Música... Boa noite a todos! Sejam bem vindos. Aproveitando o gancho do Youtube, nós essa semana completamos 40.000 pessoas que acompanham a página e isso é uma conquista, para uma associação como a nossa, voluntária. Então eu sempre lembro a vocês se puderem indicar para alguém, nos ajudarem a divulgar, isso está sendo o nosso melhor canal de propaganda. As palestras são todas gratuitas. E essa série já foi publicada até a sétima. Hoje estamos no 11º capítulo. Lembrem! Sempre tem pessoas novas. Pessoas vindo pela primeira vez, Não tem problema, porque cada capítulo é bastante autônomo. Mas lembrem que
estamos fazendo o grupo de estudo desse pequeno livro. Pequeno, mas que se torna longo pela complexidade do assunto. O Caibalion. E hoje estamos no 11º capítulo. Que fala do princípio do Ritmo. Só recapitulando algumas coisas fundamentais. Trata-se do ensinamento de Hermes Trimegisto, que é considerado o maior sábio egípcio. E talvez um dos maiores sábios que a humanidade já teve. Ele deixa algumas obras muito complexas, cujo entendimento seria muito difícil para nós hoje em dia. Então 1908 alguém anonimamente, fez um comentário dos princípios herméticos. Os sete princípios do Caibalion. Esse livrinho que nós estamos lendo então,
é um livro de 1908. É um livro, anônimo, escrito por alguém que com muita autoridade, de uma maneira muito, ponderada, fez um comentário de cada um dos sete princípios. E o que são os sete princípios? São as sete leis do mundo manifestado, segundo os egípcios, segundo Hermes Trimegisto. Então entendam que segundo essa tradição, o universo inteiro, em todos os planos, espiritual, mental, material, seria regido por sete Leis. E quando você entende essas leis, você para de andar na contramão da história. Na contramão da sua vida. Para de chocar contra a natureza. E pode caminhar lado
a lado com ela. O que gera uma grande vantagem. Menos dor, mais velocidade, e trabalha a favor da natureza. Contribui pra obra da natureza. Diz que toda vez que você trabalha a favor da natureza, ela patrocina o teu projeto. E caminha contigo. Isso é o conceito que Jung chamava de sincronicidade. Agora projeto egoísta, que vai na contramão da natureza, na contramão da história. Você vai sozinho. E vai gerando uma resistência muito grande. Uma dor muito grande. Uma perda de energia que às vezes é complicada. Então é interessante que Hermes dizia que uma das coisas fundamentais
que nós deveríamos nos preocupar é através dos fatos da vida, entendermos as leis, que estamos obedecendo, ou infringindo. Ou você está caminhando de acordo com a lei ou está atropelando a lei. E deveríamos ver através dos acontecimentos, ou seja, visão simbólica. Ter a capacidade de entender a língua da vida, que é símbolo. Quando tomamos tudo ao pé da letra, começamos a achar que somos azarados, ou sortudos. E na verdade existe muito além dos acontecimentos, que são todos eles muito passageiros, existe um ensinamento, que esse é permanente, é perene. Que pode servir para tudo na tua
vida. Então um fato que foi banal, se você aprende com ele, ele se torna eterno. E te ajuda a se tornar um ser humano melhor. Essa é basicamente é a ideia. Bom, lembrem desse poema que sempre lemos no início, e não foi uma escolha minha, É uma escolha do autor desse livro, que pega uma pequena estrofe de Edward Carpenter, que é um poeta inglês, e coloca na introdução desse livro, como uma síntese da ideia, digamos assim, a intenção que ele teve com o livro. O poema diz: Oh não deixeis que se apague a chama! Mantida
de século em século, nesta escura caverna, neste templo sagrado, sustentada por puros ministros do amor... Não deixeis apagar esta divina chama! Percebam que aí tem duas... Eu gosto muito de trabalhar com técnicas de estudo, com a ideia de síntese. Porque síntese é uma das melhores coisas que tem para você apreender o significado mais profundo das coisas. A síntese desse trecho seria adquirir conhecimento e transmitir. Como o papel humano, fundamental. Adquirir conhecimentos para se tornar mais consciente da condição humana, mais humano. Porque viemos ao mundo para isso. E transmitir esse conhecimento através do teu exemplo. Essa
questão da síntese gente, não é simplesmente fazer resumo não. É saber pegar a ideia central de todas as coisas da vida, inclusive da vida como um todo. Eu nunca me esqueço uma ocasião, que um determinado personagem público apareceu num programa de TV. Tinha tido uma doença muito grave, e se salvou ficou totalmente curado. E alguém perguntou para essa pessoa: - O que foi que você aprendeu dessa experiência? E honestamente eu me preparei para ouvir uma lição de vida sensacional, porque é uma experiência dura não é? e a pessoa disse: -Eu aprendi que tudo que aparecer
para eu curtir, eu tenho que curtir. Não posso desperdiçar nenhum prazer. Eu falei, meu Deus! Ele aprendeu isso de uma experiência tão grande, precisava? Isso dá para aprender com bem menos sofrimento. Então na verdade às vezes a vida nos dá mega lições, e não tiramos nada. Ou tiramos isso: Da vida você só leva o que você curte. Ou seja, é muito pouco. É como se fôssemos péssimos alunos, daquele aprendizado que nos é oferecido todo dia. Então esse verso está falando: - Mantenha a chama acesa! A chama da condição humana. Que se baseia em valores, virtudes
e sabedoria, que você tem que conhecer, dominar, aplicar e dar exemplo. E isso é um ato de amor. Porque isso pode ser transformador pra humanidade. Não tem outra coisa transformadora pra humanidade, senão ser humana. Não me venham com... Vocês estão todos muito jovens, não lembram mais aqueles programas de humor de 1900 e antigamente. Tinha um personagem, se eu não me engano, do Chico Anysio que ele dizia assim: Não me venha com churumelas! Vocês lembram disso? Não me venha com churumelas! Não tem nada para você fazer com um ser humano, a não ser, ser humano! Qualquer
outra coisa é conversa fiada. É enrolação. Rolando Lero. Que também era do mesmo programa. Ou seja, seja humano, e tudo mais será dado por acréscimo. Seja humano, e você você transmitirá virtudes humanas. Mangueira, transmite manga. Macieira, maçã. Homens, homens, seres humanos, humanidade. Portanto se a gente fizer isso, tudo mais é dado por acréscimo. Então conhecer a condição humana e dar exemplo dela seria a nossa função fundamental. E é o apelo, que ele representa aí com a chama. Não deixa que se apague a chama. Já imaginou se apaga a chama? Barbarie. Voltarmos para uma brutalidade onde
temos que reconquistar um básico civilizatório. Depois de ter tido Egito. Depois de ter tido Grécia, Índia! Imaginem vocês, voltar pra barbárie e ter que recapitular tudo isso. Do zero! Muito desperdício. Já fizemos coisas muito boas. Deveríamos partir daí, para cima. Sem entortar para lado nenhum. Para cima! É o que deveríamos fazer. Então essa estrofe que aliás é uma coisa curiosa que ele faça assim, porque várias civilizações, a Grécia é um bom exemplo. Homero começa as suas obras, Ilíada, Odisséia fazendo uma evocação às musas ou seja, com um poema. Para dar uma inspiração de beleza. Ele
começa dessa forma também. O livro eu já mostrei para vocês, esse é o título completo. Filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia. e também da idade média. Hoje nós vamos mostrar inclusive um símbolo alquímico, que é tipicamente hermético. Os alquimistas eram hermetistas. Depois Renascimento, Marsílio Ficino, academia Florentina. Academia platônica de kared, todo esse pessoal era hermético. Era estudioso dos conhecimentos de Hermes Trimegisto. Bom aí no barato, você já vai ter uns 4000 anos de influência do conhecimento de um homem. Não devia ser qualquer pessoa. Não deveria ser, porque 4000 anos, vamos e venhamos, é
muito tempo! Bom. Hoje estamos então no capítulo 11, relembrem! Porque às vezes alguns vem me perguntar: - Você tá falando do princípio do ritmo. São sete princípios! Aí você no meio do princípio do ritmo fala de polaridade, fala de vibração. Fala o tempo todo, de tudo, porque não tem como separar esses princípios. Eles estão todos entrelaçados dentro de nós. Então ele vai falar, vai explicar o ritmo, mas vai falar de polaridade o tempo todo. É assim mesmo. Aaliás, daqui para frente piora. Porque todos os capítulos, ele praticamente vai falar das sete leis, em cada capítulo.
Já estamos quase acabando, hoje é o 11. O livro tem apenas 15 capítulos. Então ele vai reiterando as ideias principais. Que aliás gente, nunca é demais lembrar É o elemento fundamental, de uma pedagogia bem-sucedida. Reiterativa. Eterno retorno ao mesmo ponto, sempre acrescentando um pouco mais. Como diz o professor Jorge Angel Livraga, que fundou Nova Acrópole, nós caminhamos com passos, todos eles muito parecidos. E vamos avançando assim. Então reiteramos certos pontos. Então hoje ele vai falar muito de outros princípios, sobretudo da polaridade, mas o capítulo fundamentalmente é sobre o ritmo. Lembrem, que entre aspas, é um
texto original da tradição hermética. Fora de aspas, comentários atuais. Então esse é o texto que trata do capítulo do ritmo. Tudo tem fluxo e refluxo. Tudo tem suas marés. Tudo sobe e desce. Tudo se manifesta por oscilações compensadas. A medida do movimento à direita, é a medida do movimento à esquerda. O ritmo compensa. Basicamente ele vai usar muito dentro do livro, e nós vamos acompanhar, vamos usar um pouco também. O pêndulo para explicar esse princípio do ritmo. Vai dar vários detalhes que acontecem matematicamente, no movimento de um pêndulo, que também acontecem no movimento das tuas
emoções, da tua mente. Ué mas um pêndulo é uma coisa material. Olha as leis do universo são as mesmas em todos os planos. Tem umas diferenciações para se aplicar ao plano, mas, o princípio geral é o mesmo em todos os planos. Então se você olhar um pouco para um pêndalo, pêndulo perdão, girando para lá e para cá, você vai entender um pouco da tua oscilação emocional, da tua instabilidade mental. Vai entender um pouco até das tuas dificuldades de convivência. Vai entender um pouquinho de tudo. Num pêndulo, oscilando para lá e para cá. Tem muito dos
princípios gerais da vida aí. Bom, um elemento fundamental que poderíamos falar sobre essa frase é: Ela volta ao princípio da vibração. Tudo tá se mexendo. Nada tá parado. Você está no mundo manifestado, você tem movimento. Aí você pode dizer: - E se eu ficar paradinho numa cadeira, sem fazer nada? Tá se movendo no plano mental e está influenciando pessoas. Está se movendo no plano emocional, e tá influenciando pessoas. E não é tão difícil assim constatar isso. Não precisamos ser eh, digamos assim, paranormais. Aliás, até ser normal hoje em dia, tá um pouco difícil, que dirá
paranormal. Não é isso? Não precisamos ser paranormais, não precisamos de nada especial, para entrar num ambiente e sentir que tá um clima meio estranho. Antes que você encontre uma pessoa, as vezes você já sabe que tem alguma coisa meio esquisita ali. Já aconteceu isso com vocês? Entrar e sentir um clima meio estranho. O que que é o clima meio estranho? É aquilo que eles chamam de plano emocional, de plano astral, Contaminado às vezes de tristeza. As vezes de mau humor, às vezes aconteceu uma briga. Você sente isso, é pesado, paira no ar. Parece que as
crianças pequenas sentem mais ainda. Aliás quem estuda Feng Shui, as flores sentem. Um dos termômetros que se usava antigamente, eram flores. Uma rosa é sensível, extremamente sensível as emoções no ambiente. Sabiam? Cuida do mesmo jeito, em situações diferentes, no mesmo lugar. Você vai ver que ela vive tempos diferentes. Faz aquilo que eles chamam cientificamente de CNPT, condições normais de temperatura e pressão. Mesma temperatura ambiente, mesmo local, mesma incidência de sol, corta o cabinho na diagonal, coloca uma aspirina na água. Vocês sabem disso? Tô dando uma as dicas. Agua gelada. Faz tudo. Ela sei lá... Uma
época vai viver... Já chegou a acontecer de viver uma semana, oito dias. As vezes um dia, ela murcha. Você vai dizer: - O que será que mudou? Elas são... Elas são esponjas emocionais, as flores. E absorvem o astral de um ambiente. Esse nome que hoje se usa tão popularmente. Astral não é? Que tá associado às emoções que pairam no ambiente. Bom se até as flores percebem, imagina a gente. Só que as vezes não temos consciência que veio de fora, achamos que somos nós. Mas percebemos do mesmo jeito. Então, nós influenciamos e somos influenciados, ainda que
o corpo esteja paradinho numa cadeira. Se vocês pararem para ver, por exemplo, uma palestra, que eu já dei várias vezes na Internet, vocês vão ver que ela não é exatamente igual, em lugar nenhum. Não sou só eu, os palestrantes em geral são assim. Porque a gente acha que é um monólogo, mas não é. É um diálogo. Eu tô respondendo o que vocês estão mandando para mim. Cada um de vocês, me dá dá informações, me dá um retorno, e eu vou fluindo através delas. E por isso duas aulas, do mesmo assunto, não são iguais. Porque existe
um diálogo, ainda que silencioso. Nós somos perceptivos. Muito mais do que a gente pensa. Ou seja, ainda que você ache que está parado, não está. A única coisa é, a diferença possível é: Você sabe para onde está indo, você escolheu, ou não, e está sendo arrastado pelo coletivo. Ou você está no banco da frente, dirigindo o veículo, na direção que você escolheu, ou no banco de trás de olhos vendados. Mas tá indo para algum lugar. Parado você não está. Aliás eu falava para vocês numa dessas palestras para trás, da própria série Caibalion. De um exemplo
que uma vez eu li e eu não sei se isso é real. Portanto eu não não me responsabilizo. Mas eu achei curioso. Era um médico falando da incidência de pessoas que às vezes faleciam pouco tempo depois de ter se aposentado. Até dois anos depois de ter se aposentado. Aí ele resolveu fazer uma teoria meio maluca. Mais uma vez, não sei se é verdadeira. Mas ele pensou o seguinte, todo mundo diz: -Eu vou parar de trabalhar e não vou fazer nada. Vou botar as pernas para cima, não vou fazer nada. Ele pensou, bom será que a
gente não programa... Será que a mente não programa o corpo para morrer? Porque não fazer nada, só tem um jeito, morreu! E o corpo obedece. Ele recebe um comando e obedece. Começa a se programar para não fazer nada, só tem um jeito. Aí eu achei curiosa a teoria. Não sei se verdadeira, ou não, mas achei curiosa. E percebemos então como é que essas influências do plano mental e emocional pairam entre nós, e em nós mesmos. Nunca estamos parados. Nunca! Parado, morreu. Bom, e aí vamos começar a analisar esta frase um pouquinho. Há fluxo e refluxo
proporcional entre os dois polos. Tudo no universo manifestado tem dois polos. A última palestra que fizemos, lembram? Tudo, tudo, tudo. Se existe o frio, existe o quente. O macio, o resistente . O Claro, o escuro. Tudo tem dois polos. Tudo no universo manifestado é dual. E entre esses dois pólos as coisas giram, vibram. Ás vezes escurecem, às vezes clareiam. Ás vezes nasce, às vezes morre. Ás vezes amanhece, às vezes anoitece. Ás vezes esquenta, às vezes esfria. Entre os dois polos, de uma mesma natureza, as coisas flutuam. Só que eu falava para vocês, que quando se
trata de polaridades do plano físico, uma coisa não é melhor, nem pior, porque é quente ou fria. Porque é macia, ou resistente. No plano físico as coisas estão no mesmo nível. Mas quando você entra no plano mental e no plano espiritual, as polaridades são verticais. Tem uma que é melhor do que a outra pro homem. Por exemplo a justiça e a injustiça são duas polaridades. Evidentemente pra consciência humana a justiça é melhor. Elas não estão no mesmo nível, elas estão na vertical. Aí começa a ser uma questão de optar por um polo superior. Aqui embaixo,
é uma alternativa do mesmo plano. Nos planos sutis não, vai se verticalizando. Vocês percebem que a pirâmide vai ficando mais estreitinha, à medida que sobe. As coisas vão se verticalizando. Aqui embaixo tá tudo no mesmo nível. Então ele vai falar que o fluxo e o refluxo, proporcional entre dois polos, é o que movimenta a natureza. Exatamente o que eu falava para vocês, o eterno retorno. Manhã, tarde e noite. Manhã de novo. Primavera, verão, outono e inverno. Primavera de novo. Todo o universo gira assim. Para essa tradição, que embora seja uma tradição ocidental, mas faz parte
das civilizações do mundo clássico, eles acreditavam na reencarnação. Então diziam que é infância, maturidade, vehlice e morte. Infância de novo. Eles diziam que o eterno retorno é uma espiral, que se aplica no micro, e no macro. Em todas as coisas do universo manifestado. Isso seria o que eles chamam de eterno retorno. Ele vai falar uma coisa interessante, que existe um centro, e existem as extrapolações. Imagine um centro. Um ser absolutamente centrado. Que ele se comporta de uma maneira absolutamente equilibrada. Cadê esse cidadão? Não sei, eu acho que não existe. Porque uma coisa que não fosse
dual, não manifestava mais. Tudo no mundo é dual. Tudo no mundo tem escuro e claro. Tudo no mundo tem, tem macio e resistente. Depende do ângulo em que você olha. É quente ou frio, ao mesmo tempo. Então uma coisa absolutamente quente, o que seria isso? Seria algo que não existiria nada mais quente do que ele. Não existe isso. Sempre tem algo mais quente. O universo é todo dual. Então para esse algo mais quente, ele seria frio. Então ele é quente e frio ao mesmo tempo. Tudo no universo manifestado é dual. Agora essa extrapolação do centro,
existe uma margem administrável. Então de vez em quando eu estou um pouco irritada, de vez em quando eu estou um pouco alegre. De vez em quando eu estou um pouco animada, de vez em quando eu estou um pouco desanimada. Você percebe que se você começa a extrapolar demais vai ficando meio fora do controle. Estou muito triste! Estou muito eufórica! Estou muito deprimida! Estou muito colérica! Vai começando a perder o contato com o centro. E entrando num nível às vezes patológico. Uma ciclotimia por exemplo. Maníaco depressiva. É uma extrapolação muito exagerada. Então ele diz que essa
extrapolação máxima que o pêndulo ficaria praticamente reto, 90º, isso é muito raro! Praticamente não acontece. Mas tem pequenas extrapolações que vão aumentando, e chega a ser patológico. Eu sei que é um detalhe difícil e delicado de comentar. Mas é uma coisa que a sociedade incentiva muito as extrapolações. E às vezes, uma coisa que estava dentro do socialmente aceitável, pode passar desse limite muito facilmente. Então, o que era uma simples mania de perseguição, daqui a pouco pode ser um sintoma Psicótico. Porque a sociedade não coloca limites, para essas extrapolações. Aliás, não sei se vocês já perceberam
uma curiosidade interessante em relação a isso . Se você chega e diz: - Ah eu sou tão preguiçosa. Todo mundo ri e acha é normal. Agora você diz : Eu sou uma pessoa tão esforçada! Obedeço o meu horário. Todo dia acordo no mesmo horário. Vocês percebem que as pessoas vão dizer ihhh mas como você é metida hein? Coisa chata, como é que você fala uma coisa dessas? Vocês percebem que os defeitos são socialmente muito bem aceitos e até incentivados? Ah a vida é isso mesmo. Curte. Você só leva o que você curte. Dorme mais, é
assim mesmo. Para que compromisso? Esse negócio de compromisso é escravidão. Acorda a hora que você quiser. O tempo passa rápido. Curte a vida. Isso é socialmente aceito e até incentivado. Agora diga que você é pontual. Nossa você não sabe viver hein? Que careta que você é. O que que você tá querendo dizer? Que você é melhor do que eu? Perceba que uma conversa dessas não é bem aceita. É estranho. As extrapolações sim, o centro não. Então ele vai falar que uma extrapolação muito extrema, seria um monstrinho não é? Muito eufórico ou muito colérico, muito deprimido.
Mas... Quanto mais uma civilização decai, mais essas extrapolações vão ficando mais animadinhas não é? Chegam longe do centro. E ao chegar longe do centro, chegam longe também da condição humana. Ele vai voltar bastante a esse assunto, e ainda vai falar. Mas percebam que, isso aqui também ele vai abordar adiante, se o pêndulo foi 5 cm pro lado de lá, quando ele voltar pro lado de cá, vai 5 cm, ou algo muito próximo disso. Não é ? 4,9. Aí volta para outro lado, 4,8. Ele vai assim. Então... A psicologia da novela da rede globo, que eu
já falei para vocês, é um negócio sério. Porque na verdade o mundo não é dessa forma. Mas é como a gente vê o mundo, e isso é refletido pelos nossos produtos, entre aspas, culturais. Então a novela da rede globo não tem matiz psicológico nenhum. Ou o cara é um carrasco, ou é um santinho. E se ele é carrasco, ele vai eternamente, per omni sécules ceculorum carrasco. Se ele é santinho, ele é santinho até... não sei quando. Não tem matiz psicológico naqueles personagens. É como a gente vê a vida. A gente acha que as coisas são
assim rígidas. Não é. Um ser humano é um ser em construção. E são todos duais. Todos eles são duais. Lembra que eu comentava com vocês de Machado de Assis. Essa altura do campeonato, estamos quase fechando o ciclo, já dei quase todos os exemplos. Então tá ficando sem graça não é? Machado de Assis ele falava muito de um autor português, que na época estava muito na moda, que era Eça de Queiroz. Ele dizia os personagens desse cidadão não são humanos. Esse primo Basílio é ruim que dói. A Luizinha é idiota que dói. Ela não tem nenhum
matiz de outra coisa que não seja Idiotice. No Primo Basílio por exemplo. E os seres humanos não são assim. Ás vezes eles são idiotas, às vezes não são. Ás vezes são aproveitadores, às vezes não são. Um ser humano não é desse jeito. Ele criou uma coisa artificial. E olha isso o ápice da fama de Eça de Queiroz. Ele dizia não existem esses personagens. Hoje, a crítica literária já vê que os personagens de Eça de Queiroz tem uns matizes meio pobres mesmo. Mas na época não. Era moda. Ninguém via, e ele via. Eu acho tão bonito
isso um ser humano que é capaz de pensar por si mesmo, independente da moda. Eu acho isso muito bonito. Vocês não acham? - Eu tô olhando. - Não, mas todo mundo acha. - Fica quieto com todo mundo. Eu tô olhando, deixa eu ver o que que eu acho. Deixa eu ver os meus princípios, os meus valores, e aplicar isso e olhar, como se estivesse vendo isso sem nada. Sem nenhum preconceito. Como se tivesse vendo de maneira absolutamente limpa, e vendo o que eu acho. Porque aí é um pensamento meu. E falavam, alguns falavam. Machado de
Assis falava isso, numa crônica de jornal. Não tinha medo, que as pessoas dissessem: - Você é um retrógrado !! - Tá bom, mas que ele não presta, não presta. E levou mais de 100 anos para chegar à conclusão que não prestava realmente muito. Mas ele já via. Eu acho isso muito interessante. Então, continuando... Dentro do princípio do ritmo. Essa é a imagem que eu falei para vocês. Não é exclusivamente medieval e alquímica, porque até a América pré-colombiana tem uma coisa parecida. Mas é o ouroboros, que é a serpente que come a própria cauda. É o
símbolo do eterno retorno do universo e desses ciclos que se repetem. Como se o universo estivesse oscilando, espírito, matéria. Céu, terra. Oscilando entre valores diferentes. Tanto que você teve uma espiritualidade fanática na idade média. Aí vai para materialismo fanático na idade moderna e contemporânea. Cuidado, porque pode ser que volte para lá de novo. Tem que ter um bom cuidado, porque pode ser. Pêndulo é pêndulo. Não, isso não acontece nunca mais. Diz isso pro pêndulo. Ele foi totalmente pro outro lado. Você diz: - Nnca mais ele vai para aquele lado de lá. Olha que ele vai.
Se não tem uma consciência e uma vontade dominando, é capaz de ir. Isso não sou eu que estou dizendo. Isso quem tá dizendo é a matemática. Não tem muito jeito de evitar. Então... Há ciclos no universo. O ciclo tem, o universo tem seus ciclos de expansão, até a ciência fala disso. O Big inflation. Que agora já não é mais Big Bang, é big inflation. Provavelmente depois vai ter uma contração. Inflar e contrair, estão vendo que horas vai acontecer isso. Mas é provável que aconteça. A expansão do universo a partir do Big Bang, não é? Que
não é como eles pensavam, uma explosão, Pummmm. Ele vai inflando. E provavelmente depois vai contraindo. Então o universo tem ciclos, os sistemas solares. A gente sabe que um dia o sistema solar vai morrer. Então tem ciclos também. Essa matéria deve ser aproveitada no universo para alguma coisa. Na história. A história tá cheia de ciclos. É um eterno retorno. Sobe pra espiritualidade, vai pro materialismo. Sobe pra espiritualidade, desce pro materialismo. Não encontra um meio-termo nunca,para conciliar essas duas coisas. Na nossa história pessoal cheia de ciclos. Volta aos mesmos pontos mil vezes. E também, na mente humana.
E ele vai chamar isso de expiração e inspiração de Brahman. Você vai dizer mas esse negócio é egípcio, Brahman é indiano. Sim, mas eles cita um monte de coisa. Não sou só eu que cito um monte de coisa não. Aí o próprio autor do livro ele faz uma referência a Índia. Brahman esse grande ser, que se manifesta e vive um ciclo. A vida do universo, os indianos chamam de um ciclo de vida de Brahman. E os pequenos ciclos, são a expiração e a inspiração dele. A exspiração e inspiração. Ou seja, tem a vida de Brahman
como um todo. Quando ele morre o universo se recolhe. Mas tem também, perdão, tem também, os dias e noites, que são os pequenos ciclos. Então diz que o universo no macro, saiu do zero foi pro um. Depois vai voltar pro um, vai voltar pro zero. A década não é? Chummmm! Manifesta. Chummm! Recolhe. Ou seja, o universo também é cíclico. Eu falava para vocês que isso é muito parecido com as sístoles e diástoles de um coração. O pulsar do coração do Cosmos. Então, todo o universo seria assim. Nascer, crescer, amadurecer, decair, morrer e renascer. Sempre subindo.
Não é um caminhar em círculos. Você volta ao mesmo ponto, mas com um pouquinho mais de consciência. Volta ao mesmo ponto, com um pouquinho mais de consciência. Ou seja, o processo vai ganhando em consciência. Até que num determinado momento, a própria tradição hermética diz: Quando você conhecer todos os pontos da circunferência, Você pode se perguntar onde começa a circunferência? A circunferência começa pelo centro, que é invisível aos olhos. Mas foi dele que emanou a circunferência. Circunferência não um conjunto de pontos equidistantes do centro? Ela nasceu do centro. Então um dia você vai tomar o centro,
que é a própria espiritualidade, a própria essência. Mas enquanto isso vai ficar girando. E tomara que faça uma espiral, porque tem tem muitas vezes que a gente fica andando em círculos. Passa por uma experiência não aprende nada. Passa de novo e não aprende nada. Passa de novo não aprendeu nada. Isso não é espiral, isso é andar em círculos. O que faz a espiral, é aprender, é o aprendizado. Dúvida gente? Não esqueçam que isso é grupo de leitura. Vocês podem perguntar. Acho que eu ainda não consegui fazer vocês assimilarem muito bem essa ideia, de que pode
perguntar em grupo de leitura. Continuando... E lá vamos nós de novo, no pendulo, não é? Há como escapar das oscilações mentais. Que é aquilo que ele chama de transmutação. Então, lembrem, o triângulo, a pirâmide aqui embaixo, as dualidades estão todas no mesmo nível. Macio, resistente. Pequeno, grande. Calor, frio. Mas à medida que você vai subindo pro plano mental e pro plano espiritual, as polaridades são verticais. Então a honestidade é superior a desonestidade. A bondade é superior a maldade. A medida que você vai querendo crescer como ser humano, você pode escolher fixar o pêndulo naquela posição
superior e não descer mais. Isso ele chama de transmutação, ou princípio da neutralização. Você pode chegar por um defeito e dizer: - Isso nunca mais. E se você tiver vontade suficiente para isso, que não é fácil. Se você tiver vontade suficiente, você fixa num ponto, e não decai mais pro inferior. Aquela experiência está assimilada. Isso nunca mais. Existe uma reflexão, que uma vez eu fiz para mim mesma, e que me ajudou muito muito. A gente comete tantas vezes o mesmo erro, que a gente diz: - Não vou crescer nunca. Isso é uma conversa fiada. -
Não vou superar isso nunca. Aí você pensa nos grandes homens da história. Que se diz que um dia, foram pequenos homens. Sei lá, homens mesmo, grandes filósofos, um Platão. Que se diz que era uma pessoa muito virtuosa. Não teve um dia que foi a última vez para ele? Algum dia ele deve ter jogado a toalha e dito: - Nunca mais vou ser egoísta! E não foi mesmo. Algum dia, de tanto insistir e lutar a gente vai continuar, vai conseguir, perdão, jogar a toalha pela última vez. Se alguém conseguiu, nós também podemos. Não tem seres humanos
que chegaram a um nível de virtude, de valores. Alguns poucos na história, mas muito bom. Significa que dá para ir, porque alguém foi. É como alguém no alto de uma montanha dizendo: - Vem que dá! É difícil, mas se alguém chegou, dá. Um dia vai ter a última vez. Um dia você vai chegar e dizer: - Não faço mais! E não faz mesmo. Mas para isso tem que tentar. Lembram lá, que diziam da lâmpada lá, do do Benjamim Franklin. Nossa você cometeu 1000 erros!! - Não, eu cometi um acerto com 999 tentativas. Lembram disso? É
assim mesmo. Um dia vai ter a vez que você vai jogar a toalha. Que você vai vencer. Mas as tentativas fazem parte da dinâmica da vida, de sermos vitoriosos sobre nós mesmos, que é uma vitória que se faz com muito esforço, com muita luta. Então se diz que é possível transmutar. Não sofrerei mais por esta razão. Não significa que você vai deixar de sofrer por outra, vai sofrer por outra, mais vai em cima. Mais acima. Eu dava para vocês o exemplo, lembram? Você para de brigar pelo ursinho. Você não é mais criança. É um pai,
amadureceu. Aí briga com o vizinho, porque ele tem um carro mais novo do que o seu. Aí não briga mais, se torna um ancião maduro, amadureceu. Aí briga com o avô do vizinho, porque ele parece mais sábio do que você. Aí não briga mais, amadureceu. Um dia vai chegar no ápice da pirâmide. Ou seja, vai haver um obstáculo em nível mais elevado. Mas por essa razão não sofro mais. É importante gente que vocês entendam. Quando a gente fala: - Somos filósofos, ou buscamos ser filósofos, amamos a sabedoria. Buscamos a sabedoria. Porque o sentido da palavra
filosofia é isso, amor à sabedoria. Significa correr atrás da sabedoria, mas achar um pouco dela. Não é só ficar correndo à toa, pela vida a fora. Isso é Cooper, não é filosofia. (som de risos)... Filosofia é você achar alguma coisa. um pedacinho assim ó. Então vou sofrer por outras coisas, mas essa aí não mais. Alguma coisa! Sêneca dizia: - Certifica-te de veres morrer os teus defeitos, antes de ti. Pelo menos um ou dois velórios a gente tem que existir, antes de ver o nosso próprio. Entendem? Antes que venha o seu velório tem que ter morrido
um pouco da preguiça, do egoísmo. Um ou dois, que seja. Tá bom que velório não é uma coisa agradável, mas esse a gente tem que ir. Entendem? Então tem que haver algum ganho, não é só correr atrás. Isso é um processo irracional. Isso é ratinho, dentro de labirinto de laboratório, nós somos humanos. Não somos isso. Ele vai falar : - Percebemos a consciência em plano superior e inferior. Nesse momento já dá para perceber. Fixar-se num degrau acima. Você pode colocar nesse momento, dentro da tua memória, um dia que você estava com uma reflexão tão bonita
sobre a vida, estava tão bem, que você se orgulharia de mostrar esse pensamento para todo mundo. Agora tem uns dias que você não gostaria que as pessoas vissem teus pensamentos, não tem? Tem dias que você adoraria ter um cérebro de cristal. Todo mundo vendo que você tá pensando, tem outros... Bloqueia bem, que eu não tenho coragem de ninguém ver isso, tenho pudor. E é bom que tenha. É um sinal de dignidade. Então você tem dois pontos de consciência. Agora o que não dá pra gente saber, porque não temos muito essa prática. É que você pode
optar por um dos dois, e fixar a consciência ali, e dizer: - Eu sou isso! Por por definição. E não aceitar mentalmente que se estabeleça mais, aquele patamar. Essa ideia que é muito... Parece um negócio absurdo, mas é assim mesmo. Uma folha de papel, uma caneta bic. Em silêncio e tranquilidade, você escreve lá: O que sou eu? Ou quem sou eu? Bota umas 10 virtudes, umas 10 formas de se comportar. Pronto você construiu você. Agora seja fiel a isso. Nós somos uma construção da vontade, por definição. Então eu sou uma pessoa altruísta! Quando vier o
egoísmo, ihhhh, de quem é esse egoísmo? Alguém perdeu um egoísmo, não é meu. E eu não vou me identificar com isso. Puuu, para cima. Isso que é uma questão de treino. Isso é musculatura mental. Musculatura espiritual, se você treina, consegue. Pensamento vem, você corta. Eu sou uma pessoa, tá aqui na minha folhinha de papel. Tem esse assunto na minha folhinha? Não tem. Então isso não sou eu. Tem mesquinhez na minha folhinha? Mesquinhez... não, não, não tem mesquinhez. Então isso não sou eu, tá fora da lista. Vocês já viam aquelas pessoas um pouco. Não digo que
pão duras, controladas. Que fazem a lista do supermercado e não compra nada dentro do mercado, além daquilo que tá na lista. Já viram? Eu tenho um colega que é assim. Pode estar faltando desesperadoramente, uma coisa em casa, se não tá na lista, não compro. Senão eu viro consumista. Então é um pouco parecido com o que a gente faz. Eu sou essas virtudes, eu me defini assim. Isso é aquilo que eu quero ter como identidade. Está fora da lista, eu não admito. Corto o mais rápido que eu posso. Vai vir, eu corto imediatamente. Não me identifico.
Isso não é meu. Isso foi um ato de distração, entrou alguma coisa que eu não tenho controle. Eu não sou isso! E vai fixando a tua identidade lá em cima. Isso é uma meta. Vocês vão dizer, é uma coisa distante. Olha as metas tem que ser distantes mesmo, porque senão, não nos estimulam a crescer. Diz que a gente deveria ter metas nas estrelas, porque se for verdade a reencarnação, se a gente voltar aqui, elas ainda tão lá, e a gente continua caminhando. Nunca vamos deixar de caminhar. Isso para as tradições reencarnacionistas era uma necessidade. Lembrem
daquilo que eu falava para vocês, quem gosta do sol, quem não gosta do sol, a distância dos dois é a mesma. Mas quem gosta do sol abre as janelas, e o sol já o atinge onde ele está. Quando a gente gosta da justiça, da fraternidade, só pelo fato de gostar, ela já muda a nossa vida onde estamos. E aos poucos vamos tendo vamos mais luz. Mas a distância, é a mesma de quem tá com a janela fechada. Mas é importante nos colocarmos em contato com metas elevadas. E querermos chegar lá. Ainda que distante, elas já
mudam a nossa vida agora. Você já não é mais qualquer pessoa. É uma pessoa que quer chegar à justiça. E não quer oscilar, quer ficar só lá na justiça. Eu quero chegar à fraternidade, não quero oscilar, quero ficar só lá na fraternidade. Ou seja, chega de descer esse pêndulo. Não vai descer mais. Aí sabe o que que acontece, segundo eles dizem, quando você fixa aqui? O pêndulo começa a oscilar de novo, porque não termina nunca essa lei. Só que ele vai oscilar com polo mais em cima. Ele começa a oscilar para cima, aí você já
vai ter que fixar para cima. Mas essa é outra história. A seguir cenas dos próximos capítulos. Nesse momento,se conseguirmos pegar essa polaridade que a gente tem, escolher o melhor e fixar aí. Uma que seja, já vale uma vida. Então ele diz a lei não vai deixar de existir. É que nem o cidadão que pula a onda na praia. Não digam que vocês nunca brincaram disso. De ficar pulando onda no ano novo. A onda não deixou de desistir lá embaixo, mas eu fiquei acima, ela passou por baixo. Aliás eu nasci numa cidade de praia, e eu
acho curioso isso, porque no ano novo a gente pulava sete ondas. De onde será que veio esse costume? Vocês nunca pularam sete ondas no ano novo? Que segundo a tradição indiana, segundo várias tradições, são exatamente sete níveis que o homem tem que acender a sua consciência. E no ano novo a gente vai lá e pula sete ondas. para que não sei, não sei quem inventou isso, mas algum sentido deve ter. Tá? Então... a onda continua existindo lá embaixo, você não anula a lei. Ela simplesmente deixa de te atingir. Porque você se colocou num patamar mais
elevado. Ou seja, esse nível de injustiça não me pega mais. Mas vai pegar quem esteja nesse nível. Quem esteja nesse degrau vai ser pego. Eu simplesmente passei para um degrau mais elevado. E porque eu subi, eu posso mostrar que isso é possível. Eu posso provar que isso é possível. Olhem que lindinho! Princípio da neutralização. Firmeza no degrau mental superior já conquistado. Firmeza no degrau que você já conquistou. Não duvidar de si mesmo. Eu achei esse cidadão tão firme no degrau em que ele está. Toda barriguinha, cabeça, ninguém tira ele daí de jeito nenhum, tá muito
firme. Entendam o que é essa questão. Isso é uma das aplicações da vontade. Eu fiz recentemente uma palestra sobre isso inclusive. Vontade que é o maior poder que o homem tem. Diz que vontade, no nosso nível, sabe como é que ela funciona? Uma receita simples, que nem receita de bolo. Decisão no plano mental, e perseverança e constância aqui no plano físico. No plano mental eu digo : - Eu sou! E no plano físico todo dia brigo para continuar sendo. Perseverança e constância não esqueçam. Quando você quer deter uma pessoa, você tem duas chances. Ou você
vai lá no corpo físico e segura ela para ela perder o ritmo. Atrapalha ela, ela perdeu o ritmo. Vai atrapalhar um pouquinho, mas amanhã ela retoma. Ou você vai lá no plano mental, e coloca uma dúvida na decisão dela. Será mesmo que vale a pena você ser? Você já parou para pensar, se não tem coisa melhor do que ser justo? Ninguém é! Se fosse bom todo mundo era. Se ele disser: - Será? Eu derrubei ele. Abriu uma fresta, por onde ele vai perder tudo. Entendem? Não pode ter dúvida lá em cima. Eu sou uma pessoa
justa. Aqui embaixo de vez em quando eu dou umas escorregadas, mas amanhã vou escorregar menos. Perseverança e constância, lutando, lutando, lutando. Mas lá em cima não oscila. Não tem dúvidas sobre aquilo que eu sou. E aqui embaixo estou lutando para que isso sempre se reflita na minha vida. Para tirar as nuvens do meio do caminho. Isso é uma manifestação da vontade. Então tá muito bem fixado, sem margem a dúvidas, no degrau em que você está. Como esse rapazinho, tão confortável no degrau em que ele está. Ele diz, no livro, isso ele diz em 1908. Eu
não sei se ele tinha esperança que isso mudasse, mas mudou, para pior. Que hoje realmente isso é um fenômeno impressionante. Que a maioria da humanidade tem um domínio próprio insignificante. É um joguete na mão das circunstâncias. Deixa ver o que que todo mundo tá fazendo para... E não é um processo consciente. Uma coisa que penetra inconscientemente. Porque dá uma trabalheira danada você construir uma , um princípio no plano mental. Você pensar a sua vida. Então deixa eu ver o que que todo mundo tá pensando aí, eu já compro um pacote pronto. E só rodo. A
raiz da preguiça tá no plano mental, gente. É muito mais fácil você varrer todo o chão da sua casa, num dia quente, do que você ter um conceito firme, sobre alguma coisa da vida. É melhor ver o que que todo mundo tá pensando no jornal de hoje, e embarcar. Eu achei muito interessante, esse final de semana estava numa feira, aqui em Brasília, uma feira de artesanato. Eu passei por uma barraquinha que tinha uma peça em particular que tinha um conteúdo simbólico muito interessante. Me interessei por ela. Mas como boa pechinchadora, eu não vou comprar agora,
vou passar de fininho, vou dar uma olhada, vou dar uma volta, e volto aqui. Eu achei interessante, porque ninguém estava nem olhando para aquilo. É uma coisa que estava jogada lá, num cantinho. Eu acho muito interessante, você às vezes entrar numa feira, ou numa loja de decoração, ter 500 objetos, que podem ser até bonitos, mas nenhum deles significa nada. Não tem nenhum simbolismo. Eu acho isso tão vazio. Para que? Para combinar com o tapete. É bonito as coisas quando tem uma ideia não é? Que te relaciona com alguma coisa de um plano superior. E essa
peça em particular, tinha. Aí depois de dar umas voltinhas, eu voltei lá e peguei a peça. O fato de eu ter pego e me interessado, fez como que umas três pessoas se interessassem por aquela peça. Nossa!! Só tem essa? Você vai levar mesmo? Simplesmente porque uma pessoa optou, pensou, escolheu, agora é mais fácil embarcar. Eu tenho que comprar alguma coisa, já que ela escolheu, deve ser bom. Eu achei isso um fenômeno tão curioso!! Eu fiquei olhando, ninguém queria aquilo! Mas, uma vez que eu escolhi, todo mundo queria aquilo. Alguém já escolheu, para que, que eu
vou me dar esse trabalho? Eu tenho que comprar alguma coisa, já tá escolhido... Não é interessante? É um detalhe, uma coisa simples, mas eu pensei, gente, realmente fazer escolhas, decidir o que você quer e fundamentar porque você quer, dá uma trabalheira danada. Pensar a vida, ter discernimento, dá uma trabalheira danada! Deixa eu ver o que que todo mundo tá pensando, e vamos na onda. Muito mais fácil! Então essa bolinha de bilhar, que está aí. Se você for na direção errada é culpa do taco. Empurraram na direção errada. Foi não sei quem, que me influenciou. Eu
contava uma vez para vocês uma história, que estava na fila, e tinha dois cidadãos na minha frente. Dois cidadãos já de uma certa idade. E eles contavam a vida deles um para o outro. Ah eu queria estudar tal coisa, mas o meu pai não deixou. Eu queria ter desenvolvido tal projeto, mas aí o meu chefe não queria. Eu queria ter feito tal trabalho, mas minha esposa não queria sair dessa cidade. A vida dele, era a história do que fizeram com ele. Não tinha uma escolha que fosse dele. Era a história do taco,e não da bolinha.
Ou seja, o homem como fruto das circunstâncias, não porque isso seja determinístico, mas porque ele se deixou ser. Ele se entregou. Pode falar. - Nessa linha ... É tem muitos estudos sobre isso. Inclusive dentro de mercado de capitais você já viu coisa mais irracional do que mercado futuro? A coisa sobe e desce de valor porque todo mundo acha. Não tem nada concreto, não tem nada material, é pó. É palpitômetro, e dá dinheiro, ou tira dinheiro. Dentro da estatística, existem vários estudos nesse sentido. De que muitas coisas, muitas tendências que acontecem na sociedade, não tem nenhuma
explicação. O pessoal foi porque todo mundo foi, e só. Porque é confortável estar na massa. Existe uma certa carência por trás disso. É porque todo mundo foi. Porque realmente construir a si próprio é um trabalho fora do comum. Cada conceito que você constrói é um histórico tão grande por trás, e uma dor de refletir, de pensar, de ver que você fez um monte de besteira. De ter que abrir mão de um monte de posições, que você teve ao longo da vida. É meio inercial não é? - Eu penso assim e acabou. - Como assim acabou?
Você acabou? Não, você tá começando. Então por que que o teu pensamento acabou? Eu penso assim até agora. Vamos ver! Vamos ver o que que vem. Mas isso é trabalhoso. Gera até um certo orgulho, uma certa teimosia, não quero voltar atrás. Então você fica inercial, e acha que a tua identidade é isso. É fixar em determinados pontos. Isso é a teimosia. Que é o contrário da vontade. Insistir em coisas que a vida já te mostrou que são... Entrar pelo cano. Entrou pelo cano como dizia o antigo professor nosso, sai pelo cano. Não fica lá dentro.
Não se identifique como um morador do cano. Entra e sai. Bom, enfim, e ele vai falar de algumas dualidades no plano mental: Medo, coragem; entusiasmo, depressão. Perceber essas oscilações. Porque em geral somos tão alienados, que a gente nem percebe que tem essas oscilações. Ou seja, eu estou com as minhas emoções muito extrapoladas. Estou vendo, estou percebendo! Já é uma boa coisa. Às vezes o pessoal brinca e diz que é adrenalina pura, não é? É aquele jovem que precisa estar... ou bêbado, ou com alguma coisa em alta velocidade. Precisa de emoções muito fortes, para ele se
alegrar. Porque uma boa conversa, um grupo de amigos, às vezes não é suficiente. Ou se estiver num grupo de amigos, precisa estar debochando de alguém, precisa está gerando algum tipo de euforia, Precisa de um estimulante artificial, porque tudo aquilo que é sereno, para ele, provoca apatia. Isso já é um vício. E o vício emocional... Da síndrome de abstinência se você quiser parar. Dá trabalho. Não é simples. Mas disso se trata. Uma hora temos que ver que estamos com esses vícios. Fixar na polaridade positiva e não abrir mão disso. E trabalhar desenvolvendo musculatura. Porque vamos para
uma academia e desenvolvemos musculatura física, e não poderíamos tentar desenvolver musculatura mental, espiritual? Dá também. Dá também. Dá para ter o corpo ideal, mental e espiritual. A boa forma. Dá para ter. Pelo menos eles dizem que dá. E vamos batalhando e provando disso. Para sabermos se é verdade ou não. Porque isso é a filosofia. Bom, A compensação que ele fala A oscilação é na mesma medida. Isso é uma coisa interessante! Então a pessoa que tem tendência a ser muito, depressiva, A alegria tende a ser muito, eufórica. Aquele que tem paixões muito descabeladas, vai ter rejeições
muito, descabeladas. Então você não pega por exemplo aquele casal que hoje tá se estapeando, na fase de namoro, como é que era? Ele tava rolando pelo chão, jogando folhetinho de helicóptero. Aquelas coisas assim, exageradas! Depois... Você não consegue imaginar um casal que tem um relacionamento muito harmonioso, depois se estapeando, consegue? Porque não é proporcional. Você diz a matemática não justifica isso. Agora muito exagero para lado. Muita euforia, muita... uma alegria muito artificial. No dia seguinte amanhece triste, nem levanta da cama. Essa extrapolação tende a ser proporcional, de um lado e do outro. Por isso que
vocês vão ver que os estóicos, que era uma escola de filosofia greco romana. Eles diziam que o ideal pro homem era um sereno contentamento, Sem excessos. Que não variasse tanto, porque essa variação tem um preço. Um sereno contentamento. No Tibete também, alguns mestres tibetanos, eles falavam uma coisa muito dura. Que esses excessos todos, gastam energia vida. Que é subtraída lá do final. Cada vez que você deixa o pendulo ir para excessos, você gastou energia vida. É como se você gastasse gasolina, dirigindo mal. Gastou demais, vai faltar lá no final. Vai ter que encher o tanque
antes. Está gastando energia vida, e diz que isso realmente encurta a vida. Esse é um bom argumento não é? Pela serenidade. Desgasta energia em vão. Inutilmente. Ele vai dizer que geralmente, o sofrimento é causa e o gozo é efeito. Estamos dentro de uma teoria que é reencarnacionista . Lembrem que eu não estou colocando isso como verdade absoluta, para vocês, mas estamos falando de Egito, e eles pensavam dessa forma. Então diz que normalmente, a alegria, o gozo, a euforia, é a consequencia a causa normalmente é a polaridade do sofrimento. Mas às vezes dentro da maneira como
desfrutamos nosso prazer. Como desfrutamos a nossa alegria, já estamos gerando causas pro sofrimento futuro. Ali dentro já tem causas pro sofrimento que vem depois. A maneira como você desfruta do prazer, por exemplo. Quando é cheio de excessos. Quando é com menospreso pelo amor próprio do outro. Quando é com muito orgulho. Ali dentro já tem as sementes do sofrimento futuro. Existe uma máxima gente, moral, que é inexorável em todas as tradições antigas que vocês procurarem. Que nunca o teu prazer dependa da dor alheia. Nunca! Então quando de alguma maneira, o nosso prazer depende de expor, humilhar,
ofender, alguém, dentro do prazer já tem o germen da dor futura. Você não cancela o mecanismo de causa e efeito. Alias causa e efeito, é o próximo capítulo que vamos ver, na semana que vem. Então... Lembrem, é proporcional para um lado e para outro, a pendularidade. E o prazer é consequência, mas, como ele vai dizer aqui no final, já dentro do prazer existem os germens, da dor futura. Lao Tsé Um livro que eu gosto muito, que é o clássico, Tao Te Ching, Ele fala dos sábios de antigamente. Que a única coisa que se sabe deles,
é que existiram. Eles eram tão bons, mas tão sóbrios, que a única coisa que você sabe, é que eles existiram e cumpriram seu papel. Mas o sucesso, as qualidades deles, não pesavam. Não sei se vocês conseguem entender isso. É um conceito muito sutil do taoismo. Lao Tsé ele diz que a inveja do outro, é também responsabilidade tua, pela maneira como você ostenta o teu sucesso. Uma pessoa que faz as coisas muito bem feitas, mas sem vaidade, o seu sucesso, não humilha os fracassados. Não gera sensação de fracasso nos outros. Muito pelo contrário, da sensação de
que todo mundo tá ganhando junto. Então às vezes dentro da polaridade do prazer, do sucesso, você já tá causando germens de dor nos demais. Pelo orgulho, pela vaidade, pela presunção, pela arrogância, e já tá o pêndulo, você não viu ainda, mas ele já está se preparando para voltar. A ideia é que fôssemos leves como uma pluma, como diz o taoismo. Que não pesássemos sobre ninguém na nossa vitória, e nem na nossa derrota. Uma meta difícil, mas é isso que deveria ser. Alguém que ao ser vitorioso a sua vitória não humilhe a ninguém. Nem dá a
ninguém a sensação de que ele foi fracassado. Vocês conseguem imaginar isso? Os sábios de antigamente a gente não consegue lembrar de outra coisa deles, senão que existiram. E devem ter sido bons, porque a sociedade funcionava bem. Mas a gente não ouvia falar nada deles, estavam lá fazendo as coisas deles. Aí ele diz, aqueles seus sucessores, que já não eram tão bons, eram muito elogiados. Não é interessante isso? Os seus sucessores que já eram orgulhosos, presunçosos, esses já eram elogiados. Mas os sábios mesmo, ninguém sabe nada deles. As coisas saiam tudo direitinhas, e não sabiam nem
que eles existiam. É às vezes esses livros, esses clássicos, são interessantes pra gente perceber, existe essa possibilidade dentro de nós. Dá orgulho de ser humano. Quando a gente percebe que existe uma possibilidade dessa dentro de nós. Fazer o que você deve fazer, triunfar sobre as adiversidades, sem humilhar ninguém. Imaginem que dá para fazer isso. Nós não conhecemos isso no mundo atual. O triunfo é sobre alguém. Você não ganha junto, você ganha sobre os demais. É um peso triunfar. Alguém sempre perde, sempre tem um preço. Bom. Então esse princípio da neutralização, que é um subprincípio dentro
do ritmo diz que todo o crescimento, vem do aprendizado. Eu vejo a polaridade que tá dentro de mim, e da vontade, fixo aqui em cima. Eu sou isso. De vez em quando aqui embaixo, vou dar mais escorregadas, mas não abro mão, da minha definição de mim mesmo. E perseverança e constância. Compensação! Como tudo é dual paga-se o preço pelo que se tem, e pelo que carecemos. Então às vezes as coisas que consideramos boas, tem um preço, pela maneira, como eu falei para vocês, que vivemos o prazer, que vivemos o êxito. E às vezes até uma
das coisas que consideramos como más tem um ganho grande, de aprendizado que estamos tendo. Então elas não são totalmente más, nem são totalmente boas do outro lado. Aliás, é uma curiosidade interessante! Quando a gente parar para pensar, nas situações de vida que a gente mais cresceu, provavelmente vai lembrar mais das más. Então elas foram más? E diz que o melhor da vida é crescer. Não são as coisas agradáveis, ou desagradáveis. E nas agradáveis eu me excedi tanto que perdi a cabeça. Elas foram boas? O que foi bom? O que foi mal ? Oque me fez
crescer. Então a dualidade está nos dois lados. Não há absolutos no mundo manifestado. E temos que tentar fazer com que o pêndulo se fixe aqui, para que depois ele possa atingir um patamar ainda mais elevado. É a subida da escada. E para isso, o desenvolvimento de um atributo muito humano, vontade, identidade. Definição no plano mental. Perseverança e constância no plano físico. E é isso! Hoje ficamos por aqui, é um capítulo curto, só por isso eu consegui fechar no horário. Porque é uma coisa muito rara. Alguma pergunta gente? Alguma dúvida? Não esqueçam semana que vem capítulo
XII, que é a causa e efeito é a lei do carma indiano. É bem interessante! Estamos avançando já pra finalização do nosso livro. Tá certo? A lei do ritmo diz que da mesma maneira que a onda vai, ela recolhe. Ela não só vai e fica lá. O universo oscila entre dois polos. E o homem no plano mental e espiritual pode fugir dessa oscilação, fixando aqui. Tá? No plano mental o homem pode fazer isso. Fugir da oscilação através da vontade. Mas se você não interferir, você vai ter euforia e depressão, tristeza e alegria. Pensamentos nobres, pensamentos
vulgares. E vai ficar nessa. Se você não colocar vontade, você vai ficar oscilando entre duas coisas. E não vai ser nada. Vai ser duas coisas, e todos os pontos entre essas duas coisas. Ou seja, um monte de coisa, e nada. Não vai ter identidade. Então... Princípio do ritmo fala da oscilação entre dois polos. E a falta de definição quando isso se aplica a psique humana. [Música] [Música]