MENINA DE RUA GRITA: 'NÃO COMA! SUA ESPOSA ENVENENOU!'... AO CONFRONTÁ-LA, ELE DESCOBRE TUDO.

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Histórias de um User
MENINA DE RUA GRITA: 'NÃO COMA! SUA ESPOSA ENVENENOU!'... AO CONFRONTÁ-LA, ELE DESCOBRE TUDO. #hist...
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em meio a um jantar luxuoso uma menina de rua gritou Não coma isso sua esposa colocou veneno desacreditado o homem rico hesita mas ao confrontá-la em casa descobre uma traição ainda mais sombria seu mundo desmorona e ele jamais poderia imaginar que aquela menina desconhecida seria sua única chance de recomeçar se inscreva no canal para acompanhar mais histórias emocionantes como esta e não se de deixar um curtir no vídeo para continuar assistindo a luz do sol atravessava as frestas entre os prédios Altos de São Paulo pintando sombras longas no asfalto desgastado Luna de olhos atentos observava
o movimento da avenida Paulista sentada na esquina de uma loja de conveniência seu estômago roncava H horas mas a fome já era uma velha conhecida aos 12 anos ela tinha aprendido a viver sem muita coisa sem família sem segurança sem certezas apenas com seu instinto de sobrevivência os carros passavam buzinando para os pedestres que tentavam atravessar a rua apressados Luna viu uma oportunidade quando um homem deixou cair algumas moedas ao sair da loja com a agilidade de quem já viveu nas ruas por tempo suficiente ela rapidamente se abaixou e recolheu as moedas antes que ele
notasse não era muito mas daria para comprar algo simples para comer caminhou pela rua seus olhos passando rapidamente pelas vitrines e pelas pessoas que não pareciam notar sua presença era quase como se ela fosse invisível uma sombra entre as multidões apressadas mas Luna sabia que isso era uma vantagem Ser Invisível significava que ela poderia observar sem ser vista escutar sem ser ouvida e o mais importante sobreviv sem ser pega ela foi até uma padaria na esquina e comprou um pão francês que segurou com força como se fosse um prêmio conquistado com esforço sentou-se num banco
próximo devorando o pão com mordidas rápidas no entanto seus olhos nunca pararam de vigiar as ruas ao seu redor especialmente as crianças menores que ela conhecia da mesma área Luna tinha um lado protetor e sempre que possível ajudar outras crianças nas ruas muitas vezes dividindo o pouco que conseguia com elas enquanto comia um grupo de três meninos claramente mais jovens que ela passaram correndo ela os conhecia bem Davi Júlio e Pedro eles estavam sujos seus rostos marcados pela dureza da Vida nas ruas Luna acenou para eles que responderam com sorrisos tímidos correndo para um beco
próximo provavelmente fugindo de alguma confusão Luna sabia o que significava ter que fugir mas ela se recusava a correr como presa se alguém viesse atrás dela enfrentaria as ruas moldaram Luna mas não a endureceram completamente havia uma parte dela que se recusava a ser consumida pela escuridão da Vida nas ruas mesmo com a desconfiança que carregava especialmente em relação aos adultos ela mantinha a esperança de que um dia alg poderia mudar mas essa Esperança Era vaga Quase Um Sonho Distante na realidade o que importava era sobreviver mais um dia o céu começava a mudar de
cor o azul claro dando lugar ao laranja pálido do entardecer Luna sabia que com a noite vinham os perigos os olhares desconfiados da polícia os predadores das ruas e a luta para encontrar um lugar seguro para dormir ela normalmente se escondia em um dos muitos becos da cidade onde Poderia se enrolar em papelão e tentar dormir um pouco mesmo que o frio e o medo a mantivessem acordada por boa parte da noite antes que a noite caísse completamente Luna foi até um pequeno terreno baldio onde outras crianças de rua se reuniam Davi o menino mais
novo do Grupo estava sentado ao lado de um cachorro magro que parecia ser seu único companheiro Luna se aproximou e lhe ofereceu metade do pão que ainda tinha ele aceitou com um sorriso largo sem dizer uma palavra aquele era o tipo de comunicação que Luna compreendia poucas palavras mas muita gratidão você vai ficar bem aqui hoje perguntou Luna olhando ao redor observando as sombras que começavam a engolir as ruas Vou sim Davi respondeu embora seus olhos mostrassem um leve traço de medo Luna deu um sorriso fraco tentando tranquilizá-lo mesmo sabendo que a cidade Nunca era
Realmente segura cada dia era uma batalha diferente e Luna sabia que se quisesse sobreviver precisaria continuar atenta ágil E acima de tudo desconfiada de qualquer um que se aproximasse principalmente de adultos Quando a Noite Finalmente chegou Luna se encolheu em um beco mais afastado entre pilhas de lixo e caixas de papelão fechou os olhos ouvindo o som dos Carros ao longe e as vozes das pessoas que ainda circulavam pela cidade o sono vinha aos poucos como sempre entrecortado pelos ruídos ao seu redor mas antes de dormir ela fez o que sempre fazia pensou em como
poderia melhorar seu dia seguinte Talvez amanhã as coisas fossem diferentes Talvez amanhã fosse o dia em que algo mudaria Rafael Mendes olhou pela enorme janela panorâmica de seu escritório admirando a vista da cidade que se estendia diante dele a Metrópole de São Paulo pulsava abaixo de seus pés com suas ruas movimentadas prédios imponentes e o ritmo incessante dos negócios lá embaixo as pessoas se apressavam de um lado para o outro cada uma presa em suas próprias rotinas lá de cima Rafael observava tudo isso com uma certa indiferença para ele era apenas mais um dia mais
uma série de números e decisões a serem tomadas seu escritório localizado no último andar de uma das torres mais luxuosas da cidade era um reflexo da sua vida Impecável perfeitamente organizado e sem espaço para falhas as paredes eram de vidro e os móveis de couro e madeira de alta qualidade cada detalhe escolhido com precisão mas apesar de toda essa perfeição externa havia algo que faltava algo que ele não conseguia definir mas que o deixava inquieto mesmo no auge de seu sucesso Rafael era o fundador e CEO de uma das maiores empresas de Tecnologia do país
desde jovem ele tinha um instinto infalível para os negócios com apenas 40 anos havia construído um império acumulando uma fortuna que o colocava entre os homens mais ricos do Brasil para o mundo exterior Rafael era o exemplo do que Todos deveriam aspirar a ser um homem de sucesso inteligente e respeitado mas internamente a história era outra o telefone em sua mesa tocou interrompendo seus pensamentos ele atendeu sem tirar os olhos da vista lá fora senr mes sua reunião com o conselho está agendada para daqui a 10 minutos informou sua assistente com a voz sempre eficiente
Obrigado Fernanda estou a caminho respondeu ele com um tom formal e seco Rafael desligou o telefone e passou a mão pelo cabelo perfeitamente arrumado ele sabia que a reunião seria como tantas outras números projeções decisões estratégicas tudo muito técnico muito frio o tipo de coisa em que ele era excelente mas que ultim não trazia mais satisfação quando ele finalmente entrou na sala de reuniões Foi recebido com sorrisos e cumprimentos dos membros do Conselho homens e mulheres bem vestidos todos ali para discutir os lucros crescentes da empresa para eles Rafael era quase uma lenda o visionário
que transformou uma pequena Startup em um gigante da tecnologia a reunião seguiu como esperado e Rafael passou por por ela no piloto automático como fazia ultimamente ele assinou papéis concordou com as metas estabelecidas e delegou tfas contudo aoal da reunião enant todos saíam ele fic parado por um momento olando para mesa de vidro que refletia seu próprio rosto era mesa perfeita como sua vida ser mas havia uma camada fria quase congelada que ele não conseguia atravessar mais tarde ao voltar para casa Rafael dirigia seu carro de luxo pelas ruas movimentadas de São Paulo dentro do
carro o som ambiente abafava o caos lá fora criando uma barreira invisível entre ele e a realidade o contraste entre o mundo dentro e fora de seu carro era algo que ele havia notado muitas vezes mas nunca refletido com profundidade hoje no entanto a imagem de pessoas apressadas de vendedor de rua e até de algumas crianças pedindo dinheiro nos semáforos parecia incomodá-lo mais do que o normal ele chegou à sua mansão localizada em um condomínio fechado nos Jardins um dos bairros mais nobres da cidade assim que entrou em casa o silêncio o recebeu de volta
o ar era frio e a casa apesar de grandiosa parecia vazia as luzes estrategicamente posicionadas iluminavam os ambientes com perfeição e os móveis caros e modernos decoravam cada cômodo como se fossem parte de uma exposição de arte Valéria sua esposa estava na sala de estar sentada em um dos sofás de couro Branco ela segurava uma taça de vinho tinto na mão e olhava para a televisão embora seus olhos estivessem perdidos em algum ponto distante como se ela estivesse apenas fisicamente presente Como foi o dia perguntou ela sem desviar os olhos da tela o de sempre
respondeu Rafael jogando a chave do carro na mesa de centro lucros altos metas alcançadas nada fora do comum Valéria apenas assentiu levando a taça aos lábios eles estavam casados há quase 5 anos mas o relacionamento que um dia fora cheio de paixão e promessas tinha se tornado uma parceria fria baseada em aparências Valéria com seus traços finos e sempre impecável era vista como a esposa perfeita mas no fundo Rafael sabia que algo estava faltando eles raramente conversavam de verdade e quando o faziam era sempre sobre coisas superficiais viagens compromissos sociais o próximo evento beneficente que
Valéria organizaria temos um jantar amanhã à noite disse ela como se isso fosse algo automático com alguns amigos meus não se esqueça Rafael suspirou os jantares com os amigos de Valéria eram sempre a mesma coisa pessoas ricas e influentes discutindo suas últimas aquisições viagens e Imóveis sempre mantendo um tom de superioridade em suas conversas Rafael sabia que Valéria adorava esse tipo de socialização mas para ele era uma tortura silenciosa certo eu lá respondeu sem ânimo ele subiu as escadas em direção ao quarto deixando Valéria sozinha na sala o quarto do casal era tão luxuoso quanto
o resto da casa grandes janelas com cortinas pesadas móveis caros e um closet repleto de roupas de grife mas como em todo o resto faltava alma faltava conexão Rafael se sentou na beira da cama afrouxando a gravata e tirando os sapatos naquele momento sentiu uma estranha sensação de vazio algo que parecia aumentar com o passar do tempo o casamento com Valéria havia começado com entusiasmo mas com os anos o brilho Inicial desaparecera Agora a relação entre eles era mais um contrato social do que uma parceria verdadeira Valéria Estava sempre envolvida em eventos e compromissos e
Rafael estava cada vez mais imerso no trabalho usando o sucesso de seus negócios como uma distração mas ele sabia que isso não preenchia o vazio que sentia deitado na cama encarando o teto Rafael pensava em como sua vida parecia perfeita para quem olhasse de fora mas por dentro estava cada vez mais distante de tudo que realmente importava ele se sentia desconectado não apenas de sua esposa Mas também de si mesmo a riqueza que havia acumulado não trazia mais o conforto que ele imaginava a de estar apenas passando pelos dias o incomodava profundamente enquanto seus pensamentos
vagavam ele ouviu Valéria subindo as escadas os passos ecoando pela casa silenciosa ela entrou no quarto mas não disse nada trocaram olhares por um breve momento mas não houve conexão real Valéria apenas foi até o closet trocou de roupa e deitou-se ao lado dele nenhuma palavra foi dita Rafael fechou os olhos tentando dormir ir mas o desconforto dentro de si continuava a crescer ele sabia que algo Precisava mudar mas não fazia ideia do que era ou de como poderia quebrar o ciclo de insatisfação em que sua vida havia se tornado enquanto ele finalmente caía em
um sono inquieto lá fora A cidade continuava a pulsar e em algum lugar nas ruas de São Paulo a vida de uma menina de rua estava prestes a colidir com a dele de uma forma que ele nunca poderia imaginar a noite era fresca e as ruas agitadas de São Paulo seguiam seu ritmo incansável Luna como de costume se misturava às sombras observando o movimento ao seu redor após um dia difícil nas ruas ela havia encontrado um pequeno esconderijo em um beco perto de uma das áreas mais ricas da cidade onde os restaurantes mais caros se
alinhavam como joia em uma coroa a fome Estava sempre presente mas havia algo mais que fazia seus olhos ficarem atentos a curiosidade sobre o mundo além das vitrines onde pessoas viviam uma realidade completamente diferente da sua ela vagava sem pressa sabendo que não conseguiria entrar em um lugar como aquele mas observar já era uma forma de escapar mesmo que apenas por alguns momentos os restaurantes de luxo brilhavam e os sons suaves de conversas sofisticadas e talheres tilintando formavam uma trilha sonora distante quase irreal Luna se aproximou de um restaurante em particular o Latorre um dos
mais prestigiados da cidade ela não sabia o nome mas sabia que era o tipo de lugar onde apenas os mais ricos poderiam entrar através das grandes janelas de vidro Luna observou os clientes elegantemente vestidos r e comendo pratos que ela jamais imaginaria no fundo da sala uma mesa em especial chamou sua atenção um casal bem vestido estava sentado ali cercado de luxo O homem parecia entediado mexendo distraidamente no copo de vinho enquanto a mulher bonita e impecavelmente maquiada sorria de maneira fria Luna sentiu algo estranho ao olhar para aquela mulher ela tinha o olhar de
alguém que estava tramando algo sem querer parecer óbvia Luna se escondeu atrás de um arbusto ficando na penumbra mas com uma visão Clara da mesa o homem que ela não sabia mas era Rafael Mendes Parecia absorto em seus próprios pensamentos Enquanto sua esposa Valéria mexia discretamente na bolsa retirando algo pequeno Luna observou com atenção crescente Valéria abriu o pequeno frasco de vidro com movimentos precisos deram discretamente o conteúdo em um dos pratos em segundos a substância foi misturada ao molho do prato de Rafael Luna congelou ela não tinha certeza do que acabara de testemunhar mas
seu instinto lhe dizia que algo terrivelmente errado estava acontecendo com os olhos arregalados Viu Valéria sorrir e chamar a atenção do marido oferecendo-lhe o prato com uma doçura que parecia completamente falsa Rafael distraído parecia prestes a pegar o garfo e começar a comer o coração de Luna acelerou era agora ou nunca sem pensar duas vezes ela se levantou e correu em direção ao restaurante sua mente gritava para ela parar para não se meter em problemas mas seu coração estava decidido ela sabia o que precisava fazer com o impacto da porta batendo ao abrir Luna invadiu
o restaurante seus pés sujos e seu rosto marcado pelo tempo nas ruas destoando completamente do ambiente refinado os clientes se viraram chocados alguns sussurrando e outros olhando com desdém ela ignorou todos eles e correu diretamente para a mesa de Rafael Não coma isso gritou sua voz cortando o silêncio elegante do local ela colocou veneno na sua comida Rafael parou o garfo suspenso no ar seus olhos se voltaram para a menina confuso e incrédulo Valéria ao lado dele estava paralisada por um breve segundo mas rapidamente recuperou sua compostura o que está acontecendo aqui Valéria disse sua
voz firme e autoritária Quem é Essa garota não Coma Luna repetiu desesperadamente aproximando-se mais da mesa eu vi ela colocar veneno na sua comida Rafael olhou de volta para sua esposa que agora estava ereta na cadeira os olhos piscando rapidamente mas o sorriso ainda presente em seus lábios ele estava completamente confuso Por que uma menina de rua invadiria o restaurante para acusar sua esposa de algo tão terrível isso não fazia sentido nada daquilo fazia sentido isso é ridículo disse Valéria sua voz melodiosa assumindo um tom de indignação essa menina provavelmente está tentando nos enganar deve
estar atrás de dinheiro Rafael não dê ouvidos a ela Luna deu um passo à frente sua expressão desesperada ela sabia que naquele momento estava em uma posição Perigosa As pessoas ao redor já murmuravam algumas chamando a atenção dos seguranças do restaurante mas ela não podia deixar que ele comesse aquilo eu vi insistiu ela eu vi você colocar alguma coisa na comida dele isso é um absurdo Valéria exclamou levantando-se da cadeira com raiva chame a segurança Rafael não podemos deixar uma menina de rua arruinar nosso jantar ela está mentindo Rafael olhou para Luna e depois para
Valéria o garfo ainda na mão seu coração estava dividido Valéria parecia sincera em sua indignação mas havia algo na garota algo nos olhos dela que o fez hesitar por que uma criança tão jovem mal trilha e claramente faminta arriscaria tanto para entrar ali e fazer uma acusação tão grave ele não sabia o que pensar senhor está tudo bem aqui a voz do gerente do restaurante interrompeu seus pensamentos dois seguranças surgiram atrás de Luna prontos para tirá-la a força ela colocou veneno na comida dele Luna gritou novamente suas mãos tremendo Valéria revirou os olhos exasperados isso
já passou dos limites Rafael ela está tentando nos estorquir deixe que os seguranças cuidem disso Rafael olhou para o prato então para Luna algo na voz dela na urgência de suas palavras fez com que ele abaixasse o garfo lentamente só um minuto disse ele aos seguranças sua voz firme deixe-me lidar com isso ele se levantou encarando Luna depois Valéria o olhar nos olhos de sua esposa estava gelado quase predatório como se ela estivesse irritada por ele sequer considerar as palavras da menina Rafael por favor Valéria começou sua voz doce tentando suavizar atenção quero que alguém
teste a comida Rafael falou sua voz baixa mas decidida o silêncio no restaurante se tornou quase palpável Valéria piscou surpresa mas rapidamente tentou controlar sua reação isso é ridículo ela exclamou rindo nervosamente você não pode estar levando isso a sério uma garota de rua vem aqui Inventa uma história absurda e você vai estragar nossa noite por causa disso quero um teste repetiu Rafael olhando diretamente nos olhos de Valéria havia uma frieza em sua voz que ela não estava acostumada a ouvir Luna observava a troca entre eles seu coração batendo acelerado ela sabia que havia plantado
uma semente de dúvida e agora tudo dependia de Rafael o gerente do restaurante claramente desconfortável com a situação rapidamente concordou em providenciar o teste enquanto Valéria mantinha sua postura de indignação tentando manter as aparências Luna Ficou ali observando tudo esperando ansiosamente pelo desfecho ela não sabia se acreditavam nela mas pelo menos tinha conseguido evitar que Rafael comesse aquele prato enquanto a comida era retirada para a análise Valéria cruzou os braços sua expressão endurecendo a cada segundo Rafael permaneceu em silêncio sem conseguir olhar diretamente para ela no fundo algo já começava a mudar dentro dele algo
que ele não poderia ignorar por muito mais tempo aquela noite que começou com jantares refinados e sorrisos ensaiados estava estava longe de terminar da forma como Valéria havia planejado e Luna a menina de rua que ninguém esperava acabava de plantar a primeira semente de desconfiança na mente de Rafael mas naquele momento ele ainda não sabia em quem confiar o caminho de volta para casa foi envolto em um silêncio pesado diferente do Silêncio comum que Rafael e Valéria costumavam compartilhar o jantar que deveria ter sido uma noite com comum tinha virado um caos a imagem da
menina de rua gritando sobre veneno ainda girava na mente de Rafael como uma lembrança que ele não conseguia ignorar Valéria sentada no banco do passageiro mantinha o olhar fixo na janela sem trocar uma palavra com ele Desde que deixaram o restaurante algo estava muito errado e ele sabia disso assim que chegaram à mansão Valéria desceu do carro rapidamente e foi direto para o quarto Rafael por outro lado ficou no corredor os passos ecoando enquanto ele subia às escadas devagar ele não sabia exatamente o que pensar mas uma coisa era Clara a dúvida estava crescendo dentro
dele e ele não podia mais ignorar ao chegar no quarto encontrou Valéria já trocando de roupa o rosto mascarado por uma expressão fria e controlada aquilo foi um absurdo completo disse ela finalmente Quebrando o Silêncio você não deveria ter dado ouvidos à aquela menina ela claramente estava tentando nos enganar Rafael Rafael não respondeu imediatamente ele tirou o palitó e o jogou sobre a cadeira próxima sentio o peso da Noite nas costas caminhou até a janela olhando para o horizonte de São Paulo as luzes da cidade piscando como pequenas estrelas distantes finalmente ele falou eu pedi
que o prato fosse testado a frase pairou no ar por um momento como uma Faísca que Valéria não estava esperando ela parou de se mover por um breve segundo Antes de Voltar à sua rotina como se não tivesse dado muita importância testado repetiu ela forçando uma risada Rafael isso é ridículo Você realmente está acreditando nessa história de veneno uma menina de rua aparece do nada e acusa sua esposa de de algo tão grotesco pense Rafael é evidente que ela está tentando tirar vantagem de você mas o Tom forçado em sua voz não escapou aos ouvidos
de Rafael ele se virou lentamente os olhos fixos nela algo dentro dele gritava que Valéria não estava sendo honesta aquela mulher que ele havia conhecido e amado um dia agora Parecia um mistério uma estranha vestindo a pele de alguém familiar não sei por que ela faria isso disse Rafael sua voz baixa e contida Mas uma coisa eu sei H algo que você não está me contando Valéria e eu vou descobrir Valéria revirou os olhos tentando manter a compostura mas Rafael percebeu a leve tensão em seus movimentos ela estava inquieta e ele sentiu o pânico crescente
dentro dela mesmo que ela tentasse disfarçar Rafael isso já passou dos limites disse ela num tom mais grave você está me acusando de algo terrível sem provas acha mesmo que eu seria capaz de algo assim pense isso é um absurdo Talvez eu tenha acreditado nisso antes disse Rafael dando um passo em sua direção mas agora agora eu não sei mais eu te conheço há anos Valéria e nunca imaginei que estaríamos nessa situação mas há algo em você que mudou ou talvez eu nunca tenha visto quem Você realmente é Valéria estreitou os olhos cruzando os braços
defensivamente Então é isso ela disse sua voz endurecendo vai me condenar Com base no que uma criança de rua disse vai destruir nosso casamento por uma acusação sem fundamento Rafael sentiu o peso das palavras dela mas algo estava diferente naquela noite ele não podia ignorar o desconforto crescente que a de Valéria Agora lhe causava o peso da dúvida era como uma sombra entre eles e ele sabia que não descansaria até descobrir a verdade no dia seguinte a resposta que Rafael tanto temia Finalmente chegou o gerente do restaurante ligou cedo pela manhã confirmando o pior o
teste da comida havia dado positivo para uma substância tóxica Rafael sentiu o chão sumir sob seus pés o veneno estava ali Luna havia falado a verdade o mundo ao redor de Rafael pareceu desmoronar em silêncio ele segurava o telefone com força a mente girando em busca de explicações que não vinham como isso poderia ter acontecido a mulher que ele havia escolhido para compartilhar sua vida a mulher que Ele amava ou que pensava amar havia tentado matá-lo desligou o telefone com as mãos trêmulas e ficou parado no meio da sala o silêncio da casa repentinamente sufocante
cada detalhe da noite anterior passou a fazer sentido o nervosismo de Valéria suas respostas evasivas a forma como ela tentava manipular a situação Rafael sentiu uma mistura de raiva incredulidade e um profundo sentimento de traição ele subiu às escadas cada passo carregado pela certeza de que sua vida nunca mais seria a mesma a ao abrir a porta do quarto encontrou Valéria calmamente sentada à penteadeira passando batom com a mesma Tranquilidade de sempre como se nada tivesse acontecido precisamos conversar disse Rafael sua voz mais firme do que ele imaginava ser possível Valéria parou por um momento
olhando para o espelho antes de se virar lentamente sobre o quê ela perguntou inocentemente o teste da comida deu positivo Rafael foi direto Sem Rodeios havia veneno no meu prato por um instante o rosto de Valéria permaneceu impassível como se estivesse processando a informação então com uma leve contração nas sobrancelhas ela riu uma risada baixa quase irônica isso é ridículo Rafael você realmente acredita nisso não é questão de acreditar eu tenho a confirmação o veneno estava lá e agora eu quero o por Rafael cruzou os braços esperando que ela finalmente dissesse a verdade Valéria se
levantou devagar sua expressão mudando de frieza para algo mais sombrio ela não tentou negar mais seu sorriso cínico desapareceu e o que surgiu em seu lugar foi algo mais perigoso algo que Rafael Nunca havia visto antes sempre soube que você era esperto Rafael ela disse calmamente caminhando ao redor do quarto mas nunca pensei que chegaria a esse ponto muito bem você descobriu Parabéns Rafael sentiu um frio percorrer sua espinha a mulher à sua frente não era a mesma com quem ele havia se casado ou talvez ela sempre tivesse sido assim e ele nunca havia percebido
Por que Valéria perguntou sua voz cheia de dor por que fazer isso Valéria se aproximou dele seus olhos brilhando com uma mistura de desdém e raiva porque você é fraco Rafael sempre foi você se esconde atrás de sua fortuna pensando que pode controlar tudo mas nunca viu o quadro completo nunca percebeu que o mundo é dos que sabem jogar o jogo de verdade e eu eu cansei de ser a esposa troféu eu merecia mais mais dinheiro mais poder e você estava no meu caminho Rafael sentiu seu coração partir a mulher que ele pensava conhecer que
ele havia amado estava disposta a matá-lo por ganância o choque da Revelação foi como um golpe em seu peito mas ele sabia que precisava agir eu não sou fraco aqui Valéria disse ele se afastando a polícia está a caminho Valéria deu um passo atrás seus olhos arregalados pela primeira vez naquela noite você não ousaria eu já fiz respondeu Rafael com um tom de fim definitivo a tensão na sala parecia prestes a explodir quando os sons distantes de sirenes começaram a ecoar pela rua Valéria olhou para Rafael com ódio nos olhos mas não disse mais nada
ela sabia que havia perdido quando a polícia chegou Rafael assistiu em silêncio enquanto Valéria era algemada e levada para fora da casa ela não tentou se defender mais apenas lançou um último olhar de desprezo para ele antes de desaparecer pelas portas da mansão Rafael ficou sozinho no quarto o silêncio retornando mas desta vez trazendo uma sensação de vazio que ele nunca havia experimentado antes ele havia descoberto a verdade mas o preço havia sido devastador a mulher com quem ele havia dividido anos de sua vida seus sonhos e sua confiança estava indo para a prisão ele
desabou na cama a cabeça pesada com t o que acabara de acontecer agora que a verdade havia sido desmascarada ele não sabia mais quem era ou o que faria a seguir o silêncio dentro da mansão era quase opressor e as horas que se seguiram à prisão de Valéria foram carregadas de uma sensação de irrealidade Rafael caminhava pelos corredores da casa que antes compartilhava com ela tentando processar a enchurrada de emoções que o inundavam a traição era uma ferida profunda uma que ele sabia que levaria tempo para cicatrizar mas em meio à confusão de pensamentos um
detalhe permanecia Claro ele devia sua vida a uma menina de rua uma desconhecida que havia arriscado tudo para salvá-lo sentado em seu escritório Rafael fitava o vazio por vários minutos antes de se dar conta do que precisava fazer ele se lembrou de Luna de seus olhos ansiosos e desesperados enquanto gritava no restaurante e da maneira como foi praticamente arrastada para fora pelos seguranças ela era a única razão pela qual ele estava vivo e ele não podia ignorar isso havia uma dívida a ser paga ligando para seu motorista Rafael deu instruções Breves e precisas ele precisava
encontrar Luna custasse o que custasse horas depois o carro de Rafael deslizou pelas ruas MOV adas do centro de São Paulo onde os Contrastes da cidade eram mais nítidos o brilho dos prédios luxuosos coexistia com a miséria nas calçadas Luna poderia estar em qualquer lugar mas ele havia dado ao motorista detalhes sobre o local onde tudo aconteceu e as redondezas que ela provavelmente frequentava o sol já estava se pondo quando eles chegaram à Avenida Paulista perto do restaurante onde o incidente ocorrera Rafael desceu do carro e observou o fluxo das pessoas sentindo-se deslocado naquele ambiente
que lhe era tão distante ele sempre se concentrara em seu mundo de negócios mantendo uma barreira invisível entre ele e a realidade das ruas mas agora pela primeira vez ele se viu imerso naquele mundo que até então ignorava depois de alguns minutos andando Rafael avistou uma figura familiar se esgueirando por um beco uma menina magra com roupas desgastadas era Luna ele se aproximou devagar sem querer assustá-la mas determinado a falar com ela Luna estava sentada ao lado de uma lixeira abraçando os joelhos seus olhos varrendo à rua com desconfiança como de costume quando viu Rafael
se aproximar ela se levantou num pulo seu corpo imediatamente tenso como se estivesse pronta para fugir a qualquer momento ela reconheceu o homem mas seu instinto lhe dizia para manter distância o que você quer perguntou Luna a voz cheia de desconfiança eu já fiz o que tinha que fazer não precisa mais de mim Rafael parou a poucos metros dela Mantendo as mãos à vista como se quisesse mostrar que não representava ameaça eu preciso falar com você disse ele calmamente tentando não soar como mais um adulto autoritário Você salvou minha vida Luna e eu quero te
agradecer por isso quero te ajudar Luna revirou os olhos sua postura defensiva cada vez mais Evidente ela conhecia bem esse tipo de abordagem pessoas ricas de vez em quando sentiam o impulso de aliviar suas consciências jogando migalhas para os pobres como se isso apagasse toda a indiferença de suas vidas ela não queria ser parte desse ciclo eu não preciso da sua ajuda disse ela cruzando os braços já me viro sozinha sempre me virei Rafael suspirou sentindo a frustração crescer ele podia ver o orgulho e a desconfiança nos olhos de Luna e por um momento se
lembrou de como ele mesmo de certa forma sempre viveu desconfiado de todos ao seu redor Mas a vida de Luna era diferente muito mais dura ele sabia que precisa PR Aria ser cuidadoso para não afastá-la ainda mais eu entendo que você está acostumada a se virar respondeu Ele escolhendo as palavras com cautela e não estou aqui para forçar nada mas você não precisa mais fazer isso sozinha você me salvou e eu quero retribuir de alguma forma nem que seja te oferecendo um lugar seguro por um tempo só isso Luna ficou em silêncio por um momento
avaliando As palavras dele a a fome era uma constante em sua vida assim como o frio e a insegurança um lugar seguro parecia tentador mas a ideia de confiar em alguém especialmente em um homem rico que ela mal conhecia ainda a deixava inquieta e o que você vai ganhar com isso perguntou ela franzindo a testa por que você se importa Rafael deu um sorriso triste encolhendo os ombros Talvez eu devesse ter me importado com coisas assim antes mas a verdade é que você me fez perceber muitas coisas eu estive cego para muita coisa ao meu
redor eu quero te ajudar porque é o certo a fazer não porque espero algo em troca Luna o estudou por mais um instante não estava acostumada a confiar em adultos e toda a sua vida nas ruas lhe ensinara a desconfiar de promessas fáceis mas havia algo nos olhos de Rafael que parecia sincero um tipo de exaustão que ela reconhecia ele não parecia estar mentindo só por um tempo ela perguntou finalmente abrindo um pouco de espaço para a ideia só pelo tempo que você precisar disse ele aliviado ao perceber que ela estava começando a considerar sua
oferta você pode ir embora quando quiser eu só quero te dar uma chance de descansar de ter um lugar seguro Luna mordeu o Lábio ponderando parte dela ainda gritava para correr para não depender de ninguém mas a outra parte a parte cansada e faminta Sabia que não poderia continuar assim por muito mais tempo talvez apenas talvez fosse seguro aceitar tá bom disse ela finalmente Mas não pense que eu vou ficar lá para sempre não respondeu Rafael com um sorriso leve não vou eles caminharam em silêncio até o carro de Rafael Luna hesitou por um segundo
antes de entrar como se aquele simples ato de se colocar dentro de algo tão luxuoso fosse de alguma forma Irreversível Mas uma vez dentro o conforto do assento e o calor do carro a fizeram perceber o quanto estava Exausta ela não tinha dormido direito em dias enquanto o carro avançava pelas ruas de São Paulo Luna olhava para fora vendo a cidade passar pelas janelas mas seus pensamentos estavam em outro lugar ela ainda não confiava completamente em Rafael mas algo havia mudado pela primeira vez em muito tempo sentia que talvez não estivesse sozinha talvez alguém realmente
se importasse chegaram à mansão e Luna olhou para o portão imponente com uma expressão de cautela Ela desceu do carro devagar os olhos vasculhando o ambiente ao redor como se Esperasse algum truque ou armadilha Rafael observou-a em silêncio entend que aquilo era um grande passo para ela é grande demais comentou Luna olhando para a casa é admitiu Rafael sorrindo levemente Mas você não precisa se preocupar aqui é seguro só Tente relaxar Luna Apenas assentiu sem responder ela não sabia o que esperar mas a fome e o cansaço falavam mais alto naquele momento Rafael a levou
até um dos quartos de hóspedes simples mas a conchegante quando ele abriu a porta Luna olhou para dentro com cautela observando a cama macia e os lençóis impecáveis este vai ser seu quarto disse ele você pode tomar um banho comer alguma coisa e claro dormir ela olhou para a cama por mais alguns segundos antes de finalmente entrar no quarto não dizia nada mas Rafael podia ver o conflito em seus olhos ela ainda estava decidindo se confiar nele fora um erro ou não vou deixar você descansar disse ele suavemente se precisar de alguma coisa eu estarei
por perto Rafael saiu fechando a porta atrás de si com cuidado Luna Ficou ali sozinha no quarto silencioso ela se sentou na beira da cama sentindo a suavidade sob suas mãos algo que parecia quase surreal depois de tanto tempo dormindo no chão duro das ruas o o que ela estava fazendo ali aceitar aquela ajuda era um risco mas por algum motivo algo lhe dizia que talvez só dessa vez confiar em alguém não fosse um erro deitada na cama Luna olhou para o teto sua mente inquieta mas seu corpo Rendido ao cansaço antes que pudesse pensar
demais o sono a envolveu levando-a para um descanso profundo que ela nem sabia que precisava tanto e assim pela primeira vez em muito tempo Luna dormiu em paz o sol entrava timidamente pelas cortinas do quarto de Luna na manhã seguinte iluminando o ambiente com uma luz suave acordar em uma cama confortável era uma experiência nova e estranha para ela por alguns segundos Antes de abrir os olhos completamente Luna não se lembrava de onde estava a suavidade dos lençóis o silêncio ao redor o cheiro leve de flores no ar tudo isso era uma realidade muito distante
do chão frio das ruas de São Paulo quando finalmente abriu os olhos e se deu conta de onde estava sentiu um nó no estômago a casa de Rafael o quarto grande o conforto era como se estivesse em um mundo completamente diferente um mundo ao qual não pertencia Luna sentiu uma pontada de desconfiança crescer dentro dela o mesmo medo que a acompanhava desde que era pequena a sensação de que tudo isso podia ser tirado dela a qualquer momento ela se levantou devagar os pés descalços tocando o carpete macio o quarto era absurdamente Grande para uma pessoa
só e Luna se sentia quase sufocada pelo espaço os móveis luxuosos a cama enorme e os detalhes elegantes pareciam fora de lugar em sua vida no espelho Ela viu seu reflexo seus cabelos despenteados suas roupas gastas e a pele marcada pela vida dura nas ruas a imagem contrastava violentamente com o ambiente ao redor tentando afastar a sensação de deslocamento Luna caminhou pelo quarto explorando cada canto como se precisasse entender melhor onde estava era uma situação tão diferente de tudo que já tinha vivido e mesmo que o conforto estivesse à disposição ela não conseguia relaxar completamente
seu corpo estava acostumado à vigilância constante sempre preparado para o perigo em um lugar como aquele onde tudo parecia limpo e seguro demais era difícil abaixar a guarda enquanto isso em outro ponto da casa Rafael descia as escadas lentamente sentindo o peso dos últimos dias ainda sobre seus ombros a casa estava silenciosa como sempre mas agora o silêncio parecia mais opressivo ele caminhou até a cozinha onde o café da manhã já estava servido Mas a fome não o acompanhava desde que Valéria fora presa Rafael sentia como se estivesse Vivendo em uma espécie de vácuo emocional
a traição da esposa o havia abalado profundamente e ele ainda lutava para aceitar a realidade de que sua vida que antes parecia tão controlada havia desmoronado de maneiras que ele nunca poderia imaginar ele se sentou à mesa pegou uma xícara de café e deu um gole mas o gosto parecia sem sentido seus pensamentos vagavam para Luna a menina que agora estava dormindo em um dos quartos de sua casa ela havia salvo sua vida mas ele sabia que isso não apagava tudo o que ela já havia passado Rafael tentava entender como uma criança tão jovem sobrevivia
sozinha nas ruas como era possível que alguém tão pequeno carregasse uma desconfiança tão profunda no olhar e então uma questão o atormentava como alguém como ele cercado por luxo e recursos pode passar tanto tempo sem notar a miséria ao seu redor ele se lembrava de quando atravessava a cidade em seu carro de luxo as janelas fechadas a mente focada em seus negócios e investimentos as pessoas que viviam nas ruas eram invisíveis como como um pano de fundo da realidade algo que ele nunca parava para considerar agora com Luna ali esse pano de fundo ganhava forma
nome e história o som suave de passos ecoou pelo corredor e Rafael levantou os olhos no momento em que Luna apareceu na porta da cozinha ela parecia ainda mais pequena naquele espaço vasto o olhar desconfiado e cauteloso como se a qualquer momento alguém fosse mla embora ela hesitou ao ver Rafael sentado à mesa claramente desconfortável com a situação Bom dia disse ele tentando suar gentil mas sem saber exatamente como quebrar o gelo Oi respondeu Luna sua voz baixa quase um sussurro ela entrou na cozinha devagar seus olhos passando por cada detalhe Luna parecia estar calculando
cada movimento como se estivesse pronta para fugir a qualquer sinal de perigo Rafael a observou percebendo como ela estava distante emocionalmente e fisicamente tem comida ali se você quiser comer alguma coisa Disse ele apontando para a mesa posta Luna hesitou por um momento antes de se aproximar lentamente da mesa o cheiro do café fresco e dos pães recém saídos do Forno era tentador e ela não podia ignorar a fome que sentia mas mesmo assim ela Manteve teve a postura defensiva Rafael percebeu que ela estava comendo mas sem realmente Relaxar como se estivesse esperando que alguém
dissesse que tudo aquilo era um engano está tudo bem disse Rafael suavemente tentando tranquilizá-la você pode comer o que quiser aqui você está segura Luna olhou para ele por um breve segundo seus olhos avaliando a sinceridade em suas palavras ela deu de ombros Mas continuou comendo ainda desconfiada O silêncio que se seguiu era incômodo para ambos Rafael sabia que Luna não confiava nele e ele entendia o porqu ele mesmo sentia que não sabia exatamente como lidar com a situação o que ele sabia sobre ajudar alguém como Luna como ele poderia esperar que ela confiasse nele
sendo que ele passara anos vivendo de maneira completamente alheia à realidade dela Depois de alguns minutos Rafael tentou novamente puxar conversa eu sei que tudo isso deve ser estranho para você não quero que você se sinta obrigada a ficar aqui se não quiser mas quero que saiba que você pode ficar o tempo que precisar Luna mordeu o Lábio claramente desconfortável com a conversa ela parou de comer e cruzou os braços olhando para a janela eu não sou obrigada a nada disse ela com um tom defensivo eu já disse que posso me virar sozinha sempre pude
Rafael assentiu lentamente tentando não pressioná-la eu entendo e acredito em você só quero que saiba que se precisar de qualquer coisa pode me falar não vou forçar nada Luna não respondeu mas Rafael percebeu que ela o estava ouvindo ela continuou olhando pela janela como se estivesse se perguntando por quanto tempo aquilo duraria para ela esse tipo de vida conforto segurança comida na mesa sempre fora algo temporário algo que ela sabia que poderia desaparecer a qualquer momento confiar em alguém especialmente em alguém que vivia em um mundo tão diferente do seu era um risco que ela
não sabia se estava pronta para correr nos dias que se seguiram a desconfiança de Luna permaneceu mas pouco a pouco ela começou a relaxar Rafael notou que aos poucos ela parava de encolher sempre que alguém se aproximava ela ainda mantinha uma distância emocional mas havia momentos em que ele a pegava olhando para os livros na estante ou para as pinturas nas paredes com uma curiosidade que ela não conseguia esconder completamente Rafael por outro lado também lutava para encontrar uma forma de se conectar com ela ele sabia que sua vida luxuosa era algo que Luna jamais
compreenderia completamente mas ele queria encontrar um ponto de encontro algo que pudesse criar uma ponte entre os dois mundos o problema era que ele não sabia por onde começar uma noite enquanto Luna estava no quarto Rafael entrou na biblioteca da casa e olhou ao redor as estantes estavam cheias de livros que ele raramente Lia mas algo chamou sua atenção um livro de histórias infantis algo que ele havia guardado da infância caiu de uma prateleira Alta quando ele acidentalmente esbarrou na estante ele o pegou abriu aleatoriamente e Leu um trecho a história Era sobre uma criança
que assim como Luna havia se perdido no mundo e tentava encontrar seu caminho de volta Rafael Leu as palavras em silêncio sentindo um nó na garganta talvez pensou ele essa fosse uma forma de começar no dia seguinte ele deixou o livro no quarto de Luna sem dizer nada quando ela o encontrou ficou parado olhando para o livro por alguns minutos sem saber se aquilo era algum tipo de brincadeira mas naquela noite ela o abriu aos poucos a barreira entre eles começava a ser quebrada Luna se sentou à beira da cama segurando o livro de histórias
que Rafael havia deixado em seu quarto a princípio tinha pensado que o gesto era algum tipo de piada mas a cada noite que passava ela se via abrindo o livro lendo trechos curtos se perdendo nas palavras havia algo naquelas histórias sobre crianças perdidas e mundos misteriosos que parecia falar diretamente com ela como se de algum modo as palavras conseguissem tocar memórias que ela havia enterrado muito tempo atrás nas semanas que passaram Luna permaneceu desconfiada Mas aos poucos começou a baixar a guarda era como se cada página do livro lhe desse uma coragem nova para enfrentar
o que havia deixado para trás o que não tinha tido tempo de lhe dar desde que a vida nas ruas se tornara sua única realidade em uma noite chuvosa Rafael decidiu que Passaria o tempo em casa trabalhando na sala de estar onde a luz suave das luminárias tornava o ambiente acolhedor ele ouvia o som distante de Passos vindo do corredor e o olhar era Luna que parou na entrada da sala com uma expressão indefinida como se estivesse lutando contra a ideia de estar ali Oi Luna disse ele sorrindo sem levantar da poltrona para não assustá-la
está tudo bem ela hesitou com o olhar alternando entre ele e o chão parecia que queria dizer algo mas as palavras não saíam depois de um longo silêncio ela se aproximou devagar e sentou-se na outra ponta do sofá ainda mantendo uma distância Segura Eu eu só queria agradecer murmurou ela com a voz baixa quase um sussurro pelo livro Rafael assentiu mantendo um tom de voz calmo para não quebrar o momento não precisa agradecer Fico feliz que tenha gostado eu achei que você poderia gostar das histórias Luna deu um leve sorriso mas logo seu rosto voltou
a se fechar ela olhou para a janela onde as gotas de chuva corriam pelo vidro e seu semblante mudou para algo mais sombrio como se os pensamentos a levassem para um lugar distante eu tinha um livro parecido antes começou ela hesitante era da minha mãe a gente Lia antes de dormir sempre que ela podia mas faz muito tempo não sei o que aconteceu com ele Rafael percebeu a hesitação nas palavras del a forma como sua expressão mudou ao lembrar do passado havia uma dor escondida ali algo que ela provavelmente Nunca havia compartilhado com ninguém ele
ficou em silêncio esperando que ela continuasse se quisesse sem pressioná-la Luna respirou fundo e por fim falou minha mãe trabalhava muito sabe ela fazia faxina em casas Igual essa aqui mas só que não era nada assim então ela procurou as palavras enorme ela sempre estava cansada mas me fazia prometer que ia estudar que ia fazer uma vida melor do a dela ela sempre F isso havia um tremor leve na vo dela e Rafael senti um aperto no cora ele não imaginava o que era crescer em uma situção como a de Luna mas agora comeava a
entend um Pou da dor e da luta que ela carregava ele ficou em silêncio atento a cada palavra um dia ela foi trabalhar e nunca mais voltou continuou Luna a voz embargada ninguém me disse o que aconteceu eu fui atrás dela procurei em todos os lugares que sabia mas depois de um tempo o pessoal do prédio onde a gente morava disse que eu não podia mais ficar lá fui parar num abrigo mas lá era ainda pior ninguém se importava todo mundo se aproveitava das crianças e eu não queria ser um peso ninguém então fugi ela
falou as últimas palavras com uma expressão endurecida como se estivesse contando a história de outra pessoa Rafael notou o esforço dela em manter-se composta em segurar as emoções que estavam A Flor da Pele ele sabia que cada palavra devia estar causando dor mas sentia-se honrado por ela estar se abrindo eu sinto muito Luna disse ele com sinceridade não não posso imaginar o que foi passar por tudo isso sozinha Luna deu de ombros como se aquilo não fosse nada mas o movimento dos olhos dela traía a verdade eu me acostumei nas ruas ninguém se importa com
o que você sente é como se a gente fosse invisível aprendi a sobreviver sozinha a confiar só em mim mesma o silêncio voltou a preencher o ambiente e Luna olhou novamente para a janela observando a chuva como se as gotas pudessem lavar as memórias dolorosas Rafael sabia que aquele era um momento delicado e sentia que precisava dizer algo mas as palavras pareciam insuficientes Luna Você é uma menina muito forte disse ele com cuidado passou por coisas que ninguém deveria passar mas eu quero que saiba que enquanto estiver aqui você não precisa enfrentar tudo sozinha estou
aqui para você e você não é um peso pode ficar o tempo que quiser Luna abaixou a cabeça processando As palavras dele ela sabia que confiar era um risco mas algo no olhar de Rafael em sua voz calma e no fato de que ele não a pressionava fazia com que ela sentisse vontade de Acreditar nele talvez só dessa vez pudesse permitir que alguém a ajudasse minha mãe dizia que eu ia mudar o mundo ela murmurou com uma melancolia nos olhos dizia que eu era diferente que eu tinha que ser forte só que eu acho que
ela se enganou Rafael a olhou tocado pelas palavras dela ele respirou fundo Sentindo um aperto no peito ela não se enganou Luna Olhe o que você fez por mim Ele disse com um sorriso suave salvou minha vida mudou a minha vida de um jeito que nem consigo explicar eu sou grato a você tenho certeza de que sua mãe ficaria é orgulhosa do quanto você é forte Ela mordeu o Lábio absorvendo as palavras mas ainda desconfiada de sua sinceridade para Luna acreditar que ela poderia ter algum valor era difícil era uma ideia tão distante algo que
a vida nas ruas havia retirado dela aos poucos ela havia aprendido que nas ruas ninguém é importante que o mundo é feito de batalhas solitárias e mesmo agora cercada por conforto ainda carregava esse peso após um longo silêncio ela levantou-se eu já vou dormir disse ela evitando o olhar de Rafael Claro Luna tenha uma boa noite respondeu ele com um sorriso Gentil Luna virou-se para sair mas antes de deixar a sala olhou para ele por um instante Como se quisesse dizer algo mais em seus olhos havia um brilho de gratidão e talvez um traço de
vulnerabilidade ela não disse nada mas Rafael entendeu havia algo ali uma pequena fagulha de confiança que ele não queria perder no quarto Luna voltou a abrir o livro que Rafael lhe dera dessa vez as palavras pareciam mais próximas as histórias mais reais talvez ela pensou a vida não precisasse ser feita apenas de batalhas talvez pudesse haver espaço para algo diferente ao longo dos dias que seguiram Luna continuou a contar partes de sua história pequenos pedaços de um quebra-cabeça doloroso Rafael era paciente sempre ouvindo sem interromper permitindo que ela se abrisse em seu próprio tempo e
cada vez que ela compartilhava algo novo a conexão entre eles crescia Luna começava a perceber que embora ainda tivesse medo de confiar estar naquela casa dividindo aqueles momentos com Rafael era algo que lhe trazia uma faz estranha uma Calma que ela mal se lembrava de já ter sentido pela primeira vez em muito tempo Luna não se sentia totalmente sozinha o clima na casa de Rafael havia mudado com o passar das semanas ele e Luna começaram a estabelecer uma rotina de convivência tranquila e embora a confiança entre eles fosse algo que ainda se construía com cuidado
havia um senso de segurança e estabilidade no ar no entanto essa paz estava prestes a ser interrompida na manhã de uma terça-feira Rafael Desceu as escadas para tomar seu café e encontrou uma carta sobre a mesa a caligrafia no envelope era elegante e cuidadosa mas o nome do remetente fez seu coração disparar Valéria ele sentiu uma onda de desconforto não se lembrava de quando havia dado seu novo endereço a ela mas de algum modo Valéria havia conseguido suficiente para chegar até ele mesmo estando atrás das grades com uma hesitação contida Ele abriu o envelope e
começou a ler Rafael você provavelmente está se sentindo satisfeito agora que conseguiu me trancar neste lugar horrível Mas não pense que isso será o fim lembre-se de que tudo o que fiz foi porque você me ignorou e desprezou durante anos nós dois sabemos que nosso relacionamento estava morrendo por sua culpa talvez se você tivesse dado a mínima para mim nada disso teria acontecido sei que você tem influência e pode facilitar minha saída retire as acusações Rafael faça a coisa certa afinal não quer carregar o peso de ter arruinado a vida da mulher que um dia
amou não é com toda sinceridade Valéria Rafael sentiu um aperto no peito ao terminar a leitura as palavras de Valéria eram um misto de manipulação e ameaça velada jogando a culpa em suas costas como uma forma de pressioná-lo mas ele sabia que não podia ceder a escolha de Valéria em tentar envenená-lo era algo que ele jamais poderia justificar e mesmo agora diante das tentativas de manipulação ele sabia que seguiria com as acusações aquela mulher que um dia fora sua esposa era agora Alguém completamente diferente Uma Estranha perigosas ainda assim o Tom frio e calculista das
palavras dela o inquietava ele sabia que Valéria não desistiria facilmente nos dias seguintes as cartas continuaram a chegar em cada uma Valéria aumentava o Tom das ameaças ela se tornava mais incisiva alternando entre declarações sentimentais e acusações implacáveis em uma das cartas ela mencionava Luna insinuando queb da presença da menina na casa dele espero que você esteja aproveitando sua nova companhia Rafael deve ser bom ter alguém tão vulnerável por perto tome cuidado as pessoas especialmente aquelas que vê das ruas são imprevisíveis essas palavras fizeram Rafael se inquietar ainda mais Ele começava a perceber que Valéria
mesmo de dentro da prisão tinha acesso a informações sobre sua vida o que isso significava ela ainda tinha Aliados que a ajudavam a enviar as cartas e a monitorar sua vida fora das grades ele precisaria tomar mais precauções proteger Luna e acima de tudo manter sua casa segura contra qualquer influência externa enquanto isso Luna também começou a perceber sinais de que algo estava errado uma manhã ao sair para buscar uma encomenda que havia chegado encontrou um bilhete anônimo preso ao portão da mansão a letra era desconhecida Mas o conteúdo era Claro e direto garotinha Cuidado
com o que você faz alguns lugares não são para pessoas como você ela engoliu em seco o coração acelerando seu instinto lhe dizia que aquele bilhete não era uma coincidência em silêncio guardou o papel no bolso e voltou para dentro da casa mantendo-se ainda mais atenta a qualquer movimento estranho Luna sabia que a vida nas ruas era cheia de perigos mas agora em meio ao conforto e segurança que Rafael lhe oferecia perceber que alguém estava de olho nela a fazia reviver aquele velho medo a tensão entre Rafael e Valéria aumentava a cada nova carta ele
sabia que ceder as ameaças seria um erro mas sentia o peso do Cerco se fechando ao seu redor além disso a menção constante de Luna nas Car o deixava cada vez mais preocupado em uma das noites depois de uma das cartas mais ameaçadoras Rafael decidiu contar a Luna sobre o que estava acontecendo naquela noite ao se sentarem na sala de estar ele chamou Luna para uma conversa Luna eu preciso te contar uma coisa começou ele com a voz séria mas tentando manter a calma Valéria minha ex-esposa ainda está tentando manipular a situação de dentro da
prisão e ela está mandando ameaças algumas até mencionam você Luna ficou em silêncio mas Rafael viu uma Faísca de medo em seus olhos embora ela tentasse disfarçar o medo a alcançava e o receio de estar em Perigo aumentava a cada segundo porque ela se importa tanto comigo eu nem conheço essa mulher disse ela tentando manter a voz firme mas Rafael percebeu O tremor E porque você representa uma ameaça para ela Foi Você Quem desmascarou o que ela fez Luna respondeu Ele Sei que tudo isso é injusto mas quero que saiba que vou fazer o possível
para te manter segura ninguém vai te machucar aqui Luna olhou para ele dividida entre acreditar e não acreditar anos nas ruas a ensinaram que Promessas de proteção geralmente vinham com uma dose de incerteza mas o olhar de Rafael era sincero e algo dentro dela queria confiar nele eu só não quero causar problemas para ninguém eu já sei como me cuidar Rafael disse ela sua voz revelando uma força que ele conhecia bem mas obrigada naquela noite depois que Luna foi para o quarto Rafael ligou para o advogado e aumentou as medidas de segurança na casa Valéria
ainda tinha contatos e influência e ele sabia que a situação poderia piorar se Valéria conseguia enviar cartas com detalhes sobre sua vida e sobre Luna era possível que ela ainda tivesse Aliados fora da prisão prontos para seguir suas ordens as cartas continuaram chegando em uma delas Valéria ensinava que velhos amigos ainda eram Leais a ela e que ela sabia mais do que ele imaginava Rafael percebeu que a ameaça não era apenas uma estratégia psicológica ela tinha de fato meios de prejudicá-lo se quisesse ele consultou as autoridades sobre o que poderia ser feito mas as respostas
foram evasivas como se as cartas não representassem um risco suficiente poucos dias depois outra ameaça chegou de forma mais direta Luna estava na área externa da casa quando percebeu um homem parado do outro lado do portão observando-a fixamente ela recuou de imediato sem sentindo o coração disparar o homem sorriu de forma sinistra antes de levantar um dedo aos lábios em sinal de silêncio e desaparecer na esquina Luna Correu para dentro e contou a Rafael Sobre o ocorrido sua voz carregada de medo e desconfiança Ele estava me olhando Rafael do outro lado do portão ele fez
um gesto estranho tipo como se quisesse que eu ficasse quieta Rafael sentiu o sangue ferver a presença de Luna em sua casa deveria ser um sinal de segurança para ela mas agora parecia que Valéria estava determinada a transformar sua vida em um pesadelo mesmo de longe ele ligou para o advogado novamente exigindo que fosse tomada uma Providência e providenciou para que a segurança na casa fosse dobrada naquela noite Rafael foi até o quarto de Luna para conversar novamente sei que você está assustada Luna e eu não posso imaginar o quanto isso está sendo difícil disse
ele tentando reconfort mas eu prometo que farei tudo para manter você segura Luna o olhou Suas Emoções divididas entre o medo e a determinação ela nunca quis depender de ninguém mas a situação agora parecia mais perigosa do que qualquer coisa que ela já havia enfrentado Eu sei que você quer me proteger mas o o que vai acontecer se ela continuar perguntou Luna com uma expressão vulnerável que Rafael não via com frequência se ela continuar nós vamos responder à altura ninguém nem ela nem qualquer outra pessoa vai te tirar daqui ou te fazer mal eu prometo
o olhar de Rafael era firme e Luna sentiu-se estranhamente reconfortada ela sabia que nas ruas Promessas de proteção eram quase impossíveis de serem cumpridas mas talvez desta vez ela pudesse realmente confiar aquela noite terminou com ambos imersos Em uma mistura de apreenção e Vigilância enquanto Luna tentava dormir em paz Rafael passava horas no escritório pensando em como manter sua promessa ele sabia que Valéria ainda tinha contatos poderosos e que a luta estava longe de acabar mas havia algo que ele não perderia tão cedo a determinação de proteger Luna custasse o que custasse era uma tarde
de céu nublado em São Paulo e o ar pesado parecia prenunciar uma tempestade Luna Ainda tentando lidar com as ameaças que vinham recebendo estava na área externa da casa cuidando das plantas no Jardim que Rafael mantinha bem cuidado a rotina de mexer na terra e ver algo Florescer trazia uma calma incomum quase terapêutica mas o temor constante fazia com que ela mantivesse esse a atenção ao redor dentro da casa Rafael revisava os documentos para reforçar as denúncias contra Valéria aguardando notícias de seu advogado sobre a possibilidade de restringir ainda mais a comunicação dela com o
mundo externo ele sabia que enquanto ela estivesse conectada com Aliados qualquer Promessa de segurança para Luna seria frágil mas naquele momento ele não poderia imaginar o quão longe Valéria estava posta a ir para conseguir o que queria minutos depois o silêncio no Jardim foi interrompido Luna ouviu Passos pesados vindos de trás e antes que pudesse se virar sentiu uma mão Rude puxando o seu braço com força um capuz escuro cobriu sua cabeça rapidamente abafando qualquer tentativa de grito ela se debateu com todas as forças mas os braços que a seguravam eram fortes demais dois homens
a seguraram mantendo-a sob controle enquanto a levavam para longe pelas sombras das Árvores ao redor da casa Rafael ainda dentro do escritório ouviu um ruído abafado algo como um grito interrompido ele parou por um instante tentando entender o que poderia ter sido uma sensação de desconforto o tomou e ele se levantou caminhando rapidamente até o jardim quando não encontrou Luna seu coração disparou o pânico começou a se instalar conforme ele chamava o nome dela sem resposta apenas o silêncio pesado preenchia o espaço ao seu redor sentindo uma onda de desespero Rafael ligou para o sistema
de segurança da casa mas as câmeras externas estavam desativadas ele soube imediatamente que aquilo não era um descuido era parte de um plano cuidadosamente calculado a única resposta para quem poderia estar por trás disso era clara como o dia Valéria do lado de fora Luna era jogada na parte de trás de uma van que arrancou pelas ruas da cidade o capuz sobre sua cabeça tornava tudo ainda mais claustrofóbico e os braços amarrados atrás de seu corpo limitavam qualquer tentativa de resistência ela respirava com dificuldade o coração acelerado e a mente fervilhando de pensamentos Valéria devia
estar por trás daquilo não havia outra explicação a raiva e o medo se misturavam dentro dela enquanto tentava desesperadamente pensar em uma forma de escapar Avan seguiu pelas ruas movimentadas de São Paulo saindo do centro e seguindo em direção a áreas Mais afastadas enquanto isso Rafael acionava todos os contatos que tinha tentando rastrear qualquer informação sobre o paradeiro de Luna ele ligou para a polícia pedindo ajuda e contatou seu advogado para tentar uma última tentativa de controle sobre Valéria o sentimento de culpa o corroía a jovem que ele tentava proteger estava agora em Perigo por
causa das suas escolhas na van Luna ouviu as vozes abafadas dos sequestradores conversando eles mencionavam o nome de Valéria e falavam em tom de desprezo sobre Rafael dizendo que ele precisava aprender e que Luna era o aviso que ele nunca esqueceria apesar do Pânico ela se agarrou ao foco de entender tudo o que pudesse conhecendo a mente calculista de Valéria Luna sabia que ela não pretendia deixá-la sair dali facilmente depois de quase uma hora de viagem a Vamp parou os sequestradores a Puxaram com brutalidade levando-a para dentro de um armazém escuro e abandonado onde a
jogaram em uma cadeira e amarraram seus pulsos e tornozelos a luz era fraca e Luna mal conseguia ver o rosto dos homens que a cercavam mas a atmosfera era ameaçadora ela sabia que precisava manter a calma respirar fundo e encontrar uma maneira de sair dali as ruas Lhe ensinaram a nunca desistir a Sempre buscar uma saída não importando o quão desesperadora fosse a situação um dos homens se aproximou sorrindo de maneira ameaçadora você acha que alguém vai se importar com você menina ele disse com desdém isso aqui é só o começo quando seu amigo milionário
souber que você está nas nossas mãos ele vai aprender o preço de brincar com pessoas como a gente enquanto isso Rafael seguia com a polícia para tentar rastrear o último sinal do celular de Luna que havia sido desligado ao longo do caminho cada segundo era uma para ele cada minuto perdido aumentava o pânico e a culpa ele se lembrava de cada conversa que tivera com Luna das tentativas dela de parecer forte e independente mas agora estava nas mãos dele garantir a segurança dela ele nunca havia se sentido tão desesperado na vida finalmente conseguiram localizar a
van abandonada em um estacionamento a cerca de 20 km de sua casa os policiais conduziram uma busca rápida mas Luna não estava lá Rafael no entanto encontrou um bilhete deixado no banco da van a letra era a mesma das cartas anteriores era Valéria Rafael eu te avisei Espero que tenha entendido agora que ninguém pode simplesmente descartar Valéria Mendes essa menina ela é só um lembrete se você quiser vê-la viva faça o que eu pedi retire as acusações bem sobre suas prioridades com todo o carinho Valéria Rafael sentiu a raiva crescendo dentro dele ele rasgou o
bilhete tentando controlar o impulso de destruir tudo à sua volta respirou fundo e virou-se para os policiais eu preciso que vocês rastreiem cada ligação e cada pessoa próxima de Valéria ela tem contatos pessoas ainda Leais a ela e eles estão fazendo trabalho sujo por ela os policiais concordaram e Prometeram agir rapidamente enquanto isso Rafael decidiu que não poderia ficar esperando ele utilizou o seu próprio sistema de contatos contratando investigadores particulares e intensificando a busca por pistas Cada Segundo que passava tornava a situação mais perigosa para Luna e ele sabia que se demorasse muito poderia ser
tarde demais horas mais tarde no armazém Luna estava Exausta mas sua mente não parava os sequestradores haviam saído deixando-a amarrada e sozinha em um canto Ela ouviu passos e percebeu que alguém se aproximava quando a porta rangeu e se abriu o coração de Luna bateu mais forte e ela Segurou o fôlego esperando pelo próximo movimento Mas para sua surpresa o homem que entrou não parecia tão ameaçador quanto os outros ele tinha uma pressão cansada e o olhar Sombrio como se estivesse ali contra a própria vontade escute ele sussurrou aproximando-se devagar eu não gosto disso mas
estou preso a um acordo que não posso romper eu eu não queria que as coisas chegassem a esse ponto Luna confusa apenas observou o homem sua experiência nas ruas a ensinara a desconfiar mas naquele momento ele parecia a única pessoa que podia ajudá-la você quer me ajudar murmurou ela esperançosa o homem hesitou mas assentiu se eu te soltar preciso que você corra Não olhe para trás entendeu eles vão me matar se souberem que ajudei você então Me prometa que vai fazer isso rápido Luna assentiu com os olhos cheios de determinação assim que ele afrouxou as
cordas ela se levantou rapidamente massageando os pulsos doloridos e correndo na direção indicada Rafael estava na rua perto do Armazém que os investigadores haviam identificado como o possível local do cativeiro quando viu a figura pequena e magra correndo na sua direção o coração de Rafael disparou era Luna os olhos arregalados e o rosto sujo Mas viva ele correu até ela puxando-a para um abraço apertado e seguro eu sabia que você viria sussurrou Luna segurando-o com força pela primeira vez ela sentia que realmente poderia confiar em alguém que não estava sozinha mas o momento de alívio
foi breve eles ouviram os gritos dos homens do Armazém percebendo a fuga de Luna Rafael puxou a mão dela com firmeza guiando-a até o carro enquanto os policiais se preparavam para enfrentar Os capangas que Valéria deixara para trás a fuga era cheia de tensão mas ao deixarem a cena Rafael percebeu algo Claro Valéria havia perdido Ela poderia tentar manipulá-lo mas jamais conseguiria afastá-lo de Luna dentro do carro Luna ainda ofegante olhou para Rafael e finalmente se permitiu um leve sorriso eles estavam juntos e desta vez nem mesmo Valéria poderia separá-los depois do Resgate de Luna
a tão que havia dominado a vida de Rafael e Luna começou a se dissipar mas não sem deixar marcas de volta à mansão Luna ainda estava em choque o trauma do sequestro e o pavor que sentira a cada segundo sob a ameaça dos capangas de Valéria ainda pareciam reais ela sabia que a situação tinha sido perigosa mas o olhar de alívio e orgulho de Rafael lhe dava um conforto que ela nunca havia experimentado antes naquela noite a mansão estava cercada de silêncio mas era um silêncio diferente quase Pacífico sentada na sala de estar Luna observava
a grande janela de vidro que mostrava o Jardim escuro lá fora Rafael que fora fazer uma ligação para a polícia voltou logo em seguida com o rosto marcado pela determinação ele havia passado os últimos dias se certificando de que cada contato de Valéria fosse investigado cada cúmplice identificado o sequestro de Luna havia sido a última gota e agora ele estava decidido a garantir a segurança deles de forma definitiva A polícia encontrou mais informações sobre os Cúmplices de Valéria disse Rafael sentando-se ao lado de Luna com esses dados o processo contra ela só se fortalece Ela
será sentenciada Luna e desta vez de uma forma que ela não terá chances de escapar Luna que ouvira tudo em silêncio assentiu embora a sensação de alívio fosse real havia uma parte dela que ainda se recusava a acreditar totalmente na segurança Valéria era uma mulher astuta e Luna temia que mesmo atrás das grades a sombra de sua influência ainda pudesse alcançá-los eu sei que pode ser difícil de acreditar mas ela não vai mais nos ameaçar disse Rafael percebendo a preocupação nos olhos de Luna a polícia fez uma uma investigação extensa eles têm provas suficientes para
garantir que Valéria passe muito tempo longe daqui não há mais como ela fugir Luna olhou para ele absorvendo as palavras a ideia de finalmente estar livre daquele ciclo de medo era algo que ela não conseguia assimilar completamente para alguém que sempre viveu nas sombras a liberdade era quase uma ilusão mas ao olhar para Rafael Ela percebeu que talvez pela primeira vez houvesse uma chance real de mudança você fez muito por mim Rafael disse ela sua voz Suave mas cheia de uma sinceridade Rara eu nunca pensei que alguém se importaria assim Rafael sorriu sentindo uma onda
de afeto sincero e protetor por ela aquela menina que um dia fora apenas uma desconhecida agora era parte de sua vida de um jeito que ele não sabia explicar ele havia prometido a si mesmo que não a deixaria sozinha e que faria de tudo para mantê-la segura Luna era forte mas ele sentia que ela merecia finalmente descansar dessa luta constante na manhã seguinte notícias chegaram Valéria havia sido sentenciada a uma longa pena o juiz ao ouvir o relato dos acontecimentos a extensão das ameaças e a tentativa de homicídio não hesitou em aplicar uma sentença Severa
Valéria perdera e os cúmplices que haviam executado o sequestro de Luna também foram condenados com a sentença confirmada o peso que Rafael carregava em suas costas pareceu se dissipar agora tanto ele quanto Luna poderiam seguir em frente finalmente Livres da ameaça que pairava sobre eles Luna recebeu a notícia com um misto de alívio e incredulidade ela olhou para Rafael que Sorria e pela primeira vez se permitiu sentir o que até então achava impossível paz nos dias que se seguiram Luna começou a se ajustar à ideia de que estava de fato segura o trauma do sequestro
e da Vida nas ruas ainda era algo que ela carregava mas Rafael Estava sempre ao seu lado ajudando-a a entender que o mundo não precisava ser uma batalha constante eles começaram a desenvolver uma rotina de confiança e harmonia Luna ainda tímida começou a explorar mais a casa cada canto da mansão que antes a assustava agora parecia acolhedor Rafael por sua vez incentivava a viver aquela nova fase de forma plena oferecendo seu apoio e presença sem nunca pressioná-la ele sabia que a confiança dela fora construída aos poucos e respeitava seu espaço uma noite Rafa e Luna
estavam na sala de estar em um dos momentos tranquilos que haviam se tornado parte de sua nova rotina o ambiente era confortável e Luna folheava distraidamente um dos livros de Rafael enquanto ele ao seu lado escrevia algumas anotações o clima era leve como se finalmente pudessem relaxar Livres das sombras que antes os assombravam Rafael disse ela Quebrando o Silêncio sim ele respondeu levantando o olhar você acha ela hesitou escolhendo as palavras você acha que uma pessoa pode realmente começar de novo eu quero dizer mesmo depois de tudo Rafael sorriu seu olhar cheio de compreensão sim
Luna eu acredito que todos nós podemos começar de novo e você é a prova disso você é mais forte do que muita gente que conheço se alguém Merece uma segunda chance esse alguém é você as palavras de Rafael tocar um fundo em Luna ela sentiu o peso das cicatrizes que carregava mas ao mesmo tempo percebeu que aquelas palavras lhe davam esperança a vida nas ruas as lutas constantes as desconfianças tudo isso poderia ficar para trás pela primeira vez ela se permitiu acreditar que o futuro poderia ser diferente nos meses seguintes Luna passou a estudar algo
que sempre sonhara mas nunca tivera a oportunidade de de fazer Rafael a incentivava ajudando-a em cada passo ele via nela uma sede de conhecimento e uma determinação que o deixavam orgulhoso Luna que antes hesitava até mesmo em segurar um livro agora mergulhava nas páginas descobrindo um mundo que antes parecia inacessível o relacionamento deles crescia e se fortalecia para Luna Rafael se tornara uma espécie de mentor uma figura de apoio que ela nunca imaginou que teria em sua vida a relação era única uma amizade profunda construída na confiança e no respeito mútuo certa tarde Luna encontrou
um caderno antigo de Rafael cheio de anotações sobre ideias de projetos sociais ela o folou curiosa e encontrou anotações sobre abrigos programas de educação e apoio a jovens em situação de rua havia ali o esboço de um projeto que ele parecia ter pensado mas nunca executado quando Rafael chegou e a viu com o caderno sorriu levemente surpreso eu encontrei isso era uma ideia sua Ela perguntou apontando para as anotações Rafael assentiu levemente constrangido Sim era algo em que eu pensava em fazer mas nunca coloquei em prática talvez agora seja o momento disse ela com um
leve sorriso eu acho que muita gente precisa dessa ajuda mais do que você imagina aquela conversa plantou uma semente nos dias seguintes Rafael e Luna começaram a desenvolver a ideia do projeto juntos Rafael decidiu finalmente investir em uma iniciativa voltada para ajudar jovens em situação de vulnerabilidade oferecendo abrigo educação e apoio Luna era o testemunho vivo de que dar uma chance a Alguém poderia transformar vidas com o apoio de Luna ele estabeleceu uma Fundação Para apoiar jovens vulneráveis e dar-lhes oportunidades Luna que havia experimentado a dor da rejeição e o medo da sobrevivência nas ruas
agora ajudava Rafael a entender o que aqueles jovens realmente precisavam a fundação foi inaugurada em uma manhã ensolarada com Luna ao lado de Rafael ambos prontos para essa nova fase o evento foi discreto mas cheio de significado Rafael fez um breve discurso agradecendo a Luna pela coragem e determinação que ela havia demonstrado hoje eu sou um homem diferente por causa de uma jovem que me mostrou o verdadeiro valor da empatia e da resiliência disse Rafael olhando para Luna juntos vamos trabalhar para que outras crianças e jovens possam ter a chance de um futuro melhor um
futuro que todos merecem Luna de pé ao lado de Rafael sentiu um orgulho indescritível ela sabia que ainda teria muitos desafios pela frente mas agora estava pronta para enfrentá-los pela primeira vez ela sentia que tinha um propósito algo maior do que simplesmente sobreviver ao lado de Rafael ela descobrira a força da confiança e da Amizade finalmente ela havia encontrado um lugar a que pertencia e pela primeira vez na vi o futuro não parecia um inimigo Luna olhava para o prédio da escola com uma mistura de ansiedade e espanto Era uma construção imponente com muros altos
e janelas de vidro que brilhavam sob o sol da manhã o uniforme que vestia uma saia azul marinho e uma camisa branca Impecável parecia estranho em seu corpo ela estava acostumada a roupas gastas e velhas com o cheiro das ruas impregnado nelas mas agora ao olhar seu reflexo na janela do carro sentia-se uma pessoa completamente diferente como se tivesse Deixado Para Trás a menina das ruas Rafael havia insistido para que ela fosse para a melhor escola que ele pudesse pagar acreditando que ela merecia todas as oportunidades que a vida não lhe deu antes mas para
Luna aquele mundo era estranho quase intimidante ela olhou ao redor em enquanto caminhava pelo pátio da escola percebendo os olhares curiosos e em alguns casos desconfiados dos outros alunos ela sabia que era diferente que sua história a tornava única ali mas isso também a fazia se sentir deslocada ao entrar na sala de aula uma professora a recebeu com um sorriso gentil e a apresentou aos demais o rosto de Luna esquentou ao sentir todos os olhares sobre ela mas ela se sentou no fundo da sala tentando se misturar e Ser Invisível durante as primeiras aulas Ela
ficou em silêncio observando as discussões dos outros alunos a forma como Riam e conversavam como se tudo aquilo fosse natural para eles a cada dia Luna começava a perceber a profundidade do desafio que tinha pela frente os conceitos nas aulas eram difíceis e ela sentia que precisava se esforçar duas vez mais para acompanhar o ritmo mas algo dentro dela uma força que a vida nas ruas havia forjado a mantinha firme aos poucos ela se viu levantando a mão para responder perguntas enfrentando o medo de errar de não ser boa o suficiente enquanto isso Rafael também
passava por um processo de transformação depois do episódio de Valéria e do Resgate de Luna ele havia feito uma promessa a si mesmo de usar sua riqueza e influência para uma causa maior inspirado pela história de Luna e pela força que ela demonstrara Rafael decidiu expandir a fundação que havia criado desenvolvendo novos programas voltados a jovens em situação de Rua Rafael se dedicava a entender as verdadeiras necessidades daqueles que viviam nas ruas em visitas regulares a abrigos e centros de apoio ele ouvia as histórias dos jovens procurando maneiras de oferecer uma ajuda que realmente fizesse
a diferença inspirado por Luna ele queria dar a esses jovens uma oportunidade de recomeçar algo que a sociedade geralmente lhes negava em uma de suas visitas a um abrigo Rafael encontrou um grupo de adolescentes que assim como Luna carregavam o peso de uma vida difícil ele se viu emocionado ao ouvir seus relatos compreendendo que muitos deles só precisavam de um empurrão uma chance de mudar a fundação começou a crescer rapidamente com programas de alfabetização oportunidades de Treinamento profissional e apoio psicológico a cada avanço Rafael sentia uma realização que nunca havia experimentado em anos de sucesso
nos negócios nos meses seguintes Luna enfrentava a difícil adaptação à Nova Vida escolar mas também começava a sentir uma estranha familiaridade com a rotina um dos professores o Senor Torres notou o esforço e a dedicação de Luna e começou a incentivá-la oferecendo-lhe ajuda Extra fora do horário de aula ele reconhecia que Luna tinha um potencial notável uma sede de conhecimento que ele raramente via em outros alunos você é uma aluna muito determinada Luna disse o Sr Torres em uma das sessões de reforço sei que as coisas podem parecer complicadas agora mas tenho certeza de que
você vai alcançar grandes feitos Luna olhou para o professor absorvendo suas palavras com certa desconfiança ela estava acostumada a ouvir que não era capaz que nunca conseguiria mas agora as palavras de encorajamento vinham de alguém que realmente parecia acreditar nela ao deixar a sala ela sentiu um novo tipo de força crescendo dentro de si cada pequeno passo na escola era uma conquista quando Luna obteve a primeira nota alta quase não conseguia acreditar no caminho de volta para casa mal conseguiu conter o sorriso ao pensar em contar a Rafael ele sempre a incentivava mostrando um orgulho
que ela nunca soubera que poderia receber de alguém para Rafael cada conquista de Luna era uma confirmação de que as mudanças que estavam promovendo tanto na vida dela quanto na dos outros jovens ajudados pela Fundação eram transformadoras certa noite durante o jantar Rafael a ouviu falar animadamente sobre uma prova de ciências que havia conseguido responder bem uma matéria que inicialmente a deixava confusa ele observava o brilho nos olhos dela um reflexo da confiança que crescia ele sabia que a jornada dela ainda seria longa mas aquele era um momento que o preenchia de orgulho Você não
imagina como é gratificante te ver assim Luna disse ele sorrindo a cada dia você está provando a todos e principalmente a si mesma o quanto é forte Luna o olhou sentindo o calor das palavras dele um tipo de carinho que nunca havia experimentado a vida nas ruas lhe ensinara a desconfiar de tudo e todos mas agora ao lado de Rafael ela descobria que o mundo poderia ser diferente paralelamente Rafael também enfrentava desafios emocionais o trabalho na Fundação trazia memórias dolorosas do passado lembranças de Valéria de escolhas e omissões que agora ele via com clareza ele
havia construído um império mas perceber que tantas pessoas ao seu redor haviam sido ignoradas ao longo do caminho o fazia questionar o valor de seu sucesso anterior uma tarde enquanto caminhava por um dos centros de apoio da fundação Rafael encontrou uma jovem chamada Júlia ela tinha apenas 14 anos mas os olhos carregavam a mesma mistura de força e vulnerabilidade que ele via em Luna Rafael sentou-se ao lado dela e começou a conversar ouvindo sua história e seu desejo de um futuro Diferente ao deixar o centro naquela ele sentiu que cada passo em direção ao novo
projeto era um passo em direção a uma vida que ele finalmente poderia considerar verdadeiramente significativa com o passar dos meses Luna começou a sentir-se cada vez mais integrada à escola ganhando confiança em suas habilidades ela fez amigos descobriu novas paixões especialmente pela leitura e pela escrita cada experiência trazia Um novo aprendizado e Rafael a incentivava a explorar o máximo possível ele via nela uma curiosidade insaciável uma sede de conhecimento que o lembrava de como por tanto tempo ele próprio havia ignorado o valor da empatia e da conexão humana na escola Luna começou a participar de
projetos sociais e grupos de voluntariado onde dividia suas experiências com outros alunos ela se tornava uma inspiração para colegas e professores que viam nela uma força e determinação que eram admiráveis aos poucos Luna percebia que sua história por mais dura que fosse tinha um propósito mostrar que todos independentemente de onde vieram tinham o direito de sonhar e de encontrar um caminho certa tarde Rafael a levou para visitar o escritório da fundação onde ele trabalhava em projetos que ofereciam educação e suporte para jovens como ela ao ver o trabalho em andamento os rostos de jovens que
agora tinham um apoio uma esperança de Recomeço Luna sentiu um orgulho que nunca havia experimentado ela percebia que sua jornada até ali não era apenas uma mudança pessoal mas uma transformação que ajudava outros a encontrar seu próprio caminho em uma reunião da fundação Rafael a apresentou como inspiração para os projetos que eles desenvolviam embora tímida Luna agradeceu e compartilhou algumas de suas experiências sentindo-se confiante e apoiada ao contar sobre as dificuldades e os desafios que havia superado eu aprendi que todos nós temos algo a oferecer ao mundo mesmo que pareça difícil de acreditar disse Luna
sua voz ecoando no auditório onde a reunião acontecia e espero que meu caminho mostre a outros jovens que eles também podem em ter um novo começo Rafael emocionado observava Luna ele sabia que a jornada deles estava apenas começando mas tinha certeza de que juntos poderiam fazer muito mais do que ele havia imaginado ele havia encontrado um propósito e uma família e cada desafio superado tornava isso mais claro Luna por sua vez sabia que ainda teria muitos desafios pela frente mas agora ao lado de Rafael ela se sentia forte capaz e finalmente pronta para abraçar o
futuro a manhã estava especialmente tranquila na mansão de Rafael pela janela do quarto Luna observava os primeiros raios de sol que entravam no jardim e uma sensação de paz a envolvia nos últimos meses sua vida mudara de forma tão profunda que por vezes ainda se sentia como se estivesse vivendo um sonho mas ao ver seu reflexo agora com uma expressão Serena percebeu que tudo aquilo era real cada conquista cada aprendizado cada passo na sua nova vida era parte de uma transformação que ela jamais imaginara ser possível agora frequentando a escola Luna começava a explorar algo
que sempre lhe parecera distante o futuro durante as aulas ela descobrira que tinha aptidão para a Literatura e escrita e seu professor a Ava a continuar escrevendo sobre suas experiências e sentimentos Luna gostava da ideia de poder transformar sua dor e suas lutas em palavras talvez até inspirar outros que tivessem passado por dificuldades semelhantes pela primeira vez Ela sonhava em escrever em contar histórias de superação esperança e coragem enquanto isso Rafael passava por seu próprio processo de crescimento e descoberta o homem que outrora fora um empresário focado apenas no sucesso pessoal agora era alguém engajado
em causas sociais com uma sensibilidade nova para as questões que antes ele ignorava a fundação crescia rapidamente impactando centenas de jovens e ele estava mais determinado do que nunca a expandir suas ações inspirado pela história de Luna Rafael queria que outros jovens tivessem uma segunda chance de viver ver de estudar de sonhar naquela manhã enquanto Luna descia as escadas Rafael a observou com um sorriso discreto ela havia se tornado uma presença Vital em sua vida uma jovem que não apenas o ajudara a se reconectar com o mundo mas também a encontrar um propósito verdadeiro ele
se lembrava de cada momento difícil que haviam enfrentado dos Desafios das ameaças e agora observando-a caminhando pelo salão sabia que tudo aquilo fora necessário para que ambos pudessem chegar a esse ponto Bom dia Rafael disse Luna se aproximando dele na cozinha ela já não hesitava em entrar nos Espaços da casa agora sentia-se realmente em casa Bom dia Luna respondeu Ele servindo uma xícara de chá para ela pronta para o seu último dia de aulas antes das férias ela sorriu assentindo Sim estou animada e o pessoal da fundação alguma novidade Rafael a atualizou sobre os novos
projetos da fundação que incluíam uma série de oficinas para os jovens nos próximos meses ele havia criado um programa que dava a esses jovens uma chance de adquirir novas habilidades e até mesmo garantir oportunidades de emprego Luna ouvia cada palavra com atenção sentindo-se orgulhosa De que sua história havia sido a Faísca inicial para tantas transformações sabe Luna eu pensei que talvez você pudesse participar das oficinas descrita como voluntária sugeriu Rafael com um sorriso eu Luna disse surpresa Eu ainda estou aprendendo acha mesmo que posso ajudar Claro que sim você tem uma história única para contar
esses jovens vão se inspirar em alguém que sabe o que é lutar superar e você pode ajudá-los a encontrar a própria voz assim como fez com a sua Luna refletiu sobre a proposta e algo dentro dela acendeu ela nunca imaginara que um dia seria vista como uma fonte de inspiração a ideia de ajudar outras pessoas de devolver um pouco daquilo que recebera era algo que a enchia de alegria e propósito finalmente aceitara que sua vida não era apenas uma luta agora ela tinha o poder de transformar a vida de outros como Rafael fizera com a
sua no final do dia Luna voltou da escola com o boletim em mãos Rafael estava esperando por ela na sala e quando viu o boletim o rosto dele se iluminou eu tirei boas notas disse ela orgulhosa Nunca Imaginei Que Pudesse aprender tanto Rafael pegou o boletim examinando-o com um sorriso de orgulho eu sabia que você conseguiria Luna Estou muito orgulhoso de você Luna olhou para ele com uma expressão de gratidão profunda cada palavra de incentivo que ele lhe dera cada gesto de apoio e cada lição que aprendera na convivência com ele tinham lhe mostrado que
ela era capaz de muito mais do que pensava pela primeira vez sentia que seu passado estava finalmente para trás e o futuro era um campo aberto cheio de possibilidades alguns dias depois Luna teve a oportunidade de visitar a fundação novamente agora como voluntária vestida com uma camiseta simples e jeans ela entrou no Centro de Apoio onde alguns jovens já estavam esperando por ela alguns deles a reconheceram das palestras anteriores de Rafael e Luna percebeu o mesmo olhar curioso que um dia tivera ela se apresentou e começou a compartilhar sua história falando sobre as dificuldades que
enfrentara e sobre as coisas que aprendeu ao ver a forma como aqueles jovens a ouviam atentos ela sentiu que finalmente encontrara seu lugar eu sei que a vida pode ser dura que às vezes parece que não há ninguém para te ajudar disse ela a voz firme mas cheia de emoção Mas mesmo quando parece impossível sempre há uma chance e se eu chegar até aqui vocês também conseguem após a oficina Rafael que observava tudo à distância aproximou-se de Luna com um olhar emocionado Você nasceu para isso Luna disse ele com orgulho Genuíno você está ajudando a
construir algo maravilhoso algo que vai mudar a vida de muitas pessoas Luna sorriu sentindo o calor das palavras dele como se cada uma fosse uma peça de um quebra-cabeça que finalmente naquela noite enquanto jantavam juntos ambos refletiram sobre a jornada que os havia levado até ali o caminho fora árduo cheio de desafios e perigos Mas eles haviam superado cada um deles Luna sabia que Rafael fora mais do que um protetor ele fora um mentor um amigo e acima de tudo uma família e Rafael por sua vez sabia que Luna o transformara de maneiras que ele
jamais imagin fazendo-o enxergar a importância de cada vida de cada oportunidade de fazer o bem ao final do jantar Rafael propôs um brinde a novas oportunidades Luna e a todas as vidas que ainda vamos transformar juntos as segundas chances completou Luna levantando seu copo o toque dos copos soou como um Encerramento e um novo começo uma promessa de que eles continuariam lado a lado cada um ajudando o outro a se tornar alguém melhor na manhã seguinte Luna acordou com uma sensação de plenitude o medo que antes era uma constante em sua vida havia sido substituído
pela confiança pela paz e pelo Desejo de fazer mais ela se olhou no espelho lembrando da menina que um dia fora e soube que finalmente havia se libertado daquele passado agora ela era forte resiliente e acima de tudo pronta para enfrentar o futuro naquele mesmo dia enquanto Luna saía para mais uma aula e Rafael preparava uma reunião importante na Fundação ambos sabiam que o que haviam construído juntos era indestrutível uma amizade uma parceria E acima de tudo uma história de coragem e compaixão e assim com o coração em paz e uma nova vida pela frente
Luna e Rafael seguiram cada um transformado para encarar o mundo juntos e parae E aí o que você achou da história deixe a sua opinião nos comentários nós adoramos saber não se esqueça de dar um curtir no vídeo para nos apoiar e se inscrever no canal até a próxima
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