Desafios do SUS

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Cristine Andersen
Quais os principais desafios do SUS?
Video Transcript:
e fala meu povo vamos dar início à disciplina de gestão em saúde e o que nosso primeiro ações nossos bem mais cá flexíveis filosóficas que a gente vinha conversando até então são os desafios de saúde do sistema brasileiro né desafios que enfrentamos nossos a gente tem uma visão um pouquinho mais amplo do que enfrentamos hoje a gente precisa fazer um pequeno resgate histórico imagino que todos vocês recordem que antes da instituição do sus a gente tinha um sistema de saúde hospitalocêntrico baseado na atenção em hospitais em atenção curativa quem tem acesso esses benefícios era república
mente a população trabalhadora quem tinha carteira assinada e seus dependentes e as ações de saúde eram coordenadas pelo governo federal através do ministério da saúde a partir da constituição de 88 ea instituição do sus a concepção saúde do brasil muda drasticamente a gente deixa de perceber saúde como ausência de o e passa a encarar a saúde como um ano do estado de bem-estar físico social e mental o acesso à saúde passou a ser garantido para toda a população brasileira independente da existência ou não de vínculo empregatício e acesso ao livro de maneira igualitária e preferência
ou equidade que necessita mais recebe mais continuar existindo claro né o livro a amiga acesso na iniciativa privada e a gente como sistema de saúde passa a dar uma ênfase maior as ações preventivas não que antes nos fizeste tinha campanha de vacinação tudo né que eram as basicamente as ações preventivas mas agora com um suas ações preventivas ganham destaque continuam tirando as ações curativas claro porque são importantes mas a gente passa a focar mais nas ações preventivas em termos de financiamento isso tão as e tu também muda um pouco porque antes financiamento é basicamente do
governo federal e tudo centralizado no governo federal o sustentam mudar essa lógica de organização e levar a tampa gestão quando financiamento também para estados e municípios tanto é que os municípios passam a ter um percentual de investimento obrigatório em saúde e preste atenção que socar bastante em prova de residência né municípios são obrigados a investir pelo menos quinze por cento do seu orçamento é saúde estados são obrigados a investir pelo menos doze por cento do seu orçamento em saúde e a partir de agora do ano de 2020 a união é obrigada a investir quinze por
cento da sua receita em saúde pelo menos na verdade que se invista mais mas este o percentual mínimo obrigatório de investimento em saúde bom então números de volume né de receita aplicada à saúde o brasil não perde para outros países nem terão de valores aplicados mais ou menos oito por cento do pib brasileiro é gasto ou investido em saúde e se é compatível com outros países da américa latina qual é a diferença para esses países outros países é o percentual né entre recursos públicos e recursos privados no brasil mais ou menos 59 por cento do
total investido em saúde corresponde o recurso privado ou de família ou de empresa e 41 por cento correspondem recursos públicos então desse total no pib brasileiro nos oito por cento do vídeo brasileiro que vai para a saúde mais da metade de recurso privado se a gente for comparar por exemplo com países como reino unido que também tem a universal no reino unido mais ou menos 81 por cento do total de recursos da saúde são recursos públicos na itália mais ou menos 77 por cento então o brasil não investe pouco dinheiro em saúde mas ele investe
pouco dinheiro público comparativamente por exemplo a outros países tá e se a gente for comparar o quanto de dinheiro que vai relativo nas esferas de governo a união entra com quarenta e três por cento do total do recurso público os estados com 25 seis por cento e os municípios com mais ou menos 31 por cento do total dos recursos públicos que vão para o sus tá então sempre feriado isso né o brasil ele não investe pouco dinheiro no sus porém investe mal fico muito recurso privado muito dinheiro de né de pessoa da família sendo investido
recurso público e ainda deixa a desejar em termos de investimento falando um pouquinho de infraestrutura na década de 70 obviamente o que a gente mais tinha eram hospitais porque és tudo isso não focado todos os sistemas de saúde eram focado em hospitais como o surgimento dos use com a evolução do sistema de saúde o número de hospitais em dizer não cresceu é o que cresceu as unidades de atenção básica de atenção primária tá então se a gente for olhar em gráficos o que mais investir o que que mais cresceu de lá para cá a gente
teve um momento importante de atenção primária hospitais não foram se crescerem não tem tanto mais hospital do que tinha lá na década de 70 a gente tem sim bem mais atenção primária na postinho de saúde como quiserem chamar a gente tem bem mais clínica especializada a gente tem um pouco mais de um socorro na unidade de pronto atendimento hospital a gente tem mais ou menos a mesma coisa porque o grosso do investimento foi na atenção primária no sistema de saúde assim importante destacar para vocês que nos hospitais que nós temos a grande maioria dos hospitais
ainda hoje são hospitais privados gente não ainda não tem cartão muitos hospitais públicos do total de hospitais que a gente tem a maioria são hospitais privados e se a gente for analisar as unidades de atenção primária a grande maioria são pública é então isso nos mostra quis infelizmente o sistema de saúde privado ele ainda tá no foco bem e hospitalocêntrico como é que o sistema público tá tentando focar mais na atenção [Música] o primário com relação a força de trabalho é os médicos são principal profissional empregado no sus e hoje usados mais recentes nos mostram
que a gente tem um ponto sete médicos para mil habitantes e corresponde a 61 por cento do total de empregos que tem no sus e os enfermeiros correspondem a 0,9 por desculpa 0,9 enfermeiros por mil habitantes e corresponde a treze por cento do total de empregos do sus porém na do total de funcionários do total de empregos que o sus oferece a gente tem sódio 0,2 por cento de especialistas em saúde pública isso nos mostra que a gente tem poucas pessoas interessadas em efetivamente se especializar em saúde pública e de certa forma uma precarização dessa
especialidade das ações em saúde pública é muitas vezes o sul serve como uma porta de entrada e a o privado não é o profissional vai lá na trabalhando as suas um tempo até se estabelecer em quando dá né ela tá fora não se especializa efetivamente na saúde pública então certa forma isso nos mostra uma precarização desse desse tipo de serviço com a alta rotatividade de profissionais o que sem dúvida nenhuma não colabora com a qualidade dos serviços ofertados conversando um pouquinho então é só vou conversar sobre atenção primária tá aqui é o grande foco na
grande sacada grande jogada do sus hoje nós temos 85 porcento dos municípios com serviços de atenção primária que cobrem mais ou menos 49 por cento da nossa população ainda infelizmente deixa muito a desejar né e desse serviços 45 porcento tenho serviço de atenção em saúde bucal né é e aí o e lembram das nossas aulas que a gente conversou nas aulas anteriores que a gente conversou sobre importante redução da mortalidade infantil que nós tivemos a década de 70 para cá boa parte dessa redução de mortalidade infantil se deve à atenção primária ea melhoria do cuidado
de pré-natal rede atenção essas mulheres né da ação primária é o grande responsável pela redução das mortalidades infantil e outras modalidades propostas é um atenção primária bem feito tem muito resultado impacto muito importante na saúde da população atenção secundária a gente que a meditação secundária uma canção de média complexidade digamos assim e é de regras são os ambulatórios especializados e um dos exames complementares de média complexidade a gente encaminha para o especialista resumidamente isso é a atenção secundária muito da atenção secundária é dependente do sistema privado os e compra o serviço do sistema privado principalmente
serviço de apoio diagnóstico né e e essas empresas eles acabam saindo muito caros muito disso é culpa nossa os profissionais porque às vezes a gente profissional médico acaba preferindo um exame de alta complexidade muito caro em vez de um exame não tão bom mas não tão caro que daria para fazer o diagnóstico e na mesma maneira então exames complementares hoje que em sua grande maioria são comprados do serviço privado eles acabam sendo de muito alto custo para o sus e essa é uma das grandes uma grande importância da regulação do sistema de saúde que vocês
vão ver nas próximas aulas a realmente ver a necessidade da solicitação de exames para ver não é para tentar balancear um pouquinho esse custo para o sistema não não sai tão caro e atenção terciária é atenção e como é que cidade basicamente atenção hospitalar que o serviço realmente de alto culto uti internação hospitalar né atenção terciária e já sabe que a maior taxa de internação ela ainda é sistema privado e não sistema público é porque ele lembrem maioria dos hospitais são do sistema privado não sistema público então sistema privado acaba sendo mais fácil de internar
então acaba internada no sistema público por não ser tão fácil acaba se buscando resolver muita coisa de maneira ambulatorial esse priorizando internar aquilo que realmente precisa né e claro existe o para o problema da falta de leite esse é um problema crônico do nosso sistema de saúde né isso não é de agora da academia falta de leite já existe há muito tempo tá problema da revelação de alguma coisa antiga então atenção terciária infelizmente a gente sabe que tem dificuldade de conseguir leito de conseguir acesso a atenção terciária muito da relação onde o problema de encaminhamento
de muito problema de obstáculo político né gente sabe que a troca de secretária de saúde a troca de prefeito muda muitas ações que já vinham acontecendo então tudo isso impacta né como que as políticas de saúde vinham acontecendo em passa lá na ponta de como que o serviço tá tá funcionando mas não é só coisa ruim que acontece no sus né tem muita coisa boa e que eu acho importante frisar tá porque você sai bom que a gente tem coisas no sus que são internacionalmente reconhecida por exemplo o programa nacional de imunizações ele é internacionalmente
reconhecido tá em 2015 nos programa nacional de imunizações estava com 85 porcento de cobertura isso é magnífica maravilhoso né porque a gente conseguiu erradicar várias patologias clarão que estava errado de casa então internacionalmente nós somos reconhecidos por a demonização muito bom o programa de controle do tabagismo na rede de tabagismo também foi no programa internacionalmente reconhecido o brasil conseguiu reduzir o tabagismo de 32 por 197 para 14 por cento 2015 uma redução muito importante da prevalência do tabagismo no país então foi um programa muito efetivo que também foi internacionalmente reconhecido a própria estratégia de saúde
da família psf bem foi um programa que foi reconhecido com impactos importantes principalmente na redução da mortalidade infantil ea política de atenção de urgências no caso o samu que foi criado em 2007 também foi um programa bastante efetivo com atenção os problemas mas foi um programa bastante efetivo que também é reconhecido como um programa muito importante para o sistema de saúde brasileiro o outro desafio que também impacta no nosso sistema de saúde são as questões de regionalização e de erotização a gente sabe que os municípios passaram a seus prestadores de serviço canções né isso é
uma lógica importante porque antigamente ministério da saúde é responsável por todas as ações vai lá ministério da saúde em brasília saber o que que tá acontecendo aqui em santa maria né então é muito mais fácil a secretaria municipal de saúde conhecer a nossa realidade o que que acontece no bairro a cada uma das regiões e coordenações para cada uma das regiões de fato é muito mais fácil fazer isso de maneira regionalizada o problema é que tem alguns municípios que são muito pequenos que tem dificuldade de captação de recursos para fazer essas ações tanto que alguns
autores especialistas em saúde pública dizem exageramos na municipalização justamente por isso porque tem alguns municípios que não têm pernas para fazer a mãe e tem dificuldades de estabelecer convênios com municípios maiores para captação de recursos para fazer essas ações de nível local e muitas vezes os estados ea união acabam se omitindo nessa área essa liberação de recursos então a regionalização e hierarquização é bom é mas precisa do aporte das outras do suporte das outras esferas de governo alguns municípios são auto-suficientes perfeito maravilha outros nem tanto e esses municípios que não são auto-suficientes tem enfrentado dificuldade
de conseguir fazer ações principalmente nessa dificuldades de captação de recursos na e de articulação com as outras esferas de governo e claro talvez vocês ainda não tem um punto contato com questões de gestão as verifica a minha dica passem até um olhar o mais generalizado de onde vocês estão no hospital do posto de saúde do pronto socorro de como que as coisas estão sendo geridos né não foca em só na assistência de onde vocês estão vocês vão ver tem muita coisa que vocês vão conseguir perceber vão tá funcionando como que não está funcionando né questão
política feliz ou infelizmente impacta muito no nosso sistema de saúde quando troca prefeito e secretário de saúde podem ver que praticamente todas as ações de saúde no município mundo tudo muda junto e isso acaba sendo um problema nas ofertas do serviço de saúde um outro problema é que infelizmente a nomeação secretário de saúde nem sempre por conhecimento técnico às vezes é que bom mas nem sempre por conhecimento técnico às vezes essa nomeação é por cargo político então às vezes a gente vai ter um secretário de saúde que pretende nada de saúde pública e aí as
ações realmente e o problema porque a gente tem uma pessoa ele que não entendi o que tá fazendo e de qualquer maneira na melhor das hipóteses a cada 8 anos vai trocar toda a gestão consequentemente vão trocar as ações então essa descontinuidade política de fato impacta no serviço de saúde a bacana serviço de saúde a falta de conhecimento técnico impacta e também tenho toda a questão do interesse eleitoral às vezes o prefeito e secretário de saúde estabelecem ações estabelecem prioridades que são prioridades eleitorais né que não necessariamente é o melhor para aquela população por exemplo
imaginem uma cidade muito pequena que não tem demanda para ter um hospital ela cidade muito que não tem necessidade de ter um hospital em termos de realmente necessidade de controle de riscos de saúde é em termos tanto de financeiros quanto de gestão é melhor encaminhar aquelas pessoas para uma cidade maior e usar esse recurso até uma atenção é mas é óbvio que as pessoas preferem ter um hospital na sua cidade então eles prometem um hospital prometer não pode ser que eles compram hospital que não se pague dentro daquela cidade então às vezes o interesse eleitoral
prevalece mesmo que isso não seja o melhor por sistema de saúde prestem atenção porque muitas vezes a gente vai ver isso acontecer prestem atenção é o interesse político diz continuidade política e eventualmente a nomeação de pessoas sem conhecimento técnico para cargos políticos são questões que atrapalham bastante o nosso sistema de saúde tá bom pessoal resumidamente eu acho que esses são os nossos desafios é recurso ainda é um desafio a gente tem ainda né termos de um recurso total não é ter um pouco comparado com os outros países mas a gente tem uma porta de recurso
público ainda e não tem mais pouco dinheiro mas ela dinheiro mal gasto a gente tem alguns problemas de gestão que são importantes e a gente tem um problema de falha de comunicação no sistema principalmente entre estados municípios e união que é importante além de todas as questões políticas é que sem dúvida nenhuma impactam no nos serviços de saúde e para finalizar acho que tem um desafio que a gente vai ter que superar que a judicialização da medicina isso já acontece nos estados unidos mas no brasil isso tem acontecido cada vez mais que é como falei
a judicialização muitas vezes a gente acaba pedindo exame a mais tomando condutas a mais coisas que não seriam necessárias com medo de receber um processo né as estimativas é que a gente tenha 25% a mais de consultas até 25 por cento a mais de os alimentos dentro das internações única e exclusivamente por medo de algum processo é e procedimentos e consultas desnecessárias para aquele paciente por medo da judicialização então o estudo de impacto no curto né do do sistema de saúde então pessoal vídeo reflexão aqui para vocês né qual é o sus que queremos abraço
e até semana que vem
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