[Música] era uma sexta-feira quase meia-noite Eu estava terminando o meu turno contando os minutos para voltar para casa naquela hora as ruas estavam mais calmas menos trânsito e o clima era um pouco mais Ameno Eu só pensava em chegar em casa tomar um banho e relaxar já tinha feito boas corridas e o dinheiro do dia estava garantido foi quando meu rádio tocou pedindo uma corrida na zona sul pensei em ignorar mas Acabei aceitando Afinal era mais uma corrida para fechar a noite com chave de ouro dirigir por São Paulo à noite sempre tem suas surpresas
e uma corrida de última hora geralmente rende uma boa gorgeta segui em direção ao endereço indicado a zona sul é grande e cheia de contrastes tem áreas nobres e também bairros mais Humildes o endereço era num bairro Residencial daqueles bem tranquilos cheguei rápido menos de 15 minutos quando parei na frente da casa fiquei esperando uns minutos mas ninguém apareceu peguei o rádio para confirmar a corrida e nesse meio tempo olhei pelo retrovisor e vi uma mulher saindo correndo de um beco estava ofegante Parecia em Pânico foi direto pra porta do táxi e entrou entrou no
banco de trás batendo a porta com força ela estava ensanguentada Parecia ter uns 30 anos cabelo preto e comprido roupa rasgada antes que eu pudesse perguntar o que tinha acontecido ela entrou no táxi e disse com uma voz desesperada me leva pro hospital rápido não pensei duas vezes liguei o carro e saí cantando o pneu no caminho ela ficou em silêncio só gemendo de dor tentei puxar papo mas ela só repetia que precisava chegar no Hospital dirigindo pela cidade a adrenalina corria solta eu não sabia o que tinha acontecido com aquela mulher mas era Claro
que ela estava em Apuros as ruas pareciam desertas e cada sinal vermelho parecia durar uma eternidade a tensão aumentava a cada segundo finalmente depois do que pareceu uma eternidade chegamos ao hospital Estacionei na frente da entrada de emergência E virei para ajudar a mulher a sair do carro mas quando olhei pro banco de trás ela não estava mais lá olhei em volta procurei pelo estacionamento chamei Os seguranças do hospital mas ninguém tinha visto ela sair do táxi Parecia que ela tinha evaporado fiquei ali parado sem entender nada como ela podia ter sumido assim era como
se ela nunca tivesse estado ali a polícia foi chamada e eu contei tudo que aconteceu eles fizeram algumas perguntas verificaram o táxi mas não encontraram nada que explicasse o desaparecimento dela me mandaram para casa e disseram que entrariam em contato se precisassem de mais informações voltei para casa naquela noite com a cabeça a não conseguia entender o que tinha acontecido a imagem da mulher ensanguentada e desesperada não saía da minha cabeça o que seria dela por ela desapareceu daquele jeito depois daquela noite não consegui dormir direito por dias a imagem da mulher ensanguentada e seu
desaparecimento misterioso me assombravam fiquei tentando encontrar uma explicação racional mas nada fazia sentido voltei ao trabalho tentando seguir a rotina e esquecer o que aconteceu mas a sensação de inquietação não me deixava uma semana depois era novamente uma sexta-feira o turno estava tranquilo e eu já tinha feito algumas corridas boas estava quase terminando mais um dia de trabalho ansioso para voltar para casa e esquecer das estranhezas da vida de taxista foi quando meu rádio tocou de novo pedindo uma corrida na mesma área da zona sul o endereço era o mesmo da semana anterior um frio
percorreu minha espinha Mas eu precisava encarar isso Pensei que talvez fosse uma coincidência ou até mesmo alguém brincando comigo mas no fundo algo me dizia que tinha mais por trás daquela chamada dirigi até o local meu coração batendo mais rápido a cada quilômetro quando cheguei tudo parecia normal mas eu estava Alerta fiquei esperando dentro do táxi Olhando em volta tentando ver algum sinal de movimento de repente do mesmo beco escuro a mulher apareceu correndo novamente em sanguentada e desesperada parecia exatamente como na semana passada como se tivesse mudado ela entrou no táxi e antes que
eu pudesse dizer qualquer coisa ela gritou me leva pro hospital rápido sem pensar liguei o carro e saí em disparada o Dejavu era forte tudo parecia uma repetição exata da última vez ela ficou em silêncio no banco de trás apenas gemendo de dor Tentei falar com ela entender o que estava acontecendo mas ela não respondia apenas repetia que precisava chegar ao Hospital a cidade parecia Deserta de novo os sinais vermelhos testando minha paciência a adrenalina subia e o medo se misturava com a curiosidade chegamos ao hospital e Estacionei no mesmo lugar da última vez virei
rapidamente para ajudá-la a sair mas assim como antes ela tinha desaparecido dessa vez não me segurei saí do carro e corri para a entrada do hospital gritando por ajuda os seguranças vieram correndo e eu expliquei tudo de novo eles me olharam com descrença mas chamaram a polícia mesmo assim os policiais que apareceram eram os mesmos da semana passada me fizeram as mesmas perguntas e checaram o táxi de novo sem encontrar nada eu estava começando a duvidar da minha sanidade Será que estava imaginando tudo isso mas a sensação de que aquilo era real era forte demais
para ignorar contei tudo para a polícia Mas eles pareciam pensar que eu estava perdendo a cabeça depois que tudo se acalmou Fui liberado para voltar para casa mas dessa vez ao invés de dirigir fiquei sentado no táxi por um tempo tentando processar o que estava acontecendo o que essa mulher queria porque ela aparecia sempre no mesmo lugar e desaparecia ao chegar no hospital depois daquele segundo encontro as coisas começaram a ficar ainda mais est a polícia continuava duvidando de mim eles já tinham me visto como um maluco ou alguém tentando pregar uma peça voltei ao
trabalho tentando esquecer a mulher ensanguentada e as duas noites bizarras mas a sensação de que algo estava muito errado não me deixava em paz evitei aceitar corridas na zona sul por um tempo preferindo rodar em outras áreas da cidade os dias se passaram e a vida seguiu seu curso os os clientes normais voltaram a preencher meus dias e noites e as conversas triviais com os passageiros ajudaram a distrair minha mente contudo sempre que a noite caía eu sentia uma inquietação dentro de mim um medo silencioso de que tudo pudesse acontecer de novo a polícia por
sua vez parou de me dar ouvidos eles fizeram algumas investigações básicas no local onde peguei a mulher mas não encontraram nada nenhum sinal de luta nenhum registro de alguém ferido ou desaparecido naquela área eles chegaram a sugerir que eu procurasse ajuda psicológica o que só aumentou minha frustração com o tempo parei de insistir nessa história não adiantava ficar martelando numa coisa que ninguém acreditava resolvi focar no meu trabalho e na minha vida tentando deixar os eventos daquela noite para trás mas mesmo assim sempre que passava perto do hospital ou daquela região na zona sul sentia
um arrepio na espinha as marcas no meu táxi os gritos de desespero daquela mulher e seu desaparecimento inexplicável ainda estavam frescos na minha memória não importava o quanto tentasse esquecer aquilo fazia parte de mim agora nunca descobri a verdade sobre aquela mulher e talvez nunca descubra no fundo aprendia a aceitar que algumas coisas na vida não tê explicação a cidade grande é cheia de mistérios e às vezes é melhor deixar algumas perguntas sem resposta só espero que onde quer que ela esteja aquela mulher tenha encontrado a paz que procurava e eu bem continuo dirigindo meu
táxi pelas ruas de São Paulo atento a cada chamado mas sempre com um pé atrás esperando que aquela noite nunca se repita meu nome é Carlos e sou taxista em Porto Alegre Trabalho há quase 20 anos nessa profissão e já vi de tudo naquela noite uma quinta-feira qualquer recebi um chamado perto das 11 da noite era para buscar um passageiro num local meio afastado uma área mais Rural da cidade pensei em recusar mas a corrida prometia ser longa e o dinheiro extra sempre ajuda dirigia até o endereço uma estrada de terra pouco iluminada ão era
densa e as árvores ao redor lançavam sombras estranhas na estrada meu carro sacudia a cada buraco e a sensação de isolamento só aumentava quando cheguei não vi ninguém apenas o farfalhar das Folhas e o som distante de um rio estava quase desistindo quando vi uma figura se aproximando lentamente do carro era um homem Caminhando com passos pesados como se cada movimento fosse um esforço ele estava vestido com roupas que pareciam de outra época desgastadas e sujas como se ele tivesse saído de um filme antigo ele parou ao lado do carro e olhou diretamente para mim
Seus olhos eram vazios sem vida mas ao mesmo tempo transmitiam uma tristeza profunda sem dizer uma palavra ele abriu a porta e entrou no banco de trás o ar dentro do carro ficou gelado de repente e um arrepio percorreu minha espinha Boa noite ele disse com uma voz baixa e arrastada me deu o endereço de um lugar que eu não conhecia mas aceitei a corrida algo naquele homem me deixava desconfortável mas a curiosidade e a necessidade de ganhar a corrida me fizeram continuar o caminho pela estrada de terra parecia interminável o silêncio entre nós era
opressor quebrado apenas pelo ruído do motor e o som dos pus na terra tentei puar conversa mas ele respondia com monossílabos ou apenas balançava a cabeça aão no ar era palpável como se algo terrível ese prestes a acontecer o destino era uma casa velha e abandonada cerada por mato alto e com janelas quebradas quando finalmente chegamos olhei para trás para avisar que havíamos chegado para minha surpresa o banco estava vazio o homem havia desaparecido sem deixar rastro E o frio que sentia antes sumiu como mágica desci do carro ainda em choque e dei uma olhada
ao redor o lugar parecia saído de um filme de terror com um silêncio perturbador estava prestes a voltar para o táxi quando viu uma figura na varanda da casa era o mesmo homem mas agora ele parecia diferente havia um brilho etéreo em torno dele como se fosse feito de névoa você deve estar se perguntando o que está acontecendo ele disse sua voz agora ecoando de uma maneira Sobrenatural fiquei paralisado incapaz de responder ele continuou meu nome é Antônio e há muitos anos eu morava nesta casa com minha família uma noite um incêndio começou enquanto todos
dormiam minha esposa e filhos não conseguiram escapar eu sobrevivi mas não por muito tempo morri de tristeza pouco depois preso pela culpa de não ter conseguido salvá-los enquanto ele falava a figura de uma mulher e duas crianças apareceram ao lado dele eles estavam cobertos de fuligem com expressões de pavor congeladas em seus rostos Desde então estou preso aqui incapaz de encontrar paz toda a noite eu busco uma carona tentando contar minha história esperando que um dia eu possa descansar eu não sabia o que dizer Meu Coração batia acelerado e um frio terrível tomava conta de
mim por favor ele disse lembre-se de nós conte nossa história para que não sejamos esquecidos antes que eu pudesse responder eles desapareceram deixando apenas um vazio gelado no ar corri de volta para o táxi e saí dali o mais rápido que pude meu corpo inteiro tremia e minha mente estava em um turbilhão nos dias que se seguiram tentei voltar à minha rotina normal mas não conseguia esquecer o que aconteceu naquela noite sempre que olhava no retrovisor via a figura de Antônio seus olhos tristes me observando no início Achei que estava ficando louco mas a presença
dele era constante em qualquer espelho que eu olhasse cada corrida era um tormento cada parada uma lembrança do que eu havia testemunhado comecei a evitar Dirigir à noite mas mesmo durante o dia via a figura de Antônio silencioso e sofrido me acompanhando uma noite enquanto tentava dormir Ouvi sua voz novamente sussurrando no meu ouvido Não se esqueça de nós Carlos não nos deixe desaparecer as palavras dele ecoavam na minha mente e eu sabia que nunca conseguiria me livrar daquela sombra minha vida virou de cabeça para baixo parei de trabalhar e comecei a me isolar evitando
qualquer reflexo onde pudesse vê-lo a culpa e o medo me consumiam e a presença constante de Antônio me deixava à beira da Loucura mesmo agora escrevendo este relato sinto seus olhos sobre mim esperando que eu cumpra minha promessa de contar sua história talvez ao compartilhar isso eu possa encontrar alguma mas a verdade é que nunca saberei ao certo antnio e sua família continuarão a me assombrar um lembrete eterno do sobrenatural e do peso do passado estava prestes a Encerrar meu turno quando o rádio do táxi tocou pedindo uma corrida em um bairro distante pensei em
recusar Afinal estava cansado e queria voltar para casa mas a curiosidade e o desejo de ganhar um pouco mais falaram mais alto dirigi até o endereço indicado um lugar meio isolado a estrada estava deserta e o silêncio era cortado apenas pelo som do motor do táxi a cada quilômetro percorrido a sensação de que algo estava errado aumentava quando cheguei ao local percebi que estava em frente a um cemitério as árvores altas e o portão enferrujado tornavam a cena ainda mais sinistra olhei ao redor tentando encontrar algum sinal de vida foi então que vi um homem
saindo das sombras caminhando em minha direção ele usava um terno antigo parecia deslocado no tempo não consegui ver seu rosto direito Pois estava coberto pela sombra do chapéu que usava quando ele se aproximou a luz do farol do táxi revelou um rosto pálido e inexpressivo o homem entrou no táxi e se acomodou no banco de trás parecia normal mas havia algo estranho nele que eu não conseguia identificar ele me deu o endereço de um bairro no outro lado da cidade sem fazer perguntas liguei o taxímetro e comecei a corrida no início tudo parecia tranquilo o
passageiro estava quieto olhando pela janela tentei puxar conversa sobre o tempo comentando como a noite estava fria Ele respondeu com um simples sim sem tirar os olhos da janela Aquilo me deixou inquieto mas continuei dirigindo a cada tentativa de puxar assunto como perguntar se ele morava longe dali ele respondia com monossílabos algo nele me deixava cada vez mais desconfortável resolvi então me concentrar na direção tentando ignorar a sensação estranha que me envolvia as ruas estavam desertas e a luz dos postes criava sombras estranhas no asfalto o silêncio dentro do carro era opressivo como se algo
invisível estivesse nos observando Foi então que percebi algo ainda mais inquietante o homem não parecia refletir a luz do painel do carro Olhei novamente pelo retrovisor e confirmei assustado que ele não tinha sombra meus olhos se arregalaram e um calafrio percorreu minha espinha tentei manter a calma pensando que poderia estar imaginando coisas à medida que continuávamos a sensação de que algo estava errado só aumentava resolvi dirigir mais rápido ansioso para chegar ao destino e terminar aquela corrida esquisita Finalmente quando nos aproximamos do endereço ele pediu para parar encostei o táxi em frente a uma casa
antiga com janelas cobertas por cortinas pesadas o lugar parecia abandonado Ele me entregou o dinheiro da corrida uma quantia exata sem precisar de troco sem dizer mais nada ele saiu do carro e antes que eu pudesse reagir desapareceu na escuridão fiquei ali sentado tentando processar o que tinha acabado de acontecer peguei o dinheiro que ele me deu e notei que as notas estavam frias quase geladas o vazio e o silêncio que se seguiram foram perturbadores liguei o carro e acelerei para sair dali o mais rápido possível tentando afastar aquela sensação de medo mas sabia que
aquela noite ficaria Marc em minha memória para sempre voltei para casa com a mente a mil tentando entender o que tinha acontecido não conseguia tirar a imagem daquele homem da cabeça e a ausência de sombra aquilo era surreal tentei me convencer de que estava apenas cansado e que a minha imaginação estava pregando peças no dia seguinte durante o café da manhã compartilhei a história com minha esposa ela me olhou com uma mistura de ocupação e ceticismo disse que eu deveria descansar mais e não pegar corridas tão tarde concordei mas no fundo sabia que o que
tinha visto era real continuei trabalhando como taxista mas sempre evitava passar perto daquele cemitério de vez em quando pensava no homem misterioso e em como ele desapareceu o dinheiro que ele me deu apesar de frio na noite anterior parecia normal agora guardei as notas como uma espécie de lembrete do que aconteceu mas nunca mais Toi nelas nunca descobri quem ou o que era foi um daques mistos que a vida vees joga nos camin sem nenuma expli e assim VII mase que estou soinho dirig noite lro daqua e de como vezes o inexplicável está mais perto
do que imaginamos m