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Video Transcript:
Olá, pessoal! Sejam muito bem-vindos à nossa Semana "Emagreça de Verdade". Finalmente, o dia chegou, né? Ah, é! Nossa, eu tô muito animada! Vocês estão animados aí? Muita coisa pra gente aprender essa semana! Vai entrando aí, vai dando bom dia e vamos dizer por onde vocês estão, de onde vocês são. Se vocês conhecem a gente há muito tempo, isso deixa aqui nos comentários: quanto tempo que você me conhece? Maria Natalita ou a Tatiana? Eu sou a Maria Natalita, sou especialista em criar receitas gostosas, saladas gostosas e organização alimentar saudável. Eu sou a Tatiana, sou nutricionista
especializada em emagrecimento saudável, duradouro e saúde da mulher. E a gente resolveu se unir aqui nesse final de ano, 2024, porque a gente quer que vocês conquistem um emagrecimento verdadeiro, um emagrecimento que vira um estilo de vida, que você consiga persistir nessa trajetória para conquistar os seus objetivos, mas muito além disso: para conseguir essa saúde, essa vida saudável que permanece no longo prazo, que, na verdade, é o nosso maior bem, né? Estar com saúde é o nosso maior bem! Ser saudável, e a gente não pode, no objetivo de emagrecer, deixar a saúde pelo caminho. Então,
o foco aqui hoje é vocês aprenderem a começar a aprender, né? Hoje é só a primeira aula de como a gente atinge esse emagrecimento que é de verdade, que vai focar na saúde dos seus hormônios, na manutenção da sua boa composição corporal. Como que, através das ferramentas que a gente vai conversar, você consegue até prevenir algum quadro de alguma doença que você já possa ter. Então, esse é um objetivo muito importante da nossa aula: manter a sua saúde, mas, claro, a gente vai pensar no emagrecimento também, afinal, chama-se "Emagreça de Verdade"! Exatamente! Muito bem! Vai
comentando aqui embaixo pra gente já conhecer vocês. Qual a faixa etária de vocês? É 40+, 50+, 60+? Queremos conhecer essa mulherada! Quem está aí? E também conta por quanto tempo você conhece a gente. Se você já conhece a gente há muito tempo, também deixa nos comentários que a gente quer conhecer vocês! Isso é isso aí! Se você não me conhece, eu sou a Maria Natalita. Vou contar aqui um pouquinho da minha história. Hoje, eu sou reconhecida nas redes sociais pelas minhas receitas, principalmente de saladas gostosas e receitas de lanches. Eu já realizei esse trabalho de
compartilhar receitas gostosas e ensinar organização alimentar há bastante tempo na internet, nas minhas redes sociais, no Instagram, no canal do YouTube, no blog de receitas, em muitos lugares. E é curioso que a minha história começou não porque eu era boa nisso desde que eu nasci, muito pelo contrário! Eu fui uma criança muito gordinha, era uma criança que deixava os meus pais preocupados com o meu peso, que não parava de subir, e eu comia demais! Mesmo eu tinha uma ânsia por comida desde criancinha. E, quando eu cheguei na minha fase adulta, eu comecei a me preocupar
até mesmo com a minha saúde, que não estava muito boa, e também com o meu corpo, que não era um corpo que eu queria ter, que não me deixava feliz. Comecei num ciclo de dietas que não funcionavam, porque eu fazia dieta de uma maneira muito restrita, cometia muitos erros, que a gente vai até falar aqui alguns que a gente vai comentar já já. Eu não consegui atingir essa mudança de vida até encontrar um caminho certeiro, um plano nutricional que me deixava saciada, onde eu tinha criatividade nos pratos que eu servia para mim mesma e até
para as pessoas que estavam ao meu redor na minha rotina. Isso foi se transformando: uma dieta se transformou em estilo de vida. E, hoje, a minha maior alegria é conseguir transmitir para as pessoas essa trajetória que eu consegui, as pérolas que eu aprendi no meio desse caminho. Então, o que de mais valioso eu consegui trazer desse meu emagrecimento é o que eu compartilho com vocês hoje, e isso me traz muita alegria, muita mesmo! E aí eu resolvi trazer a Tatiana para perto de mim nesse final de ano, né? Maravilhosa! É muito interessante a nossa história,
porque a gente se conheceu através da Mariana. Fez uma consulta nutricional comigo, e eu perguntei o que ela fazia, né? E aí ela me contou, e eu comecei a seguir ela e fiquei enlouquecida! Apaixonada por uma questão que eu percebo muito no consultório: é a dificuldade que as pessoas têm de adesão à dieta por não sentir prazer na alimentação, por ser monótono, por ter dificuldade de organizar. E aí, quando eu comecei a ver toda a metodologia da Mariana, eu falei: "não, vai ser muito interessante a gente unir as nossas forças". Eu venho com conhecimento nutricional,
explicando toda a parte de fisiologia, calculando a dieta, e ela tornando tudo isso prático, gostoso, né? E aí eu acho que sustentável. Então, a ideia do "Emagreça de Verdade" surgiu dessa união de forças. E, assim como a Mariana está falando, né, propósito. Eu acho que... Antes de ser nutricionista, eu era advogada, mas foi a nutrição que despertou um propósito que me fez enxergar essa alegria em compartilhar meu conhecimento. Eu sou muito feliz mesmo, hoje, compartilhando saúde, trazendo para as pessoas, restabelecendo saúde, autoestima, né? E através de um conhecimento. Porque a gente vai discorrer sobre isso,
mas a gente vive em um mundo que não facilita nem o estilo de vida saudável, nem a gente atinge a nossa autoestima, né? Porque é tudo muito complicado, como as coisas estão ao nosso redor, a indústria e tudo. Então, eu encontrei na minha profissão um propósito de trazer isso de volta para as mulheres. Aí teve uma conexão muito grande com a minha história também porque, apesar de eu sempre ter tido um perfil de ser mais magrinha, ter uma constituição mais "mam", eu também passei por muitos anos da minha vida satisfeita com a minha composição corporal.
Porque era aquela famosa falsa magra que todo mundo olha e fala que é magra, mas, quando você vai ver, tem aquelas "pochetinhas" de autoestima. E aí foi a partir do momento que eu fui migrando pra nutrição, aprendendo sobre ela, que eu restabeleci e aí percebi também como elas se sentiam em relação a isso. Aí eu migrei de carreira, abandonei o direito e hoje, no dia a dia no consultório, a minha grande missão é justamente fazer isso: trazer saúde para essas mulheres, trazer autoestima, buscar soluções práticas para a gente viver melhor. Sim, com certeza! E aí
a gente pensou assim: vamos pensar ousado pro fim de 2024, tá achando? Você topa? Você simplesmente fala tudo que você fala no seu consultório, abre aí seu consultório de forma gratuita para as pessoas que estão acompanhando a gente, para que elas realmente conquistem ali uma mudança de vida. Depois dessa semana, ah, eu topo! É porque é isso, né? É muito propósito, né? A gente se sente feliz em compartilhar isso. E é engraçado que aqui, fora das câmeras, a gente senta e fica horas conversando sobre o assunto, encantados com o tanto que a gente tem para
oferecer e trazer para vocês. E vamos começar, né? Vamos começar exatamente! Será que todo mundo já entrou? Tá todo mundo aí certinho? Tão animados? Nós vamos começar. Hoje é uma aula muito, muito importante porque a gente vai passar aqui os principais erros que as mulheres cometem e, de forma inconsciente, muitas vezes por décadas, e acabam chegando em um lugar onde elas não gostariam. E nós vamos falar desses erros porque a gente quer que vocês não cometam esses erros e que tomem consciência desse processo que pode estar acontecendo aí com vocês, na vida de vocês. Então,
essa aula é muito importante. Vamos começar a falar disso agora! Quem, gente, estava aí sem prestar atenção, já fica antenado que agora vai começar um conteúdo muito rico que a gente preparou para vocês. E é muito legal a gente começar falando sobre os erros porque, se você não tem clareza de onde você está errando, você acaba, toda vez que busca um processo de tornar o emagrecimento mais fácil, a vida mais saudável, retornando para aquele lugar do erro. Porque o nosso cérebro tá sempre buscando o conhecido. Então, se você não tem clareza de quais são exatamente
os problemas, o que tá te afastando do seu objetivo, você retorna para ele. Então a gente hoje vai esmiuçar aqui uma série de erros para que você nunca mais cometa nenhum deles. Então, é tipo, tá de olhos fechados agora, vocês vão abrir os olhos, vão ficar bem antenadas, combinado? É isso aí, vamos jogar luz nessa escuridão! Isso aí, pessoal! E o primeiro erro que a gente vai tratar aqui é você ser vítima do meio. Significa você deixar o acaso te levar, deixa acontecer e torce para ver se vai dar certo. Muitas vezes, eu tô organizando
ali a minha geladeira, colocando os meus potinhos de comida saudável, e eu pergunto pro pessoal assim no Instagram: "E aí, vocês já planejaram a alimentação da semana hoje?" E aí, na caixinha, eu deixo lá se a pessoa já planejou ou se ela tá deixando o acaso levar. Ela, tipo, deixa a sorte me levar. E muitas vezes eu percebo que as pessoas estão clicando no acaso me levar. E é complicado, por quê? Nós não vivemos em um ambiente que nos ajuda a ter mais saúde, ajuda a ter um corpo saudável, uma qualidade de vida. Não é
um ambiente que, muito pelo contrário, traz a gente para trás. Então, quando a gente deixa o acaso levar, é muito provável que a gente vai consumir comida ultraprocessada, comida que a gente nem gosta muito, no automático, sem perceber, e por muito tempo. E a gente começa a ser um número de estatística que não é nada agradável de ouvir. Hoje, no Brasil, a gente tem mais de 50% da população com sobrepeso, 57% da população tem sobrepeso e 22% da população tem obesidade. Se a gente for olhar num cenário das mulheres acima de 50 anos, mais de
80%! Gente, oito em cada dez mulheres têm alguma doença crônica como pré-diabetes, diabetes, resistência insulínica, né? Que é pré-diabetes, uma dislipidemia, uma doença cardiovascular, hipertensão. Isso é muito sério porque essas doenças são moduladas pelo estilo de vida. Então, você viver neste ambiente sem se programar para lutar contra esse sistema, que na verdade hoje o que demanda da gente, o ambiente é uma luta contra o sistema. O que antes era natural, né? Alimentação deveria ser uma coisa mais natural. Hoje, não! Hoje, para você buscar esses valores de saúde, bem-estar, emagrecimento, é uma luta gigante que a
gente faz contra o sistema. Então, se você deixar o ambiente te levar, esquece, não vai dar certo. Eu quero contar pra vocês o que aconteceu comigo recentemente porque assim, eu, com toda a minha boa vontade e boa intenção de me manter dentro da minha alimentação saudável, fui para uma reunião de trabalho que eu acreditei que fosse durar pouco tempo. No final das contas, a reunião foi tomando uma proporção muito maior e eu fiquei muitas horas. Quando eu saí da reunião, eu estava simplesmente morrendo de fome. Aí eu... Cheguei em casa. Eu tenho certeza de que
isso já aconteceu com alguém. Aí, ficou no trabalho até mais tarde, preso, não se organizou porque achou que fosse sair no horário certinho, não levou um lanche, nada. Aí, cheguei em casa, abri a geladeira e não tinha nada pronto. Ou seja, vivendo no acaso, né? Achei que assim materializaria uma coisa lá para eu comer, mas não se materializou. Aí, as crianças já estavam perto da hora de dormir porque eu cheguei tarde, então tinha que organizar o dever de casa. Morta! Gente, o corpo, quando a gente tá cansado, ele entende o cansaço como privação de energia,
então ele aciona um mecanismo que vai fazer o seu cérebro buscar comidas muito calóricas e hiperpalatáveis. Isso é um mecanismo natural do corpo, porque, aprenda uma coisa que eu vou te contar: o corpo tem dois objetivos: sobreviver e reproduzir. É triste eu falar isso, né? Porque a gente tem um milhão de objetivos, mas o corpo tem só esses dois. Ou ele tá se programando para reproduzir ou para sobreviver. Então, como eu estava, tipo, com fome, tinha passado o dia inteiro sem fazer nada, acionou um alerta na minha mente: comida, comida, comida, energia rápida. Aí, o
que você vai fazendo? A criança ali do seu lado, te perturbando, tá na hora de dormir, dever de casa, não tem nada pronto. Você começa a comer inconscientemente. Aí eu peguei a minha geladeira, ela já é bem saudável, mas aí fui e peguei abacaxi. Daqui a pouco, peguei feijão. Tinha uma salada de feijão, já tinha acabado a proteína da salada. Aí falei: “não, faltou a proteína.” Aí peguei outra proteína. Daqui a pouco, pensei: "ah, isso aqui vou comer, uma granola." Quando eu vi, gente, já era tarde, já era hora de dormir. Eu fui dormir pesada,
atrapalhou o meu sono. Eu acordei no meio da noite, assim, sabe? Um terror! Tudo isso… Por quê? Eu não me planejei, achando que poderia ter um imprevisto na reunião, que eu ficaria mais tempo, de ter uma coisa preparada ou pré-preparada para quando eu chegasse em casa. Eu tava vivendo: "não deixa a vida me levar." E esse mecanismo não funciona. Então, às vezes, você tá muito bem-intencionada, você realmente fala assim: "não, eu quero fazer dieta, passei o dia inteiro alimentando ali certinho, quero comer certinho." Consegue! Mas, se você não se organizar, não vai. E o pior
é que o ambiente onde estamos, como um todo, não facilita nesses casos. Quando você não se planeja muito certinho, o que acontece, ali no caso dela? Ela podia ter ficado morrendo de fome, no caminho, no carro, entrado numa padaria. Que que vai ter? Vai ter alimentos que realmente não têm nada de balanceado, muito carboidrato, muito açúcar, que ela ingeriria porque iria encontrar um salgado, uma torta, não encontraria ali uma refeição balanceada, como a gente vai ver como elas são. Então, você não vai encontrar ali, muito fácil, uma opção saudável para o seu dia a dia,
para te salvar. Não vai ter essa coisa do "salvar." O ambiente não nos salva da falta de planejamento; ele contribui para a gente ir mais a fundo no buraco. Então, é mais fácil você encontrar opções que não são saudáveis, que não são balanceadas, do que opções que são saudáveis e balanceadas, sem sombra de dúvidas. E aí, assim, é mais… né? A coisa no dia a dia, nesse dia especificamente, foi um dia com imprevisto muito grande, mas às vezes você vai para o seu trabalho deixando ao acaso também. Você sabe que vai ficar no trabalho até
às 6 horas da tarde, por exemplo, e, obviamente, você vai ter fome se você almoçou ao meio-dia. E aí você não se organiza, você chega ali no trabalho, aí o seu amigo da mesa do lado abre um biscoitinho, você pega. Aí, aniversário de alguém, vai ter um bolo, aí você come. Então, você vai deixando assim, ó, as coisas acontecerem. E sem contar também o ambiente emocional, né? Esse também tem um fator muito importante e preponderante. Então, como a gente tá falando assim, por exemplo, se você vai a uma festa, né? Aí, se você tá tentando
ali manter uma dieta, tá buscando ali restabelecer sua saúde, organizar a sua alimentação, as pessoas em volta também não te ajudam com isso. Quantas vezes você foi a um aniversário e aí você falou: "não, não conta para ninguém que você tá de dieta," não porque aí elas vão começar a te perturbar. Aí você fala assim: "não, não tô de dieta não," mas você já tá tão magrinha, você tá ótima, "só um pedacinho de bolo, só hoje." Aí, o problema é o seguinte: as exceções vão virando regra, porque hoje é o aniversário de fulano, amanhã é
aniversário de cicrano, depois da manhã é um evento de família, aí tem um coffee break. Enfim, então é muito importante a gente notar que essa sociedade normalizou o excesso de comida em diversas situações. Numa celebração, é comida; no momento que tá triste, é comida; em casa, tem comida; você encontra uma amiga, tem comida; você vai, enfim, tá junto com pessoas, tem sempre comida. A gente normalizou um excesso de comida e um excesso de comida de baixa qualidade, normalmente muito açúcar que a gente ingere nessas celebrações, muita fritura, muitas coisas assim que não são saudáveis. A
gente normaliza isso, porque tá todo mundo comendo, e estamos todos indo por esse caminho de chegar nessa estatística. Daqui a pouco somos nós! Daqui a pouco nós não… nós aqui não. Nós aqui não vamos combinar! Nós vamos estar nas duas em cada dez. Duas. A cada dez que não estão acometidas, eu digo "nós", todas vocês aí com a gente mesmo. A ideia é essa: se a gente deixa o acaso levar o nosso acaso ao redor, ele está nos levando para um lugar que a gente não quer ir. Então, a gente não pode; a gente tem
que realmente ir contra essa maré, fazendo um esforço mesmo de contra, e não normalizar o que não pode ser normal, porque, quando a gente olha pros números, a gente vê que a população, nós estamos, como sociedade, envelhecendo. Nós estamos ficando mais velhos, mas não necessariamente com mais qualidade de vida, e isso é muito importante, porque quem quer viver mais, mas viver pior nos últimos anos de vida? Ninguém, é verdade. Então, se a gente realmente não navega contra a maré, a gente pode até sim ter uma expectativa de vida alta, chegar nessa idade avançada que a
gente gostaria, mas sem qualidade de vida, sem dignidade, sem autonomia. Exatamente, e isso é muito forte. Então, a gente tem que ir contra esse meio e começar a colocar consciência na nossa própria alimentação. Então, quem está vivendo o acaso me levar, esse acaso está te levando para um lugar que você não queria. Eu queria saber o que vocês têm de história aí para contar de acaso, tipo de trabalho, de buscar filho na escola, foi com a mãe em algum lugar, foi no médico, no hospital. Você tinha uma boa intenção de se alimentar bem, mas o
ambiente não te ajudou? Você tem alguma história para contar pra gente? Enquanto vocês estão contando aí nos comentários, eu vou comentar uma minha. Eu fiquei muito tempo internada com os meus avós. Meus avós estavam internados, primeiro um, depois o outro, e, no hospital, a comida que era servida, não só pro paciente, no caso eles nem estavam comendo mais, mas para quem estava junto, era de muita baixa qualidade. No hospital, então, a gente está ali naquele momento de muita emoção, já de muita tristeza, né, naquela situação, e se a gente não organizar… Eu comecei a levar
marmita pro hospital, falando: "Não, deixa eu continuar me cuidando e levar a marmita, porque na lanchonete do hospital não ia ter nada de bom. O que vinha também não tinha nada de bom". Então, até nesse ambiente que supostamente é para cuidar da nossa saúde, na verdade, não pensa num estilo de vida saudável. E essa sua fala, né, de cuidar de mim, foi muito interessante. Ela me despertou aqui uma lembrança. A gente está falando aqui, acredito que tenha uma mulherada mais madura, ali na faixa dos 40 para 50. Se a gente não tiver bem para cuidar
da nossa família, como que vai ser, né? Porque, às vezes, também acontece muito isso: a gente fica pensando muito em cuidar dos nossos filhos, dos outros, e esquece de cuidar da gente, né? E, no final das contas, a gente acaba se adoecendo e não podendo estar ali junto, cuidando das pessoas que a gente mais ama. Exatamente, é muito sério. Então, pessoal, antes de entrar no erro dois, eu queria saber aqui nos comentários se algumas de vocês sentiram que ganharam peso ao longo dos anos. Se mesmo sem perceber, foi acumulando alguma gordura e que agora, quem
quer perder esse peso, comenta aqui quantos quilos foram a mais pra gente ficar sabendo. Porque o nosso erro dois é justamente viver no inconsciente e acabar acumulando gordura sem nem notar, sem nem perceber que aquilo está acontecendo. Quando vê, a balança já subiu e você foi sentindo que se acumulou gordura ao longo dos anos. Então, eu quero mostrar para vocês, vou escrever um número aqui pra gente ficar com ele na cabeça: 7.700 calorias é igual a 1 kg a mais de gordura. Vamos ficar com esse número na cabeça. Parece muito, né? 7.700 calorias extras parece
muita coisa, mas vamos ver se é realmente muito assim, se a pessoa precisa comer tanto para ir acumulando esse peso. Então, pessoal, vamos ver aqui o caso de uma mulher. Uma mulher que vai levar um dia normal, normal de acordo com os padrões dessa sociedade. Ela acordou de manhã e comeu um pãozinho com queijo, com queijinho mussarela, porque até era final de semana. Aqui no nosso caso, ela estava animada. Final de semana chegou, durante a semana ela comeu direitinho, tentou comer até menos, assim, tentando achar boas opções saudáveis, mas, no fim de semana, ela acordou,
era fim de semana, ela estava alegre, resolveu comer esse pãozinho com queijinho. A gente merece, a gente merece! Ela comeu, de fato, um lanche, um lanchinho que foi o pão com queijo e o café. Na hora do almoço, ela saiu para comer com a família e, nesse restaurante, tinham poucas opções de saladas diferenciadas de coisas que ela podia. Mas ela não queria sair tão fora do que tinha na mente dela como algo saudável. Então, ela optou já por um prato que tinha frango, que vinha um pouco de arroz e uma porção de salada. Então, ela
optou bem, conseguiu esse prato. Esse prato de frango com salada aqui na nossa história é 503 calorias. À tarde, ela ainda passeando ali com a família, foram tomar um café. Na cafeteria, ela não resistiu, porque tinham muitos bolos gostosos, mas também não quis ir tão longe assim, né? Com aquele bolo recheado. Não, ela escolheu comer uma torta. De banana, uma torta de banana com canela, mas uma torta tradicional ali da padaria, da cafeteria onde ela foi e optou por tomar um café expresso também. Normal, mas foi chegando à noite e a noite tinha uma celebração
na casa dela. Ela não queria fazer assim uma estripolia tanto, só que tinha uma borrachinha com umas torradas. Ela foi comer um pouquinho porque a pizza ainda não tinha chegado na casa da família. Aí, de repente, a pizza chegou! Chegou a pizza e ela comeu só dois pedaços. Ela comeu dois pedaços enquanto tomava duas taças de vinho. Não sei se vocês vão concordar comigo, mas eu até me vejo nessa mulher. Porque você comeu dois pedaços de pizza, tava comendo, tomando vinho. O vinho ainda não tinha acabado, e ela não queria pegar o terceiro pedaço porque
ia ser muito, mas beliscou uns queijinhos ali, um queijinho parmesão que tava na tábua, comeu uns queijinhos também. Finalizado isso, deu uma vontade de comer um docinho. Era final de semana e optou por um pouquinho de chocolate, tá? Um pouquinho, os quadradinhos ali de chocolate. Essa noite da mulher somou aqui 1.444 calorias que, só para eu trazer um parâmetro nutricional aqui, esse valor é muito aproximado do que a gente gasta no dia sem fazer atividade física. Então, assim, o nosso corpo gasta calorias para se manter e a média de uma mulher gastar é em torno
disso, 100 calorias, sem atividade física, com pequenas atividades do cotidiano. Considerando que só nesse jantar ela já empatou, ela já comeu, mas teve o que ela comeu no início do dia. E aí a gente chega nesse dia, que é um dia de um pouco mais de estripolia no final de semana, tá? Não é sempre que ela tá consumindo vinho, não é sempre que ela tá consumindo pizza, mas nesse dia de final de semana ela acabou consumindo 2.563 calorias. Aqui no nosso exemplo, não sei se vocês se identificaram com esses alimentos específicos, mas podem ir comentando
aqui aonde que vocês fazem as suas estripulias, se é num pão de queijo, se é num bolinho, uma tortinha, se é vinho que vocês gostam ou outra coisa que vocês gostam, por um drink, um japonês, né? Tem tantas opções aí: uma massa. Eu ouço muito que no final de semana o pessoal gosta de uma massa, o pessoal gosta de uns drinks, né? Essas que são coisas que aparecem com bastante frequência no consultório, exatamente. E eu não sei vocês, mas eu fico com a sensação de que assim, é um final de semana que não foi de
tanta comida assim, mas já somou aqui 2.563 calorias. Só pra gente, eu quero que vocês visualizem um pouco os números, então vou bater neles porque depois a gente vai fechar essa continha. Lembra que eu falei que ela gasta ali, mais ou menos, para sobreviver nesse dia, em torno de 1.400 a 1.500? Então, ela já tem 1.000 calorias aqui em excesso em um dia. E aí acontece que, normalmente, esse dia de estripolia acaba acontecendo no sábado e no domingo, quando ainda não acontece na sexta, né? Mas vamos imaginar que a sexta dessa mulher foi uma sexta
um pouco mais controlada e que no final de semana foi o momento em que ela deu aquela liberada maior. Ela fez duas refeições livres, digamos assim, né? Uma no jantar de domingo à noite. O paciente gosta muito de pensar se ele pode ter refeição livre, então essa foi a refeição livre do domingo e teve uma refeição livre, talvez, no almoço de sábado, exatamente. E aí somou esse superávit ali, esse a mais de 1.000 calorias no dia. Vamos combinar que ninguém exagerou muito nesse final de semana. Foram duas refeições livres com alimentos que são super característicos
de fazer parte do final de semana da nossa sociedade. E, nesse final de semana, a gente já teve um excedente de calorias de 2.000 calorias. Certo? Vamos pegar esse número, eu já vou botar aqui no quadro. A gente precisa de 7.700 calorias para mais 1 kg de gordura e um final de semana a gente já tem 2.000. Agora, notem: se foram 2.000 no final de semana e essa mulher não despertou, ela continuou vivendo no inconsciente, ela pode se esquecer por um tempo, o que começa a complicar a vida dela se ela se esquecer e, no
próximo final de semana, continuar esses hábitos. Concordam com a gente? Não são hábitos muito difíceis de permanecer fazendo ali por um período. Você tá estressado do trabalho, você tá chateado, você quer um final de semana mais alegre, mais motivado, tá descontando ali emoção na comida. Você começa a fazer isso de uma forma ali mais insistente, começa a repetir esse tipo de final de semana, esses tipos de dias de estripolia. Aí, quando você se esqueceu por 4 meses seguidos fazendo essas estripulias, não significa que você tá comendo mal o tempo todo, né? Pontual, a gente tá
falando do final de semana. Durante a semana, a gente tá considerando ali que você tá empatando, você tá conseguindo se manter. No fim desses 4 meses que você se esqueceu dessa fase ruim, você acabou acumulando 4 kg de gordura. Você fez um superávit de calorias de 32.000 calorias. Quando a gente divide pelo 7.700 calorias, a gente consegue ali 4 kg a mais. E a questão é que você sobe na balança e percebe: ih, 4 kg a mais, tem algo errado! E você já volta para um plano nutricional certeiro que a gente vai falar logo mais.
Até estaria razoável. Acontece que, muitas vezes, a pessoa se esquece, não só por um... Período, essa mulher se esquece por mais ciclos. Acontece aquilo quando, em outro ciclo desse, um ciclo de inconsciência. E aí esse quatro virou oito. E aí esse oito pode virar até mais, até a hora que a pessoa desperta. Então, é muito comum a gente ver: "Ai, nossa! Em pouco tempo eu acabei engordando ali 4 kg, 3 kg, já subiu na minha balança, preciso emagrecer sete, preciso emagrecer seis, e assim por diante." E por que que isso aconteceu? Por conta desses pequenos
hábitos inconscientes que ficaram na rotina. E, no final, a gente fica com a sensação de que, tipo: "Nossa, mas eu nem fiz tanto." É de fato, não! A pessoa acha até que ela tá se esforçando para a linha. Na cabeça dela, ela pensa assim: "Ah, eu até acho que eu poderia estar emagrecendo, porque durante a semana eu tô tão certinha. Fiz só duas refeições livres, não comi uma pizza inteira, comi dois pedacinhos de pizza." Né? Então, é isso! É pra gente trazer a consciência, realmente, porque é muito fácil ganhar peso. Isso a gente tá falando
do final de semana e de uma semana regrada, mas é muito comum ter aquele catacata invisível também ali durante a semana. Né, exatamente! O catacata invisível é aquele comportamento, se vocês vão se identificar com ele, em que você não faz refeições muito estruturadas no café da manhã, no almoço, no jantar e até no lanche da tarde. Ou você quer pular o lanche da tarde, mas acaba ficando com uma fominha, aí você vai pra geladeira, aí pega um pedacinho de queijo, aí mais um pedacinho de queijo. E você até abre a geladeira com uma intenção boa.
Não, vou abrir a geladeira e pegar um bolo, pegar uma coisa assim, o pior que tem lá, não! Você vai escolher uma coisa que tá dentro do saudável. Mas aí, quando vê, você comeu mais uma fatia, uma fatia e, sem notar, pessoal, sem notar, você comeu assim uma quantidade de queijo absurda. Eu gosto de trazer muito queijo para esse exemplo, porque realmente assim, o queijo, um pedaço muito pequeno de queijo, e eu acho que eu observo muito isso no consultório. As mulheres falam que, depois do jantar, na ceia, às vezes: "Ai, mas me deu a
vontade de comer uma coisinha." Eu fui lá e peguei um pedaço de queijo. Ou então, quando ela não quer, ela tá querendo emagrecer ali e não tá pensando em segurar as calorias. E aí, um pedaço de queijo pequenininho, 30 g, são 110 calorias, não é isso mesmo? 110 calorias! Só que, quando você começa com esse comportamento, é muito pouco provável que você vai pegar um pedacinho de queijo e finalizar as visitas à geladeira para pegar mais um pedacinho. Mais um pedacinho acaba se multiplicando, né? Você faz esse catacata aí algumas vezes e, aí, quando você
viu, você fez um momento que você não teve nenhuma saciedade, você não teve nenhum aporte nutricional adequado, você não estruturou aquela refeição e ela também não te deu nenhuma saciedade. Você não mandou nenhum sinal pro seu cérebro, né? Porque também tem isso. A gente tem que mandar sinal pro cérebro de saciedade. O que que você está saciado? Então, você até nem computa aquilo ali na sua cabeça. Aquilo ali não foi nada: "Ah, comi só um pedacinho de queijo, não conta, não conta!" Mas conta! Aqui, não conta! O corpo ele tá recebendo e ele conta, e
essa conta pesa no de pouquinho em pouquinho. Então, é um biscoitinho que a gente pega, um pouquinho de amendoim, e essas calorias ali ficam invisíveis. A gente fica com a sensação de que não tá fazendo nada, mas no final das contas isso não é inofensivo. E eu vou te falar que eu acho que esse é um dos piores cenários, porque, quando a pessoa realmente tá vivendo na estripolia, né? Ela sabe porque ela tá engordando, né? Ela sabe que ela tá comendo todo dia, que ela todo dia senta em uma lanchonete, quando vai levar um filho
na natação e come um açaí lotado de açúcar. Ela sabe que ela pede um croissant e ela tem consciência, pelo menos, ela sabe porque que aconteceu. Mas o que eu vejo são muitas mulheres que tão buscando, tentando ali de forma isolada, se manter num controle e não estão percebendo essa situação, e isso gera uma frustração. Isso é muito ruim, porque essa sensação de que você tá fazendo e que não tá tendo resultado acaba te levando pra um caminho da desistência, de que isso não funciona pra você, que você tem a genética ruim, que nada vai
te emagrecer. Então, o que a gente quer trazer aqui pra vocês é justamente abrir os olhos. Como a gente falou, como a Mariana falou lá no início, quando a gente começou aqui com aquele tapa olho, com os olhos fechados, a gente quer jogar luz nessas problemáticas que são comuns na vida de grande parte. Aí, vocês se identificam com alguma coisa que a gente falou? Esse catacata de vocês tirando queijo, por onde eles acontecem? Conta pra gente. Deixa aí, vai escrevendo, porque isso vai ajudar vocês a já fazer esse exercício, que é jogar luz nesse inconsciente
e já ir sabendo quais são os erros que estão acontecendo com vocês. E aí, pessoal, o que que acontece com essa mulher que engordou ali, passou por uns ciclos inconscientes, passou ali num catacata invisível, foi acumulando esses maus hábitos e, aí, quando vê, tá com aquele peso a mais? Aí tá com as roupas incomodando, já tá sentindo que, quando senta, já não se sente confortável, tem uma dobra ali que não existia. Ela vai pra praia, não se sente bem, ela tem roupas que ela... Tinha antes que ficavam bem, agora não estão mais cabendo. Ela já
não tem mais a mesma mobilidade, né? O corpo é mais pesado, né? Porque você está carregando mais peso. Eu recebo muitas mulheres falando: "Eu perdi meu guarda-roupa inteiro, mas eu me recuso a comprar um guarda-roupa novo." Eu acho que essa questão da roupa é uma coisa que se sente muito, é a materialização fora de si, né? É do ganho de peso que aconteceu, do ganho de peso dos maus hábitos que acumularam. E aí, a pessoa entra naquele modo do desespero e ela parte para o erro três, que é a dieta do desespero. A dieta do
desespero é quando a pessoa decide que quer resolver aquele problema que acumulou por muito tempo em pouco tempo. Então, ela quer fazer algo que realmente dê uma solução muito rápida para aquele problema que levou tempo para construir, e ela corta calorias de forma drástica. Começa a comer muito pouco. E com esse processo de comer muito pouco, além de passar fome e sofrer, ela também fica triste durante aquele período que está tentando reverter a situação. Ela perde gordura, mas também perde massa muscular, que é um tecido nobre. E eu vou te dizer que, até nesse processo
de desespero, eu acho que a perda de massa muscular é bem significativa, né? Porque é uma dieta que aciona mecanismos hormonais que ligam, no nosso corpo, um sinal de alerta. Quando você faz essa dieta do desespero, que é cortar calorias de forma drástica, você impacta o seu cortisol. O cortisol, todo mundo já ouviu falar em algum momento, né? Que é o hormônio do estresse. O cortisol é interessante; eu gosto de trazer isso porque ele tem o papel dele, ele é importante. É importante que, nas primeiras horas do dia, a gente tenha o cortisol claro, dentro
dos parâmetros normais, um pouco mais aumentado. Porque ele é o hormônio que te leva para a vida. A gente diz que o cortisol é o hormônio da luta e da fuga; é assim que ele funciona. Só que o que acontece? Vamos voltar um pouco. Como o nosso corpo foi desenvolvido? Pensa: a gente lá na época das cavernas. Você está deitado lá na porta da sua caverna, e de repente você vê um leão. Você precisa fazer o quê? Fugir! Precisa correr. Aí, o corpo dispara cortisol. O cortisol vai nos seus músculos, né? Aquele músculo tem que
estar responsável para você sair correndo. Então, ele libera energia ali no músculo, e você consegue correr do leão, subir em uma árvore e ficar lá. Ou então, você está lá de novo na sua caverna, vem a tribo vizinha e você tem que lutar com a tribo vizinha. Você também precisa de energia para isso. Vamos trazer para 2024, que a gente não está deitado no sofá lutando com ninguém. A gente está ali tranquilamente. Só que a gente vive em uma sociedade extremamente estressada, e a dieta muito restrita também aciona o cortisol no nosso corpo, porque é
um estresse para o nosso corpo viver em tão baixas calorias. E aí, o cortisol vai, da mesma forma, quebrar a energia nos nossos músculos para estar disponível, porque teoricamente a gente tem que correr ou lutar. Só que a gente não está fazendo nada. Então, aquela energia que estava armazenada no músculo para responder a uma atividade física, como você não está fazendo nada, ela vai ser depositada onde? Na gordura, que é onde a gente armazena energia, especialmente aquela gordurinha abdominal. Sabe aquela que faz a calça não fechar? Então, esse é um mecanismo de como uma dieta
extremamente restrita atrapalha o seu emagrecimento. Como isso é um tiro no pé! Além de você ter perdido a massa muscular, uma outra questão, também, é que a dieta muito restrita afeta a nossa tireoide. A tireoide é uma glândula que temos aqui no pescoço, que é nossa glândula mestra metabólica. É a tireoide, desculpa, que vai regular o nosso organismo, né? O nosso metabolismo, como vamos processar carboidrato, gordura, proteína. E se a gente começa a fazer uma dieta muito restrita, a gente impacta a nossa glândula. E aí, ela percebe: “Alerta, pouca energia! Então, vamos metabolizar esse alimento
de uma forma que a gente tenha energia para sobreviver.” E aí, eu quero mostrar uma coisa para vocês aqui no quadro. Vamos supor que você tenha 65 kg. Gente, eu vou falar em números redondos, absolutos, para facilitar a nossa conta e compreensão, mas é exemplificativo, tá? Você tem 65 kg, você entrou na dieta do desespero, cortou tudo, e aí você perdeu 5 kg. Tá? Foi para 60. Tá feliz? Não? Mas calma. Você perdeu, vamos supor, 2,5 kg de gordura e 2,5 kg de massa muscular. Isso não é um bom resultado. Você perdeu metade de um
e metade do outro. O que seria interessante? A gente acha assim tolerável até 70% de massa muscular no valor absoluto. Desculpa, você perder 30% de massa muscular e 70% de gordura seria um valor ok; ótimo, lindo, não? Mas ok, tá? Então, aqui você não teve um valor legal, foi 50-50. A dieta do desespero levou a isso; aqui você perdeu massa muscular. A massa muscular, por si só, já é um tecido metabolicamente ativo. O que significa dizer que a massa muscular gasta mais energia para se manter do que a gordura. Então, se o metabolismo já fica
mais acelerado quando você tem mais massa muscular, aqui você já perdeu um pouco dela, sem contar toda aquela questão hormonal que a gente explicou sobre o cortisol e a tireoide. Impactando a velocidade do seu metabolismo. Aí você tá com 60 kg, você voltou pra sua vida, desapegou disso, voltou para uma rotina, né? Porque a gente tem muito essa tendência de voltar, porque é conhecido, que a gente já falou. Aí você voltou e acabou ganhando mais 5 kg, voltou para 65. Só que, veja, vamos lá, vamos fazer aqui uma coisa antes, tá? Desses 65 kg, seus
20 kg eram de gordura. Tá? Eu vou chegar aqui, vocês vão entender. Meu ra, sim. Aí você, como o seu metabolismo tá mais lento e você não tá fazendo atividade física, você tá aí seguindo a sua vida normal, você voltou para 65 em x tempos. Só que, quando você ganhou esse peso de novo, você ganhou todos esses 5 kg de gordura. Aí ela ganhou mais 5 kg de gordura que ela tinha ficado com 18,5 de gordura, né? Porque ela perdeu aqui 2,5 de gordura, tá? Então, aqui ela passou a ter, desculpa, fiquei na frente da
tela, ó, ela passou a ter 23,5 de gordura com os mesmos 65 kg. A gente já consegue ver que ela não tá fazendo um bom negócio e aí ela ficou desesperada novamente, porque ela tá nos 65 kg, tá perdendo as roupas, tudo de novo, toda aquela história. Ela faz um outro ciclo de dieta de desespero, que não preserva a musculatura, que leva tudo embora de novo. E aí, ela cai para cá. Aí, vamos supor que agora ela perdeu 4 kg. Ela foi, facilito a conta: ela foi para 64 kg. Desculpa, ela foi para 61 kg.
Ela perdeu 4 kg: 2 kg de massa muscular e de novo 2 kg de gordura. Então, aqui ela voltou, foi para 21,5 de gordura. Percebe que ela já fez dois ciclos de emagrecimento e ela tá com mais gordura do que ela tinha antes e com menos massa muscular. Aqui, ela já jogou 5 kg de massa muscular pro universo, perdeu, foi embora. Aí, quando ela vai ganhar aqui de novo os 5 kg, de novo voltou para os 65 kg, ela vai voltar com 26,5 kg de gordura nos mesmos 65 kg de peso absoluto. Era melhor que
ela não tivesse feito nada. Então, pessoal, isso é aquele famoso efeito sanfona. É a mulher que entra numa dieta querendo reverter muito rápido aquele quadro que ela construiu devagar, mas ela quer reverter em pouco tempo. Ela faz uma dieta muito restrita e ela fica nisso a vida toda, ela vai, volta, vai, volta. Mas, no meio desse processo, o que tá acontecendo de mais importante é que ela tá piorando a composição corporal dela. Ela está não só perdendo peso no longo prazo e ganhando esse peso de novo, mas o que tá reduzindo ali no total é
a musculatura, é o tecido magro, é a massa magra desse corpo, que é um tecido nobre que não pode ser perdido ao longo desse processo. E, com isso, com essas estratégias de sair cortando tudo nessa dieta do desespero, ela acaba dando um tiro no pé e se torna o quê? Aquela pessoa que só de respirar engorda. Alguém já se identificou com isso? Já ouviu isso? Porque eu escuto muito isso no consultório das minhas pacientes. E aí, nesse mecanismo de restrição, de perda de gordura, de perda de massa muscular e ganho de gordura, a pessoa começa
a ficar com os braços flácidos, pernas flácidas, sem força e com uma circunferência abdominal cada vez maior, dificuldade de fechar a calça e se torna uma bola nos palitos, perninhas e braços flácidos e sem musculatura, e a barriguinha passando, ter um corpo que ela não tinha anteriormente. Ela não se reconhece no próprio corpo porque o corpo mudou. E antes ela podia ter um corpo até que ela gostava, tava ali, mas, de repente, ela se tornou essa pessoa, né, que tem mais gordura aqui nessa região e não se reconhece e se entristece com isso, né? Sim,
inclusive a gente tem um termo, duas referências para isso nutricionalmente, né, no universo da nutrição, que fala que até o perfil da mulher brasileira, quando ela é mais jovem, ela tem um formato mais de pera, né? Porque ela acaba assim, mais quadril, mais bumbum. E aí, a partir do momento que vai fazendo toda essa mudança de composição, ela se torna mais maçã, que fica mais toda redondinha. Exatamente. Agora, vamos supor que a pessoa saiu ali do consultório de uma nutricionista que fez um plano para ela muito adequado, um plano que não vai acontecer nada disso,
um plano ali muito certeiro. E ela vai pra vida, ela vai fazer aquele plano dela. O que que acontece com essa pessoa? Ela começa a dieta e ela vai se... porque ela fica ali já desesperada para saber se tá dando certo aquilo, porque, afinal, é uma mudança de vida tão grande. Ela começou a deixar de fazer vários daqueles hábitos que ela tinha, é um período ali muito difícil, desafiador. Então, ela vai se pesar para ver se aquilo já tá dando resultado. E acontece que logo na primeira semana dá um resultado muito incrível na balança. Por
quê? Porque o nosso peso é composto não só da nossa gordura, mas ele também tem outros componentes que pesam. O peso soma tudo, incluindo o glicogênio muscular que fica dentro dos nossos músculos, que, inclusive, dá até um aspecto bonito, e água. E, quando a pessoa começa a fazer uma restrição calórica para o emagrecimento, ainda que seja ali bem calculada, é muito natural que ela perca a água e perca glicogênio. Logo na primeira semana, então, quando ela sobe na balança, logo na primeira semana, ela fala: "É 2 kg, 2 kg a menos!", já começa a celebrar.
Eu recebo muita mensagem, inclusive de pacientes, "Já perdi 2 kg, já perdi 2!" Kg, mas esse 2 kg não foi totalmente de gordura; esse 2 kg tá ali incluído a água, tá ali incluído suas reservas de glicogênio muscular, que estão embutidas ali nesse valor. Não tá errado isso acontecer. O que tá errado é a pessoa achar que, para dar certo, ela precisa continuar perdendo os 2 kg e criar uma grande expectativa em cima daquele plano, que iria acontecer super rápido. Ela resolveria aquilo muito rápido, sim, né? É porque ela cria essa expectativa, vanela falou: “se
eu perdi nessa dieta 2 kg em uma semana”, ela escalona, né? Ela escalona na próxima, mais dois, mais dois, mais dois. No fim do mês, resolveu minha vida, e não vai funcionar assim. Por quê? Porque a gordura verdadeira, pessoal, preste atenção nisso: a gordura verdadeira você vai perder aos pouquinhos, ao longo da semana. Então, o maior erro é esse: você abandonar a dieta quando você vê que desacelerou o processo. Na verdade, é quando tá começando a acontecer o processo, exatamente muito bem posicionado. E ainda tem mais: que é quando a pessoa persiste. Ela vai vendo
aquele peso devagarzinho, ela persiste, só que aí no plano dela tinha até uma refeição livre, uma refeição ali que ela ia consumir um pouco mais de caloria. Isso faz com que a reserva dela de glicogênio aumente. Essa reserva de glicogênio puxa ali moléculas de água, e quando ela vai se pesar na segunda-feira, aconteceu o quê? Subiu 2 kg. Já? Ela pensa: "perdi tudo", mas ela não perdeu nada, gente! Tá certo: o que oscilou foi água e glicogênio muscular. Então, essa oscilação não vai determinar se o seu plano está dando certo ou não. Na verdade, você
está perdendo a gordura se estiver fazendo o plano certinho e não é para desistir, porque as pessoas desistem: deu 2 kg e já ficam desesperadas, começam a fazer restrição, abandonam, ficam trocando de nutricionista porque entram naquele desespero e nesse ciclo, que é ruim, né? Que a gente já viu aqui o resultado que ele vai dar. Exatamente. Então, viu que oscilou, ali pode ser água, pode ser glicogênio muscular; se foi só uma refeição já calculada, não precisa entrar no desespero de novo e voltar lá pro erro anterior. A gente aqui tá evoluindo! E aí, a gente
parte pro quinto erro, que é a pessoa que já tem clareza sobre todo esse processo. Ela já entendeu tudo isso, mas ela precisa persistir na dieta e acaba esbarrando na questão de achar a dieta monótona e, por isso, ter dificuldade de prosseguir, né? Exatamente. O que acontece é que essa pessoa entendeu que o processo vai ser prolongado, ela aceitou isso. Ela chega lá com toda garra, só que ela entra na dieta com o mesmo conhecimento sobre culinária saudável que ela tinha antes, que muitas vezes é muito baixo. Então, ela lê aqueles ingredientes que têm na
dieta, ali como os que devem estar mais estratégicos: os vegetais, os legumes, as verduras, as proteínas, e ela simplesmente não sabe como variar com aqueles ingredientes, com aqueles ingredientes que vieram da natureza. E por que isso acontece? Porque a gente mora, a gente vive numa sociedade em que, quando éramos lá pequenininhos, o que ensinaram pra gente eram receitas pesadas, receitas cheias de açúcar. Então, o que a gente trouxe de legado é isso. Quando a gente chega no momento de comer saudável, a gente não tem isso. A gente olha pro nosso repertório de receitas saudáveis e
fala: "caramba, é muito pouco, é muito pouco, eu não sei variar." Aí acaba acontecendo o seguinte: tá lá falando que tem que comer salada, aí a pessoa come alface, tomate, cenoura ralada num dia, no outro dia alface, tomate, beterraba ralada. Aí, no outro dia, vou tentar melhorar e coloco azeite e limão. Não adianta muito! Continua comendo aquela salada sem graça. No quinto dia da dieta, ela já tá ali desesperada. Aí, no próximo, ela fala: "vou escolher fazer o quê? Uma couve-flor cozida". O prato sem graça, não sabe temperar couve-flor. Ela fala assim: "ah, tá bom,
tem especiarias aqui no meu plano", mas ela olha para aquele monte de especiarias e não sabe usar. Aí, ela começa a tentar misturar cominho com não sei o quê e vira uma gororoba. Ela fala: "hum, não sei, que não tá muito gostosa essa dieta, não sei variar". E fica naquilo, na monótona, e isso faz com que ela acabe desistindo desse caminho, não persistindo. Ela desiste pelo sofrimento, porque a dieta vira um sofrimento. E isso eu falo muito com os pacientes. Você foi falando, e foi passando um filmezinho do meu bate-papo com os pacientes, que eu
pergunto: "você, né? Porque eu gosto de ir fazendo uma dieta que o paciente tenha adesão." Então eu pergunto: "você gosta disso? Você gosta disso?" Aí chega nos vegetais: "não gosto de nada, gosto de berinjela", ela não gosta de abobrinha. Eu falei: "gente, mas olha só a forma como você prepara". Porque aquele negócio no vapor, sabe aqueles restaurantes? Você come aquela berinjela cortada, um bitelão, parece um isopor, aquele negócio não fala. "Eu também não gosto disso, não!" Aí, eu digo: "isso eu também não gosto disso, não." Então, o erro é justamente isso: acreditar que, ou você
emagrecer, você tem que comer o negócio no vapor, sem graça, sem criatividade, sem sabor, né? E enjoa, e realmente não dá pra comer. Eu não como sabor, só uma forma de fazer cada vegetal é um erro muito grande que atrapalha a adesão na dieta. Então, a boa vontade é grande, como a gente estava falando, mas é um erro, assim, que é o que mais faz as pessoas acabarem desistindo, porque tenho certeza, sofrer por um tempo muito. Prolongado, ninguém aguenta. E aqui a gente tá falando de um plano que é para durar pra vida toda: um
plano de emagrecimento que vai ser paulatino e que vai se transformar numa dieta que é estilo de vida, que vai ser levado pra vida toda. Então, você embarcar nesse caminho, embarcar nessa trajetória, sem repertório de culinária saudável, não vai dar certo. Vai chegar uma hora em que você desiste. Então, esse erro é muito importante e é por isso que a gente tá fechando a aula aqui com ele, para que ele fique ali bem na sua mente. Porque na próxima aula, nós vamos trazer uma maneira de resolver cada uma dessas questões. Vamos falar a forma certa
de você transformar a sua dieta em um estilo de vida, obter resultados e também conhecimento ao longo desse caminho. Exatamente: te tornar esse caminho possível, prazeroso e sustentável. Eu mal posso esperar por chegar nesse momento! Pois é, estamos muito ansiosas. Queremos saber se vocês gostaram dessa aula! Deixa aqui nos comentários se a gente conseguiu jogar luz para algum desses hábitos, desses comportamentos que para vocês estavam assim visíveis. Quero saber agora se alguém viu o olhinho fazer assim, ó: agora eu tô mais alerta para tudo que eu tô fazendo e não vou mais cometer esses erros.
Deixa aqui embaixo o seu maior aprendizado pra gente saber, que a gente vai ler os comentários já já. E na próxima aula, no dia 30, a gente volta com muito conhecimento, muita coisa pra dividir com vocês. Escreve aqui sugestões, dicas que vão enriquecer o nosso próximo encontro. Com certeza, ficamos muito felizes com a presença de vocês. A gente se vê depois de amanhã. Tchau!
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