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Video Transcript:
Olá sejam todos muito bem-vindos e todas muito bem-vindas ao podcast Brasil educação Este é o episódio 34 hoje nós vamos falar sobre o letramento digital use do uso crítico desses meios digitais eu sou Tatiana Pita mestre em educação pedagoga consultora Educacional e professora da casa educação é sempre muito bom estar aqui com vocês ainda mais para falar sobre um assunto tão importante que é o letramento digital Não deixe de seguir a gente no YouTube no Spotify na Apple e nas demais plataformas vamos começar do mesmo modo que aprendemos as regras de como conviver em um mundo real agora se faz necessário aprendermos a viver no mundo digital desenvolvendo competências e habilidades voltadas para o mundo em constante transformação que espera pessoas com olhar inovador e criativo aprender a aprender torna-se obrigatório para os nativos e os imigrantes digitais a base Nacional como um curricular quando apresenta as 10 competências Gerais que devem ser desenvolvidas ao longo da formação escolar se refere ao trabalho com tecnologia como a ação para que os estudantes possam compreender utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de uma forma crítica significativa reflexiva e ética nas diversas práticas sociais incluindo as escolares para se comunicar acessar e disseminar informações produzir conhecimentos e resolver problemas exercendo um protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva percebe-se Então como descrito aqui na bncc que nos cabe a não nos cabe apenas levar tecnologia para sala de aula como um recurso apenas para aproximar a aula da realidade mas sim como uma ferramenta capaz de levar a um lugar de aprender parte de projetos caminho de construção de processos e comportamento Consciente e ético tecnologia é linguagem presente em todas as áreas do conhecimento por isso nos transforma para ampliar o nosso olhar sobre esse tema hoje nós vamos conversar com dois especialistas em educação midiática e colunistas também aqui da revista educação o Alexandre sayad e a Tatiana Mendes que é coordenadora da tecnologias educacionais na escola Lourenço Castanho em São Paulo a Tati foi responsável por programas de fomento a cultura digital para educação profissional do Senac no Rio e no Centro Paula Souza aqui em São Paulo nós vamos começar o nosso próprio primeiro com Alexandre saiades Alexandre seja bem-vindo se junte a nós Oi obrigado Tatiana pelo convite é um prazer estar aqui nós que agradecemos o Alexandre até o meio deste ano era co-diretor da Unesco New Alliance o braço da organização sobre educação midiática Alexandre vamos começar a bater esse papo tão importante conta para gente aqui que iniciativas presentes lá nas escolas fora do país sobre esse tema você pode apresentar para nós como inspiração Então tatia nesse tema é muito amplo né É difícil você falar a gente tá falando de um guarda-chuva assim não só conceitual mas de prática muito Ampla difícil eu acho que assim o tema da Live é mais uma abordagem assim muito Geral do que é propriamente uma prática né porque práticas tem muitas né práticas podem começar na sala de aula podem ir para comunidade podem ter olhares diversos sobre o tema quer dizer a gente tá falando de de letramento digital aqui letramento impõe sempre um olhar ético sobre a o uso né e requer da gente um olhar para entender a tecnologia como linguagem acho que esse aspecto É bem interessante que você falou no início e não como ferramenta Eu particularmente abolir a palavra ferramenta quando eu vou falar de tecnologia porque a gente Comparar as tecnologias como martelo e com outras ferramentas sendo que elas são uma maneira de olhar o mundo né o digital é uma maneira de olhar o mundo é uma mediação Nossa para com o mundo né e mais recentemente para além do digital Você tem interesse artificial que não necessariamente todo meio digital tem Inteligência Artificial né mas é inglês especial é uma outra abordagem aí é bom falando de práticas ao redor do mundo eu acho que é mais fácil assim para não ficar uma coisa muito Ampla a gente pensar onde as políticas públicas de educação mediática e de que abordam essa questão do uso ético da análise da crítica ao uso dos meios digitais mas tá presente nas políticas mesmo em políticas públicas no mundo aí acho que a gente consegue recortar mais esse tema né então chamaria atenção para alguns países Então vamos começar pelo Pioneiro né o primeiro país que de fato colocou na sua legislação Nacional critérios de uso ético e educação midiática com relação a uma internet que ainda tava muito incipiente mas que gera muito utilizada que é o Canadá né o Canadá o primeiro país do mundo que que tem na sua legislação algo desse tipo mas veja tô falando desse olhar da ética da educação mediativa né não simplesmente do uso de tecnologia nada disso agora ele começou isso porque ele utilizou muita tecnologia justamente para conseguir uma universalização e qualidade de ensino porque é um país que tem áreas muito inóspitas né então assim que a internet começou a se desenvolver ele começou a utilizar a rede para chegar sobretudo no norte do país que é perto do Alasca do Círculo Polar Ártico da Groenlândia que é um que é um bloco de gelo e tem Muitas comunidades indígenas isoladas e que precisam aprender então ele foi Pioneiro em pensar na internet precioso aí mistura um pouco com essa questão do acesso né que a gente viveu na pandemia que a gente vive até hoje em alguns lugares do Brasil como as comunidades ribeirinhas da Amazônia entre outros lugares que são mais isolados né então o Canadá é um exemplo é um pioneiro agora a gente tem outras experiências no mundo para pegar países mais próximos de nós assim que são muito interessantes né Vocês percebem que todas as pesquisas que englobam a América Latina elas está com o papel do Uruguai né Uruguai é um país muito pequenininho aqui ao sul do Brasil é que por ser pequeno a gente evita fazer comparação de política pública mas é um país se conectou muito rápido a Internet teve um plano sespal chamado e foi um plano de ética e conexão Pioneiro na América Latina então ele foi o primeiro país da América Latina inteiro a considerar que a gente ia viver no mundo onde a gente ia estar conectado E a gente ia ter que lidar com isso com uma nova mediação então Uruguai é um caso interessante tanto é que as pesquisas da Unesco e de outros órgãos durante a pandemia colocam Os estudantes do Uruguai como os que mais aprenderam durante a pandemia não só por conta das habilidades digitais deles mas porque você tinha tudo uma estrutura de apoio incluindo a família dos professores bem informados para lidar com aquela realidade de ser de ter que aprender isolado em casa né Então pegando a América Latina podemos chamar a atenção do Uruguai agora por exemplo se você pega pega a África né Se você pegar Marrocos por exemplo Marrocos tem uma uma conexão é com a educação para o audiovisual muito grande então eles tem um departamento dentro do governo marroquino que cuida da educação audiovisual né que é a leitura das imagens né alfabetização para as imagens que tá um pouco dentro desse letramento se a gente for considerar nesse conceito Mais amplo né a Nigéria na África surpreendentemente nas últimas eleições presidenciais que aconteceram no fim do ano passado desenvolveram todo um sistema que envolveu o governo de combate a desinformação que ficou exemplar e que passa também a gente tá falando de uso tecnologia a gente tá falando de integridade da informação também né esse sistema se cruzam né Então tá lá agora na Europa tem muitos exemplos na França desde o celestância com departamento no governo da França chamado clemir que olha para o consumo de mídias pelas crianças e jovens e estimula a leitura de jornais e de mídias de fontes confiáveis pelas famílias antes de entrar na escola e para pegar um exemplo também para não ficar citando só os nórdicos que a gente sempre cita Finlândia etc eu vou pegar Estônia também na Europa que é um exemplo de desenvolvimento que era um país que em 2003 era o país menos desenvolvido da Europa em termos de rede de acesso à internet eles tinham acho que 30% dos usuários do país na internet de 2003 ou 4 em 20 anos eles desenvolveram a tecnologias entre elas Muitas delas ligadas ao blockchain que é uma espécie de uma verificação descentralizada de informação e outras para criar transparência nos níveis de governo Skype por exemplo que depois foi adquirido pela Microsoft foi criado lá foi nos primeiros softwares de comunicação e colocaram como um dos seis eixos da escola a educação mediática então em 20 anos o país virou uma potência europeia pelo investimento nessa área e sobretudo uma recorrência digamos assim na educação eu pegando esses exemplos e assim para pegar na asa só para não deixar a asa de fora eu só eu só citaria o exemplo talvez aí sei lá dá para pegar a Coreia do Sul que teve um bom educativo recente que todos nós acompanhamos né de 20 anos aí de investimento forte em educação na Coreia numa outra educação uma educação um pouco hierarquizada dura mas que também seguiu com o desenvolvimento tecnológico muito grande né quarente deixou de ser um gatinho para ser um tigre asiático começou a fabricar tecnologia é isso sempre esses movimentos de desenvolvimento Nacional eles refletem base que essas crianças são acompanhar isso né e os jovens e como você vê a nossa agora vem da nossa trajetória e como nós como você vê o nosso caminhar Brasil dentro dessa temática educação mediática Olha é nosso caminhar é antigo não é então a gente tem práticas que começam lá atrás como todas as práticas que mais ou menos de educação mediática começam nos anos 30 do século retrasado né do século 20 ah perdão nos 30 do século passado século 20 algumas ligadas a fotografia você pode puxar o século retratado Mas a gente pode colocar como referência o rádio o rádio começa a desenvolver a educação mediática no mundo e a gente já no Brasil tem práticas é interessante mas é a gente ganha força com os movimentos eclesiais de base na década de 50 da Igreja Católica que começa a estimular as crianças jovens a produzir em comunicação né agora a gente não pode esquecer toda a nossa tradição de cultura popular por exemplo cordel no nordeste o quanto essas tradições populares estão ligadas à leitura das mídias né não digitais tradicionais então o Brasil tem um esse país diversos como a gente sabe E não deixa não é diferente nesse caso o que acontece eu editei um livro do Fernando Rossetti em 2003 que fazia um Panorama sobre esse um livro para o Unicef que ele escreveu eu só eu só editei Na verdade o livro tá disponível na Biblioteca digital do incef de graça chama mídias educação perspectivas para políticas públicas nesse livro ou seja há 20 anos o diagnóstico era tem muita experiência espalhada mas tem pouca política pública Esse era o diagnóstico espalhado a gente chamava naquela época de educação pela comunicação e de é do comunicação eram os dois nomes usados né com a questão da desinformação como um fenômeno desenvolvimento da internet da Inteligência Artificial a democratização de certa maneira um pouco mais democrático acesso a internet essa questão ficou mais grave Com o tempo ela ficou mais grave ela ganhou outros contornos a gente tem um próprio tema educação mediática que você usou que surge com mais força recentemente que é o termo é uma tradução livre de uma corrente Europeia o que eu sinto que eu percebo é que as políticas estão se organizando hoje a gente tem um departamento de Educação mediática na second do ministério da cultura um departamento que tem sete meses de idade mas nas políticas locais por exemplo pegar a cidade de São Paulo o Edu Conrado onde as escolas municipais desenvolvem projetos para rádio com os estudantes em Mato Grosso você tem um projeto Estadual também ligada à produção de rádio jornal então melhoraram as políticas públicas a gente está muito longe ainda desse tema ser uma prioridade tanto o combate a desinformação quanto o uso ético das mídias digitais ser um uma realidade na nossa população Entretanto a gente não se cansa então tem muita gente criando coisas tem muito projeto Pequeno nascendo qualquer cidade do Brasil que você for tem projetos de educação medievais outros mais ou menos outros excelentes cada qual com seu olhar e com a sua característica de ter nascido daquela maneira uma pergunta um pouco polêmica falando sobre letramento digital e sobre até citando todos os países recentemente nós fica até por questões de muitas notícias que apareceram por aí muitas famílias se questionaram inclusive sobre então que se faz na escola sobre o uso de recurso de da tecnologia a favor da educação o que que você acha desses países como a Finlândia Holanda é Itália que acabam querendo Proibir a presença do celular dentro da escola e aí como toda essa todo esse trabalho pode ser feito bom ou ruim eu nunca gosto dessa ideia De bem ou mal né certo errado eu acho que é o que beber muito estamos discutindo é muito dispensar a ética e o uso né mas como é que você vê então Tatiana eu eu vejo ainda sem uma resposta certa acho que a gente tá numa fase de experimentação A gente tem que tem que entender que o que esses países estão fazendo é também experimentar a gente tem que lembrar que há dez anos existia uma máxima chamava Be Wild que é by od que é um acrônimo para bringround vai se ou seja traga o seu próprio aparelho para escola né muitos desses países estão proibindo agora se engajaram para as crianças usarem o seu celulares para aprender na sala de aula e agora ela está voltando atrás então é uma experimentação o que tá em jogo e eu não tiro a razão é que não celular não é feito para criança isso para mim tá mais que claro criança não tem que ter celular e aí eu tô começa a falar isso posso levantar 50 pesquisas médicas e psicanalíticas educativas aqui mas falando de adolescente eu acho que é isso você começa a relacionar a questão do celular como a questão da linguagem expressão dele quer dizer o digital de forma geral Então você começa a ter um outro papel o celular disputa atenção a gente está tratando aqui da tal da economia da atenção que é um termo criado lá na década de 70 e que de maneira geral diz que a gente não tem disponibilidade de atenção para toda a oferta que a gente recebe isso foi falado na década de 70 imagina oferta de hoje ou seja o celular traga né as pessoas draga a atenção das pessoas traga socialização das pessoas né o meu pensamento só é o seguinte eu sou contra neste momento Proibir a entrada na escola do aparelho celular eu acho que o uso na sala de aula depende da intencionalidade pedagógica e de cada professor e de cada disciplina muitas vezes um chefe GPT por exemplo ele pode ter um caráter interessante de pesquisa organização e até checagem de informação por exemplo busca digital você não treina pesquisa digital sem ter uma parede né mas o aparelho te traga você pode usar outro agora no ambiente escolar eu sou contra proibição neste momento não tô dizendo como a verdade eu sou contra porque eu acho que quando a escola faz isso ela se priva ou ela se reserva o direito de ela admite que ela que ela é Ela faliu Nesse quesito ela fala assim olha eu não consigo Educar para o celular então eu proíbo porque no fundo é uma questão social se a criança tem primeiro porque a família permitiu né Começa por aí então tem uma questão familiar que vem antes da escola e se a escola tá proibindo o uso lá eu até entendo que tem uma finalidade Nobre de falar permitir a socialização mas eu entendo também é que é quase que um atestado de incompetência você fala Olha aqui eu não consigo Educar para isso é um papel da escola também Educar para os ambientes sociais não só dentro da sala de aula né e eu acho que tem limites mas começa com a família agora a solução ideal para mim hoje é o que a gente tem feito na Lourenço Castanho e a Tatiana pode falar melhor isso depois é discutir com a comunidade debater com a comunidade eu acho que como não existe certo ou errado esse é um assunto que é quente e é para ser discutido nesse momento né então tô separando agora um pouco opinião institucional da minha pessoal né muitas escolas Americanas muitos distritos de cidades Americanas porque lá decisão acaba sendo distrital proibiram mas assim de uma forma bem top de uma forma que a gente no Brasil tá pouco acostumado com proibição que é uma coisa assim um pouco ditatorial mesmo sem muito debate proibiu acabou agora eu convido todo mundo a pensar o que que a educação formal a escola fez com a televisão na década de 80 que foi exatamente o mesmo né em termos de leitura crítico foi proibir foi dizer que era um lixo cultural como a escola de fonia e deixa ela todo mundo mas deve todo mundo chegava em casa ligava TV e via novela do mesmo jeito e como consequência você tem uma geração de pessoas a crítica ou seja foi pouco efetivo Proibir a televisão né o demonizar a televisão né é uma outra mediação etc mas eu acho que não precisa pensar com cuidado nisso eu acho que é isso mesmo é diálogo sempre essa ideia Sempre de bem ou mal não cabe por fim Alexandre nos conte você lançou nosso recentemente perdão um livro Inteligência Artificial e o pensamento crítico caminhos para educação midiática foi publicado pelo Instituto palavra aberta como é que que recado você deixa aqui para fechar nosso papo que tá bom demais como é que a gente pode exercitar esse pensamento crítico com os estudantes desse do Ensino Fundamental né Desse início de formação não tá ótimo mesmo tá muito bom mesmo falar eu continuaria falando com você muito tempo aqui Não esse é um pedaço de um mestrado que eu fiz no ti de São Paulo eu peguei um quinto desse mestrado e fiz um livro muito simples é que explica o que é inteligência artificial os impactos éticos que ela causa e o Que Ela implica no desenvolvimento pensamento crítico E aí eu termino o livro apresentando algum modelos de currículo que já inclui vamos dizer assim uma uma literacia uma alfabetização para ir a que eu nem concordo muito com esse termo mas é um pouco um termo que está correndo aí é um livro que pode ser baixado de graça né no site do Palavra aberta ou eu tô lançando em diversas ocasiões Sábado eu vou estar agora na no clock no Congresso de práticas educacionais lançando com a Lúcia Santa ela que fez o pós-passo com a Dora Kaufmann que fez o prefácio e com a Patrícia Blanco que editou e fez a carta de texto introdutório né O que a grande novidade tópico do livro é a mediação entre nós e o mundo mudou ela não é mais uma tela só ela tem uma coisa que a gente não vê nessa tela que tá acoplado em todas as telas ele na verdade são números chamado algoritmo de Inteligência Artificial e essa mediação ela difere da televisão do rádio do jornal até na internet pré algoritmo e ela é capaz de causar outras implicações nessa audiência que são os estudantes né então é esse a tônica do livro né Eu acho que quem quiser se aprofundar Vale a pena baixar de graça ele ficou com 150 páginas no formato bem legal de ler e bem eu simplifiquei muito tirei daquele na linguagem acadêmica hermética e trouxe uma linguagem mais mais popular Então acho que para quem quer entender o básico entender Por que que é a limita o nosso olhar do mundo Apesar dela ser maravilhosa para muitas coisas aliás para 80% das coisas ela é ótima Porque quem tem que ficar atento na ética nos 20% dos impactos éticos dela sobretudo na educação a presencial é importante nesse momento né que isso ferve nem nas escolas para continuar nosso papo ampliar nosso olhar aqui eu vou chamar mais uma pessoa para nossa roda Minha xará que a Tatiana Mendes para compor a nossa o nosso bate-papo aqui junto com Alexandre comigo Tati seja bem-vinda Obrigada boa noite Tati Tati de Tati muito a Tati Como eu disse anteriormente né ela ela está como coordenadora de tecnologias educacionais na escola Lourenço Castanho aqui em São Paulo e juntamente com o Alexandre ele lá é consultor do grupo átimo educação né que faz que o colégio Lourenço Castanho faz parte e eles estão desenvolvendo aí um excelente trabalho sobre o assunto então tá aqui nos conte por favor sobre as metodologias que lá vocês adotam como aprendizagem baseada em projetos o que que é isso o que que isso traz tanto de benefícios para os estudantes para compartilhar essa prática interessante com quem aqui está presente acho que hoje eu não consigo falar ter orgulho né da minha prática e ter orgulho de ser professora se eu não falar de aprendizagem baseada em projetos do projeto uma metodologia muito interessante para gente mobilizar fomentar nos estudos esse olhar mais crítico O entorno para a gente dar voz para os estudantes e para a gente capacitá-los no sentido de empoderar-los para propor para ver os problemas e pensar soluções é bem desafiador é muito criativa é muito crítico demanda mas é muito interessante eu acho que trabalhar com metodologia com projetos é algo que todo educador toda escola né deveria abraçar aí com muito esmero eu coordeno a área Maker da escola também uma área aqui na verdade toda a escola sempre foi médica né não gosto muito desse termo Mas enfim mas a gente valoriza nessa abordagem aprendizagem ativa né que que a gente faz com esses conceitos todos né esses conhecimentos todos da matemática da física da ciências e a gente propõe os estudantes essa leitura do entorno da sua caminhada da sua casa até a escola que que você pode observar né Você viu alguma coisa que te atraiu na sua viagem no final de semana é durante as férias você observou alguma coisa que algum problema Você pensou em alguma solução então a gente traz sempre suas reflexões do cotidiano para dentro da sala de aula de uma forma muito interativa conectando ao saberes existentes dos Estudantes fomentando um novo novas aprendizagens e temos obtido resultados muito satisfatórios suspeita para dizer trouxemos também meio que desenhamos no metodologia meio própria né trouxemos agenda 20:30 para escola com muita força já faz um certo tempo o Alê nos ajudou aí nessa missão de aprofundar e melhorou muito a leitura do do a visão essa leitura de mundo dos Estudantes né às vezes os estudantes passam vivem realidades diferentes né então por meio da aprendizagem por projetos você consegue trazer os mundos para dentro da escola você consegue descobrir os mundos você consegue pensar juntos né e trazer essa reflexão mais ativa por meio da prática recentemente nós tivemos o prazer aí de termos quatro projetos de estudantes de grupo de estudantes 11 estudantes na verdade que irão apresentar seus projetos agora da Universidade de Columbia são todos projetos frutos de leitura de Mundo mobilizado por meio das práticas de aprendizagem por projetos um deles é o problema vivenciado na no litoral de São Paulo nas praias sobre tudo em que presenciamos infelizmente deslizamentos um dos Estudantes estava no momento que aconteceu toda aquela tragédia e ele veio muito tocado para escola né e fazendo essa leitura de mundo esse momento de reflexão e trouxe das aulas nakers né como que a gente pode resolver eu gostaria muito de pensar uma solução a respeito desse problema a gente pode fazer para evitar tudo isso e não tem nada mais prazeroso como você ou né da boca do Estudante essa preocupação né essa vontade de entender na realidade e fomos fazendo ampliando as pesquisas fazendo ali uma curadoria de possibilidades e chegamos a uma solução aí fazendo o uso da programação letramento digital e depois trabalhando o aspecto do Design da solução e foi muito importante é uma experiência que me tocou muito né e a gente vê como que é importante o letramento digital para escola para fomentar o empoderamento eu acho que aqui ele não falei ferramentas porque também não já essa palavra tá superada a gente entende como recursos necessários a gente precisa empoderar Os estudantes e estimular-los a intervir na realidade a sua maneira né bateu aproveitando até essa sua colocação para que as pessoas e acho que essa mudança de comportamento que o Alexandre traz é importante é acho que os dois podem aqui falar um pouquinho como é que a tecnologia ela ela existe na escola sem ter essa ideia como bem o Alexandre colocou anteriormente é uma ferramenta do dia tal na hora tal mas ela existe na escola ela ela parte faz parte de ações conta um pouquinho para a gente até para que as pessoas possam experimenteira a sua experiência se inspirar para suas escolas e como que é isso em cada em cada segmento nós começamos a tecnologia ela é um dos eixos né da escola Desculpa se a escola tá inserida o mundo e o mundo tá na escola não que não existe como a gente fazer uso desses recursos ignorar esses recursos para se comunicar né para aprender novamente então desde a educação a gente faz da educação infantil A gente faz um trabalho bem significativo com as crianças mas tomando cuidado para que as experiências cotidianas das trocas né efetivas De Criança para Criança não sejam insufocadas pelas ferramentas agora eu falei para mim pelos Recursos digitais porque a criança por escola já é muito criativa então a gente a gente a gente tem um currículo progressivo nesse aspecto a partir dos anos iniciais do primeiro ao quinto ano a gente introduz o letramento digital trazendo reflexões a respeito da importância de se comunicar o que que é um e-mail como estrutura um texto que que é um editor de texto que que é um editor Como que eu posso melhorar aqui uma imagem que eu desenhei no manual e introduzir isso no digital Quais são os ganhos né Se eu for é um estudo de campo quando Como que eu posso fazer um registro por meio do meu tablet já nos anos iniciais a gente adotam os tablets com os estudantes mas sempre com experiência significativas então Mais do Mesmo reproduziu o que eu faço em casa na escola para a gente não é enriquecedor então sempre é um plus sempre é um a mais e a gente pensa isso estrutura isso né por meio dos planos de aula nós temos momentos específicos Em que em que essas aprendizagens são proporcionadas são mobilizadas né com mais especificidades que são as aulas que nós temos de letramento digital uma vez por semana nos anos finais Os estudantes já olham no entorno E já consegue trazer para sala de aula é ferramentas novamente falei ferramentas recursos mais robustos ligados às tecnologias então aí eu quero eu quero fazer uma campanha a respeito da composteira no na minha casa no meu bairro no meu condomínio qual recurso que eu posso utilizar né O que é mais adequado para eu obter êxito no meu propósito Então os estudantes Os estudantes do sétimo dos anos acabaram de produzir sites né porque a estrutura do site que o site me possibilita então o digital na escola ele ele está embricado as práticas do cotidiano mas com um propósito sempre de levar aprendizagem e o protagonismo do Estudante porque digital pelo digital ferramenta pela pela ferramenta a gente já viu que a gente acaba caindo nesse mundo que a gente está vencendo nesse momento né é mais fácil Proibir a Educar os estudantes estão envolvidos muito pelo que vocês contam pelos projetos que a gente tem acesso esse menino chegar aí da sua de uma situação que foi ruim para ele mas que que o Move para criar uma solução mas há duas dois grupos na comunidade escolar que talvez a gente precise que são Imigrantes digitais e que precisaram de um cuidados especial eu acredito e que sempre a preocupação aqui de quem nos ouve né quem também está na escola como foi como é preparar famílias e professores para este novo olhar esse trabalho com projetos essa tecnologia é como recurso presente aí no cotidiano que experiências vocês podem compartilhar com relação a famílias e docentes Eu acho que posso falar dos professores valer também é acho que Tati não existe né Isso não é apertar um botão é ardo exige inflamação né então eu concordo com a lei a gente vive meio que um fracasso no mundo a respeito disso tudo porque nós estamos aqui conversando as tecnologias estão se desenvolvendo né não tem como a gente fugir né Talvez esse momento seja um momento de pausa né E essa pausa aí no sentido bem e bem Tem que investir informação então a escola tem que ter um compromisso de levantar a bandeira da formação continuada o professor não é não sabe tudo e nunca vai saber até por conta dessa dessa Constância do desenvolvimento tecnológico Então você precisa ter pessoas que apoiam você precisa ter uma equipe né minimamente aí que de suporte aos seus professores é da mesma forma com as famílias é manter o diálogo constante porque cada família recebe é de uma forma o uso das tecnologias né então tem famílias que tem limites Claros tem famílias que não é que é controle parental né não é só o celular é para criança vai dar enfim não existe uma curadoria de tempo uma curadoria de de conteúdo são assimilaridades e a escola é como que ela lida com isso é por meio do Diálogo né são as rodas de conversa são os olhares são as escutas né ali Acho que ele tem feito um trabalho muito intenso muito valoroso na comunidade escolar isso nós temos muitos frutos positivos da sociedade Qual o papel que as tecnologias que as tecnologias todas ocupam no nosso cotidiano Qual o papel da escola né quem é meu professor é qual é o Cabedal que ele precisa ter a respeito disso né o que diz a literatura O que diz as pesquisas nós vamos construir conta pontos Ninguém é dono da verdade nesse momento né somos todos aprendizes é um momento único né E que precisamos avançar juntos o sentido dessa isso mesmo diálogo né Sempre Alexandre Se você pudesse se tivesse deixado um recado para as escolas melhorarem a presença da tecnologia no seu cotidiano que sugestões ou que dicas ou que olhares Pontos importantes para reflexão você acha que deixaria aqui para nós que quer interessante ter aí no checklist de desse trabalho eu acho que a gente tem desafios muito diversos também você pegar uma cidade como São Paulo São desafios muito diversos né Depende da comunidade que você está inserida do recorte dos alunos né É A grande questão da educação brasileira hoje é Equidade e quando a gente fala de Equidade a gente também tá falando de Equidade em relação ao chamado chamado brecha tecnológica né ou o GAP tecnológico né Então o que eu que eu gostaria de pensar é que a gente tem que primeiro primeiro ponto que não tá resolvido e muita gente trata como se tivesse por isso que essa questão do celular não incomoda tanto no Brasil o que é a questão do acesso e a questão do acesso é o Brasil é um país que não tem essa questão resolvida é sossegado de uma forma geral né então é o acesso com Equidade ou seja uma garantia de acesso com qualidade é o primeiro passo se um estudante não tem acesso em casa a internet não tem acesso a um Guedes em casa não tem um computador pessoal não tem um tablet é o celular que até hoje garante esse acesso desse estudante a internet e a linguagem digital Então a primeira coisa que tem que ser olhada é essa né se ele tem acesso demais em casa a escola faz uma outra partida essa é uma pergunta importante para se fazer até Unesco nesse último relatório levanta essa como uma das questões Qual é a Equidade de acesso e a qualidade desse acesso passando essa etapa do acesso a gente começa a pensar em qualidade de conteúdo em ética para esse acesso né E aí sim cada escola também vai ter que dialogar com a sua comunidade e perceber que no que que a escola enquanto um ponto importante da comunidade um ponto de convergência de informação de pessoas de formação de encontro de amizade socialização ganha ou perde com isso isso é muito diferente é o Brasil é muito diverso você precisa ter esse cuidado né a gente está falando aqui de uma escola alunense castanho é uma escola que tem um público muito privilegiado em áreas nobres dentro da cidade de São Paulo então ele tem uma realidade que tem que ser tratada de acordo com essa onde todos os estudantes mesmo os bolsistas que tem muitos bolsistas na Lourenço eles têm o acesso em casa e tem um ideia de gesto em casa então aí a escola a questão do acesso é tem que tem outra forma de se olhar né E aí você começa a olhar para outras coisas mas tem escolas que garantiram um acesso equitativo a todos por meio de celular e rede compartilhada dentro da sala de aula na pandemia assim que era o momento que eles tinham para se reunir né às vezes imprimiam lá o trabalho aí cada um levava para casa tem muitos casos assim né então por isso que essa questão do essa questão de dialogar com a comunidade não é só um uma síndrome da Democracia o que seria por si só bom se fosse uma síndrome da Democracia já seria bom mas a causa não é só ser uma síndrome democrática ela é uma questão de sobreviver de existência da escola mesmo né a escola precisa criar uma cultura Comunitária para existir e saber para onde ela vai e a cultura Comunitária Nem sempre é baseada na no que é óbvio porque não é óbvio essa situação que a gente está vivendo após uma modernidade né muitos autores de como um processo que está acontecendo ele não é uma fase que passou ela é uma fase concluída e essa é uma característica dessa está acontecendo isso que a gente tá vivendo por isso que até tá tendo se falar não dá para a gente tomar um partido bem ou mal porque está acontecendo é ao contrário de uma coisa que já aconteceu a gente não tem mais esse tempo que a gente tinha antes da modernidade onde você tinha tempo de ver as coisas se consolidarem E aí tomar uma decisão para Não elas estão acontecendo a estando na idade é uma característica dessa vida que a gente vive então criar essa cultura Comunitária criar esse debates é parte da existência da própria questão da Educação perfeito acho que é dialogar Eu vou tem nós já íamos encerrar Mas tem uma pergunta aqui de uma pessoa que está nos vendo acho importante compartilhar se vocês não se importam o Anilton diz o seguinte olha compartilha aqui para gente Para isso olha o acesso ao digital está basicamente nos aplicativos como Instagram de que toque não havendo grande interação contato com editor de texto de apresentação gráfica navegadores para pesquisa e aí ele continua ele diz inclusive nos Laboratórios de informática nos ambientes educacionais Muito provavelmente na realidade escolar dele e aí ele faz uma pergunta para vocês como é que a gente converte este contato que que é talvez o primeiro único porque não há uma um entendimento um preparo uma discussão em acesso efetivo esse acesso de qualidade que vocês conseguiram no Lourenço pobre a gente costuma dizer e esse acesso pobre ele tem a ver um pouco com o mercado então você vê por exemplo no Brasil hoje se os planos mais baratos de celular o que que eles têm liberado para uso a rede social o que não for rede social você paga então é uma questão cultural e econômica do acesso às redes essa é uma questão de ecos de ecos e Logos é uma questão da economia do digital no mundo né E essa é uma questão que empobrece o acesso então e Muitas comunidades a questão do digital passa A enriquecer este acesso me oferecer possibilidades quando a gente fala da ética a gente tá falando também disso porque não existe uma ética sem repertório para ser essa ética e essa conversão que ele chama que a qualificação passa pelo repertório que ele tá mostrando para gente e na questão de concordar ele tá retratando uma coisa que é comum esse acesso pobre único a internet e esse acesso além de digital Ailton ele é um acesso algoritmo o que piora porque ele poderia ser um acesso digital sem algoritmo mas ele é um acesso extremamente enviesado por conta tem um viés muito poderoso do algoritmo em cima então é nesse tipo de coisa que a inteligência do educador do mentor da escola tem que agir em casos como esse vocês vem como a questão não é assim Abrir novamente o espaço para o diálogo para construção de comportamentos sempre Tati quer deixar um recado para as pessoas sobre essa temática antes da gente se despedir gostaria como professores para fomentar a produção e menos o consumo né dentro da nossa realidade a escolas que tem são mais privilegiadas a escolas que estão caminhando né a gente tem incentivo que é muito importante que é o plano nacional de educação digital que a ideia né o fomento aí do acesso a todos os brasileiros brasileiras ao digital precisamos lutar precisamos continuar eu acho que proibir né não é desanimar desistir né Legal criticar chorar Mingau Não vai ser a solução estamos todos no mesmo momento desafiador e vamos sair desse momento é crítico tão importante para os nossos estudantes para as nossas famílias e para nós professores professores acho que é reflexão a palavra é reflexão olhar atento é isso concorda isso estamos todos no momento de aprender a aprender a viver nesses dois mundos que agora fomos convidados a habitar e juntos Acho que sempre dialogando Como disse o Alexandre sempre analisando nossas realidades sempre atentos e atentas há também o que dizem os as crianças e os jovens é que a gente consegue chegar em algum lugar a Nilton nós é que ficamos gratos com a sua participação esses momentos só são importantes se vocês também estão aqui juntos trocando e participando eu ficaria que horas e horas porque esse assunto muito me interessa acho que muito interessa todo mundo ainda mais quando as pessoas tão queridas como Alexandre e a Tatiana que gentilmente compartilhar aí um pouquinho da experiência de vocês das reflexões e das pesquisas que vocês fazem Alexandre muito Obrigada Tatiana Muito obrigada que é minha amiga faz tempo eu sou muito cansado hoje eu queria ter sido mais mais enfático das minhas falas mas eu agradeço muito pelo espaço e por tudo obrigada obrigada Tati foi um prazer obrigada a ler ficaria também aqui mais a noite inteira verdade isso que é bom né quando o olho brilha é porque a boas aprendizagens e tanto o nosso olho também nunca deixe de brilhar né como educadores obrigada gente muito obrigada vocês todos e todas que também assistiram aqui todos os dias novas tecnologias chegaram ao nosso dia a dia isso não pode ser um problema mas sim possibilidades de inovação e construção o que precisamos ter Claro é que nosso objetivo nas escolas deve ser sempre formar pessoas de modo pleno plural e capaz de serem éticas responsáveis e empáticas espaço que habitem seja ele presencial ou virtual Obrigada viu foi muito bom estar aqui com vocês se você gostou desse Episódio Não esqueça de mandar aqui ó seu comentário ou sugestão para o e-mail que está correndo aí ou de cast@rf medfm editores. com. br nos siga em nossas redes sociais revista educação e saiba sobre o que acontece nesse nosso setor pelo site www.
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