será que as vozes de todas as pessoas são ouvidas na sociedade todo mundo tem a mesma chance de falar e ser ouvido em teoria e um regime democrático sim mas como funciona isso na prática é o que vamos aprender no seu solo de animada de hoje bora lá nesse dia que marca a luta das mulheres ao redor do mundo resolvemos trazer pro canal as reflexões de gaiato spivak que além de ser mulher é indiana e socióloga espiga que faz parte de um conjunto de autores chamados de de coloniais ou pós coloniais as discussões teóricas giram
em torno do questionamento das consequências posso colonização na maneira de pensar criar conceitos explicar a realidade e de organizar a vida social dos países que foram colonizados segundo eles a colonização física pode ter acabado mas continua uma colonialidade na maneira de ver e pensar o mundo sobre isso iremos fazer vídeo no futuro explica que também é conhecida por integrar os chamados estudos subalternos reflexões que buscam compreender a condição de subalternidade na vida social bom a pergunta que inicia o nosso vídeo foi respondida por spivak em seu livro recém publicado no brasil pela editora ufmg chamado
pode subalterno falar sendo título do livro uma questão a obra desenrola essa problemática em vários pontos e tentaremos elucidá los aqui de maneira breve mas compreensível o primeiro ponto é para spivak não existe uma história única singular e verdadeira ou seja considerar que só existe a versão dos vencedores da história é um equívoco e uma violência epistêmica considerar uma história única é eliminar quaisquer outras trajetórias que existiram e existem concomitantes a essa história singular do mesmo modo que não existe história única não existe um sujeito único singular inteiro não existe na realidade social um sujeito
puro ou livre de contaminações externas spivak com essa visão sensível da multiplicidade nega o suposto essencialismo do sujeito da história nega que exista uma essência que compõem a história do sujeito com isso ela consegue revelar o que até então era desconsiderado o tratado superficialmente nas teorias o sujeito subalterno aquele que não é ouvido não tem espaço de fala e não é levado a sério vamos instalar são abre aspas as camadas mais baixas da sociedade constitui ainda pelos modos específicos de exclusão dos mercados da representação política e legal e da possibilidade de se tornarem membros plenos
do extrato dominante fecha aspas o que ela considera como um sujeito subalterno essa visão de estar com um conflito que antes não existia de um lado a concepção de um indivíduo autônomo livre e único que todos seriam independente do local que nasceram da sociedade em que vive no tempo histórico em que se encontra a final esse indivíduo seria essencial de outro o indivíduo dividido esse contínuo marcado pela sua localidade temporalidade e sociabilidade e que muitas vezes pode ser subalternidade mas como é possível perceber isso diz piva considera a divisão internacional do trabalho e os pilares
do capitalismo global em sua análise deste ponto de vista ela consegue enxergar que alguns têm mais chance de falar de serem ouvidos de contarem a sua história de serem levado a sério do que outros um dos exemplos que ela cita é a categoria trabalhador não dá pra usar esse tema acreditando que todos os trabalhadores do planeta terra são iguais principalmente se levarmos em consideração a divisão internacional do trabalho veremos que os trabalhadores do chamado terceiro mundo padecem de males e condições infinitamente diferentes das do chamado primeiro mundo a teoria diz piva que chama nossa atenção
para repensar essas categorias sociais utilizadas para explicar a realidade até então em que medida a base de construção dessa teoria parte da idéia de um indivíduo sujeito único será que o teórico pensou na possibilidade de não ser a europa ou os estados unidos o centro de sua teoria nesta obra explica que direciona sua crítica dois autores renomados das humanidades de lewis e ficou segundo ela ambos estavam centrados na idéia de um sujeito absoluta e único pensando na realidade europeia e esqueceram e não consideraram a possibilidade da fragmentação divisão multiplicidade de sujeitos que existem fora da
europa outra forma de perceber a existência do sujeito subalternos e que expira que nos apresenta com maestria é o conceito de representação os subalternos são silenciados a todo momento e uma forma de silenciamento é a representação mas não é qualquer representação existem dois tipos e aí eu peço desculpa pelo meu alemão a ver tuck e a dar-se long a primeira se trata da representação que alguém faz de um grupo que na sua concepção não tem a condição de se auto representar existe uma falsa ideia de representação pois aqueles que deveriam falar são calados por este
tal representante a segunda diz respeito a uma representação dramática quase teatral na qual a forma existe mas o conteúdo é falso essa distinção diz piva que desvelam movimento cruel por vezes o sentimento nobre de um discurso de libertação pode esconder a manutenção de essencialistas e imperialismos que causa uma violência e teme um segundo spivak o subalterno só poderão falar quando eles poderem falar na sua própria língua com seus próprios esquemas explicativos com a sua própria cultura se para serem ouvidos tiverem se utilizar de outros elementos nunca serão ouvidos e nunca serão levados a sério pronto
pessoal é isso diz piva que a nossa autonomia jada neste dia internacional da mulher um dia de muita luta para que as vozes um dia subalternizados das mulheres deixem de ser e nunca mais sejam silenciadas até o próximo vídeo e tal [Música]