você já reparou que tudo começa a dar certo exatamente quando você para de se importar parece absurdo né A vida inteira te ensinaram que é preciso correr atrás lutar insistir mas e se for exatamente o contrário e se o apego for o que está te travando nos relacionamentos no trabalho até na sua paz mental Carl Jung um dos maiores nomes da psicologia defendia uma ideia que muita gente não está pronta para ouv quanto mais você tenta controlar a vida mais ela te escapa e hoje eu vou te mostrar porque soltar pode ser o único caminho
real de liberdade fica comigo até o fim porque essa virada de chave pode mudar tudo para você quanto mais nos agarramos à ideia de como as coisas deveriam ser mais elas escapam por entre os dedos o apego que em teoria deveria nos garantir segurança na prática nos acorrenta a expectativas que raramente se cumprem o paradoxo é claro quando largamos o controle a vida começa a respirar Carl Jung dizia o que Você persegue foge o que você aceita se transforma Vivemos em uma cultura que premia o esforço o controle e o desejo constante de alcançar algo
como se a paz estivesse sempre um passo adiante mas esse desejo compulsivo de fazer tudo dar certo pode ser justamente o que pede que algo verdadeiro aconteça não se trata de desistência nem de apatia trata--se de um movimento mais Sutil sair do modo de querer controlar tudo e entrar no estado de consciência de si Carl Jung ao explorar as camadas Profundas da psique humana nos deu uma chave importante para entender esse movimento o desapego para ele não era um ato de frieza emocional mas um gesto psíquico necessário o ego precisa se separar de suas projeções
para que algo mais autêntico possa emergir em outras palavras Enquanto estamos presos ao que projetamos pessoas desejos futuros idealizados não conseguimos ver com clareza o que está realmente acontecendo dentro de nós é natural querer que as coisas deem certo mas o problema surge quando nossa identidade se amarra ao resultado quando eu só o sucesso o relacionamento o reconhecimento então o fracasso a perda ou o silêncio do outro viram ameaças existenciais daí nasce a ansiedade o medo a tentativa desesperada de manter tudo sob controle Jung dizia que esse estado de tensão constante nada mais é do
que o ego tentando sustentar uma ilusão o que muda tudo é o momento em que paramos de lutar contra o fluxo da vida não por derrota mas por clareza soltar não é cair no vazio É permitir que algo novo aconteça algo que não depende exclusivamente da nossa força de vontade é um ato de confiança na inteligência maior que opera por trás das experiências que vivemos quando esse gesto acontece de verdade o que parecia confuso começa a fazer sentido as peças que se encaixam sem esforço as oportunidades aparecem sem perseguição e aquilo que era ansiedade se
transforma em presença desapegar portanto não é abandonar sonhos ou virar as costas para o mundo é parar de forçar é sair da prisão do preciso que aconteça para entrar no espaço da observação lúcida quando você deixa de se identificar com o que persegue você se aproxima de quem você é e é aí que as coisas sem alarde começam a dar certo mas e se esse apego que nos trava não for sobre o outro mas sobre algo que nós mesmos colocamos nele o apego raramente é só pelo outro quase sempre é por algo que colocamos no
outro projetamos nele uma salvação uma validação um papel que nem sempre ele pediu para cumprir Jung foi Claro ao afirmar que aquilo que recusamos enxergar em nós mesmos tendemos a ver nos outros idealizado ou distorcido É nesse reflexo mal calibrado que o apego se forma o ego em sua ânsia por controle e reconhecimento tenta possuir o mundo externo como se fosse extensão de si quando nos apegamos a uma pessoa um status ou a uma meta muitas vezes não é porque aquilo em si tem valor absoluto mas porque projetamos ali algo que falta em nós o
desejo de ser amado por exemplo pode se manifestar como dependência emocional o medo de ser insignificante Pode surgir como obsessão por sucesso o que parece amor ou ambição muitas vezes é apenas a tentativa de preencher uma lacuna interna essas projeções funcionam como lentes distorcidas em vez de enxergar o outro como ele é vemos o que queremos que ele seja e a partir daí nasce a frustração porque ninguém sustenta indefinidamente um papel que não lhe pertence o apego é uma ilusão de simbiose se eu te manter perto se eu te agradar se eu te controlar então
estarei completo Mas essa completude é falsa e frágil pois depende da estabilidade de algo que está fora de nós Jung observou que a psiquê ao projetar tenta se proteger de conteúdos inconscientes que ainda não está pronta para integrar é uma mais fácil acreditar que o outro nos rejeita do que encarar o medo de não nos sentirmos bons o bastante é mais simples culpar o mundo por nossos vazios do que reconhecer que talvez tenhamos abandonado partes de nós mesmos quando tomamos consciência dessas projeções algo se reorganiza começamos a perceber que o apego é menos sobre o
que o outro representa e mais sobre o que nós ainda não olhamos É nesse ponto que a realidade começa a se reconfigurar o outro deixa de ser espelho da nossa carência e passa a ser apenas o outro desfazer essas projeções não é tarefa leve mas é Libertadora é o início de uma relação mais honesta consigo mesmo e por consequência com tudo e todos ao redor ao reconhecer o ego inflado tentando dominar tudo abrimos espaço para uma presença mais consciente onde o laço com o mundo não é mais de de posse mas de conexão real mas
quando essas projeções falham O que resta o ego em Pânico tenta controlar o incontrolável há uma diferença profunda entre ter direção e querer controlar tudo o primeiro nasce de um alinhamento interno o segundo de um medo disfarçado de competência tentamos prever planejar e dominar cada passo como se isso garantisse segurança mas Na verdade o excesso de controle é só o ego tentando evitar o inevitável A incerteza da vida Jung que dizia que a neurose é sempre um substituto para o sofrimento legítimo o controle nesse sentido é um anestésico em vez de sentir ocupamos a mente
com estratégias em vez de lidar com a vulnerabilidade nos escondemos atrás de rotinas metas promessas como se viesse nos PP da de ser humanos masar não é viver é apenas deha arici Elim aism espid dõ o trabalho vira um fardo o cotidiano se esvazia mesmo quando está cheio de tarefas o ego inflado acredita que pode e E deve dar conta de tudo é ele quem insiste que existe uma forma certa de viver um modelo ideal a ser alcançado e qualquer desvio desse padrão gera culpa ansiedade autocrítica a mente fica em hiperatividade como um sistema operacional
rodando programas Dea ao mesmo tempo a exaustão mental e emocional não é um defeito nosso é uma cons lógica desse modo de funcionamento no fundo o controle é uma defesa contra a entrega e entregarse não significa abandonar tudo mas aceitar Que Há Forças em nós e na vida que não se dobram à vontade pessoal Jung via o inconsciente como uma inteligência viva autônoma que participa ativamente da construção da realidade quando ignoramos essa dimensão ficamos presos apenas à lógica acional como Se Tudo pudesse ser resolvido no plano do pensamento soltar o controle é portanto um ato
de confiança é reconhecer que a sabedoria no caos que o imprevisível também pode ser um caminho isso não significa viver a deriva mas sim abrir espaço para que a vida Surpreenda o que raramente acontece quando tentamos controlar até o silêncio quanto mais queremos garantir que tudo siga o plano mais nos afastamos de nós mesmos e quanto mais nos permitimos escutar observar e sentir sem imediata intervenção mais percebemos que a vida tem um ritmo próprio E que esse ritmo sabe muito bem para onde está nos levando e se em vez de controlar a verdadeira Liberdade estivesse
justamente em deixar o ego se reorganizar desapegar não é se afastar da vida é se aproximar de si é o momento em que o ego cansado de tentar controlar tudo começa a soltar suas amarras e se volta para algo mais profundo o self na psicologia de Jung o self representa o centro da psiquê a totalidade do ser não é o eu social nem o papel que desempenhamos é o que somos quando deixamos de representar enquanto o ego está no comando a vida se organiza em torno de expectativas externas como devo agir como devo parecer o
que esperam de mim pegar dessas ideias é o início de um movimento de retorno não ao passado mas à essência Jung chamou esse processo de individuação o caminho de tornar-se aquilo que se é integrando as partes conscientes e inconscientes da personalidade esse caminho não é teórico ele começa nas pequenas rupturas no momento em que você deixa de responder a um velho padrão quando percebe que já não precisa sustentar um quando uma relação se desfaz e em vez de correr para preencher o vazio você o encara esses momentos de desapego são portais eles não prometem conforto
imediato mas abrem espaço para autenticidade a verdadeira entrega começa quando o ego reconhece seus limites quando ele entende que não precisa mais fingir ter o controle nem saber todas as respostas é aí que algo mais silencioso começa a se mover por dentro o selfie não se impõe não grita ele guia com uma clareza tranquila suas indicações não vêm Da Lógica mas da sintonia aquilo que ressoa que faz sentido mesmo sem explicação imediata esse desapego longe de ser passividade é uma forma mais refinada de presença é agir sem obsessão por resultado é amar sem exigir retorno
é criar sem precisar provar nada o que guia esse estado não é mais o desejo de validação mas uma coerência interna que não precisa de aplausos para seguir firme no processo de individuação o ego não desaparece ele se reposiciona em vez de se achar o dono da verdade passa a servir ao self essa mudança interna altera tudo as relações se tornam mais verdadeiras as decisões ganham mais a vida que antes parecia algo a ser conquistado começa a se revelar como algo a ser vivido desapegar nesse sentido não é perder é integrar É permitir que o
que precisa ir vá e que o que está pronto para surgir encontre espaço é nesse gesto que deixamos de existir como personagens e começamos a Viver Como inteiros Mas para que o self emergisse seria preciso antes desmontar outra armadura a Persona conceito Central em Jung ela representa a máscara social que usamos para sermos aceitos é funcional precisamos dela para viver em sociedade mas quando nos identificamos demais com essa máscara começamos a viver para sustentar uma ideia não uma verdade ser o forte o espiritualizado o bem-sucedido o filho exemplar cada rótulo esses Pode parecer positivo até
Virtuoso mas carrega um custo alto a constante vigilância sobre si mesmo para manter a imagem intacta isso cansa e pior afasta por ninguém consegue ser inteiro quando vive sob o peso de representar algo o tempo todo Jung enxergava a Persona como necessária mas limitada ela serve como ponte entre o mundo interior e o exterior o problema Quando esquecemos que há algo além dela quando o apego à imagem é tão forte que qualquer ameaça a essa identidade gera medo irritação defesa nesse ponto não estamos mais vivendo estamos gerenciando impressões a libertação começa quando percebemos que não
somos obrigados a sustentar nenhuma narrativa fixa que podemos falhar mudar de ideia nos contradizer que não precisamos ser consistentes com o que fomos ontem apenas honestos com o que sentimos agora é nesse lugar que a autenticidade emerge mesmo que ela desagrade desapegar da Persona é um movimento radical porque ele exige coragem para ser visto sem a armadura para se deixar ser quem se é mesmo que isso quebre a imagem construída com tanto esforço mas esse gesto também é Libertador é como sair de um papel mal ensaiado e finalmente respirar como autor da própria fala Jung
resumiu isso com precisão Quem olha para fora sonha quem olha para dentro desperta o apego à imagem é uma forma de sonhar acordado acreditar que somos apenas o que mostramos O Despertar acontece quando olhamos para dentro e reconhecemos a complexidade que a Persona não consegue abarcar e nesse reconhecimento começa a vida real por trás dessa a máscara porém esconde-se o que mais tememos encarar a sombra a liberdade assusta embora muitos a desejem poucos estão prontos para encará-la com honestidade porque ser livre implica não ter mais onde se esconder nem em pessoas nem em papéis nem
Em promessas implica se responsabilizar por si mesmo inclusive pelas partes que não gostamos de ver e é exatamente aí que habita sombra para Jung a sombra representa os aspectos reprimidos da psiquê tudo aquilo que negamos ignoramos ou consideramos inaceitável em nós não é necessariamente o mal mas o que ficou oculto por não se encaixar na imagem que criamos de quem Deveríamos ser e quanto mais negamos essa parte mais ela ganha força nos bastidores da nossa vida o apegado embora diga que quer liberdade muitas vezes teme profundamente o que viria com ela o vazio o silêncio
a ausência de validação por isso se agarra ao outro ao trabalho ao futuro idealizado não por amor mas por medo medo de entrar em contato com o que surge quando tudo aquilo em que ele se apoia desaparece É nesse ponto que o desapego se torna um processo doloroso porque soltar não significa apenas deixar ir o que está fora significa também olhar de frente o que está dentro o que sobra quando o desejo é frustrado o que emerge quando a relação termina o plano falha a imagem cai É nesse espaço nu que a sombra aparece e
ela não chega com suavidade Às vezes vem como raiva inveja tristeza profunda sentimentos que preferíamos não admitir mas é preciso coragem para atravessar esse túnel sem maquiar a experiência Jung dizia que não há iluminação sem enfrentar as trevas da alma é nessa travessia que a transformação acontece quando deixamos de Temer a sombra ela para de nos dominar por caminhos indiretos começamos a integrar essas partes esquecidas a carência o medo a fragilidade como aspectos legítimos do nosso ser não para nos rendermos a eles mas para deixarem de nos controlar pelas beiradas o desapego então de Dea
de ser apenas um gesto de soltar o outro e se torna um reencontro com o que fomos ensinados a rejeitar a sombra não é o que nos impede de viver é o que precisamos acolher para enfim viver por inteiro e só quem atravessa esse espaço interno com verdade pode experimentar a liberdade que não depende de nada além de si mesmo e como essa sombra se manifesta no lugar onde menos esperamos nos Laços que chamamos de amor é comum confundir amor com necessidade a linha que separa o desejo de estar com o outro e o medo
de ficar sem ele pode ser Sutil mas faz toda a diferença Jung dizia que o amor verdadeiro só começa quando a projeção termina Enquanto estamos presos ao que o outro representa não conseguimos vê-lo como ele é e muitas vezes nem a nós mesmos na fase inicial de uma relação é natural haver idealizações mas quando isso se sustenta por muito tempo vira prisão disfarçada de afeto projetamos no outro nossa salvação emocional nossa segurança até mesmo nosso sentido de identidade e sem perceber criamos uma dependência o outro deixa de ser uma pessoa vira um papel É nesse
ponto que o apego se instala não como carinho ou intimidade mas como um medo disfarçado de amor medo de perder medo de não ser suficiente medo de encarar o vazio que pode surgir na ausência é esse medo que gera ciúme controle ansiedade o outro precisa estar ali para que eu me sinta bem e se ele se afasta eu desmorono mas o amor que precisa prender não é amor é carência e a relação que precisa controlar não é vínculo é contrato de insegurança mútua quando soltamos essa amarras o que sobra muitas vezes a verdade gostamos do
outro sim mas também o usamos como escudo contra partes de nós que ainda não acolhemos desapegar Nesse contexto não é deixar de amar é começar a amar de um jeito mais limpo é permitir que o outro exista sem precisar ocupar um papel fixo na nossa estrutura emocional é gostar sem precisar possuir é se relacionar com a pessoa real e não com a projeção que criamos dela isso exige maturidade requer aceitar que o outro é livre que pode mudar que pode ir embora e ainda assim ser digno do nosso afeto exige também uma reestruturação interna em
vez de buscar no outro a completude encontramos dentro de nós a base para amar sem nos perder o amor não possessivo não é distante ou frio pelo contrário ele é mais presente não se alimenta de ansiedade é calmo mais profundo é quando o nós não apaga o eu é quando estar junto não significa desaparecer dentro do outro mas compartilhar a própria inteireza quando a projeção termina começa a relação verdadeira não perfeita mas possível um encontro entre duas consciências que não se anulam não se fundem mas se reconhecem e Justamente por isso se permitem amar com
liberdade Mas sustentar esse jogo de aparências e dependências tem um custo e ele se paga com a nossa energia Vital há um momento em que a tentativa de sustentar tudo simplesmente falha o personagem criado para dar conta de expectativas exigências e padrões começa a desmoronar a força que antes parecia vir do controle agora vira peso e o Cans que parecia apenas físico revela a sua verdadeira raiz o ego está exausto essa exaustão não é preguiça nem fraqueza é um grito silencioso do inconsciente uma pausa forçada como se algo dentro dissesse não dá mais para continuar
fingindo e é justamente aí que o self começa a se manifestar não com Euforia mas com a Estranha paz que vem quando algo termina Jung enxergava esse colapsos como pedidos de verdade quando a vida interna se desorganiza muitas vezes é porque está prestes a se reorganizar em outro nível o Burnout emocional tão comum hoje pode ser entendido não apenas como excesso de estímulo mas como excesso de personas papéis de mais expectativas de mais coerência de menos com o que realmente sentimos viver para sustentar uma imagem exige energia constante você precisa medir palavras emoções reações precisa
estar sempre no controle mas quando o corpo começa a falhar quando a mente trava quando a vontade some algo precisa ser olhado quem é você sem tudo isso nesse ponto o desapego surge como alternativa real não como fuga mas como liberação é quando você entende que não precisa mais forçar que não precisa mais se provar que po pode parar e ao parar não desaparece pelo contrário começa a aparecer de um jeito mais verdadeiro o ego resiste a isso ele teme que sem esforço tudo desabe mas a entrega não é desistência é um tipo de inteligência
psíquica é o reconhecimento de que há um limite e de que atravessá-lo com brutalidade só leva ao vazio Jung sabia que a psiquê quando ignorada cria sintomas mas quando escutada cria caminho o cansaço da Persona é um convite para respirar fora do personagem para se perguntar o que de fato ainda faz sentido e para admitir que às vezes antes de se Reinventar é preciso apenas descansar deixar cair o peso da performance E permitir que nesse espaço de pausa algo mais autêntico comece a emergir e quando a Persona desaba O que sobra é uma dor que
poucos falam o luto pelo que nunca fomos muito se fala do Desapego como libertação mas pouco se fala da dor que Ele carrega porque deixar ir também é um tipo de morte não física mas simbólica e às vezes igualmente intensa desapegar de uma ideia de uma relação de uma Projeção de futuro é fazer o luto daquilo que não se realizou e esse luto é real J compreendia o sofrimento não como um erro a ser eliminado mas como um processo essencial de transformação sem morte não há renascimento ele dizia e isso vale tanto para os ciclos
externos quanto para os internos quando algo precisa ir embora um plano que não vingou um amor que não ficou uma identidade que já não sustenta há um rompimento e todo rompimento mesmo o necessário dói desapegar Nesse contexto não é uma escolha fria e racional é um processo emocional profundo que muitas vezes nos arrasta para lugares de silêncio dúvida e vulnerabilidade existe um vazio que se abre quando Aquilo em que nos apoiávamos deixa de existir e por mais que esse vazio seja fértil no início ele assusta é comum nesse ponto surgirem sentimentos ambíguos alívio e tristeza
liberdade e solidão coragem e medo tudo isso faz parte do luto psíquico não só pela perda em si Mas pela queda da imagem que sustentá a ideia de como deveria ter sido o roteiro interno que criamos e que agora não se cumpre o ego sofre com isso ele quer respostas quer sentido quer saber por não deu certo mas o self opera em outra lógica mais circular menos linear às vezes aquilo que não se realiza é justamente o que nos empurra para dentro para rever valores para reconstruir fundamentos para parar de seguir um plano que não
era mais nosso embora ainda nos parecesse familiar Honrar esse luto é tão importante quanto soltá-lo porque só atravessando a dor sem negar sua existência é que podemos de fato sair transformados não se trata de se apegar ao sofrimento mas de não atropelá-lo o sofrimento quando vivido com consciência tem um tempo certo e é nesse tempo que algo amadurece desapegar então é também aprender a lidar com as perdas invisíveis aquelas que não deixam rastros concretos mas marcam profundamente a alma e é nessa cicatriz descreta que aos poucos uma nova vida começa a se insinuar não como
promessa mas como possibilidade quando o que nos amarrava finalmente se solta algo curioso acontece o mundo não acaba pelo contrário ele se reorganiza o silêncio que antes parecia ameaçador se torna fértil o vazio que antes dava medo se revela espaço e É nesse espaço que começam a brotar coisas que não poderiam nascer enquanto tudo estava ocupado demais com controle expectativa e ruído é como abrir uma janela depois de anos com tudo fechado a poeira dança na luz o ar muda No começo é estranho um tipo de incômodo calmo mas aos poucos a respiração volta e
junto dela a presença a mente deixa de correr atrás e começa enfim a escutar escutar o corpo o tempo os sinais sutis da vida imagine alguém que passou anos em um relacionamento onde já não havia troca real mas insistia por medo por apego por hábito quando essa pessoa finalmente solta não só o outro mas a ilusão de que aquilo ainda precisava continuar vem um baque silêncio vazio mas logo depois vem um espaço e nesse espaço ela volta a escrever a cozinhar sem obrigação a sentir vontade de sair sozinha de ouvir música no escuro de fazer
algo sem precisar mostrar para ninguém Isso é criatividade voltando não como tarefa mas como expressão Jung falava da energia psíquica que se recupera quando paramos de alimentar os mecanismos de Defesa do Ego tudo aquilo que antes era investido em manter uma Persona controlar o futuro ou resistir ao presente agora está disponível e essa energia precisa ir para algum lugar é aí que nasce a criação não só artística mas existencial criar não é apenas pintar um quadro ou escrever um poema é reorganizar a própria vida com presença é refazer a casa mudar um caminho escolher um
trabalho que respeite seu ritmo é transformar o sofrimento vivido em sabedoria prática criar é quando você para de reagir e começa a escolher com consciência e isso só acontece quando existe espaço esse espaço também é onde a intuição ganha voz antes abafada pelo barulho das expectativas e da ansiedade Agora ela fala mais claro você começa a perceber conexões onde antes só havia problema uma ideia aparece no banho uma resposta surge sem esforço depois de dias tentando forçar você para de pensar para encontrar e começa a sentir para perceber o tempo também o dia não parece
mais um campo de batalha você desacelera não por lentidão mas por alinhamento as decisões ficam mais leves porque você não está mais tentando provar nada e curiosamente as coisas que antes pareciam inalcançáveis começam a chegar até você não por mágica Mas porque você saiu do caminho pense num artista bloqueado alguém que se cobra tanto por produzir algo genial que não não consegue mais criar nada até que um dia exausto ele larga deixa o projeto de lado se permite descansar vai caminhar viaja sem agenda e ali no Meio do Nada uma nova ideia surge espontânea Viva
sem pressão isso é o poder do Desapego quando você solta o que é verdadeiro volta ou finalmente tem espaço para nascer esse estado de criação livre de com o self é o oposto Da Lógica do Ego o ego quer controle garantias performance o selfie quer expressão verdade sintonia quando o ego sai do centro o selfie assume com leveza ele não exige ele guia ele mostra caminhos mas não obriga ele se manifesta através do que você sente prazer em fazer mesmo que ninguém veja mesmo que não dê resultado Esse é o ponto onde o desapego mostra
sua face mais bonita ele não é só perda ele é transição é uma ponte entre o que foi e o que ainda pode ser entre quem você era quando precisava provar algo e quem você é quando só precisa estar presente ele te devolve a si mesmo sem os excessos sem os ruídos sem os pesos que não são mais seus o espaço que se abre depois do soltar não é um vazio a ser temido é um terreno fértil À Espera da sua presença real nele a vida não grita ela sussurra e você mais atento mais limpo
por dentro começa a escutar no fim tudo se resume a um gesto silencioso abrir a mão soltar o controle as imagens os medos as histórias repetidas não por cansaço embora o cansaço às vezes seja o início mas por clareza por que chega um momento em que o esforço de segurar começa a custar mais do que a própria perda o apego por mais familiar que pareça não é amor ele nasce do medo da carência da tentativa de manter vivo algo que talvez já tenha cumprido seu papel amar é deixar o outro existir deixar a experiência acontecer
deixar a vida fluir mesmo quando ela não se encaixa nas nossas expectativas o controle por sua vez não é sinal de força é só uma forma mais sofisticada de resistência é o ego tentando convencer a realidade a se dobrar aos seus desejos mas viver so essa lógica é se manter preso em tensão constante em guerra com o presente e nenhuma alma aguenta isso por muito tempo Jung nos lembra que a cura não acontece quando forçamos uma mudança mas quando aceitamos o que é quando paramos de brigar com a vida e começamos a ouvir quando deixamos
de perseguir aquilo que deveria ser e olhamos com verdade para o que já é a aceitação não é resignação é abertura é a porta por onde a transformação real entra então talvez a pergunta mais importante Agora seja o que você ainda está segurando que imagem que história que pessoa que expectativa ainda ocupa espaço dentro de você e impede que o novo chegue o que se você soltasse poderia finalmente respirar soltar é um risco mas segurar também é e muitas vezes o risco de continuar preso é maior do que o medo de mudar porque não estamos
aqui para representar papéis estamos aqui para viver e viver de verdade exige Coragem coragem de se despir das camadas que não servem mais coragem de se aproximar do que é essencial coragem de Se permitir ser a vida começa quando a ilusão de controle termina e É nesse ponto quase sempre quieto e íntimo que voltamos a nós não como ideal mas como presença e a partir daí tudo o que realmente importa encontra seu caminho se esse conteúdo fez sentido para você aproveita e se inscreve no canal ativa as notificações para continuar recebendo reflexões como essa sobre
desapego consciência autoconhecimento e a psicologia profunda deung aplicada à vida real e se você ficou até aqui Comenta aí embaixo eu solto o que não me pertence mais assim eu sei que você caminhou comigo até o fim e que de alguma forma esse vídeo também te tocou Nos vemos no próximo vídeo