se a galera também com mais uns é da matrix na área hoje gente mais um vídeo sobre a categoria do totalitarismo esse é o principal vídeo da série porque aqui onde eu vou fazer uma crítica à categoria na sua forma mais concreta no primeiro vídeo da série eu dei uma abordagem materialista para a categoria tentando demonstrar que eu vou aqui fazer uma crítica partindo da materialidade observá véu e das estruturas políticas resultantes e que produzem tal materialidade portanto trata-se de uma abordagem materialista dialética da categoria como dito no primeiro vídeo a categoria totalitarismo é bastante
problemática primeiro porque polissêmica é uma palavra à qual são atribuídos muitos significados a obra as origens do totalitarismo de 1951 de hannah arendt é a obra que conseguiu estruturar a ferramenta para a sociologia a partir dessa obra outras formulações de totalitarismo vão surgindo ea categoria vem sendo constantemente aprimorada contudo a vulgarização da categoria faz com que ela seja instrumentalizada pela política e assim passam a utilizar a categoria do totalitarismo pra colocar em pé de igualdade comunismo e nazismo algo que é totalmente errado agora vamos então entender a categoria totalitarismo na sua forma mais concreta a
partir do desenvolvido por raras filhos e de vizinhos que conseguiram categorizar totalitarismo a partir dos fenômenos comuns mais observava eis portanto é uma categorização boa para entendermos a categoria na sua forma mais concreta ou seja como ela se apresenta na sua forma mais posto meira então para friedrich brezinski totalitarismo consiste em uma ideologia de estado um partido único geralmente dividido por um só indivíduo uma conduta terrorista de estado e também o um controle dos meios de comunicação e informação o monopólio do estado da violência e também uma economia totalmente gerenciada pelo estado hannah arendt vai
um pouco mais além porém vamos deixar para tratar dessas outras determinações num nível mais abstrato mais adiante mas ao analisarmos essas determinações já temos importantes conclusões naquilo que diz respeito ao esvaziar momento da categoria porque se vocês compreenderão o primeiro vídeo que eu disse no início deste vídeo fazendo uma análise da realidade a partir do materialismo dialético toda a categoria precisa de uma razão de ser ou seja ela precisa está fundamentada na materialidade ou na superestrutura fruto da maternidade estabelecida então vamos testar as determinações apontadas por friedrich e brezinski para ver se de fato podemos
utilizá las como determinantes de uma categoria de análise sociológica bom a primeira determinação que chama atenção é que diz que o totalitarismo o estado tem o monopólio do uso da força ora essa determinação não me parece interessante porque ela é determinação do estado de modo geral todo o estado tem um monopólio do uso da força outra característica que parece pouco robusta é a característica do estado gerenciar a economia fora toda a economia capitalista gerenciada pelo estado o meio de troca oferecido pelo estado é o estado que estabelece a segurança e portanto determina que o meio
de troca seja reserva de valor o que vai mudar é o grau de interferência do estado na economia um estado por exemplo em um guerra vai ter uma economia totalmente dirigida pelo esforço de guerra porque estou chamando atenção pra isso pra mostrar que as circunstâncias também podem alterar a mecânica do estado ea economia é muito sensível a isso outro exemplo que eu posso dar pra apontar a fraqueza dessa determinação é o fato de que todas as sociais democracia interferem muito nas suas economias a planejamento central a regulação dos mercados controle max prudence ao que é
o controle de entrada e saída de fluxo de capitais isso pra não dizer que ditaduras que não se classificam como ditaduras totalitárias também tem um autocontrole das suas economias ou então nos restam as demais características seria então a determinação do controle dos meios de comunicação e informação que determina o totalitarismo também me parece que não porque no estado não totalitário a burguesia que controla o estado controla todos os meios de comunicação temos que entender a perspectiva do estado enquanto instrumento da classe dominante no capitalismo a classe dominante à classe burguesa a classe burguesa controla os
meios de comunicação num estado de guerra isso fica mais evidente mais uma vez voltando à questão a importância de serem observadas as circunstâncias que podem levar determinado regime até reação à de x ou y losurdo lembra muito bem o caso de o último wilson e ao longo da primeira guerra criou o comitê para informações públicas ele passou a fornecer os jornais 22 mil colunas semanais de notícias essas notícias tratavam de tudo que era possível ser considerado suscetível de vida poderá favorecer o inimigo outros exemplos práticos que eu posso acrescentar são as guerras do iraque lá
todos os jornalistas que cobrirão a guerra tinha que ser submetidos ao crivo do departamento de estado dos estados unidos a idéia era impedir que a opinião pública ficasse contra a guerra como aconteceu na guerra do vietnã que foi a primeira guerra televisionada em cadeia mundial vamos dizer assim e dessa forma a opinião pública acabou ficando com um contra a guerra em função de ver o que estava acontecendo lá daquela maneira o que prejudicou os interesses políticos e econômicos dos estados unidos na guerra esse mesmo erro não se repetiu nas guerras do iraque então o controle
da informação e dos meios de comunicação no capitalismo de modo geral é do estado é o estado é a burguesia que controla o estado que tem o monopólio dessas informações logo essa também não pode ser a determinação que estabelece a distinção do totalitarismo todos os estados não só o capitalista em menor ou maior escala possuem controle sobre a informação evidentemente que há um controle absoluto mais uma ânsia uma busca o controle vai sobrando pouca coisa então que sobra e seria a conduta terrorista de estado que define o totalitarismo o surdo no texto para uma crítica
à categoria de totalitarismo lembra o splash ect de 1918 que estabeleceu a possibilidade de prisão por até 20 anos de qualquer um que exprimisse opinião de forma desleal e reverente vulgar ou abusiva sobre o governo do estado assumiu sob a constituição dos estados unidos sob a bandeira dos estados unidos sobre o uniforme das forças armadas dos estados unidos então os estados unidos são totalitários portanto também não acredito que é possível estabelecer uma distinção dos regimes totalitários em relação aos autoritários somente a partir do terror de estado eu acrescentaria também a ditadura militar brasileira de 64
a 85 nesse período a supressão dos direitos individuais dos direitos de defesa dos devidos processos legais da democracia burguesa produzir lá polícia política desaparecidos tortura e desrespeito completo os direitos humanos ou seja essa situação de terror de estado onde a situação vive sob constante ameaça é bastante comum na história e praticamente todas as ditaduras autoritários utilizaram desse expediente bom então dessas determinações da categoria ainda na sua forma mais concreta só nos resta a determinação que aponta a existência de um partido único geralmente liderado por um único líder ora essa determinação também é bastante fraca imagine
que qualquer ditadura autoritária poderia ter essa característica a ditadura civil-militar brasileira embora houvesse ali uma culpa dos militares por muitas vezes até o congresso funcionasse na prática depois do momento de eleições o presidente tinha poderes ilimitados e embora houvesse um bipartidarismo havia um partido do governo e outro partido apenas estava ali para servir de oposição para sustentar uma aparência de democracia toda prática também era como se tivesse um partido único assim ainda lá no texto do zurich eu tô aqui utilizando como base para esse vídeo temos que entender essa determinação da categoria de outra maneira
para que ela fique um pouco mais clara ea ilícita hayek ele vai dizer o seguinte não é apenas um partido único um líder único que determina a categoria mas sim isso tem que está estabelecido na forma de um partido exército e de um partido igreja que segundo ele provocariam essa atuação da sociedade em prol de uma ideia totalitarismo ante embora essa determinação parece um pouco mais robusta ela também é falha e aí eu acho interessante o ponto que o uso lembra pra começar a defender seu ponto ele lembra que tuma em 1950 não teve dificuldade
nenhuma em optar pela intervenção na guerra da coreia ele fez isso independentemente do congresso dos estados unidos ao passo mal zedong lá da china teve muita dificuldade de também fazer a mesma opção porque teve que lidar com uma dura oposição política ora turma presidente estados unidos líder da principal democracia burguesa do estado a princípio liberal não teve nenhum problema mesmo sem ter um partido único mal zedong lá da ditadura comunista chinesa de partido único teve muito mais problemas para lidar com a política então é que aponta hora turma não dispunha de um partido exército nem
de um partido igreja mal zedong sim por isso mal zedong pode ser classificado como todo tally tarde ao passo que tuma não pra hayek hitler e estarem possuíam um partido religião e um partido exército então vamos analisar o seguinte primeira questão do partido exército e aí eu volto a chamar atenção para aquilo que eu falei lá no início do vídeo a questão circunstancial o que faz um partido um estado uma organização política assume determinada forma a iec observou o fenômeno mas não se interrogou naquilo que causou possivelmente o fenômeno e voltando losurdo eu posso citar
que os partidos socialistas buscam rompe com o monopólio português da informação por exemplo para isso publica os jornais organizam escolas para a formação de quadros políticos para especialização a burguesia não precisa disso não precisa dessa reação ela já têm esse instrumento a loja conta com o estado preparado as escolas e ela tem a mídia que ela própria financia que difunde as informações que a ela não são prejudiciais ainda reforçando esse ponto a legislação anti socialista de bismarck por exemplo colocou o partido socialista na ilegalidade 1 obrigando a reagir a tais circunstâncias ou seja colocou o
partido não só na posição de reagir ao monopólio da informação mas também de reagir ao monopólio da violência estão reparando o caráter relativo dessas atitudes estudando esse exemplo para vocês perceberem que a atitude de bismarck colocou o partido numa situação de luta por sobrevivência e aí é interessante conosur da ponta que essa dialética já está presente ao menos desde a revolução francesa lá a burguesia também tentou manter o controle do monopólio da violência fazendo isso até mesmo chegando no ponto de dificultar o alistamento na guarda nacional isso estimulou os partidos que ficaram de fora esse
processo há também se organizar como instituições de luta então é fundamental agora compreendemos colocarmos essa mesma lógica dentro da rússia czarista lênin ao desenvolver a ideologia do partido comunista soviético tinha em mente o modelo desenvolvido pelo partido social democrata alemão contudo foi necessário reforçar a estrutura centralizada do partido como uma forma de reação à autocracia czarista ou seja o regime apresentou uma repressão ao partido comunista o que fez com que o partido reage se transformando também num partido de luta se pensarmos na idéia de partido igreja também temos que pensar da mesma forma dentro da
construção da transição socialista a igreja é vista como uma instituição que reforça que é conservadora que está do lado do establishment portanto anti-comunista a um entendimento que a igreja é uma instituição política e sendo assim ela deve ser apertada das esferas de poder da sociedade nesse sentido que é construído uma idéia de integração do indivíduo com grupo e com uma ideologia totalitária exame anti que os partidos podem em determinadas situações a apresentar ou seja tanto no caso do partido exército quanto no caso do partido igreja temos no regime de stalin características reativas e não estruturais
portanto o partido igreja e o partido exército não são determinações de um regime comunista nem mesmo de um regime socialista se colocarmos essa discussão para o plano do comunismo temos que entender que nunca houve no mundo uma experiência comunista sim em colocarmos a discussão no plano do socialismo dois pontos 1 que é uma fase de transição então as características nele apresentadas não são necessariamente observar no comunismo e mesmo essas características nele observá weiss não necessariamente são características estruturais como tentei demonstrar que tanto no caso da existência de um partido igreja e de um partido exército
são determinações circunstanciais e não estruturais sobre se nós olharmos para o nazismo que o outro exemplo de higiene totalitário apontado labor ana arraes na formulação original da categoria perceberemos que tanto parte do exército quanto à posição religiosa ou equivalente a religiosa em relação ao partido são estruturais e não circunstanciais hitler é adorado como um firme não há uma equivalente para stalin e hitler morreu acabou nazismo stalin morreu o socialismo continuou hannah arendt justifique o totalitarismo acaba com a morte de stalin entretanto isso me parece fraco uma vez que o contingenciamento que a princípio está nem
poderia está fazendo ou seja agindo de maneira reativa as pressões contra o regime de fato conseguiram adentrar na união soviética e estão na base daquilo que veio a ser a desestruturação do regime soviético e no caso da igreja tem dois pontos primeiro que no nazismo havia uma parceria com a igreja católica uma vez que ela é próprio establishment na maioria das vezes e segundo que era necessário esse engajamento do indivíduo dos grupos sociais nem de ideologia nazista como uma forma equivalente a forma que a religião faz vai só que isso desde o princípio da presente
no nazismo está lá nas bases na estruturação aristocrática da visão de mundo nazista coisa que não está na estruturação do pensamento comunista então essa característica que a narrar e aponta que raio é que melhora também não serve para categorizar mos o totalitarismo porque como vimos no comunismo não está presente no socialismo real é circunstancial sobrar apenas o nazismo mas ora o nazismo já está categorizado existe a categoria nazismo que não é igual a categoria totalitarismo porque tem lá todo o aspecto da eugénie a que a princípio não é encontrado na categoria totalitarismo então não pode
ser esse o fator distintivo do totalitarismo aquilo que o categoriza ou seja a categoria nesse prisma nesse grau concreto sofre um ex base aumento completo ou seja ela perde completamente o sentido a categoria e renais têm algumas nuances que nós vamos ver no próximo vídeo e também no próximo vídeo vamos ver a discussão que se dá depois disso ea reformulação completa que eu sugiro para o totalitarismo não é uma ideia minha a minha ideia apenas diz que não pode se tratar o totalitarismo de hardt da mesma maneira que se interpreta a categoria nos dias de
hoje depois de toda a discussão acadêmica já feita em relação a isso a galera se você gostou desse vídeo é muito importante se inscreve no canal curte o vídeo e compartilha com os amigos e se você puder por favor seja um dos nossos apoiadores é isso que faz o canal poder se manter no ar aqui na descrição vai estar o site do ceps da matrix com todas as plataformas de apoio nosso podcast e também todas as nossas redes sociais grande abraço a todos ea todas falou valeu e até a próxima [Música]