Fundamentos de IHC

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Luciana Nedel
Video Transcript:
Olá nessa aula a gente vai ver os fundamentos de HC tá tentando entender então o que Quais são os objetivos né os n desses estudos né o objeto e como é que essas essa essa coisa da interação ela acontece de fato bom então em primeiro lugar né vamos entender um pouquinho o que que a gente estuda final né Qual é o contexto de uso das aplicações né então a gente tem eh de um já já falamos anteriormente a gente tem de um lado uma máquina de outro lado a gente tem um usuário né que é
humano e esse usuário humano ele precisa se comunicar com uma máquina né então a gente precisa de uma linguagem comum existem uma porção de processos que eles acontecem dentro da máquina né nos sistemas e que em geral a gente estuda em outras disciplinas da Computação né ao passo que do lado do humano também existe uma uma série de de processos acontecendo e a gente vai então aqui focar mais nesses processos aí né de nos processos que estão acontecendo do lado humano então a gente diz que ihc é uma disciplina que é dedicada a projetar implementar
e avaliar sistemas computacionais e interativos eh que são feitos para uso humano né então Eh junto com isso a gente também precisa estudar esses fenômenos que se relacionam ao uso e que tem a ver com fatores que são humanos né Tem uma área de pesquisa toda que se chama estudo de fatores humanos e e a gente aqui tangencia um pouco isso né então de certa forma a gente aborda esses fatores também bom o que que a gente estuda de Fato né V vai ser esse processo de comunicação e tudo que tá relacionado a isso né
então então basicamente a gente tem de novo né a mesma figurinha de um lado os um computador né esse computador e ele tem um dispositivo de entrada e de saída né então Ele nos mostra coisas ele controla o diálogo da máquina com com o usuário e de outro lado tem um ser humano né E esse ser humano ele tem uma ergonomia né então ele tem uma linguagem de comunicação interação que ele conhece e existe um processador humano de informações né que é a forma como como nós processamos aquilo que que a gente recebe como como
informação Então esse é o nosso nosso ponto hoje né nosso ponto de partida quando a gente vai falar em interação humana computador bom então eh quando a gente tem um um sistema né uma comunicação umana computador de um lado a gente tem um usuário e de outro lado a gente tem um sistema tá esse sistema computacional eh ele é normalmente né Eh composto por um núcleo funcional e uma interface então a gente diz que esse bom e aqui a gente tem o processo de comunicação né desse sistema com o humano de novo a mesma figurinha
vista do de um no ponto de vista um pouquinho diferente tá então basicamente eh nesse eh esquemático a gente tá a gente vai a partir dele né a gente vai tentar explicar o conceito de interface e de interação né Ahã então Eh quando a gente vê o sistema eu tinha mencionado que o sistema é formado pelo interface pelo núcleo funcional e a gente diz que o núcleo funcional é quem implementa a semântica da interação Ou seja é o núcleo funcional que executa aquilo que a gente pediu n aquilo que o usuário pediu né então aqui
que tá a a execução propriamente dita aqui que tem um conjunto de processos que vão executar as funções na propriamente ditas da da aplicação e a gente tem né A outra parte do do nosso sistema é a interface né e a interface é é que a gente diz que implementa a sintaxe da interação né É ela que fornece os elementos de interface né os objetos funções interativas né tanto tanto Gerais como do próprio eh domínio da aplicação né então ah basicamente ele é um conjunto desses desses elementos desses elementos aí né se a gente fizer
uma analogia com a linguagem que a gente usa para se comunicar a interface do sistema é aquela sequência de elementos que quando eles quando acionados e exibidos eles vão Formar frases n nessa nessa comunicação entre o sistema e o usuário então é aqui que a gente converte o núcleo funcional para alguma coisa que o usuário possa entender né então a gente diz que a interface de fato é a parte do sistema com a qual o usuário vai ter o contato né ão tanto física como perceptiva ou ainda eh conceitual né então então pode ser uma
interface física quando ela é por exemplo um dispositivo de entrada né então eu tenho os componentes físicos ali pode ser passivo quando a entrada for uma uma uma câmera né uma wec que tá capturando a minha informação ou quando é um um microfone que tá capturando a minha voz né ah a saída dos elementos numa interface ela pode ser física também o monitor ele é uma interface física onde eu tô enxergando é aquilo que me tá sendo exibido um altofalante ele né expressa som se eu tô fazendo uma interface por voz n então basicamente Essa
é a parte que a que Us usuário ele enxerga né bom ã a outra coisa importante né Agora é a questão da ação então eh a gente diz que a interação entre um usuário e o sistema é o processo que engloba as ações do usuário sobre o sistema e a Interpretação dos e ação do sistema sobre o usuário né então basicamente um processo de interação é o usuário mandando um um o comando pro sistema recebendo uma resposta e interpretando os resultados dessa resposta bom então Eh basicamente O que que a gente diz na prática né
a gente tem um usuário tem interface tem o núcleo funcional tem todo esse processo de ação mas na prática ã para o usuário em geral um usuário leigo a interface é o sistema né então o pro usuário tudo para aqui né então se uma que que significa isso não interessa se o se o núcleo funcional ele tá funcionando 100% e a interface ela não é boa pro usuário Esse é um produto ruim essa essa interpretação ela veio né do do do Alan k né que é um pesquisador conhecido aí na na área de de interação
né ele imaginou esse conceito de um computador para criança que fosse de de todas as idades né esse protótipo que chama kidicom né lá em 1968 né depois Ele propôs uma outra coisa eh semelhante né oo dynabook lá na tese de de doutorado dele foi o o precursor dos laptops Mas o que o Alan k diz diz isso pro usuário a interface é o programa né simples como isso ou seja uma má interface põe a perder o sistema todo né a gente a gente enxerga isso em eh em algumas n estratégias de algumas empresas né
então a Apple é um um exemplo disso então como é que como é que funciona o processo da Apple com aplicativo para telefone ó primeiro lugar eles só fazem telefone de alta qualidade Então os telefones TM alta qualidade e Alto Preço n naturalmente também alto custo então Eh o controle de de de aplicativos que naturalmente podem ser desenvolvidos por terceiros vamos lembrar que a Apple quando lançou o primeiro iPhone todos os aplicativos eram dela né não permitia que que terceiros desenvolvesse né então com o andar da da das coisas né Isso foi aberto os os
eh outros desenvolvedores puderam desenvolver e colocar na loja da Apple outros aplicativos mas esses aplicativos passam por um crio super Severo da própria Apple né por quê Porque eles querem garantir que o usuário do do telefone né do iPhone no caso vai ter e uma boa experiência porque eles lá no fundo entendem que um aplicativo ruim que quebra que tem uma interface ruim que não faz o que o usuário quer ele vai gerar uma experiência negativa no usuário e esse usuário Lego ele vai olhar e vai dizer Esse telefone não presta ele não consegue entender
que a culpa é do telefone ou que a culpa é da infraestrutura de rede de não o usuário comum para ele aquele combo é o é o que conta né E aí vem a importância da gente ter boas interfaces porque o melhor sistema de todos o mais confiável com uma interface ruim gera uma experiência negativa pro usuário Então tá a gente falou do sistema né Vamos falar um pouco do outro lado aqui né seja do lado do usuário então tem uma série de fatores que estão envolvidos nesse processo da interação então do ponto de vista
do usuário né A primeira coisa que a gente precisa entender é a percepção que o usuário tem na interface e portanto do sistema né lembrando dessa eh dessa sacada aí do Alan Key que né que diz o usuário vê uma coisa só né então Eh perceber o que o sistema tá informando pro usuário Depende de uma série de coisas né então basicamente depende dos próprios sentidos né Depende da nossa da capacidade do usuário de escutar interpretar sons depende da capacidade do usuário de enxergar né de ou interagir por gestos ou interpretar gestos que que que
eventualmente ele ele perceba na máquina né depende do contexto depende eh da organização da informação de que maneira ela tá organizada De que maneira ela tá codificada né então a percepção é uma parte importante nesse nesse processo de interação bem como a memória né então a a memória é outro ponto eh importante a gente guarda imagens das coisas na nossa cabeça né no nosso cérebro de maneira que a gente consa olhar outras coisas e entender que ela é a mesma coisa que a gente já tinha tido já tinha visto né então assim eu tenho uma
caneta né então isso aqui é uma caneta Eu conheço a caneta Mas eu conheço montanhas de outras canetas né mas eu nunca vi uma caneta como essa né mas pouco importa a primeira vez que eu vejo eu consigo rapidamente entender que pelo jeito dela né Ela também tem tampa Ela também tem ponto Ela também tem esse formato ou seja se isso aqui é uma caneta Isso aqui é uma caneta também né então eu consigo fazer isso tem a ver com a minha memória com a quantidade de coisas que estão armazenadas lá né a gente a
gente encontra todo dia na nossa frente uma cadeira que é diferente de todas que a gente já viu mas a gente sabe que é uma cadeira mas a gente encontra outras coisas que também tem quatro patas né E também são de madeira e aí a gente entende que aquilo é uma mesa e não uma cadeira né então de vez em quando acontecem enganos né a gente olha o negócio pensa Ah não isso aqui é uma cadeira e não e era uma mesa Ah isso aqui né era um banco confunde né Por quê Porque a gente
tá fazendo essas associações que a gente faz o tempo inteiro Então essas associações elas nos salvam de uma porção de coisas né a gente consegue chegar num lugar onde a gente nunca teve com objetos que a gente nunca viu antes e consegue entender rapidamente do que se trata por causa de tudo que já tá armazenado na nossa memória né então raciocínio é um uma outra eh um outro ponto importante aqui né quando a gente tá falando na na interação bem como a compreensão das coisas né Então essas são as coisas que a gente precisa levar
em consideração aí eh quando vai vai tratar da da interação bom então ã o que que a gente tem do lado da máquina né então a gente viu o lado do lado humano do lado da máquina a gente vai precisar de artefatos diversos tanto Artefatos de hardware né como Artefatos de software que vão permitir então a gente fazer essa essa comunicação aí essa interação agradável com o ser humano então o que que a gente vai precisar é integrar esse hardware e esse software né usando vários diferentes estilos de interação cada um apropriado para um um
um artefato de hardware cada um apropriado por um artefato de software e também apropriado a um tipo de usuário a um contexto de uso diferente né então são vários estilos eh de interação que vão surgir daí né como preenchimento de formulários menu manipulação direta eh interação mobile a interação por gestos interação por voz então cada uma em um contexto diferente para uma situação diferente combinada com hardware diferente bom como é que a evolução a a interação vem evoluindo então né vê que eh a gente começou lá na década de 70 né até os anos 2010
aí né passando pelos mainframes né onde a interação era eh bem precária né a gente na fala de interação com mainframe basicamente se dava com eh um um humano informando dados para uma máquina através de cartão cartões perfurados a gente evoluiu então pros mini computadores depois pras workstations né que foram os precursores dos personal computers né então que a gente usa hoje que a gente chama de PC Depois vieram os laptops Depois vieram smartphones Depois vieram as as coisas vestíveis e a gente tem aí uma série de outras coisas acontecendo Endo dentro dentro desse contexto
E aí quando a gente fala né que eu preciso pensar tem um hardware e um software e pensar numa forma de interação que case com hardware e software vai depender do que que eu tô usando como como base aí bom então a gente também tem a parte da da interface né nós falamos aí nos artefatos diversos de hardware e software que tem que finalmente ser Associados a estilos de interface aí vão ser formulários menus manipulação direta né e um outro momento do curso né bem mais paraa frente a gente vai falar nesses estilos de de
interface né e olhar alguns deles com um pouco mais de profundidade mas nesse momento O que que é importante a gente saber é o que que compõe uma interface ou seja hardware software e técnicas de de interação tá então tem alguns elementos aí que são fundamentais para uma interface funcionar eh adequadamente né então além de dela envolver esses elementos de hardware software e dos e dos estilos ela precisa ter affordance então affordance é é um termo bastante usado em interação mas que não tem uma tradução adequada pro português né então já é uma palavra esquisita
ainda por cima não tem tradução a gente diz que a affordance são as propriedades de funcionamento que são e tanto de funcionamento e uso e que são percebidas pelo usuário Então a gente vai ver alguns exemplos aqui a gente tem um exemplo né onde a gente tem dois botões o botão cancel e o save numa interface né qual desses dois botões eh Tá me convidando para para apertar né então aquele que tá que tá selecionado né então eu tenho um que tá branquinho e eu tenho o outro que tá azul esse botão azul né ele
me chama mais que esse branco né então quando eu olho para esses dois eu tô entendendo que o save é o botão padrão né é aquele que eu vou apertar porque ele tem né essa aparência diferente uma coisa que tá chamando atenção para ele para uma propriedade dele olha isso aqui é um botão vamos apertar n a gente tem outros exemplos de affordance de falsa fordas também né então Eh nessa nessa figura aqui de baixo né a gente vê uma porta de um banheiro feminino e uma porta do banheiro masculino né esse é um causo
de caus né um caso de falsa forans né então o banheiro qual dos dois é o banheiro feminino Afinal de contas eu tendo a pensar que é esse aqui porque eu vejo uma perna de mulher no tem uma perna de homem mas e aqui eu tenho uma seta dizendo woman porém essa seta tá tá apontando para lá então como como como o dedo aponta para lá eu penso então tá então esse de cá é o das mulheres e aí esse de cá vai ser o dos homens porque aqui tá apontado desse jeito então esse jeito
de apontar aqui eh ele ficou esquisito né bom a gente diz que existe o affordance de um objeto né que é uma dica do que que eu posso fazer com esse objeto e o affordance de interface que é são as coisas que a interface comunica pro usuário né Então as o caso das portas dos do banheiro aí é um caso de affordance de objeto né E aliás é uma affordance horrorosa porque ele deixou as pessoas em dúvida né então aquelas uma boa fance é quando eu chego e eu sei o que fazer aqui é eu
tirei essa foto aqui é de um elevador onde eu fui há um tempo atrás né não relativo pouco tempo então entrei num prédio comercial e eu precisava ir no 14º andar né então a gente entra no elevador e eu vou procurar o botão 14 aí eu olhei aqui ué cadê só vai até nove né bom então aí eu apareceu aqui ah olha só tem um menuzinho que colar com com papel né ã botar um papelzinho aqui dizendo ó se eu quero ir no andar 10 então aperta no um e depois no zero se eu quero
no andar 11 aperta no um e depois no um aí eu entendi ah muito bem Então tá eu vou apertar no um e depois no quatro eh se a Ford fosse boa eu ia precisar desse papelzinho logicamente não ia né as pessoas iam entrar aqui e saber agora quando eu faço um painel de elevador onde precisa de de de instruções para uso é porque ele não tá bom o interface não é boa né não não tem uma boa foras ainda tem o terrio aqui né porque não tá marcado T vários elevadores fazem isso é uma
tragédia então ele tem que avisar ó o um é o ter o 10 é o 1 mais o zero né Então esse é um exemplo de de péssima fordas aqui a gente tem um outro exemplo agora com Interface de de software né então aqui também tem falsas AAS Se eu olhar esse primeiro essa primeira linha tá escrito resultado 375 itens processados que que eu entendo desse 365 dessa dessa linha aqui eu entendo que 375 itens foram processados não tem nada de interativo nisso né É só uma informação tá Esperamos que seja assim bom aí a
pessoa que tá fazendo o sistema Ela pensou assim tá bom mas eu quero chamar atenção por 375 então eu vou colocar um retangulo em Volta quando a gente olha para isso aqui resultado 375 itens processados ao invés de eu tá chamando atenção por 375 o que parece é que isso aqui é um campo editável e que se eu clicar duas vezes aqui ele vai pintar vai selecionar isso eu vou poder entrar outros números então eu vou escrever agora sem itens processados Então esse é um exemplo de falsa fordas se o que eu queria era só
comunicar então não bota a coisa numa cara de editável a gente tem esse exemplo de baixo aqui ainda né então esse outro exemplo ele mostra mostra eh o 375 dentro de um do que parece ser um botão né então se eu vou entrar aqui se eu entro no no software que eu vejo isso eu vou querer clicar nesse botão né porque tem a cara de um botão Então é porque tá pedindo uma interação tá então assim a gente viu aqui eh alguns exemplos grosseiros né que são esses e outros exemplos que por mais que talvez
pareçam estúpidos são coisas que estão por aí né a gente tá capturando no dia a dia então assim frequentemente a gente tem um negócio é um pote que abre pro lado errado é uma interface que tem dá entender que a gente tem que fazer alguma coisa a gente não tem que atender e não e não era nada daquilo né Isso irrita o usuário que dá causa uma má usabilidade uma péssima experiência e tudo tudo isso tem a ver com affordance então não esqueçam da affordance né então do que que esse tema esse termo significa bom
então eh a gente viu os dois lados né viu o usuário que o que que ele quais são os processos que funcionam nele a gente viu o sistema né e do que que ele é dependente e a gente viu essa questão da ação né então eu mando uma ação recebo interpreto o o resultado né a qualidade da interação determina ações bem-sucedidas e interpretações corretas e é isso aqui que a gente precisa garantir que vá funcionar direito quando a gente quando a gente desenvolve um sistema interativo quando a gente desenvolve uma interface tá Então essa é
a nossa mensagem aqui né dessa dessa aula onde a gente tá justamente eh tratando né desses desses fundamentos para entender como é que funcionam esses processos daí num próximo momento a gente vai falar um pouco mais sobre qualidade de interface
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