A triste história de escravos abandonados por 15 anos em uma ilha inóspita!

Que bom estarmos juntos mais uma vez Espero que esteja tudo bem com você imagine viver tranquilamente com seu povo na sua terra natal e de repente terríveis Mercadores de escravos aparecem e levam você e sua família quando você chega ao navio que vai transportá-los para muito longe percebe que as condições são terríveis E para piorar O Navio naufraga e todos vão parar numa ilha minúscula sem civilização Rios ou sustento foi isso que aconteceu com um grupo de pessoas no povo malgaxe no século XVII os malgaxes são um complexo povo composto por cerca de 20 grupos

étnicos na ilha de Madagascar o maior grupo é o merina que primeiramente habitava o platô central da Ilha o segundo maior é betsim saraka que vive geralmente no leste e o terceiro é o betsileo que habita no platô próximo à cidade de fianarantsoa os povos malgaxes falam o dialeto de malgax uma língua austronesia já a língua escrita atual do povo é uma versão padronizada do dialeto merina a religião tradicional dos malgaxes é baseada na Adoração dos ancestrais os malgaxes apesar de estarem numa ilha africana não possuem parentesco direto com os povos africanos na verdade descendem

de tribos da Indonésia que viviam a quase 5.000 km de onde os malgaxes vivem por isso os os grupos étnicos não se consideram africanos no entanto por conta do contato constante com a França por causa do colonialismo Madagascar desenvolveu relações políticas econômicas e culturais com os países que falam francês na África ocidental Madagascar possui habitantes humanos há pouco tempo se considerarmos o tempo total da humanidade estima-se que os primeiros seres humanos chegaram à ilha por volta de 1300 Anos Atrás a língua e a cultura são claramente de origem Indonésia mas não existem evidências empíricas de

como por e por Qual rota os primeiros colonos chegaram ali apesar de estudos dos Ventos e correntes do Oceano Índico indicarem que a viagem a partir da Indonésia pode ser feita existem muitas controvérsias sobre a natureza dessa jornada alguns estudiosos argumentam que os primeiros vieram direto da Indonésia numa única viagem e que os elementos africanos encontrados na população foram adicionados depois Tais elementos foram resultado de migrações E do comércio de escravos outros sugerem que a população da ilha é resultado de várias viagens que se estenderam ao longo da Costa da índia da península arábica e

da África e que a população que se estabeleceu na ilha já era uma mistura disso os malgaxes que acreditam em sua religião tradicional de adoração aos ancestrais enterram os seus mortos em tumbas os falecidos podem recompensar ou punir os vivos de acordo com as crenças existe uma entidade Suprema chamada zakari o criador ou andream mantia o perfumado existem também crenças sobre espíritos locais e um sistema complexo de regras e tabus que regem a vida dos malgaxes bem um grupo desse complexo e diverso povo precisou enfrentar duras adversidades nos século XVII o capitão Joan de la

farg em 1761 chegou à ilha de Madagascar e capturou cerca de 160 indivíduos locais para que fossem comercializados como escravos os cativos entre homens mulheres e crianças seriam comercializados com fazendeiros locais das ilhas Maurício a cerca de 1000 km de Madagascar na época Claro a escravidão era uma prática legal mas não menos terrível do que é hoje embora a prática fosse permitida J la farg não tinha autorização necessária para engajar-se no comércio de seres humanos portanto estava agindo contrariamente às diretrizes das autoridades coloniais além dos escravos que eram transportados em péssimas condições nos confins do

porão da embarcação havia AB bordo uma tribulação composta por 140 marinheiros franceses os mais de 300 indivíduos do barco então partiram rumo às Ilhas Maurício porém a Fragata utile pertencente à prestigiada companhia francesa das Índias orientais teve um grande problema em 31 de julho de 1761 durante a noite a embarcação encalhou numa pequena Ilha plana situada a 500 km ao norte da ilha de reunião e 450 km a leste de Madagascar a ilha se caracteriza por sua topografia plana e dimensões bastante modestas a extensão é de apenas 1700 m de comprimento e 700 de largura

a área portanto é de cerca de 80 ha apenas a vegetação da diminuta ilha é escassa ainda que a localidade seja um habitar relevante para as inúmeras abes Marinhas que voam por ali a imprecisão cartográfica aliada à obstinação de la farg conduziu o navio aos Recifes na extremidade setentrional da diminuta Ilhota isso obviamente gerou consequências nada positivas o impacto resultou na fragmentação do casco com um enorme rombo em sua estrutura o navio emergiu nas águas infelizmente a água invadiu o interior da embarcação de forma muito rápida vários escravos malgaxes estavam confinados no porão de carga

para estes era difícil escapar já que precisavam fugir da água e subir para a parte superior do navio a maioria dos cativos encontrou um Triste Fim por afogar alguns poucos conseguiram escapar dos destroços quando a embarcação partiu quando o dia seguinte teve os seus primeiros raios de sol no horizonte cerca de 122 tripulantes e por volta de 70 escravos malgaxes estavam em terra o refúgio não passava de uma ilha pequena como já mencionamos chamada de Il de sable a expressão quer dizer ilha de areia em francês a situação foi tão calamitosa que vários perderam completamente

a cabeça o Capitão João de laf foi acometido de uma crise nervosa tremenda o primeiro oficial bemy castan de vern precisou assumir o comando o novo líder reuniu uma equipe para recuperar o que fosse possível do navio alimentos ferramentas e madeira eram as prioridades Além disso castellan ordenou que fossem construídos acampamentos Claro os refúgios dos tripulantes e dos escravos precisavam ser distintos os homens cavaram um poço de 5 m de profundidade um forno e uma forja também foram construídos então Por incrível que pareça Os Náufragos conseguiram se virar bem na pequena Ilha rapidamente os marinheiros

começaram a edificar uma nova embarcação com o que sobrou da anterior em dois meses a cinzas do navio Util deram origem a uma nova embarcação Paul vid Dan no dia 27 de setembro de 1761 os 122 marinheiros franceses Sobreviventes embarcaram na prov Dan os colonizadores e Mercadores de escravos simplesmente deixaram os escravos malgaxes para trás na ilha mas não antes de prometerem retornar para resgatá-los os fujões foram rumo à ilha de Madagascar em apenas quro dias de viagem o navio providence alcançou Madagascar a tripulação foi repatriada para as ilhas reunião e Maurício bem aqueles que

sobreviveram já que foram acometidos por doenças tropicais e faleceram entre os óbitos estava o capitão Johan de laf quem precisou lidar com a indignação do governador mauriciano foi cjan de vern tudo isso enquanto os malgaxes continuavam presos na ilha o governador havia ordenado que fosse proibida a introdução de escravos em sua jurisdição por isso quando soube dos feitos de lafarga ficou irado o homem porém havia morrido antes de sofrer a sua Fúria restou a castejon lidar com o problema o primeiro oficial suplicou o envio de uma embarcação de Resgate Para a Ilhota Com certeza os

seus motivos não deviam ser de compaixão e humildade mas sim um desperdício de recursos os malgaxes ali presos valeriam muito dinheiro caso fossem vendidos como escravos porém como o governador não havia permitido escravidão obviamente que o pedido de um navio de resgate foi rechaçado as notícias sobre os nativos de Madagascar presos numa pequena Ilha circular bastante as informações chegaram até mesmo em Paris onde causaram breve alvoroço no entanto isso não refletiu uma rápida resolução para a situação a guerra dos sete anos e a iminente crise financeira da companhia francesa das Índias orientais eram questões muito

mais urgentes pelo menos aos olhos das autoridades francesas os escravos foram relegados ao esquecimento o único que permaneceu com o ideal de resgate na sua mente foi castan de Verner por isso há quem entenda que suas ações realmente envolviam compaixão e não apenas interesse financeiro em 1772 ou seja 11 anos após os escravos serem aprisionados na ilha por causa do naufrágio o Ministro dos assuntos marítimos despachou uma embarcação o envio foi uma resposta a mais uma solicitação de diver porém a embarcação Demorou 3 anos para chegar na minúscula Il de sabl o navio lel alcançou

a ilha em 1775 quase 15 anos após os malgaxes chegarem ali a tripulação consistia apenas em dois homens que tinham a missão de estabelecer contato com Os Náufragos porém lauterer colidiu com os Recifes próximos a missão de chegar em segurança até o local Parecia Impossível um dos tripulantes nadou de volta ao navio Enquanto o outro chegou à ilha porém por conta do clima e dos Recifes o navio não tentou desembarcar o destino de L Suel foi retornar outros dois navios foram escolhidos para tentarem o resgate ambos seguiram o rastro de Ila Suel mas também não

conseguiram chegar à costa enquanto isso os malgaxes restantes viviam e sobreviviam com o que tinham à disposição na ilha de minuta após 15 anos do naufrágio original em 29 de Novembro de 1776 a corveta DF conseguiu atracar na ilha o capitão Jacques Marti budan de L nugi de troman resgatou Sobreviventes por causa das condições da ilha e do tempo enorme em que ficaram cativos no local A grande maioria dos malgaxes faleceu telan na verdade resgatou apenas sete mulheres e um menino de 8 meses todos os homens haviam morrido ao chegar ao local o capitão francês

percebeu que os Sobreviventes vestiam roupas feitas de penas de aves marinhas os animais também teriam servido como alimentos após serem cassados os Ilhéus também se alimentavam de peixes tartarugas e ovos de aves torom melan relatou que os remanescentes conseguiram de alguma maneira manter uma fonte de fogo acesa durante todos esses anos o mais provável é que tenham utilizado pedras de silex para realizar esse feito os malgaxes ergueram cabanas confeccionadas com blocos de coral na ilha as estruturas tinham uma espessura de met me e serviam como abrigo durante as tormentas ciclônicas havia também um forno de

uso coletivo no local por ironia do destino o tempo não conservou o relato das mulheres Sobreviventes nem os registros mantidos a bordo do navio de resgate ladine logo não temos uma narrativa escrita e detalhada sobre o que foi um dos episódios mais grandiosos de resistência e tenacidade da história humana os mistérios que cercaram a sobrevivência dos ilus nesses 15 anos em uma terra inóspita se mantiveram na mente de diversos pesquisadores por muito tempo Afinal aquele povo sofrido estava num ambiente Insular reduzido a escombros já que a ilha sofre muito com ventos e demais adversidades climáticas

para descobrir mais sobre o assunto a Expedição arqueológica foi feita no ano de 2006 o líder da pesquisa foi Max guerot ex-oficial da Marinha Francesa e de diretor das operações do grupo de pesquisa de arqueologia naval a empreitada queria descobrir quais as circunstâncias e os métodos usados pelos habitantes para perdurar em tanto tempo o resultado poderia ser bastante importante não só pelo valor histórico mas para servir como fonte de guias de sobrevivência ou coisas parecidas de acordo com guerr a grande maioria das dezenas de escravos que inicialmente alcançaram a ilha morreram nos primeiros dias pouco

após os tripulantes franceses terem zarpado com profid um grupo de 18 malgaxes tentou abandonar a ilha a Bordo de uma Jangada precariamente improvisada até hoje não se sabe se chegaram ou não a Madagascar nos 5 anos seguintes devido às péssimas condições a população foi reduzida a 15 Sobreviventes o número se Manteve relativamente estável por cerca de 10 anos poucos meses antes da operação de resgate um marinheiro francês que se encontrava preso em Lael partiu da Ilhota a travessia foi feita numa Jangada equipada de uma vela feita de penas trançadas com ele três homens e três

mulheres zarparam nenhum deles Jamais foi visto novamente guer realizou outras descobertas notáveis junto com a sua equipe os pesquisadores encontraram utensílios de cobre que foram recuperados dos destroços os malgaxes remodelaram esses objetos por meio do uso de martelos para adquirirem novas formas o processo de reparação desses utensílios Foi algo impressionante alguns deles foram consertados até oito vezes durante os anos de isolamento que foram 15 ao todo outros objetos tinham seus pedaços de cobre retirados para que se tornassem material de remendo os malgaxes faziam furos tanto nas placas originais quanto nos remendos assim empregavam pequenos fragmentos

laminados de cobre como rebites esses rebites eram martelados no lugar para concretizar as Reparações feitas nos objetos a escavação rendeu 45 artefatos domésticos tripés de Ferro usados para sustentar recipientes de cozinha foram encontrados tigelas de chumbo bastante amplas também foram achados a origem do chumbo é incerta a principal teoria é que o ch carregava folhas de chumbo para serem usadas na reparação de buracos da embarcação após o naufrágio as folhas ficaram disponíveis para os malgaxes Por incrível que pareça joias também foram confeccionadas na Ilhota Anéis pulseiras e um pente de cobre foram encontrados guerot comentou

o seguinte sobre os escravos Náufragos não se tem impressão de que essas pessoas foram subjugadas por sua condição Eles tentaram sobreviver com ordem e método portanto os Sobreviventes Se mostraram instintivos e resilientes diante das condições extremamente adversas infelizmente a história dos malgaxes na Ilha das Areias é sobre indivíduos que foram abandonados so a ótica de alguns dos seus contemporâneos porque eram vistos como seres menos humanos isso é perceptível até mesmo no Cuidado com a preservação do que aconteceu ali os franceses ergueram uma estação meteorológica no local em 1954 e destruíram boa parte do assentamento a

estação ironicamente foi destruída por um ciclone 2 anos depois mesmo assim foi reconstruída na na verdade a estação está em funcionamento até hoje é possível ver edifícios cisternas e bases de concreto na pequena Ilha que já foi o único Abrigo dos Sobreviventes malgaxes ali os escravos puderam sentir um pouco do que é ser livre dos terríveis Mercadores mas ser prisioneiros da natureza e das condições climáticas a ilha também possui atualmente uma pista de pouso de 365 m de comprimento a construção é a única com o mundo exterior a ilha foi renomeada já que a ilha

das Areias não correspondia mais à história vivida pelas pessoas ali em 1885 seu nome foi alterado para Ilha troman a nomeação uma homenagem ao capitão troman de nagui o responsável por resgatar os derradeiros Sobreviventes aquelas Sete Mulheres resgatadas nunca Esqueceram o nome do Capitão Por isso os mapas da região também não se esquecem dele quando os oito Sobreviventes chegaram a Il de France que hoje é conhecida como República de Maurício todos foram declarados Livres Jacques mayard de mel um alto funcionário francês da região dá asilo à criança sua mãe eva e sua avó duf ele

insistiu que Os Náufragos não eram escravos uma vez que eles tinham sido comprados ilegalmente em 15 de dezembro de 1776 a criança salva é batizada em port Louis e recebe o nome de JAC moasis moasis é a forma francesa de Moisés a homenagem Foi justa já que o bebê assim como o personagem bíblico foi resgatado da água o que aconteceu com Jack moise e os outros depois disso Max guerot tem pesquisado os registros na França e república de Maurício mas sem sucesso ele acredita que os Sobreviventes devem ter sido incorporados pela comunidade de escravos libertos

em Maurício e provavelmente seus descendentes estão vivendo lá até hoje a história do os malgaxes na ilha de troman nos lembra o quanto a humanidade pode ser ruim escravidão e esquecimento porém não foram suficiente para fazer esse destemido povo parar de lutar alguns deles preferiram enfrentar a morte do que continuarem prisos não é exagero dizer que vários perderam suas vidas mas entraram para a história num dos episódios mais humanos e resilientes da história da nossa espécie Muito obrigado pela sua companhia sempre tão especial a gente se vê num próximo vídeo