Trump, Tarifas e SELIC a 15%: Como investir nesse CAOS | Skin in the Game #74 Fabio Kanczuk

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Nord Research
Neste episódio especial do Skin in The Game, recebemos Fabio Kanczuk, ex-diretor do Banco Central e ...
Video Transcript:
[Música] Senhoras e senhores, sejam muito bem-vindos a mais um Skin the Game, o programa da Norte, pra gente falar sobre convicções de investimento. Hoje a gente vai falar sobre cenário global, cenário macrolocal, sobre taxa de juros pré-copom, sobre um monte de coisa aqui. Então vocês fiquem até o final. Se você ainda não se inscreveu no canal, não deixe de se inscrever, ativa a notificação aqui também dos sininhos. Hoje a gente tem um convidado super especial, Fábio Cantiuk. Ele foi ex-diretor de política econômica do Banco Central, ex-secretário de política econômica do Ministério da Fazenda. Ele é
responsável pela equipe de macroeconomia do ASA e é graduado em engenharia pelo ITA, mestre doutor em economia pela Universidade da Califórnia e pós-doutorado em economia pela Universidade de Harvard. Falei tudo certo, Kuk. Perfeito. Coisa impressionante. Tá assim ficou, se eu tivesse que decorar ia ser difícil, né? Mas lendo assim ficou muito fácil. Esse é o nosso programa 74. Kantiuk, muito obrigado pela tua disponibilidade. Vai ser um prazer a gente falar aqui sobre cenário global, local, enfim, tudo aquilo que a gente tem direito numa data bastante especial, né? Hoje é uma super quarta, a gente tá
gravando aqui numa quarta-feira, né? Eh, para quem não sabe, Super quarta é quando Banco Central no Brasil e Banco Central Americano, o Fed decidem sobre política monetária, né? Então, a gente vai falar sobre isso também, muito importante pra gente entender como é que vão seus desdobramentos. Mas eu queria que você começasse aqui o nosso programa dando um pouco da tua visão eh global, né? A gente teve aí, passamos já de eh 120 dias do do governo Trump, né? Isso. Bastante ataado. Dá para dizer essa palavra, tá certa? Atabalhoado. É, para não dizer confuso ou maluco,
né? Eh, queria um pouco da tua visão a respeito como o como o Trump tem conduzido isso e o que que a gente deve eh esperar daqui paraa frente, mas também eh o que que foi feito de forma o o que você acredita que foi feito de forma errada. Eu eu cheguei a ler algumas entrevistas suas. você falou: "Olha, esses eh até agora o Trump ter conduzido essas coisas vão trazer um talvez um mundo na margem pior, né?" Então, eh qual que é a tua visão até agora a respeito do do de como o Trump
tem tocado aí a economia, essas decisões geopolíticas? Show. Obrigado. Eh, eu vou eu vou antecipar um pouquinho, depois eu volto. Então, eh, a gente tá com qual que vem uma recessão braba aí? Então, eu começo dizendo, vai vir uma recessão braba por causa das políticas econômicas do Trump. Essa é a nossa leitura. Agora, voltando antes de chegar ali na recessão e as consequências disso daí, fala: "Puta, faz sentido a política econômica do Trump?" Não, não faz. Tá tudo errado. Eh, infelizmente é isso. Daí tem uma parte de desregulação que é legal, queria fazer. Tem um
fiscal atrapalhado, mas eu acho que esse fiscal atrapalhado que é gastos para caramba e corte de imposto e uma dívida ainda mais explosiva que a brasileira, eu não diria que é uma uma particularidade do Trump ia ser assim de qualquer jeito. Eles ainda não acordaram de verdade pro problema fiscal, não precisaram acordar por enquanto. Mas o que tem de particular do Trump, que é o que a gente eh tá vendo atabalhoado, como você falou, tarifas, que negócio de tarifas. Então, é diagnóstico completamente errado de o que que como resolver os problemas. Então, o problema que
eles têm e o eleitor do Trump, o cara blue collar, o cara trabalhador da indústria, fala assim: "Pô, tá horrível, tinha uns belos empregos na indústria automobilística em Detroit, acabou esse negócio, vida ficou muito mais difícil para mim. Não tem emprego estável, a indústria diminuiu, não sei que lá". Diagnóstico do Trump. China, países que ficam exportando pra gente, roubam o nosso emprego, exportam pra gente, taco tarifa, emprego vem paraos Estados Unidos, resolve o problema. Tudo errado, parece intuitivo, não é? Super legal. Eh, resposta de economista e tem bastante trabalho aí. Lu, faz a ver com
isso daqui? desindustrialização, uma coisa tecnológica, papel da China, do comércio internacional, completamente irrelevante, minúsculo, uma coisa tecnológica, assim como agricultura que antes romântica, o arado, sei lá o quê, não contrata mais quase ninguém, né? Tudo automático. E a indústria na mesma, vai automatizando, não tem mais necessidade de funcionário, ela vai virar um negócio minúsculo, não vai, não tem esse emprego mais. Então não adianta se acabar com um comércio internacional que não vai resolver em lhufas a desindustrialização, erro econômico. Claro que ele escuta isso de gente muito melhor que eu, mas ele ele não dá bola.
Ele fala: "Esse cara não sabe bem nada e tudo bem, é uma é legítimo falar que economista não sabe nada. Eu também fico falando isso daqui é legítimo, mas é isso daí". Uhum. O cara fal, vou acabar com esse negócio de de tomar déficit de cada país. Um exemplo curioso para pensar como é louco que ele tá fazendo. Vamos dizer você aqui. Então o que você faz? Você trabalha aqui na Nord no e daí você ganha um dinheiro e você dá um serviço. Você tem um um superavit porque eles te pagam e você tá dando
serviço. Por outro lado, você pega essa grana e gasta no mercado. Ele você vai no supermercado e gasta. Então você tem um déficit com mercado, parece lógico. Você tem um supervit com a norte, um déficit com o mercado, as coisas e fala: "Não, né, né, não, você não pode ter déficit com o mercado mais. Você tem que arrumar algum jeito da norte pagar pro mercado ou oferecer algum serviço pro mercadinho, porque você não pode ter déficit com ele, não. Então você mata todas as interligações. Uma coisa muito louca. Ele ordenou, né? Ele pegou onde os
Estados Unidos tinha superavit, onde ele tinha déficit. Ele falou assim: "Eu preciso tributar onde eu tenho déficit". custe o que custar, seja qual serviço, o que for, né? O que no, do ponto de vista macroeconômico não faz muito sentido. Se ele tá tendo um déficit eh da balança comercial com um país onde o que ele compra daquele país são coisas de pouco valor agregado, né? Ou até mesmo coisas que ele não quer produzir internamente porque não vai gerar algum tipo de benefício de emprego, né? Você só você só ordenar e tributar, né? Eh, isso não
vai te trazer mais emprego, nem um valor agregado para dentro da sua economia, né? Diz que é mais extremo do que você tá falando. Eu diria que a leitura de economista é que mesmo que você exporte coisas que não tem lufas de valor, tô usando lufas demais, vou parar de valor agregado, eh, só exporto, sei lá, soja e importo coisas incrementadas, aviões, não tem problema. Quer dizer, você especializa no que você é bom ou menos ruim, você sempre vai ser menos ruim. Não tem, não tem esse negócio de não existir vantagem comparativa. Mesmo que você
seja pior em tudo com relação ao aos outros, alguma coisa você vai ter vantagem comparativa e vale a pena você se especializar. Um desses conceitos econômicos super robustos, mas pouco intuitivo. Uhum. Né? Tarifa é muito mais intuitivo. Pô, eu corto a China, não sei quê, trago emprego. Então é é é difícil explicar. É uma coisa difícil de explicar e pouco intuitiva. E e como você disse, a tabela, quando ele veio no dia dois com aquela tabela, era uma conta para zerar déficit com todos os países. E até engraçado que quem fez isso foi o Navarro,
né, que é aquele assistente dele que não não tem condições. Ele ele cita um economista no livro dele que é a favor daquilo, que é o tal do Ron Vara, que é um economista inventado por ele, porque ele não deve conseguir um economista para justificar essa coisa. Então é uma coisa meio louca, né? Não faz sentido econômico. Então é ruim, é ruim. Agora eu faço, como é que eu transformo isso em recessão? Daí eu diria que a gente tem umas nuances diferentes do consenso aí. Uhum. di que a maioria das pessoas e daí você põe
Goldman, JP Morgans e companhia, eles falam assim: "O nível de tarifas vai determinar se vai ter recessão ou não. Então uma conta de tarifa e puxa é simples também, ó. Põho tal tarifa, tem um custo aí das interligações que eu perco, tem um custo de inflação e tem estimações boas do tipo 10% de tarifa causa 1% de inflação, isso é PC e core e tira 0,5% do PIB. Então se você for para um mundo que tem 20, 30% de tarifa, isso daí vai tirar o 1 1,5% do PIB. Uhum. Isso seria talvez suficiente para te
botar em recessão. Essa é a conta que as pessoas estão fazendo. Teve até casas que no mesmo dia mudaram. Ah, tem rece não vai ter porque caiu. E daí esse é o efeito que as pessoas estão falando. A gente tá com uma leitura diferente que causa coisas diferentes. Num dia como hoje que a China, os Estados Unidos parece estão sentando para negociar, pô, vai ter menos tarifa de A gente tá com uma cabeça diferente. A gente acha que um efeito muito mais relevante do que esse efeito de tarifas é o efeito incerteza. Então, incerteza, o
hold up do empresário e do das pessoas é uma coisa difícil. Fala assim: "Eu não sei se a tarifa vai ser 10 ou 20, vai ser no Canadá ou na China. E como eu não sei isso, eu não sei que decisão tomar para eu fazer a melhor produção, se eu produzo ali ou aqui, ou se eu consumo, se atraso o investimento." É, então isso é hold up. Você fala a decisão racional é eu esperar. Então, olha, olha a diferença. Então, uma Goldman vai falar: "Se lá na frente a gente tiver uma tarifa baixa, não tem
problema nenhum. A gente tá falando, mesmo que lá na frente você tem uma tarifa baixa, como agora você tá com uma incerteza cavalar, você vai ter a recessão e acabou-se." Uhum. Acabou. Todo mundo adia investimento, adia consumo duráveis, recessão. E daí os números, esses números que eu falei dessas elasticidades de ah, quanto tarifa dá no PIB na inflação, paraa incerteza eles são muito maiores. Você vê o nível de incerteza, forma de olhar incerteza, vai na na sua Bloomberg e põe uncerta, sei lá o quê, do Bloom, que é um cara de Stanford que faz pesquisa
e tem um índice de incerteza que tá uns 450, 500. Esse negócio em geral anda em 100. fala, não tá em 500 menos 100, que é a base, é 400, multiplica por 08, não sei quê, tira 3% do PIB fácil, tá? Então 3% do PBI mundial, do PI tudo Estados Unidos. Então então acho difícil ter recessão mundial, né? Porque tem país que cresce, pô, vai fazer a China, mesmo que a China não cresça, eles mentem e falam que ela cresceu. Então é é um call de Estados Unidos. Estados Unidos. Então você acha que eh principalmente
por conta dessa questão da incerteza, o o Trump pode estar contratando aí umas aceleração de ordem da ordem de 3% do PIB. Isso. Então os Estados Unidos, em vez de crescer eh 2,5, que é o que ele tá crescendo agora, esse PIB que saiu menos zer não dá bola não, que é ruído tá errado lá. Então tá querendo uns 2,5, daí Estados Unidos vai cresce, sei lá, menos um, toma um menos um aí uma reessão dessa pelo efeito incerteza. é forte e e causa essas diferenças. Sai uma notícia como hoje fala: "Acho que vai ter,
eles vão sentar para negociar e daí e talvez a tarifa da China não seja nem o 130, nem 60, talvez. Então vai, caiu a chance de recessão. Minha leitura. Ah, eles vão ficar negociando pelos próximos 90 dias. É, eles não conseguem decidir, não vai ter recessão porque não tem, não sabe o que fazer, todo mundo para, tá? Então é essa leitura. Eh, eu tenho que dizer que por enquanto não tem dado comprovando minha tese, tá? Então, os dados por enquanto são bons, não tem dúvida disso. Daí tem dados soft desses de pesquisa, de confiança, que
já caíram legal. Uhum. Mas os dados de economia mesmo, os dados hard, dados de produção, de emprego, né? Bom, ainda são bons. E então você fala: "Ué, então você conta uma história meio malandra, que é antecipação. Você fala: "Ah, então como você sabe que vai ter tarifa, eu tô antecipando as minhas compras agora". Mas isso já devia ter ficado para trás, tá? Eu entendo o comecinho desse ano, o fim do ano passado, você fala: "Vai ter o Trump, vai ter tarifa, é melhor eu antecipar e fazer um pouco de estoque". Mas acho que já não
dá mais tempo para fazer. Já começou a bagunça, já começou. Então, eh, os dados não tão comprovando a minha história. Uhum. Eh, e eu não tô a fim de mudar a minha história, não, porque em geral é assim, demora, né? Então, crises, recessões, elas tendem, tem esse adjo que sempre dá certo, que demora mais para acontecer, daí quando acontece acontece mais rápido, né? No Brasil eu gosto mais do do buzão. Em vez dessa do dornbush, fica num ponto esperando ônibus, não vem o ônibus, não vem o ônibus, né? Você já desistiu 20 minutos esperando, aí
quando vira a esquina tem três ônibus de uma vez, né? Então normalmente é assim, a economia, a economia tem esse comportamento. Então eu acho que vem atrasado, mas vem uma recessão, vem um negócio. Aí o mercado não tá precificando isso de jeito nenhum. Então é um é um call eh eu diria fora do consenso. Economistas aí estão falando: "Ah, talvez sim, talvez não". Prioridade de recessão é 50, 45, 55. Eu tô falando chegou a bater 60, né? Essa probabilidade, né? No pico ali do do auge da das confusões do Trump, o mercado passou a precificar
ali quase 60%. É, é, eu não sei qual índice, se eu tô falando, é Goldmans e não sei o que ficam ali 45, 60. Goldman acho que é 45. E daí vai volta, tem os modelos, eu tô falando três chances em quatro, né? 75% de chan de recessão. E aí essa recessão viria já eh no segundo semestre desse ano. Então a ideia, enfim, o Estados Unidos tá rodando num PIB aí algo em torno de 2,5. É, você tem um lag, né? Porque você vai medir aí basicamente os 12 meses. Eh, a gente teria uma recessão
o quê? Técnica, que são três, é isso, são três trimestres caindo. Eh, a recessão técnica significa o primeiro, é a reessão técnica que o pessoal gosta, o mercado gosta, mas eu não acho que é é muito nem pro mercado relevante. É dois trimestres de crescimento negativo. Mas esse esse trimestre agora foi negativo, mas foi ruído, tá? Então não, então eu eu acho mais útil pensar o desemprego subindo de verdade, né? Então o desemprego tá uns quatro e p vai para seis, pumba, você sente o negócio, tá? E aí o que que é consequência disso para,
né, um quadro que basicamente hoje você tem lá uma taxa de juros dos Estados Unidos relativamente alta para história, né? Eh, o Trump batendo aí no PAU o tempo todo, né, querendo juros mais baixo, etc. Eh, qual que é a tua, qual que é a tua visão a respeito disso, né, assim, e aí e um fiscal que bastante desarranjado, né? Então, uma economia mais mais fraca, né, com juro que ainda não vai ter tempo de cair o o suficiente. Eh, como é que fica a questão fiscal dos Estados Unidos, né, que você falou, hã, essa
é uma discussão que parece todo economista já mapeou, mas parece que não é o o a o principal discussão. Eh, parece que assim, ah, em algum momento a gente vai discutir isso, né? Já ouvi vários já não faz nem tanto pouco tempo, né? Há mais de dois anos de ouvisto falando assim: "Ah, os Estados Unidos tem um problema fiscal que em algum momento vai ter que ser endereçado? Será que a gente tá chegando mais próximo disso? Em algum momento a gente vai ter que voltar a falar sobre fiscal em Estados Unidos?" Eu diria então fiscal
e monetário, Estados Unidos. Fiscal 100% na sua linha. Então, alguma hora vai ter que se falar sobre isso daí. Não tem dúvida, mas ainda não chegou a hora. Uhum. Uma questão até, eu diria quase constrangedora. Então tem esses encontros do FMI, então tava num encontro recente aí mês passado. E daí tem os caras do CBO. CBO é o Congressional Budget Office, que é uma agente independente que dá como uma consultoria pro pro Congresso sobre o que que vai acontecer, como uma agência, aquela agência, né, fiscal brasileira, mas eles, né, uma coisa assim. E daí o
CB falou: "Ah, essa dívida tá explosiva aqui". Mesmo que eu suponho hipóteses super otimistas, como juros não reageem à dívida, que é uma coisa meio louca, né? Quando a dívida sobe, o juros também vai, vai bola de neve, eles chegam em dívidas de 120 e tanto, eu falo: "Não, isso é uma coisa de 140, uma coisa". E daí perguntam pro cara do CBO: "Se o congressista te pergunta, eh, se eu cortar o gasto agora, o que que você responde para ele que vai ser o efeito econômico?" Você queria alguma coisa do tipo, pô, você precisa
cortar o gasto porque senão o fiscal tá explosivo, não sei o que. Um papo que a gente tá acostumado aqui no Brasil. Daí o cara do CBO responde: "Ah, se cortar o gasto, a economia cai um pouco e talvez tenha efeitos positivos eh daqui a 5 anos." fal congressista vai entrar nessa onda de propor corte de gasto se o cara que tá olhando o fiscal não desespera ele então é uma discussão que ainda não não caiu, tá? Eles estão adiando essa discussão e não não sei quando que vai ser relevante, tá? Todo mundo sabe que
vai ser relevante, mas ela não entrou no horizonte. Então, então eu diria, quando a gente pensa em investimento, eh, a gente não põe isso não. A gente fala: "Tá fora isso daí". Não, não, não, não, não pensa nisso agora. Uhum. A outra questão, eh, o monetário, como você falou, juros ainda tá alto, o que que faz o Fed, né? Então, eh, aí tem uma diferença grande de mandato no Brasil. É só inflação que importa em teoria, depois a gente fala sobre isso. Não acho que estão atuando dessa forma, mas o mandato aqui é inflação lá,
não, né? Mandato é tanto desemprego como inflação. Você tem uma reção dessa causada por tarifa. Primeiro a inflação vai subir, a inflação lá que tá dois alto, puxa, lógica que ela vá para uns cincão, né, temporariamente. E aí a atividade afunda. E que que você faz? Acho que um brasileiro, se o o Banco Central lá fosse composto por brasileiro, a gente fala: "Put, tenho que cuidar da inflação". Mas lá eles têm a tendência de dar mais peso pro desemprego. Então minha impressão é que numa recessão eles cortam juro mesmo. Corta só, mas vai ter inflânice,
corta os juros. E eles estão numas de falar, vai ter recessão mesmo ou não vai ter ou não? Então esse é o jogo que e e não tão convencidos ainda que vai ter recessão. Se eles tivessem convencidos, eles tendem a agir super rápido lá. Eles não estão convencidos. Uhum. Então tem que sair dado ruim para eles se convencerem que tem recessão e daí eles cortam aí 200 bips, saem cortando. A tua visão é que hoje na na reunião não tem corte e provavelmente a tua visão para esse ano é de ter algum corte em algum
momento. Isso daí cortes é daí começa a ter cortes grandes, mas não sei se vai ser setembro, sei lá, uma coisa assim. Vou chutar, fal, tá bom, não vai ter júlio, não vai ter dado, vai passando o tempo, você vai se frut, cadê os dados? É, né? Daí de repente sai dado ruim, daí eles revisam o passado que o payro tinha sido positivo, na verdade foi negativo e daí os caras saem cortando de 50 p. Entendi. Então, meio difícil de tradar, né? Porque eu tô falando, eu gosto de ficar aplicado que vai cair os juros,
mas eu tô falando que vai demorar mais. Então você não fica agora, você vai montando devagarinho, mas alguma hora, né, vem a recessão e daí o negócio afunda, eu acho. Sim. Eh, como é que fica a posição dos Estados Unidos, né, nos últimos, dá para dizer aí que nos últimos 3, 4 anos, até talvez um pouco mais, um prazo mais longo, os Estados Unidos drenou o dinheiro do mundo todo, né? É dólar forte, é o economia crescendo muito forte, as empresas da bolsa também, o batendo recordes históricos, né? O que todo mundo colocou aí como
exuberância eh americana, né? Como que fica os Estados Unidos nessa situação toda, né? Os Estados Unidos acabou a hegemonia, o o os investidores vão passar a procurar outras alternativas. Qual que é a tua visão em relação a essa esse posicionamento dos Estados Unidos, né? O geopolítico não ajuda muito as pessoas pensarem em em casos mais extremos, né? Até mesmo as economias não te dão assim grandes seguranças. Eh, a zona do euro não é assim um negócio tão fácil de você eh não tem juro e e não tem, né, uma economia também assim tão pujante. Eh,
mercados emergentes, né? China é um país não dá para acreditar que você tem alguma solidez do ponto de vista também eh de, como você mesmo falou, né? Não dá para acreditar tanto nos dados e do ponto de vista de mercado de capitais e moeda, iden, né? Você não sabe se você botar o teu dinheiro lá, você consegue recuperar, né? Os outros mercados muito menores, né? Eu queria entender assim, eh, botou-se o botou Estados botaram Estados Unidos em todos os podcasts e coisas que eu leio a respeito do assunto, assim, a a hegemonia americana foi está
em cheque ou acabou a fase da exuberância americana, né? Como que fica os Estados Unidos hoje perante ao mundo? ele vai continuar drenando o capital ou eh você tem de imaginar que daqui pra frente os Estados Unidos vão ter uma vida um pouco mais difícil do ponto de vista de eh fuga de recursos, né, de destino de recursos. Joia. 1000 pontos ligados a daí, né? E eu diria que parte da motivação, para quem tá ligado nos numerinhos do mercado, foi o evento que a gente teve logo depois do Trump vim com aquela tabela maluca dele,
né? Dia 2 de abril, do dia 3 ao dia 8, né? Teve uns cinco dias, teve fim de semana, o mercado se se comportou de forma estranha, que é o cara vem com umas tarifas imensas, daí você fala: "Pô, vai ter recessão. Esse é o consenso. Quando tem recessão, eu tô treinado a pensar que o juro longo americano cai e tô treinado a pensar que o dólar se valoriza, né, que é o dólar mile. Vã. E daí naqueles dias ali, aqueles poucos dias que foi um experimento interessante, foi pro lado errado. Foi pro lado errado,
né? Então o dólar o o o dólar ficou mais fraco em vez de mais fraco. Eu juro os homens e fal hum será que o mundo mudou aí ou será que foi ruído só? Será que tem uma coisa? E minha minha impressão é que foi mais ruído do que qualquer coisa. Então o mercado eh não funcionou bem. a gente que esperava que ia ter uma desregulamentação muito grande do Trump, não teve, fez aquele base straight mais forte do que devia, gerou um pouco de ruído e isso é é chute, tá? O que eu consigo dizer?
Então esse é um pouco da motivação. Opa, mudou, o mundo mudou agora. O que que eu acho que dá para dizer sem esses efeitos de curtíssimo prazo? Então, quem são os competidores dos Estados Unidos? Como que isso acontece no tempo? Isso daí de você ser o seu império e deixar de ser império? Estados Estados Unidos e Rússia, né? Dois impérios. Rússia caiu lá em 89, 90, sumiu, virou a Pax americana, virou só os Estados Unidos, o único império aí. E não tinha outro competidor. Japão começou a falhar, né? Ainda na década de 80. Europa apareceu
com uma possibilidade, não sei quem ia achar que Europa eh tanto crescimento populacional ridículo como aquela regulação violenta. Nunca foi um contender de verdade aos Estados Unidos, mas tem um contender de verdade que é China. Tem isso daí. Eh, por que que a China vai passar o Estados Unidos? Porque ela é gigante em população. Então, população da China é quatro vezes a população americana. E daí você fala: "O PIB per capta chinês é uma porcaria, né? Um sexto dos Estados Unidos. Nós vamos dizer que o PIB per capita chinês fique metade do PIB per capita
americano ou 1/3. Isso é suficiente pra China ter ser maior do que os Estados Unidos. Isso vai acontecer? Puxa, acho que sim. Quando? Sei lá, acho daqui 20 anos a China vai ser bem maior que Estados Unidos. É assim, tá? É, é assim como é. É assim, tá? Pela diferença. Depois algum dia talvez Índia vire, tá? Então, mas eu tô falando 20 anos. Quando que isso daí virou, inclinou e a China começou a aparecer como uma possibilidade e os Estados Unidos parou de drenar tanto recurso do mundo e começou a ter diversificação da dos títulos
americanos. Não foi agora com Trump agora, foi 2015, 16. ali teve um ponto de inflexão importante. Então, já tá quase 10 anos atrás que você nota uma inflexão. Quantidade de títulos americanos posse de gringos para eles, né, não americanos, foi caindo. China tinha título, agora tem 3% dos títulos virou. Então, todo mundo começou a diversificar. É uma coisa que aconteceu lá atrás e é um processo que tá em curso já há quase 10 anos dos Estados Unidos ser menos relevante. Ele é o número um, mas ele tá ficando menos relevante. E daí daqui a, sei
lá, 20 anos ele vai não ser mais o número um e vai ficar acontecendo isso daí. E não, não, eu acho que não tem muita saída. Agora, agora teve um negócio, teve esses poucos dias de ruído aí, mas eu não vejo nada de uma discussão que, né, é agora, é agora o Trump, até porque pode ser muito bem que o Trump toma uma surra, enfia essa recessão, como eu tô chutando, já toma uma surra no midterm e passa no daí acabou o Trump, acabou, daí vira democrata e volta a linha anterior. o mesmo dentro dos
republicanos, o VP não pum e daí volta, tá? Então é, são esses experimentos aí, polarização. Aí eu não vejo, tá uma coisa tão relevante de por causa dessa ida do Trump aí, essa maluquícia que foi, deixou de ser um império e perdeu, vai deixar de ser um império mesmo e acabou. Essa é a minha leitura. Agora, eh, o que que vocês imaginam que é uma consequência de curto e mais de longo prazo para eh uma história de dólar forte, né, que foi um dólar forte daqui pra frente e também um pouco de visão de de
assim eh bolsa americana, né? Olhando aqui mais da ótica, o como que o investidor que não tá nos Estados Unidos deveria olhar pros Estados Unidos como uma alternativa de investimento, né? assim, a gente deve ter um dólar mais fraco daqui para frente ou, enfim, muito do que da parte ruim já tá precificada e e até mesmo outras alternativas de investimento, né? A minha pergunta é muito mais no sentido assim, eh eu aqui no no Brasil como alocador de recursos dos nossos clientes, eh, lá fora, né? Eh, aí talvez dá um pouco passo atrás, né? A
gente aqui tem uma cabeça muito de diversificação, né? do patrimônio, diversificação global também. Acho que o brasileiro chegou na média um pouco atrasado nessa história toda de diversificação dos recursos lá fora. Eh, e demorou para entender também como e os benefícios de você ter uma parte dos seus recursos fora do Brasil. Perdeu talvez um dos maiores rallyis recentes, né? A bolsa americana subiu bastante. Eh, enfim, hoje você não tem tanto, eh, você não tem uma uma bolsa mais barata, mas você tem juros mais altos. Uma coisa que a gente não viu nos últimos 17 anos,
né? Juros altos nos Estados Unidos. Ou seja, uma alternativa para você investir lá fora, talvez com menos risco, é você comprar taxa de juros lá fora. Mas aí vem a segunda pergunta que é: "Pô, será que num dólar nesse nível não faz sentido eu fazer remas?" Assim, a minha pergunta é muito mais a ver assim, o brasileiro com o laquador lá fora, né, os Estados Unidos continua uma boa alternativa ou enfim, você tomaria mais mais cuidado tanto no curto quanto a longo prazo assim. Joia. Então eu diria primeiro uma discussão de de benchmark, né? Quando
você vai montar o seu portfólio, como você disse, brasileiro foi muito atrasado nisso, né? Então o benchmark, o portfólio padrão antes do cara fazer os tilts táticos de melhor. Não, agora ficou bom isso. Era era muito concentrado no Brasil, né? E daí não faz, é fácil de responder, tem que ser diversificado para caramba. Os ganhos de diversificação são imensos. Isso também dessas coisas isso a gente sabe, não tem dúvida. Aí, então tem que ter um peso lá fora eh muito maior quando você pensa em benchmark, pô, carrega seu portfólio para baixo. E se você ainda
é um um consumidor de coisas trades como eu, consumo passagem aérea como louco eu, daí é tudo preso em dólar. Então eu ainda é uma parte do meu consumo que tem que tá em dólar, não, né? Então você tem que fazer pensar nisso antes de qualquer coisa. Agora, em termos de tilts estratégicos, táticos, dado que eu tenho esse nível aí, é, é um momento bom ou ruim para ter dólar e ter Estados Unidos? Então, se não for Estados Unidos, onde você põe seu dinheirinho? Então, um é você acreditar que agora vai ter um um grande
impulso fiscal na Alemanha e a Europa vai voar. Eu não tô nessa. E mesmo que eles entreguem esse 1% ao ano de mais gasto em infraestrutura, quando a gente faz conta, isso dá um aumento do PIB de 07, depois fica sempre 07. É pouco. É, não consigo ver essa Europa, não consigo, tá? Então, mesmo com esse estímulo que eles estão falando, eh, as contas são desapontadoras. China, que eu falo algum dia vai ser essa coisa sensacional. China não não deu certo a parte financeira, né? Toda a privatização que eles foram fazendo em ondas, ah, vou
vou privatizar a agricultura. Primeiro eu libero umas terrinhas pro setor privado, depois deu certo, eu expando e virou tudo privado. Depois indústria básica, não sei o qu. Quando eles tentaram fazer pro sistema financeiro, que era abrir a conta de capital e você poder botar dinheiro na China, deu errado, né? Deu shadow bank, deu bolha imobiliária e foi uma das reformas chinesas que deu errado. Não tem sistema financeiro, você não tem como se aproveitar da China, tá fora. Não tem China para você fazer isso daqui. A menos que você é chinês. Mesmo sendo chinês já é
difícil. Que que você faz? não, não tem. É Estados Unidos mesmo. Então é a minha escolha de benchmark. que é meio Estados Unidos mesmo e grande recessão agora que vamos pensar que é o call de tático mesmo. Vai ter recessão, que que eu faço recessão nos Estados Unidos daí eu diria tem algumas coisas difíceis para caramba. Então, um falso dilema é falar assim: "Nos dias entre o 3 e 8 de abril, o dólar, em vez de ficar forte ficou fraco." Então eu eu melhor eu ficar no real em vez de no dólar. Fal entre o
dia 13 e 8 o dólar ficou fraco com relação ao euro. Com relação ao real coisa nenhuma. O real tomou um pau, tomou. Então, falso dilema, tá? Então, se é verdade que tá acabando essa soberania americana, você acredita? Eu não acredito, mas não é contra o real e emergente não. Mas não sai do real. Você acha que vai ter restrição? Sai do real. Agora, entre essa soberania, você pode comprar mais ou não? Eu diria que em recessões tem moedas que vão melhor que o o dólar mesmo que aí é em franco suíço. Então você tá
na minha, meu também independente de você falar, eu não sei se o euro vai, eu não sei o que lá, você entra numa minha de recessão, você pode ir pro tranquilo, tá? Então esse tipo de coisa que eu faria, eu faria tilt e sair de dólar e prem agora bolsa e cr eu acredito na potência americana, continuo igual nisso daí. Sim, é um pouco da minha visão também. Eh, vamos eh mudar aqui um pouco o escopo para falar um pouco de Brasil, né? Eh, vou fazer um paralelo aqui. Eu eu tento pegar um pouco das
narrativas e tentar desconstruir as narrativas, porque eu acho que quando todo mundo tá falando exatamente a mesma coisa, muito provavelmente isso tá errado, tá tudo errado. E mas principalmente o trade provavelmente vai tá mais crowded, né? Se todo mundo tá acreditando na mesma coisa. Eh, em algum momento começou-se uma narrativa de que o Brasil é um ganhador relativo nessa história de Trump, né? Eh, primeiro porque o Brasil não foi mais tarifado do que a média. Segundo porque o Brasil tem uma posição eh geopolítica menos belicosa com o resto do mundo, é um grande exportador de
commodities, etc. Eh, qual que é a tua visão assim de fato? Você acha que o Brasil nessa história toda de tarifá, Trump, ele com certeza ele não é um, ele é um ganhador relativo, mas se isso vai se traduzir numa coisa boa pro Brasil já é outra questão, né? É, é, eu tô na sua ponta. Ele, ele, ele perde menos do que o México, que a China é perde menos. Mas, pô, falar que a notícia é boa, daí fala sério, né? Tô achando que vai ter recessão. Estado, essa confusão mundial toda, bagunçou todo o comércio
internacional, vai ser bom. Não é bom, é ruim. E daí tem uns casos muito a soja eu vou conseguir, a China comprava dos Estados Unidos, eu vou conseguir. Isso tem uns casos muito particulares de benefícios. Eu tava vendo uma história do cara que uma empresa brasileira e canadense, o cara não podia exportar mais do Canadá pro Brasil, ele ia exportar pro Brasil, que do Brasil ia paraos Estados Unidos, ia triangular Canadá, Brasil. Então tem uns casos muito loucos, particulares, soja importante, você se beneficia, mas em termos agregados não, né? Você só perdeu menos que os
outros. Não dá para essa história que você saiu ganhando. Não, não dá não. Sim. E e diante desse cenário que você traçou aqui, né, vamos falar de eh uma possível recessão nos Estados Unidos, né? O que que você imagina que é um impacto para Brasil, né, econômico, eh, do ponto de vista de também de juro, câmbio, né? Eh, em algum momento você falou, né, o dólar se enfraqueceu em relação ao mundo, mas e se e o o real ainda apanhou, né? Eh, queria também um pouco tua visão em relação ao câmbio, né? Mas principalmente, eu
acho que talvez falar um pouco do primeiro da parte econômica e depois da parte aí do que eh monetária e enfim também a questão aí de câmbio. Então o o esperado é então recessão no mundo, o dólar eu não sei o que vai acontecer com relação ao euro, mas o real apanha, né? Então entra a recessão nos Estados Unidos, real apanha eh sensivelmente, né? Então toma aí 20%, uma coisa assim, esse tipo de coisa. Economia aqui cresce menos. Eh, juros é uma coisa que mudou, né? Antigamente, quando tinha uma recessão nos Estados Unidos, você tinha
essa filosofia aqui que você tem que subir juros para proteger a sua balança comercial, trazer recursos, não sei quê. Agora a leitura é, não, isso é desinflacionário, você tem menos inflação e ato mundial ficou mais negativo, isso te ajuda a desinflacionar. Incerteza mesmo, é um choque desinflacionário, tá? Então tem uma bagunça inicial, né, por causa das tarifas aumentarem o preço de bens nos Estados Unidos e talvez no Brasil, mas eu diria que é é normal ser desinflacionário com essa questão do dólar. Se o dólar real andar muito, daí não fica desinflacionário. Mas e em termos
de, eu não sei se você já tá querendo puxar para essa de Banco Central, em termos de Banco Central que não consegue dar tanta bola pro dólar no curto prazo e o Banco Central tá pensando em inflação daqui 1 ano e meio, 2 anos, é uma coisa desinflacionária, né? Uma coisa que deve ajudar eh o Brasil. É isso. É, eu queria, eu queria, é assim, não, eu acho que foi bom, foi bom você ter tocado nesse ponto. Eu queria talvez falar um pouco mais de atividade, né? Assim, em algum momento também aqui no Brasil, independente
dos Estados Unidos, eh dado que a gente tá com uma taxa de juros muito alta já há bastante tempo, eh, independente do até muito antes do tarifaço, né? Acho que já no ano passado, antes do Trump, eh, o mercado aqui no Brasil começou a a discutir em que momento a gente ia ver a economia brasileira desacelerar. A gente teve um PIB muito forte no primeiro ano do Lula, no segundo ano também muito aí inflada aí por gastos do governo, enfim, uma série de de impulso fiscal. E a gente teve um juros muito mais alto na
contramão do mundo. E em algum momento passou a se discutir, olha, eh, em algum momento você vai ver uma economia desacelerar e ela não veio ou tá sendo atrasada já há algum tempo, né? Aí eu queria um pouco mais da tua visão primeiro pra gente falar sobre atividade no Brasil. A gente vai ver segundo semestre alguma algum Não tem a gente não tem visto ainda muito dado disso, né? Talvez assim só os dados mais curtos e o soft, né? Os os mais pesados a gente não tem visto isso, né? Eh, que que você imagina que
vai ser segundo semestre do ponto de vista de atividade primeiro. Então, eu começo pelo fim e daí eu volto pro pro seu item. Por que que não desacelera esse juro gigantesco? Aí, eu vou vou discordar um pouco de você nisso daí. Ótimo. Eu gosto quando as pessoas vêm aqui me discordar. Eh, eh, vai desacelerar, tá? Mas em parte de desacelerar, fala: "Pô, fala certo, tá crescendo loucamente esse Brasilzão." Então, primeiro trimestre deve vir números do tipo 1,5, 1,6, sem analisar. Analisando dá mais do que 6% de crescimento. Caramba, não é só agricultura não, pô. Forte,
tá no passado forte, tá crescendo para caramba. Então é um call meio fácil falar, não, não vai crescer 3,5 não, mas cara de crescer dois meio fácil. Vai crescer zero menos um. Não acho. Por que que eu não acho? É pela questão fiscal. Acho que uma das únicas convicções que não só eu, mas todo mundo tem é a gente sabe que o Lula vai cada vez inventar mais coisa. Aí é pé de médio, é crédito consignado privado, agora é o crédito pro pro aplicativo e vai ficar vindo coisa, né? E daí ter o imposto de
renda para 5 milhões e tem o Bolsa Família faz o cara rico já tem bolsa família. E não tem limites e não vai ter limites. E Dane se o o arcabolso eu ponho por fora e não sei que lá e vamos que vamos aí. fiscal é com tudo daqui até a eleição, fiscal com tudo e depois talvez da eleição ano que vem 27 muda tudo, mas daqui até lá vai fiscal bombando. Então isso é o que me dá essa solidez. Fal não que não tem cara de recessão, não. Eh, o ponto contrário é você falar,
pô, mas é um juros aí. E daí eu eu falo agora na minha nas minhas contas finalmente virou contraista. Então eu discordo eh dos consensos do consenso de juros. Então qual que é o consenso de juros em termos de conta? Banco Central fala que o juro neutro em termos reais é 5%. Esse é o número deles. Mercado fala, sei lá, seis uma coisa, 5,5 6. Isso é em termos é reais. Você tem que botar inflação em cima. E daí quando eu pergunto, então por que que não tá desacelerando? Já faz 3 anos você não vai
mudar de ideia não? Daí o cara, não, não tá desacelerando, é porque tem o fiscal. Fala, mas então seu juro neutro não serve para coisa nenhuma. Põe o fiscal dentro do juro neutro. O juro neutro serve para servir para alguma coisa que se o juro tá acima do juro neutro, a economia desacelera e depois a inflação. É para isso que serve de juro neutro. Você tem que fazer a conta do juro neutro considerando fiscal. Quando eu faço juro neutro considerando fiscal, dá números do tipo 8% de juros real. Então não tava contraista agora com juros
indo para perto de 15 inflação esperada aí em torno de sei lá 5 e5. Isso é outra coisa, né? Às vezes o foco tá dormindo, mas ninguém acha que a inflação vai ser baixinha. Põe uma inflação esperada 5 meses. Então você chegou num juro real aí e pouco que tá acima dos oito que eu tô falando. Finalmente, finalmente. Agora a gente você tá com juros acima do neutro. Finalmente nos últimos dois anos. na minha conta não. Então não era para desacelerar mesmo. Ou eu faço a pergunta inversa, você fala: "Você não tá desacelerando, você tinha
que ter mudado o seu juro neutro. Pô, que negócio é esse daí? Tem alguma coisa errada no seu modelo?" Então agora, finalmente minha conta, mas não é nada extraordinário esses juros de quase 15, mas tá contracionista. Você ficar esperando aí por anos e anos e anos vai fazer o efeito. Na verdade, o que você quer, né? ger Banco Central, você quer enfiar os juros dois, três pontos acima do juro neutro para ter efeito. Para mim finalmente aí tá tá um ponto para acima, tá? Então não vejo tanta surpresa, mas em parte porque eu vejo um
juro neutro diferente, mais alto do que é agora, agora pegaria, pega um pouco, mas nada demais. Mas tem o fiscal lá do outro lado, é, vamos gastar, vamos fazer crédito, sei lá o que para fiscal, vamos fazer o crédito, esses créditos, fundos de crédito privado, vamos fazer, vai ficar vindo. Não tem, acho que não tem dúvida disso daí, né? E com isso a economia eh não desacelera. Eh, o a gente tá gravando hoje na quarta-feira e hoje tem COPOM, né? O mercado tá precificando aí uma alta de 50, né? Eh, e possivelmente um, talvez um
um banco central mais dove aí dizendo que vai olhar para paraas próximas decisões, né? Qual que é a tua visão a respeito disso? Pelo que eu tô antecipando aqui um pouco, eh o mercado tá já tá prficando até corte para esse ano, né? na tua visão, não tem possibilidade a gente ter corte esse ano. Se você fosse seguir, vamos dizer, essa cartilha de que olha, e o juro agora chegou num num patamar mais restritivo, ele vai precisar ficar mais tempo nesse nesse modo restritivo para trazer, né, eh, a inflação mais para baixo. Essa é a
tua visão? Não, eu eu acho que essa seria a minha visão. Eh, a gente em em economistinha a gente divide em normativo e positivo. Então, normativo é o que eu acho que devia ser feito, o que eu teria, o que eu faria com posso errar feio. Uhum. E o outro é o positivo, o que eu acho que eles vão fazer, que às vezes é completamente diferente. Eu tô sofrendo. Quando a gente coincide, é mais fácil você chutar o que o Banco Central vai fazer. O que que eu faria? E daí às vezes eu tô já
alguns anos diferente. Fazer eu teria feito isso, eles estão fazendo isso, daí é muito mais difícil acertar até. Então tá muito diferente o meu norma. Então eles falam juro real neutro de cinco, eu falo oito. Já tá diferente para caramba. Eu falo não vai ter, não vai, a economia não vai afundar, a inflação não vai ceder. Eles estão achando que vai ceder, que vai afundar. Eu acho que eles cortam juro, sim esse ano, tá? Eh, detalhando um pouco aí essa essa parte de de positivo e normativo e as diferenças brutais que a gente tem com
o Banco Central, posso estar tudo errado, tá? Mas a minha cabeça é muito diferente. Então, nesse normativo muito diferente deles, para mim teve uma mudança de regime. Isso vai ser útil um segundo. Aguentam um 30 segundos comigo. Eh, uma mudança de regime, na minha opinião, sobre como a inflação funciona no Brasil. Eh, a gente deixou de ter inflação ancorada. A ideia de inflação ancorada é que a inflação daqui 2, 3 anos as pessoas acreditam que ela vai pra meta. Ela deixou de ser ancorada. Foi um processo que aconteceu aí nos últimos 2, 3 anos. Ninguém
mais acredita, nem a velhinha de Taubaté acredita que vai pra meta de três. Uhum. Isso muda o jeito de determinar a inflação. E daí tem um pouco de modelagem meio enrolado que é você tem ancoragem, a inflação tem uma força gravitacional que puxa a inflação pra meta. Se a meta tá abaixo da inflação, puxa. Então você não precisa se estressar muito, mesmo que você não afunda a sua economia, atrai. É uma coisa como o Fed. Fed põe a inflação em 2,5, 2,8, a meta é dois. Ele fala que eu relaxo que a ancoragem e a
força gravitacional. Acabou isso no Brasil. E é uma coisa meio recente. E para mim, você não tá ancorado a parte longa é a inflação reage ao que aconteceu no passado. Não acredito mais na meta. E daí muda a dinâmica inflacionária, muda como você deveria fazer modelo. Uma implicação é a menos que você tenha uma recessão, você machuque de verdade, você acabou com a força gravitacional. Então a inflação fica mais alta, ela tem uma, ela escapa muito mais facilmente, ela vai embora, tá? Então isso é uma mudança grande que para mim justificaria um banco central fazendo
algo muito mais abrupto para não deixar desancorar. deixou desancorar. Hum. Agora você aproveita que vai ter uma recessão nos Estados Unidos, enfia os juros lá em cima e tenta ancorar esse negócio. Porque pra sociedade ter desancorada tem um custo anos, anos você ancorar, você tem um custozinho agora, depois você tá com inflação ancorada, você consegue tocar. Então acho que eh vale a pena, mesmo tendo custo de curto prazo, ancorar. Eles não tão nessa daí. Ninguém acredita que vai ancorar. Então, e implicações, uma não vejo essa inflação vindo para baixo, não. Outro, eu acho que eles
não estão esquentando a cabeça com isso e eles podem estar certo e eu errado, mas se eu tô certo que eles não estão esquentando a cabeça com isso, eles têm a recessão mundial, não sei que opa, o juros nos Estados Unidos caiu, eu posso cair também, eu vamos lá, vamos junto. Então é essa cabeça de e não daí a inflação não não volta, tá? Então atividade não vai crescer seis, c vai crescer dois sem moleza na inflação. Inflação acima de cinco, com tendência drift para cima, não tem é um mundo diferente. Nesse teu cenário, apesar
de ser contra, né, vamos dizer assim, eh, não tá no mesmo time de de como tá sendo a a política conduzida a política monetária nesse tionário. Então o taxa de juros agora aumenta, a maior taxa de juros dos últimos 20 anos, né? Olha aqui, beleza, né? Eh, 14,75, cupom aumenta 50. E aí no teu cenário, no cenário de vocês para esse ano, como que eles devem fazer? Para nos 1475 e aí espera para ver como é que vai ser isso, possivelmente fazendo algum corte esse ano, um ou dois cortes esse ano. É algo assim, né?
Então, chute. Hoje eles dão 50 e daí se tiver oportunidade na próxima já não dá nada. E um pouco por que que eu leio isso daí? Por que que eu posso, como que eu vou mudar de ideia isso daí? Minha cabeça. Então, eh, o que que eles falaram pra gente? Eles falaram pra gente que o juros tá bem contraista e não temos dúvida disso. Essa é a cabeça deles. Da eles também falaram pra gente, a gente não sabe se tá contracionista o suficiente e a gente tá tateando isso. Uhum. Como que eu leio isso? falou:
"Então, você deve ter alguma conta, você tá tateando, você deve ter alguma conta, mesmo que não é conta com papel e lápis mais cerebral de falar, precisa estar um juros num nível para fazer a inflação convergir em 18 meses paraa meta." Então, talvez você precisa de mais juros e você tá tatiando isso daqui, então você devia ficar indo de 25 em 25. Isso que eles estão falando. Eu tô acreditando. Então, a linguagem deles para mim é consistente para eles ficarem dando 25 e e fazer a regulagem fina. Eu acho que não tem nada disso que
tá acontecendo. Eu acho que eles acham que o juro está alto, querem parar e querem parar com o mínimo de ruído possível. Mo, mínimo de humilhação pública, que é uma coisa dura no Banco Central, humilhação pública. Como você minimiza humilhação pública, você não se comunica. Você comunicar, eu acho, sei lá, o que a chance de tá errado é grande sempre. Eu imagino que o cara dá 50 e não fala lhufas. Mais uma vez, eu não falo nada que que vai acontecer. Não te dou sinal. Uma alternativa. Ele fala assim: "Dalo talvez na próxima tenha um
ritmo menor, a gente vai descobrir logo se eu tô errado." Eu não acho que vem isso. Mas daí ele fala: "Não, é ou 25 ou zero." Se ele não falar nada, pode ser qualquer coisa. E daí ele fica torcendo para já poder parar na próxima, tá? 50. Ele precisa ter a chance de parar na próxima, né? Se a economia continua bombando forte assim, fica chato, tá? Se não vem dado fraco nos Estados Unidos, fica fraco, fica chato o cara parar. Mas o mais provável é que ele, eu acho que ele consiga parar na pró. Pode
ser que dá mais 25 na outra e daí ele para. fim do ano, setembro, o Fred corta uma decisão depois, Banco Central começa a cortar aqui com uma história de a decisão, a história agora a gente vai manter prolongado para sempre até convergir prática, na minha opinião, é, Fed começou a cortar uma reunião, depois ele fala: "Puxa, já que o juros mundial caiu, o neutro caiu, eu posso fazer um ajuste para continuar". muito contraista, mas num nível um pouco menor do que tava. Muito bom. Eh, o acho que o o a minha preocupação aí é
como é que fica nesse cenário, né? Eh, como é que fica o fiscal, né? Eu acho que a gente parou de discutir fiscal durante algum tempo. Eh, queria também um pouco saber da tua visão assim, se a gente vai ter eh talvez um PIB desacelerando um pouco, né? eh um governo que tá claramente preocupado com a sua popularidade e que vai descobrir formas de eh impulsionar a economia, mas também ganhar a popularidade, né? Se eh o cenário fiscal ele piorou na margem, né? Com essa história toda que a gente tá falando e ainda vai piorar,
né? Ou se na tua visão as coisas não não deve ser um assunto pro pro curto prazo, ou pelo menos até o ano que vem. Eh, então a gente vê o fiscal desde, né? Quando o Lula ganhou foi piorando, teve toda a PEC da transição, não sei quê, que aumentou 200 binos e aí fica atendo, eles estão preocupados com popularidade e vão continuar gastando o máximo que eles conseguem, tentando driblar as regras da mel e uma convicção meio grande, eles já entraram nessa, né? Um governo que que talvez, eu não sei se tá certo ou
errado, mas pensando na democracia, eles inverteram, né? A lógica do governo é falar assim: "No começo do governo eu dou um aperto no fiscal, não sei que lá e daí perto da eleição eu gasto, faço um ciclo político gastando mais, sei lá o quê. Se governo gastou no começo e também vai gastar no fim, o efeito de gastar tanto começa a ser muito menor, mas isso não vai fazer com que eles não gastem, tá? Não adianta um economista chegar para eles falar: "Não, já não adianta mais falar, você tá gastando tanto, vai tudo pro prêmio
de risco, não vai, eles querem gastar e acabou". Eles continuam eh os economistinhas como eu, batendo, né, no jornal falando essa tá gastando, não sei quê, mas eles continuam e não tão nem aí. E um risco, né, fica esse risco de falar de vez em quando, parte longa da curva dá uma loucura. Você fala: "Opa, vou parar de financiar esses caras aí, não sei quê". Eu diria com recessão nos Estados Unidos, parte longa deve sofrer, né? De novo você tem fuga paraos Estados Unidos, pelo menos de emergente paraos Estados Unidos, ainda que não de Europa
e fala: "Hum, deixa eu ver o fiscal desses caras". Tá? Então, mas é um um negócio, eu diria, um um pouco mais para lá, tá? Então, é como se o que eu tô vendo agora, você fal, pô, então recessão é, mas isso aqui vai ser daqui alguns meses. Agora a a boa tá todo mundo querendo aplicar juros, né? a massa toda do sindicato querendo aplicar juros. Então não entra nessa de tomar por parte longa agora que é cedo demais. Sim. Eh, o se for olhar, o kit Brasil performou muito bem esse ano, né? Com um
cenário lá assim, o kit US performando muito mal, assim, performou mal, teve um drawdown muito grande, mas já recuperou boa parte da queda, né? No Brasil não, a gente viu assim o dólar se apreciar, o real se apreciava contra o dólar, o juro longo fechar, a bolsa subindo mais de 12%. assim, eh, e aí conseguiu, começou a se criar uma narrativa do tipo, olha, vai vir uma recessão nos Estados Unidos, eh, isso vai dar a possibilidade de corte de juros lá lá nos Estados Unidos, vai dar a possibilidade de corte de juros no Brasil, isso
vai ser bom para ativos de risco no Brasil. Você compra essa narrativa ou você tá mais cético em relação a isso? Uhum. Muito bem. Coisa que vira tudo sim no mais curto, né? no mais curto. Eh, é, acho que acho que essa essa era uma pergunta, né, assim, olhando um pouco de tudo isso aquilo que a gente falou aqui, eh, e tentando chegar um pouco mais perto do nosso público aqui de falar sobre convicções, né, hoje vocês lá na ASA assim fal assim, ó, esses são os ativos que a gente gosta muito de ter agora,
né, pensando no horizonte que eh para esse ano, enfim, e quais são os ativos que você não teria hoje de jeito nenhum tentar fazer um pouco desse paralelo assim, dado desse cenário todo. Eu eu tenho dificuldade nessa daí, tá? Então, eh em termos mais, sei lá, se quer chamar de estratégico, a gente tá pensando nesses jogo da recessão. A gente vai fazer o jogo da recessão. Eh, mas como tá difícil o timing, você fala: "Enquanto não tá na recessão, minha posição é exatamente oposta. Droga, que droga. Eu quero alguma hora tá lá, mas por enquanto
eu quero estar no oposto. Você você não fica firmão em nada, você acaba indo muito mais leve é do que você iria. Então é uma coisa de ficar leve e não ter grandes escolhidos, esperar, né, tentar achar o timing para entrar forte num call de recessão. E daí recessão você expressa, não sei, do jeito que você quiser. Eu vejo que você tem cara de bolsa, né? na bolsa. Eu gosto de de expressar em juros que eu consigo enxergar melhor, mas cada um expressa do, né, suas predileções. Ah, a nossa cabeça tá um pouco parecida nesse
sentido. Eh, a gente aqui hoje, eh, tá mais leve, né, porque hum na nossa cabeça aqui hoje você tá sendo bem remunerado para esperar, né? O, acho que isso tem um, tem um ponto que, que talvez pouca gente leve em consideração na hora de fazer a seta location, né? Eh, e aí acho que vale a pena dar até um pouco passo atrás. O modelo mais tradicional de location, obviamente a gente importou dos Estados Unidos, né? Basicamente todo mundo pensa aqui que uma carteira de investimentos deveria ter uma parte em renda fixa e uma parte em
renda variável, né? Eh, nos Estados Unidos você tem historicamente juro que rodou em torno de 3, 4, 5% no máximo no nos picos, nos vales chegou perto de zero, né? Mas vamos imaginar que a taxa de juros nos Estados Unidos é mais próximo de 4 C. Historicamente, uma bolsa americana rendeu algo em torno de 10%, né? Então o portfólio para te dar inflação mais C lá, ele vai misturar eh um pouco de bolsa e um pouco de renda fixa numa proporção que ficou conhecida como 60 40, né? Eh, é só fazer essa conta em casa
aí. Eh, 60% rendendo 10% ao ano, 40% rendendo 4, 5% ao ano, vai te dar um retorno aí algo em torno de 7% ao ano, mais ou menos, né? No Brasil a gente importou isso, né? O o grande problema é que tem duas variáveis aqui no Brasil que eles competem, né? A gente tem um CDI que no Brasil rende 10% ao ano, eh, e com risco muito muito baixo, né? Então aqui, né, eh, eu, eu vejo que também o brasileiro é muito mais ansioso do que na média, né, do do dos investidores globais. O que
eu quero dizer, né, para todo mundo tá assistindo é que no Brasil você é muito bem pago para esperar o bom trade, né? Então, estar leve te possibilita quando o mercado exagerar para cima e para baixo, você tomar posições mais arriscadas. Mas eh nisso eu concordo, né? Eu acho que o o o que eu concordo, digo, com o mercado. Quando eu converso com os gestores e grandes alocadores, todo mundo tá numa cabeça de tipo, olha, o cenário tá tão difícil que vale a pena esperar, né? tá mais conservador, tá mais curto, tá mais pós-fixado e
no momento que a gente achar que tem realmente grandes assimetrias, você tomar decisões mais eh acertadas, né? Eh, ou uma ou tomar ou aumentar a maior posição. Eh, eu só queria que a gente falasse aqui também um pouco de indexados inflação, né? A gente falou muito sobre taxa de juros, COPOM aqui. Eh, essa é uma posição que a gente tem carregado há bastante tempo aqui e estamos apanhando, né? É, e eu tô há 20 anos no mercado financeiro, eu vi poucas vezes o PCA mais rodando algo em torno de 7%, né? E e quando isso
aconteceu, foram excelentes momentos de de investir e a gente viu esse juro saindo dos seis, setes para sete altos, né? E essa posição não tem andado. Então, queria um pouco da tua visão aí em relação a eh títulos e PC mais se é um ativo que você acha que faz sentido nesse nível de taxa de juros ou não. Tá. Então, valuation do IP primeiro sem recessão nos Estados Unidos. Eu tava na outra ponta nesse daí. Então, quando eu falo penso em valuation das BS longas, eu falo assim: "O fiscal, eu penso em fiscal brasileiro e
penso em juros americanos e livre de risco." E eu tô imaginando que, né, o meu valuation, eu pego os Estados Unidos e adiciono o risco no Brasil. Eu falo, a política econômica do Lula agora, do Lula 3, parece com o da Dilma 2, só que o endividamento é maior. Ele tá gastando ainda mais do que a Dilma. Ele faz menos barberagens verbais do que a Dilma, mas o fiscal é pior ainda do que o da Dilma. Na Dilma, essa bel longa chegou lá no 7,5 8 e nessa época a STIPS, o juro real americano era
zero 2015. Agora a gente tem o juro real americano em 1,5. Então você tem que pensar que é a Dilma mais o 1,5 e não tem nenhuma razão para achar que o Lula é melhor do que a Dilma, porque o fiscal ainda é pior. E daí eu falo: "Pô, então essa belonga o valuation tinha que ser tipo 8,5 9". É isso que eu ia falar, tá? Então fala: "Pô, essa belonga é horrível, é um negócio horrível". Agora na recessão muda tudo, né? Então, na reção, começam as birutícies totais de falar, imagino, posso tá errado, feio,
que o mercado tá na outra ponta, que o juro longo americano cai, daí as tipos americanas fecham em tempos normais. Por outro lado, o mercado começa a olhar pro fiscal brasileiro numa recessão com mais atenção, vai. Então, recessão, acho não não sei direito o que que vai, qual o efeito que vai dominar, então fica um call muito porcaria, mas eu diria no pré-recessão, eu achava que as as bezs eu não tava animado não com a parte longa, por essa essa conta meio picareta de valuation. Sim. Eh, só pra gente eh caminhar aqui pro fim, né?
Eh, falando aqui um pouco então de eh ativos, né? A gente sempre fala sobre câmbio, dólar e juros, né? Eh, a tua visão aqui, né, olhando pro pros Estados Unidos e depois pro Brasil, Dead, que a gente vai ter juro mais baixo nos Estados Unidos em algum momento esse ano. Eh, na tua cabeça ainda um dólar, dificilmente a gente vai ter um dólar fraco. Isso, dificilmente dólar fraco. Não tô comprando essa. Eh, bolsa americana lá com reção, muito provavelmente a gente tem lucros para baixo, bolsa bolsa para baixo. E aqui a gente tem uma bolsa
que que andou muito bem esse ano, né? Talvez para um balixo muito muito baixo, um pouco de fluxo que entrou aí de de emergente, né? O Brasil entrou meio de gaiato nessa história, né? Levou um pouco do fluxo, mas eh na tua visão, então eh COPOM esse ano h na próxima reunião aí aumenta 50, provavelmente ao longo desse ano deve cortar alguma coisa. eh, e inflação aí indexados a inflação, um trade ainda um pouco difícil, sem grandes convicções de que a gente vai ter eh uma grande marcação ao mercado para aproveitar nesses títulos. Isso eu
diria na inflação, a parte longa tem essa coisa do fiscal dominar, né? As BS longas, que eu acho que era onde nas B curtas é meio louco. Fala, pô, você tá falando que a inflação vai ser alta, né? E que o Banco Central vai cortar do mesmo jeito. Então, break even é joia. É só, eu concordo com isso, que break even curto é joia, só que ele tá fechando. Que diabos ele tá fechando se o Banco Central tá por que que essa inflação? Mas essa coisa que o pré às vezes empurra o break even essas
coisas estranhas do mercado, né? Quando o pré começa a fechar, o break even fecha junto. Parece que às vezes, mas eu diria estruturalmente, eu até acho que inflação, né? Quanto que vai ser a inflação de 26, 27? Eu acho que vai ser pior do que o pessoal tá pensando aí. O que que o mercado hoje precifica de inflação para esse ano e pro ano que vem? Eu não sei quanto tá agora, mas é um negócio que chegou a ficar seis e foi caindo. Deve est uns cinco e pouco. E na tua visão a gente tem
inflação mais para cima. É mais para cima. E daí tem sempre um prêmio legal, né? Nesse break. Você fala quanto que vai ser a inflação, enfia mais um 0,70, 0,80 que é o prêmio do do mercado. Então é é uma coisa, só que agora não dá porque tá todo essa coisa estranha do mercado que eu confesso que eu não entendo bem que é tá todo o sindicato aplicando o pré e o pré empurro o break. Uma coisa é o pré e outra, mas vai tudo junto, tá? Muito bom. Eh, Cant, eu queria te agradecer muito
aqui pela aula sempre. Eh, tem uma visão aí bastante privilegiada do que tá acontecendo no mundo e também no Brasil. Eh, a gente brincou aqui no começo do do programa, né? Eh, eh, o Zenário tá fácil, né, de a gente falar aqui. Você falou, você falou assim, não é fácil quando dá umas confusão que tem mais coisa para falar. Tem, é, tá cheio de assunto, né? Tem algum outro assunto que a gente não falou aqui que eh eu gosto muito da tua visão, porque você traz uma visão não consensual, né, de do mercado, assim, tem
algum ponto assim que você tá olhando hoje que acho que o mercado não tá olhando ou a tua visão mais não consensual do que, enfim, do que o mercado tá precificando? Porque de fato você olha coisas bastante fora da caixa aqui. Eu vou dizer coisas que eu tô fuçando por enquanto sem conseguir ver nada legal e que eu gostaria de encontrar trabalhando e então legal. Receção nos Estados Unidos. Minha cabeça essa daí. E daí a minha pergunta é quão profunda, quão duradoura, como que eu penso a respeito disso daí? Já que eu acho que o
nível de incerteza vai levar esse negócio pra recessão. Que que eu faço para descobrir isso? Daí então, se é uma reessão eh de setor financeiro, quebra de bancos, eu não sei que é uma coisa duradoura. Essa não tem a menor cara disso daí. Essa tem cara, né, que a incerteza puxa para baixo, como você colo incerteza, volta. Então pode ser uma uma reessão é curta, cai incerteza, faz a recessão, acabou incerteza. Bumba! E quando minha volta e daí eu falo: "Será que é isso mesmo ou será que vai ter quebras de cadeia de oferta e
eu tô boiando aí?" É quebras de cadeia de oferta. Esse é um tópico que eu fico estudando sem muito sucesso. Lembro até desde o terremoto que teve no Japão, de repente você precisa de um parafuso, de um chipzinho e você não pode produzir porque depende uma coisa é feita em tal lugar do mundo, terras raras, sei lá o que eu falo, será que vai vir uma coisa dessa em setores ligados a terras raras ou não sei que lá que vai ter um efeito horroroso aí vai ter setores que vão ser horríveis e eu tô bobeando
e não tô vendo isso daí que daí se torna, mas eu confesso que é tópicos de estudo. É, por enquanto não descobri nada de interessante, sem convicção nenhuma. Muito bem. de novo, queria te agradecer aí pela oportunidade, por pela disponibilidade, aliás, de ter vindo falar com a gente. Eh, vamos ver se eh a gente vai nos próximos meses atualizando o teu case aqui, te trazer mais paraa frente pra gente falar sobre os desdobramentos, que eu acho que vai ter bastante coisa pra gente falar aí nos próximos seis meses, um ano, mas de agradecer, agradecer também
a ASA e todo mundo pela disponibilidade e deixar aqui o convite para vocês. Esse programa vai ao ar na terça-feira às 5 da tarde, a gente vai ser pós cupom, né? Então vai ter bastante coisa pra gente falar. Já vai de os erros, né? Já vai quando ele vier ao ar já tem os erros que eu fiz. Isso é legal. Exatamente. Isso é legal, né? O legal de a gente gravar hoje é que se acontecer alguma coisa diferente e os erros vão ser imediatos, né? O que põe a gente sempre aqui em risco. Mas isso
aí, pessoal. Obrigado pela audiência. A gente volta toda terça-feira aqui às 5 horas da tarde no YouTube da Nord e também nos outros canais do Spotify. Um abraço e até a próxima. [Música]
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