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Trascrizione del video:
Do 1 no ar! Fala, pessoal! Tudo bom? Sejam bem-vindos a mais uma live. Estamos aqui e vamos falar sobre o Carnaval. Carnaval, e o Carnaval não ia ser o tópico da live se não fosse essa imagem circulando que é um Dom Pedro I decapitado e uma figura meio indígena, mas que tem uma cara meio de demônio. Na verdade, da forma como foi montada, é num barco da Ordem de Cristo meio destruído. Então, essa imagem que marcou esse Carnaval já teve, enfim, em imagens anteriores. Claro, Jesus Cristo meio que apanhando do demônio já tinha sido
feita em profundidade no Carnaval anterior, e desse Carnaval, agora ele foi marcado por esse Dom Pedro I decapitado. Então, nós vamos comentar sobre isso. Isso fez com que o tema da live se tornasse o Carnaval, e nós vamos falar sobre tudo isso, né? Então, alguns avisos, né? Nós temos aqui, ó, evento presencial em Vitória. Vai rolar o evento em Vitória, tá fixado nos comentários. Manda aí de novo no chat. É evento presencial em Vitória, importantíssimo! Nós vamos lá para Vitória. Estamos rondando, né? Então, nós fomos para Campo Grande em janeiro, em fevereiro foi Lisboa, e
agora em março nós teremos Vitória. Então, a nossa grandíssima Vitória, que tem algumas das igrejas mais antigas do Brasil, é uma cidade belíssima. Nós vamos agora a Vitória, então o pessoal do Espírito Santo aproveite agora para ir ao nosso evento em Vitória. Divulguem para o pessoal que é do Espírito Santo! E as lives voltaram toda terça e quinta, meio-dia e quinze, nós estamos de volta agora para valer. Então, se inscreva no canal, ativem o sino das notificações. Ajudem a quebrar nosso Shadow Ban perpétuo! Agora, depois dessa live, o Shadow Ban vai triplicar. Eu espero conseguir
bater todos os indicadores, os sensores de que eles deveriam parar de divulgar o canal nesta live. Então, aproveitem agora para ajudar aqui, compartilhando a live, espalhando para as pessoas. Que depender do algoritmo, não vai acontecer. Então, é isso. Olha, evento! E lembrando sempre que vocês podem se inscrever no Filosofia do Zero. Mandem aí o link também do Filosofia do Zero. As inscrições sempre estão abertas. Filosofia do Zero, muitas pessoas se inscreveram no Carnaval, então muitas pessoas aproveitaram essa curiosíssima data do Carnaval para, basicamente, se inscrever no Filosofia do Zero e estudar, sem dúvida. Aproveitaram melhor
do que várias outras pessoas que aproveitaram o Carnaval. Eu, em particular, aproveitei o Carnaval para passar tempo com a minha família. Mas nós vamos, nós vamos, basicamente, falar agora sobre o Carnaval. Então, assim, vamos lá, né? Em primeiro lugar, o acontecimento do desfile com a cabeça decapitada do Dom Pedro I. Cada ano que passa, há um padrão do Carnaval se tornar mais explicitamente anti-tradição brasileira, anticristão, anti uma série de coisas. Isso é notório. Se antigamente isso era muito implícito, nos últimos anos só repetidas expressões de algo que tem que atacar o cristianismo, tem que atacar
alguma tradição, tem que atacar alguma coisa que seja importante. Eu, na verdade, fiquei até chocado que escolheram Dom Pedro I, porque isso significa que há um despertar de consciência, que finalmente estão começando a entender o inimigo verdadeiro. Porque olha só que loucura: há uma revolta contra a Ordem de Cristo e é uma revolta contra o império. Antigamente, as pessoas estavam revoltadas. O símbolo máximo da tradição que elas conseguiam conceber era a última eleição. O fato delas estarem preocupadas agora com o império e o fato delas estarem preocupadas com a Ordem de Cristo me mostra, me
indica fortemente que nós estamos fazendo um trabalho bem feito, que as pessoas estão começando a despertar para a tradição do Brasil. Não tem outra explicação, porque veja, com o nível de consciência que as pessoas tinham há 20 anos atrás, há 15 anos atrás, ou mesmo há 10 anos atrás, elas nunca teriam colocado como vilão do Carnaval Dom Pedro I. No entanto, agora ele aparece como uma espécie de vilão, ele tem que ser decapitado, né? Não basta ele ter sido expulso, ele tem que ser decapitado. Então, existe um tema de que a monarquia se tornou um
tema. Ah, um tema que aparece. Outro dia eu estava vendo até um reels, apareceu um reels de um cara vendendo cafezinho na rua e o cara contando da jornada dele vendendo um cafezinho. No fundo do negócio dele, ali tinha uma bandeira do império, né? Então, é a presença dessa bandeira do império que as pessoas colocam, sei lá, em empresas e que agora ela está começando a penetrar no imaginário até das pessoas que odeiam essa tradição. E por que isso acontece, né? Isso acontece porque cada vez mais as pessoas estão percebendo que não é só que
houve um desvio há 5 anos atrás, há 10 anos atrás, mas é que a república brasileira como um todo, em grande parte, já foi criada para dar errado. Não é que do nada, em 2020, a república começou a dar errado, ou em 2015, ou em 2002, ou em 1980. A república brasileira, na verdade, em grande parte, já tinha as sementes de uma série de ideias que eram anti-brasileiras, de burocracia, de supressão, de secularismo, de supressão da identidade do povo, de desordem, de fortalecimento de uma hierarquia que basicamente não tinha responsabilidade e não queria cuidar das
pessoas. Então, a república brasileira, que foi muito satirizada nos livros, por exemplo, do Lima Barreto, essa república, ela aparece fundamentalmente agora como algo que já tem um elemento revolucionário. E tanto a criação da república tem um elemento revolucionário que... A própria escola de samba abraça ela como um símbolo, uma espécie de símbolo revolucionário, né? Então, é contra a ordem de Cristo, é contra Dom Pedro I, é contra a fundação do Brasil; portanto, é anti-Brasil. É anti, na verdade, tudo que forjou o Brasil. E é muito louco tudo isso porque, pensa, o Carnaval, por vezes, é
associado a uma festa brasileira. É uma coisa, é a cara do Brasil, é a cara do Brasil. Só que, a partir do momento que você coloca algo que é literalmente contra a origem do Brasil, o que está acontecendo é explicitamente que o caráter é contra o país; ele é notório. As pessoas não querem saber do país. Ah, mas Dom Pedro I tinha problemas! Dom Pedro I tinha milhares de problemas, mas a fundação do Brasil teve problemas, mas não sei o quê. Veja, todas essas coisas podem — a gente pode discutir qual era o que foi
que aconteceu pós-independência do Brasil. Mas o fato é que Dom Pedro I era um homem de altíssimo nível comparado a todos os homens que vieram depois, basicamente, na República. Você vê o nível de formação, a erudição dele; é simplesmente outro nível. Ah, e aí é que é engraçado, né? Porque o Carnaval, o que seria o Carnaval? O Carnaval seria o adeus da carne. Você tem antes da Quaresma, então o Carnaval tem absolutamente tudo a ver com a Quaresma. Antes da Quaresma, você queimaria o seu estoque de carne e outras coisas que não vão ser consumidas
durante a Quaresma. Então, você vai ter um período de celebrações, um período para tirar a tensão. E esse período para tirar a tensão é uma preparação para o sacrifício quaresmal, para 40 dias de penitência de pessoas que vão se privar de uma série de coisas que são boas. Elas agora vão ter um momento de descontração para poder focar na Quaresma, né? Perfeito! Então, na realidade, o Carnaval tem um pouco dessa cabeça. Tem pessoas que vão falar assim: mas o Carnaval em Veneza do século sei lá, x, tipo uma... uma... sei lá, uma coisa que já
foram há muito tempo. Mas, falando da realidade sociológica do Carnaval contemporâneo no Brasil, quantas pessoas, realisticamente, sem ser cínico, para entender o que eu vou falar agora, têm que literalmente ser cínicos? Pessoas vão para o Carnaval de 2025 preocupadas com a Quaresma, preocupadas com os dias de penitência que elas vão ter? É literalmente o oposto! As pessoas vão para o Carnaval fundamentalmente para sexo livre. As pessoas andam, tem muita droga, tem muita bebedeira; as pessoas andam praticamente nuas e tem absolutamente tudo a ver com o sexo livre. Tem tudo a ver com a produção da
turma meio global, meio sei lá o que, que vai produzir aquilo, fazer o programa, fazer a festa, cobrar tickets e fazer todo o negócio. E, de outro lado, o carnaval de rua, as pessoas vão — basicamente, elas estão pensando fundamentalmente na luxúria e elas não estão pensando em absolutamente nada conectado com a Quaresma em nenhum nível, nenhum nível, nenhum! E aí é todo tipo de caos, coisa quebrada, etc., urina na rua e a confusão total, gravidez indesejada e, basicamente, as pessoas enchendo a cara. E aí, não sei o que... E aí tem, claro, comercial, indústria
da cerveja, blá blá blá, e absolutamente nada tem a ver, absolutamente, absolutamente nada tem a ver com qualquer coisa que tenha a ver com a penitência ou com qualquer outra coisa. E o efeito disso, né? O que as pessoas estão procurando? Elas estão procurando a promessa do Éden sem o sacrifício que foi falado no Gênesis. Que é no Gênesis, as pessoas, Adão e Eva, são expulsos do Éden e Deus fala para eles: vocês agora vão ter o suor do trabalho e vocês vão ter as dores do parto. E o que as pessoas estão procurando verdadeiramente
no Carnaval não é aliviar a tensão ou comer carne. Antes fosse! Imagina se o foco do Carnaval fosse comer carne. Seria um espetáculo, mas é churrascaria, né? Agora o Carnaval vai bombar churrascaria! Não, não é esse o foco. O foco delas é fundamentalmente fugir do suor do trabalho e fugir das dores do parto. Em outras palavras, é viver o Éden sem o sacrifício, é viver o prazer sem o sacrifício, é o sexo sem filhos. Porque elas estão querendo fazer sexo no Carnaval sem engravidar. Ninguém está indo a um Carnaval pensando: "Nossa, agora vou pensar na
minha prole." Estou indo ali para montar uma família! Essa não é a vibe do Carnaval; qualquer pessoa percebe isso. Então, elas estão indo ali para sexo sem filhos, para não trabalhar. As pessoas estão comemorando o feriado, o fato de não trabalhar. Elas estão comemorando o fato de ter sexo e não ter que ter filhos. Isso é 100% da experiência sociológica básica da gigantesca maioria das pessoas. O que não é isso? A maior parte é basicamente o fenômeno global das pessoas fundamentalmente explorando isso para mover uma espécie de indústria meio festeira em volta disso. E aí
tem algum elemento da macumba. Tem até um vídeo do Milton Cunha falando que o Carnaval é macumba. E aí, falando que tem a coisa do batuque e tem referências aos orixás nas escolas de samba e não sei o quê. E aí, claro, que tem a coisa revolucionária que é, evidentemente, em vários enredos, se colocam coisas ideológicas, etc. Tudo muito verdadeiro, mas... A experiência média da pessoa é: eu quero viver uma espécie de “êem” na Terra. Eu não vou trabalhar, eu não vou, eh, eu vou ter sexo, eu não vou ter filhos. Essa é a experiência
média. Essa experiência, como todas as coisas do demônio, ela promete e não entrega. O prazer sexual se esvai muito rápido e não fica a alegria que as pessoas imaginam. E aí passa a ressaca dessa porcaria que é o seguinte: nós estamos no dia. É hoje. É o quê? Hoje? Hoje é 6? Hoje é 7? Que dia? Hoje? Hoje é o dia 6 de março e, para várias pessoas nesse país, o ano começou agora. O ano de trabalho começou agora. A vibe do “ah, mas tem gente já trabalhando antes”, tem, mas a vibe de que agora
começou a hora de trabalhar começou agora, é 6 de março. O país está sendo destruído por inflação. A inflação, a inflação tá ficando no nível dos anos 80. Você vai comprar um negócio no Brasil e, já, já você vai comprar uma cartela de ovo e vai ter que moer 200 para levar a cartela de ovo. É uma loucura assim. E os preços são insanos. Ninguém consegue comprar nada porque ligaram a máquina de impressão e ninguém fala porcaria nenhuma. Todo mundo: “Oh, não, eh, agora o presidente da República vai se preocupar com o seu legado. Eles
não iriam eh aumentar a inflação até o nível insano.” Não! Na verdade, eles estão. Eles podem fazer o que eles estão fazendo, exatamente isso. Eles vão imprimir dinheiro até o ponto de todo mundo empobrecer e dane-se. Azar o seu! Então, a economia do Brasil e, se você não tem dinheiro, vai dormir no chão, vai dormir na rua. É literalmente isso que tá rolando no Brasil. É um negócio do tipo: vamos imprimir dinheiro, vamos fazer a farra, e se faltou dinheiro, você dorme na rua. Maravilha! Olha pro céu estrelado! Faz não sei o quê. A economia
do país vai afundando e a vibe média do brasileiro é essa: o ano começou agora. Ah, tem gente falando que o ano vai começar dia 9. Quer dizer, a vibe na verdade é, e depois que passa a semana, porque é claro, Quarta-Feira de Cinzas agora não é muito importante, né? Quarta-Feira de Cinzas a gente não pode trabalhar. Quantas pessoas vão à missa, né, botar lá crucifixo e tal? E aí, depois, começa o ano. E aí elas vão começar a trabalhar de verdade. E aí você fala assim: caramba! Mas é uma piada porque ninguém tá preocupado
em fazer essa porcaria dar certo, esse país rodar, a porcaria do país funcionar. A alegria das pessoas, muito mais do que você ficar alguns dias de festa, a alegria das pessoas vai vir em parte do país tá rodando, do país tá funcionando, da economia do país estar minimamente funcionando. Eu não tô falando nem dela estar voando, não tô falando dela tá minimamente rodando. Se as pessoas estão querendo, basicamente, eh, segurar o seu clima de trabalho, de entrega, a inflação tá pipocando e todo mundo tá fazendo isso porque não? A gente precisa de uns dias de
descontração. Que descontração? No Brasil já tem recesso, férias, sei lá o quê, no final do ano. Aí depois, você pega esse começo de ano e, aí, x e y, e aí vem o carnaval. E aí, todo mundo começa a rodar o ano depois. E é tão engraçado! É um negócio tão assim, eh, peculiar. Porque eu compreendo a ideia de ter festas e das pessoas terem um clima um pouco mais descontraído. Eu compreendo a ideia até da pessoa estar muito descontraída na Quaresma. Se as pessoas fossem viver a Quaresma. Mas a ideia do Brasil, essa mentalidade
do tipo: o ano começa depois do carnaval, é óbvio que é parte da decadência do Brasil. Gente, tudo isso é sinal da nossa decadência. Esse é o tema da live: decapitar Dom Pedro I não diz nada sobre Dom Pedro I, diz muito sobre a nossa decadência. A decadência do nosso país, eh, tem a mentalidade que o ano começa depois do carnaval. Diz muito sobre a nossa decadência. E deixar a inflação rodar insana e, por quê? Por quê isso? Porque ela tem que rodar. É a decadência do nosso país. Falar que se as pessoas não têm
dinheiro para qualquer coisa, elas têm que dormir e olhar para o céu estrelado, é a decadência do nosso país. Achar que, eh, que o carnaval, da forma como ele tá constituído hoje – não tô falando do carnaval de 500 anos atrás, 600 anos atrás, na, na, na – eu tô falando do carnaval agora, achar que o carnaval, este carnaval que está rolando aí, eh, é um símbolo nacional, é a decadência do nosso país. Achar que tá tudo bem. A decadência do nosso país é óbvio. E é tão louco, porque é óbvio que agora as pessoas
vão ficar iradas, mas é verdade. Quem não sabe que existem profundas conexões entre escolas de samba e o crime? Meu Deus! Ele falou isso agora na live! Quem não sabe? É o negócio que é meio que famoso. É literalmente famosa a história de que existe conexão. E, então, assim, é claro que o governo fez várias propagandas do carnaval, por quê? Né? E aí você anda na rua e a experiência, pelo menos próxima da minha casa, é a coisa mais notória que tem: são homens de sunga. Você tá andando lá, eu tô lá com minhas crianças,
tal. Você tá andando e, aí, você olha pela janela e é homens de sunga. Então, é isso! Realmente é uma grande tradição brasileira, é um grande e é uma coisa importantíssima mesmo. Eu realmente preciso andar do lado da minha... andar com as minhas filhas. Eu tenho duas filhas, tal. E eu tenho que andar e eu preciso ter uma fileira e olhar isso. Isso é uma, é a cultura brasileira, pelo amor de Deus, é tão ridículo; isso é um negócio assim tão ridículo, um negócio tão patético, um negócio tão ridículo. Então, quando o cara pega e,
quando as pessoas olham o que tá acontecendo de verdade no carnaval, tem gente falando, tem gente pelada. Graças a Deus, eu não cheguei a ver gente literalmente nua no carnaval. Bom, eu vi na faculdade, né? Eu tava estudando, estudei na faculdade que o WOW era uma realidade na minha faculdade muito antes disso virar moda. É por aí. Eu tava lendo um livro, eu lembro de uma matéria do mestrado, né? Eu tava sentado lendo o livro, aí entra um cara pelado ali no meio do negócio, né? E o engraçado é que ninguém, ninguém nem chamou atenção.
O cara entra pelado ali, todo mundo continuou lendo o livro, tipo, era uma coisa… na faculdade, já tava todo mundo anestesiado para isso. Ele entra lá, o cara entra pelado, todo mundo: "Ah, não, mas o pelado, tal, vamos esperar ele passar, vamos ver se ele vai embora logo pra gente voltar a ler o livro", aqui, quer dizer. E aí, não é a cultura, é a cultura? Não, é o fim da cultura. E é todo ano a mesma coisa. Ano passado, a mesma coisa. Não dá para vir aqui na empresa porque, na rua, tá tendo bloquinho,
então a gente não pode trabalhar. Então, pela insalubridade do ambiente, realmente, não pode. Ah, o carnaval agora é sexta também. Por que não? Ele é na sexta anterior. Por que não pega na quinta anterior? Aí, resultado: as pessoas vão emendar duas semanas. Aí, ó, é muito papo moral, isso não resolve nada. Carnaval, para algumas cidades do Brasil, é a única forma de renda, meu caro. Se, para uma cidade, se na sua cidade a única forma de renda é o carnaval, o seu menor dos problemas é o carnaval. Tudo tá falindo na sua cidade. Se a
maior fonte de renda é o carnaval, olha o que você tá me falando. Você tá falando de uma cidade que vive do carnaval. Tipo, fazer o quê o resto do ano inteiro? O que as pessoas estão fazendo? Você precisa começar a fazer tudo na cidade de volta. Se o auge da cidade é o carnaval, é porque acabou, a cidade tá péssima. Deveria imediatamente parar tudo. Fala, turma! Chama a cidade inteira, chama todo mundo numa assembleia e fala assim: "Ó, o seguinte, nós falimos como civilização, porque a única renda dessa cidade é o carnaval. Então, é
melhor a gente começar a trabalhar em alguma outra coisa, vamos começar a fazer alguma coisa." É impressionante, cara! Olha só o raciocínio. Não é porque, para algumas cidades, a sobrevivência delas depende do carnaval. É igual quando o cara fala para mim: "Não, porque, para algumas cidades, elas vivem do Bolsa Família." Então, tá tudo errado. Se uma cidade vive do Bolsa Família, a cidade inteira é… ou seja, até o cara tá me contando ontem, né? O cara do interior de Alagoas falando de algumas cidades em Alagoas que 100% das pessoas estão no Bolsa Família e ninguém
quer trabalhar. O cara lá vem trabalhar e tal. Eu falei: "Cara, então eu amo Alagoas! Alagoas é um estado lindo, tem uma população incrível. Como é que deixaram chegar nesse ponto?" É óbvio que, se a sua cidade inteira tá dependendo do Bolsa Família, se a sua cidade inteira tá dependendo do carnaval, faliu tudo. Mas esse comentário, ele é sintomático da mentalidade que tá aí. Não é porque realmente é importante, é importante! Aí, vai ter gente mandando hate: "Meu Deus, ah, é o moralismo!" O que eu falei que é mentira? Não é nenhum ponto. É preciso
saber se é verdade. Eu não quero saber porque a população, porque a popularidade, porque não sei o quê, porque no Rio de Janeiro, porque não sei aonde… "Fala, turma! Turma! Turma!" O Rio de Janeiro, inclusive, grande parte dele foi feito pela mesma família. Só para constatar, o Rio de Janeiro foi, em grande parte, feito pela mesma família imperial que tá sendo debochada no carnaval. Só para dizer que o Rio de Janeiro, sem a casa real brasileira, seria infinitamente pior do que ele é. E muito da beleza do Rio de Janeiro vem da casa imperial, vem
exatamente, precisamente, dessa mesma casa imperial que estão tripudiando. A saída do governo do Rio de Janeiro, bem como a saída do império, pioraram as cidades, que é uma coisa que ninguém tá dizendo. Esse mesmo Rio de Janeiro, quando você olha a história e a tradição dele, era completamente diferente quando as pessoas estavam mais preocupadas com Jesus Cristo do que na referência revolucionária ou a referência orixá ou qualquer outra porcaria que colocaram no carnaval. O Rio de Janeiro, das pessoas que estavam preocupadas nas igrejas tradicionais, usando o terno de linho, que era uma tradição lá no
Rio de Janeiro, e das pessoas que ainda viviam os costumes do que vieram do velho senado da casa imperial, era muito superior ao Rio de Janeiro que foi tomado, basicamente, pela destruição da sua própria cultura, pelo tráfico, por sei lá o quê. É óbvio isso, mas finge-se que não, né? Carnaval era menos ruim quando era só do crime; depois que o estado passou a financiar, piorou. Bom, realmente, o estado pode efetivamente conseguir piorar coisas, o impossível, né? Essa escola desceu ao último lugar. É ótimo que a escola que fez isso foi rebaixada. Maravilha, mas o
problema é sistemático. Não é a escola que fez a exposição do que fez a exposição. Quando vai pro Rio Grande do Sul, vamos marcar ainda. Mas, olha, é pão e circo. Claro que tem pão e circo, mas veja, a decadência do Rio de Janeiro é óbvia que casa com a decadência desse mesmo carnaval moderno. É óbvio, isso é evidente para todo mundo. Eu fui participar de um evento no Rio uma vez, na época do carnaval, e eu achava que era ruim em São Paulo, mas eu estava andando assim, aí passa uma legião de pessoas nuas,
assim, né? Tipo, aquela onda de pessoas nuas. E todas aquelas que agora, agora é isso também, né? Que eles vão colocando as redes para as pessoas não destruírem os canteiros, né? Que as pessoas vão fazer xixi, vão começar a quebrar todas as coisas, vão começar a destruir os inteiros. O que é isso, cara? O que é isso? E todo mundo acha normal. E aí, não teve muita gente falando para mim: "Não fala do carnaval! Você não pode falar do carnaval! Você não pode, você não pode falar, você não pode! É um assunto proibido, é sagrado!"
Então assim, as pessoas podem decapitar o Dom Pedro I, as pessoas podem debochar de Jesus Cristo no carnaval. Ah, mas ai de você se falar mal do carnaval! Então, se você não pode falar mal do carnaval, mas você pode falar, falar, Jesus Cristo pode apanhar no carnaval e o Dom Pedro I pode ser decapitado. Deixa eu te falar, a religião e a ordem real é o carnaval. Você toma essa visão absolutamente degradada de que a preservação dessa festa é mais importante do que propriamente a fé nacional. Mas não é, desculpa, falar, não é. Ah, então
você acha que as pessoas deveriam trabalhar no carnaval? Seria melhor? E que tal, que tal se asse no clima da quaresma? Seria melhor? E que tal se elas, e que tal qualquer coisa? Não sou contra feriado, acho que feriados são fundamentais. Nem sou contra festas, nem sou contra celebrações, mas isso perdeu a noção, perdeu o bom senso. Eu não quero saber se na época da sua bisavó era uma festa inocente, cara! Nos bailes dos anos 80 eram inocentes perto de qualquer festa de hoje. O mundo mudou, só piora. Não é que tudo piora no mundo,
mas as festas e o clima se perdeu. É óbvio, aí sou do Rio de Janeiro, é exatamente isso, mas é óbvio. As pessoas têm que voltar a visitar, sei lá, voltar a visitar a Candelária, voltar para a Ordem Terceira do Carmo, voltar para o Mosteiro de São Bento, rezar. E as pessoas têm que acabar com o crime! As pessoas não têm que saber nego de carnaval. Isso é uma piada. Eu não quero saber. Ah, porque referência, porque o carnaval faz incríveis referências ao Orixá, não sei o quê. Cara, desculpa falar, aqui, o Brasil sim, ele
tem uma grande influência africana que tá na sua gênese, na sua formação, mas a fé que unificou o Brasil é a casa imperial. O Dom Pedro II, com todos os defeitos que ele podia ter, ele é herdeiro da casa monárquica que fez este país. A família dele fez esse país. Eles fizeram esse país. Eles literalmente fizeram esse país. E a fé que construiu esse país foi a fé católica! Não tem outra. Isso é a história do Brasil. A ordem de Cristo foi a origem desse país. A casa e a família de Dom Pedro I construíram
esse país. Eles fizeram isso. Querer fingir que isso não aconteceu é loucura! Não faz o menor sentido, não faz, não tem a menor lógica. Desde Dom Manuel, passando por Felipe I da Espanha, que foi rei do Brasil, passando por Dom João V, passando por todos os reis que esse país teve. A monarquia começou muito antes da época de Dom Pedro I. As pessoas construíram, e em particular o Rio de Janeiro, a história dele é extremamente conectada com a casa imperial. Agora, eu ainda acho que o fato de estarem debochando do Dom Pedro I, novamente, no
cômputo geral, é positivo. Não positivo porque é bom que estejam debochando dele, mas positivo porque significa que nós estamos tocando na ferida. A ferida correta tá começando. As pessoas estão começando a perceber o problema. Porque vejam, o fato de estarem antimonárquicos, isso nem era uma coisa que se imaginava. As pessoas não iam levar a sério ao ponto de fazer alguma coisa no passado. E, no geral, né? Quando você pensa na história desse país, a ideia da direita, normalmente, a direita estava sempre reagindo ao que a esquerda faz. É muito rara a ideia de que as
pessoas começaram a falar de monarquia agora. As pessoas do carnaval começaram a reagir contra, né? Então, é interessante porque, em certa medida, quando você vê o deboche do Dom Pedro I, algo está despertando no imaginário brasileiro. A despeito do que tá acontecendo. Futebol, turma, a gente pode comentar sobre o futebol, tal, mas eu genuinamente, o futebol também pode ter seus mil defeitos, mas eu não colocaria o futebol no mesmo balaio que os carnavais de hoje, nem a pau! Não tem nada a ver! O futebol é um esporte gigantesco! O evento mais assistido do mundo, salvo
engano, é a Copa do Mundo de Futebol. Vocês estão pegando um esporte que é jogado no mundo inteiro e estão querendo juntar no... Mesmo balaio de uma festa que dura alguns dias a mais do que deveria, e que basicamente tem um monte de gente de sunga andando na rua, não dá para comparar; não dá para colocar no mesmo balaio. Eles não estão na mesma categoria; são coisas totalmente diferentes: o esporte, o cara tem que treinar para jogar um esporte; o carnaval é uma festa bacana. O carnaval lembra muitas bacantes, é evidente isso. Claro que tem
um paganismo forte. "Ah, mas é da Quaresma." Eu já falei, não tem a ver com a Quaresma; lembra, na verdade, as bacantes, que eram essas festas da Grécia antiga, que basicamente as pessoas começavam na bebida e, muitas vezes, envolviam drogas, entravam num estado de euforia e depois iam para o sexo e terminavam com a violência. Aliás, é a cara do que está acontecendo hoje no Brasil e a cara do negócio: as pessoas começam as bacantes. Uma das marcas das bacantes é terminar em violência; as bacantes levam à violência. E por que elas levam à violência?
Porque, quando você perde o seu estado de consciência, você perde completamente qualquer conexão com a moral; você começa, evidentemente, a cada vez mais, a perder os limites do corpo. Você começa com transgressão sexual e, depois, vai para transgressão física. Por isso que algumas pessoas entendem errado: não adianta você resolver politicamente o país, porque se você não resolver a crise espiritual, nada muda. Mesmo que nós tivéssemos um governo mais funcional, que nós não temos hoje; mesmo assim, ah, mesmo que você tivesse a sem resolver a crise espiritual, não resolve. Mas quem seria rei? Estão perguntando quem
seria rei. Tem que ser a pessoa mais qualificada, mas o ponto não é assim, eu vou responder para você como um patrão responderia: quem deve ser rei? Quem for o mais sábio. Essa é a resposta mais adequada. Eu não acho que o herdeiro de sangue seja o melhor critério de escolha. Na verdade, o Brasil acertou mais a mão quando era o critério de sangue, que eu não estou defendendo como o melhor critério para escolher alguém, nem de perto, do que na República, que a gente só escolhe pessoas lesadas intelectualmente, um mais ignorante do que o
outro. Agora, nossos reis, a gente teve poucos reis ruins. Mas, independente disso, as pessoas confundem, porque quando eu falo de monarquia, elas pensam só em coroa de ferro, tal. Elas não conseguem compreender que a noção de monarquia envolve uma pessoa que governa segundo a lei natural. Todo tipo isso é Aristóteles. Toda pessoa, quando você tem um líder que governa segundo a lei natural, e é uma pessoa que exerce de fato poder, aí você tem monarquia, nesse sentido aristotélico. Sei lá; a rainha, a monarquia inglesa não é uma monarquia, porque os representantes da casa real não
têm poder real; eles não governam de fato. Para Aristóteles, não chamaria a Inglaterra de monarquia; chamaria de oligarquia, provavelmente, e Whitehall, aliás, é uma oligarquia bastante degradada nesse momento, né? O mais adequado é igual ao presidente. Mas é que não existe nenhum nexo causal entre votar numa pessoa ser a mais popular e ela ser, por causa da popularidade. Supondo que o presidente é o mais popular, que também não é assim que funciona o sistema. Não existe nenhum nexo causal entre ser o mais popular e ser o melhor governante. Não há nexo causal de imediato e
existe mais nexo causal em herança, ainda, porque pelo menos, sei lá, o cara é filho de alguém que governou bem, na teoria. Embora isso tenha alguns problemas, Maquiavel fala corretamente que, no auge do Império Romano, cada imperador escolhia o melhor sucessor, né? E, de fato, eles tinham muita cultura de adotar para formar um sucessor. Mas essa é outra discussão, que francamente não é o ponto principal. O ponto principal, a única coisa, o único satanás venceu alguém, mandou muito bom reagindo a isso, aliás, muito simples. Não! Satanás não venceu, inclusive porque se as pessoas estão desesperadas
com a figura da ordem de Cristo e de Dom Pedro I, usando seu ponto de vista, o que aconteceu é que Satanás está desesperado, né? Porque, francamente, se tivesse vencido, não estaria fazendo isso. Na verdade, o que você percebe é um desespero, e as pessoas tentam, de maneira viciada, se apegar. Olha, essa onda de cultura é muito boomer, né? Tem uma vibe meio boomer que a geração X pega um pouco, tal, que é uma vibe meio: "preciso preservar os efeitos da revolução". Não, não posso aceitar que a direita agora apareça e venha questionar tudo com
que eu cresci, entendeu? Cadê a minha sociedade de consumo? Cadê os símbolos que foram criados para me manter como gado completamente domesticado e curado? Agora, o que você quer? Que eu questione a TV? Você quer que eu questione agora todas as festas que eu vou? Você quer que eu questione agora todo o meu estilo de vida? Agora, os líderes que eu tenho? Você quer que eu questione...? Olha, já que você chegou aqui, né, já que você veio parar aqui, é exatamente isso que eu quero: eu quero que você comece a meditar sobre as festas que
você vai. Eu quero que você comece a meditar sobre o que você está fazendo com a sua vida. Eu quero que você comece a meditar sobre a sua cultura de trabalho. Eu quero que você comece a meditar sobre a sua empresa. Quero que você comece a meditar sobre tudo mesmo. Eu acho que você deveria começar a meditar. Por que que o ano todo mundo tem que começar a trabalhar pesado em março, meados de março? Para que é assim? Quem disse que tem que ser assim? Eu acho mesmo, eu acho mesmo que, ah, se você tá
indo pra farra, pra sambar e não tá pensando em quando você vai achar uma esposa ou vai achar um marido, eu acho que é um problema. Acho que deveria meditar sobre isso, sim. Ah, então agora você tá falando, se você enche a cara, tá se moendo de virar bebida como no Brasil, que tem mais gente, a gente pançuda virando cerveja e sem cuidar da própria saúde. Eu acho que deveria parar, acho que as pessoas deveriam começar a fazer outra coisa da vida. Não acho que é bom as pessoas ficarem enchendo a cara. Eu acho mesmo
que o que os políticos estão explorando o carnaval para fazer o povo de gado. Eu acho tudo isso e acho que deveria começar a meditar sobre isso. Isso não começou, eh, a fazer. Ó, aqui em BH teve bloco de orixá dançando dentro do pátio Santuário de São José. Eu acho que você deveria expulsar eles dali, falar que você tá respeitando a minha religião cristã. Ah, mas não pode falar isso porque é intolerância. Não, é intolerância! Intolerância é o cara jogar uma outra religião e botar dentro da igreja; isso é intolerância por definição. Então tem que
expulsar dali. Ué, não tem que estar dentro da igreja fazendo isso? Então é simplesmente um erro. É óbvio que as pessoas deverão refletir sobre a vida delas. Quem começa o ano em março é fracassado. O público aqui é muito bom, né? Mas é que não adianta, mesmo que o ano comece, que a pessoa comece a trabalhar. Antes, a psicologia tá dada e, mesmo um cara que não quer compactuar com isso, o clima geral é esse e as pessoas genuinamente... Engraçado, por que que o brasileiro não se revolta com a inflação? Não tá revoltado, tá achando
normal. É um fenômeno quase que... A inflação aconteceu porque acordei um dia e tava inflacionado. O dólar vai chegar a quê? 28, né? E já já vai ter um cara... O cara vai, vai chegar o dólar. O dólar vai crescer infinitamente. Todo mundo vai falar que é normal. Nada a ver! O que que tem a ver? O que que tem a ver o carnaval com a inflação? Você ficou louco? Que que tem a ver? O que que tem a ver com as mesmas pessoas que estão explorando a população e metendo inflação? Estão usando o carnaval
para anestesiar a população. É isso que tem a ver, é claro que tem a ver! Teve o cara que eu falei com ele, né? Eu falei para ele: se dobrasse os impostos e estourasse o crime, aumentou os impostos, estourou o crime, mas mantivesse o carnaval, você aceitava? É o cara... Claro! Tá perguntando pra pessoa errada. Eu falei: "Putz, então, assim, já aconteceu. Você não precisa nem se preocupar, já rolou. Os impostos já aumentaram, o crime já aumentou!" Ei, mas... Ei, você pode ir pro carnaval, e agora é sexta-feira também! Você pode ir sexta-feira, você pode
ir na quinta. Ninguém vai ligar. Vai na quinta! E a... a... aí tem gente que vai falar assim: "Não, porque você não tá respeitando a influência de matriz africana." E tem um filme, eu não tô lembrando o nome agora, que tem uns africanos que vão para os Estados Unidos e eles ficam chocados. Eu só lembro, quando falo de história de respeitar uma atriz africana, eu lembro uma vez que eu... esse episódio eu nunca vou esquecer. Eu tenho que agradecer a Deus por ter acontecido. Eu fui com meus colegas da PUC visitar um africano refugiado, né?
E aí meus colegas da PUC chegaram lá, todos com aquele cabelo desgrenhado, tudo filhinho de papai e tal, e a gente sentou lá. Ele falava meio francês, tal, e aí... e aí citaram os meus colegas e falaram para ele: "Não, porque você que é a vítima, né, da opressão do cristianismo e da cultura europeia." Aí ele falou: "Que opressão do cristianismo? O cristianismo salvou minha vida. O meu país foi destruído pelo comunismo, não tem nada a ver com cristianismo. Foi os comunistas que destruíram a minha cultura!" Aí, ó, os meus colegas da PUC, né, pareciam
que tinham visto um fantasma. Eles nunca tinham encontrado um africano de verdade, só tinham visto o africano da aula de estudos africanos da federal. Eles nunca tinham imaginado a hipótese de que existia um africano real na frente delas e que o cara era cristão. E o cara falou: "Ah, adoro o Brasil porque aqui dá pra trabalhar no frigorífico, pegar uma grana, tal. Vou juntar um dinheiro para empreender no futuro." Aí o cara era um choque tão insano, né? E aí o africano virou para mim e falou em francês. Ele falou em francês, virou para mim
e falou: "Pô, essas duas aí não entendem nada do que tá acontecendo. Você não pode pedir para elas pararem com essa entrevista aqui. Não tô mais aguentando!" Aí eles queriam tirar uma foto e o africano falou: "Não, não. Eu só tiro foto com camisa, não tiro foto de camiseta. Deixa eu ir lá trocar e botar uma camisa porque senão não vou tirar foto." Foi o choque cultural mais insano que eu já vi. E elas falando: "Não, porque você vem da pobreza." O capitalismo... Ele falou: "Que capitalismo, cara? O Brasil bom é que dá pra trabalhar,
dá pra pegar uma grana. Não precisa..." Os caras, eu ia pegar, os caras roubavam toda hora e tal, né? Que no Brasil não tem muito crime, mas eu falar, pelo menos, tinha um clima de empresas. E aí o refugiado, o refugiado tem um nível civilizatório muito superior às minhas colegas. Cara, eu olhando para aqui, falando: "Meu Deus do céu, que que é isso?" Eu tenho um amigo, essa história aconteceu com um amigo meu, embora eu já tenha visitado, que ele foi num quilombo. Aí o cara do quilombo chegou para ele e falou: "Não, quem salvou
a nossa comunidade aqui foi a Igreja Católica. Não aceito que você fale mal deles aqui." Aí você pega esse, então assim, você pega o africano de verdade, o cara tá lá falando: "Não, a gente tem que ser cristão, tem que trabalhar, tem que ganhar dinheiro." Aí você pega o universitário da PUC, ele fala: "Precisamos proteger a cultura africana." É fake, é falso, é tudo mentira, é tudo ilusão. Você tá pegando, você tá fazendo um recorte de uma coisa e você tá fazendo esse recorte contra uma outra coisa. E você tá, basicamente, substituindo a cultura como
um todo. É igual você pegar o carnaval e falar: "Isso é o Brasil." Não, não é. Boa parte do Brasil não tá lá. Vai para Curitiba para você ver a vibe de carnaval que tá lá; o povo tá querendo trabalhar, ninguém quer saber disso. A África é um continente, não é um país; não se fala africano! Ah, pelo amor de Deus! Ah, você fala americano, as pessoas falam América Latina, as pessoas falam isso. Aliás, vou mais longe ainda: eu acho mesmo que a cultura da América hispânica, a cultura do Brasil, Portugal e Espanha tem um
contínuo cultural. É engraçado isso, né? Você sabe que eu realmente acredito no potencial do Brasil, de verdade. Eu falo isso toda live, mas é claro que tem esse potencial. Mas parte da descoberta desse potencial do Brasil, da grandeza desse país, envolve nós fundamentalmente começarmos a revalorizar essa história. Então, beleza, agora que cortaram a cabeça do Dom Pedro I, que tal se o brasileiro começar a despertar e começar a entender por que cortaram a cabeça dele? Se foram lá na Olimpíada e tiveram que fazer aquele espetáculo horrível, deboche da missa, por que tiveram que debochar da
missa? Por que que tiveram, Senhor, faze para Deus, para minha conversão, antes ancap? Deus abençoe! Por que que tiveram que debochar da missa? Por que que tem que debochar do Dom Pedro I? Por que que tiveram que debochar da Ordem de Cristo? Faço para vocês que estão no chat, é lindo. Por que que vocês acham que tem que debochar? Por que que na França tem que deboche da missa e no Brasil tem que debochar do Dom Pedro I? Depois tem que debochar da Ordem de Cristo? Por que tem que fazer isso em Curitiba? Já tava
achando carnaval limbo, imagina em outros lugares. Por que que esse é o alvo? Então, é engraçado porque o elogio mais genuíno que tem é o seu adversário. Aquela história do Nicolas Gomes Dávila, né? É melhor quando o modernista destrói do que quando ele constrói. Basicamente, ou como o Nicolas Gomes Dávila falava também, né? Eu tenho um amigo da Colômbia que encontrei esses dias, que ele é muito fã do Nicolas Gomes Dávila. A gente adora ficar falando as frases dele, né? Mas ele falava: "Tudo que não é repulsivo para os meus contemporâneos não vale a pena."
Mas quando você... o elogio mais sincero que tem é o que você odeia. Quando você odeia algo, você está basicamente dizendo a importância daquilo. O ódio que se tem por Dom Pedro I ressalta sua importância, só engrandece ele. O ódio que tem pela Ordem de Cristo ressalta a importância da Ordem de Cristo porque o ódio decorre precisamente da importância histórica. Teve um colega, a Igreja Católica sempre será o “pedro no sapato”. Teve um colega meu que ele foi numa palestra, numa faculdade dessas, né? E aí o cara na palestra falou que o maior inimigo do
mundo é a Igreja Católica, falou que as pessoas tinham que se drogar, que tinham que viver o sexo livre e tal. Quem impede as pessoas de se libertarem completamente? A Igreja Católica! Por que que a Igreja Católica é o maior inimigo do mundo? Teoricamente, vocês já vivem num mundo secularizado. Nem nas escolas católicas as pessoas estão defendendo o catolicismo. No Brasil, que dirá no resto? Toda cultura pop é anticatólica. Por que que o maior inimigo do mundo é a Igreja Católica? É uma coisa curiosa. Por que esse fosse o diagnóstico curioso? Eu, pelo menos, antes
de eu me converter ao catolicismo, eu nunca tinha visto nem ninguém defendendo o catolicismo. Nunca tinha visto isso! Todos os meus professores eram anticatólicos, todos os meus livros didáticos eram anticatólicos, todas as pessoas do meu círculo social eram anticatólicas. A cultura pop é anticatólica, Hollywood é anticatólica, o Oscar é anticatólico. Por que que o catolicismo é o maior inimigo do mundo? E aí que há um elemento espiritual e sobrenatural em tudo isso porque, na verdade, a mera presença, a mera existência da Igreja é uma lembrança viva do Deus que foi traído. É a lembrança viva
da expulsão do Éden. Sim, não tem o sexo sem fertilidade, com prazer infinito e se autodestrutivo. Sim, não tem trabalhar, viver, prosperidade. Não existe isso. Muito da evolução no país da... A real prosperidade no país envolve o trabalho, sim. É assim mesmo: a presença da igreja é a presença de Deus, é a presença do Éden, da ideia de que sim, você não vem ao Pai senão por mim. Esse é o problema, no final do dia. Por que Jesus Cristo tem que aparecer no Carnaval? Porque a presença de Jesus Cristo irrita. Porque você vai lembrar que
tem que passar por Ele para voltar pro Éden de verdade, não o Éden falso, o Éden do Carnaval. Vai deixar ressaca, algumas gravidezes indesejadas e um monte de gente que vai ter que correr atrás do prejuízo no trabalho. Mas o Éden de verdade, o verdadeiro Paraíso, na verdade, passa por Jesus Cristo. Esse é o problema, e a presença do cristianismo é uma memória disso. É a memória viva, mesmo na França, com todos os defeitos que tem. Apaga as luzes e fica acesa, e fica acesa, sabe? Porque no final das contas só tem a França cristã,
não tem outra. Muita gente ficou revoltada comigo na última live porque eu falei que só existe Europa cristã, mas é claro que só existe a Europa cristã, porque qual outra Europa existe? A Europa não cristã vai virar muçulmana. A Europa ateia é uma questão provisória, é uma questão parcial. Não tem Europa ateia, não existe Brasil ateu. O Brasil anticatólico é basicamente o Brasil da destruição, é o Brasil do Carnaval, é o Brasil da inflação. Sabe como as pessoas vão aprender a lidar com a inflação? Vai chegar uma hora que a economia vai estar tão destruída
que todo mundo vai começar a desesperar, até a oligarquia brasileira começa a se desesperar. Chega esse momento, e aí as pessoas começam: "Ah, temos agora que voltar a construir uma sobriedade mínima". Então, é engraçado porque não existe muro do diabo, claro, claro que existe a Europa islâmica. Bom, mas a Europa islâmica não é Europa, né? A Europa islâmica é a não-Europa, por definição. Aliás, é interessante porque, na verdade, a presença de Cristo irrita, assim como a presença de Pedro I. Por que as pessoas odeiam tanto a monarquia? Teve uma pessoa que mandou para mim nos
Stories, mandou um direct falando: "Tinha que decapitar mesmo". Pena que não aconteceu isso na época. De fato não decapitaram Pedro I, mas decapitaram tantos monarcas, e qual foi o efeito no Haiti? Mataram muita gente. Qual foi o efeito? O que aconteceu? Qual foi a prosperidade que veio depois? Não veio nenhuma. Não há prosperidade que você siga, só veio desgraça, só veio infelicidade, só veio tristeza. As pessoas se irritam tanto com a monarquia porque elas odeiam a ideia de hierarquia como um todo. Aquela história que a gente já falou mil vezes, né? Mas mata. Mata Deus,
destrói a autoridade do Papa, mata o rei. O próximo a ser destruído é o pai de família, porque o pai de família é uma lembrança da sua autoridade. Porque na época em que o Carnaval era menos insano do que é hoje, quem moderava? Ele era o quê? O pai das pessoas. Era a presença de uma família que ia ter um pai que ia te cobrar pelas suas decisões. O rei nada mais é do que o pai da nação. Então, as pessoas olham para Pedro I e veem uma figura paterna, com todos os erros que ele
podia ter. Ele era uma figura paterna. Então, as pessoas viam algum senso de referência, algum senso de sobriedade, algum senso de ordem. E quando as pessoas olham pra religião, elas procuram um senso de sobriedade, um senso de ordem. Porque se tudo é o caos, se tudo é a criança mimada, se tudo é só gente enlouquecida, se tudo é lança-perfume e o cara é drogado, e enche a cara e sexo, não sei o quê, blá-blá-blá, nada é feito, nada avança, porque você não tem um ponto de estabilidade, porque você não tem referência. É igual a cena
de um filme, um filme antigo, acho que vi na Geórgia, que falava, terminava com essa, falava sobre Stalin, né? E aí falava sobre a moça, que falava: "Para onde vai essa rua?". Aí falava: "Antigamente a rua dava numa igreja, e eles destruíram a igreja para fazer um laboratório". E aí a pessoa responde: "Olha, essa rua não dá pra igreja, ela não dá pra lugar, ela dá... não, ela dá pra uma igreja". Pergunta: "Não? E aí a velhinha fala assim: 'Então essa rua não serve pra nada, essa rua não tem propósito, ela não tem uma finalidade'".
Ela serve se você não tem o senso de estabilidade, se você não tem um norte, nada vai pra canto nenhum. Então, eu, eu, eu geralmente acho que o Brasil tá num cenário muito bom. Na verdade, eu acho que o tal do Dom Pedro, eu acho que o tal do Dom Pedro I decapitado é, no final do dia, um ponto providencial. Não porque não é um ato terrível, mas simplesmente porque indica que está começando a doer no lugar certo. As pessoas estão começando a entender a importância da religião, por mais que falem que a fé morreu
no Brasil. O terço do Frei Gilson tá com quantas pessoas ao vivo? Teve alguém que me falou: "Mil, mil pessoas". É, às quatro da manhã, cara. Deixa eu falar, é mil, mil pessoas. Isso é loucura, isso é insano, isso é mais de 10% da população de Portugal. Mil, mil pessoas. Eu estava com um milhão. Então essa é a realidade. Não tem o Carnaval. O Carnaval maravillha. O Carnaval tá lá realmente, tem gente de sunga. A coisa tá rolando lá. Tal tem 1 milhão de pessoas, 1 mil mil pessoas rezando. Mas isso é 2% do Brasil.
Pois é, mas isso era 0% do Brasil até outro dia. Até outro dia, ser zero seria inimaginável. Até outro dia, esse que é o ponto. O cara falou: "Mas, do no Brasil, exatamente 2% do Brasil, mas era 0% do Brasil." Era muito. Isso era loucura. As missas eram vazias nesse mesmo país, nessa mesma terra da Santa Cruz. Discordo. Cadê a fonte? É muito bom, né? E teve gente que não conhece. Aí eles entraram na live sem conhecer. Eles não conhecem a piada desse canal. Para quem chegou agora, a gente tem uma piada recorrente no canal,
que é a gente fala uma coisa óbvia, do tipo: "Beber água faz bem para a saúde." E aí aparece algum intelecto mediano para falar: "Cadê a fonte?" Sempre tem um cara querendo ser inteligente, mas que não é. E daí é uma piada recorrente nesse canal. "Cadê a fonte?" Então, se os caras falam assim: "Cadê a fonte?" O cara fala: "Eu estava lá, cadê a fonte?" Uma das mais engraçadas é que a gente falou de um fato estatístico que nem é para gerar polêmica religiosa, mas é o óbvio que a parte mais rica da Alemanha é
a parte católica, não a parte protestante, que é um fato estatístico muito conhecido. A exceção é, basicamente, Hamburgo, mas tirando Hamburgo, vale para basicamente o mapa da Alemanha assim. E é um fato muito conhecido, né? E aí, claro, teve gente que chegou por trás e fala: "Ah, ele falou. Alguém falou: 'Cadê a fonte?'" Ele não respondeu porque é uma piada. É tipo você falar assim: "O nordeste do Brasil não é tão rico quanto, sei lá, o Sudeste." Cadê a fonte? O brasileiro sabe que é assim, não é um ponto de discussão, né? Então, só explicando
para quem chegou depois no canal e não tem a noção: "Cadê a fonte?" é uma piada recorrente, né? Então eu falo: "Vai, você tem que malhar. Vai fazer bem para você." Cadê a fonte? Então, é engraçado porque eu vou pegar uma mini fonte. Eu vou comprar uma mini fonte e vou deixar aqui. "Cadê a fonte?" Fala a obviedade, né? Cadê a fonte, Guilherme, que o carnaval tem promiscuidade? Cadê a fonte, Guilherme, que o carnaval, o povo fica sem trabalhar e enrola para começar o ano depois do carnaval? Cadê a fonte, Guilherme, que tem gente se
drogando no carnaval? Cadê a fonte que o carnaval está? Paganização acadêmica, te falando o que os seus olhos estão vendo, né? É realmente um sinal de baixa inteligência, não de alta inteligência. Não que estudos acadêmicos não sejam fundamentais, claro que são. Alguns deles, pelo menos, são muito bons. Mas você não enxergar o que está na frente dos seus olhos não é sinal de inteligência, né? Simplesmente não é. É um sinal de baixa inteligência. Mas, olha, pessoal, era isso sobre a nossa aula do carnaval, sobre a nossa live que fala do carnaval. Eu acredito piamente que
está começando a doer, que as pessoas estão começando a sentir o problema. Onde está o problema? As pessoas estão falando de monarquia agora. As pessoas estão começando a ver. Está começando a incomodar quem deveria incomodar. Hoje, já que sinto um clima muito mais favorável para falar essas coisas do que existia no passado, tem muito mais pessoas concordando com o que eu vou falar hoje do que teria no passado. E nós só vamos nos multiplicar mais. Desculpa para quem entrar aqui nesse canal e falar: "Ah!" começar a girar a cabeça, cara, assim, tipo, andando na parede.
Fala: "Meu Deus, o carnaval é ótimo e tal." Então, desculpa para quem entrar e começar a se debater e bater a cabeça várias vezes no chão e gritar: "Ah, meu Deus, ele falou mal da minha festa!" Não sei o quê. Então, eu sei que você chegou agora. O exorcismo demora algumas lives. Espere mais umas cinco que eu garanto que tiro o que sobrou do Belzebu aí de dentro, mas você precisa esperar umas lives. Não é na primeira. Pode ficar. Então, aproveitem o negócio. Eu sei que toda essa combinação muito louca de lança perfume com euforia
pode ter feito efeito. Mas, ó, passam várias pessoas aqui no canal que podem dar testemunho. Que chega uma hora que passa. Vocês chegam a um momento que vocês vão começar a enxergar o que eu tô falando, porque não é tão chocante. Então, ó, quem é de Vitória? Pessoal de Vitória, acabou o carnaval em Vitória, vai ter evento do Filosofia do Zero. Então, ó, manda o link aí, tá fixado? Manda o link aí, produção, pro pessoal de Vitória. Mandem para todo mundo que for de Vitória. Mesmo quem é do Rio pode aproveitar em Vitória agora também.
Depois que eu falei tudo isso, alguém falou: "Esse ano, o Rio de Janeiro foi pior que Sodoma e Gomorra." Então, olha só, Vitória! Vamos para Vitória! Tem que rolar! Tem que rolar! Mas Vitória, Vitória é a bola da vez agora. Então vamos pra Vitória. Vamos lotar esse evento em Vitória. E quem não entrou na Filosofia do Zero, entra agora. Aproveite para estudar, aproveite para sair desse caos agora estudando. Tem muitos outros caminhos! Manda o link aí, pessoal do Filosofia do Zero! Também, ó, entra aí no Filosofia do Zero. Estudar é beleza! Não quero saber se
o mundo estiver afundando, eu vou continuar falando para as pessoas estudarem. Ah, vai acabar? Vai aprender! Você vai afundar? Meu Deus, ele falou mal do carnaval! Chamem as autoridades, né? Ele falou mal do carnaval e eu vou continuar estudando e falando para as pessoas estudarem. Ah, a gente vai fazer isso, falando do livro do padre Rafael Galante, da História do Brasil, que é muito bom! Recomendo que vocês leiam. Mas, ó, a Filosofia do Zero, cadê o link? Eu não vi o link, aí o pessoal postou, mas já passou. Guias, os blocos de ruas estão invadindo
várias outras cidades. A situação rola solta! Bom, é o que a gente falou a live inteira, falando isso. Não preciso mostrar, o bloco de ruas está invadindo a cidade. Imagina, chega um monte, um exército de gente pelada, né? Invadindo a cidade e, claro, é cultura! É cultura, tal; é alta cultura! Fico imaginando o que o Catão, o Velho, falaria dessa grande manifestação de cultura. Imagina a gente que revive o tão velho, fala: "Olha, essa é a nossa expressão cultural". Eu acho que ele ia chamar uma legião inteira, ele ia chamar no mínimo um centurião e
falar assim: "Olha, pelo amor de Deus, acaba com a cultura!". Entendeu? Bota os caras para tomar banho, sei lá! Ia pegar um banho público. Acho que os ranos iam jogar todo mundo no banho público, né? Mas é isso. Olha, viva Roma! Teve alguém que mandou: "Viva o carnaval versus viva Roma!". Roma, Roma continua avançando. É isso, um grande abraço para todos vocês! Mandem um like aí para ajudar a promover o vídeo. Podem mandar para as pessoas mesmo, eh, que let the hate come, sabe? Deixa os haters virem! Mas podem mandar a live, tá bom? Um
grande abraço para todos vocês!
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