Os imigrantes e o ciclo do café

o paraíso tropical a terra das oportunidades aqui você terá o seu próprio castelo ou com esse sonho que os imigrantes começam a chegar ao brasil na segunda metade do século 19 mas o país não era exatamente um conto de fadas da república havia substituído a monarquia mas quem continuava mandando eram os fazendeiros conhecidos como barões do café o produto brasileiro mais vendido do mundo e eles tinham um grande problema com a aprovação da lei áurea era necessário substituir a mão-de-obra escrava além disso o governo precisava colonizar as grandes áreas inexploradas do sul do país essas

terras eram habitadas por índios que foram desalojadas e muitas vezes massacrados pelas empresas de colonização e os chamados bugreiros uma estratégia de propaganda montada para trazer os estrangeiros e parte dos custos da viagem é bancada pelo brasil cerca de 3 milhões de migrantes entrariam no país até a primeira guerra mundial inicialmente os que chegam em maior número são os italianos que vão para as lavouras de café mas logo se desiludem com as péssimas condições de trabalho cada família tem que cuidar de 7 mil pés de café e é obrigado a pagar valores absurdos pela alimentação

o salário não cobre os custos e eles se transformam em verdadeiros escravos brancos muitos abandonam as fazendas e vão morar na cidade de são paulo onde passam a exercer outras atividades em bairros shipka mente italianos e os espanhóis também começam a chegar ao brasil e muitos substitui os italianos nas plantações de café já os alemães continuam indo para as colônias no sul do país ou o tudo parece correr bem mas a produção de café é tão grande que o preço despenca no mercado internacional apavorados com a crise os governadores são paulo minas gerais e rio

de janeiro se reúnem no famoso convênio de taubaté e pedem para o governo federal comprar as safras excedente de café [Música] mas rodrigues alves presidente da república não aceita e os estados são obrigados a contrair empréstimos no exterior o brasil tem um novo presidente afonso pena que dá um jeito de colocar a união como fiadora dos empréstimos esta socialização das perdas mas com que os cofres públicos pague os prejuízos dos fazendeiros que por sua vez vão ficando cada vez mais ricos o plano até poderia ter dado certo não houve demissões e o país viveu uma

certa estabilidade econômica mas os barões do café que estavam proibidos de aumentar a produção fizeram justamente o contrário continuaram abrindo novas lavouras só para vender o excedente para o governo ninguém pagou atenta ea nossa dívida externa não parou de crescer [Música] olá eu sou um jimi figueiredo o roteirista e diretor dessa série gostaria de convidar você para deixar um comentário sobre esse episódio se você gostou dá uma olhada nessa aqui também [Música]