SONO, SONHOS E O FLUXO DO DESEJO | Mario Eduardo Costa

poucas coisas interpelam mais uma pessoa em particular ea cultura do que o sono insônia no nosso mundo de hoje se nós considerarmos as estatísticas pelo menos um terço da população em algum momento desse ano vai ter problemas graves de sono nesse período minha gente se pergunta isso é apenas a expressão de um grande a erro no projeto da natureza e da seleção natural será que a insônia é um sintoma não apenas de maus pai está de uma pessoa mas um sintoma de como é que funciona o nosso mundo a nossa relação com o mal está

na nossa civilização [Música] dormir é claro uma necessidade natural nenhum homem pode sobreviver sem o repouso sem se refazer fisicamente neurologicamente com o período que de repouso que o sono proporciona mas o sono é muito mais do que isso o sono é uma relação do sujeito com dimensões que tem a ver com a paz e confiança com a entrega com a segurança com esperança um poder se a abandonar um pouco da vigilância constante que ele tem que ter por si mesmo pela sua imagem a um outro tipo de experiência que em si mesmo é um

prazer nesse mesmo uma fruição de uma certa modalidade a agradável de estar no mundo desconectado das coisas entregue ao embalo do próprio repousar e das experiências que isso pode nos proporcionar no curso do sol o sono tem uma marca amorosa erótica que se emprega em nós desde os primeiros momentos por uma criança por um bebê humano o seu dormir o seu sonhar não é apenas uma experiência neurofisiológico é algo que é profundamente preparado já na cabeça dos pais da cultura tenha roupinhas do bebê tem o seu bercinho tem os braços da mãe tem o acalanto

tem a voz da mãe tem um ambiente que vai ser preparado para aquele bebê possa se entregar possa ser embalados e esse embalo deve transmitir para ele algumas coisas essa experiência de que está tudo bem existe uma continuidade que é um continuidade gostosa como uma continuidade que vale a pena ser usufruída tem algo de uma realização emocional podendo ter que entregar se ao sono ea nossa cultura prepara isso cuidadosamente quais são as condições para que alguém possa se entregar esse momento dele desfrutar ao mesmo tempo o som é o período em que aparecem as grandes

fraturas da vida do sujeito é perturbado no seu sono está num chato quando está depoimento com ele não tem certeza de que ele pode relaxar que ele pode se entregar ele pode se dá não apenas os braços da mãe mas os braços da existência de que está tudo bem ele tem medo dos sonhos que o descanso do sono nos reserva que é daquela parte de si mesma permanecia repousada abafada do ao longo do dia e que com o repouso ela pode voltar à tona ou seja a experiência do dormir tem também a dimensão para cada

sujeito das de uma hora da verdade uma hora da verdade de qual é a sua relação com a vida com os outros com a confiança mais de uma hora da verdade em relação a si mesmo se lembra que o hamlet no seu célebre monólogo cedo não sei lhe dizer assim aqui instalar com faca na mão ele sim eu posso agora encontrar na paz desse mundo roso na ponta nessa área basta gravar lá no meu peito ser ou não ser eis a questão morrer sonha morrer dormir e sonhar talvez mas é aí que bate ponto que

sonhos nos esperam no som da morte ainda assim é justamente o quais são os sonhos que estamos aguardando então a perturbação do sono ela não é um sintoma apenas de uma disfunção fisiológica claro que isso não existissem as bases fisiológicas do sono das suas perturbações mas ela também uma espécie de lente de aumento das relações do sujeito consigo mesmo da sua sintonia com o próprio desejo da sua sintonia com o seu corpo a sua história da sua inserção no mundo mas também é uma expressão de como é que se dá na sociedade como é que

se dá na cultura uma cultura de um terço do seu dos seus participantes têm o sono profundamente perturbado deve se interrogar sobre o que está acontecendo com ela o que é mesmo está perturbando o sono dessa cultura e tudo que vai junto na experiência de poder se entregar disse abandonado poder usufruir sem tantas vigilância hoje só não vira uma espécie de tecnologia na concorrência do mercado na concorrência cotidiana capitalista seu dormir demais eu durma no ponto e não posso perder o ponto mas eu do mundo - não tenha performance o suficiente então eu tenho que

dormir um modo correto de horas que não seja nem demais que eu perca a concorrência nem de menos que não conseguia comboio então nós temos remédios e tratamento tanto para fazer o sujeito durmir mais comprador - esses dois mercados floresta e simultaneamente o que nos faz interpelar o mundo à nossa cultura nossa sociedade o que acontece com essa sociedade que o som virou apenas uma espécie de uma commodity que nos permite continuar a 1 dentro da nossa do nosso funcionamento banal cotidiano e não mais uma experiência erótica que dá sentido à própria existência uma última

coisa que eu gostaria de falar ainda a respeito do sono é que o sono tem a ver com a nossa experiência da noite nossa experiência da escuridão é claro nas sociedades contemporâneas né nós temos lá os bancos 24 horas na os o serviço funciona 17 seu set a os funcionamentos interruptos sanaa a cidade que nunca dorme isso faz parte um pouco da nossa concepção do que é um moderno que é o contemporâneo que é o tecnológico mas isso nos afasta um pouco dessa a de toda a dimensão poética da noite a nossa relação com o

escurecer com a sombra com o escuro não apenas com isso que a nossa paixão contemporânea com o visível com o palpável como um dano com o chão nas com os fantasmas com silêncio com o outro mundo como uma possível transferência a experiência de sono pode nos permitir se ela puder acontecer enquanto tal um tipo de transferência possível nessa nossa pequena existência é isso que dizia então o o próspero nó no céu tempestade na hora que revela aqui final das contas castelos esses cavalos essas glórias essas lutas todas isso irá a pular na nossa pequena existência

terminamos o o sonho da nossa pequena existência termina no sono somos feitos da matéria de que são feitos os sonhos ora qual é o contato que possível hoje o qual é a concepção que eles têm hoje dos homo e do sonho que permitam essa transcendência no escuro e essa emergência da matéria prima de que somos feitos gostou desse vídeo então aproveite porque tem muita coisa boa esperando aqui inscreva se [Música]