Olá seja muito bem-vindo seja muito bem-vinda ao décimo episódio do podcast mais que Finanças podcast em que a gente fala muito mais do que números nós falamos sobre comportamento financeiro e hoje eu decidi dar uma certa sequência no último episódio e falar mais sobre a atitude financeira porque no outro Episódio eu falei né a importância da atitude financeira frente ao comportamento financeiro que a maior parte das pessoas acabam priorizando a busca pelo conhecimento e esquecem né Essa parte que ela acaba sendo mais subjetiva mas é mais determinante para o direcionamento do teu comportamento Então hoje
eu vou explicar desde a base né como as atitudes elas são constituídas desde a infância né E como situações adversas como traumas por exemplo lá na nossa infância podem ser determinantes para que a gente tenha algum tipo de comportamento financeiro Então o tema de hoje vai pautar essas duas grandes áreas assim vai pautar Qual é o impacto né das nossas experiências de vivências na infância e como que isso pode repercutir na nossa vida adulta né como que a gente lida com dinheiro e também como que os traumas que a gente tem lá na infância que
a gente pode vir a ter lá na infância também podem desencadear em comportamentos nem sempre saudáveis né relacionados com o dinheiro então a gente vai para essas duas áreas assim é um tema bem interessante para aquelas mães né para quem é mãe para quem é pai e que por vezes negligencia a falar sobre dinheiro então eu vou trazer alguns algumas evidências científicas e também vai fazer com que tu te preocupe mais em tratar sobre esses assuntos junto dos seus filhos e para aquelas pessoas que assim como eu ainda não tem filho esse episódio é muito
importante já que faz com que a gente possa se remeter a nossa infância e entender alguns aspectos que podem estar direcionando nosso comportamento hoje né Então faz com que a gente entenda juntando lá o Episódio de tomada de decisão com o último episódio que eu falei sobre esses aspectos de conhecimento comportamento e atitude o de hoje vai fazer com que a gente consiga fazer um fechamento né Ah tá então agora eu consigo entender porque que lá no episódio da tomada de decisão tu pediu para que eu lembrasse Como que foi a minha infância Como que
foi a relação financeira que eu tinha lá e que os meus pais como eles gerenciavam dinheiro então esse episódio meio que encaixa né tanto no último quanto no detonada de decisão se tu não viu nenhum desses outros eu sugiro que tu volte lá e veja porque eles são complementares eu acho que vai ajudar bastante antes de começar falar efetivamente do assunto para quem não me conhece meu nome é Jéssica campara sou Doutor em Finanças comportamentais e estou sempre aqui todas as terças-feiras às 19 horas com Episódio novo então seja muito bem-vinda se você já está
aqui né ficou muito feliz por você estar acompanhando todo o conteúdo que eu tô trazendo aqui o objetivo é realmente que a gente vai trazendo a ciência e vai entendendo melhor o nosso comportamento financeiro Então fico lisonjeada por você estar aqui e está se aprofunda nesses conhecimentos para melhorar as suas decisões financeiras se você tem gostado ou se você gostou desse Episódio curte compartilha vamos fazer com que esse conteúdo ele vá abrangendo cada vez mais pessoas como eu sempre digo sem mais delongas vamos começar o episódio para entender a atitude financeira quais são os impactos
né das nossas experiências na infância nas nossas decisões financeiras como adulto e quais são os impactos né De traumas que a gente possa ter vivido lá na infância na nossa vida adulta também então vamos permear esses dois assuntos e finalmente Buscar algumas funções alguns direcionamentos como eu sempre trago né De nada adianta a gente tem um conhecimento aí agora o que que eu faço com isso então sempre no final a gente traz alguma solução né algum direcionamento para começar eu vou contar uma história que ontem eu estava falando para minha mãe sobre o que que
eu ia tratar no podcast ela me disse assim ah isso causa muito bem com uma história que eu sempre te conto eu tive história que sempre me conta e aí ela disse como eu enquanto tu não lembra antes não não lembro mas enfim ela me relembrou a história né que ela sempre disse que quando ia dar aula ela contava para os alunos dela que era a história do peixe que tinha uma família que sempre ao assar um peixe a um momento que ela ia assar o peixe ela tirava a cabeça e o rabo do peixe
e aí isso foi passando de geração para geração de geração para geração na hora de assar peixe e corta-se a cabeça e o rabo e mandado um momento algum ser iluminado chega e perguntas Então mas qual é o motivo da gente cortar o rabo e a cabeça né não se come tem algum problema e tal e aí os familiares ficaram meio assim não sei talvez né não sabiam direito no final das contas foram descobrir que o negócio de cortar o rabo e a cabeça é porque lá uma família muito atrás não tinha uma forma que
converse o peixe inteiro então eles cortavam a cabeça e o rabo e a partir disso a gente vai estruturando aquilo que a gente acredita né no caso dessa família eles acreditavam que o peixe tinha que ser assado sem cabeça sem sem rabo quando Na verdade era uma coisa que não era coerente então da mesma forma que a gente constrói esse tipo de crenças né que esse tipo de regras de Conduta e comportamento com um simples peixe a gente constrói essa mesmo esse mesmo não mecanismo com qualquer outro tipo de comportamento inclusive comportamento financeiro Então atitude
financeira né frente as nossas decisões elas são baseadas nas nossas experiências e é por isso que a gente tem que entender né Quais foram as experiências que nós vivemos na infância e por que na infância quando a gente é jovem muito jovem assim né desde o pré-natal 10 meses um ano dois anos três anos até mais ou menos o sete anos ali a gente ainda está num processo de desenvolvimento muito muito muito rápido mas em que o nosso cérebro realmente está em desenvolvimento e nesse processo de desenvolvimento a nossa neuroplasticidade ela é mais sensível pensa
assim eu vou dar um exemplo e eu vou conseguir e eu vou ir utilizando esse mesmo exemplo ao longo do ao longo do podcast pensa que tu tem pensa nas rodovias Então a gente tem rodovias federais nós temos rodovias estaduais aí a gente entra na cidade tem as ruas principais tem as Ruas dos bairros tem aquelas ruas que ainda não são pavimentadas então tem vários níveis de conexão né então por exemplo se eu quero sair do ponto ao ponto b eu tenho várias ruas a seguir até eu chegar lá no ponto que eu quero chegar
da mesma forma acontece com o nosso cérebro então por exemplo quando na infância tu ainda tem um cérebro muito sensível ao processo de aprendizado é como se a todo momento tu estivesse atento para conhecer um novo caminho então eu quero sair do ponto a do ponto b a primeiro a primeira vez eu fui por essa rua aqui aí agora eu vou ir por essa rua aí Aqui eu só usei Rua Municipal agora eu vou usar uma rua Federal uma rodovia federal e assim sucessivamente Então dentro desse processo né daí criando novos caminhos as crianças quando
elas estão no processo de desenvolvimento né que até os 7 anos é mais intenso e depois até os 25 anos a gente está desenvolvendo o nosso cérebro dentro deste processo a nossa sensibilidade para o aprendizado é muito rápido então tu pode pensar assim quando tu era criança eu aprendi as coisas muito rápido inclusive a gente vai por exemplo pensar no aprendizado de uma nova língua a gente não consegue depois dos 25 anos aprender uma nova língua de forma passiva só que tu aprendeu a falar de forma completamente passiva Tu não fez um esforço para aprender
falar tu simplesmente aprendeu a falar pelo contexto que tu estava né pelos estímulos que tu tinha e isso foi fazendo com que tu fosse aprendendo então não era um processo ativo aí eu vou estudar a fala como a gente faz adultos estudando inglês né vou estudar aqui como é que é cada palavra e tal não passivamente aquele aprendizado vai acontecendo e na fase infantil isso é mais aguçado né tanto é que depois dos 25 anos foram aprender alguma língua Ou qualquer outra coisa tu não consegue mais fazer esse aprendizado de forma passiva tu precisa exercer
um aprendizado de forma ativa então tu tem que direcionar foco atencional naquilo para que tu consiga aprender e na infância não então da mesma forma que tu aprende na infância uma nova língua no caso né Aprendi a falar sem necessidade de atenção focada naquilo a mesma coisa acontece com as experiências financeiras Então se tu está vivendo em um contexto em que Finanças é um assunto leve que é um assunto que todo mundo conversa que é um assunto que a família interage que os seus pais estimulam a poupança que eles investem se isso é um assunto
natural naturalmente tu vai introjetando isso como um comportamento padrão né como falar e aí tu vai repercutindo aquilo ao longo da tua vida agora se Finanças é um assunto que ninguém fala que ninguém toca no assunto que quando se fala de dinheiro o teu pai ainda olha para ti assim tu tá achando que dinheiro dá em árvore criatura aí tu vai olhar para aquilo que vai dizer assim nossa dinheiro é meio aversivo né porque se a gente toca assunto dinheiro me dá um climão aqui em casa então é melhor nem falar sobre o assunto e
aí tu vai te afastando né desses assuntos financeiros então da mesma forma que aprender a falar a gente aprende de forma passiva a gente aprende de forma passiva a lidar com dinheiro Tecnicamente falando isso se chama de socialização financeira e essa socialização financeira ela pode ser tanto implícita quanto explícita O que é explícita o teu pai a tua mãe sentar contigo e conversar sobre esses aspectos e eu tô falando Pai e mãe só para simplificar mas pode ser qualquer pessoa que esteja aí no processo ou que foi né a pessoa chave no teu processo de
criação então na forma explícita eles vão sentavam conversavam estimulavam te dar mesada vão conversar sobre Como que tu vai gerenciar esse dinheiro de forma implícita é aquelas conversas que vão acontecendo que tu vai absorvendo da mesma forma aqui na fala né tu vai ah aquela palavra significa isso aquela palavra significa aquilo que tu vai por Associação aprendendo né Por condicionamento tu vai aprendendo quando tu fala uma palavra certa tem um estímulo positivo um reforço positivo te dizendo muito bem isso mesmo né tu aprende assim com o dinheiro também vai aprendendo tu também vai introduzindo todos
esses conceitos e isso vai ser um direcionador importante para tua vida vamos pensar na Joana dentro desse processo para trazer um exemplo e simplificar o nosso entendimento A esse respeito pensa que a Joana a Joana na nossa personagem que a gente começou a usar lá no episódio de cartão de crédito se não me engano né e ajudar uma pessoa que ela gasta muito no cartão de crédito que ela adora fazer parcelas que ela promete rios e não a partir de agora eu não vou mais usar o cartão de crédito quando vejo Joana já tá usando
o cartão de crédito do novo e já já tá com as contas tudo ferrada de novo né se a gente foi pensar Vamos tentar entender qual seria o contexto da infância da Joana relacionada com dinheiro para que o comportamento dela hoje estivesse da forma que está se a gente for olhar para essa construção que eu estava falando né que da mesma forma que a gente aprende falar a gente aprende sobre dinheiro se os pais da Joana foram pessoas extremamente omissas com o dinheiro que não Falavam sobre dinheiro e que por vezes utilizavam o dinheiro como
um mecanismo de recompensa para Joana assim por exemplo ah dinheiro não dá em árvore em dinheiro não se fala quando se toca na palavra dinheiro gera Aquela aquele contexto de adversidade mas quando a Joana faz alguma coisa que seria legal eles recompensam com dinheiro presente né então o que que a Joana começa a relacionar bom se eu consigo ver o dinheiro como uma ferramenta de valorização como uma ferramenta de Ai Olha só se eu fizer uma coisa certa eu vou ganhar um presente e o que compra o presente é o dinheiro o presente vai começar
a ter um papel na vida da Joana de gerar sentimento da recompensa de gerar sentimento da bem-estar então ao longo da vida adulta dela sempre que aconteceu alguma coisa positiva o que que ela vai querer um presente só que daí talvez não é mais e no caso né da nossa história que a gente vem construindo com ela não é mais os pais dela que pagam por isso é ela que paga só que de uma forma que já não é mais sustentável né porque isso já tá afetando a saúde financeira dela então pode ser que os
pais da Joana tenham sido extremamente homicísticos com dinheiro e que tenham sempre presente ela quando ela fazia alguma coisa que fosse legal E aí ela repercute este mesmo comportamento na vida atual na vida de adulto aí tu pode estar pensando assim tá Jéssica mas os meus pais eles sempre foram muito hones com dinheiro também falar sobre dinheiro aqui em casa era uma coisa extremamente aversiva era só tocar no assunto que todo mundo mandava ficar quieto que não se fala sobre isso só que eu me tornei uma pessoa extremamente organizada que cuido das Minhas Finanças que
não gasto que economizo que pouco Como que tu pode explicar um padrão que no caso da Joana levou ela consumir muito e no meu caso me levou a ser mais mulher digamos assim né Eu usei o termo mulher que mas na verdade organizada né o que acontece não não é que um mesmo contexto vá levar e direcionar a um mesmo tipo de comportamento porque aquilo que tu vive né aquelas experiências que tu tem o que vai determinar o comportamento que tu vai ter lá na frente não é aquela experiência mas é a forma que tu
registrou aquela experiência é como que tu lembra daquela experiência e é como que aquela lembrança vai impactar na tua decisão hoje então aquelas lembranças né do passado tu usa hoje como ferramenta para ter da subsídio para que tu consiga tomar uma decisão é como se fosse um atalho mental voltando a estrada é tu sair do ponto a e do ponto b só que tu já fez tanto aquele caminho que tu aprendeu aquele caminho né então para ti é muito mais fácil sair do ponto a e do ponto e até o ponto b por determinada Rua
do que querer pensar num caminho novo a mesma coisa acontece com o nosso comportamento aquelas experiências que tu viveu lá tu vai interpretar de uma forma e aí aquela interpretação que tu fez que vai direcionar o teu comportamento tanto pode pensar assim a o meu irmão teve o mesmo tipo de criação que eu mas tem uma conduta com dinheiro diferente Claro a forma com que ele percebeu a situação pode ter sido diferente e tem uma outra coisa né ele também pode ter se exposto ao longo do tempo a outros estímulos que diferentes dos teus os
amigos os colegas os professores ele pode ter experienciado coisas que tu não experimentou e alguma coisinha pode ter feito com que ele mudasse e direcionar esse comportamento dele para um outro lado né ou simplesmente realmente a avaliação que ele fez né como aquilo tocou dentro dele foi diferente de como ter tocou porque a forma com que vocês foram testados pode ter Impacto também depois quando eu vou falar quando eu for falar De traumas eu vou contar a vida e a experiência da Sara tu vai entender um pouquinho sobre isso assim como que desde da gestação
até o período novo ali que tu tá em desenvolvimento como tudo Isso pode impactar no teu comportamento financeiro Então tudo isso pode fazer com que vocês tenham né e direcionem comportamentos diferentes dito isso tem um outro negócio que é muito importante dentro dessa construção de atitudes e crenças que direcionam o teu comportamento hoje né como eu disse no outro episódio há uma predominância das pessoas dando muita importância ao conhecimento aí eu preciso saber sobre investimentos eu preciso saber sobre gestão financeira eu preciso saber sobre IPCA eu preciso saber sobre taxa SELIC e eu não tô
dizendo que tu não precisa ir buscar estes conhecimentos mas o que acontece é que a maior parte dos estudos tem demonstrado e Inclusive tem um estudo depois como sempre né vou referenciar aqui embaixo tem um estudo muito interessante uma meta análise que que é metanálise né eles pegam todos os estudos relacionados com aquele assunto e eles vão avaliando os resultados daqueles estudos só que de forma todos juntos assim sabe E aí eles dizem olha de todo esse compilado aqui de artigos há um entendimento que segue nessa linha e aí foi realizado uma metanálise com o
conhecimento atitude comportamento financeiro essa metanálise então ela revelou que todos os estudos ali que ela tava compilando o impacto do conhecimento financeiro era quase insignificante que o que realmente mais importava eram as atitudes né direcionadas pelas crenças e depois o comportamento e aí a gente volta tá mas o que que determina as nossas crenças E aí mais uma vez a gente volta as experiências vividas na infância porque porque tudo aquilo que a gente vive na infância como nós estamos mais predispostos ao processo de aprendizado a gente registra né de forma mais intensa na nossa memória
e isso acaba direcionando mais o nosso comportamento e a nossa conduta ao longo da vida portanto a partir dessa dessa metanálise né a gente reforça o que eu já tinha dito no último no último podcast de que não basta só o conhecimento Pensa como que era quando o assunto era dinheiro dentro da sala de aula e provavelmente se tu tenha mais ou menos a minha idade né ali pelos 30 e Poucos Anos 30 anos eu tenho caso é Provavelmente tu não aprendeu muito sobre educação financeira no colégio porque na nossa época não era obrigatório hoje
em dia dentro da bncc que é a base Nacional curricular já tem educação financeira então provavelmente as crianças de agora elas já escutem né sobre juros e tudo isso nas suas vidas Mas nós nem isso tínhamos né só que vamos pensar que a gente teve alguma professora abençoada que resolveu tratar sobre esse assunto E aí pensa o que que tu acha que teria mais Impacto a tua professora pegar e dizer assim olha só quando se faz financiamento imobiliário a gente vai pegar lá 200 mil 250 mil reais e vai pagar 500 por causa do impacto
dos juros e aí ela vai para o quadro ela desenha um gráfico ela até mostra como é que Acontece aquilo tá se tu não tem identifica com aquela situação aquilo entra no momento sai no outro ainda pensa Ai que saco Será que cai na prova eu tenho que aprender isso aí porque por que que é mais usar isso ainda na minha vida é assim que estudantes pensam né agora se tu chegar na tua casa e tu vê o teu pai e a tua mãe fazendo planilhas e discutindo olha aqui a gente financiou e a gente
não tinha se dado conta mas na realidade a gente está pagando o dobro do valor que a gente financiou de juros então a gente podia estar se a gente tivesse pagando esse dinheiro juntando esse dinheiro a gente podia tá comprando duas casas porque uma casa a gente tá dando para o banco em forma de juros Então vamos montar aqui uma estratégia dentro da família para que todos se juntem se unam para que a gente reduz os gastos e consiga pagar mais rápido esse financiamento porque isso vai fazer com que a gente reduza aí o pagamento
de juros e no mínimo 80 mil cem mil reais se a gente conseguir antecipar as parcelas isso é real tá um paralelo à parte na semana passada mesmo eu estava atendendo um cliente que ele vai ter uma redução de 86 mil mais ou menos no juros que eles vai que ele vai pagar de um financiamento imobiliário pelo simples fato dele conseguir juntar dinheiro e fazer aportes recorrentes durante os anos então ao invés dele pagar um financiamento até quase 2050 ele vai pagar até 2027 e ele vai economizar em torno de 86 mil reais e isso
acontece só que se eu só tenho de série isso isso pouco em um impacto vai ter na tua vida se tu não estiver vivenciando isso da mesma forma se a tua professora deixa eu lembrar como é que era o nome da minha professora de matemática Margarete como é que era o nome da matéria da professora de matemática vou pedir ajudas universitários hoje eu tenho plateia minha mãe está aqui meu marido está aqui como era o nome da minha professora de matemática no colégio eu não lembro que feio não até no nariz tá não lembro acho
que era Maristela Maristela eu acho Maristela agora ela olha e pensa Nossa Jéssica não lembro de mim que triste e eu sempre fui muito boa aluna né Então as professoras normalmente lembram de mim e aí se eu pensar né e lembrar lá na minha professora Maristela dificilmente eu vou me Recordar dela me explicando alguma coisa nesse sentido só que se eu vivesse isso na minha família isso se tornaria um processo de aprendizado muito mais intenso e eu levaria mais para minha vida porque porque eu vi né o resultado que aquilo estava gerando a mesma coisa
é você então o que que os estudos mostram né que eu sempre fato de incorporar a educação financeira nas escolas não é determinante para que as pessoas tenham melhores decisões financeiras porque o que eles vivenciam em seus lares é mais importante dando outro exemplo né se tu chegar em casa se tu chegar no colégio por exemplo e a professora Margarete que era minha professora roupa Maristela é que eu tive uma outra professora Margarete se tu chegar no colégio a professora Maristela chegar e dizer assim olha não usa cartão de crédito porque isso porque aquilo fizer
toda uma construção né tu vai olhar e dizer assim ah tá aqui cartão de crédito né volta né na tua infância lá com teus oito anos meio rebelde 10 anos meio Rebelde pré-adolescente Rebelde ai que saco né Que assunto mais chato na aula e aí tu chega em casa teu pai e tua mãe estão com uma dívida danada do cartão de crédito a dívida com o cartão de crédito vai ser muito impactante muito mais impactante do que a professora tá dizendo um outro exemplo Digamos que a professora chega e diga assim olha você tem que
pensar na aposentadoria vocês tem que economizar porque se vocês economizarem tantos por mês vocês vão conseguir construir um patrimônio de X valor num longo de 30 anos isso vai dar segurança financeira tu não vai precisar depender da INSS de governo entrou no ouvido e sai um outro tu tem 15 16 anos que que isso vai importar aposentadoria tá louco tá muito longe tá muito distante né agora se tu chegar em casa teu pai é tua mãe te estimular em todos os dias olha vamos investir vamos organizar é importante tu vai levar isso mais para tua
vida né E tem estudo bem interessante mostrando exatamente isso que os pais que estimulam os seus filhos desde a infância a economizar que esses filhos tem uma menor propensão adquirir dívida ao longo da vida e não só na fase adulta porque eles pegaram todas as fases né de 18 até idosos e todos que tiveram essas conversas sobre economia com os pais todos apresentaram menores índices de dívida então isso realmente acontece e a ciência comprova E se a gente for olhar no nosso senso comum a gente também vai entender que sim né que é um muito
maior o que o nossos pais dizem e vivenciam do que a nossa professora Maristela falando então esses estudos todos eles começaram a apontar para a importância do contexto do ambiente dos estímulos que nós fomos sendo introduzidos ao longo das nossas vidas e o quanto isso é determinante para as nossas decisões financeiras E aí entra o conceito de socialização financeira que eu já havia comentado né que é esse essa questão de o que que os meus pais e o ambiente em que eu estou vivendo está me transmitindo de conhecimento e experiências relacionadas com dinheiro e o
que isso está me gerando de repercussões ao longo da minha vida é essas questões que a gente vai vivenciando no dia a dia isso ultimamente a gente vai aprendendo o pai e a mãe não precisam sentar e dizer assim ó Isso aqui isso aqui é juros Melancia o assunto dinheiro foram um assunto natural na família inclusive o bem-estar financeiro dos adultos melhor então tem vários estudos assim Resumindo né alguns estudos relacionados a isso O de poupança Eu já falei né que pais que estimulam poupança tem filhos menos endividados ao longo da vida outro estudo muito
interessante mostra que pais que tem dívidas no cartão não que isso vai determinar que tu também tenha dívida no teu cartão de crédito entretanto pais que conversam abertamente sobre dinheiro em casa diminui o risco de tu ter dívida lá na frente então tu vai ter menos risco desse endividar e determinar o uso com o cartão de crédito quando os pais falam sobre assuntos financeiros Então isso é um dado bem interessante também né um outro dado bem relevante é relacionado ao Impacto né dessas aspectos implícitos e explícitos e um dos aspectos que eles conseguiam como um
maior potencial para melhorar tanto as nossas decisões financeiras quanto a nossa saúde financeira são aquelas questões relacionadas à segurança então pais que passam segurança financeira tornam os filhos mais seguros e esses filhos tem uma melhor um melhor bem-estar financeiro Então todos esses estudos demonstram que há uma importância gigantesca de primeiro nós buscarmos entender o que que nós vivemos na nossa infância relacionada com dinheiro porque isso pode estar direcionando nosso comportamento e se nós não soubermos a gente não tem como mudar é aquilo que eu falo sempre né a gente não muda o que não conhece
então se nós voltarmos a história do peixe se um determinado membro da família não tivesse chega e dito assim olha espera aí por que que a gente come o peixe sem cabeça e sem rabo né se algum membro não tivesse chega me perguntado entendido que era só porque a forma era pequena todas as outras gerações e um seguir comendo peixe sem rabo sem cabeça e ninguém nunca ia entender o porquê e iam seguir repetindo aquele mesmo padrão é quando tu sai do ponto a na estrada e vai para o ponto b e tu não cogita
e por uma outra trajeto porque que ele ficou tão automático na tua vida que é normal tu fazer aquele trajeto então quando a gente entende o motivo né era porque a forma era pequena ou era porque aquele trajeto meu pai fazia tu entende Ah então é por isso que eu faço isso aqui se tu pensasse assim ah o meus pais eles sentaram lá e me mostraram que usar o cartão de crédito não era legal que isso poderia ter me endividado aí tu pode entender por exemplo porque que hoje tu é uma pessoa que tem aversão
ou cartão de crédito ou os teus pais podem ser pessoas que eram extremamente Dias organizadas com o dinheiro e tu repetir Exatamente esse mesmo padrão Ou por outro lado tu pode ter olhado aquele contexto e dito assim opa não quero viver isso aqui e aí tu pode ter rejeitado aquele padrão e ter feito uma coisa completamente diferente daquilo que é tratar o dinheiro como se fosse uma coisa meu Deus eu não posso perder porque senão eu vou me bagunçar E aí tratar com uma obsessão na gestão financeira então todo o nosso comportamento Independente de qual
seja tem origem lá na nossa infância mais uma vez é na infância que nós estamos mais sensíveis ao processo de aprendizado e as nossas experiências lá é como se elas ficassem mais registradas na nossa cabeça e vão conduzindo o nosso comportamento então esse processo todo de entendimento é muito importante porque se a gente não sabe a origem a gente segue cometendo e fazendo a mesma coisa se a gente entende o porquê daquilo eu entendo que o peixe era assado na forma porque a forma era pequena eu vou decidir hoje de forma racional ou Mas será
que eu quero assar o peixe só sem cabeça e sem rabo aí tu vai conseguir olhar a situação de forma Realista e não mais distorcida pelo uma experiência passada tu vai conseguir ativar o que eu sempre falo que é o nosso córtex pré-frontal vai colocar ele para junto vai trazer teu cientista e dizer assim tá bom eu automatizei esse comportamento por causa daquelas experiências mas dentro do contexto hoje dentro do cenário atual Isso é a melhor escolha esse efeito E aí tu vai reconfigurar para tomada de decisão então é muito importante que a gente entenda
a raiz que para que a gente consiga decidir se aquela alternativa realmente é a melhor ou não e eu tenho uma frase que eu sempre digo né que não adianta a gente ficar tomando Neosaldina sem saber o porquê que a gente está tendo na cabeça se tu passar a vida inteira tomando Neosaldina para dor de cabeça sem saber a raiz da dor de cabeça tu nunca resolve o problema na vida financeira é a mesma coisa se a gente não entender a raiz daquele comportamento eu nunca vou conseguir mudar aquele comportamento porque a gente não muda
o que a gente não conhece os pais os filhos e gerações seguintes iam seguir fazendo o peixe sem cabeça e sem rabo não seja você uma pessoa que está fazendo peixe sem cabeça sem rabo sem saber o porquê que tu tá fazendo isso né vamos entender se hoje diante do cenário que nós temos Essa é realmente a melhor opção se sair do ponto a para o ponto b da estrada por aquele caminho é a melhor opção ou dentro da atual situação dentro da atual realidade já se construir uma nova Rua que é melhor e que
a gente pode mudar para o curso Então esses entendimentos eles são importantes para que a gente comece a racionalizar o nosso processo de tomada de decisão e escolher o melhor caminho sem estar automatizando esse processo né Lembrando das nossas tanto dos nossos ensinamentos explícitos quanto dos nossos ensinamentos implícitos Os dois têm Então a gente tem que lembrar muito mais do que o que infelizmente a professora Margareth trouxe lá os ensinamentos dela são muito importantes mas o impacto deles né para que a gente registra essa informação é muito menor do que ter vivido experiências nesse sentido
por isso se você é pai mãe se preocupe em falar sobre dinheiro com seu filho se preocupe em discutir se preocupe introduzir esses aspectos de poupança de gestão financeira consciente falar sobre endividamento falar sobre os riscos do endividamento falar sobre a importância do investimento importância da segurança financeira tá nesses assuntos porque isso vai fazer com que na fase adulta ele tenha tanto mais segurança quanto ele consiga também construir uma vida com melhor bem-estar financeiro né ele se sinta melhor diante das situações que ele tá vivendo então não negligência isso aos filhos já que eu também
não tenho filho ainda né Nós filhos Vamos fazer uma retrospectiva para avaliar o que que a gente aprendeu lá com os nossos pais e Diante Do Que Nós aprendemos e diante dos comportamentos que nós temos reproduzido hoje o que que faz sentido para a Realidade Atual e o que que não faz sentido para Realidade Atual O que que eu preciso reorganizar o que que eu preciso melhorar em termos de habilidade de atitude de conhecimento de comportamento que vão fazer com que eu atinge meus objetivos sem simplesmente repetir aquele padrão de forma certa mas para isso
a gente tem que entender da onde vem o padrão então eu trouxe esse assunto porque eu acho que é importante nós mergulharmos nessas reflexões porque senão a gente segue de forma completamente automática reproduzindo esses comportamentos sem nem perceber E aí obviamente eu poderia ir para um outro lado bem mais lógico da coisa mas o objetivo hoje aqui não é ir para esse lado então vou cessar esse assunto por aqui porque eu quero tratar um pouco mais sobre as questões de traumas né porque se na infância Nós aprendemos tudo aquilo que os nossos pais vivem e
tudo aquilo que eles nos mostram e as experiências que a gente tem acesso junto a deles e isso impacta na nossa tomada de decisão financeira o quanto traumas não impactam né o quanto viver experiências aversivas na infância não podem gerar impactos para nós como adultos inclusive na gestão financeira então eu quero falar sobre isso porque eu acho que fecha com chave de ouro essa questão de entender a importância das nossas experiências e aprendizados na infância para nossa tomada de decisão adulta e aí se a gente parar para pensar Tem tantas pessoas que vivem né E
que viveram certos traumas e que não entendem o porquê que hoje na vida adulta elas tomam determinadas decisões né Sem relacionar com aquilo que elas viveram no passado e que talvez a partir do acesso a esse conhecimento comecem a entender e comecem a mudar esse padrão de comportamento só que daí a gente tem que entender um pouco mais profundo Qual o impacto dos traumas na infância na nossa vida e o que que isso pode desencadear também para nossa vida financeira e para falar desse assunto eu quero contar uma história a história da Sara e essa
é uma história eu adoro quando eu encontro estudos desse jeito sabe a ciência tá evoluindo para realmente tornar o conhecimento um pouco mais palpável e aí tem um estudo que fala sobre a história da Sara só que antes de contar a história da Sara eu quero falar sobre neurobiologicamente o impacto dos traumas no desenvolvimento cerebral e entenda por traumas qualquer situação adversa como violência doméstica como briga entre o pai e mãe ou entre as pessoas que te cuidam como violência emocional né aquelas manipulações emocionais que existem nas famílias ou até situações realmente em que tu
sofra algum abuso E isso tem uma repercussão na tua vida até a falta de dinheiro que é um aspecto que eu vou tratar então todas as situações elas podem ser medidas como um trauma e quanto maior o impacto emocional da situação na tua vida maior o dano que vai acontecer no teu cérebro Ou seja que que eu quero dizer com isso quando a gente tem experiências negativas na nossa vida né E principalmente na infância isso gera uma alteração neurobiológica o teu cérebro muda a estrutura a partir da experiências adversas tem um estudo incrível que fez
também uma análise de vários estudos né relacionados ao Impacto dos traumas na infância e aí ele mostra Impacto de trauma quando ainda tá na gestação depois até os dois anos depois na adolescência depois adulto depois na idade mais avançada os idosos ele mostra um gráfico do impacto que um trauma em cada uma das fases da vida vai ter no desenvolvimento cerebral E aí voltando né o que eu já comentei o nosso desenvolvimento cerebral ele acontece de forma gradual ao longo do tempo então ele começa a se desenvolver desde o momento em que nós somos concebidos
né até os nossos 25 anos então o nosso cérebro ele vai ser desenvolvendo né obviamente não sei exatamente quando que ele começa a ser constitui como o cérebro né nos meses mas ele vai se desenvolvendo se desenvolvendo até os nossos 25 anos dentro desse período nas fases iniciais tal o desenvolvimento do nosso uma das áreas né E aí eu vou falar só das áreas que tem Impacto quando já era trauma uma das áreas que é desenvolvido ali nos primeiro momento é o que a gente chama de hipocampo o hipocampo é onde está armazenada todo o
nosso processo de aprendizado de memória então por exemplo crianças que por exemplo sofram e sofrem traumas Elas têm uma dificuldade de do hipocampo com isso crianças que sofreram traumas Elas têm maior dificuldade de aprendizado E aí tem um estudo muito interessante que diz isso que se eu sofri né um trauma na infância e eu tive prejuízo no meu hipocampo eu tenho mais dificuldade de aprendizado se eu tenho mais dificuldade de aprendizado provavelmente eu consigo me destacar menos em meio profissional porque eu não consigo avançar no processo de aprendizado eu não consigo me destacar eu não
consigo por exemplo assim um programador digamos né que é uma pessoa que precisa ter uma cabeça lógica um raciocínio e ter aquela o entendimento né das coisas tem que aprender muito rápido né tem que ser meio autodidata assim Dificilmente uma pessoa que viveu traumas muito grandes vai conseguir né porque porque ele tem uma dificuldade isso é determinante Claro que não mas existe esse Impacto E aí vai depender dos estímulos que tu vai ter submeter para que isso seja ou não determinante na tua vida mas que existe isso então crianças que sofrem traumas tem um impacto
no processo de aprendizagem no processo cognitivo uma outra área do cérebro que também sofre quando a gente vivencia algum tipo de trauma é o nosso córtex pré frontal que é o nosso cientista que eu sempre falo dele né que é quem racionaliza então pessoas que vivem traumas Elas têm uma menor ativação do pré-frontal e uma maior ativação da amígdala a amígdala no nosso cérebro fica bem minhoquinha do nosso cérebro a amida ela é responsável por detectar medo Então se tu sofreu um trauma muito grande a tua amígdala disparou E aí concomitantemente a tua vida ela
dispara e o teu pré frontal desliga é óbvio que tu vai tomar decisões irracionais porque porque tu tá com uma parte que é extremamente Me tira daqui que eu preciso sobreviver e uma outra parte que seria calma não tem nada de errado fica tranquila desligada quer ver uma exemplo muito muito simbólico disso assim é um exemplo esdrúxulo mas consegue sintetizar isso que eu tô dizendo quando eu era pequena pequena eu digo ali uns 8 10 anos nós moravamos numa casa né E era uma cidade pequena 8 mil habitantes e eu devia ter ali meus oito
anos e essa casa tinha um portão e a gente tinha que fechar esse portão de noite com cadeado não tinha não tinha como hoje em dia tem acho que naquela época tinha também mas nós não tínhamos portão de controle só que era no pátio né não era era do lado assim era no pátio aí meu pai morava assim vai fechar o portão ai meu Deus que medo eu não quero fechar esse portãozinho ia com muito medo e aí o que que acontece minha amiga ela tava disparando Né tava dizendo assim Pode ser que tenha perigo
aí o meu quarto é que esperar frontal vem dizer assim deixa de ser boba não tem ninguém na rua isso aqui é extremamente pacato não tem risco nenhum tu ir ali fechar o portão Deixa de ser boba vai lá e fecha o portão aí eu ia ir lá e fechava o portão crianças que podem ter passado por traumas muito aversivos poderiam não ter esse ímpeto de fazer o que eu fazia porque o que que eu fazia eu jogava com esses dois Campos do meu cérebro né um me dizia assim é perigoso Sai daí não faz
e o outro me diz assim deixa de ser bobo não tem nada de perigo aí vai lá e faz o que tem que ser feito então o Cortex pré frontal é o que racionaliza e o que dá uma desligada na minha amídala aí Provavelmente o que acontecia na minha amígdala ela tá bom não tem nada de risco vou lá fechar o portão e aí eu ia lá e fechava o portão então isso acontece né regularmente no nosso cérebro a nossa amígdala ela dispara a qualquer situação que remeta qualquer tipo de risco e aí o cérebro
vem lá e diz assim Calma isso aí tu achou que pudesse ser arriscado mas não é por causa disso disso racionalizou vai lá e faz só que crianças que viveram traumas tem essa combinação prejudicada por quê porque amígdala realmente ela tá mais ativa e o pré-frontal mais desligado E aí talvez essa compensação não aconteça de uma forma eficiente a ponto de Direcionar para o melhor comportamento e aí acaba que a gente tem um prejuízo no nosso comportamento então traumas geram esse prejuízo a partir disso um outro um outro problema né que o trauma pode trazer
é que o nosso eixo hpa tornado com estresse ele também fica mais ativo crianças que viveram né situações muito aversivas elas têm uma sensibilidade maior ao estresse então elas acabam sendo mais suscetíveis ao stress ao longo da vida e também a partir disso também consequentemente ter mais pré dispostas a apresentar sintomas de depressão tem um outro estudo que mostra que dependendo do trauma vivenciado na infância esse eixo hpa então elas ficam mais suscetíveis ao stress e também tem um impacto no sistema meso límbico relacionado com a dopamina que que é dopamina motivação né aquilo que
te deixa assim Ah legal eu vou fazer isso eu vou fazer aquilo não sei o que não sei o que então pessoas que viveram alguns traumas esses traumas pode fazer com que tenha essa dificuldade de ter essa motivação né Essa entusiasmo aí são pessoas que são um pouco mais apáticas a gente chama isso de anedonia né São pessoas que tá tudo bem E às vezes eu sinto Pergunta assim tu tava bem o que que aconteceu lá eu não sei não tô afim tá tudo bem sabe aquela pessoa que parece meio Pateta às vezes até que
tipo tá acorda criatura só que na realidade daqui a pouco essa pessoa viveu por um processo traumático na infância e tá só repercutindo isso na fase ela nem se deu conta então ela tem anedonia ela tem né uma menor motivação por causa do trauma que ela viveu e ela nem se deu conta então para ver como todos esses aspectos eles influenciam né um trauma vivido lá na infância pode ter todas essas repercussões ao longo da nossa vida E aí tem uns estudos muito interessantes Acho que até já comentei aqui no podcast sobre eles que avaliam
né Como que o relacionamento afetivo entre pais os cuidadores né aí depende de quem viveu como que esse relacionamento afetivo ele pode desencadear no teu comportamento como adulto e nesse sentido tem um estudo muito interessante que ele avaliou eu acho que até já comentei sobre esse estudo aqui no podcast que ele avaliou o quanto a relação afetiva ela era importante ou se simplesmente o leite né se as crianças elas criavam essa dependência materna só por causa do leite então eles pegaram e botaram dois macaquinhos né um macaquinho que seria um macaquinho felpudinho gostosinho assim aconchegante
né era um boneco e um outro que tinha leite e o outro macaco que era um macaco de verdade no caso né ele sempre preferia estar no colo do macaquinho enfia o pudim que tinha um colo gostosinho do que naquele colo que estava dando leite e aí eles começaram a se aprofundar nesses estudos né Tem vários estudos relacionados a isso o objetivo hoje não é o me aprofundar nesses estudos da teoria do afeto que é o nome né que baliza esses estudos a teoria do afeto mas só para dizer assim não é o simples fato
da mãe te dar comida ou o pai seja lá quem for né terá comida que faz com que tu satisfaça tuas necessidades a necessidades afetivas que precisam ser cuidadas E essas E essas necessidades afetivas se não atendidas também já era repercussão na fase adulta inclusive levando a maior probabilidade de drogas de álcool né de problemas de dependência então que os estudos mostram né relacionados a vida financeira tem um estudo que avaliou os tipos de relacionamento que as pessoas estabele com seus pais e o impacto que isso tinha na sua vida financeira E aí dentro da
teoria do afeto eles discutiram o afeto segurança né porque daí tem tipos de afeto que tu estabelece com os teus pais e aí eles dizem que tu repete esse padrão de comportamento ao longo da tua vida então se quando tu era criança tu estabeleceu um relacionamento afetivo com os teus pais de segurança então é aquela coisa de confiança de se sentir firme dentro de ter aquela coisa eu sei que eu posso ir mas eu tenho onde voltar aquela questão realmente ter esse acolhimento E essas pessoas elas desenvolvem relações afetivas de segurança tem um outro grupo
ele é um relacionamento que é evitativo porque porque às vezes eu tenho às vezes eu não tenho então assim melhor eu ser independente do que criar dependência E aí são aquelas pessoas que são meio assim deixa que eu me viro não preciso de ninguém né que elas têm um certo medo de serem abandonadas de serem rejeitadas e por fim tem um outro padrão de relacionamento afetivo que é o relacionamento afetivo ansioso e esse é um dos piores né que é quando realmente não se estabelece vínculos que são vínculos que suprem essa necessidade afetiva então é
meio solto assim e aí a partir desses três tipos de afeto pode estabelecer como relacionamento que é aquele afeto que é de segurança aquela relacionamento de afeto evitativo e aquele afeto ansioso quando as crianças elas estabelecem vínculo afetivo muito bom aqueles de segurança o que que acontece na fase adulta relacionada com dinheiro são crianças mais seguras que gastam menos que controlam melhor as suas Finanças que tem melhor bem-estar financeiro entretanto aquelas crianças que estão nesses outros dois grupos ou evitativo ou ansioso E aí a gente já levaria para essas aspectos que seria quase como um
trauma né de não ter suprido a necessidade afetiva E aí essas crianças que têm essas relações afetivas ou evitativa ou ansiosa Olha que interessante elas apresentam maior gasto mais maior imediatismo Lembra que eu falei que o trauma ele pode gerar um problema no sistema neurolinico da dopamina da motivação então isso aqui impacta nesse aspecto também né porque são crianças que elas vão ter uma menor capacidade de adiar os prazeres Então elas querem antecipar os prazeres de impulsividade para várias áreas então eu posso ser dependente de drogas de algo como eu posso ser dependente de compra
ou de comida né então eu posso uma mesma situação pode desencadear diversos resultados depende o que que desencadeou em cada uma das situações então todo esse contexto ele faz com que essas pessoas no final das contas sem o menor bem-estar financeiro né então para ver com que o impacto de uma situação que é a falta de afeto pode gerar resultados inclusive na situação financeira na vida adulta e tem estudos mostrando que inclusive falta de afeto na idade infantil ali quando jovens no desenvolvimento que isso pode fazer com que na fase adulta as pessoas usam o
consumo por exemplo como uma estratégia né de compensação então É como se eu fosse usar o consumo para diminuir a minha sensação de baixa autoestima ou para diminuir a minha dor emocional a gente chama isso de colocar o consumo como regulador emocional né Eu já falei sobre isso no de compras compulsivas Se não me engano então sempre que por exemplo afeto na minha vida ou o que eu sofri algum trauma na minha vida lá na infância Pode ser que eu desencadeie esses padrões de comportamento mais impulsivos em relação ao dinheiro para amenizar aquelas dores então
eu vou comprar mais porque eu não fui amado e aí a gente vai começando a estabelecer alguns vínculos que nada Racionais são mães que ao longo da vida foram tão repetidos que eu acabo mantendo aquele padrão é seguir comendo peixe sem cabeça e sem rabo então entender isso né faz com que a gente volte na infância Olhe tá eu não tive esse afeto lá mas é coerente hoje Eu segui comprando para suprir aquela necessidade não porque eu comprar hoje Não vai suprir aquela necessidade então o que que eu preciso fazer de forma realista para suprir
aquela necessidade que não vai me afetar em outro área que é a área financeira E aí principalmente para as pessoas que têm muito esse padrão eu realmente sugiro que que ajuda terapia nesses casos é muito importante para que a gente vá racionalizando e direcionando né esse sentimentos para os lugares certos e não vai distorcendo e generalizando por exemplo achando que comprava e resolveu o problema quando na verdade vai só amplificar o teu problema porque vai fazer com que por exemplo possa correr um risco desse endividar então a gente tem que ter esses cuidados e aí
um último trauma né que também pode gerar um impacto muito grande na vida financeira e pelo que os estudos mostram traumas de abuso sexual são os traumas que tem maior impacto dentro do nosso desenvolvimento cerebral e depois na nossa vida adulta quando eu falava da Sara um exemplo que o artigo traz da Saara é um exemplo sobre abuso E aí ele conta toda a história que essa área é uma mulher que já deu a idade que tem três filhos divorciada e entrou em contato com o consultor financeiro assim olha eu não sei mais o que
fazer porque eu tô cheia de dívida eu não sei mais como resolver o meu problema e aí né quando a gente trabalha com comportamento vinculado com os números a gente não vai só olhar os números e Nesse artigo Eles estavam trabalhando com comportamento né olhando esses aspectos e atitude e comportamento e não só o conhecimento Se eu olhar só para conhecimento no caso da Sara eu vou chegar para ela e dizer assim OK diante dessa situação vamos ver aqui quanto tu deve Qual é o teu orçamento quanto que a gente tem que ganhar mais onde
é que a gente pode enxugar e é isso vai para casa e segue a vida porque tu tem que seguir esse plano E aí no primeiro mês ela já não ia seguir aquele plano e já ia ter uma sensação de frustração gigantesca porque não conseguiu cumprir com comprometido E aí a percepção de alta eficácia dela já ia para o chão porque ela acha que não dá conta de resolver aquele problema e aí ela nunca dá conta e aí ela segue alimentando aquele problema então nesses casos né O que que nós precisamos olhar o que que
gera e faz com que ao longo do tempo a Sara tem a constituído mais e mais dívidas E aí no exemplo no artigo né Depois eu coloco a referência aqui ele vai construindo um tratamento com a Sara buscando entender o motivo pelo qual ela apresenta aquele tipo de padrão de consumo e o padrão de ter dívidas E aí ele chega no fato do abuso E aí ela começa a contar que durante a vida infantil dela até mais ou menos uns 18 anos ela morava com os pais com a família e que ela sofria de abuso
em relação ao pai e que sempre para compensar isso ela ganhava algumas benéficas ou ela ganhava presente ou ela ganhava dinheiro ou ela podia assistir mais televisão e que ela era tida como chacota dentro da casa porque os irmãos ela preferida porque tu tem essas benéficos e tal quando na verdade essas Menezes eram consequência E aí ela se sentia muito culpada como criança né mas ao mesmo tempo ela também gostava de ter essas benéfis então havia um conflito muito grande e aí quando ela foi amadurecendo ela foi se sentindo cada vez mais culpada mas envergonhada
dessa situação e ela só quis sair de casa e aí ela casou para sair de casa né E aí ao longo do tempo ela foi gastando mais né E ela nunca se sentia merecedora daquilo Porque ela tinha o sentimento predominante da Sara era culpa então como é que ela ia se auto beneficiar do dinheiro dela então é como se o dinheiro chegasse na mão dela e fosse embora o dinheiro chegasse na mão dela e fosse embora porque um benefício próprio nada podia ser porque ela sentia a crença Central dela era de culpa E aí no
momento que ela entendeu isso ela começa a mudar o comportamento e aí eu já entro na última etapa né para mostrar que coisas que tu viveu lá na tua infância podem estar conduzindo o teu comportamento hoje tu nem te dá conta e aí tem uma estratégia que a gente pode empregar mais uma vez se tu tem uma situação muito complicada que tu nunca buscou e que a partir do que eu tô dizendo agora e desculpe se eu fiz com que surgisse algum tipo de ansiedade mas se tu sentiu algum tipo de ansiedade busca e ajuda
é importante Porque isso pode fazer com que tu consiga melhorar tanto a tua relação com dinheiro quanto contigo mesmo e resolver diversos questões que estavam aí guardadas dentro de ti e que tu nem percebia que tinha um impacto tão grande na tua vida e aí uma das estratégias que tu pode implementando né além de obviamente buscar uma ajuda terapêutica para isso é por exemplo é primeiro ponto né qual é qual é a primeira fase desse processo de tratamento que foi O que foi implementado com a Sara e que dentro do artigo né E que realmente
funciona e que eu mesma aplico muitas dessas estratégias no processo de mentoria A primeira é a conscientização porque a primeira fase do problema é inconsciência tu não sabe que tu tem aquele problema tu não sabe que aquele problema Ou aquele trauma tá te repercutindo nesses resultados financeiros então tu pode gastar um monte e tu não saber que tu gasta um monte porque tu simplesmente tem como criança Central ocupa E tu acha que nada pode ser para ti então tu esbanja dinheiro para ficar sem o mesmo Pode não ter essa consciência e aí tu só repetir
Então a primeira fase é entender esse padrão comportamental por isso que eu decidi fazer esse episódio porque eu acho que a partir disso tu consegue começar pelo menos a raciocinar a buscar esse entendimento Opa agora eu entendi o que que acontece aqui comigo agora eu entendi inclusive que isso mudou neurobiologicamente a situação que está acontecendo lá dentro então agora eu posso Me direcionar a mudança né agora eu posso caminhar para melhora então eu parto do mundo inconsciente que eu não sei o que que tava acontecendo Eu não sei o que tava repercutindo e eu entendo
E aí essa é a segunda fase é a descoberta bom eu me comporto assim por causa daquilo aí eu vou para descoberta entendendo e conseguindo digerir né essa situação aí tu vai para terceira etapa a terceira etapa é como se fosse a recuperação Bom eu vivi isso o que eu vivi me repercutiu isso e agora vamos racionalizar esse processo e entender de forma coerente que que é isso é mesmo que tu já não tenha mais a mesma capacidade né de neuroplasticidade que tu tinha lá na infância é tu exercitar para pensar bom antes eu sempre
fui para essa rua mas agora quem sabe eu vá pela outra rua vou conhecer a outra rua vou me permitir conhecer a outra rua deixa eu ir do ponto a o ponto b por uma outra caminho ou deixa eu cozinhar o peixe com a cabeça com rabo né Para que eu saiba se é melhor ou pior mas para isso eu preciso experienciar então buscar outros caminhos né buscar outras alternativas e entender que aquilo que tu tava fazendo não é o fim não é o determinante não é o que realmente vai te levar para o resultado
que tu quer então buscar essas alternativas e por fim mas não menos importante é a restauração é tu conseguir a partir de todo esse processo né de deixar de ser inconsciente de conseguir entender essa situação vai conseguir racionalizar isso fazer com que esse novo cenário torne-se agradável e recorrente na tua vida né então por exemplo assim a Sara depois de tudo isso ela pode ter entendido bom então aqui ó eu gasto e tenho feito dívidas porque eu me sinto culpada E aí a partir de agora ela vai entender que não é ela ficando sem dinheiro
que vai amenizar a culpa dela talvez ela buscar uma terapia entender esse sentimento talvez por vezes até buscar conversar com o pai que obviamente depende da circunstância ele tem toda uma condução de tratamento por trás disso mas quem sabe buscar essas alternativas pode fazer com que ela mude o comportamento dela mas sem entender isso ela nunca mudará o comportamento porque ela vai seguir fazendo o peixe sem rabo sem cabeça então o meu convite aqui embora pode ter sido um episódio muito incômodo para certas pessoas o meu objetivo aqui é para que a gente realmente deixe
de viver no piloto automático e para a gente buscar entender os nossos comportamentos financeiros e entender de uma vez por todas que dinheiro não é só somar e diminuir que o teu comportamento financeiro ele é resposta de tudo aquilo viu ouviu e aprendeu durante a tua vida e principalmente o que tu vivenciou de experiências na tua Infância em casa porque pobre da professora Margarete pode ter se esforçado um monte lá para ensinar um monte de coisa o que ela ensinou vai repercutir 10% no teu comportamento porque a socialização financeira na família ou seja as experiências
vividas em casa os aprendizados que tu teve ali isso sim vai ser determinante para suas decisões Ai Jéssica mas foi péssima bom mas entender que foi péssima já é um primeiro caminho tu sai do inconsciente começa a ir para resolução entender que foi péssima tu começa Opa foi péssima então é por isso que eu ajo assim tá mas então o que que eu preciso fazer a partir de agora para mudar e aí começar a trabalhar as suas crenças as suas atitudes o teu conhecimento e o teu comportamento na direção daquilo que tu quer então é
uma construção e sendo muito muito sincera né por vezes as pessoas buscam aí na internet tem muito disso assim eu quero então resolver a minha vida financeira Então a partir desse Episódio eu resolvi a minha vida financeira a resposta é não não a vida não é feita de um check list que tu vai cumprir com aquele checklist para resolver o problema viver e reviver estes traumas e começar a ressignificá-los e começar a experienciar a novas coisas e buscar novos caminhos racionalizar esse processo e começar a tomar melhores decisões é como tu começar a conhecer uma
nova Rua é como tu ir buscando novos caminhos e leva um tempo para te conhecer um novo trajeto e até que tu automatiza esse nosso novo trajeto é um tempo ainda maior Então não é um dia para noite só que tu precisa começar esse processo mesmo que no início seja doloroso para começar a te dar oportunidade de experienciar o benefício para a partir do benefício conseguir automatizar esses novos caminhos de forma mais racional então desculpa se foi incômodo esse episódio Mansur vezes a gente tem que ir um pouquinho na ferida E aí a partir dessa
ferida e buscando solucionar né para que a gente realmente tenha uma vida diferente para que a gente saia do piloto automático e consiga chegar onde a gente quer então se te incomodou significa que a gente tem coisa para trabalhar aí e aí eu te convido segue aqui que a gente vai resolvendo esses problemas né quando eu falo de ambiente quando eu falo de experiências e vivências o que eu tô trazendo aqui é olhar para as finanças sobre uma nova Ótica e isso pode te ajudar aí trabalhando e construindo esses novos caminhos então Sem dúvida nenhuma
se você se incomodou com tudo que eu falei aqui e se lembrou de alguma coisa que pode estar afetando o teu comportamento ficar aqui pode te ajudar a melhorar e encontrar novos caminhos certo mais uma vez desejo que esteja bem aí do outro lado qualquer coisa manda Direct lá Instagram e a gente vai conversando semana que vem a gente está aqui com um novo episódio espero ter trazido esses conceitos e esses conhecimentos e tem Instigado aí a fazer essa retrospectiva avaliar tua vida e buscar novos caminhos meu muito obrigada e até o próximo episódio