Olá, pessoal. Bom dia, boa tarde, boa noite, dependendo do horário que você está assistindo essa magnífica aula, a primeira aula da semana da neurociência do comportamento. A aula que vai fazer você que já não sabe reconhecer uma área de conhecimento fundamental paraa sua vida, pra sua prática profissional. E no final você ainda vai se perguntar como é que não falaram dessa área com você antes. Eh, sejam muito bem-vindos. Vou só esperar aqui a equipe confirmar que vocês estão ouvindo bem. O áudio tá saindo legal, a imagem tá legal. Podem me dizer aí no chat, por
gentileza. Veja se tá bom, tá aparecendo, estão conseguindo me ver bem? Eu com a minha luvinha de dar aulas que alguns de vocês já conhecem. Tudo bem, Mari? Tudo certo. Beleza. Tudo certo. Pessoal, antes de mais nada, quero parabenizar vocês, vocês aí que estão do outro lado hoje, segunda-feira, 10 da manhã, por estarem aqui, porque não é qualquer um que tem a maturidade de reconhecer primeiro que é importante estudar. E não é estudar qualquer coisa. Eu, quem me conhece já algum tempo sabe que uma das minhas grandes missões profissionais é estimular as pessoas a estudar,
mas não é estudar qualquer coisa. é estudar em profundidade, eh, materiais acadêmicos, conteúdo acadêmico, conteúdo científico. Então, parabéns para vocês por estarem aqui. Isso já demonstra que vocês, eu diria, t maturidade maior do que muitos colegas que sequer reconhecem a importância de se manter atualizado, se manter estudando. E parabéns em dobro por você estar estudando um tema que eu diria que é um dos temas mais importantes para serem estudados. não é à toa que é uma área que é considerada como uma das mais relevantes pra atualidade e pro futuro, que é a neurociência, especialmente a
neurociência por trás do comportamento humano, né? Até o final dessa aula já vocês vão entender um pouquinho melhor, para quem já não entendeu a importância, a magnitude da importância dessa área pra prática profissional de um modo geral e em especial pra prática profissional na área da saúde, né? Agora, antes de começar, quero perguntar aqui para vocês quem, aliás, tô olhando aqui no computador, mas eu esqueci que a câmera que tá me filmando. Quem de vocês eh já assistiu todas as aulas do esquenta, né? Para quem não sabe, os inscritos na semana da neurociência do comportamento
tiveram acesso a quatro aulas exclusivas da pós-graduação sobre emoções e sentimentos. E eu organizei essas aulas para montar uma espécie, eu mesmo escolhi as aulas, elas não são do mesmo dos mesmos módulos da pós-graduação, são de módulos, disciplinas diferentes, mas eu selecionei elas especificamente para montar uma espécie de minicurso que vai desde os fundamentos sobre emoções e sentimentos até o adoecimento. que no caso, eh, vocês viram, quem assistiu as aulas, todo o processo por trás de onde vem as emoções, da nossa capacidade de regulação emocional, o que acontece quando a gente fica muito, que tipo
de alterações acontecem no corpo, no cérebro, quando a gente tá muito estressado, ansioso e eventualmente o que que leva a pessoa a adoecer e desenvolver um quadro clínico de depressão maior, né? Me digam aí quem estava, quem assistiu todas as aulas do esquenta para eu ter uma ideia no chat. Mari vai me dizer daqui a pouquinho quem tá respondendo aí, hein? E eu tô muito feliz de ter feito isso dessa vez, porque definitivamente é um conteúdo que vai complementar muito bem toda a discussão que eu vou trazer aqui para vocês ao longo dessa semana, começando
hoje, tá? Então pessoal, de novo, parabéns pela maturidade, parabéns em triplo para quem já assistiu as aulas do esquenta, quem estudou as aulas do esquenta. Vou pedir para vocês separarem aí, se prepararem e separarem lápis e papel para vocês irem anotando. O mais importante dessas aulas não é vocês saírem decorando nada. Isso eu falo para todos os meus alunos e vou falar para vocês aí, para vocês, caso vocês não sejam meus alunos ainda. O mais importante é vocês entenderem como as coisas estão relacionadas. Cérebro humano é algo que você precisa entender. Comportamento humano é algo
que você precisa entender. Então, tentem ao máximo prestar atenção no raciocínio que eu vou construir aqui com vocês, sempre tentando entender o que eu tô querendo dizer, entender o raciocínio. Depois vocês podem assistir essa aula de novo. Depois ela vai ficar gravada e disponível para vocês por um tempo. Vocês podem reassistir, depois vocês podem anotar caso vocês queiram memorizar algum termo ou outro. Beleza? E eu prometo, pessoal, que no final dessa aula e especialmente no final da semana, vocês vão ver, vocês vão começar a enxergar o comportamento humano na clínica dentro de casa ou em
sociedade com outros olhos. Realmente é um, a neurociência do comportamento é um conhecimento divisor de águas. Vocês podem duvidar de mim, mas vocês vão acreditar até o final dessa aula. Eu acredito que vocês já vão entender em boa parte o que que eu quero dizer com isso. Beleza? Agora vamos lá, pessoal. Queria começar essa a aula, né? Como eu sempre gosto de começar uma aula, trazendo uma reflexão para vocês que eu vou colocar aqui no meu slide que eu espero que vocês vão bem aí. Quero começar convidando vocês quero convidar na verdade você de curtir
o vídeo. Então antes começar aqui perguntando tem uma palavra resultado na tela, já vou já vou dizer antes de começar nossa reflexão agora agora isso é importante entrar para mais pessoas que beleza. Foi. Alô, alô. É como eu ia dizendo, curtam o vídeo. Acho que vocês conseguiram ver. Melhorou. Eco. É como se você tivesse Mas eu já desliguei o microfone, acho que já melhorou. É, é porque tem um atraso. Confirma aí para mim, pessoal, que resolveu o problema técnico, por favor. Oi. Beleza, pessoal. Eh, curtam o vídeo para ajudar o YouTube a entender que é
um conteúdo valioso e é muito valioso. E eu queria provar isso para vocês ao longo da aula. Eh, queria convidar vocês a pensar num resultado, pessoal, um resultado que você quer alcançar pessoalmente, mas talvez mais importante, supondo que eu tô conversando com profissionais sérios, eh o resultado que você quer ajudar o seu paciente, o seu cliente, seu aluno a alcançar, perder peso, eh, dormir melhor, lidar melhor com ansiedade, lidar melhor em relacionamentos, que é um problema que a gente tá vendo crescente, lidar melhor com ansiedade no relacionamento, eh, enfim, se alimentar melhor, acho que eu
já falei, praticar exercício, Todos esses resultados que a gente vê as pessoas procurando se motivar, focar no trabalho, isso tudo no final das contas, independente do resultado que você pensou, vai depender de mudança de comportamento, pessoal. Todos os resultados que a gente busca, todos os efeitos que a gente quer causar no mundo, em nós mesmos, dependem de mudança comportamental. ganhar ou perder peso, dormir melhor, lidar melhor com as pessoas, enfim, o que quer que seja, vai depender de comportamento. Eh, eu eu vejo, eu reparo que as pessoas subestimam o quanto o comportamento humano está impregnado
em tudo que a gente vê à nossa volta, eh, desde da dos dados que a gente vê na economia até o que que o seu paciente tá relatando dentro da clínica, né? Agora, um ponto que, para minha surpresa, há alguns anos atrás eh eh é muito desconhecido, eu diria, pela grande maioria dos profissionais da saúde, inclusive profissionais que têm formação em psicologia. Um ponto importante sobre comportamento é que ele é gerado e controlado pelo nosso querido cérebro. Eu, especialmente para quem assistir as aulas do esquenta, eu acho que isso já não é mais tanto uma
novidade, mas eu preciso dizer isso para garantir que nós estamos todos na mesma página, todo e qualquer comportamento. E daqui a pouquinho eu vou explicar para vocês melhor o que que é comportamento, porque eu vejo as pessoas falando muito disso, mas me parece que elas não entendem bem o que que realmente é. Talvez justamente por não entenderem como funciona a máquina que gera e controla todo e qualquer comportamento humano. E aqui, comportamento humano, eu estou me referindo ao comportamento em toda a sua complexidade. As emoções, sentimentos, cognição, pensamentos, capacidade de autocontrole ou não, assim como
os movimentos que a gente executa. Isso tudo faz parte do comportamento, tá? Como a gente vai ver daqui a pouquinho, a gente pode até discutir como e é importante discutir uma série de fatores que afetam o comportamento. Então, o ambiente, como que o ambiente, fatores ambientais impactam o comportamento, fatores sociais, hormônios, horário do dia, a distância que a pessoa tá da recompensa ou a recompensa em si, se tem um reforço positivo ou negativo. É legal, é importante a gente estudar esses fatores, mas nenhum desses fatores, o impacto que eles têm no comportamento e na saúde
humana, só vai fazer sentido se você entender como eles estão surgindo esse, como eles estão causando esse impacto. Todos esses fatores, eles impactam o comportamento porque eles impactam o funcionamento do cérebro, que é quem efetivamente está gerando, opa, está gerando e controlando todo o comportamento que, por sua vez vai resultar em algum resultado, quer ele seja bom ou ruim pra saúde mental da pessoa, por exemplo, né? Eh, e é justamente esse entendimento de como os circuitos neurais funcionam e como eles estão arquitetando todo e qualquer comportamento. É o conhecimento que eu quero trazer aqui para
vocês ao longo dessa semana. E a gente vai trazer essa discussão olhando tanto um cérebro saudável como um cérebro não saudável. o que que tá errado, o que que pode, o que que pode eh explicar os vários sintomas que as pessoas vão relatar aí no consultório de tá tendo dificultade de concentração, dificuldade de se motivar, dificuldade de dormir, dificuldade de se relacionar, dificuldade de lidar com ansiedade. No final das contas, isso tem relação sim com alterações no cérebro e é fundamental que os profissionais conheçam isso para conseguir fazer uma avaliação adequada, né? Então, ao longo
da semana a gente vai discutir isso na primeira aula. Quero discutir na aula de hoje os fundamentos da saúde mental. Vai falar de saúde mental. É importante que a gente entenda o que é saúde mental, o que que está realmente por trás da saúde mental, o que que é realmente necessário para conquistar e manter a saúde mental, que é o que a gente vai ver na aula de hoje. Na aula de quarta-feira, decifrando o comportamento, a gente vai entrar em mais detalhes para entender como os princípios básicos de como os circuitos do cérebro envolvidos com
processamento de emoções, cognição e movimentos se articulam, são integrados para gerar esse todo que a gente chama de comportamento, quer seja um comportamento saudável ou disfuncional. E não tenham dúvida de que vocês vão sair dessa aula, tipo assim: "Meu Deus, como não me ensinaram isso antes?" e eu vou entender a sua reflexão, porque eu concordo com você que isso tinha que ser ensinado na faculdade, né? E na terceira aula, finalmente, uma das aulas que o pessoal mais gosta, nós vamos falar sobre mudança de comportamento, que é um pré-requisito básico para você conseguir ajudar qualquer pessoa
a alcançar qualquer resultado, é ela mudar os comportamentos delas. Aqui a gente vai falar sobre a famosa formação de hábitos, o que que tá acontecendo eh para as tantas pessoas adoecerem e o que que quais são os princípios básicos por trás da mudança de hábitos que a gente tem que levar em consideração quando a gente vai planejar uma proposta para um paciente, para uma pessoa para ajudar ela a promover mudança de comportamento e eventualmente alcançar o resultado que ela quer, né? Agora, antes de começar, pessoal, muitos de vocês talvez não me conheçam, né? Talvez seja
a primeira vez que vocês estão me conhecendo. Alguns talvez me conhec me conheçam h algum tempo. Eu faço questão de dizer para vocês, especialmente hoje em dia no digital, que tem muita informação, tem um monte de gente falando um monte de coisa, especialmente de comportamento humano, por todo mundo se comporta e aí as pessoas observam o comportamento delas e tiram conclusões e aí sai ensinando para outras pessoas baseado naquelas conclusões baseadas na experiência pessoal dela. Isso é um erro gigantesco. Isso é um problema grande de, eu diria até de saúde pública, pessoas falando sobre comportamento
sem realmente ter estudado em profundidade disso. Isso, né? E esse é um dos motivos pelo qual eu desenvolvo esses projetos, incluindo essa semana que vocês estão participando agora. Então, faço questão para vocês de dizer de onde eu saí, pessoal, de onde tá saindo esse conteúdo que eu tô trazendo aqui para vocês nesse evento, na semana, né? Então, para quem não me conhece, pessoal, meu nome é Andrei Mairra. Eu acho que isso vocês já sabiam, né? Eu sou formado em ciências biológicas, modalidade médica. É basicamente um curso formado para formar pesquisadores nas áreas biomédicas, na área
da saúde. Então tem formação de pesquisador desde a graduação na área da saúde, vamos colocar assim, né? Lá na UFRJ aqui sou eu, na época que eu não usava barba, por incrível que pareça, eu fui orador da turma e, enfim, terminei a minha graduação em 2010. Logo em seguida, pessoal, migrei para fazer mestrado e doutorado, especificamente em neurociência por trás do comportamento humano. A minha grande busca já há décadas, eu diria, ou qu década, pelo menos eu posso dizer, não sei se já tá no plural, é entender exatamente o que que tá por trás de
todo comportamento humano, o que que tá por trás do que a gente sente, do que a gente pensa, do que a gente faz, do que a gente não faz, do qualquer coisa que saia do ser humano. É, sempre foi uma curiosidade muito grande minha e por esse motivo eu acabei mergulhando de cabeça. Eu fui para UFRJ para ter uma formação em neurociência robusta, porque a UFRJ era e ainda é uma das maiores referências em neurociência do Brasil, em algumas áreas até do mundo. Eh, e logo em seguida a minha formação na graduação começou e continuou
lá no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho no FRJ. E eu tive um privilégio gigantesco, pessoal, de ter a oportunidade de estudar, usar macacos nos meus estudos, justamente para entender como que circuitos neurais específicos estão relacionados a comportamentos específicos. Que que isso quer dizer? Isso é o santo graal para quem quer estudar a neurociência do comportamento. Não é qualquer pesquisador que tem essa formação. Foi realmente, considero uma pessoa privilegiada por ter tido oportunidade de estudar a neurociência dessa maneira. Fiz mestrado e doutorado lá nesse Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho e tive um período de
pós-doutorado sob supervisão da professora Lia Krubitzer, que é da Universidade da Califórnia, no campus lá em Davis, né? Então, realmente tive oportunidade de ter uma formação científica eh robusta com pessoas de renome nessa área, né? Enquanto ainda era eh aluno de doutorado, eu fui professor substituto de duas universidades federais grandes. Fui professor concursado. Pessoal, eu não dei aulinha de favor, eu fiz concurso, fui aprovado, tomei posse e fui lá dar aula, dei aula para todos os cursos da saúde, psicologia, medicina, educação física, enfermagem, todos, né, nutrição. Dei aula na Universidade Federal de Juiz de Fora
e depois na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Então, eu tenho bastante experiência como professor nas maiores universidades do país. E um pouco depois de sair aqui da UFRJ, aliás, eu saí dela para entrar na terceira universidade que eu entrei como professor permanente, fiz concurso, fui aprovado em primeiro lugar e eh conquistei a vaga de professor permanente na Universidade Federal de Santa Catarina, que também consta como está entre as 10 maiores universidades do país. E lá também dei aula para todos os cursos da saúde, incluindo psicologia, tá? Eventualmente, pessoal, eu dando aula, pesquisador, professor, né,
conquistei ali um cargo que é almejado por todo mundo quer seguir carreira acadêmica numa universidade pública de renome. Eventualmente eu comecei a engajar em uma atividade que eu considerava e ainda considero de extrema importância, que é a divulgação científica. Eu não sei quantos de vocês me acompanham desde aquela época, mas eu comecei a fazer uma divulgação científica modesta, pequenininha, do jeito que dava. lá em 2019, 2020, foi quando eu comecei a falar mais de sono, mais de motivação, de hábitos. Por incrível que pareça, naquela época quase ninguém estava falando de sono, motivação e hábitos. Eu
sei que hoje em dia é um uma chuva de gente falando disso, mas naquela época os poucos que falavam falavam atrocidades, como, por exemplo, eh, dormir é perda de tempo ou motivação, não importa, apesar de que essa segunda tem bastante gente falando nisso ainda, né? Do ponto de vista científico está errado. Beleza? Vou me ater a falar só isso. Tudo bem? Comecei a fazer divulgação científica, pessoal, e aí houve uma grande mudança na minha cabeça, porque eu comecei a estudar diferentes temas da neurociência de um modo geral dentro desse guarda-chuva que é o comportamento humano.
Comecei a estudar a fundo sobre sono, a fundo sobre motivação, formação de hábitos, saúde mental, cognição, emoções, sentimentos como parte do meu da minha do meu trabalho ali de divulgador científico, né? E uma coisa me chamou muito atenção, uma das várias coisas que ficou claro para mim, conforme eu estudando cada vez mais, é que, infelizmente os livros, textos de neurociência, comportamento, até de psicologia, e eu já li todos eles ao longo da minha formação, tô ilustrando aqui para vocês três famosos livros de neurociência. Não quero longe de mim desmerecê-los, eles têm o valor deles. Mas
eles, infelizmente, para quem quer estudar a neurociência como um todo, o cérebro humano como um todo, para entender efetivamente o comportamento humano, eles deixam muito a desejar. Infelizmente eles deixam muito a desejar por vários motivos, entre eles porque tem uma série de conteúdos que simplesmente não são abordados ou são mal abordados ou até mais relevante, na minha opinião, eles tratam diferentes assuntos como se fossem coisas separadas. Então você tem um capítulo lá sobre emoção, aí um capítulo lá sobre, sei lá, memória e um capítulo lá sobre movimento. Em nenhum momento você faz uma integração disso
tudo quando na verdade isso tudo está funcionando paralelamente, como eu vou mostrar daqui a pouquinho para vocês, de uma forma muito integrada. Se você quer entender comportamento humano para fazer uma avaliação adequada dos seus pacientes, inevitavelmente você tem que entender como o cérebro tá integrando esses vários componentes do comportamento humano, emoção, sentimento, pensamento, cognição, eh movimento, né? Tudo bem? E um outro ponto que ficou claro para mim, eu tô olhando aqui só para eu não esquecer que eu vou dos pontos que eu quero passar com vocês. Eh, infelizmente, se a gente for seguir aqui a
formação clássica, o que eu quero dizer com isso é que vai faltar muita coisa, tá? Então assim, eh, daí que veio a minha movimentação de querer trazer essa formação, esses cursos para vocês, trazendo o conhecimento básico para vocês entenderem como o cérebro funciona e arquiteta todo e qualquer comportamento, seja na saúde ou na doença, né? E só para vocês terem uma ideia, vocês devem estar se perguntando: "Pô, André, então se se os livros textos deixa desejar, onde é que você estudou?" Faço questão de mostrar isso para vocês, pessoal. Isso aqui, ó, conseguem ver? É uma
pastinha que eu tenho aqui no meu computador com todos os estudos que eu fui baixando ao longo dos últimos anos, lendo, estudando, lendo, estudando para efetivamente construir um entendimento sobre como o cérebro funciona. Então, tem uma pastinha aqui só sobre ciclo circadiano e sono com muitos e muitos estudos. Algumas, alguns são revisões, outros são artigos originais, tem, podem ver que tem vários temas, tem uma pastinha só sobre emoção, uma só sobre drogas, uma só sobre descanso, tem uma pastinha enorme aqui, uma das maiores que eu tenho só sobre motivação, incluindo a a motivação, eh, digamos
excessiva que a gente observa no caso de alguém que desenvolveu uma dependência vício. Então, tem vários estudos que eu fui baixando, fui lendo. Esse conteúdo que eu trago para vocês, como eu disse para vocês várias vezes, não é um conteúdo que vocês vão encontrar no livro texto, porque eu mesmo não encontrei. Eu mesmo não encontrei, tá? Eu tive que buscar em estudos, em revisões, artigos científicos para conseguir entender o que realmente tá acontecendo. Inclusive, vou mostrar uma coisinha aqui para vocês que vai deixar vocês doidos. Fiz uma seleção aqui de revisões dessa desse banco enorme
de artigos. preciso uma uma seleção de revisões até para oferecer para vocês, para quem quiser mergulhar mais a fundo. Eu vou dizer no final da aula eh como que vocês vão fazer para conseguir essa seleção específica de artigos aqui. Beleza? Agora, voltando para a aula. Voltando para aula e já entrando, pessoal, na nossa primeira aula. Vamos entender primeiro, né, pra gente começar a nossa jornada juntos, o que que tá por trás realmente daquilo que a gente chama de saúde mental. Tem um monte de gente falando de saúde mental e tem que falar de saúde mental
mesmo, porque é um parâmetro na existência humana que aparentemente tá piorando com o passar do tempo. Se a gente quer resolver o problema, a gente tem antes entender o problema. Eu queria começar aqui a aula mais uma vez com uma pergunta para vocês. Coloquem aí no chat o que que vocês acham que é saúde mental. Uma pergunta muito simples. Alguém sentou? Pensa aí que uma uma criança, sei lá, te perguntou, alguém que não sabe nada do assunto, te perguntou o que que é saúde mental, o que que você responderia para essa pessoa? Vou aproveitar e
vou dar engole de água enquanto vocês colocam no chat. Aliás, quem não curtiu o vídeo ainda, curte aí esse esse episódio, né, essa aula. O que que é saúde mental? Pessoal, eu vou começar dizendo, eu não consigo ver o que vocês estão respondendo aí. Eu quero só instigar vocês aíem discutindo. Alguns de vocês já sabem, alguns de vocês são exalunos, talvez já sabem a resposta. Mas o que que não é saúde mental, pessoal? Isso é uma coisa que a gente tem que ter claro e tem que deixar claro para os leigos, de um modo geral,
para os não profissionais. Saúde mental não é ficar feliz o tempo todo. Saúde mental não é você nunca ficar ansioso. Saúde mental não é você nunca ficar triste. Saúde mental não é um estado no qual você experimenta apenas emoções que a gente pode classificar como positivas e você nunca tem emoções negativas. Isso não é saúde mental. Sentir ansiedade moderadamente é importante. Estresse é importante, dor é importante, bem-estar é importante, realização é importante, saúde mental não é você viver simplesmente feliz o tempo todo. Isso não existe. Uma pessoa que tá se dizendo feliz o tempo todo,
tem alguma coisa errada. Não era para isso tá acontecendo. O que que é saúde mental, então, Andrei? E aí eu vou colocar aqui para vocês numa atacada só, pessoal, do ponto de vista científico, saúde mental. nada mais, nada menos é do que o cérebro funcionando adequadamente. Todas as propriedades que a gente atribui à mente, entre entre aspas, aquilo que as pessoas chamam de mente, estão relacionadas à atividade de circuitos específicos no cérebro. Todos. O que você pensa, o que você lembra, o que você acredita, o que você sente, o que você faz, o que você
não faz, o que você consegue fazer, o que você não consegue fazer, o que você percebe, a forma como você se percebe, a sua identidade, a forma como você percebe outras pessoas, a forma como você se percebe frente a outras pessoas, isso tudo tudo é a é fruto do funcionamento de circuitos específicos do cérebro. Tem inúmeras evidências para isso. Eu não tô dizendo isso que eu tô achando. Tem inúmeras evidências para isso. Quem é aluno meu mais antigo, talvez já tenha se deparado com algumas. Evidências de lesões que retiram capacidades que a gente diria que
são da mente. A gente vê que elas somem se a pessoa tiver uma lesão específica em circuitos específicos, né? Então, pessoal, no final das contas, entendam, isso é uma mensagem importante de eu trazer como educador, mas você também profissional, você aí que é psicólogo, psicoterapeuta e tá atendendo, essa é uma é um entendimento que a gente não pode deixar passar em branco, porque geralmente as pessoas não entendem que aquilo que a gente chama de mente, inclusive profissionais, é, na verdade fruto do funcionamento de um órgão do nosso corpo, que é o cérebro. Da mesma maneira
que a gente relaciona coração com bombear sangue, pressão arterial, o cérebro está relacionado com todo e qualquer comportamento e tudo que tá por trás dele, todas as emoções, todos sentimentos, pensamentos, crenças, isso tudo acontece dentro dessa grande máquina maravilhosa que a gente vai explorar em mais detalhes ao longo dessa semana, beleza? Então, entendo que saúde mental é esse órgão funcionando adequadamente. Isso é saúde mental, tá? E para ele funcionar adequadamente, ele precisa de pré-requisitos, assim como qualquer outro órgão no nosso corpo, que são aquilo que a gente chama de pilares da saúde mental, que você
já devem ter ouvido falar por aí em algum lugar, né? Devem ter ouvido falar em algum lugar, né? Vamos repassar aqui, pessoal, junto os pilares. Vou colocar primeiro aqui os pilar os pilares tradicionais da saúde mental. Depois quero aqui esboçar uma discussão de outros possíveis pilares que a gente pode adicionar aqui, pilares eh necessários para sustentar a saúde mental. Primeiro deles, pessoal, atividade física. Quem me acompanha no Instagram já sabe, existe uma tonelada, muitos mesmo assim, milhares, dezenas de milhares de estudos científicos mostrando a importância do da atividade física. Eu quero dizer com isso, do
corpo se manter ativo fisicamente. Eu nem estou falando de exercício físico, tá, pessoal? Quem é da área da educação física sabe que tem diferença do exercício físico e atividade física. Exercício físico é um tipo de atividade física que tem como objetivo justamente promover saúde, tá? Mas aqui eu tô sendo mais genérico, tô falando de o corpo ser ativo na sua, no seu dia a dia, o corpo mexer, ser ativo fisicamente, ter uma tonelada de estudos mostrando que o cérebro ele é projetado para funcionar adequadamente dentro de um corpo ativo. A gente precisa ter um corpo,
corpo mesmo, braço, perna, barriguinha ativo fisicamente pro cérebro conseguir funcionar adequadamente, tá? Tem muita diferença um cérebro num corpo inativo de um cérebro num corpo ativo. Muita. Se a gente olhar o funcionamento do cérebro tá diferente. Se a gente olhar a sinalização, a comunicação entre o corpo e o cérebro tá muito diferente. O corpo humano, ele está altamente conectado com o nosso cérebro. Um influencia o outro. E um corpo inativo, um corpo relativamente doente, vamos dizer assim, ele vai influenciar negativamente o nosso cérebro. Uma série de funções não funciona adequadamente num corpo inativo. A pessoa
tende a ter mais problemas de memória, tende a ter uma série de problemas mentais simplesmente porque ela é sedentária. Sedentarismo é um mal que a gente precisa combater juntos, eu e vocês, né? Segundo pilar, não vou me alongar muito aqui, senão vai ficar muito longo. Segundo pilar que eu queria comentar, você devem imaginar, nutrição adequada. E aqui são dois aspectos importantes que eu quero chamar atenção. Nutrição adequada é primeiro você ter uma alimentação saudável no sentido de oferecer para o nosso cérebro, para o sistema nervoso, assim como para todos os outros órgãos do corpo, todos
os substratos necessários para ele funcionar, se manter íntegro, inteiro e funcionando adequadamente. tem uma série de vitaminas, tem concentrações de íons específicos, eh quantidade de água adequada em relação ao que tá dissolvido nela, né, a concentração. Por isso que é importante a gente se manter bastante hidratado. Substratos energéticos como glicose, entre outros substratos energéticos são podem ser utilizados nesse processo, são super importantes pro cérebro conseguir se manter íntegro, produzindo aquela tonelada de sinais químicos que ele produz inerente ao funcionamento dele e continuar funcionando adequadamente. Então, a nutrição adequada é necessária pro cérebro continuar se mantendo
vivo e funcionando adequadamente. Mas além disso, a gente já sabe que a nutrição impacta muito o corpo, impacta a microbiota, impacta o seu intestino, impacta o fígado, impacta o seu corpo de um modo geral, que por sua vez, como eu acabei de falar, impacta o funcionamento do cérebro. Então, a nutrição, por mais de uma via pode impactar o funcionamento do nosso cérebro. Por isso que é tão importante a pessoa ter uma nutrição adequada, né? Não vou entrar em detalhes aqui, mas nutrição adequada seria uma nutrição completa com trazendo todos os substratos, vitaminas necessários pra pessoa
se manter saudável e ao mesmo tempo evitando aquela eh alimentação inadequada com ultraprocessados. Tem uma tonelada de estudos mostrando o os vários problemas que podem ser causados no cérebro, na saúde mental frente a uma alimentação inadequada, né? Terceiro grande pilar dos tradicionais, a gente tem que ser capaz de manejar estresse, pessoal. Na verdade, o ideal aqui seria colocar perigo, né? Nosso cérebro tem vários mecanismos para detectar potenciais perigos agora e no futuro, gerando aquilo que a gente chama de medo, estresse e ansiedade. Quem assistiu as aulas do esquenta sabe muito bem do que eu tô
falando. Especialmente na aula dois, a gente falou inclusive de mecanismos neurais envolvidos em permitir com que a pessoa consiga se regular emocionalmente. E é importante que a gente consiga fazer isso. É importante que a gente tenha ferramentas e o entendimento e a crença, né, a confiança de que consegue lidar com os vários perigos que vão surgir. Nós vivemos num mundo em que a gente não tem controle sobre a maior parte do que acontece à nossa volta. Eventualmente vão surgir situações que eh se configuram com um potencial perigo. Não necessariamente uma coisa ruim. por exemplo, você
vai viajar e na hora que você tá no aeroporto, tem que ficar atento para não perder o voo. Se você perder o voo, você perde vai ter que gastar. Enfim, é uma espécie de perigo financeiro nesse caso ou entre outros aspectos. É um estresse no qual você, ninguém fica triste de estar no aeroporto para viajar, né, se for de férias, por exemplo, mas não deixa de ser uma situação de estresse, né? Então, a gente precisa ter série de ferramentas comportamentais e cognitivas que permitam com que a pessoa consiga lidar com eventuais situações de estresse, de
ansiedade e de medo que vão surgir inevitavelmente. Só que a gente quer que elas surjam de em uma intensidade moderada, saudável e que a gente consiga tirar, eliminar, lidar com aquilo, né? E como vocês viram nas aulas do esquenta, numa situação em que os mecanismos que lidam com situações de perigo fogem do controle e são superativados em intensidade e ou duração. E isso é um dos principais fatores que predispõe a pessoa a adoecer e desenvolver um quadro clínico mais sério, como por exemplo, a depressão maior, né? Quem assistiu as aulas do esquento, do esquenta, sabe
muito bem do que eu tô falando. Quinto, quarto pilar fundamental e também muito negligenciado, eh, quer a pessoa perceba ou não, eh, a pessoa nós termos conexões sociais. Isso é uma coisa que eu tô vendo que está degringolando cada vez mais. Eu acompanho a literatura, falei de do tanto que eu estudei para trazer esse conteúdo aqui para vocês, mas o fato é que eu nunca paro de estudar, pessoal. Eu continuo estudando e vou continuar o resto da minha vida estudando. Eu tô a pai da literatura científica atual de de todos esses temas, inclusive dessa parte
mais social, contato social. E é impressionante eh os dados mostrando o quanto as pessoas vêm sofrendo cada vez mais, se sentindo sozinhas, isoladas. E isso com certeza predispõe a pessoa a desenvolver uma série de quadros clínicos e perder a saúde mental dela. Agora é importante reforçar o seguinte, pessoal. Quando eu falo de inter a importância desse pilar, conexões sociais, eu não tô falando qualquer qualquer conexão social, tá? Não é mandar mensagenzinha no Instagram, são conexões presenciais, significativas, né? Tem vários estudos mostrando a importância do aspecto presencial para formar isso que a gente chama de laço
social, que por sua vez é fundamental pra pessoa conseguir se manter saudável, né? Se manter bem, bem-estar, saudável, satisfeita. E finalmente um quinto pilar, que é um dos que eu venho mais falando desde lá de 2020, se eu não me engano, que é o nosso querido sono de qualidade. Pessoal, eu acho que essa altura do campeonato, todo mundo já sabe disso ou deveria saber disso, pelo menos profissionais, né? Pro cérebro funcionar adequadamente durante o dia, ele tem que passar por um período durante a noite, não é de dia, de sono. Aquilo que a gente chama
de sono, que é um processo complexo. Para quem tava lá no esquenta, a gente liberou também uma aula sobre sono. Quem assistiu essa aula sabe muito bem do que eu tô falando. A gente viu lá as fases do sono, a importância de cada fase do sono, como é arquitetura do sono, os fatores que impactam o sono, como a ansiedade impacta o sono, como eh a cafeína impacta o sono. tive uma série de elementos e eu acho que tá bem claro para vocês, especialmente quem tava lá no esquenta, a importância do sono para manter o cérebro
funcionando adequadamente. Então esses, pessoal, são os cinco grandes pilares da saúde mental. A gente poderia discutir outros que eu vou falar bem brevemente, né? Eu comentei no Instagram sobre isso. O pessoal me trouxe vários outros possíveis pilares da saúde mental, né? Eh, a gente poderia subdividir esses pilares, poderia ser seis, sete. Então, algumas pessoas sugeriram, por exemplo, o pilar da eh um pilar, um pilar que é também defendido como sexto pilar pela sociedade de medicina do estilo de vida, uma sociedade relativamente nova, que eu particularmente achei bastante interessante. Eles consideram também um sexto pilar, que
é ser capaz de lidar com, no caso, eles dizem droga, se eu não me engano, alguém me corri se eu tiver equivocado. E eu vou generalizar aqui para um sexto pilar que seria a capacidade de lidar com comportamentos hiperestimulantes. Então assim, hoje em dia, pessoal, a oferta de comportamentos hiperestimulantes, que é que eu quero dizer com hiperestimulantes? Fáceis de executar e altamente recompensadores, né? É muito fácil, é muito acessível. Então, hoje em dia, é importante que as pessoas estejam munidas com conhecimento e ferramentas cognitivas e comportamentais para conseguir lidar com essa com essa super oferta
de estímulo, de comportamentos hiperestimulantes. Um outro pilar que eu me ocorreu algum tempo atrás, mas aqui é só uma discussão, tá pessoal? Não tô querendo propor uma enorme mudança na literatura, mas eu fiquei me perguntando se um pilar não poderia ser, chamando aqui sem querer ser muito cafona, é um pilar do amor próprio, que é a pessoa construir por meio de aprendizado, gosto, por cuidar dela mesma. Quem trabalha na clínica, acho que vai entender o que eu tô falando. Tem algumas pessoas que simplesmente não tm isso. Elas não têm nem o hábito de cuidar delas
mesmas. Isso é um hábito que pode ser construído e sem dúvida é importante para alimentar, para manter a pessoa engajada nesses nesses pilares todos, né? Enfim, só uma especulação, né? Um terceiro pilar, um outro pilar que alguém que o pessoal sugeriu que tem embasamento científico por acaso? Por acaso não é interessante, tem basamento científico. Espiritualidade, a pessoa, não espiritualidade no sentido da pessoa acreditar em Deus ou não, ou, enfim, ser de uma religião específica ou não. Espiritualidade no sentido da pessoa acreditar que existe algo maior. Tem vários e e tirar tempo para apreciar esse algo
maior, para se apreciar como parte de algo maior, independente da religião. pode ser esse algo maior, pode ser a natureza, pode ser Deus, pode ser, enfim, tem uma série de formas disso se expressar, mas o ponto que essa essa contemplação de ser parte de algo maior parece que é algo muito importante pra pessoa conseguir se manter saudável, poderia ser eventualmente um potencial pilar e alguém e comentar até de saúde financeira. Agora, independente disso, pessoal, independente de quais são os pilares, de quantos são os pilares, eu quero fazer uma outra reflexão aqui com vocês. O que
que são esses pilares? A gente tá falando aqui de pilar, é só uma forma figurativa de falar de elementos importantes para manter a nossa saúde mental. Mas o que que são esses pilares efetivamente? Parem para pensar. O que que é o pilar atividade física? O que que é o pilar nutrição adequada? O que que ele é efetivamente? Se vocês pararem para pensar com cuidado, eu só não vou dar mais tempo para vocês ir refletindo, porque eu quero garantir que todos vocês vão acompanhar o raciocínio como um todo. Mas se vocês acompanharem, se vocês pararem para
pensar o que que são os pilares da saúde mental que todo mundo tanto fala, vocês vão chegar à conclusão que os pilares são nada mais nada menos do que conjunto de comportamentos específicos, tá? Então, só para citar alguns exemplos aqui para vocês. Atividade física envolve escolher qual atividade vai praticar, academia, vôlei, dança, whatever, de acordo com os gols da pessoa, a pessoa tem que ir lá fazer matrícem algum lugar, tem que se preparar, tem que separar tempo, tem que se preparar para ir tênis, roupa, horário, ônibus, carro, organizar na agenda, ir e vir efetivamente no
dia. ter uma tonelada de comportamentos envolvidos neste pilar apenas, neste pilar que a gente chama praticar atividade física, se manter ativo fisicamente, pessoa de bicicleta pro trabalho, são todos conjuntos de comportamentos. É isso que os pilares têm em comum. Esses cinco pilares, assim como qualquer outro pilar, eles têm em comum que todos eles estão se referindo a um conjunto de comportamentos. E comportamento aqui, entendam, na sua toda complexidade, envolve também eh cognição, pensamentos, o que a pessoa acredita sobre ela, sobre o mundo, sobre aquele pilar específico, né? Então são conjuntos de comportamentos que sustentam cada
um desses pilares. Nutrição adequada, precisa organizar refeições, ter um planejamento nutricional, eventualmente a pessoa tem que cozinhar, tem que supermercado comprar comida, trazer, cozinhar. Num dia específico, ela pode fazer isso, tem que evitar ah ultraprocessados, então ela pode evitar simplesmente não indo em lugares específicos ou eventualmente evitando pessoas específicas ou não comprando coisas específicas para deixar em casa. No caso do pilar, sono de qualidade, quais comportamentos estão relacionados com isso? Só para citar alguns exemplos. O horário que a pessoa acorda, o horário que ela dorme, o como que ela se expõe à luz de dia
e de noite, o horário que elas fazem as refeições, o horário que ela toma cafeína, se ela toma cafeína também tem uma tonelada de comportamentos que precisam ser considerados. manejar estress. A gente pode falar de técnicas, ferramentas técnicas que ajudam a pessoa a diminuir o estresse e a ansiedade que ela tá sentindo, como meditação, técnicas de respiração, que são muito eficazes. Mas além disso, tem todo um processo de aprendizado envolvido em compreender quais são os gatilhos, qual emoção ela sentiu, por que ela sentiu, qual era o contexto, aquilo realmente é perigoso, será que é perigoso?
Será que eu deveria estar realmente ansioso com aquilo? podem ter eh a gente pode ter eh sugestão de evitação, eventualmente evitar alguns contextos, algumas pessoas durante o processo terapêutico. Tem todo o processo de reavaliação emocional, que é um aspecto comportamental importantíssimo, que quem assistiu é a seria a segunda aula do esquenta, que a gente falou lá da nossa capacidade de reavaliar um contexto mentalmente, cognitivamente e isso quase que magicamente mudar o seu estado emocional de muito ansioso para nada. ansioso. Então, eh, ilustrando aqui para vocês mais uma vez que no final das contas esses pilares
da saúde mental que eles tem em comum são todos aspectos comportamentais que devem ser considerados e muitos deles trabalhados e alterados, né? O social, né? É o último pilar aqui para não ficar faltando. Envolve selecionar com quem você vai interagir socialmente, quem são boas influências para você à luz dos seus objetivos, inclusive inclusive de se manter saudável, planejar encontrar essas pessoas, ligar, interagir, ouvir, ir e vir. Isso pode tomar um tempo, pode exigir dedicação, exige esforço. Então, no final das contas, pessoal, o que que esses pilares todos da saúde mental tem em comum? Eles são
conjuntos de comportamentos que devem ser executados, alguns e outros não podem ser executados no final das contas. Isso é uma coisa que eu vejo sendo muito pouco e elaborada no digital e até fora do digital, né? Inclusive por pessoas que falam de saúde mental e dos pilares da saúde mental, né? Agora, de novo, pessoal, espero que já tenha ficado claro e mas eu vou reforçar para garantir que a gente tá na mesma página. Todo e qualquer comportamento, quer ele seja saudável ou disfuncional, quer seja um comportamento bom paraa pessoa ou ruim para pessoa, ele é
gerado e controlado por circuitos específicos do cérebro, tá? Que circuitos são esses, pessoal? Didaticamente, a gente pode colocar, e aqui é uma coisa, quem assistiu a aula do as aulas do esquenta vai entender até um pouquinho mais profundidade, né? A gente pode colocar três componentes básicos de todo e qualquer comportamento. A gente tem um componente emocional processado por áreas mais ou menos aqui na base aqui, colocando de uma forma bem didática. Então esse aqui seria o componente emocional do comportamento. A gente tem um o componente cognitivo, certo? Eu vou botar aqui de propósito nessa região,
tá? o componente cognitivo. E aqui a gente tem áreas envolvidas com aquilo que a gente chama de controle cognitivo, que é você conseguir controlar o seu foco atencional, seus pensamentos seguem um grau, tudo que está envolvido com informação, você adquirir novas informações ou resgatar novas informações de coisas que você já estudou, por exemplo, ou você manipular informações, que é o que vocês devem estar tentando fazer agora com a informação que eu tô dando aqui para vocês. estão coletando novas informações, estão tentando encaixar essas novas pecinhas em pecinhas que vocês já tinham para tentar construir um
entendimento. Isso tudo tá dentro dessa grande caixinha que a gente chama de cognição, que é um um aspecto importantíssimo do comportamento humano de um modo geral. E um terceiro comportamento que as pessoas tendem a associar mais com a palavra comportamento, que seria o sensório motor, que seria você, opa, perdão, vocês estão vendo aí? Fiz uma besteira. Então aqui tá o emocional. Fazer de novo que eu fechei sem querer o cognitivo, tá? cognição e sensório motor. Movimento. Sensório motor que é movimento. Só que comportamento, as pessoas tendem a associar comportamento ao aspecto de movimento, porque é
o que a gente consegue ver melhor. Quando você olha uma pessoa, você não consegue dizer exatamente o que ela tá pensando. Você pode inferir, mas você pode errar. A pessoa pode estar fazendo uma coisa, você acha que é por um motivo, mas é por outro completamente diferente. O mesmo vale para emoções. Não tá. Ah, pera aí. Ué, que estranho. Ai, ai. Problemas técnicos. Melhorou, né? Desculpa, pessoal. Mas é isso, né? Quem faz ao vivo, quem faz ao vivo, faz ao vivo. Então, cognitivo, beleza? E sensório motor, né? Quem é da psicologia aí, talvez esteja achando
familiar alguns termos que eu tô colocando aqui, mas eu garanto que vocês vão, mesmo que vocês já tenham visto qualquer um desses elementos, agora vocês vão entender muito melhor o contexto no qual eles estão inseridos, que é o comportamento humano. Então, a gente tem o o componente emocional, cognitivo e sensório motor. Como eu tava dizendo, o aspecto motor é geralmente o que a gente consegue ver as pessoas é o que as pessoas tendem associar mais com comportamento, mas comportamento vai muito além disso. Ele sempre tem algum componente cognitivo e um componente emocional. E eu convido
vocês a refletirem sobre vocês nesse exato momento. O que que vocês estão fazendo agora? Qual comportamento você está executando agora? Eu espero que você esteja aí sentado em algum lugar, olhando a tela, prestando atenção em mim, talvez anotando, tentando entender. Então, o seu componente emocional tá dizendo talvez, espero, caramba, é isso aí, que negócio importante, vai lá te gerando energia para fazer isso. Talvez esteja um pouco empolgado, talvez não, talvez esteja te deixando um pouco entediado. Espero que não, mas alguma alguma base emocional tem aí e definitivamente está influenciando o seu aspecto cognitivo, o que
você tá pensando, o que você tá achando, aonde você tá prestando atenção. Você tá conseguindo prestar atenção em mim? Sem dúvida, existe um diálogo muito grande a esses três componentes. Esses três componentes não estão isolados. Geralmente as pessoas estudam eles isolados e eu nunca vi a pessoa, as pessoas ensinando a integração deles, que é onde eu acho que tá o aspecto mais importante. Como esses fatores estão efetivamente integrados e eles estão muito integrados, a forma como você se sente impacta o que você pensa, o que você pensa e sente impacta o que você faz. O
que você faz, impacto que você pensa é impacto que você sente. É uma via de mão dupla entre todos esses fatores, entendem? Eles estão altamente integrados, são circuitos paralelos, integrados. E é fundamental que vocês entendam como que funciona esse circuitos, como eles estão integrados e como cada um deles e eles em conjunto são afetados por vários fatores que no final das contas vão resultar num comportamento específico da pessoa, quer seja um comportamento saudável, disfuncional. A gente vai ver isso mais detalhes na próxima aula. Na aula dois, a gente vai ver mais detalhes esses circuitos, como
eles operam, como é que eles estão gerando aquilo que a gente chama de desejo, de impulso, como é que alguns circuitos estão gerando aquilo que eh a gente chama de autocontrole ou não, os movimentos em si, como que um afeta o outro, como que sinais químicos como dopamina entram nessa história, o que tá acontecendo dentro de vários quadros clínicos, como ansiedade, depressão, TDH, insônia, a gente vai ver isso tudo melhor em mais detalhes na próxima aula. Por hora, eu queria só que vocês entendessem que o comportamento humano é gerado e todo comportamento humano é gerado
e controlado pelo cérebro à luz do funcionamento desses circuitos que estão funcionando em paralelo, ininterruptamente e estão altamente integrados, tá? Agora, esses circuitos operando, eles estão gerando aquilo que a gente pode chamar de padrão comportamental, né? Beleza? Então, a pessoa, cada um de nós, à luz das nossas experiências e à luz de como esses circuitos estão funcionando, eles estão gerando um padrão comportamental, né? No caso, vocês estão aqui assistindo essa aula. Maravilha. Agora, muitas vezes, esse padrão comportamental, ele vai contra os comportamentos necessários para manter e sustent os sustentar os pilares da saúde mental. Então,
é um padrão comportamental que quebra os pilares da saúde mental, que além de serem muito importantes, eles estão, na verdade, uns apoiados nos outros, né? Quando você perde um pilar da saúde mental, você favorece a perda do outro pilar de saúde mental. exemplo, uma pessoa que não tá dormindo bem, ela vai ter mais dificuldade em sustentar a nutrição adequada, ela vai ter mais dificuldade de se controlar para não comer besteira, ela vai ter mais dificuldade em ter disciplina na nutrição dela. O mesmo vale para prática de exercícios físicos, no caso agora falando de exercício especificamente.
Então um pilar acaba afetando o outro. A pessoa que não tá conseguindo manejar bem estresse e ansiedade vai dormir mal. A pessoa que não tem conexões sociais adequadas vai estar mais suscetível a ter problemas de estresse e ansiedade excessivo e por aí vai. Então, um pilar sustenta o outro e dependendo do padrão comportamentais, né, que são muitos de uma mesma pessoa, ela pode estar eh prejudicando os pilares da saúde mental dela, né, e assim quebrando o a evitando, impedindo com que ela tenha aquilo que a gente chama de saúde mental efetivamente. Qual o resultado disso,
pessoal? Resultado disso vocês já conhecem. Muitos de vocês já estão lidando com o resultado disso na prática clínica ou no mínimo vocês vem acontecendo dentro de casa ou talvez até na própria vida. O o resultado disso é a pessoa desenvolvendo problemas de saúde de um modo geral, incluindo saúde mental. Então, a pessoa que é sedentária e tem um padrão alimentar inadequado, ela está muito suscetível a desenvolver um quadro clínico mais sério como obesidade, que é um quadro, um problema de saúde grave pessoal, que predispõe a pessoa a desenvolver uma série de outros problemas que podem
levar ela a falecer mesmo, problemas cardiovasculares, problema de sono e por aí vai, que por sua vez aumenta ainda mais a chance da pessoa desenvolver vários outros problemas. a pessoa pode estar com padrão comportamental no qual ela fica excessivamente eh submissa, né, presa num comportamento específico, como por exemplo, ficar mexendo no celular. É um problema comum hoje em dia. Então as pessoas têm uma baixa capacidade de autorregulação. Elas nem sabem que deveriam se controlar naquele sentido. Ficam presas ali, por exemplo, mexendo no celular. Isso tá piorando ainda mais com essa história de Bets. Não sei
quem de vocês está acompanhando, mas nós temos já um problema de saúde pública instalado no Brasil, pelo menos, onde as bets foram legalizadas. é um problemaço, né, por vários motivos, entre eles porque predispõe pessoas de um modo geral a desenvolver um distúrbo comportamental, a pessoa ficar presa num comportamento que não só não é saudável, como também impede ela de executar os comportamentos necessários para ela se manter saudável. A pessoa nessa situação, ela vai procrastinar mais, ela vai deixar de praticar exercício, ela não vai dormir na hora certa, ela não vai se alimentar adequadamente, vai ficar
comendo o que tá ali pertinho, um problema acaba levando o outro. Um dos problemas que esse comportamento disfuncional pode gerar é a pessoa não dormir bem. A pessoa, em vez de deitar para dormir 9, 10 horas, ela vai deitar meia-noite, acorda cedo no dia seguinte. E isso tudo, esse cenário todo, pode contribuir para ela tá se sentindo ansiosa com o trabalho. Não tô fazendo o que eu tô, que devia tá fazendo, fica estressada. E você já sabe o que acontece com uma pessoa que não está conseguindo manejar a resposta ao perigo adequada eh adequadamente. uma
pessoa que não tá conseguindo manejar adequadamente, seja por falta de sono, seja porque tá engajada em atividades que não deveria, seja porque ela não tem as ferramentas adequadas para fazer isso. A pessoa que tá eh perdeu a capacidade de manejo da resposta ao perigo, se predispõe bastante a desenvolver uma série de transtornos mentais, entre eles, por exemplo, uma depressão maior, como vocês viram lá nas aulas do esquenta, né? E reparem, tá muito interligado uma coisa com a outra, né? Então, esses distúrbios comportamentais, a gente poderia estar falando disso tudo aqui numa mesma pessoa. Isso aqui
poderia ser todos os problemas na vida de uma mesma pessoa, né? A pessoa tá tendo problema de ganho de peso, né? ganha perda de peso é um sinal clínico importante, porque realmente o o comportamento alimentar comumente é afetado quando tem alguma coisa errada, quando a pessoa tá tendo algum problema emocional, ela desconta na alimentação, ela tá tendo, enfim, uma série de questões emocionais e cognitivas que não estão disfuncionais, podem levar a pessoa a ter alguma variação no comportamento alimentar dela. Por isso que é um sinal importante para ser avaliado na clínica, como muitos de vocês
já sabem, né? Inclusive, vou fazer um um comentário breve aqui, porque eu sei que muitos de vocês usam aí no trabalho de vocês os manuais de diagnóstico DSM, por exemplo, né, que tem lá os critérios para você diagnosticar a pessoa, né? Só que para você conseguir realmente usar esse manual, se vocês olharem os critérios, quem olhou o DSM vai acho que entender o que eu vou dizer. Se vocês olharem os critérios desses manuais, eles são muito genéricos. Para você realmente conseguir usar esse manual como um guia para te ajudar na prática clínica, é fundamental que
você não decore os critérios. Você precisa entender os critérios como esse que eu acabei de comentar. Você vai ver lá um critério para diagnosticar, para diagnóstico de uma pessoa com depressão maior. Tem lá ganha ou perda de peso. Mas o que que tá por trás disso? Por que que tem o ganho e peso de peso? Porque você tem alterações do comportamento alimentar. Mas por quê? A gente só vai conseguir responder isso, pessoal, se a gente entender como funciona o órgão que tá gerando esses comportamentos todos, incluindo o comportamento alimentar, incluindo o comportamento de ir ou
não à academia, incluindo o comportamento de mexer ou não no seu lar, incluindo o comportamento de dormir e acordar, incluindo o comportamento de você fazer coisas que te motivam ou não, né? E o que me leva a uma pergunta, uma última pergunta aqui da nossa dessa primeira aula, né? O que que a gente precisa fazer para ajudar essa pessoa ou essas pessoas? Colocando em linhas gerais, né? Então, a pessoa com todos esses comportamentos disfuncionais, sem dúvida a gente precisa, especialmente vocês aí, profissionais que estão atuando diretamente na clínica, primeiro passo é avaliar adequadamente o que
tá acontecendo. Por que que você ganhou perder peso, por você tá motivado ou não? Por que que você tá tendo dificuldade de concentração? É TDAH? Será mesmo que é TDH? Será? Vamos, vamos investigar isso adequadamente, né? Um exemplo, pessoal. Todos os sintomas de TDH são causados por falta de sono. Não, desculpa. Todos os sintomas do TDH estão também presentes, são caus, não se que tá correta a minha frase, são causados pela falta de sono. Então, às vezes a pessoa tá com sintomas de TDH, não é porque ela tem TDH, é porque ela tá dormindo mal,
ela nem sabe disso. E para mim é surpresa, muitos profissionais da área da psicologia, inclusive não sabem o básico de sono para conseguir fazer uma avaliação adequada, né? Então assim, primeiro ponto é você conseguir avaliar adequada avaliar adequadamente a gigantesca gama de comportamentos que a pessoa executa ao longo do dia, ao longo da semana, ao longo do mês, né? E num segundo momento, você vai precisar psicoeducar. Quem é da clínica, eu acho que já entende bem a importância disso, né? que é você explicar pra pessoa, pro paciente o que está acontecendo. Isso por si só
é muito interessante paraa pessoa se sentir aliviada, pelo menos ela tá entendendo o que tá acontecendo. E no segundo momento, orientar adequadamente à luz de uma avaliação robusta, adequada de uma pessoa que efetivamente entende em profundidade de comportamento humano, que é efetivamente o que precisa ser mudado na vida da pessoa. É isso que precisa ser avaliado e mudado. é o conjunto de comportamentos, incluindo cognição e emoções da pessoa que a gente precisa trabalhar para conseguir mudar, né? Entend o que eu quero dizer, pessoal? Agora voltando como como uma última reflexão, como uma um profissional vai
conseguir avaliar adequadamente, incluindo usando ali como guia como guia os critérios de um manual diagnóstico e como vai conseguir psicoeducar e orientar uma pessoa sem entender como funciona o órgão, o órgão que gera e controla todo e comp e qualquer comportamento, quer ele seja um comportamento saudável, quer ele seja um comportamento disfuncional. Isso aqui de eu diria pessoal que é uma das maiores falhas. Vou falar isso com todas as letras. A neurociência, na minha opinião, do comportamento, é uma das significa uma das maiores falhas do sistema educacional na área da saúde no Brasil. Eu fico
impressionado com quão pouco profissionais da saúde, incluindo médicos e profissionais, por exemplo, da área da psicologia, com quão pouco eles sabem de como o cérebro funciona e tudo que tá envolvido com isso, todos os fatores envolvidos com isso, sono, motivação. Vou dar um outro exemplo para vocês, pessoal. Recentemente tá dendo um surto de gripe, né? comentei no Instagram, chega um paciente para você, fala: "Pô, eu tô muito desmotivado, tô muito desmotivado, eh, para coisas que eu nem que eu gostava de fazer antes. Sei que tá acontecendo." um profissional mal capacitado, um profissional que realmente não
entende o órgão que gera e controla aspectos comportamentais, como, por exemplo, motivação, talvez ele passe batido por ele, que essa desmotivação, esse quadro de anedonia, né, essa perda de da capacidade da pessoa de se motivar, de sentir prazer, não é porque ela tá tendo um quadro clínico como, por exemplo, depressão maior, é porque a resposta à infecção que o nosso corpo gera, a gripe que ela teve, teve muda quimicamente o corpo e afeta especificamente circuitos envolvidos com motivação. Isso é uma coisa que o profissional tem que saber para poder no mínimo explicar pra pessoa, falar:
"Olha, calma aí, vamos avaliar quando começou, ah, pode ser isso, pode ser a gripe, pode ser aquilo". Entende? Aqui dando um exemplo atual de uma coisa que tá acontecendo na vida de muita gente que tá aí pegando gripe e ficando toda derrubada. E a pessoa pode ficar preocupada com isso, né? Agora a gente, de novo, a gente pode olhar fatores que impactam comportamento, ambiente, social, eh, hormônio, suplemento, whatever. Pode, pode e deve olhar esses vários fatores. Acho que a gente tem que olhar a ciência como um todo, mas você nunca, você profissional nunca vai conseguir
entender, avaliar e avaliar um comportamento humano adequadamente se você não entender como funciona o órgão que gera o comportamento humano. Muitos profissionais tratam isso aqui como se fosse uma caixinha preta, né? Eu não sei se é porque, por se tratar de um órgão muito complexo e é difícil de entender usando os livros tradicionais, a pessoa acaba evitando, negligenciando. Pode ser isso ou pode ser porque, como eu falei, no sistema educacional não cobra esse conteúdo. É muito maldado. Nas faculdades, eu sei porque eu passei, como mostrei para vocês, por três faculdades federais no país e apesar
de eu ter muitos elogios para essas instituições, infelizmente o ensino de neurociência é muito ruim, tá? incluindo para profissionais da saúde, da medicina, da psicologia e de nutrição, educação física e por aí vai, né? Então assim, a gente pode olhar os fatores, podemos, mas a gente só vai conseguir realmente fazer uma avaliação adequada se a gente entender como o cérebro funciona. Até porque, por exemplo, o fator um para uma pessoa pode levar ela a gerar esse comportamento saudável, para uma outra pessoa pode gerar levar a gerar um comportamento disfuncional. Isso varia de pessoa para pessoa.
Então é importante que a gente entenda o que tá acontecendo aqui no meio do caminho, que é o cérebro, certo? E isso é exatamente que eu vou explicar para vocês na próxima aula que vai acontecer na quarta-feira. Então, para quem quiser entender melhor, né, os circuitos neurais por trás da da arquitetura de um comportamento humano, incluindo todos seus aspectos de emoção, cognição, movimento, venham pra aula na quarta-feira. É uma aula valiosíssima, não é um conteúdo que vocês encontram em livro texto, com certeza. E sem dúvida, não tenho dúvida de que só com esse conteúdo de
quarta-feira isso já vai mudar dramaticamente a sua forma de olhar o comportamento humano, incluindo dos seus pacientes na clínica. Agora, para você que já entendeu que faz sentido para você mergulhar nisso tudo a fundo, se aprofundar na neurociência do comportamento para entender essa linda máquina que gere e controle o nosso comportamento. Para você que já tá amadurecido e quer transformar sua prática profissional, né, especialmente na clínica, quero te fazer um convite especial no final da semana, né, no final desse desse evento, como eu já comentei antes, não tem problema nenhum em colocar para vocês, na
próxima segunda-feira a gente vai abrir as inscrições pra próxima turma da pós-graduação em neurociência do comportamento, tá? pós-graduação que a gente já criou alguns anos justamente para ensinar tudo isso que a gente começou a aprender hoje, tá? todos os fatores que estão por trás do comportamento humano, quer seja na saúde, na doença, é uma pós-gradação que a gente vai desde básico, do básico do básico, que é ne tipos de célula que tem no cérebro até lá no último módulo. A gente não é só falar, é a gente entender saúde mental, entender o que tá acontecendo
na depressão maior, entender o que tá acontecendo no TDH, entender o que tá acontecendo num quadro de ansiedade crônica, entender e entender inclusive como funciona o tratamento. Não tenho dúvida de que é uma formação fundamental para você conseguir colocar em prática, seja lá qual ferramenta você utilizar na sua prática clínica. E para você que já tem isso maduro, já tá mais amadurecido e quer mergulhar, já entendeu, quero te convidar para entrar no grupo VIP. Hoje a gente vai abrir o grupo VIP da pós-graduação neurociência do comportamento, que é um grupo que vai receber um uma
oferta especial no valor da pós-graduação. Só para quem tiver dentro do grupo VIP, a gente vai dar um desconto quando a gente abrir a inscrição. A pessoa vai ter acesso, vai poder se inscrever antes da gente abrir as inscrições pro público geral. Então assim, se você quiser garantir sua vaga, é uma oportunidade que você tem de aumentar sua chance de conseguir a vaga nessa próxima turma que a gente vai abrir daqui uma semana. E também vai ter a chance de conseguir ganhar uma camiseta nova da pós-graduação que eu tô mostrando aqui para vocês. Uma figura
que nós mesmos elaboramos, nós mesmos mesmos eh concebemos à luz do conteúdo dessa aula. Eu acredito que você pode olhar essa figura da camiseta e entender o que que ela significa. A gente tá mostrando aí os três grandes componentes básicos do comportamento humano, mostrando que eles estão integrados e isso acontece nesse lindo órgão chamado cérebro humano, tá? Então você que tiver no grupo VIP, depois que você entrar na pós-graduação, você poderá depois eu vou dizer para vocês na sexta-feira, eu vou dizer para vocês como vocês podem fazer para ganhar uma camiseta dessa. Você poderá ganhar
uma camiseta dessa, mas para isso você tem que estar no grupo VIP, beleza pessoal? Nova camiseta da posse para vocês verem o cuidado que a gente tem. Se a gente tem um cuidado desse tamanho com uma camiseta, vocês imaginam com uma pós-graduação séria como essa pós-graduação em neurociência do comportamento. Beleza? Então, para saber mais, entrem aí no grupo. O link tá no chat. Equipe Mari, eu acho que o link tá aqui no chat. No chat, ó, no chat. Curtam o vídeo, tá, pessoal? Eh, esse vídeo pro YouTube entender. Não deixem de vir na aula de
quarta-feira e para quem já tá aí mais faca na caveira para estudar essa já tá aí, né? Para estudar essa ciência que é uma das ciências mais relevantes da atualidade, a neurociência, especialmente a neurociência por trás do comportamento. Vocês não vão encontrar uma formação como essa em outro lugar. Como eu disse para vocês, eu concebi essa pós-graduação à luz de tudo que eu estudei além do livro texto e à luz do problema de ensino que eu identifiquei dentro das universidades, incluindo pós-graduações. Não é uma formação, infelizmente, na verdade, eu vou dizer para vocês que quem
dera eu fosse um conteúdo que fosse trabalhado nas faculdades, né, que é onde que eu acho que poderia ser trabalhado. Isso é um conteúdo básico pra prática profissional de praticamente todos os profissionais que lidam com seres humanos, em especial vocês, psicólogos, psicoterapeutas, que vão precisar são os os profissionais que vão efetivamente avaliar comportamentalmente o paciente, ajudar ele a entender o que tá acontecendo e dar orientações adequadas, conscientes à luz da literatura científica. Beleza, pessoal? Com isso eu encerro essa aula. Muito obrigado pela atenção de vocês. Eu não sei se eu vou ter alguma dúvida para
esclarecer agora ou a gente deixa paraa próxima aula. Tudo bem? Deixar aqui, ó, grupo VIP. Certo, pessoal? Com isso eu encerro essa aula. Então, muito obrigado pela participação de vocês. Espero que tenha ficado tudo claro. Eh, tem alguma dúvida que o pessoal queira esclarecer, Mari? Não. Beleza, pessoal. Eh, não percam, marcam aí na marquem aí na agenda. Quarta-feira tem mais. No mais, como sempre, foi um prazer incomensurável. E a gente se vê, então, na aula de quarta-feira. Até lá, pessoal.