o [Música] Olá estudantes estamos aqui começando a nossa vídeo aula entrevista da semana um é um prazer estar aqui com Roberta para aprofundar um pouquinho as nossas reflexões sobre uma das abordagens que nós vamos discutir nessa semana que é o conectivismo Então vou apresentar para vocês a Roberta Roberta amendola é mestre em educação pela Universidade de São Paulo especialista em edição pela Universidade complutense de Madrid está cursando especialização em computação aplicada à educação pela USP atua como consultora em inovação Educacional e projetos editoriais voltados da escola privadas e públicas com ênfase em ambientes virtuais de
aprendizagem e projeto de vida é autora de a Gida ticos e de formação de professores é um prazer pela conosco para discutir o conectivismo uma abordagem recente que traz uma perspectiva diferenciada dos processos de ensino e de aprendizagem por isso um tema tão importante na formação de futuros especialistas em inovação e gestão na educação digital Então vamos direto ao assunto central da nossa vídeo aula de hoje então vamos começar com a pergunta principal O que é aprendizagem para essa teoria Roberta é uma das principais diferenças do conectivismo em relação a outras teorias de aprendizagem né
nas outras teorias em geral aprendizagem se dá de fora para dentro conhecimento está no mundo aluno internaliza esse conhecimento seja através de uma aquisição da construção do conhecimento no construtivismo no cognitivismo no conectivismo é diferente conhecimento Continua fora no mundo não está internalizado no sujeitos ele está e também no sujeito mas ele está na sociedade nas organizações inclusive nas máquinas não se considera que as máquinas também tem uma inteligência e também aprendem claro que uma inteligência artificial mas que existe uma aprendizagem fora do sujeito Então são as conexões que levam a uma aprendizagem o sujeito
saber onde tem o conhecimento que ele precisa e conseguir acionar todos esses conhecimentos mas não internalizados então é diferente do que é tratado em outras teorias de aprendizagem por isso essa perspectiva inovadora do conectivismo é uma uma posição diferente mesmo que que se assume aí na relação olha para o conhecimento de outra forma né para a aprendizagem e para o conhecimento como externo não inteiro interessante você poderia explorar um pouquinho mais assim para a gente até para os nossos estudantes assim quais conceitos que você acha mais pertinentes que a gente poderia destacar nesse momento como
essenciais a entender essa teoria principal conceitual de redes de aprendizagem Então como conhecimento não está só em um sujeito está em toda a sociedade ela o conhecimento se forma nessa rede eu nunca vou ter centro conhecimento inteiro de qualquer assunto ele está um pouco em mim um pouquinho outra pessoa um pouco em uma organização um pouquinho uma máquina e ele se constrói nessa rede então tanto a rede e conecta todos esses conhecimentos que é esse conectivismo quanto o estudante o ser da sociedade que interage com com esses conhecimentos precisa acessá-los tão todos estão dispersos e
aprendizagem dentro do conectivismo é saber porque acessar que caminho traçar para acessar então principal conceitual de rede de aprendizagem Como que o professor atua nessas redes ele a intenção do professor é favorecer que o aluno entenda Quais são esses caminhos e identifique quando ele chega a um conhecimento a uma informação A fonte é confiável porque os conhecimentos avistarem quaisquer sujeitos em quaisquer organizações eles podem não ser de uma fonte confiável então primeiro ensinamento o primeiro processo em que o professor atua com esse aluno e levá-lo a identificar o que é um conhecimento seguro confiável e
estabelecer relações não basta ele só acionar esse conhecimento externo Mas ele tem que também interagir com ele não seria só uma informação Não ele só acessa ler um conhecimento em algum lugar ele só se apropria disso quando ele interage com esse conhecimento do papel do professor é promover essas situações de aprendizagem em que o aluno passa a desconfiar questionasse uma fonte é confiável e principalmente Estabeleça essas redes de conexão o que ele precisa saber tudo mas ele tem que saber onde está o conhecimento que ele pode precisar E aí onde o professor entra como curador
desses caminhos de acesso a esse conhecimento guiando o aluno e se perca em Fontes que não não sejam confiáveis mas eu diria que é um processo bem difícil né bem difícil para direcionar nessa essa mesma a gente vai dar curadoria E aí nesse sentido Se você pudesse definir um pouquinho qual concepção de educação que se defende nessa teoria também é diferente né no conectivismo é tudo um pouco diferente do que a gente vem estudando nas outras teorias de aprendizagem é dentro dele é uma daqui da educação democrática aberta ela não está Centralizado em um sujeito
nenhum Professor nenhuma escola e nenhuma instituição Universidade ela está em todos justamente por esse princípio de construção em redes de aprendizagem em rede então ao ela não estar em um sujeito ela é uma educação América democrático você não precisa estar em uma escola em uma universidade para aprender e não só durante os anos escolares você aprende ao longo de toda a vida então a educação formal e informal aberta um outro conceito né a gente vem de um conceito onde o aprendizagem a educação se faz dentro da escola e no conectivismo ela pode acontecer inclusive fora
da escola então são aluna assistir uma série de vídeos no YouTube sobre como aprender a tocar violão ele está aprendendo isso é conhecimento e não foi mediado por um professor ele acessou conhecimento sozinho teve que identificar se Aquela fonte era segura sozinho e com isso construir o próprio conhecimento então parte de uma outra visão de educação né de centralizada da escola e espalhada na sociedade como um todo interessante mesmo né porque coloco uma outra posição né para muitas instituições eles lá e faz a gente questionar um personagem exatamente o nosso lugar né nesse contexto EA
partir disso se você pudesse contar um pouco assim o que que te levou a pesquisar um conectivismo e até para gente tentar situar nesse cenário todo porque aparentemente assim já a minha Mendo né porque realmente traz uma perspectiva histórica não é diferente porque não foi assim que a gente vivenciou o processo educacional né eu também né não aprende pelo conectivismo uma teoria relativamente recente a de 2004 que foi publicado o primeiro artigo então eu também me choquei me deparei com essa teoria mas eu fui em busca dela não como uma nova verdade ou com uma
substituta das teorias de aprendizagem anteriores mas por tentar responder alguns questionamentos que vinham da própria sala de aula então quando o aluno me dizia por que que eu tenho que aprender isso está tudo no Google é só ir lá pesquisar e a resposta está ali e aí eu me questionei se de fato a escola estava Cumprindo com o papel dela né acho fazendo mea-culpa me incluindo nisso não criticando os professores ou a instituição em si mas pensando que talvez a gente tem que repaginar o se adaptar a esse mundo conectado E que foi é uma
maneira na escola principalmente por causa da pandemia mas não de fato foram revistas os processos de aprendizagem de ensino as práticas né então é esse questionamento dos alunos me incomodava muito de falar eu não tô entregando o que ele tá esperando não no sentido de agradar né o aluno mas no sentido de uma demanda que ele tá vendo de que ele aprende na escola ele não consegue aplicar na Vida Prática quando ele ingressa no mercado de trabalho na escola tá falhando como eu respondo a isso com as teorias de aprendizagem que a gente tinha até
hoje parecer que de alguma maneira não davam conta não do ensino e da aprendizagem mais das demandas do Século 21 e o conectivismo trouxe um outro olhar que é seu aluno já está acostumado a fazer mil conexões ele passa o dia inteiro ver um vídeo um texto outro como se eu tivesse um grande martelo um grande né uma tela com hiperlink se ele tempo inteiro conectando com outras informações se sua vida dele fora porque não trazer para dentro e eu quero que eu fui procurar estudar um pouco mais o conectivo muito bom agora a gente
poderia talvez destacar um pouco da sua experiência do ponto de vista mais prático mesmo né se você pudesse ilustrar para gente né alguma prática algum algo concreto que você já tenha feito na sua na sua no seu profissional mesmo que tenha marcado esse essa abordagem né como que você fez né como aplicar né o conectivismo lá prática eu acho que as tecnologias o principal a cresce uma contribuição delas foi estabelecer essas redes de aprendizagem então uma experiência prática de aplicação do conectivismo em ambientes virtuais em que você tem todos os conteúdos ou quase todos né
embarcados dentro deste ambiente e tudo está conectado como se ele fosse já uma réplica da internet mais um ambiente controlado e com um propósito Educacional então ali o é um conhecimento leva a outra você tá em língua portuguesa e com um clique você entrou em História coisa que no livro didático não funciona da mesma maneira e essa atividade de levar o aluno conduzir o aluno por diversas áreas então também é um conhecimento multidisciplinar e permite que ele faça esse caminho sozinho porque ele tem acesso a tudo ao mesmo tempo em um lugar é uma prática
dentro do conectivismo e outra fora do ambiente da escola seria essas redes de aprendizagem colaborativas então por exemplo já participei como aluna e já incentivei os alunos a fazerem isso que essas redes de aprendizagem de idiomas então por exemplo eu sei falar espanhol e você sabe falar inglês e e essa troca entre os alunos é o que forma esse conhecimento né como um acessa o conhecimento do outro e aí vem o questionamento principal principal crítica do conectivismo que é e qual é a fonte segura aí se você também não é a teoria eu não sou
uma professora desse Dilma como a gente confia né que o outro tá me ensinando correto e esse Isso é o que ela não deveria ter aprendido no colégio dentro da perspectiva Connect Vista que é de certa forma desconfiar das fontes e saber acessar a fonte confiável então na nossa interação que a gente construísse juntas esse conhecimento mas quem alguma dúvida a gente soubesse acessar uma gramática você já gente sabe onde tem uma fonte não tem a pretensão de concentrar isso em mim e você e esse conhecimento está nesta conexão nessa interação Então são diversas práticas
né nos ambientes virtuais dentro do colégio e fora em outros ambientes sem um mediador sem um professor também acontece essa aprendizagem e essa proposta do conectivismo ambiente formal ou no informal que haja uma troca onde esse conhecimento acessados e construído por todos muito legal Há diferentes perspectivas né porque muitas vezes a gente fica tão preso né uma ideia de um planejamento muito formalizado e na verdade o que a gente precisa Estar atento aquilo que a gente está proporcionando né em termos de formação de um sujeito autônomo crítico reflexivo de Fato né muito bom É nesse
sentido você consegue destacar algumas das contribuições principais que você vê dessa teoria para a educação de uma forma geral eu acho que é a principal eu diria que é preparar para o século 21 para essas demandas do Século 21 em geral a escola tem Preparado Para as demandas por exemplo de vestibular área de um ano em que a gente sabe que são exigências da sociedade de entrar na universidade nem questiono isso de forma alguma também tem que ter um olho para isso mas muitas vezes o aluno sai com esse questionamento de eu passei anos dentro
da escola e não aprende o que eu precisava para vida ou não sei entrar no mercado E aí acho que o conectivismo prepara para isso ele pode ter que aprender com um colega de trabalho e ele se sente um pouco perdido quando ele não tem um professor uma instituição por trás que né avalia e consolida aquele conhecimento você não aprendi na universidade você conhecimento não vale ou não na escola e ele aprende ao longo da vida a gente aprende tudo todos os dias inclusive nas interações sociais eu acho que a principal contribuição é trazer esse
olhar para a gente como educadores é um pouco difícil também né porque tirar um pouco nosso protagonismo o nosso poder o nosso conhecimento e dizer é não sou só eu a fonte de informação o aluno não precisa de mim não tenho um exercício nosso mas não é que ele não precisa ele precisa ser guiado para caminhar sozinho e não para depender de mim né só esquece uma grande contribuição vai fazer a gente também repensar o nosso papel e limitações Roberta Sá se esbarrar na mesma questão que é da formação e a relação com os professores
é que a gente pensa em uma sociedade conectada por exemplo a teoria foi criada por teóricos dos Estados Unidos no Canadá onde uma realidade de conexão muito diferente da nossa e a gente sabe se a gente acabou de passar por desafios na pandemia e sabe o quanto né existe um caso com um celular poucos dados pouco acesso à internet e três alunos tendo que estudar então o conectivos não pode acontecer offline não precisa necessariamente da internet mas se o aluno não tem esse hábito esse nesse raciocínio se processo cognitivo de conectividade de limpar conteúdo saber
acessar ele não consegue se desenvolver então a teoria que tem suas limitações quando temos um problema de acesso o que é o caso do Brasil essa seria a metade da importante muito importante né ela funciona talvez em colégios muito é Top né Muito que tem todos os dispositivos sobre o acesso à internet esse aluno já é muito acostumado com a tecnologia mas não é realidade do país todo então vejo uma grande falha aí também acho que por um lado ela polariza um pouco essa discussão do papel do professor como se não se precisasse de educador
nunca mais nem de escolas Eu particularmente descobrem lembro que ela traz sim um olhar para o aluno ter que ser autônomo mas ele não vai aprender isso sozinho na minha perspectiva ele precisa dessa instituição que o Gui nesse caminho e depois ele segue sozinho então tem polêmicas aí no correto Eu acho que todas as teorias a gente consegue olhar esses contrapontos né E para finalizar assim eu gostaria que você pensasse um pouco nos nossos estudantes em que em casa nos ouvindo né se você pudesse destacar algum elemento como se fosse um conselho Não é uma
dica para quem tem interesse em aprofundar os estudos eu queria nessa abordagem que que você destacaria para ele embora tenha vindo nesse papel de falar sobre o conectivismo de forma alguma levantaria como uma bandeira acho que o conselho a Palavra Final seria olhar para todas as teorias identificar o que faz sentido no seu contexto nos seus objetivos de ensino na sua disciplina porque pode funcionar para um ambiente não para outro né E às vezes a gente não pensa sobre a nossa própria prática com essa perspectiva depois de um tempo de carreira né quando você tá
na faculdade você tá vendo todas as teorias e fala bom consegui essa às vezes sem sem a prática né às vezes por um encantamento naquele momento e ao longo dos anos você vai entrando num colégio por exemplo e aquele Colégio Segue uma linha e você acaba adotando aquela linha mas não se questiona se faz sentido para você então eu acho que o principal conselho seria olhar tanto para o conectivismo quanto para as outras teorias de aprendizagem e de alguma maneira ser neutro se aqui em cima é possível depois que a gente já tem uma bagagem
mas tenta revisitar essas teorias e ver o que faz sentido para sua prática e não abraçar uma como Bandeira nem o conectivismo nenhuma outra é uma combinação né Cada aula cada turma tem uma objetiva tenho uma teoria que funciona naquele momento então é mais o convite à reflexão do que um conselho de siga por esse caminho nem do conectivismo grande outro olhe para todos e siga pelo seu o que fizesse sentido para você na sua prática muito bom queria te agradecer muito Eu que agradeço obrigado a Roberta conseguiu atingir os pontos principais que eu vou
estar brigando você é muito importante para a gente e fica para você que está nos ouvindo aí um convite muito especial de levar isso que a Roberta trouxe hoje para nossa disciplina como um todo porque é esse o foco mesmo né o quanto que as teorias elas possibilitam um olhar diferenciado sobre a prática e não vem na semana seguinte algumas das teorias de uma forma mais contextualizada e aplicada em diferentes perspectivas temas das nossas disciplinas da nossa disciplina né vários termos para que vocês possam fazer esse exercício que a Roberta destacou né se posicionar de
uma forma crítica fundamentada porque isso é importante né não quer dizer que a gente tem que olhar para tudo de uma forma irrefletida mas assim parar e pensar assim como que eu consigo definir uma concepção como que eu consigo olhar de uma forma crítica e reflexiva de Fato né Não só no senso comum então muito obrigado de novo Eu que agradeço Espero que você tenha gostado e vamos seguir aí nessa jornada dessa disciplina um abraço e até breve e [Música] E aí [Música] [Música]