esteja na Constituição... Sabe, direitos muito simples que hoje a gente tem garantidos, nasceram na Revolução Francesa. Então, muito, muito importante. Além disso, a Declaração também garantia a propriedade privada para as pessoas. Além de dar um direito interessante, que era o de resistir à tirania e à opressão. O que é isso? Significa que agora as pessoas na França, quando se depararem com algum regime, com alguma política, alguma pessoa que as oprima, que seja tirana, que seja uma pessoa "má", digamos assim, a pessoa agora tem o direito de resistir, tem o direito de se
revoltar, de ir contra essa situação que não a agrada. Isso também é um ideal iluminista. A partir da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão na França, vai começar a se lutar pela igualdade. A questão da igualdade é muito importante, tanto que, depois da Revolução Francesa, a bandeira da França, que é a mesma até hoje, tem três cores: azul, branco e vermelho, que simbolizam justamente a liberdade, a igualdade e a fraternidade. Esses vão ser os três conceitos, os três marcos, os três pilares da Revolução Francesa. O conceito da igualdade vai começar a nascer agora.
Por quê? Como eu falei, a França vivia uma sociedade estamental, as pessoas nasciam em uma classe social e não podiam mudar. Agora, com o conceito de igualdade, isso vai diminuindo aos poucos. Vamos pensar aqui no Brasil. Existe gente nobre? Visconde? Existe condessa? Barão? Existe isso no Brasil atualmente? Não. E de onde veio essa ideia de acabar com os títulos de nobreza? Veio da Revolução Francesa. Então, só uma exemplo para vocês verem como a Revolução influenciou aqui no Brasil e influenciou outros países também. Agora eles vão começar a lutar pela igualdade, por parar de acreditar que
as pessoas nascem diferentes e é isso aí. Hoje, se eu cometer um crime, por exemplo, eu vou ser julgada da mesma forma que o presidente do Brasil seria julgado, é porque há séculos, na Revolução Francesa, eles começaram a pensar nisso, em igualdade. A pensar que a lei tinha que tratar todos igual. Ainda vai demorar um pouco para a igualdade que a gente conhece hoje ser aplicada, mas esse ideal vai nascer com a Revolução Francesa. A partir da Revolução Francesa, as pessoas vão começar a pensar: "por que eu nasço camponês, a pessoa nasce nobre e é
isso aí? Está errado isso, todo mundo tem que nascer igual diante da lei". Tanto que no final da Revolução Francesa vão acabar os títulos de nobreza justamente porque todas as pessoas vão nascer iguais em direitos. Então, a partir da Declaração dos Direitos, essa ideia vai começar a ser pensada na França. Vocês estão entendendo a importância dessa Declaração? Não se esqueçam disso. E o pessoal da Assembleia Constituinte também fez a Constituição Civil do Clero, que foi super importante, porque começou a separar a Igreja e o Estado, começou a criar o ideal que se tem até hoje
de Estado laico, de um Estado que não é ligado à religião, que os líderes religiosos não mandam na política, e todo tipo de coisa. Então, a Revolução Francesa vai começar a laicizar, a tirar a religião do Estado. Obviamente, as pessoas ainda têm liberdade de seguir sua própria religião, mas religião e política vão começar a não mais se misturar, porque a França era muito católica e agora vai começar a perder isso. Muito bem. Enquanto isso, em 1791, a França vai receber a primeira Constituição, a Constituição de 1791. Enfim, né, o pessoal da Assembleia finalmente fez uma
Constituição, que vai instaurar a Monarquia Constitucional na França. O que isso significa? A França continua sendo uma Monarquia, Luís XVI continua sendo o rei da França, mas agora ele tem que seguir a lei. Isso vai ser um marco muito importante, porque quebra com o Absolutismo. Acabou o Absolutismo, o rei não manda mais em tudo o que quiser. Agora o rei até manda, mas dentro da Constituição. A Constituição está em cima do rei, e não mais o rei em cima da Constituição, fazendo tudo o que ele quer. Isso vai ser muito importante para a história da
França. Além disso, a Constituição vai realmente colocar dentro da lei todas as ideias da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. A partir da Constituição, vai estar na lei a divisão dos Poderes, o direito à propriedade privada, o voto censitário... O que é o voto censitário, né? Agora todo mundo tem direito de votar, desde que possa comprovar certa renda. Então, assim, muita gente agora tem direito de votar, né? Antes ninguém votava, até porque não precisava votar, porque o rei é hereditário, você não escolhe o rei, o governante. Mas o voto censitário não foi um
avanço tão gigantesco assim, porque, como só pessoas com renda, com dinheiro, podem votar, a maior parte da população, que era pobre na França, ainda ficou de fora do direito do voto. Isso vai mudar daqui a alguns anos, depois vai voltar, vocês vão entender... Mas a Constituição de 1791 traz o voto censitário, você pode votar, desde que tenha renda. A partir dessa Constituição, vai começar a implantação de medidas burguesas. Não sei se vocês se lembram da burguesia, essa classe de pessoas que tinham dinheiro, mas não tinham poder político, não tinham influência, poder social, justamente porque não
eram nobres. A partir daí, a gente vai começar a ver na Revolução Francesa, a implantação de ideias burguesas. Vamos falar sobre burguesia. Vamos entender direito qual foi a questão da burguesia na Revolução Francesa. Primeiro, quem são os burgueses? Os burgueses são pessoas que surgiram lá no final da Idade Média, principalmente comerciantes, profissionais liberais, pessoas que eram ricas, mas não eram nobres. Isso era um problema para essas pessoas, né? Pensa bem, eu sou uma burguesa na França. Eu sou rica, tenho uma casa chique, tenho vários criados, mas eu não sou nobre, não tenho um título de
nobreza, então, eu não tenho poder, não posso interferir na política, não posso ter muitas posses... Então, assim, eu sou rica, mas não posso fazer nada com isso. Isso era um problema para os burgueses. Por quê? Como eu falei, a sociedade era estamental. Então, não tinha nada que os burgueses pudessem fazer. Em alguns lugares, você até podia comprar título de nobreza com dinheiro e tudo o mais, mas um problema que os burgueses tinham era justamente isso, eles tinham dinheiro, tinham certa influência, mas, por não serem nobres, não tinham poder político. Inclusive, faz muito sentido pensar por
que foram justamente os burgueses que começaram a lutar pela igualdade na França. Agora vocês entendem isso? Assim, pensa bem. O burguês tem dinheiro, tem tudo, mas não é igual ao nobre. Então, ele vai começar a lutar pela igualdade para que, assim, ele tenha condições iguais, por exemplo, das pessoas nobres, do clero, para realmente ter participação política e tudo o mais. Então, a partir da Constituição de 1791, essas ideias dos burgueses, as coisas que eles queriam implantar, vão começar a ser implantadas na França. A ideia de propriedade privada, que é algo que eles queriam muito, a
ideia da igualdade, que eles também queriam muito, e todo tipo de coisa. A partir daí, a gente começa o momento de Monarquia Constitucional. O rei ainda existe, o Luís XVI ainda governa, mas ele está por baixo de uma Constituição. Nem preciso dizer que o Luís XVI não estava gostando nada disso, né, ele queria o poder de volta, queria ser soberano de volta. Ele começou a conspirar com outros países, especialmente com a Áustria, para tentar retomar o poder na França. Então, o que ele fez foi conspirar com a Monarquia da Áustria, fazer um acordo em que
a Monarquia da Áustria ajudaria ele a retomar o poder. E aí, em 1792, o rei Luís XVI tentou fugir para a Áustria. Ele estava lá na casa dele, fugiu para conspirar e tentar retomar o poder na França. Só que ele foi capturado, não conseguiu fugir, foi pego perto da fronteira e acabou sendo preso. E aí, vão começar várias discussões, porque muita gente vai começar a falar: "o rei traiu a França", "o rei tentou abandonar o país", "o rei tentou voltar atrás com os avanços da Revolução Francesa". Muita gente vai começar a defender o rei. O
rei vai ser uma questão complicadinha, até que vão matar o rei, mas a gente vai entender isso depois. Agora a Assembleia Constituinte vai começar a se dividir. Antes, o pessoal se dividia em pessoas a favor do rei e pessoas a favor da Revolução, contra o Absolutismo e aquela coisa toda. Agora o pessoal revolucionário, a galera que fez a Queda da Bastilha, que está no movimento desde o início, vai se dividir. Agora que a gente vai entender a diferença entre jacobinos e girondinos. Primeiramente, os girondinos eram a alta burguesia e a nobreza liberal, as pessoas que
eram, digamos, mais conservadoras, que queriam menos reformas na França. Eles defendiam que tinha que limitar as conquistas populares, que o povo não podia conseguir tudo o que queria. Também defendiam medidas liberais na economia, e a consolidação das vontades da burguesia, principalmente porque os girondinos eram ou a burguesia ou os nobres liberais, os nobres que não eram a favor do rei, mas não queriam perder privilégios. E os jacobinos eram as pessoas mais radicais, profissionais liberais, pequena burguesia, a população comum em geral. Eles queriam, assim, tacar fogo mesmo. Queriam proclamar a República, queriam matar o rei, queriam
ampliar conquistas populares, que todo mundo tivesse direito ao voto... Eles eram, digamos, mais radicais. A partir daí, inclusive, vai surgir uma coisa que a gente tem até hoje na política, que é o conceito de direita e esquerda. Porque os jacobinos se sentavam à esquerda do rei na Assembleia, e os girondinos se sentavam à direita. A partir daí, vai surgir esse nosso conceito de esquerda e direita que se tem até hoje. A direita sendo mais conservadora, a favor de menos mudanças, a política mais liberal. E a esquerda sendo um pouco, digamos, "radical", querendo mais mudanças, a
população comandando aquilo tudo... Então, essa ideia vem justamente daí: dos jacobinos sentando à esquerda e dos girondinos sentando à direita. Uma coisa muito boba, um macete que eu tenho para vocês, uma dica muito bobinha, mas que me ajuda muito a decorar, para você decorar a diferença entre jacobinos e girondinos, quem é de direita e quem é de esquerda, é você pensar nas letras G e J. A letra G está aberta para a direita, e o J tem a perninha para a esquerda. Ou seja, os jacobinos são da esquerda e os girondinos são da direita. Uma
dica muito boba, mas que salva vidas para vocês decorarem a diferença entre eles. Agora, a situação da França vai piorar em relação ao exterior, a outros países. Como eu falei, o rei tinha tentado fugir da França, ele estava conspirando com outros países para tentar recuperar o poder. Nisso tudo, a Prússia e a Áustria assinaram uma declaração falando que queriam intervir na França para acabar com a palhaçada de Revolução. Na época, a maior parte dos países da Europa eram Monarquias Absolutistas. Então, o pessoal dos outros países vendo os franceses tomando o poder, vendo as Monarquias caindo,
era um risco gigantesco aos outros países. Porque, pensa bem, você está vivendo em uma Monarquia Absolutista, você vê o país do lado conseguindo vencer isso, conseguindo um governo melhor, com maior participação, você tem vontade de fazer isso também. Então, vários outros países, por medo de a Revolução Francesa "pegar", por medo de eles mesmos viverem uma Revolução Francesa, começaram a ter medo daquilo, a querer voltar atrás. Nisso tudo, a Prússia e a Áustria se juntaram decidiram que queriam intervir militarmente, meter um golpe na França, para retomar as coisas, fazer tudo voltar a ser como era antes.
E aí, começou uma grande treta, porque uma parte dos franceses queria lutar contra a Prússia, queria lutar contra aquela situação, para acabar com aquilo tudo logo, mas outra parte achava que não, que seria um risco muito grande, que muitas vidas seriam perdidas, ia gastar muito dinheiro, aquela coisa toda. Só que eles fizeram a guerra mesmo assim, e a França venceu, por incrível que pareça. A França ainda estava em crise econômica, mas acabou vencendo e consolidou a Revolução Francesa. E aí, quando a França venceu a guerra, foi descoberto, de fato, toda a situação que o rei
estava conspirando, que o rei estava apoiando as Monarquias para invadirem a França, que o rei estava indo contra o próprio país para tentar retomar o poder. E aí, sim, o rei foi julgado por alta traição. Para vocês verem como tudo estava acontecendo ao mesmo tempo, teve a guerra, descobriu que o rei tinha traído a França mesmo, eles proclamaram a República na França em 1792, e mataram o rei. Foi, tipo assim, tudo ao mesmo tempo, em questão de meses tiveram guerra, venceram guerra, mataram o rei, julgaram o rei... Muita, muita coisa. Por isso estou falando que
a linha do tempo é importante. Então, em 1792, vai começar o período da Convenção. A Revolução Francesa é dividida entre período da Monarquia Constitucional, da Convenção e depois do Diretório. A Convenção vai ser um período bem curto, vai durar só um ano, mas cheio de coisas. Em 1792 vão proclamar a República, no início de 1793, vão matar o rei. O importante é pensar que os girondinos tomaram o poder primeiro, quem governou durante a Convenção foram os girondinos. Então, a gente considera que começou, em 1792, a República Girondina. É interessante a gente pensar que foram os
girondinos que mataram o rei, apesar de que quem queria que ele morresse fossem os jacobinos. Mas, como descobriram que o rei estava indo contra a França, não tinha como defender o rei mesmo. E, mesmo que muitos girondinos não quisessem a morte do rei, eles acabaram condenando o rei mesmo assim. No ano seguinte, ou melhor, alguns meses depois, quem morreu foi a esposa do rei, a famosa Maria Antonieta. Inclusive, a Maria Antonieta foi a mulher que falou a famosa frase: "que comam bolo!". É um símbolo para se pensar como estava a situação da França antes da
Revolução. Tem uma lenda de que várias pessoas falaram para Maria Antonieta: "rainha Maria Antonieta, não temos pão, não temos pão e estamos passando fome". E ela disse: "ah, se o pessoal não tem pão, que comam bolo, que comam brioche". Essa frase virou um símbolo da Revolução Francesa, porque ela falar "ah, estão passando fome, não tem pão, então comam bolo", mostra justamente o tanto que a aristocracia, a nobreza francesa, estava 100% nem aí, não estava tendo noção nenhuma do que estava rolando com a população. Então, só um parênteses que abri, uma historinha interessante sobre a vida
da Maria Antonieta, que a gente acabou de matar, inclusive, em 1793 ela vai morrer... Que Deus a tenha. ♪ Vai com Deus ♪ É isso aí. Mas, ainda em 1793, estou falando que é confuso, primeiro, os girondinos tomaram o poder, teve a República Girondina, só que a Revolução começou a se radicalizar. Os girondinos, em 1793, perderam o poder para os jacobinos. Os jacobinos tomaram o poder da República. Vai acontecer um tanto de coisa na França. A primeira coisa que vai acontecer vai ser a chamada Revolta da Vendeia, que foi uma revolta de camponeses, que estavam
sendo chamados para o serviço militar obrigatório. Muitos não queriam ir, então se revoltaram, até porque a situação de crise econômica ainda se mantinha na França. Então, a Revolta da Vendeia foi um movimento camponês contra o governo. E a Revolta da Vendeia vai ser muito importante, famosa, porque os jacobinos vão se apropriar, vão usar a Revolta como desculpa, para começar a intensificar seu poder, a governar de forma um pouco mais rígida. Então, na República Jacobina, agora que os jacobinos tomaram o poder, eles vão fazer muitas reformas, vão mudar muita coisa na França. A primeira coisa a
fazer: uma nova Constituição. Lembra da Constituição de 1791? Então, ela vai ser trocada pela Constituição de 1793, e vai, finalmente, instaurar voto universal. A única Constituição a trazer voto universal durante a Revolução Francesa. O que é o voto universal? Todo mundo pode votar. Infelizmente, naquela época, "todo mundo" ainda não incluía as mulheres, mas todos os homens têm o direito de voto. Isso foi importantíssimo, porque antes, com o voto censitário, só a galera que tinha renda, que tinha dinheiro, podia votar. Agora, todos podem votar. E a Constituição também traz o direito ao trabalho, vai melhorar a
condição dos trabalhadores na França, porque eles trabalhavam em condições precárias. A situação, principalmente dos camponeses, era precária, muito difícil. Os jacobinos vão começar a tentar mudar essa situação, vão fazer várias leis. Vão começar a fazer, inclusive, reforma agrária. Pouquíssimas pessoas eram donas de terra na França, então, eles vão começar a fazer reforma agrária. Eles vão fazer a chamada Lei do Máximo, em que colocam preço máximo para itens de primeira necessidade, como pão, trigo, comida, itens de higiene, esse tipo de coisa. Então, por exemplo, o pão não pode passar de certo preço, para garantir que todo
mundo consiga ter acesso, principalmente à alimentação, para acabar com a fome na França. Nessa época também que os jacobinos vão abolir a escravidão nas colônias da França, principalmente nas colônias da América e da África. Agora, não existe mais escravidão, na França já não existia mais, agora não existe escravidão nas colônias francesas também. E vai começar o chamado Período do Terror. Esse Terror, que eu falei para vocês não confundirem com a época do Grande Medo, o Terror é o que deu a grande fama da Revolução Francesa. Quando a gente fala de Revolução Francesa, muita gente já
pensa em guilhotina, em um monte de gente sendo assassinada, aquela coisa toda, e agora é que isso tudo vai começar. Por quê? Um nome importante da Revolução Francesa que vocês têm que lembrar e decorar, é um cara chamado Maximilien Robespierre. Robespierre era o grande líder dos jacobinos durante a Revolução. Nessa época da República Jacobina, na época do Terror, ele é que vai tomar o... Não tomar o poder, os jacobinos que estão no poder, mas, na real, quem manda mesmo é o Robespierre. Ele é meio que o "presidente" da França nessa época. E o Robespierre... Para
quem tiver tempo e curiosidade, para esse vídeo não ficar gigante, recomendo fortemente que leia os discursos do Robespierre. Ele fazia discursos muito eloquentes, muito fortes, muito emocionais, em que ele realmente falava o que a população queria ouvir, sabe? Ele falava que faria grandes reformas, como, de fato, ele fez. Falava muito contra a nobreza, a favor da igualdade, que todo mundo tinha que ter direitos iguais, tinha que votar, aquela coisa toda. Só que o problema do Robespierre é que ele começou a ficar louco atrás de gente anti revolucionária. A partir daí, Robespierre vai começar uma verdadeira
caça às bruxas, procurando pessoas que fossem contra a Revolução, e vai começar a matar geral, a cortar a cabeça de todo mundo que pode ser contrarrevolucionário. Esse é que vai ser o Período do Terror, em que qualquer coisa que você possa falar, que você faça que pareça contra a Revolução, pode te fazer morrer. Inclusive, Robespierre vai perder o apoio... O Período do Terror vai acabar porque ele vai matar tanta, tanta gente, que vai começar a matar os amigos, os colegas dele, o pessoal que era jacobino, tudo com medo de acabar com a Revolução. Então, a
gente da história, que lê os discursos dele, que lê todas as teorias dos historiadores sobre o comportamento do Robespierre, dá para perceber que tudo o que ele fazia era para manter a Revolução. Só que ele tinha um medo tão grande de a Revolução acabar, de alguém ir contra, que ele mesmo acabou sabotando o próprio movimento, sabe? Para tentar manter a Revolução andando, ele acabou que desandou a situação toda, porque ele via todo mundo como inimigo da Revolução. Ele acabou dando mais poder para ele mesmo, mudando a Constituição, falando que não se aplicava a ele, porque
ele precisava ter poder maior para garantir a Revolução. Não sei se está claro o que eu falei. Por exemplo, eu sou a presidente do Brasil, eu tenho que seguir a lei. Mas o que Robespierre falou foi: "eu sou o presidente do Brasil, só que eu não tenho que seguir a lei, tenho que ir contra a lei para acabar com o pessoal que quer que a lei acabe". Então, eu sou a presidenta do Brasil, posso matar, roubar, fazer o que quiser, a lei não se aplica a mim, justamente por quê? Vou matar as pessoas, vou contra
a lei, para garantir que ninguém vá contra a lei. Complicado? É complicado. Mas assim, gente, psicólogos de plantão, alguém precisa entender o que se passava na cabeça do Robespierre. Resumidamente, era mais ou menos isso que ele pensava. Recomendo fortemente para quem tiver tempo de ler os discursos dele, porque esse vídeo já está ficando gigante, não vou mais falar sobre ele. Mas o Período do Terror foi isso, Robespierre começou a matar todo mundo, começou a caçar pessoas contra a Revolução, e foi por causa disso, justamente, que ele foi perdendo o apoio da população. O pessoal ficou
assustado, né. Tem relatos da época que falam que as ruas da França eram vermelhas, de sangue, porque dezenas de pessoas eram guilhotinadas todos os dias. Então, como eu falei, Robespierre perdeu o apoio da população. Inclusive, o Terror acabou com terror, porque para acabar com aquele movimento, é o que a gente chama de "terror para acabar com o Terror", porque para acabar... Falei "acabar" mil vezes, né, mas... Porque para colocar um fim naquela matança toda, eles mataram o Robespierre e outros líderes muito violentos. Então, em 1793, Robespierre foi preso e morto, e, a partir daí, vai
acabar o Terror e vai ter início o chamado Diretório. O Diretório vai ser o último período da Revolução Francesa, entre 1793 e 1799, que vai ser o governo em que o poder vai voltar para as mãos dos girondinos, e só vai acabar quando Napoleão fizer um golpe de Estado. O Diretório é a parte mais simples da Revolução Francesa, porque foi um governo bastante estável. Os girondinos vão tomar o poder, vão voltar com o voto censitário, então, acabou o voto universal, vai ser só durante o período dos jacobinos, agora para você votar, mais uma vez, tem
que ter renda. Só que o governo dos girondinos ficou muito famoso, porque foi realmente a consolidação, eles colocaram em prática tudo o que a burguesia francesa queria. Eles realmente colocaram na lei, fizeram todos os desejos da burguesia, por isso que o governo deles têm muita influência na França até hoje. Mas não se enganem, não é como se durante o Diretório não tivesse morrido ninguém. Mas foram mortas muito, muito menos pessoas do que na época do Terror, obviamente. Então, os girondinos continuaram perseguindo a oposição, perseguindo os contra revolucionários, mas nada comparado ao que Robespierre e ao
que o Período do Terror fizeram. Uma coisa importante que eu tenho que falar é que, durante o governo do Diretório, vai acontecer um movimento importante chamado Conspiração dos Iguais. Vou falar bem rápido, porque é muito raro alguma prova... O ENEM raramente, acho que já cobrou isso uma ou duas vezes. Mas a Conspiração dos Iguais foi um movimento comandado por um cara chamando Graco Babeuf, sei lá, não sei pronunciar, porque não sei falar francês, mas é esse cara aqui, o Graco. Ele fez um movimento na França, de cunho socialista, inclusive, antes mesmo de existir o socialismo
que a gente conhece hoje, mas ele chegou até a falar contra a propriedade privada, ele queria grandes reformas. E a Conspiração dos Iguais ficou famosa justamente por isso, porque foi a primeira demonstração de algo que hoje a gente chama de socialismo. Muita gente considera que o socialismo nasceu com esse movimento e com esse cara, o Graco. Mas acabou que o movimento não deu certo, ele foi morto anos depois, em 1797. E acabou que o governo do Diretório e a Revolução Francesa "acabou" em 1799, quando Napoleão Bonaparte fez um golpe, chamado "18 de Brumário", onde ele
tomou o poder da França. A partir daí, Napoleão vai tomar o poder, instaurar o Império na França, e tudo o mais. Não vou falar do Napoleão aqui, porque esse vídeo já está grande, mas, basicamente, a gente considera que assim acabou a Revolução Francesa. Antes de acabar esse vídeo, a gente tem que falar sobre dois aspectos. Primeiro, vai ser o grande simbolismo da Revolução Francesa, e meio que a "continuidade" da Revolução. O primeiro aspecto, da "continuidade" da Revolução, é isso, porque, historicamente, a gente pode falar que a Revolução Francesa acabou em 1799, né, o Napoleão tomou
o poder, vai voltar atrás com várias coisas que da Revolução Francesa, só que, mesmo assim, as ideias da Revolução Francesa continuaram, tanto que, depois que Napoleão sair do poder, eles vão restaurar a República, vai acontecer muitas coisas... Então, é importante pensar que o movimento pode ter acabado, mas as ideias da Revolução Francesa nunca vão morrer, tanto que até hoje essas ideias fazem parte do nosso governo, da nossa vida, da nossa civilização. Então, a Revolução Francesa pode ter sido abortada pelo Napoleão, mas as ideias nunca acabaram. E outra coisa super importante para falar é sobre o
simbolismo da Revolução Francesa. A Revolução Francesa foi um movimento que instaurou muitos, muitos símbolos. Ela mudou o hino nacional da França, fez vários feriados nacionais, eles tentaram instaurar um novo calendário, a laicização do Estado... Então, a Revolução Francesa trouxe muitos símbolos, a música deles, a "Marselha", que é uma música muito famosa até hoje, entre várias outras coisas. Mas o símbolo que vou falar, que é muito importante, que, se não me engano, já caiu no ENEM, e tem grandes chances de cair na sua prova, é sobre essa pintura aqui na tela, que se chama "A Liberdade
guiando o povo", do Delacroix. Por que vou falar dessa pintura? Porque essa pintura está na maior parte dos livros de história, tenho certeza absoluta de que você já viu essa pintura alguma vez na sua vida. Ela fala da Revolução Francesa e tem uma mensagem subliminar. Vou falar dessa pintura porque, se você tiver prova sobre Revolução Francesa, tem uma chance gigantesca de ela cair na sua prova. Então, só para garantir que você vá tirar uns pontinhos a mais, vou falar dessa pintura, explicar o significado dela para vocês. Nem estou com a pintura aqui na frente, mas
já sei de cor, de tanto que já vi... É uma pintura que se chama "A Liberdade guiando o povo", e uma coisa importante é: abre o olho, a primeira coisa que você vê na pintura. Qual é a primeira coisa que você vê na pintura? Primeiramente, eu, pelo menos, vejo a mulher que está no meio. Inclusive, curiosidade: essa pintura que inspirou a Estátua da Liberdade, que tem lá em Nova York. Foi inspirada nessa mulher, tanto que as duas são a mesma pessoa. Essa mulher da pintura simboliza justamente a liberdade. Então, assim, é uma pintura que, obviamente,
retrata a Revolução Francesa. A liberdade está guiando o povo, o pessoal está indo atrás da liberdade, está sendo levado pela liberdade. A França não mais é governada por um homem tirânico, mau, absolutista, mas a França agora é guiada pela liberdade, tanto que a bandeira, liberdade, igualdade e fraternidade. Então, não se esqueçam disso de forma alguma. Só que, qual é a pegadinha dessa pintura? A pegadinha é que a pintura não foi feita durante a Revolução Francesa, ela foi feita em 1830, quando a França estava passando pela Revolução de 1830. Foi um movimento que aconteceu na França
anos e anos depois da Revolução Francesa, que tirou do governo o rei Carlos II, de quem o pessoal não gostava, para, a partir daí, tentar restaurar a República Francesa. Essa pintura geralmente está nos livros na parte que fala de Revolução Francesa, mas é interessante pensar: por que na Revolução de 1830 eles tentaram recuperar a Revolução Francesa? Por que não fizeram uma pintura sobre a independência dos EUA? Por que não fizeram uma pintura sobre a Idade Média? Eles fizeram essa pintura justamente para ela servir como símbolo, para a pintura inspirar os franceses de 1830 a tentar
reproduzir o que foi feito em 1789. Assim, é importante que vocês, principalmente com a Revolução Francesa, porque a Revolução Francesa mudou toda a história da humanidade, que vocês sempre tenham malícia na hora de olhar para pinturas, charges, para todo tipo de coisa que se trate não só da Revolução Francesa, mas de qualquer assunto. Inclusive, gente, olha aqui o que tem atrás de mim, se não é o quadro "A Liberdade guiando o povo", só que na capa do CD do Coldplay, né, que eles usaram a pintura no "Viva la Vida". Então, como vocês podem ver, a
Revolução Francesa foi o símbolo de muitas coisas. Quando vocês olharem imagens, quando olharem charges, vão encontrar menções à Revolução Francesa em todo lugar. Então, principalmente você, que está estudando esse assunto, fica esperto, tenha malícia, sempre procure referências à liberdade, todo tipo de coisa. Quando vir uma mulher com o peito de fora, representando a liberdade, pensa na Revolução Francesa, gente. Me deixem cheia de orgulho, sejam bem maliciosos mesmo, porque, se vocês procurarem, vão encontrar a Revolução Francesa em tudo. Assim, espero que a partir desse resumo, que eu sei que ficou muito longo, mas que é um
dos resumos mais importantes do canal, espero que você tenha entendido não só os eventos de 1789, mas que você tenha entendido também um pouco do mundo em que a gente vive hoje. Porque se hoje eu sou igual ao presidente da República, é por causa da Revolução Francesa. Se hoje tem o Poder Legislativo, Judiciário e Executivo separados no Brasil, é por causa da Revolução Francesa. Se hoje a gente vive uma República, em parte é por causa da Revolução Francesa. Então, espero que vocês tenham reconhecido não só a importância que a Revolução Francesa teve há 200 anos,
mas a importância que ela tem ainda hoje. Então, criem malícia, reconheçam a importância dela, porque vocês vão encontrar menções a ela realmente em todo lugar. E sucesso na sua prova, no seu trabalho, no que for fazer sobre a Revolução Francesa. Agora, para finalizar de uma vez por todas, porque eu sei que ficou longo, a gente vai fazer a linha do tempo da Revolução Francesa, para você decorar de uma vez por todas, falando as datas para você anotar, para você não se esquecer de absolutamente nada. Então, começando em 1789, a gente considera que foi o início
da Revolução Francesa. Em 1789, tiveram vários acontecimentos. Primeiramente, teve a reunião e a dissolução dos Estados gerais, né. A partir a reunião, houve também, em 1789, o Juramento da Sala do Jogo da Péla, a criação da Assembleia Nacional, que vai se tornar a Assembleia Constituinte. Também houve, em 1789, a Queda da Bastilha e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Vocês não podem se esquecer. Em 1790, teve a Constituição Civil do Clero, aquele documento que começou a separar a Igreja e o Estado na França. Em 1791, Luís XVI vai tentar fugir da França.
Além disso, vão começar aquelas tretas da França com a Prússia e com a Áustria. E vai ter a primeira Constituição da França, a Constituição de 1791, que vai ser com voto censitário e que instaura a Monarquia Constitucional. Em 1792, a França vai entrar em guerra contra a Prússia, e vai vencer. E também vai ter o início da Convenção, que vai durar até 1795. E a proclamação da República também vai acontecer em 1792. No ano seguinte, em 1793, Luís XVI vai ser guilhotinado, vão matar o rei por alta traição. Vai ter a Revolta da Vendeia, aquela
revolta camponesa importante. E vai começar o início do Terror, os jacobinos vão tomar o poder e vão começar a matar todo mundo. Ainda em 1793, vai ter a nova Constituição, aquela Constituição dos jacobinos com o famigerado voto universal, vocês não podem se esquecer disso. Eles também vão matar Maria Antonieta. E vai morrer um homem famoso chamado Marat, ele é famoso por causa dessa pintura aqui, ele era um líder jacobino assassinado por um girondino em 1793. Em 1794, vai ter o fim do Terror, Robespierre vai ser morto e tudo o mais. Em 1795, vai ter a
nova Constituição, que volta com o voto censitário, aquilo tudo, vai ser o início do Diretório, e aquela Conspiração dos Iguais, do cara socialista, o Graco Babeuf, não sei pronunciar, que vai morrer dois anos depois, em 1797. Em 1799, vai "acabar", entre muitas aspas, a Revolução Francesa, com o golpe do 18 de Brumário do Napoleão. Finalizamos, finalmente, a Revolução Francesa. Mil desculpas porque o resumo ficou gigantesco, mas é um dos resumos mais importantes da história desse canal. Se você gostou, dê um "mi piace", porque dá muito trabalho fazer o vídeo. Recomende ele para seus amigos, para
os seus colegas. Espero que vocês tenham gostado, que tenham aprendido uma ou duas coisinhas. No meu Instagram, no dia em que o vídeo estiver indo ao ar, no dia em que você estiver vendo o vídeo, vou postar toda essa linha do tempo, para quem quiser tirar print e tudo o mais. Espero que você tenha gostado do vídeo. Se inscreva no canal para ficar por dentro de mais novidades, para ver mais resumos de história. Muito obrigada pela paciência. Um beijo, até o próximo vídeo!
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