Concepções Éticas — Sócrates e Platão

o olá eu sou marcos amor nesse vídeo vou falar sobre as concepções éticas de sócrates e platão a ideia de tratar os dois aqui de maneira conjunta é porque é um pouco difícil especialmente nas primeiras obras do platão nos primeiros diálogos de platão separar o que é filosofia do próprio patrão e o que é do sócrates o sócrates não deixou nada escrito e o platão escreve primeiro sobre a vida do mestre e faz elogios a figura do sócrates e depois ele passa a desenvolver sua própria filosofia para a maior parte dos críticos isso acontece a

partir de um livro chamado a república e antes nos outros diálogos que escreveu antes mais jovem ele vinha apenas fazendo um diálogo e apresentando as ideias do mestre dele que é o sócrates uau que maneiro o platão concordava com sócrates então não é errado colocar os dois de maneira conjunta ainda que existe há obviamente uma obra e se fica criada pelo platão e que a gente não tenha uma obra do sócrates obviamente que eu falei não deixou nada escrito então a gente confia na palavra do discípulo dele sobre aquilo que ele viveu sobre aquilo que

ele acreditava mas a gente não tem como saber com certeza existem outros escritos de outros autores sobre o sócrates mas em bem menor número então enfim não não se leva muito em consideração principalmente o que serve de referência para pensar as questões da filosofia dos focas são os textos do patrão do ponto de vista da ética ou sócrates é importante porque ele promove uma virada em relação ao tema central da filosofia no que a gente chama de pré-socráticos inclusive esse uso do termo pré-socráticos tem a ver com isso é divide a filosofia antiga em até

sócrates e depois a parte dele porque antes dele existir uma preocupação de um entendimento ou de uma ocupação da filosofia com a phisis com a natureza o objetivo da filosofia entender o mundo natural entender como as coisas acontecem por quê e se daquela forma então é um tipo de conhecimento voltado para refletir sobre o próprio conhecimento sobre a existência sobre a vida enfim é algo bem mais amplo e o sócrates ser insere na filosofia o tema da ética inclusive quando se fala pré-socráticos não é necessariamente uma questão cronológica porque um dos pré-socráticos que foi demócrito

foi contemporâneo do sócrates então pré-socráticos esse casa mais temático digamos assim mas a partir do sócrates de fato a filosofia lá começa a discutir esse campo da ética isso tem a ver também com uma reação do sócrates ao desenvolvimento do conhecimento os o fisco que era uma tentativa de utilizar argumentação para vencer o debate sem se preocupar com a verdade então a questão ética pelos sofistas não era algo predominante o sócrates se vê nesse embate justamente com essas pessoas e o portão ele fala sobre isso em vários de seus textos um dos diálogos de platão

por exemplo chama gorges que é de um surfista em que o sol crise debate com ele algumas ideias específicos trata da questão da ética e ali o sócrates argumenta por exemplo que é melhor sofrer uma injustiça do que praticá-la então isso parece estranho porque obviamente ninguém quer sofrer uma injustiça mas a questão para o sócrates aqui mesmo do ponto de vista prático não é vantajoso cometer injustiças porque você tem uma imagem pessoal e dentro daquele conjunto da sociedade só reputação ela acaba sendo lesada se você tem uma fama ruim então isso já é ruim mesmo

do ponto de vista prático só que mais do que isso ele vai dizer que não se pode ser feliz praticando o mal o caminho da felicidade coincide com o caminho da virtude então é essencialmente se deve procurar a virtude porque enfim é bom para o conjunto da sociedade tem a ver com a crença que ele tinha que patrão tá mentindo de que existe um bem maior bem elevado que tá no plano do inteligível que a gente deve buscar a gente deve almejar e também do e prático fazer o mal de afasta do caminho da felicidade

então a própria vida se torna melhor quando você buscar a virtude falando sobre isso eu lembro de um livro que eu li faz bastante tempo que é um livro de cartas de correspondência de uma escritora que escreveu política uma escritora norte-americana chamada mary mccartney e a filósofa alemã hannah arendt são várias cartas arde defende correspondência da vida dela 0 amigos e discutir elementos a literatura da filosofia da política e uma das cartas elas falam sobre a questão o socrática dar perspectiva da virtude e relacionam isso com um livro chamado crime e castigo que é um

livro dostoiévski nesse livro tem um personagem que ele se coloca numa situação em que ele acha que ele precisa matar uma pessoa para fazer algo que ele acha que é justo então ele encontra todos os motivos para matar aquela pessoa ele comete esse ato né ele faz isso é efetivamente e depois ele passa a ser angustiar com aquilo que ele fez mês se tivesse que ele acreditava que tinha todos os motivos para fazer aquilo e aí a mary mccartney uma dessas cartas pergunta e elas são enfim diálogo a partir disso mas a pergunta que ela

faz é por que que não mataria alguém se eu quisesse da mesma maneira que o raskólnikov que é o personagem lá do crime e castigo se eu quiser matar alguém ou achar que eu tenho motivos para isso porque no materia e ela vai dizer que têm diferentes respostas uma resposta a resposta do senso comum que vai dizer não vão matar alguém porque eu não quero ser preso só que essa resposta não é válida porque muitas vezes a pessoa que comete o crime ela não acha que vai ser presa eu acho que ele tá fazendo um

crime perfeito que ela vai escapar enfim então ela essa resposta é uma resposta válida a outra resposta se a resposta da religião eu não vou matar alguém porque não quero ir pro inferno porque é contra a lei da religião que eu sigo só que isso também não vale primeiro porque nem todo mundo tem religião e depois porque muitas pessoas que têm religião elas acreditam que elas podem cometer ou elas esquecem convenientemente desse preceitos religiosos e comete aqueles creme o que elas podem se arrepender depois de tudo vai se estabelecer de uma outra forma e por

fim tem a resposta socrática a mesma kart vai dizer que a resposta socrática é eu não vou matar alguém porque não quero ter que conviver a vida inteira com um assassino que seria quem eu mesmo você já posso fugir da polícia posso fugir de quem quer empreender eu posso fugir de quem quer se vingar eu posso não acreditar na religião ou achar que os meus crimes do ponto de vista religioso eles podem ser perdoadas mas eu não posso fugir de mim mesmo eu não posso fugir da minha consciência isso se conecta com que eu venha

falando antes não se pode ser feliz praticando o mal você não consegue efetivamente fazer isso tem o texto do patrão que chama república um diálogo que é o diálogo mais famoso do livro mais famoso do platão e nesse livro o platão conta o mito chamado mito de giges esse mito ele já existia antes do platão não uma criação dele mas ele cria uma versão dele e quem conta o mito no diálogo é um personagem chamado glauco e o glauco defende a ideia de que não é o virtuoso basta aparentar a virtude e para isso ele

utiliza o mito de giges qual a história jesus era um homem comum que vivia uma vida comum até que um dia ele tá andando pela rua ali ele praticava atos que eram considerados os honestos e corretos diante do público não tinha ninguém tinha nada a dizer contra esse indivíduo até que um dia ele tá andando na rua e ele encontra o anel ele coloca esse anel e ele fica invisível se você tá pensando aí no senhor dos anéis saiba que não é por acaso existe uma influência direta do toque né que o escritor dos seus

anéis que ele pega essa essa experiência essa referência o bonito de giz do texto platão mas enfim hoje se bota o anel ele fica invisível e ele sente agora que ele pode fazer qualquer coisa ninguém vai saber quem é ele então ele pensa poxa podia entrar no castelo do rei e ver como são as coisas ele efetivamente faz isso depois ele pensa poderia tirar pegar dinheiro roubar coisas de lá mas melhor do que isso eu podia me apresentar para rainha eu podia mostrar o poder que eu tenho a gente nós dois junto a tramar a

morte do rei eu posso me tornar o novo rei e aí fazer tudo isso e o questionamento do glauco é porque que ele não fazia nada de errado antes e o que que fez ele se tornar uma pessoa má depois o questionamento dele como eu falei antes ae de que no final das contas a conduta moral depende só do medo da punição então maior parte das pessoas apenas aparenta a virtude elas não são de fato virtuosos elas fingem a virtude porque só socialmente isso é exigido da gente dá uma olhada o outro já era isso

que seria esse freio moral que faz com que a gente se comporte de uma forma e não de outra mas esse questionamento que ele vai fazer e que o sócrates né no caso platão através do sol que eles vai é rebater e alegando que a virtude ela é bom em si mesma independentemente de existir ou não a posição mas aí fica essa questão para gente refletir pensa você imagina o seguinte onde você encontra esse anel e você fica invisível e você pode fazer absolutamente qualquer coisa sem ninguém saber que é você será que você não

ia mesmo e nada nem uma coisinha errada então deixa só se a questão para a gente fechar essa discussão hoje no outro momento eu vou falar sobre concepções éticas de outros autores né sequência que o próximo é o aristóteles então isso obrigado por você me acompanhar até aqui até mais tchau e aí