Fala, galerinha! Sejam mais que bem-vindos ao <i>Quer Que Desenhe? </i> Depois dos episódios da Primeira e Segunda Guerra Mundiais, chegou a vez de descomplicarmos a Guerra Fria.
. . período que durou 46 longos anos.
Mas antes de começarmos, se inscreve aqui no canal para não perder nenhuma novidade e não deixe de assistir ao vídeo até o final, porque vai ter link com desconto para você assinar o Descomplica, hein. Você já deve ter percebido que, na história, os acontecimentos não são isolados. Então, para entender como começou a Guerra Fria, a gente precisa lembrar como terminou a Segunda Guerra Mundial, lá em 1945.
Os Estados Unidos e a União Soviética eram Aliados na batalha, lembra? Com a derrota do Eixo, essas duas grandes potências saíram fortalecidas da Guerra e agora eram rivais que disputavam o poder a partir de ideologias completamente diferentes. De um lado, estava os Estados Unidos que defendiam a expansão do capitalismo, e de outro, a União Soviética pregando o socialismo.
Mas isso era só um problema deles dois? "Na-na-ni-na-não! " O restante dos países se viu "obrigado" a escolher um dos lados para se aliar e ter proteção.
O resultado disso foi a criação de um mundo bipolar, fazendo o mundo viver uma duplicidade ideológica. Outro acontecimento considerado também um pontapé inicial da Guerra Fria foi em 1949, quando a União Soviética cria suas próprias bombas nucleares. Isso foi visto como um desafio à liderança dos Estados Unidos.
"Ah, então você está me dizendo que assim, do nada, eles começaram essa birra? " Nada disso. Ainda em 1945, ali no finalzinho da Segunda Guerra, os norte-americanos lançaram duas bombas nucleares no Japão, em Hiroshima e Nagasaki, estão lembrados?
Mostrando já ali todo seu poderio bélico e militar. A segunda bomba, inclusive, foi considerada uma clara demonstração de força dos Estados Unidos para a União Soviética, como se eles dissessem assim: "Viram, soviéticos? A bomba de Hiroshima não foi sorte.
Nós já dominamos essa tecnologia. " "E lá vem mais guerras, destruição, mundo de cabeça para baixo de novo! " Vocês devem estar pensando.
Bom, mais ou menos. Acontece que Estados Unidos e União Soviética nunca se enfrentaram diretamente, de fato, sabe? E é por isso que o nome é Guerra Fria, porque entre essas duas potências nunca houve um combate face a face.
É importante entender que o que rolava era uma disputa ideológica, em que o tempo todo, os Estados Unidos se mostravam melhores que a União Soviética, e a todo momento a União Soviética vai mostrar que é melhor que os Estados Unidos. É uma disputa geral, em que toda a ação de uma dessas nações desencadeia uma reação na outra. Entenderam?
Não entendeu? Calma, que a gente desenha. Os Estados Unidos chegam e criam o Plano Marshall para ajudar a economia dos países aliados europeus que ficaram desestabilizados depois da Segunda Guerra.
Aí, em resposta, a União Soviética funda o Conselho para Assistência Econômica Mútua, o COMECON, para reestruturar economicamente os países do leste europeu que também sofreram com a Segunda Guerra. O mesmo acontece com a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a famosa OTAN, uma organização militar para defender os países capitalistas, lutando contra a expansão do comunismo e retalhando qualquer possível ataque soviético contra seus países membros. Como reação, a União Soviética aparece com o Pacto de Varsóvia, apoiado pelos países do bloco socialista e que tinham os mesmos moldes do seu rival.
É através dessas instituições que percebemos claramente a formação dos dois blocos que nós citamos lá no início: o bloco capitalista e o bloco socialista. E nas práticas de espionagem também não foi diferente, não. Para saber quem era o melhor Sherlock Holmes do mundo, os Estados Unidos aparecem com a Companhia de Inteligência Americana, mais conhecida como CIA, e os soviéticos, com o Comitê de Segurança do Estado, serviço de investigação da União Soviética, em que a sigla em russo é KGB.
Achou que acabou? Achou errado. Pensa que foram mais de 40 anos de pura tensão em todo o mundo, que estava preocupado com a possibilidade de mais uma grande guerra, o que, infelizmente, não deixou de acontecer também, porém não nas mesmas proporções que as duas anteriores, mas isso a gente fala já, já.
Os pontos-chave da Guerra Fria que você não pode deixar de anotar, que costumam ser muito cobrados no Enem, são: a Corrida Armamentista, a Corrida Espacial e a Crise dos mísseis de Cuba. Vamos lá. Um de cada vez para a gente não se perder e entrar numa fria na hora da prova.
Ainda nessa onda de mostrar quem é melhor que quem, os dois países começaram a produzir arsenal bélico, que é tecnologia voltada à guerra, com o objetivo de se afirmar como maior potência global. Isso foi o que chamamos de Corrida Armamentista, o que gerou um perigo de uma possível guerra nuclear em todo o mundo, obviamente. Por isso, a famosa definição de uma paz impossível, porém uma guerra improvável, que uma guerra entre eles podia destruir o mundo inteiro.
Além das questões de armamento, os Estados Unidos e União Soviética disputavam quem chegava primeiro ao espaço, criando a Corrida Espacial. Em 1957, os soviéticos lançam o primeiro satélite artificial, o Sputnik. Depois, em 1960, o primeiro foguete tripulado com um ser vivo, e em 1961, o primeiro voo espacial tripulado por um ser humano, Yuri Gagarin.
Mas aí, os Estados Unidos chegam e mandam o primeiro homem para a lua, Neil Armstrong, em 1969, levando a corrida espacial ao seu ápice. Lembram que esse período entre as duas superpotências era de pura tensão? Bom, um momento de muita tensão que não podemos deixar de falar é a Crise dos mísseis em Cuba, que aconteceu, logicamente, em Cuba.
E o que foi isso? A União Soviética montou uma base militar na ilha cubana, com a intenção de um possível ataque aos Estados Unidos. E aí, essa base de mísseis, em Cuba, causou uma tensão que durou 13 dias, os 13 dias que abalaram o mundo.
Isso tudo é considerado até hoje como um momento de maior tensão da Guerra Fria, que foi contornado na negociação entre o Presidente Kennedy e Nikita Khrushchev, o premier soviético. Felizmente, nada aconteceu. Os Estados Unidos retiraram a sua base da Turquia, e a União Soviética também tirou a sua base de Cuba.
Ufa. Bom, mas apesar de os dois não terem guerreado diretamente, como já falamos, Estados Unidos e União Soviética alimentaram vários conflitos pelo mundo. Eles se enfrentavam dentro dessas outras guerras, como na Guerra da Coreia e na Guerra do Vietnã.
As duas superpotências estavam sempre presentes para mostrar a força de cada uma. O fim disso tudo, simbolicamente, é com a queda do Muro de Berlim, em 1989, que dividia a Alemanha Ocidental, capitalista, da Alemanha Oriental, socialista. E, enfim, o país germânico foi reunificado, e, oficialmente, a Guerra Fria acaba em 1991, com a desintegração da União Soviética, que já enfrentava crises econômicas e sociais há muito tempo.
E depois desse momento do fim da Guerra Fria, a gente tem a Nova Ordem Mundial. Mas isso já é assunto para um novo episódio. Gostou?
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Até mais, galera!