đŸš©MINICURSO GĂȘneros Discursivos📚: conceitos e ATUALIDADE - Parte 1

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Saber Linguagem - Prof. Dr. Lucas Maciel
đŸš©MINICURSO GĂȘneros Discursivos📚: conceitos e ATUALIDADE - Parte 1 Os gĂȘneros do discurso no contex...
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como o conceito de gĂȘnero discursivo se insere nas reflexĂ”es do CĂ­rculo de btim e como esse conceito repercute em prĂĄticas de ensino de aprendizagem de lĂ­nguas no Brasil Ă© sobre isso que eu falo Neste vĂ­deo Meu nome Ă© Lucas Maciel Eu sou Professor na Universidade Federal de SĂŁo Carlos estudioso das obras do CĂ­rculo hĂĄ cerca de 20 anos no vĂ­deo de hoje eu vou apresentar aquilo que eu comentei que eu tematize no minicurso gĂȘneros discursivos conceitos e atualidade ministrado no quinto conid congresso de linguagem e discurso realizado na cidade de MossorĂł no Estado do Rio
Grande do Norte entre os dias 8 e 10 de novembro de 2023 o minicurso foi ministrado no dia 9 de novembro de 2023 quando eu anunciei a realização desse minicurso no Instagram alguns seguidores manifestaram o interesse de assistir ao minicurso mas como nĂŁo se se tratava de um evento online mas sim de um evento presencial muitos ficaram sem poder assistir a esse minicurso entĂŁo atendendo a quem solicitou queria assistir ao minicurso eu vou fazer uma sĂ©rie de vĂ­deos abordando exatamente o mesmo conteĂșdo que eu abordei nesse minicurso bom a ideia desse minicurso Ă© falar sobre
como conceito os conceitos na verdade que estĂŁo articulados dentro do texto gĂȘn do discurso eles se articulam com as reflexĂ”es bacterianas e tambĂ©m com questĂ”es atuais do ensino e do aprendizagem de lĂ­ngua primeira questĂŁo que nĂłs vamos pensar Ă© a seguinte quando nĂłs lemos a extensa obra de bacin do CĂ­rculo nĂłs podemos nos perguntar se o baktin ele era um linguista ele era um crĂ­tico literĂĄrio ou atĂ© mesmo filĂłsofo por que um linguista porque inevitavelmente eh incontornĂĄvel mas ao mesmo tempo quando nĂłs olhamos pros textos mais extensos do btim Como por exemplo o autor e
a personagem na atividade estética a sua tese são sobre François elé o seu livro nas duas versÔes problemas da obra de dostoyevski depois problemas da poética de dostoievsky E também o discurso no romance O que nós vemos é que os textos mais longos do baktin eles falam sobre questÔes de literatura então daí Porque alguns vão considerar o bacin um linguista outros vão considerar um estudioso de literatura Mas o que eu gostaria de enfatizar é que especialmente no início das suas reflexÔes onde isso é mais claro o bacin mostra uma preocupação filosófica preocupação filosófica é essa
que ao meu ver se estende Inclusive durante toda a sua produção mas que ela é mais marcante nas suas nos seus primeiros textos como por exemplo para uma filosofia eh do ato ou em algumas traduçÔes para uma filosofia do ato responsåvel nesse momento O que o baktin estå procurando entender o btim pretende entender como o homem se constitui enquanto um sujeito cultural então o btim ele queria entender o homem enquanto um sujeito cultural Diferentemente do homem como eh um representante da espécie biológica o homem como sujeito cultural vai entender o batim ele se torna um
sujeito cultural no convivio com outros sujeitos na interação com outros sujeitos essa interação com outros sujeitos ela pode ser realizada de modo verbal e de modo não verbal um tapa um beijo um abraço um eh soco são interaçÔes não verbais elas não precisam necessariamente estarem acompanhadas de falas de textos são interaçÔes não verbais mas em geral grande parte das interaçÔes humanas se då pela linguagem e mesmo essas não verbais elas se não são acompanhadas pelo menos são explicadas valoradas entendidas e interpretadas a partir do Verbal para eu considerar se um beijo é um ato de
afeto ou um ato de escårnio para eu entender se um tapinha no ombro é um incentivo ou uma agressão muitas vezes eu vou me respaldar no contexto verbal nas explicaçÔes verbais e inclusive no contexto cultural que me é dado principalmente pela verbalidade pelos textos pelas falas que vão me levar a interpretar aquilo como um ato positivo ou como um ato negativo visto isso o batim vai olhar então portanto que para entender o homem como ser cultural eu precisa entender a interação entre os homens nessa interação entre os homens que pode ser não verbal e verbal
o btim vai dar centralidade ao verbal e aĂ­ olhando para o verbal olhando para a linguagem que o bacin vai chegar na questĂŁo dos gĂȘneros do discurso entĂŁo se nĂłs olhamos aĂ­ por exemplo para essa ilustração o que nĂłs vemos que a Ana ela estĂĄ interagindo com o Pedro como atravĂ©s de uma fala ou atravĂ©s de um texto atravĂ©s de um enunciado enunciado isso enunciado esse que por meio de palavras transmite as ideias da Ana para o Pedro ideias essas que o Pedro vai assimilar de uma maneira ativa concordando ou discordando gostando ou nĂŁo gostando
então inicialmente o que nós precisamos pensar é que o baktin procurava entender o ser humano para entender esse homem cultural ele vai entender que o homem Ele tem que ser visto na sua interação com outros homens e que nessas interaçÔes a questão da linguagem é Central para o entendimento do homem bom dito isso nós vamos ver que uma discussão similar é trazida pelo Valos noov em Marxismo e filosofia da linguagem o valor também estå preocupado em entender as interaçÔes entre os os seres humanos as interaçÔes verbais as interaçÔes discursivas o valov agora a partir de
uma de um viés mais marxista ele vai procurar entender como o sujeito se constitui nas relaçÔes sociais por meio da interação discursiva ou interação verbal vamos começar aí por essa distinção entre interação verbal ou interação discursiva caso seja necessårio para alguns bacterianos quando nós falamos interação verbal eu estou olhando para a interação realizada por meio de palavras sejam textos escritos sejam falas e interação discursiva abrangeria mais do que o verbal aspectos não verbais Como por exemplo o gesto as as expressÔes faciais a postura corporal no caso da oralidade e em outras eh em outros meios
na escrita por exemplo AlĂ©m das Palavras outros elementos elementos visuais por exemplo que venham a compor ali um impresso bom muito bem mas independentemente dessa distinção o que o Valos Ele estĂĄ preocupado ele estĂĄ procurando mostrar Ă© que para entender o ser humano para entender o que se passa na consciĂȘncia do ser humano o que se passa na cabeça do ser humano se nĂłs pensar em termos marxistas para eu entender como Ă© a consciĂȘncia de classe dos trabalhadores porque os trabalhadores nĂŁo tĂȘm consciĂȘncia de que sĂŁo explorados eu tenho que entender que essa consciĂȘncia esse
saber que Ă© explorado ou nĂŁo saber que Ă© explorado vem das interaçÔes que aquele ser humano tem com outros entĂŁo eu preciso entender o homem para entender o homem eu preciso olhar as relaçÔes que eles tĂȘm para entender o que se passa na ciĂȘncia de um homem eu preciso olhar o que ele recebe por meio das interaçÔes discursivas quais textos quais falas quais interaçÔes humanas ele tem como isso chega a sua consciĂȘncia e como depois isso pode voltar na forma de enunciado na forma de textos na na forma de falas na forma de outras interaçÔes
entĂŁo mais uma vez nĂłs vemos o carĂĄter fundamental da linguagem mas aqui principalmente para atender para tentar entender de um ponto de vista mais marxista como o homem ele cria a sua consciĂȘncia no caso do Marxismo a sua consciĂȘncia de classe para eu entender como o homem ele se constitui como ele vĂȘ a si como ele vĂȘ o outro como ele vĂȘ o mundo eu preciso entender que essa consciĂȘncia do homem que essa autoconsciĂȘncia vem dos diĂĄlogos vem dos textos que ele tem ao seu redor com as suas interaçÔes interaçÔes Ă© que podem ser nĂŁo
verbais mas que sĂŁo eminentemente verbais EntĂŁo as ideologias que chegam a mim elas vĂȘm principalmente por meio de textos por meio de falas na terminologia baktin por meio de enunciados entĂŁo o homem interagindo com outro homem por meio de enunciados ele vai constituindo a sua consciĂȘncia EntĂŁo o que nĂłs estamos vendo seja pro baktin seja pro Val o homem interage com outros homens por meio da linguagem e tambĂ©m por meio de outras semioses mas principalmente por meio da linguagem verbal e Ă© estudando essa interação estudando essa relação que esses homens tĂȘm por meio da linguagem
Ă© que vai se chegar a questĂŁo dos gĂȘneros discursivos bom e como entĂŁo nĂłs chegamos a essa questĂŁo dos gĂȘneros discursivos o que que o matim vai dizer ele vai dizer o seg bom sim os homens interagem por meio das linguagens por meio da linguagem especialmente por meio da linguagem vermal mas essa linguagem ela Ă© sempre organizada De um modo tĂ­pico entĂŁo por exemplo a minha fala hoje ela Ă© um enunciado um enunciado verbal por meio da oralidade mas essa fala ela estĂĄ organizada De um modo especĂ­fico em um gĂȘnero discursivo especĂ­fico que Ă© um
vĂ­deo para o YouTube essa fala ela Ă© diferente de uma conversa informal ela Ă© diferente de um pedido eh em um uma em um comĂ©rcio ela Ă© diferente por exemplo de um texto escrito de um artigo cientĂ­fico de um relatĂłrio os homens interagem pela linguagem mas as suas interaçÔes se dĂŁo em circunstĂąncias tĂ­picas que levam a nĂłs criarmos uma certa tipicidade no modo de emprego dessa linguagem essa tipicidade nas interaçÔes verbais Ă© que serĂĄ chamada de gĂȘneros discursivos nĂłs organizamos as nossas falas nĂłs organizamos os nossos textos nĂłs organizamos os nossos enunciados segundo certos padrĂ”es
tĂ­picos que favorecem a nossa comunicação entĂŁo por exemplo uma aula Ela Ă© um gĂȘnero discursivo tĂ­pico ela organiza aquela fala vocĂȘ enquanto Professor vocĂȘ enquanto aluno vocĂȘ nĂŁo precisa ser explicado mais sobre o que Ă© uma aula vocĂȘ espera que chegue lĂĄ um sujeito e que ele faça grande parte da exposição que ele fale mais que haja momento para perguntas pros alunos mas que ele de alguma maneira ministre aquele conteĂșdo ele vai ter naquele momento de fala que Ă© um gĂȘnero discursivo especĂ­fico a aula uma maior um maior tempo de fala a exposição Ă© dele
Diferentemente de uma conversa informal se eu sento para tomar um cafĂ© com meu amigo e sĂł eu falo isso nĂŁo Ă© uma conversa Ă© um monĂłlogo nĂ© quebra as expectativas do gĂȘnero entĂŁo sejam gĂȘneros da oralidade sejam gĂȘneros da escrita os gĂȘneros eles nos auxiliam nas nossas interaçÔes verbais e quando portanto eu quero analisar a linguagem para entender o homem eu tenho que entender que essa linguagem sempre Ă© realizada de maneira tĂ­pica por meio de determinados gĂȘneros discursivos entĂŁo aĂ­ nĂłs chegamos Ă  seguinte pergunta O que sĂŁo os gĂȘneros discursivos O que sĂŁo os gĂȘneros
do discurso a expressĂŁo gĂȘnero discursivo nomeia um grupo de enunciados de falas ou de textos que possuem caracterĂ­sticas comuns suponhamos que em algum momento nĂłs estejamos ou alguĂ©m esteja fazendo uma escavação encontre vĂĄrios documentos similares vocĂȘ vai ver ali que existe um padrĂŁo provavelmente Ă© daquele gĂȘnero entĂŁo se nĂłs pegamos ali vĂĄrios textos que tem indica de de cidade de data um vocativo um texto relativamente curto uma saudação final e o assinatura nĂłs tendemos a acreditar que aquele texto Ă© do gĂȘnero carta entĂŁo o gĂȘneros eles tĂȘm caracterĂ­sticas tĂ­picas comuns eu consigo agrupar determinados textos
eu consigo agrupar determinadas falas porque elas tĂȘm caracterĂ­sticas tĂ­picas EntĂŁo os textos as falas quando agrupado segundo suas caracterĂ­sticas tĂ­picas elas vĂŁo nos indicando que aqueles textos que aquelas falas provavelmente pertencem a um determinado gĂȘnero discursivo e o que Ă© fundamental Ă© nĂłs entendermos que todo enunciado Ă© realizado na fmaa de um gĂȘnero discursivo entĂŁo a minha fala que Ă© um enunciado Ă© realizado nesse momento na forma de um vĂ­deo do YouTube quando eu realizei esse minicurso em MossorĂł a minha fala o meu enunciado era realizado no gĂȘnero minicurso presencial que ainda que eu esteja
ministrando o conteĂșdo muito prĂłximo nĂŁo Ă© a mesma coisa porque lĂĄ eu estava olhando para as pessoas que estavam assistindo o minicurso vendo a recepção delas elas podiam me interromper durante a minha exposição Diferentemente do YouTube que eu faço todo o vĂ­deo nĂŁo hĂĄ interrupção daquele que me ouve hĂĄ resposta ativa desse que me ouve mas depois Pois Ă© que essa resposta ativa pode chegar a mim por meio por exemplo de um comentĂĄrio ou se a pessoa que assistiu ao vĂ­deo me procurar em uma outra rede social certo mas sempre que nĂłs falamos sempre que
nĂłs escrevemos nĂłs realizamos um determinado gĂȘnero discursivo entĂŁo nĂŁo existe a escrita existe um bilhete existe uma carta existe um relatĂłrio existe um e-mail existe sempre a escrita concretizada por meio de um gĂȘnero discursivo existe sempre a fala concretizada por meio de um gĂȘnero discursivo bom e qual que Ă© a importĂąncia dos gĂȘneros discursivos como qualquer conceito teĂłrico o conceito bacini de gĂȘneros discursivos ou gĂȘnero do discurso Ă© importante se serve para resolver algo EntĂŁo para que serve o conceito de gĂȘneros discursivos no Brasil o conceito de gĂȘnero discursivo Ă© mobilizada especialmente para pensar no
ensino e na aprendizagem de lĂ­ngua veja entĂŁo nĂłs temos um conceito batino do GĂȘneses do discurso que Ă© um conceito teĂłrico muito importante muito potente muito eh produtivo em termos de Pesquisas mas no caso do Brasil ele tambĂ©m Ă© muito relevante quando nĂłs olhamos para as questĂ”es de ensino Por que entĂŁo a pergunta Ă© por que o gĂȘneros do discurso ele Ă© tĂŁo importante no ensino na aprendizagem de lĂ­nguas no Brasil porque veja atĂ© aquele momento vou pontuar aqui o gĂȘnero do discurso eles ganham a o conceito de gĂȘnero do discurso ganha a maior repercussĂŁo
no Brasil a partir de 1998 com os parĂąmetros curriculares nacionais de lĂ­ngua portuguesa terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental EntĂŁo a partir de 98 quando o o conceito de gĂȘneros ele estĂĄ em uma normatização oficial que sĂŁo os parĂąmetros curriculares nacionais de lĂ­ngua portuguesa os pcns de 1998 nĂłs temos esse conceito repercutindo em diversas prĂĄticas de ensino e aprendizagem portanto de lĂ­ngua pensemos o seguinte atĂ© aquele momento nĂŁo que jĂĄ nĂŁo houvessem discussĂ”es acadĂȘmicas e atĂ© no Ăąmbito da prĂłpria histĂłria da prĂłpria escola mas atĂ© aquele momento nĂłs ainda eh vivĂ­amos com a ideia
de que se ensinava e se aprendia escr e leitura oralidade seja em termos da produção da oralidade da recepção da oralidade de maneira abstrata genĂ©rica Como assim professor ele ensina a escrever ele ensina a falar ele ensina a ler ele ensina a escutar um texto oral bom o que os gĂȘneros vĂŁo trazer pro contexto do ensino Ă© nĂłs termos a consciĂȘncia enquanto professores enquanto sujeitos aprendentes sujeitos do aprendizado que nĂŁo se ensina e nĂŁo se aprende a escrita em geral abstratamente se ensina e se aprende a escrita de determinados gĂȘneros discursivos uma criança Ela nĂŁo
aprende fazer uma petição inicial Ela nĂŁo aprende a fazer uma sentença judicial Ela nĂŁo aprende a fazer um relatĂłrio empresarial em geral na escola ela nĂŁo aprende a fazer um romance ou seja nĂłs ensinamos determinados gĂȘneros discursivos e nĂŁo ensinamos outros gĂȘneros discursivos entĂŁo o gĂȘnero discursivo ele traz pelo menos e inicialmente esta questĂŁo essa consciĂȘncia para o professor e para o aluno de que nĂŁo se ensina e nĂŁo se aprende escrita e leitura oralidade na produção e na recepção de oralidade de maneira genĂ©rica o que nĂłs ensinamos E aprendemos sĂŁo determinados gĂȘneros da escrita
determinados gĂȘneros discursivos da oralidade entĂŁo isso vai mobilizar as prĂĄticas vai mobilizar os materiais didĂĄticos os livros didĂĄticos que vĂŁo a partir desse momento portanto passar a contemplar uma variedade maior de gĂȘneros discursivos agora a escola o ambiente escolar o contexto escolar ele estĂĄ mais consciente do fato de que nĂŁo se ensina e nĂŁo se aprende a abstratamente escrita leitura e oralidade o Que NĂłs aprendemos e o que nĂłs ensinamos sĂŁo determinados gĂȘneros discursivos bom o conceito continuando ainda nessa discussĂŁo a respeito de qual a importĂąncia do gĂȘneros do discurso que nĂłs vemos Ă© que
o conceito baktin de gĂȘneros do discurso se faz presente em documentos oficiais como os parĂąmetros curriculares nacionais os pcns desde 1998 mas tambĂ©m depois os pcnem os paramos poes nacionais de Ensino MĂ©dio eh programas nacionais do livro didĂĄtico PNLD Programa Nacional do livro didĂĄtico do ensino mĂ©dio penel e hoje inclusive na base Nacional comum curricular entĂŁo o conceito bacteriano de gĂȘneros do discurso se faz presente em documentos oficiais como os pcns e a bncc e em diversas prĂĄticas escolares e livros didĂĄticos mas uma questĂŁo que nĂłs nos fazemos Ă© mas serĂĄ que o conceito de
gĂȘneros do discurso tem de fato melhorado a educação no paĂ­s essa Ă© uma questĂŁo bastante complexa bastante polĂȘmica veja porque tambĂ©m existem crĂ­ticas hĂĄ pessoas que vĂŁo dizer que o conceito de gĂȘnes do discurso nĂŁo melhorou em nada a educação entĂŁo ponemos o seguinte obviamente Ă© mais interessante a escola pelo menos ter consciĂȘncia o professor ter consciĂȘncia o aluno ter consciĂȘncia de que se ensinam e se aprendem determinados gĂȘneros discursivos e nĂŁo todos os gĂȘneros discursivos isso nĂŁo apenas no Ăąmbito da Educação BĂĄsica mas inclusive no ensino superior quando por exemplo o aluno ele adentra
a universidade e aquele professor universitĂĄrio ele solicita gĂȘneros da esfera acadĂȘmica como por exemplo uma resenha um fichamento e ele nĂŁo ensina aquele aluno a realizar esse gĂȘnero por quĂȘ porque ele acredita que aquele aluno sabe escrever e que Portanto ele Ă© capaz de escrever qualquer gĂȘnero nĂŁo o aluno ele Ă© capaz de escrever aqueles gĂȘneros discursivos que ele aprendeu ele tem algum domĂ­nio da escrita Mas ele tem que flexibilizar equacionar o seu conhecimento sobre a escrita para um gĂȘnero discursivo especĂ­fico ele precisa ser ensinado sobre isso bom entĂŁo voltando a nossa questĂŁo Ă© melhor
trabalhar com isso sim Ă© melhor trabalhar com o conceito de gĂȘneros do que trabalhar com uma ideia de que se ensina escrita e leitura e oralidade de maneira abstrata isso esclarece para o professor esclarece para o aluno Quais sĂŁo os objetivos Quais sĂŁo as expectativas o que serĂĄ possĂ­vel ensinar o que nĂŁo serĂĄ possĂ­vel ensinar entĂŁo sim a meu ver os gĂȘneros discursivos o conceito de gĂȘneros discursivos ele contribui efetivamente nas prĂĄticas de ensino de escrita de leitura e de oralidade seja na produção de oralidade seja na recepção de oralidade entĂŁo sim o gĂȘn do
discurso ele pode melhorar a educação no país a questão é que nós temos que ver como isso vai ser mobilizado efetivamente nas pråticas dos professores e nos livros didåticos isso sem contar questÔes muito mais abrangentes como por exemplo Qual é a estrutura física daquela escola Qual é a condição social financeira EconÎmica emocional daqueles sujeitos que estão ali em situação de aprendizagem Porque por mais sofisticado que sejam os conceitos que nós estejamos mobilizando se aquele sujeito ele não tem uma Alimentação adequada ele não estå em condiçÔes psicológicas emocionais adequadas obviamente o ensino não acontecerå mas a
aprendizagem nĂŁo acontecerĂĄ mas supondo aĂ­ uma se nĂŁo Um Mundo Ideal pelo menos um mundo razoĂĄvel em uma situação plausĂ­vel de aprendizagem comum de aprendizagem sim o gĂȘnero do discurso tendem a melhorar tendem a ter um ensino mais efetivo de leitura e de escrita outra questĂŁo polĂȘmica que um dia eu posso falar em outro vĂ­deo Ă© mas e onde fica a gramĂĄtica como se articula os conhecimentos gramaticais de lĂ­ngua portuguesa quando nĂłs pomos no eh na base no centro do ensino de lĂ­ngua portuguesa a questĂŁo do gĂȘneros do discurso nĂŁo vou discutir essa questĂŁo nesse
vĂ­deo posso discutir em um outro mas voltando a nossa questĂŁo sim a meu ver o o conceito de gĂȘnes do discurso tem melhorado a educação do paĂ­s tem suscitado melhores livros didĂĄticos EntĂŁo se efetivamente Os alunos nĂŁo estĂŁo saindo melhores da escola isso se deve a outras razĂ”es que nĂŁo Ă© a proeminĂȘncia a centralidade da ideia de gĂȘneros do discurso na no ambiente escolar bom ainda antes de chegarmos ao texto bacti gĂȘneros discurso eu queria comentar o seguinte no Brasil especialmente no universo escolar Ă© mais comum usa a expressĂŁo gĂȘneros textuais do que da expressĂŁo
gĂȘneros discursivos sim se nĂłs olharmos os materiais didĂĄticos se nĂłs olharmos as prĂĄticas didĂĄticas se nĂłs fizermos uma rĂĄpida busca na internet uma rĂĄpida busca no Google nĂłs Vamos ver que o o termo a expressĂŁo gĂȘneros textuais ela Ă© muito mais comum que a expressĂŁo gĂȘneros discursivos SerĂĄ que essas expressĂ”es gĂȘneros textuais e gĂȘneros discursivos sĂŁo equivalentes essa Ă© uma pergunta vamos voltar para o ponto de vista prĂĄtico na escola Se o professor fala em gĂȘneros textuais porque ele Ă© isso que vem no livro didĂĄtico Ă© isso que ele vĂȘ nos cursos de atualização eh
isso que o aluno entende melhor talvez a expressĂŁo gĂȘneros textuais seja mais eh palatĂĄvel mas inteligĂ­vel para o aluno ensino for no ensino mĂ©dio nĂŁo hĂĄ problema em usar a expressĂŁo gĂȘneros textuais mas aqui eu vou falar do ponto de vista teĂłrico do ponto de vista baktin as expressĂ”es gĂȘneros textuais e gĂȘneros discursivos sĂŁo equivalentes nĂŁo a meu ver nĂŁo sĂŁo equivalentes primeiro porque nos textos do bacin do cĂ­rculo nĂŁo aparece nĂŁo existe a ocorrĂȘncia da expressĂŁo gĂȘneros textuais a as expressĂ”es que estĂŁo presentes nas obras do CĂ­rculo de bacin SĂŁo gĂȘneros discursivos ou gĂȘneros
do discurso nĂŁo existe a expressĂŁo gĂȘneros textuais nos textos do CĂ­rculo de bactine entĂŁo se vocĂȘ quer fazer um trabalho bacini vocĂȘ deve optar pela expressĂŁo gĂȘneros discursivos ou gĂȘneros do discurso e nĂŁo gĂȘneros textuais Mas entĂŁo de onde vem a expressĂŁo gĂȘneros textuais a expressĂŁo gĂȘneros textuais no Brasil vem dos estudos de outras ĂĄreas da linguĂ­stica como por exemplo a linguĂ­stica textual que assimilaram o conceito baktin de gĂȘneros discursivos e de alguma maneira traduziram a expressĂŁo nos gĂȘneros discursivos para gĂȘneros textuais entĂŁo Ă© uma outra teoria que assimila que pega a teoria baktin e
que vai falar em termos de gĂȘneros textuais mas quando vocĂȘ vai para os textos do batim para os textos do cĂ­rculo do valor do meded que vocĂȘ vai encontrar Ă© a expressĂŁo gĂȘneros discursivos gĂȘneros do discurso e nĂŁo gĂȘneros textuais para alĂ©m dessa questĂŁo terminolĂłgica da presença desses termos nos textos do btim eu ainda gostaria de dizer o seguinte jĂĄ falei que a expressĂŁo gĂȘnero textual vem da linguĂ­stica textual que adapta seu modo conceito Bacano de gĂȘnes do discurso mas eu queria ainda trazer uma questĂŁo mais conceitual a meu ver gĂȘneros do discurso Ă© um
conceito Diferente do conceito de gĂȘneros textuais o gĂȘnero do discurso Ă© entender a vida por meio da linguagem o gĂȘnero textual Ă© partir do texto e buscar entender o contexto vamos lĂĄ eu comecei esse vĂ­deo falando que o baktin pretendia entender o homem entender o ser humano entender o homem na vida para entender esse homem entender o homem na vida ele vai olhar a necessidade de entender a linguagem e vai ver que essa linguagem Ă© realizada por meio de gĂȘneros discursivos mas a sua reflexĂŁo A reflexĂŁo do baktin ela parte do do da vida de
entender o homem Ele busca entender o homem e aĂ­ na busca por entender o homem que ele chega Ă  linguagem e chegando na linguagem ele vai chegar no conceito de gĂȘneros discursivos ou seja ele parte da vida para chegar Ă  linguagem para chegar ao gĂȘnero discursivo jĂĄ o conceito de gĂȘnero textual faz talvez um movimento contrĂĄrio ele parte do texto para entender o contexto porque o conceito de gĂȘnero textual ele estĂĄ muito fincado na linguĂ­stica textual que começou a olhar o texto como algo que vai alĂ©m sĂł da estrutura frasal da estrutura frĂĄstica entĂŁo a
linguĂ­stica textual ela nasce como uma disciplina que procura ser transfrĂĄstica transfĂĄcil texto aĂ­ os conceitos tĂŁo importantes da linguĂ­stica textual como de coesĂŁo e coerĂȘncia que Ă© olhar as relaçÔes entre frases as relaçÔes entre parĂĄgrafos mas veja nesse momento o que se estĂĄ discutindo ali na na sĂŁo as relaçÔes entre o texto e o texto inclusive tomado inicialmente as reflexĂ”es da linguĂ­stica textual de um ponto de vista abstrato nĂŁo se estava discutindo se a coesĂŁo e a coerĂȘncia eram diferentes em diferentes gĂȘneros discursivos estava se olhando questĂ”es de coesĂŁo e de coerĂȘncia em textos em
geral EntĂŁo veja a linguĂ­stica textual aĂ­ depois ela digamos vai trazer para si as reflexĂ”es do batim vai entender que o texto ele se estrutura de maneiras diferentes em determinados gĂȘneros discursivos mas ela partiu do texto olhou depois para a importĂąncia de observar os gĂȘneros do discurso no caso que ela vai traduzir como gĂȘneros textuais como gĂȘneros textuais e E aĂ­ ela vai tentar articular depois esses gĂȘneros textuais ao contexto onde determinados sujeitos produzem determinados gĂȘneros textuais Quem produz determinados gĂȘneros textuais onde circulam determinados gĂȘneros textuais entĂŁo a linguĂ­stica textual Ela nasce do texto depois
ela reconhece a importĂąncia de entender o o o texto enquanto um gĂȘnero textual e depois Ă© que ela vai olhar o contexto em que esse gĂȘnero textual se insere A reflexĂŁo do bacin Ă© diferente ele começa para entender a vida para entender o ser humano para entender a linguagem e para chegar a entender a importĂąncia do gĂȘnero discursivo como um elemento de organização nas interaçÔes discursivas nas interaçÔes verbais entre os seres humanos EntĂŁo sĂŁo caminhos diferentes para esses dois termos nĂ© nobin parte da vida para chegar oo gĂȘnero a linguĂ­stica textual parte do texto para
chegar ao gĂȘnero EntĂŁo sĂŁo reflexĂ”es muito diferentes e que do ponto de vista teĂłrico do ponto de vista binian vĂŁo ter consequĂȘncias diferentes EntĂŁo esse primeiro vĂ­deo nĂłs começamos a falar aĂ­ a respeito de alguns desses aspectos que eu abordei nesse minicurso e na sequĂȘncia do dos vĂ­deos nĂłs vamos ver outros aspectos Espero que vocĂȘ tenha gostado vai deixando aĂ­ o seu comentĂĄrio jĂĄ e me indicando se tem alguma questĂŁo que vocĂȘ gostaria que eu falasse mais eu agradeço por vocĂȘ ter ficado comigo a atĂ© o final do vĂ­deo Um grande abraço e atĂ© o
prĂłximo vĂ­deo
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