[Música] Olá boa noite sejam muito bem-vindos ao Roda Viva estamos ao vivo para todo o Brasil pela TV Cultura e emissoras afiliadas e conectados ao mundo todo pelas principais plataformas digitais e pelo ep cultura Play mais de 122 milhões de brasileiros compareceram as urnas para eleger prefeitos prefeitas vereadores e vereadoras em todo o Brasil o Brasil que emerge deste ciclo é predominantemente de centro direita também chama a atenção o grande índice de reeleição de prefeitos ou de continuidade de grupos políticos a polarização entre Lula e bolsonaro 2 anos depois da vitória do petista contra o
ex-presidente foi um dos vetores das eleições municipais mas não foi a tônica para analisar esses e outros resultados e tentar projetá-los para os próximos 2 anos que nos separam da disputa Nacional Recebemos hoje um dos grandes especialistas brasileiros em eleições mas não só as suas pesquisas de opinião pública têm se dedicado a entender como fatores como renda determinam escolhas políticas e de consumo neste ano ele esteve à frente do Rally uma iniciativa em conjunto entre o Instituto que ele comanda e o jornal O Globo para agregar pesquisas de intenções de votos nas principais cidades para
nos ajudar a responder que Brasil é esse que foi as urnas no domingo recebemos o Presidente do Instituto locomotiva e criador do data favela Renato Meirelles Renato de Oliveira Meirelles nasceu em 21 de agosto de 1977 em São Paulo é formado em publicidade pela Fundação Armando Álvares Penteado a FAAP em 2012 fez parte da comissão que estudou a nova classe média brasileira na secretaria de assuntos estratégicos da presidência da república desde 2014 realiza e Analisa estudos de opinião pública além de desenvolver agregadores de pesquisas de intenção de voto para diversos veículos de mídia é fundador
do data favela da iod diversidade e atualmente é o Presidente do Instituto locomotiva para entrevistar o comunicólogo Renato Meirelles nós recebemos Ana Virgínia bousier repórter especial da Folha de São Paulo Bianca Gomes repórter de política do Estadão Clarissa Oliveira análise analista de política e apresentadora do programa o ponto na CNN Brasil Guilherme Muniz apresentador da rádio CBN e Pedro Carvalho coordenador da sucursal de São Paulo do Jornal Globo contamos ainda com os desenhos de boca de urna do nosso querido Luciano Veronesi Boa noite Renato muito obrigada por ter aceitado o nosso convite para vir aqui
nos socorrer com dados e análises nessa noite para mim é um privilégio est aqui Vera com muito obrigado pelo convite muito obrigado por ter essa bancada maravilhosa aí entrevistando a gente é isso queria começar te ouvindo sobre a seu ver qual é a maior força política que emergiu das urnas nesta eleição Municipal é esse centrão estrito senso representado ali pelo crescimento do PSD e do MDB ou é uma direita ali uma vez que o PL de Jair bolsonaro saiu grande teve vitórias aí importantes capitais e vai disputar nove eh segundos turnos em capitais também do
ponto de vista numérico o que nós tivemos foi uma vitória desses partidos que têm menos clareza ideológica né são partidos que comumente eh se chamam de centro mas que tem caciques regionais muito fortes então por exemplo eh o PSD que foi o grande vencedor das eleições está no governo federal e está aqui no governo eh do Tarcísio nós tivemos o MDB o MDB que ganhou o Belém do Pará e no Rio Grande do Sul quase levou a eleição no primeiro turno tudo isso para dizer era que na verdade nós vamos saber qual é a força
política que ganhou essas eleições eh como ela na prática vai pautar a próxima eleição presidencial de acordo com a conveniência política de quem ganhou o PSD estará na oposição ou na situação ao governo Lula o MDB é a mesma coisa e e eu faço essa essa colocação por um motivo muito simples quem é o eleitor do PSD quem é o eleitor do MDB eles não são eleitores de a mais mão que acontece quem vai resolver o buraco da rua deles e naquelas figuras que se apresentaram como candidatas né uma coisa mais Personalista e e voltada
PR política local é isso tudo que nós vimos na pesquisa nas pesquisas que nós fizemos Instituto locomotiva é que esses eleitores ainda nós voltamos a ter num debate municipal a discussão sobre a cidade nós tivemos nas eleições passadas uma eleição no meio da pandemia era natural uma polarização maior nós tivemos anterior quando Dória foi eleito aqui em São Paulo o auge de um antipetismo onde se pautava uma crítica eh ao ao governo ao governo federal nós estamos voltando à normalidade com vários incumbentes sendo reeleitos e com o debate da pauta municipal sendo exigida pelos eh
pelos eleitores E é isso que nós estamos vendo em todas as pesquisas que nós desenvolvemos no Brasil ótimo Clarissa por favor Muito boa noite Renato um prazer estar com você aqui prazer prazer também estar com todo o resto dessa bancada Renato eu gostaria de falar um pouquinho com você a respeito da abstenção a gente teve uma abstenção bastante significativa o segundo maior número desde a pandemia na verdade um número muito próximo quando a gente já tá num momento de normalidade em relação pelo menos à questão do isolamento o que na sua avaliação eh criou esse
cenário de desmotivação do eleitor de sair de casa e votar é uma questão das alternativas colocadas é uma rejeição a essa polarização intensa de certa forma que a gente tem observado em algumas cidades em na política nacional em especial o que que na sua avaliação explica o fato da gente ter tido uma tensão tão relevante eh o processo de de abstenção do eleitor brasileiro eh cresce eh objetivamente ano a ano mesmo com os recadastramentos que existem na justiça eleitoral né Eh o que que a gente tem visto eh nas pesquisas é que muitas vezes Eh
esses eleitores têm uma dificuldade de entender para que que vai servir o voto dele e isso acontece sempre numa eleição Municipal quando não se discute efetivamente os temas mais relacionados à à cidade isso significa não eh que não tem a ver com a discussão sobre política mas a maneira em que essa discussão política é é tratada do no debate eh eleitoral efetivamente agora nós já tivemos casos como na última eleição presidencial em que o segundo turno teve menos abstenção do que no primeiro turno Ana boa noite Renato tudo bem eh a gente fala muito de
polarização e o que a gente viu agora foi uma direita também polarizada é um racha esse campo que a gente poderia chamar de uma direita Nutella mais centro direita e uma direita raiz mais radical eh em São Paulo a gente teve o prefeito Ricardo Nunes apoiado sem muita convicção por bolsonaro e tivemos Pablo Marçal como uma espécie de tentando se vender como ante sistema 5g a minha pergunta é o senhor acha que tem espaço para essas duas direitas no eleitorado ou a tendência é uma sucumbir a outra obrigado pela pergunta an eh nós fizemos uma
pesquisa em parceria com o Instituto ideia no ano passado em que eh a gente tentou entender ouvindo o os eleitores ouvindo os brasileiros qual era o rumo da direita e já nessa pesquisa eh ficava Claro que não existe uma única direita a gente vinha de um processo de polarização onde a direita tradicional foi capturada pela pela extrema direita eh por não ter alternativas o que nós começamos a ver nessa eleição eh é que esse existe alternativas dentro da direita mas tem um fator importante para entender isso eh o PL que é um dos grandes partidos
do Brasil tinha um um número grande de candidatos eh a deputado Prefeito perdão e participava de uma série de coligações então nós tivemos uma direita incumbente e continuamos com uma parcela do eleitorado que é mais radicalizado com as pautas da Extrema direita com as pautas de costumes e o o o o bolsonaro institucionalizado na figura eh do pl teve que lidar com uma base de de prefeitos de direita que estavam mais preocupados em dizer as suas realizações do que entrar numa pauta de costumes isso fez com que os eleitores mais ideológicos e os eleitores eh
eh mais radicais contra a esquerda enxergassem um movimento e de procurar novas lideranças foi isso que o marcal fez em São Paulo por exemplo isso mostra o quê que a direita é maior que o bolsonaro claramente que a direita é maior que o bolsonaro e que o bolsonaro foi um um catalisador desse eh eh desse processo da direita nos últimos anos agora e é possível ter um novo Pablo Marçal em outros em outros locais T dizendo que o bolsonaro não tem força não Ele demonstrou a força dele no Rio de Janeiro em Belo Horizonte em
Fortaleza eh mas na prática nós temos um eleitor de direita um pouco menos homogêneo do que se queria acreditar até pouco tempo atrás Gu Renato Boa noite Boa noite a todos eh que recados você entende que essa eleição majoritariamente de centro direita ou de direita leva inclusive paraas discussões nacionais considerando que o governo tem ali diversos representantes desses partidos inclusive ocupando Ministérios e alguma dificuldade em avançar com pautas ou embarrar determinados assuntos no legislativo Federal você vê algum tipo de dific ade adicional nesses próximos do anos como consequência disso ou não necessariamente por ser um
pleito Municipal em comparação às discussões federais acho que o recado que a as urnas passam Isso tá muito claro nas pesquisas que a gente faz não só nas pesquisas eleitorais mas nas pesquisas sobre consumo mesmo eh a gente vem de 10 anos de crise econômica o recado que fica pro governo e governo federal que aparece nessas pesquisas pro pro governo federal é que ele precisa voltar com as pautas da economia do cotidiano com as pautas que realmente interessam ao cidadão médio e essas pautas estão eh longe ainda do do discurso que que nós enxergamos em
várias lideranças do governo federal então o o grande recado é a disputa eh eleitoral a disputa pela hegemonia do do pensamento passa por trazer paraa realidade concreta os grandes temas eh nacionais eh eu focaria no lugar do Governo Federal mais na picanha e menos na Venezuela Bianca Boa noite Renato queria voltar no tema Marsal para entender um pouco assim quem que é o eleitor do Marsal E por que que o discurso dele teve tanta adesão E se ele se diferencia de alguma forma do ex-presidente Jair bolsonaro ele atinge públicos diferentes ele consegue furar algumas bolhas
que o bolsonaro não consegue quando o bolsonaro eh cedeu ao Valdemar da Costa Neto e apoiou o Nunes vamos lembrar que o bolsonaro nunca se empolgou com a candidatura eh do Ricardo Nunes eh ele meio que abriu mão da de algumas pautas mobilizadoras desse desse processo e o Marsal navegou nesse território procurando sempre inclusive não cair eh não cair na na disputa se o bolsonaro apoiava ou não apoiava a sua própria candidatura eh quando nós perguntávamos em grupos de Pesquisas qualitativas eh um pouco de quem era o candidato do bolsonaro muitas pessoas muitos eleitores diziam
que era o Pablo Marçal não diziam que que era o Nunes por uma decisão estratégica inclusive de colocar o Tarcísio como o o grande protagonista da campanha a risco dizer inclusive que eh com a diferença de que obviamente o Tarcísio não era o candidato incumbente diferente do do que é o Nunes mas o Tarciso jogou pra campanha eh do do Nunes a mesma coisa que o bolsonaro jogou pra sua própria campanha pr pra eleição do Tarcísio Mas você vê diferença entre o eleitorado do bolsonaro e do Marsal o Marçal Vai um pouco além do bolsonaro
em alguns eleitorados o eleitor do Marçal ele tem algumas diferenças né primeiro que ele é é um eleitor eh mais anti sistema então ele tem mais a ver com o eleitor do bolsonaro em 2018 do que o eleitor do bolsonaro eh nessas últimas eleições até porque era mais difícil ser antissistema estando na presidência da república mais fácil um discurso antissistema sendo eh oposição e tem um aspecto pouco trabalhado que é a questão da narrativa sobre prosperidade é uma narrativa que eh que o bolsonarismo tradicional que nunca soube capitalizar muito menos a esquerda nesse sentido e
o que as pessoas querem na prática é melhorarem de vida e essa essa esse serviço de coach vamos dizer assim do Marsal mobilizou bastante e os jovens e esse e brasileiro aí de uma classe média mais tradicional classe média que mora na zona norte na parte da zona leste ou mais próxima do centro do centro expandido de São Paulo Pedro boa noite Renato Boa noite Pedro pegando Caron então na na conversa eh você disse que ele mobilizou uma uma área aí de São Paulo que ela corresponde a zona leste quando a gente vê o o
o mapa de votos né não o extremo da zona leste muito pobre mas uma zona leste muito identificada com o que seria a nova classe c ou a classe média emergente nova classe C se falava já há bastante tempo Acho que não é nova mais a palavra Hã mas aparentemente ele traduz uma um ideal de aspiração Econômica né desse desse público e ele capturou bem isso e você acha que isso é um traço que vai ser marcante na no em novos políticos surgirão talvez novos coaches na política Isso deve ser uma tendência a tendência que
veio para ficar é a busca pela prosperidade eh a esquerda foi formada na defesa da CLT vem do movimento sindical e o que a gente tem visto eh nas pesquisas sobre vários setores da sociedade nas pesquisas que nós realizamos no locomotiva sobre emprego sobre futuro sobre tendências de comportamento é que tá mudando a realidade dos brasileiros com o universo o trabalho aquele sonho do jovem de entrar na Volkswagen jovem e sair aposentado na mesma empresa já não existe há muito tempo essa lógica de colocar a carteira de trabalho como a única fonte de ascensão econômica
não vale não vale ainda mais pros eh pros eleitores de baixa renda então as pesquisas eh eh nossas TM mostrado que enquanto eh a política tradicional não for capaz de entender as mudanças que estão ocorrendo no universo do trabalho e na forma em que os brasileiros entendem o trabalho nós não vamos ter uma uma conexão entre governantes e governados e isso abre espaço PR os outsiders que vendem eh a prosperidade e ascensão social por uma lógica do indivíduo queria continuar nesse mesmo tema porque você foi um dos primeiros que estudou essa Ascensão da classe c
eh para um consumo para eh ali ter mais acesso a Inclusive a universidade etc e agora os filhos dessa classe C que acenderam são esses que estão no corre que tão aí em algum tipo de atividade que se vem como empreendedores individuais eh gostam dessa condição e não querem ser atraídos para essa seleti zação forçada ou para uma sindicalização forçada que que aconteceu que fio ficou desencapado para um governo que criou as condições dessa ascensão social não ter com seguido eh colher os frutos e os Louros disso e dialogar com esse novo jovem olha Vera
eh primeiro esse o Lula foi eh eh terminou o segundo mandato com a maior popularidade da história do Brasil e conseguiu eleger uma uma sucessora que foi a Dilma Rousseff que não tinha nenhuma experiência efetiva na política eu lembro de fazer apresentações na secretaria de assuntos estratégicos da presidência eh eh apresentações inclusive para ex-presidente Dilma em que nós mostrávamos estatisticamente que quando nós perguntávamos quem era o responsável pela melhora eh da qualidade de vida as pessoas falavam eu a minha família e Deus olha só já naquela época já naquela época já em 2014 eh já
já tinha essa essa visão então Eh os governos não foram capazes de conseguir eh se mostrar como uma plataforma efetiva paraa melhora de vida quando nós tivemos eh as jornadas aí de 2013 ess descontentamento da política que se deu em 2014 isso foi a materialização da desconexão entre governantes e governados então faltou esse próximo passo e essa Juventude ou esses brasileiros que hoje TM 40 anos de idade eles não passaram fome como os pais dele sim eles entendem que aquela garantia do salário mínimo virou um mínimo E como mudou a régua de expectativa desses brasileiros
eles não querem o mínimo um outro exemplo foi a frustração e dos novos estudantes universitários nós tivemos aí nos últimos anos graças ao Pr uni e o maior crescimento de estudantes universitários que vieram da baixa renda na classe C era a primeira geração de universitários da família Só que essa expectativa que era virar Doutor e ganhar como um doutor encontrou o mercado de trabalho que diferencia cada vez menos o salário de quem tem curso superior para para quem não completou o ensino médio Então existe uma frustração muito grande daquela pessoa que estudou eh para ser
um grande farmacêutico e na vida real tá trabalhando numa farmácia vendendo remédio nada contra isso mas a expectativa que se tinha sobre eh virar o primeiro Doutor da família foi frustrada E aí eh o governo eh do presidente Lula tá tendo uma dificuldade real de dialogar com essa mudança nas relações de trabalho e com o over Promise Que que foi dado por isso atrás Ana e Renato Você falou há pouco que a direita é maior do que o bolsonaro eu queria perguntar se a esquerda é menor do que o Lula Eh boa parte dos candidatos
patrocinados pelo Lula eh foi mal eh nas zonas periféricas enquanto o Lula tem votos na periferia e e eu queria perguntar se a esquerda tem essa dificuldade de trocar de pele de se renovar ela é um desastre eleitoral no eleitorado evangélico eh e também que a princípio um eleitorado que é o eleitor clássico do Lula né as igrejas tem uma maioria de mulheres negras de classes baixas se eu V alguma reação eh na esquerda para um futuro sem Lula eh não e muita gente não vê também eh eu não Considero que o Lula seja maior
eh eh primeiro essa relação Lula com a esquerda sempre foi uma relação em que o eleitor não entendeu direito vamos lembrar que hoje os próprios eleitores evangélicos elegeram Lula foi nós tivemos o Crivela eleito por exemplo com apoiando Lula na primeira vez em que ele foi eleito Senador da República o que acontece é que só o Lula venceria a direita eu não consigo imaginar nenhum cenário de um outro candidato que não Lula eh o bolsonaro na última eleição presidencial e toda a máquina que foi colocada a a a serviço da reeleição do presidente Talvez o
que mais Caracterize isso an isso apareceu em muitos grupos de pesquisa que nós realizamos eh durante a última eleição presidencial era que o a mulher que recebe o Bolsa à família quando teve o aumento do do bolsa família no governo bolsonaro né do auxílio Brasil ela não mudou de voto E por que que ela não mudou de voto porque o bolsa família é algo que está no DNA do Lula a resposta que nós ouvimos dessas brasileiras era Olha se fosse o Lula ia ser maior isso eh na prática mostra a força que o que o
presidente Lula tem ele já teve mais força já já teve mais força e não consigo imaginar nenhum Presidente nos próximos anos tendo saindo de um governo com a popularidade que o Lula saiu eh em 2010 e isso é natural no Brasil e no mundo sempre que você sabe sai de uma eleição polarizada né você eh no sistema de de de cálculo dos votos válidos e numa eleição polarizada o presidente eleito em geral sai com um pouco mais eh da metade dos eleitores sendo contrários a ele ou sem ter uma simpatia por ele então é natural
que essa essa avaliação de governo seja diferente do que foi eh do que o Lula deixou em 2010 tá mais uma Bianca levantou ali queria entender Por que que essa força do Lula não é transferida pros pros candidatos de esquerda por exemplo aqui em São Paulo a gente viu o prefeito Ricardo Nunes ganhar em distritos importantes ali da Periferia Por que que o Lula não consegue transferir isso mesmo estando colado ali por exemplo com com bolos né pianca o o o presidente Lula teve duas vezes em São Paulo durante o processo Salvo engano teve duas
vezes no ato do comício quando teve aquela discussão sobre e o gênero neutro no hino nacional e na caminhada que fez na ves da eleição isso porque o bolos era uma das maiores apostas é uma das maiores apostas do presidente Lula ele não entrou na campanha tudo isso para dizer que ele não entrou na campanha como o histórico do Lula não é de entrar eh necessariamente em campanhas municipais com bastante força então a questão força de transferência de voto Hoje nós não temos elementos para dizer o quanto que o Lula seria capaz ou não o
que nós temos elementos para dizer isso tem a ver com o histórico dos apoios do presidente Lula é que ele entra menos nesse reme-reme eleitoral pensando na base Nacional em ter um grande palanque pro seu processo de reeleição então com isso a gente fecha o nosso primeiro bloco do Roda Viva com o Renato Meirelles vai para um breve intervalo e volta já já destrinchando as eleições para você [Música] inovação que conecta [Música] Bradesco estamos de volta com o Roda Viva que hoje recebe o comunicólogo Presidente do Instituto locomotiva Renato Meirelles Quem pergunta para ele agora
é a Clarissa Oliveira Renato eu gostaria de trazer um pouco o fator Pablo Marçal aqui pra nossa conversa olhando pra Ótica do dinheiro nas eleições a gente viu um fenômeno muito intenso de captação de votos em que ele conseguiu utilizando as redes de uma maneira e questionável que tem todos os elementos para ser criticada com muita agressividade mas o fato é que ele conseguiu um resultado muito parecido com o daqueles candidatos que tinham acesso à máquina tinham fundo eleitoral tinha um fundo partidário tinha muito tempo de televisão esse modelo tradicional da propaganda eleitoral do financiamento
das campanhas Ele se mostra de certa forma superado ou faz sentido eh o Brasil continuar abastecendo esse sistema acho que depende muito de que tipo de Brasil eh a gente quer construir as pesquisas eh eh nossas e de outros eh institutos TM mostrado que os mais jovens e as pessoas com maior renda concentram a sua informação sobre a política na internet se informam pela internet portanto são mais vítimas dos algoritmos e do processo de polarização vamos entender que a estratégia do Marsal de internet não foi gratu Ele só não usou verbo eleitoral isso vem sendo
construído há muito tempo e ele soube o que que seria a candidatura do Pablo Marçal se ele não tivesse dado as entrevistas que ele deu se no debates que foram televisionados ele não tivesse causado o que ele causou portanto não dá para desconectar uma coisa da outra né eh como é que seria o Marsal Se não fossem as campanhas que Nunes e boulos os programas eleitorais de nunos e boulos falando mal do marsau desconstruindo a candidatura do marsau ou simplesmente expondo aí eh o passado efetivo do do Marsal eu não acredito que que Deva desconectar
uma coisa pelas outras eh nessa briga vamos dizer assim ou nessa disputa da eleitoral entre a internet e a televisão eh não tem ganhadores eles são são dois instrumentos são dois mídias que se retroalimentam diga Pedro depois Renato você é um especialista em pesquisa e nessa eleição eh aqui em São Paulo pelo menos os institutos de pesquisa foram muito bem eh todos os cenários apontavam mesmo Um empate triplo ou algo muito próximo disso com SEME ainda uma leve vantagem de Nunes e e bolos em relação a Marçal foi exatamente o que aconteceu em algumas eleições
anteriores tinha havido ali algumas derrapadas talvez principalmente em em capturar o o voto bolsonarista né Eh diz até que alguns eh bolsonaristas mais radicais não respondem certos institutos e tal tem havido uma recalibragem e de que maneira isso tem sido feito o Brasil tem um histórico de acertos dos institutos de pesquisa muito maior do que o de erro né nós tivemos eh uma série de de pesquisas feitas de forma muito detalhada com amostras que foram corrigidas comparadas a a definição de amostras da última eleição presidencial eh o Datafolha e a Quest aliás parabéns pro Felipe
Nunes foi aniversário dele ontem eh são são institutos que mostraram que a pesquisa tradicional ainda tem o seu espaço Isso significa que ela não tem que se atualizar tem como está efetivamente se atualizando né agora eh o papel da pesquisa não é acertar o voto Isso é uma questão da da análise que se fazem das da das pesquisas ou o que a sociedade espera efetivamente da pesquisa agora vamos pegar nas olimpíadas você pega uma corrida de 100 m Pedro se você tira uma fotografia a corrida final dos 100 m das Olimpíadas de Paris você tira
uma fotografia dos 10 primeiros metros é diferente do 30 met é diferente dos 70 m e muito diferente do que foi pro pódio numa realidade nós acabamos de falar aqui de alta abstenção numa realidade de um número grande de pessoas que votam nulo é natural que esse efeito do final não sejam capturados na pesquisa eu arrisco dizer que se fosse feito um censo ou seja entrevistado todos os eleitores um dia e meio antes da eleição teríamos um resultado diferente do que o resultado das urnas Guilherme Renato eu queria eh falando aí puxando pel a partir
das pesquisas tem dois candidatos que desde o início apareceram ali com a vida tranquila nas pesquisas e acabaram se confirmando mesmo com ótimo desempenho Eduardo pais João Campos sempre tiveram índices super altos e confirmaram isso nas urnas e o que que ajuda a gente a entender esse resultado desses desses dois prefeitos e o quanto que você entende que isso os projeta para daqui para frente não só outras eleições regionais mas pro cenário Federal mostra a importância que o eleitor deu pra gestão e pras entregas né que que foram feitas tanto pelo Eduardo pais quanto pelo
eh pelo João Campos não me cabe aqui avaliar se as gestões Foram boas ou não mas o fato é que eram dois candidatos com um índice de avaliação muito grande e dois candidatos que conseguiram formar eh grandes e chapas né ontem no quando Eduardo pai foi fazer o discurso da vitória era muito eclético né o o palanque que ele conseguiu efetivamente trazer e Isso mostra que o um eleitor que tá preocupado com os temas concretos eh tem mais relevância no processo eleitoral do que eh os eleitores polarizados ainda mais uma eleição Municipal e o próprio
João Campos falou isso né em entrevista hoje que ele achava que a esquerda deveria começar a olhar mais pra vida das pessoas e para essa questão das entregas do que para discussões longas acadêmicas a respeito de justamente esquerda direita etc eh Isso foi um toquezinho não muito Sutil ali para o campo do qual ele próprio faz parte tenho certeza que sim a gente tem uma vantagem no Instituto locomotiva de não olhar pro eleitor e de olhar para as pessoas uhum porque a gente esquece que o eleitor é o mesmo consumidor é a mesma pessoa que
tem uma religião nós estamos falando de gente eh e muitas vezes o debate eleitoral se dá olhando para planilhas o que a gente aprendeu no locomotivo é que existe amor na Excel as planilhas e os números nada mais são do que a representação dos sonhos e das expectativas dessas pessoas e a leitura que pode se fazer das demandas da população tem que considerar essa Ótica eu vou dar um exemplo segurança segurança foi o tema das eleições municipais eh e eu lembro que quando eu conversava com com as diversos Campos políticos para tentar fazer parte do
diagnóstico que a gente faz eh nós olhamos pra demanda principalmente mas nós olhamos pra oferta também o discurso de todos era essa não vai ser a pauta porque é uma discussão estadual e isso é não entender a cabeça do eleitor estual eh segurança pode ser eh a polícia ainda armada Mas essa é uma segurança pros homens mas pra mulher a tradução da Segurança Pública é ter iluminação quando a filha dela tá saindo de eh tá saindo do do ponto de ônibus e tá chegando em casa ou quando ela volta do TR e quer dar boa
noite pro filho dela segurança é a ronda Maria da Penha uhum segurança é resolver o problema do celular do roubo do celular que muitas vezes que concentra a vida e organização financeira dessas pessoas é isso que tem que ser falado quando se fala de segurança e então olhar pra vida real é transformar as grandes pautas em algo concreto poucas vezes o não incumbente consegue eh consegue falar isso agora vou aproveitar antes de passar pra Ana eu tô vendo que a Bianca tá pedindo também o pretos Zezé seu amigo tá nos assistindo e mandou aqui uma
pergunta falando justamente de segurança e que dialoga com essa pergunta que eu fiz sobre o João Campos que é esse fosso de novo na esquerda de tirar a discussão do campo acadêmico e compatibilizar essa entrega que as pessoas têm essa expectativa da discussão sobre direitos humanos ou eh fazer com que as pessoas entendam que tudo tá interligado que não são incompatíveis eh o primeiro um abraço pro meu amigo pres Jé eh ele a segurança tem que ver tem a ver com o que é real da vida das pessoas eh tá o o Guilherme boulos aqui
conseguiu fazer isso muito bem ao separar o traficante do usuário eu vou dar um outro exemplo a a visão eh dos brasileiros eh é conservadora do ponto de vista dos costumes e a esquerda tem uma dificuldade de lidar com esse campo dos cons adores o tema do aborto por exemplo se a gente faz uma pergunta e nós fizemos se o brasileiro é a favor ou contra o o aborto nós temos um tipo de resposta com número muito maior de pessoas contrárias se eu pergunto É certo que o governo proíba que uma mulher que foi estuprada
Tire o filho do estuprador O resultado é outro Uhum E é isso que tá garantido na lei então ou os movimentos mais progressistas são capazes de traduzir esses temas de costume pro Brasil real ou eles vão ficar a mercê dessa polarização em especial a polarização no campo dos costumes muito bom Ana Renato Você falou que o eleitor premia os candidatos que estão atentos a esses temas concretos mas na prática a gente vê que o debate de propostas ele não é tão pop assim em muitas eleições Então eu queria falar sobre esse pacote premium do conservadorismo
as chamadas pauta pauta moral aborto drogas lgbtq é mais também esse discurso linha dura na segurança o comunismo como Espantalho eh eleitoral eh isso tem aderência de fato na classe c na base ou é mais uma espuma digital eh 52% do eleitorado é da classe c eu não consigo um pensamento hegemônico nem em 10% do eleitorado quanto mais em 52% do eleitorado Então você tem a classe C que tá no no mercado de trabalho formal e tá no mercado informal Você tem uma diferença Ger ional muito grande mas para mim a maior diferença que existe
é uma diferença de gênero se a gente for olhar para boa parte das eleições quem eh alimenta o voto da Extrema direita são os homens quem alimenta o voto seja de incumbentes ou seja de de candidaturas que estão mais no campo Progressista São as mulheres o Lula teria perdido a eleição Se não fossem as mulheres o marcal teria ganho as eleições Se o se o voto fosse apenas dos homens isso acontece por quê né porque são as mulheres que vivem do serviço público quem é que leva o filho paraa creche quem é que leva o
filho para vacinar na unidade básica de saúde quem arrasta o marido que tá doente para ir numa UPA são as mulheres e essas mesmas mulheres que cuidam efetivamente da família e tem uma série de fatores históricos eh que explicam isso eh são que estão interessadas com o Brasil real eu arrisco dizer que a saída paraa polarização no Brasil passa necessariamente pela eleitora por essas brasileiras que estão mais preocupados com o dia a dia e estão cansados das brigas de família no WhatsApp Clarissa Bianca Renato eu gostaria de voltar um pouco pegando um pouco esse gancho
da Ana voltar para essa questão do PT a gente ouviu ao longo dos últimos meses dos últimos anos o governo do presidente Lula dizendo que a economia a melhorar que esse fator Nacional de uma política pública de recuperação das contas das Finanças nacionais conseguiria melhorar a vida das pessoas e era isso que ia contribuir para um crescimento do PT nas eleições municipais e que junto com o governo Lula com o Lula de volta ao Palácio do Planalto o partido então conseguiria crescer teve um pragmatismo Claro de abrir mão de algumas capitais em nome eh de
um projeto Nacional mas Mas mesmo em cidades médias o PT foi muito mal é esse plano econômico que falhou ou a dinâmica a forma de conversar com o eleitor do governo petista tá com problema tem boi na linha É acho que são as duas coisas Clarissa primeiro a economia tem mostrado melhoras reais nós estamos com desemprego muito baixo nós tivemos uma política voltamos a ter uma política de reajuste do salário mínimo que nós passamos 4 anos eh sem ter tivemos um aumento da da distribuição de renda através dos programas e como como Bolsa Família e
por outro lado o governo não foi capaz de trazer essa pauta pra melhora da vida das pessoas então o papel do Lula como uma liderança que vende prosperidade se a gente for lembrar o que que foi o Lula na sua reeleição e na eleição da Dilma ele vendia essa prosperidade não tá acontecendo hoje Aliás o Lula foi reeleito com a promessa da cerveja e da Picanha Então esse é o fator é um fator de lingu para saber capitalizar melhor as melhoras efetivas e que nós estamos tendo na economia O Outro fator é que esse dinheiro
não tá chegando de uma forma tão grande no consumo e aí nós temos um papel das bets muito grande para isso eh as BS são jogos é pior do que craque sabe a mostra grátis de droga que que se fala são os bonus oferecido e pelas bets e isso tá sugando esse dinheiro novo que foi colocado na economia e pro consumidor de baixa renda e nós fizemos uma série de pesquisas sobre isso pro consumidor de baixa renda ele enxerga as betes Como investimento e não na coluna do entretenimento tá na coluna da geração de receita
e não da despesa no no final desses brasileiros eh então tem uma uma preocupação de como resolver isso porque as consequências disso pra sociedade vão ser muito grandes então em síntese nós temos uma dificuldade de narrativa pro pro governo capitalizar a economia e por outro lado esse dinheiro tá indo para para para fora muitas vezes do Brasil não fazendo Não retroalimentando essa essa economia real dos brasileiros Bianca vou até mudar minha pergunta Renato Você falou das bets queria entender assim o que que faz o o brasileiro ter tanta eh enfim as bets serem tão atraentes
né pros brasileiros porque por que que se tornou um mercado tão popular no Brasil o que que explica esse esse cenário que a gente vive essa epidemia né tem algumas questões aí sobre sobre a epidemia das bets né e ela começou primeiro com os Boleiros as pessoas que já apostavam no futebol na quarta-feira né ou no final de semana com os amigos aquela caixa de cerveja que era apostada e o brasileiro eh como diz o ditado popular todo brasileiro se considera um técnico de futebol então era uma forma de monetizar essa sua experiência no no
futebol mas na prática as bats também crescem com um processo de desilusão com o mundo tradicional do trabalho eu vou fazer um paralelo eh eh Bianca as betes estão pra sociedade brasileira meio como Pablo massal está na política como uma uma perspectiva de eh melhorar de vida então o o Marsal é como a Bet é o jogo do Tigrinho da política né ele tenta vender uma uma prosperidade vender que a pessoa pode vencer grz a o seu conhecimento da mesma forma que essas plataformas e E aí de de J funcionou para ele né feram não
levou ele pro segundo T mas quase Diga lá as BS era um tema que eu queria também trazer aqui porque e tem havido uma grande pressão do varejo até de bancos para uma regulação mais rápida e mas assim na prática o que deve acontecer após uma regulação é diminuir o número de bets e ainda assim haver centenas talvez de bets a um clique de distância das pessoas quer dizer esse movimento de por volta de 20 bilhões que os brasileiros transferem para bets por mês só no pix eh isso é possível de de se reverter pós
regulação esse esse barco já partiu isso já está na cultura da da das classes populares tem várias formas de de de se reverter isso né Eh nós tivemos 25 milhões de brasileiros que passaram a apostar pela primeira vez nos últimos se meses Esse é crescimento maior do que foi a da covid-19 então de fato a lógica das bets é uma lógica e epidêmica eh na prática o que que ela faz com eles e você tem um dinheiro que não sai do sistema né então a pessoa aposta R 100 ganhou 30 De Volta Ao invés dele
sacar esse pix ele recebe um bônus de r$ 0 para continuar apostando quem emite esse bônus de R 70 a própria Bet que é uma máquina de fazer moedas então agora regular regularizar a possibilidade de dar bônus ou não dar bônus é uma forma da mesma forma que você não pode dar mostra grátis e cerveja e a propaganda também teria que entrar niss outro aspecto propaganda você tem levantamentos hoje que mostram que o investimento de propaganda das bets equivale ao de automóvel e tá Case alcançando dos bancos Então você tem um investimento publicitário muito grande
e investimento que muitas vezes estão concentrados no futebol agora criança não assiste futebol assiste as crianças não estão na internet então não vale uma regulação que não atinja de verdade que não entenda os riscos de vício que a Bet tem mas não tem que ser necessariamente proibida da mesma forma que cerveja não é da mesma forma que o cigarro não é mas tem que ser regulada como a cerveja como whisky ou como cigarro e com teus avisos né Guilherme Renato queria voltar para a questão das classes C e D como definidoras de voto porque aqui
em São Paulo se a gente acompanhar se a gente relembrar como foi a campanha teve quase uma disputa de qual era o candidato mais raiz mais da Periferia e cada um tinha até um jeito de tentar comunicar isso e curiosamente os dois candidatos que fugiam disso ficaram com votações muito baixas o que que explica isso de fato é é assim que eles conseguem gerar uma identificação com esse público e quem não vem dessas classes sociais não tá conseguindo entender o que não não consegue se comunicar com essas pessoas e entregar propor o que elas precisam
onde que tá o o o ido aí nessa comunicação eh acho que existe um um desafio de criar uma identidade com os eleitores então a polarização e o processo que vem desde 2013 isso aparece em várias pesquisas nossas dos últimos 10 anos eh levou uma desconexão entre governantes e governados a forma de se reconectar passa por uma questão de identidade de se ver efetivamente lá e ao se posicionar como Periferia você se ligado à política agora existe um candidato que efetivamente não veio da Periferia que é o Guilherme bolo soube também se conectar com a
periferia a gente pode discutir se ele ganhou ou perdeu no distrito a ou ou no distrito B mas a o que parece em todas as pesquisas qualitativas é que a proposta mais lembrada pelo eleitor é o Poupatempo da saúde que é uma forma concreta de de de se conectar com o problema real das grandes cidades no caso um problema real de São Paulo que é uma das maiores críticas que o que o eleitor tem né então é possível sim se conectar Independente de falar que é da Periferia você pode se conectar falando as pautas que
são muito caras a periferia e alguma isso é tão forte que duas pautas que tradicionalmente eram pautas da esquerda viraram pautas universais os programas de distribuição de renda de um lado que hoje não é mais algo da esquerda ou da direita né vamos lembrar que os programas de distribuição de renda uniram Lula e bolsonaro que os dois concordavam que tinha que ter programa de distribuição de renda e o passe livre que sempre foi uma uma briga do movimento estudantil uma briga de movimentos mais ligados à esquerda E que foi eh a temática de várias candidaturas
eh de várias candidaturas do Brasil inteiro Ana eh Renato eu queria agora falar sobre o voto evangélico você acertadamente falou que não existe uma classe ser homogênea mas é muito comum a gente ouviu como se tivesse um único eleitor evangélico capturado por uma direita às vezes mais radical e queria saber qual que é a dimensão desse eleitor e e principalmente Qual é a pluralidade desse voto na prática e eu eu tenho o privilégio de há 24 anos aprender estudando com a classe c com a classe D e E com as favelas Eu lembro que quando
eu tava no início da minha carreira chamar alguém de crente era uma ofensa era algo que e tinha o estereótipo de quem não corta o cabelo de quem tinha uma saia muito grande eh nós avançamos e tivemos aí uma parcela da política tradicional descredenciado o universo evangélico eh alguns dizem até que com certa arrogância para isso e e na prática isso traz um um um um movimento de um brasileiro que quer ser reconhecido que quer se ver presente seja por uma visão da economia de um estado que gera igualdade de oportunidades seja pelo respeito da
sua fé ou pelo respeito dos seus valores isso muitas vezes ficou afastado em especial quando se coloca o tema de costumes agora vamos lá nós temos um um essa mesma eleitora evangélica que responde Numa pesquisa quantitativa que é contra o aborto muitas vezes já teve que abortar teve uma filha que já teve que abortar e sabe o que que isso significa Por que que essas pautas de costumes não dialogam com que é o Brasil eh eh que apontado nas pesquisas o Brasil eh efetivo da da Periferia eh eu tenho uma dificuldade inclusive de de mostrar
paraas pessoas coisas que são eh óbvias algumas vezes eu tenho entre as mulheres negras muito mais mulheres evangélicas do que mulheres das tradições de igrejas de de matriz africana e são muleres e são negras a forma em que cada um trabalha is que cada Campo político trabalha com isso são formas completamente diferentes existe uma dificuldade de entender que eh com um processo de institucionalização do movimento social que é super importante que que existe movimento social mas também Quem tá na porta e eh de um de um presídio é igreja quem tá distribuindo e eh fazendo
trabalho assistencial na periferia é a igreja e existe uma dificuldade muito grande dos setores progressistas entenderem isso entenderem inclusive essas diferenças das denominações Então se a gente pega as igrejas pentecostais Você tem uma questão de costumes muito mais fortes você pega as neopentecostais e a teologia da prosperidade e muito mais presente e vendendo futuro eu lembro eh de um de um de um cliente do setor privado que que olhava pra questão dos Evangélicos e do pagament ento do dízimo de uma forma muito radicalizada ou muito snobb estão perdendo dinheiro com relação a isso e aí
nós fizemos um estudo H alguns anos atrás e desculpa me estender nessa pergunta mas é um caso interessante eh nós pegamos um dos Migrantes Nordestinos do Estado de São Paulo tenho mais de 5 milhões de migrantes do Nordeste de São Paulo Ele veio para cá eh foi trabalhar na construção civil não conhecia tanta gente não tinha muito o que fazer ia pro bar e depois era chamado de bêbado de vagabundo que não trabalhasse um dia ele tava voltando do bar ele encontrou uma garagem aberta e uma pessoa de terno e gravata convidando ele para entrar
e sentar na primeira fileira e pela primeira vez na vida Ele olhou que ele ia vencer na vida que ele podia vencer na vida que Jesus estava nele ele continuou indo lá ele conseguiu um emprego melhor porque o irmão de fé o indicou para esse emprego depois ele casou e aconteceu que os economistas chamam de diluição dos custos fixos né E aí a renda na prática cresceu na prática o valor que ele pagou do dízimo rendia mais do que a comparação da valia do Rio Doce o Roy o retorno sobre investimento do dízimo pela pelo
capital social que a igreja trouxe para eles fez com que ele melhorasse efetivamente de vida então eh eh enquanto o o o movimento Progressista não entender isso vai ser muito difícil dialogar com eh com esse eleitor que hoje são mais de 30% da população brasileira muito bom esse exemplo então a gente fecha o segundo bloco vai para mais um intervalo e volta já já com Roda Viva com Renato Meirelles não sai daí [Música] não inovação que conecta Bradesco estamos de volta com Roda Viva que hoje analisa o resultado das eleições e a cabeça do eleitor
e do Cidadão a partir do Olhar do Renato Meirelles a Ana perguntou na no bloco anterior sobre qual é a moralidade desse eleitor evangélico e essa palavra moralidade parece tá no cerne também ainda das dificuldades do PT e da esquerda de se reconectar com o eleitor porque a debac li petista se deu por um escândalo de corrupção que depois se mostrou ali eh en viesado e equivocado em muitas das suas conclusões mas que ainda estigmatiza o partido e ainda justifica um certo antipetismo que é bem Rido na sociedade eh o que que faltou ao partido
fazer se é que faltou alguma coisa para encerrar esse assunto e virar essa página eh das denúncias de corrupção Renata H as pautas de corrupção historicamente não só no Brasil mas no mundo serve para movimentos contestatórios e movimentos que em geral levam a um processo mais populista eh o que nós tivemos na prática foi uma democratização da corrupção né então na na prática nas pesquisas que a gente fazia por exemplo na nas últimas eleições eh presidenciais tinha gente que falava Você vai votar no meu ladrão no seu uhum né então isso perde uma força na
medida em que a percepção sobre corrupção eu não tô AF virando que houve corrupção mas essa percepção sobre corrupção tava meio que colocado eh em todos os campos e e entre nós isso não é uma novidade na política né quantas vezes já se falou rouba mais faz do do Maluf eh isso esse debate de relativização da corrupção eh é algo histórico ela era eh um momento ela foi utilizada como um gatilho no momento em que houve desconexão do dos governantes com governados eh como aconteceu em vários lugares do mundo e aí não houve uma Sinceridade
em entrar efetivamente eh no tema e e colocar essa esse esse debate e muitas pessoas se aproveitaram desse problema e depois repetiam aquilo que elas mesmo eh mas ainda marca especialmente o PT Isso é só encontraram um bode expiatório para justificar um antipetismo que é uma outra questão uma questão de classe uma questão de eh o que que justifica um corintiano não ser palmeirense a gente trabalha muitas vezes com uma lógica de procurar argumentos para para aquilo que você odeia para que para que você odeia alguém e para defender objetivamente o seu a gente fez
um um uma pesquisa que perguntou pras pessoas se elas tinham sido corruptas já na vida e só 3% admitiam que já tinham sido corruptas aí nós perguntávamos uma bateria de de questas Ah você já furou fila você já pagou dinheiro para alguém para furar fila você já subornou um guarda fala você já deu uma caixinha para um guarda para não receber uma multa e a gente elencando uma série de coisas o número de brasileiros que já tinham cometido carro algum caso de corrupção subia para mais de 80% então isso relativiza na prática O que é
uma narrativa de corrupção e o Como que essa narrativa muitas vezes é instrumentalizada pro interesse político sem entrar no mérito aqui se houve ou não houve corrupção do governo a ou do governo B mas é dessa forma que a população enxerga isso tá aberto gente Renato eh queria aproveitar o tema dos Evangélicos para para tocar num tema interessante recente que tem sido a história da teologia do Coach eh que tá inclusive na raiz da de uma ruptura que houve entre uma lafia e uma Marsal e outros pastores importantes também eh que não apoiaram a candidatura
dele porque os coats vem tirando público das igrejas evangélicas né esse é um movimento que se sustenta que você acha que tende a continuar de uma migração eh relevante de de pessoas que vão buscar nos coaches a mesma coisa que elas buscavam na igreja até com algumas vantagens Aí talvez eh e e isso pode de fato eh significar algo pro pro pro pro neopentecostalismo Num futuro próximo eh posso dividir um pouco do que a gente tem visto na nas pesquisas né hoje eh essa questão do coaching com com a busca da prosperidade através da igreja
da formação do capital social e eh versus com a igreja estão caminhando juntos para esse processo tanto que o o próprio Marsal eh evitava os temas da igreja ele jejuou ou seja ele trouxe referências e que existem na igreja evangélica pro seu dia a-dia e quando ele faz isso ele consegue eh criar uma identidade com determinado público que tem aquelas crenças independente do seu líder religioso independente eh do pastor a as próprias denominações evangélicas são bastante pulverizadas eh exatamente por isso porque tem uma questão de como que uma narrativa se adapta à demanda da população
e o Marsal tá surfando nessa demanda eu não sei se são concorrentes ou não Pedro a história a história vai mostrar se são de fatos concorrentes ou não Ou se nós vamos ter aí uma mistura eh desse desse processo o que eu posso dizer é que o fenômeno da autoajuda não é um fenômeno novo né que vender essa prosperidade também na na iniciativa privada não é exatamente uma novidade o que a gente tem isso é vitaminado pelos algoritmos e pelas redes sociais agora Renato qual que é a relação eh da da a influência o papel
da desses líderes religiosos na definição do voto pergunto isso porque isso na prática né Porque durante a campanha o próprio Pablo Marçal fez um movimento ali para questionar para relativizar essa eh liderança na hora da decisão do voto até porque ele próprio não tinha boa parte desses apoios eh qual que é a relação esses líderes esses líderes religiosos de fato conseguem eh avançar nesse tipo de interferência de voto e movimentos como esses feos pelo Maral conseguiram colocar em cheque essas relações entre lideranças religiosas e política e definição de voto o movimento que o Marsal fez
escancarou um pouco do que a Ana tava falando que não existe um público homogêneo entre os evangélicos Existem várias denominações Renato você tá dizendo que os pastores não são influentes claro que são são influentes como líder comunitário tem tem a sua influência como um um um radialista eh nas cidades pequenas podem ter uma influência eh a gente fez uma pesquisa que mostra que eh por mais que os evangélicos sejam um pouquinho mais do que 30% da população a gente fez um cálculo que que era idas a templo ou seja do total de pessoas idas a
Templo de pessoas que pisam no no no no templo 62% eram evangélicos Mesmo ele sendo um pouco mais de 30% da população ou seja ele tem uma frequência eu sou publicitário área de Formação Guilherme a gente chama isso de impacto na publicidade Então os líderes evangélicos tem tem um número de impactos na vida dessa pessoa maior do que de outras denominações religiosas por exemplo Então é ele é um um influente agora ter influência não é ser dono das pessoas se se isso fosse verdade as mulheres de baixa renda que são majoritariamente evangélicas não teriam votado
no Lula Então não é só o Marsal que que que consegue trafegar isso tem uma série de coisas ligados ao ao dia a dia dess pessoas então Eh são são influentes essas Eh esses líderes mas não são os donos desses eleitores Bianca tinha levantado Renato a gente viu esse ano a estreia do governador tarcis de Freitas como cabo eleitoral né a principal aposta dele foi Ricardo Nunes avançou pro segundo turno mas com uma votação ali uma diferença na votação muito pequena em Guarulhos que é o segundo maior colégio eleitoral aqui do Estado teve uma derrota
né O Xerife do Consumidor não avançou pro segundo turno o republicanos partido do Tarciso conseguiu crescer que balanço que você faz sobre essa estreia do tarcis ele sai vitorioso ou é essa vitória do Nunes pro segundo turno Estreita coloca um pouco em cheque ali a força dele aqui no estado eh o Nunes não estaria no segundo turno se não fosse o apoio do Tarcísio então o Tarcísio eh teve uma atitude eh proativa na campanha do Nunes que o bolsonaro se recusou a ter e ele eh ele inclusive se coloca aí como um um agente político
muito importante capaz de dialogar para além da Extrema direita ou para além dessa direita que tinha sido capturada eh pelo bolsonarismo não tenho dúvida nenhuma que São Paulo tá siso saiu muito mais fortalecido aí eh eh com o apoio que ele deu ao Nunes mas isso tem um preço e nós vamos discutir esse preço no segundo turno aqui em São Paulo nós temos uma frase do governador de São Paulo falando que num país sério alguém que fez o que o Marsal fez sairia seria preso como nós temos uma frase do Marsal que diz que a
polícia federal que o Nunes ia sair preso pela polícia federal exatamente por isso que o processo de transferência de votos desses caciques eleitorais não é dado inclusive do mesmo forma que o pastor não manda no no no voto do eleitor os cques também não mandam no voto do eleitor Então nós vamos ter aí um movimento interessante de saber o quanto que de fato é um voto do candidato e o quanto que eles ficaram reféns dessa disputa que a direita teve na capital de São Paulo Clarissa Deixa eu só passar PR CL eu queria aproveitar para
perguntar Inclusive a respeito um pouco dessa questão do Tarcísio Porque eu gostaria de falar um pouco sobre o bolsonarismo né Como que o bolsonarismo sai dessa eleição porque a gente teve um do pl fato só que muito inferior do que aquele que era projetado lá no início da pré-campanha onde se falava numa coisa assim astronômica aí você vê vários nomes ligados ao bolsonarismo aos poucos buscando projeção numa linha diferente de bolsonaro Tarcísio Ronaldo Caiado e outros que decidiram inclusive apoiar Pablo Marçal aqui em São Paulo e a gente tem o principal líder desse grupo inelegível
como que na sua aviação Jair bolsonaro sai dessas eleições e qual é a capacidade dele de manter o seu grupo minimamente coeso a ponto de levar esse Capital Unificado até 2026 vocês são jornalistas eu sou um telespectador e eu não lembro a quantidade de vezes que o bolsonaro falou que Fulano não tinha voto quem tinha voto é ele que ele elegeu VD que ele elegeu Deputado x Senador Y acho que ele não vai poder continuar dizendo isso então desse ponto de vista por mais que que o o bolsonaro ainda temha uma força e revelou isso
eh em algumas capitais em especial onde o candidato que ele apoiava não era um incumbente quando o candidato era incumbente ele não tinha essa força toda mostrou que tem um eleitor aí que que é mais de extrema direita que não depende eh necessariamente do do bolsonaro e que existe uma direita mais tradicional que tá tentando ocupar esse espaço o bolsonaro sai Menor da campanha então com isso a gente vai para o nosso próximo intervalo volta já já com Renato Meirelles e a pergunta da Ana Virgínia que eu cortei ela tava fazendo sinal mas eu volto
com você [Música] inovação que conecta [Música] Bradesco estamos de volta com Roda Viva que hoje recebe o publicitário Renato Meirelles Presidente do Instituto locomotiva Quem pergunta para ele agora é Ana Virgin balci Renato eu queria falar fazer uma colagem de algumas coisas que a gente já conversou aqui o PT ele costuma costuma se apegar aquele bordão político de Economia estúpidos para se reaproximar desse eleitor evangélico você lembrou muito bem que era um eleitor que já votou em peso no PT no passado basta lembrar que o Malafaia participou da propaganda política do Lula em 2002 Marco
Feliciano tem fotos com uma camisa de Eu voto Dilma em 2010 a própria iget Universal também dedicou o seu jornal eh a campanha da Dilma é bom esse eleitor não voltou para o PT queria saber se você vê alguma chave de reaproximação se não é a economia é o quê Ach que primeiro entender o que que é a economia eh para essa eleitora do interior do país para esse eleitor da Periferia a economia é a prosperidade Então essa mudança do trabalho não vai mais apenas pelos grandes índices eh dos baixos índices de desemprego formal pelo
aumento do número de carteira assinada Qual a perspectiva de vida que a carteira assinada oferece pros trabalhadores hoje então eu continuo achando que a economia tem um fator importante para isso mas não é esta economia dos grandes números eh financeiros uma economia pensada pela lógica da Faria Lima Quando você vai falar eu lembro eu lembro até até hoje não faz nem tanto tempo assim que eu eu tava conversando com uma eleitora e perguntei para ela se ela achava que a opinião do mercado era algo importante PR PR decidir o voto ela falou opinião de quem
do carrefur então o que que é o mercado efetivamente para essas pessoas essas pessoas é o supermercado e muitas vezes existe essa dificuldade de conexão porque não passa por vender prosperidade nós não podemos subestimar que essas pessoas acharam que melhoraram de vida por conta do seu trabalho e desse esforço eas vezes um pensamento mais Progressista tenta eh encontrar contradição em algo que não existe efetivamente na vida do brasileiro médio a contradição entre gerar oportunidades e meritocracia se a gente discutir um pouquinho a meritocracia só vale se todos partem do mesmo lugar e essa discussão não
consegue ser feita como se uma coisa fosse contraditória ao outro e quando você não consegue fazer isso você tira o direito da pessoa sonhar da pessoa correr atrás daquilo que ela acredita de trabalhar mais porque quer oferecer algo pro seu filho então eh a economia o não é mais a economia não é economia estúpido passa por uma discussão sobre qual economia eu acho que tem uma discussão de projeto de país aí que é uma coisa do individual versus coletivo né a esquerda sempre construiu a ideia de que a prosperidade é um projeto coletivo seja em
sindicatos em associações e agora a gente tem nessa era digital essa pessoa achando que vai prosperar por conta própria Você mesmo falou seu esforço e o seu mérito eh passa pelo fato de que a esquerda tem que entender que não é pecado você sonhar com algo para você e que isso não se dá em detrimento do coletivo construir as coisas em paralelo eh acho que passa pela esquerda eh entender que e é possível as pessoas individualmente colaborarem pro coletivo e que as coisas não são necessariamente excludentes então Eh quando você pega uma empreendedora da zona
leste uma mulher que já trabalhou com carteira assinada que foi vítima de assédio que foi vítima de preconceito racial para ganhar um salário mínimo para ganhar dois salários mínimos essa mulher não agitava mais isso essa mulher foi empreender e hoje tá ganhando mais do que isso salão por exemplo é ela abriu seu salão de beleza Eh e tá empregando outras mulheres tá empregando outras pessoas e a economia tá crescendo E aí você vai chegar e vai falar que o trabalho dela é um trabalho eh de segunda linha porque não tem os direitos trabalhistas ou seja
uma eleitora que empreendeu olha para essa pessoa e fala você tá dizendo que o meu esforço não valeu a pena essa narrativa tem uma narrativa que mudar e que não é a narrativa de uma direita mais tradicional que fala sobre o estado mínimo quando vem essa direita falar sobre o estado mínimo eu faço um convite o estado mínimo já existe no Brasil vai visitar uma das 13.000 favelas brasileiras um dos mais de 17 milhões de brasileiros que moram favela onde o estado não tem nemum monopólio da força Então não é uma discussão sobre o tamanho
do estado é uma discussão sobre eficiência do estado e essa discussão passa a margem de uma narrativa eh mais ideológico mais preso aí e aos anos 90 certo tá aberto Renato a gente acabou de passar por uma eleição muito acirrada aqui em São Paulo né pela quantidade de votos ali que diferencia o primeiro do segundo do terceiro a gente vê que foi foi no aperto que que definiu Qual foi o detalhe que definiu dá para saber dá pra gente aqui colocar alguma hipótese foi o laudo falso do B do que o marcal divulgou do bolos
e queria saber que que a gente pode esperar para esse segundo turno pode ter emoção ou como as Pesquisas mostram o prefeito de fato é Favorito eh essa eleição foi acirrada e e os principais institutos de pesquisas do país os institutos filiados a abep que a Associação Brasileira de empresa de pesquisa acertaram nisso tanto que todos se recusaram a fazer um prognóstico de quem iria no segundo turno enquando você tá na margem de erro estrito senso tá tá tá tudo igual eh eu sou um cara que acredita em pesquisa e nós vamos começar amanhã as
nossas pesquisas qualitativas para entender o que que levou aí a a ao Marsal não ir pro segundo turno com relação ao segundo turno eu tenho ouvido uma série de análises eh de que é uma eleição ganha pro Ricardo Nunes e eu queria colocar alguns elementos que podem questionar isso eh ele sai obviamente como favorito já que tivemos um voto mais ligado à direita maior mas ele sai com algumas coisas que ele teve no primeiro turno e que ele não terá ele não terá um tempo de televisão desproporcional agora no segundo turno a Coligação de Ricardo
Nunes tinha o maior número de candidatos a vereador e nós sabemos que numa eleição Municipal quem faz a boca de urna são os vereadores e o santinho que tava do lado do vereador tinha um rosto do Ricardo Nunes e agora nós não teremos isso como eu falei numa numa outra resposta para você eh Bianca esse eleitor ele é um eleitor que teve o o o Tarciso E o Nunes falando muito mal do Mars e o sal falando muito mal do Nunes esse eleitor pode anular o voto nós tivemos o grande vencedor da eleição sendo abstenção
nulos e brancos e se esse eleitor for votar e se mudar o princípio da eleição então eh a política a a ciência política é uma ciência humana e muitas vezes as pessoas esquecem que é uma ciência humana o Brasil é um país que já teve uma queda de avião numa eleição presidencial que já teve uma facada numa eleição presidencial então é é muito cedo ainda para saber o rumo da eleição eh seja porque tem o o o emponderado acontecendo seja porque tem um eleitor em disputa existe um cálculo que a gente faz que é a
fidelidade do voto que é basicamente eh eh não quando você pergunta se ele pode mudar de opinião ou não mas é a diferença do voto espontâneo o quanto que o voto espontâneo representa do voto estimulado e o Ricardo Nunes era o candidato com menos votos fiéis então mesmo eleitor do Nunes é um eleitor que tá em disputa por outro lado o Nunes tem a máquina por outro lado nós tivemos uma eleição majoritariamente de direita mas sem dúvida nenhuma uma eleição aberta ainda mas o que explica na cidade né aqui na cidade onde o Lula ganhou
há pouco tempo há do anos do bolsonaro ter tido dois candidatos da direita com chance de ao segundo turno são fatores de novo locais como você pontuou desde o início ou tem uma mudança de Vetor ideológico na cidade porque a gente sabe que São Paulo é pendular nesse aspecto ideológico nós fizemos uma uma pesquisa em parceria com o dispol ise Em que em que tentava Identificar qual era o posicionamento ideológico dos brasileiros e e e o que que aparecia que essa definição de esquerda ou direita era algo que muito distante da realidade dessas pessoas nós
temos pessoas que se identificavam como direita Muito provavelmente eh com com identificação com relação aos costumes que defendi uma grande participação do estado na economia nós tivemos pessoas que se identificavam como esquerda e que acreditavam que bandido bom era bandido morto então acho que o voto é bem menos ideológico do que se tenta falar que é um voto ideológico eh não é verdade que todos que votaram no Lula eh votaram porque gostavam do Lula parte votava no Lula sendo contra bolsonaro parte dos eleitores da Tábata parte inclusive dos eleitores do Nunes Falavam sobre sobre isso
que não gostavam do bolsonarismo não é à toa que também o Nunes evitou trazer o bolsonaro para eh pra linha de frente agora existe uma frustração isso aparece em todas as pesquisas que a gente tá falando é se vendeu uma prosperidade materializada simbolicamente na picanha e na cerveja que esse eh eleitor ainda não tá encontrando por questões da própria economia por questões dele do dinheiro sendo gasto e em outras questões por questão do individamento mas o fato é que e esse essa volta do do que na memória afetiva dos paulistanos foi o período do Lula
ainda não tá se concretizando na economia real Renato ainda sobre o tema do segundo turno eh você chegou a dizer em abril que eh a presença do bolsonaro aqui em São Paulo mais tira voto do que traz se não me engano na sua pesquisa tinha até uma relação de 1.5 voto ganho versus um voto de rejeição não é só que aí isso era em abril E aí aconteceu o que aconteceu na eleição de São Paulo o Marsal e e 28% do eleitorado que é a porcentagem de Vot do Marçal se se se organizou ao redor
de uma pauta ideológica a eleição o Marcel trouxe as pautas ideológicas paraa eleição Municipal Uhum E isso pautou muito mais o debate do que do que se imaginava em abril talvez você ainda acha que o bolsonaro em São Paulo é mais prejuízo do que lucro Se ele vier apoiar o Nunes aqui Ótima pergunta Pedro Primeiro Eh vamos vamos fazer É um cenário se o Ricardo Salles tivesse saído sem o apoio do bolsonaro o Ricardo ses tivesse saído para a pra candidatura Provavelmente nós teríamos 15% pelo menos o o Ricardo ses teria de 10 a 15%
porque ele também aglutinar um pensamento eh mais bolsonarista eh efetivamente só que nós temos um fenômeno da comunicação que é o Marsal e foi capaz de aglutinar isso o quanto que o bolsonaro vai tirar voto do Marsal do do Ricardo Nunes nessa nesse momento Depende muito do quanto que o Ricardo Nunes vai de abrir espaço pro pro bolsonarismo e esse sempre foi o risco da reeleição do Nunes Qual é o ponto ele encontrou o Tarcísio como ponto ótimo mas será que isso vai ser suficiente numa eleição tão apertada Não sei não sei mas vou adorar
vir aqui depois da eleição Municipal eu queria sair um pouco de São Paulo e pro Nordeste o Nordeste sempre foi um Porto Seguro de salvação pro PT e a gente viu Nessa eleição o partido enfrentando algum alguns problemas nas capitais eh em 2026 isso pode causar algum terremoto na sua opinião olha an eh o Nordeste sempre foi um um uma região do país que deu muito mais votos eh pra esquerda mas as capitais do Nordeste não o PT governa por exemplo eh a Bahia Há muitas gestões H muitos anos e não ganhou a capital a
capital ficou como como um reduto eh do ACM nesse nesse processo vamos lembrar que nas eleições de 2018 o PT perdeu também nas capitais eh eh do Nordeste o o Haddad não ganhou no nordeste né nas capitais então nós temos um um pensamento de entender o que que é o voto do Nordeste separando o interior das capitais que tem que ser eh levados aí em em consideração e também saber que parte considerável das capitais do Nordeste não foi o o Lula que que entrou na campanha Você tem uma presença em Fortaleza de novo que até
reproduz a questão eh Nacional mas o candidato eh do Recife é da base de apoio do Lula no primeiro turno o candidato de Salvador foi reeleito eh também reeleito eh sendo eh eh não sendo da base de apoio do do do presidente Lula eh em massó foi a mesma coisa mas o que que eram eram os incumbentes eram os incumbentes que efetivamente e da direita conseguiram se firmar na na maior parte dessas recitais eu não não acredito que o resultado dessa eleição Municipal eh tire votos do do partido dos trabalhadores na eleição presidencial e eu
sei que o Guilherme e a Clarissa querem perguntar mas a gente vai ter que fazer um último intervalo volta já já pro Bloco de encerramento desse papo ótimo aqui com Renato Meireles já [Música] já inovação que conecta [Música] Bradesco estamos volta e Quem pergunta agora pro Renato Meirelles é a Clarissa Oliveira Renato as eleições municipais deste ano elas vieram com um pragmatismo muito grande do governo do presidente Lula na definição de candidaturas né abriu-se mão de muita coisa para garantir o projeto de reeleição do presidente mas a gente estava falando no começo do programa eh
o quanto o PSD vem como eh o grande vitorioso desta eleição e é um partido que fala em ter um projeto presidencial o MDB vem aí também mantém-se forte já teve candidato na última eleição pode querer repetir isso na sua avaliação 2026 é um ano em que a gente pode vislumbrar de alguma forma um rompimento dessa polarização política que a gente viu nas últimas eleições eh eu acredito que esses partidos que tão que fizeram as grandes e foram os grandes vitoriosos né o PSD e o o MDB só lançarão candidatos a a presidente se for
conveniente politicamente por conta das da são grandes federações com com líderes eh regionais e provavelmente é isso que vai acontecer independente independente de se eventualmente o partido vai lançar um candidato próprio ou vai estar numa Coligação ou vai est em outra Coligação eh isso por quê Porque o eleitor dele do desses partidos é muito diferente eh de um lugar pro outro você você tem um um eleitor comum do pl mais nacionalizado você tem um eleitor comum do PT mais nacionalizado os eleitores desse eh desses partidos são eleitores muito pulverizados né você não vê ninguém saindo
com uma camiseta falando uhu eu sou PSD vivo o PSD né ou ou a mesma coisa com com o MDB isso simplesmente não não existe aí na no dia a dia do dos eleitores Guilherme Renato ia voltar a falar de uma questão sobre a eleição aqui de São Paulo que vocês falavam que ela foi muito acirrada mas ela também foi muito violenta como a gente nunca tinha visto em outras eleições queria entender se nas pesquisas que vocês fazem é possível medir o que que Como que o eleitor interpretou isso porque quando a gente vi ali
as pesquisas no dia a dia não necessariamente a violência se refletia numa perda ali imediata de votos Talvez um aumento de rejeição mas não numa perda de votos a gente já consegue entender o que que o eleitor Pensa como que o eleitor viu esse tipo de violência entrando na discussão política na campanha de São Paulo é vamos falar da cadeirada que foi talvez o o ato de violência protagonizado por por candidatos Primeiro vamos entender que que foi violento foi o Maral Ele trouxe esse clima bélico pro pro processo nós estávamos com grupos de pesquisa acompanhando
o debate que houve que houve a cadeirada Então a primeira coisa que isso levou a parte de eleição pro território do entretenimento né a gente teve aí o Brasil inteiro comentando isso e e a sensação que nós tivemos na prática ouvindo os eleitores era que ninguém acha legal um ato de violência todos condenaram o ato de violência Mas a sensação que as pessoas tinham é que o cara mereceu Então teve eh eh eh num dos grupos de pesquisa eh feito com eleitores da Zona Sul que falou não é errado né Mas se me chamassem de
Jack que é que é o que na periferia é sinônimo de estuprador eu ia para cima também como é que alguém fala que eu sou estuprador sem ir para cima então a sensação que na prática existe Olha a violência errado mas o valentão da escola tava precisando de uma lição nesse nesse processo e isso aumentou ainda mais a rejeição do Marsal e custou eh a pouca chance que o Datena já tinha agora esses expedientes né de transformar e de aproximar a política do entr de alguma maneira que foram levados ao paroxismo pelo Marçal a ponto
até talvez dele passar da dose com a fabricação de um laudo falso contra o bolos e a replicação disso daqui para frente por exemplo em 2026 vai depender a se V de como o sistema político e a justiça vão agir para neutralizar esse tipo de prática ou já tá dado que agora a gente vai viver uma marsala da política acho que a gente precisa ver um ponto de vista histórico né Se a gente for olhar na primeira eleição da da redemocratização o Color inventou uma fake News sobre sobre o Lula lá atrás né falando que
o que o Lula da lurian que que o Lula tinha obrigado a a del a fazer um aborto então a fake News não é uma exclusividade recente ela ganha uma nova proporção com as redes sociais bom se ela ganha uma nova proporção com as redes sociis essas redes sociais precisam ser reguladas e não adianta as bigtec virem com uma narrativa que elas só transmitem os dados um traficante também só transmite a droga pega a droga do fornecedor Ele pega a droga do fornecedor e Dá droga usuário então eu faço um paralelo das bigtec seguinte imagina
que você tem um shopping center e o fluxo do shopping center aumenta porque um lojista resolve fazer tráfico de droga você sabe que ele tá fazendo isso mas ele tá te dando dinheiro então você lava as mãos relacionados a isso eh se isso fosse julgamento o shopping deveria ou não deveria ser obrigado a expulsar essas essas pessoas então e é é um fator que não tá ligado à liberdade de expressão tá ligado ao direito da busca da verdade e a a evitar a mentira e esse processo é um processo de regulamentação que tá sendo discutido
no mundo inteiro não apenas eh aqui no Brasil e acho que é super necessário paraa manutenção da Democracia eh Renato tem uma eleição dentro do campo da esquerda de que as chamadas pautas identitárias poderiam ser um repelente de eleitor vide o hino nacional cantado em linguagem neutra num evento do boulos que foi usado pela pela direita pelos candidatos da direita é isso mesmo elas Como é que os C trabalharão essas pautas daqui pra frente eu dei dois exemplos aqui Ana eh um sobre eh que eu tenho mais mulheres negras evangélicas do que eh do que
de religi de matrizes eh Africanas a questão é como a pauta e o outro sobre o aborto formas diferentes de se discutir o aborto eh todos os brasileiros inclusive os os brasileiros evangélicos conhecem alguém que já teve que abortar alguém que virou usuário de droga alguém que que de alguma forma já foi eh abordado eh eh e preso portanto as pautas não tem que ser eh discutidas como uma pauta eh ideológica do mesmo forma que economia não tem que ser discutida de uma forma Max você precisa aterrizar Isso e toda a pesquisa que nós fazemos
tanto no data favela quanto na iod diversidade são pesquisas que mostram que essa eleitora conhece alguém essa eleitora que é mais conservadora nos costumes conhece alguém que teve que fazer o aborto portanto eh o papel desse movimento mais Progressista que defende um um posicionamento a meu juízo mais civilizatório mas e me sabe fazer juízo de valor sobre isso eh de de aterrizar essa discussão buscar um olhar mais empático tal buscar um olhar mais empático com menos julgamento e que entenda Qual é a realidade dessas pessoas a mesmo debate é sobre segurança e eu eu vou
dar um exemplo a mesma pessoa que pede mais segurança sabe que os negros sofrem três vezes mais batidas policiais e também não quer uma polícia violenta por por isso que e a discussão sobre eh e a crítica que a direita fazia a câmara nos uniformes foi claramente rejeitada pela população porque é uma forma de só querer fazer um servidor público cumprir a lei né então talvez esse seja uma boa ilustração de como temas que em geral a esquerda não tem pauta e são pautas que que até então era monopolizadas pela direita que a esquerda pode
efetivamente ao trazer pra vida real discutir esses temas que são muito caros a sociedade mas Renato por exemplo a questão do banheiro trans que virou uma grande questão eleitoral É como aterrar essa discussão para a vida real ou qual que seria a estratégia a esquerda em nome de um objetivo eleitoral maior deixá-la apenas para lá o que também é muito criticado dentro da militância Progressista como é que a gente resolve essa equação imagina se você conta uma história falando sobre a sua infância na casa da sua avó a sua avó que foi Hi genista né
que votou no que acreditava no varre varre vassourinha que tinha um pensamento mais conservador com uma série de de questões eh como é que era o banheiro na casa da sua avó eh cada um tinha o seu tipo de banheiro é ou ou era um banheiro unissex era um banheiro que poderia efetivamente reunir as diferenças da família de uma tradicional família brasileira então eh primeiro que quando você coloca a situação em perspectiva trazendo pra vida real isso vira uma falsa polêmica como tantas são as falsas polêmicas que quem defende a polarização que são os polos
criam para tentar consolidar oo seu lado você tinha pedido né Pedro eu fazer uma pergunta eh nos primeiros governos Lula quando naquela época por sinal a gente entrevistava você mais sobre consumo de classe c e economia eh houve um ciclo de crescimento muito forte muito baseado em consumo Eh agora o momento da economia é bom de novo começa a acelerar de novo o emprego tá tá muito bem e mas não existe mais aquele aquele colchão ali de 30 40 milhões de pessoas que foram inseridas no consumo né Uhum eh existe ainda espaço pro no ano
que vem no futuro próximo um novo ciclo de crescimento forte no Brasil baseado em consumo que a gente tem visto nas nossas pesquisas nós fizemos um estudo com a pwc com a com a price eh muito interessante sobre o Mercado da maioria né sobre quem era Hoje os consumidores das classes CD e e que na prática são 3S qu4 dos consumidores brasileiros e o que que essa pesquisa identificou que existe uma demanda reprimida muito grande no consumo e parte de brasileiros que fizeram downgrade nos últimos anos e perdendo é muito mais que deixar de ganhar
né uma coisa é eu adiar minha primeira viagem de avião a outra coisa eu viajar de avião e ter que voltar a viajar de ônibus eu tô contando essa história para dizer que se as condições forem dadas nós teremos sim um bundo consumo mas para isso é necessário por exemplo com o teu dinheiro das bets que estão fugindo do consumo para isso é necessário ter políticas de crédito para isso e e e não condenar que foi outro debate que parte da esquerda esse crescimento só se deu através do consumo meu amigo vai falar para uma
para uma mulher que que comprou uma moto para conseguir chegar mais rápido dentro de casa que ela tinha que esperar um ano e meio guardando dinheiro para comprar essa moto isso não existe né eh na prática então sim tem todas as condições para voltar a ter um crescimento baseado no consumo desde que exista uma política pública que proteja o desenvolvimento do Brasil porque a demanda e e o que me cabe aqui é falar se tem demanda Por conta desses consumidores tem do Consumidor do eleitor do do do líder religioso tem uma demanda de toda a
sociedade de querer cada vez mais agoraa não pera aí só um minuto Bianca rato a gente falou sobre o desempenho do Lula e do bols nessa eleição mas eu queria saber na sua opinião Quais são as lideranças para além de Lula e bolsonaro aí que saem fortalecidas de fato dessa eleição além do próprio Cassab que a gente falou e se entre elas tem aí algum presidenciável que você destacaria acho muito cedo para imaginar eh que tenha um um um candidato a presidente porque isso não tem a ver só com as características pessoais né Você tem
o o João Campos tem características pessoais muito interessantes você tem a a Tábata que sai muito maior da campanha Municipal do que entrou mas ainda é vista como uma pessoa muito jovem por parte eh crescente do eleitorado você vê uma movimentação da classe política para tentar lançar o Caiado como um novo movimento da da da direita né Então essa direita mais moderada que teria o Caiado ou o Tarcísio como como possibilidades eh de candidato Mas ainda é muito cedo para para afirmar se eh Se teremos um quem vai ocupar o lugar da direita para is
isso acho que tem muita água para rolar né e entender isso é fundamental na política e nos negócios eh se a gente for a gente atende Bianca uma série de empresas telefônicas nesses 20 anos el falou ah as mensagens não vão crescer no Brasil porque o brasileiro tem uma dificuldade em escrever aí veio o WhatsApp com o som e mudou toda essa história a política não é diferente Obrigada Renato por essas ótimas observações pelas análises e volte sempre já fico o convite para voltar depois que a gente tiver aí os resultados fechados para mim é
um privilégio est aqui no meio do Roda Viva muito obrigado pelo convite Muito obrigado para todos é isso gente nosso programa fica por aqui além de agradecer ao Renato Meirelles Agradeço também a essa bancada maravilhosa que conduziu a conversa comigo Ana Virgínia baler Bianca Gomes Clarissa Oliveira Guilherme Muniz Pedro Carvalho e Luciano Veronesi Obrigada a você pela sua audiência a cada semana a cada dois anos o Brasil dá um show de organização rapidez e transparência ao apurar em tempo record eleições em 5568 municípios das mais diferentes configurações a escolha de prefeitos prefeitas vereadores e vereadoras
de diferentes partidos e linhas ideológicas como a gente tanto discutiu aqui da esquerda à direita é mais uma prova da segurança do sistema eleitoral brasileiro que aliás esse ano não foi atacado por quem fez disso uma tentativa de desestabilizar a democracia no último ciclo a violência que se viu ao longo do primeiro turno não comprometeu o exercício mais democrático que existe o voto que o debate no segundo turno permita mais nitidez de propostas e ideias e menos tumulto O Roda Viva estará aqui para ser uma bússula a nortear o bom debate Nós voltamos na próxima
segunda-feira às 10 da noite com esse objetivo até lá [Música] [Música] inovação que conecta Bradesco