Práticas para o Ensino de Matemática I - Aula 01 - Apresentação da Disciplina

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Práticas para o Ensino de Matemática I - SEP - 401 Licenciatura em Matemática Universidade Virtual ...
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olá alunos da universo universidade virtual do estado de são paulo o curso de formação de professores de licenciatura em matemática bem vindos à nossa disciplina de práticas para o ensino de matemática uns é a primeira disciplina da série de disciplinas de prática de ensino dessa disciplina nós vamos discutir vamos fazer algumas contas de vez em quando mas mais de tudo vamos discutir questões conceituais sobre a dia a dia do professor eu queria fazer uma proposta pra vocês pra essa disciplina e de tratar alguns temas que têm a ver com o dia a dia do professor
então queria levantar questões que sejam relevantes para a prática docente vou dar alguns exemplos do que eu gostaria de discutir com vocês ao longo da disciplina e eu quero fazer de uma forma bem descontraída bem descompromissado com um custo de abordar questões que pudesse ter um caráter mais teórico ou mais filosófico ou até questões práticas eu queria tratar de questões que na minha experiência de convívio com professores e na minha experiência de professor são questões que me angustiam são questões para as quais não tenho respostas definitivas são aquelas questões em que quando a gente se
depara com elas a gente vê possibilidades de encaminhamento mas vê vantagens e desvantagens de uma solução quando a gente pensa em outra abordagem de vantagens e desvantagens e no nosso dia-a-dia em chega uma hora que a gente tem que tomar uma decisão e cair por um certo caminho sem ter certeza se é o melhor caminho faz parte das daquelas angústias que acompanham a vida provavelmente todo profissional mas em particular do professor como eu vou abordar esta disciplina com vocês isso foi uma uma questão que eu tive que tomar uma decisão eu poderia fazer com aspecto
mais teórico um aspecto mais prático ou achar um caminho ea gente nunca sabe se acertou se pegou o melhor caminho é o tempo que vai dizer que tomou a decisão certa eu queria então tratar de algumas dessas questões que são relevantes para o dia a dia do professor queria também que essa disciplina induzir se algumas reflexões sobre a algumas dessas questões que estão no trabalho diário do professor natureza do trabalho do professor essas especificidades é prática de ensino de papai ensino de matemática então a nossa ênfase vai estar no professor de matemática mas eu não
gostaria de perder de vista a tarefa é maior do docente na sua forma uma esplêndida então embora a disciplina seja prática de matemática muitas vezes nós vamos estar pensando estar discutindo o papel na verdade do professor não do professor de matemática então é gostaria de de fazer junto com vocês o ao longo da disciplina estas reflexões e também eu quero optar por discutir temas complicados eu quero discutir temas polêmicos e sem ter um a priori sem ter uma resposta pronta eu vou dar exemplo do que nós vamos discutir ao longo da disciplina e eu também
quero evitar o conflito nesse desnecessário entre teoria e prática eu vou evitar de fazer uma abordagem extremamente conceitual uma abordagem extremamente baseada em autores em filósofos em reflexões que estejam desconectadas do chão da fábrica estão desconectadas da sala de aula eu também não quero só falar de regras de procedimento a gente tem que refletir um pouco sobre o papel conceitual filosófico social do professor e como é que nós nos preparamos conceitualmente vamos para o exercício dessa atividade eu quero evitar conflito entre teoria e prática e quer evitar também ter muitos a piores então o que
nós vamos discutir então nessa disciplina vou dar vários exemplos de temas que apareceram ao longo dessas aulas na próxima aula eu vou começar com os mandamentos do pole mas disse que queria só lembrar uma coisa que nós nessa disciplina não vamos focar temas específicos do tipo é prática para ensino de geometria e opaco prática para ensino de algibre fazer coisas um pouquinho mais gerais e que essas coisas mais específicas serão feitas nas disciplinas de práticas seguintes aí nós vamos ser mais pontuais e por isso nós não vamos estar focados demais em conteúdo assim na matéria
no tema o que eu gostaria de refletir um pouco pensando no que ocorre tanto no ensino fundamental como médio então pensar na sala de aula tanto dos jovens de ensino médio como dos jovens de ensino fundamental mais de tudo no caso do fundamental das séries finais então esse é o escopo do que eu gostaria de trabalhar com vocês pensar no professor atuando nestas salas de aula vou dar um exemplo de um dos temas que eu gostaria de discutir boas práticas docentes o qq forma um bom professor que é um bom professor que caracteriza um bom
jogo quando é que um professor a gente vai dizer esse cara é um bom professor está atuando bem com o professor ele está sendo um bom professor esse cidadão jorge pole a ele um livro que escreveu uma coisa final dos dez mandamentos de um professor que teve um impacto muito grande na próxima aula vou falar em detalhes disso mas os 10 mandamentos do pólo fala o que o professor deve fazer em sala de aula para merecer esse título de um bom professor e é muito curioso porque o pole era um matemático ele não era um
pedagogo ele era um matemático o famoso e e ao se interessar por ensino ele teve a ousadia de escrever dez mandamentos para o professor isso gerou uma grande polêmica porque eram mandamentos muito nós vamos ver isso na próxima aula muito simples muito rudes dizendo assim o professor tem que estudar coisas muito simplória digamos assim e isso causou muita discussão na época e nós vamos discutir isso uma aula e pegar os dez mandamentos vamos analisar ver o que ele significa qual o contexto em que eles estão formulados com embasamento que eles têm eo que de que
maneira eles podem nos ajudar esse é um dos temas que eu queria discutir com vocês essa questão do docente naquela sala de aula isso nos remete e uma pergunta mais profunda quais são os elementos que têm que estar presentes na formação do professor vocês estão numa situação muito particular e vocês são alunos de um curso de formação de professores vocês têm autonomia para refletir até sobre o que é importante na formação de vocês se coloque na posição de um professor e pensem o que eu como aluno deveria aprender destes meus professores e vocês têm condições
de fazer essa reflexão porque vocês vão ser professores então queria provocar los a pensar nisso que é importante que este curso nosso esta graduação da univesp transmita pra vocês forneça pra vocês que oportunidades é importante que ela dê que opções é importante que ela dê que trajetória é importante que nós aqui na univesp forneçamos pra vocês futuros professores embora vocês estejam aqui como alunos é o desafio a pensar já como professores e até olhar o curso que vocês estão fazendo e pensar nele o quanto ele está sendo bom quanto ele poderia ser melhor e como
que é este curso que vocês estão fazendo é ainda falando de formação de professores muitas vezes as pessoas algumas pessoas vêem que a coisa mais importante na formação do professor é o conteúdo que tem que ser dado a pessoas que enfatizam muito mais a questão que o professor tem que ser muito competente e metodologia outras pessoas enxergam que o professor tem que ser competente e atividades práticas se existe conflito entre tudo isso como equilibrar a formação de um professor queria que a gente pensasse hawks nestas temáticas ao longo dessa disciplina uma outra questão ligada a
isso a formação do professor é parecida com a formação de outros profissionais é engenheiro faz estágio médico faz residência o professor também faz algumas atividades de estágio a semelhança entre professores ou não o capes aqui no brasil já teve uma proposta de fazer uma espécie de residência para professores como tem residência de médico a capes estudou durante o período a idéia de fazer um projeto de residência para professores será que é adequado pensar nisso outro tema polêmico memorização tanto que devemos fazer nossos alunos memorizarem coisas ainda têm alguma importância da memorização no mundo dos computadores
das calculadoras dos celulares dos aplicativos de tudo isso os alunos têm que memorizar ainda memorizar é uma atividade libertadora vou dar um argumento que sim eu dando aula para alunos de 6º ano tinha um aluno que sabia fazer contas mas era muito demorado muito tempo fazendo contas ele não tinha memorizado nada não tinha memorizado a tabuada ele quando ele tinha que fazer uma conta três vezes 7 ele fazia uma série de operações com os dedos fazia 3 a ficar fazendo um monte de coisinhas fazia risquinhos no papel e ele levava alguns minutos para fazer três
vezes sete e ele foi atrasado em relação aos outros alunos o aluno que sabe que memoriza que 37 21 ele está mais liberto porque ele não perde mais tempo com isso como que a gente deve lidar com a questão de quanto que os nossos alunos têm que saber de corte qual é o repertório de conhecimento que um aluno deve memorizar hoje século 21 nesta sociedade que nós vivemos queria lembrar los isso é uma pergunta se é pertinente ou não essa lembrança que vou fazer alguém pode dizer que eu estou falando não é pertinente não é
adequado quando alguém vai estudar música gastar um monte de tempo memorizando incorporando é procedido procedimentos que ficam automaticamente quando a gente aprende a dirigir a gente gasta muito tempo automatizando coisas esportes ninguém começa a jogar tênis indo direto com a quadra fica muito tempo no paredão fazendo automatizando movimentos será que na educação das nossas crianças nós vamos fazer uma coisa parecida e envolveria certa tabuada é certo conjunto de fórmulas ou esta comparação com música esportes e outras atividades não é adequada a esse é um tema que eu gostaria de desafiá los a pensar um pouquinho
queria tratar disso ao longo da disciplina contextualização nós falamos muito em contextualização e exato que é contextualizar o ensino que a primeira pergunta é provocador se é viável a gente consegue criar situações interessantes para contextualizar os diferentes conteúdos da do que nós temos que ensinar eu tenho exemplos que são muito engraçados exemplo de uma questão do enem em que não havia uma história toda é contextualizada de que um pai tinha um terreno que ele queria dividir para os três filhos deixando áreas iguais e o enunciado descreveu o formato de cada uma das três partes e
ele fazer uma pergunta sobre que qualquer que sejam as dimensões para que as três áreas fossem iguais a 13 figurinhas geométricas que tinha que ter áreas iguais só que é uma questão muito estranha porque o pai é pegar um terreno retangular e divide em três terrenos com formatos estranhíssimos quanto de uma linguiça ninguém divide um terreno daquele jeito então eu pergunto vale a pena criar uma questão que é contextualizada mas que é extremamente artificial vou mostrar pra vocês uma questão caiu no vestibular de uma grande universidade aqui em são paulo que falava numa acção de
progressões aritméticas que contava uma historinha toda contextualizada de um fiscal que prendeu que havia feito uma prisão em uma apreensão de uma quantidade de passar de aves que tinham sido capturados na floresta irregularmente e queria devolver as a vaga às aves para a natureza seguindo uma pea um dia ele soltar uma ave depois quatro depois é alguém solta avp a vale a pena contextualizar se eu não sou capaz de criar uma questão contextualizada interessante vale a pena contextualizar artificialmente uma outra polêmica que eu queria discutir com vocês há quem critique contextualização dia seguinte que uma
das coisas essenciais na matemática a abstração que contextualiza atrapalha a compreensão da matemática olha que interessante há pessoas que defendem que não se deva a contextualizar porque a força da matemática vem da abstração ea contextualização estraga a abstração não há uma questão interessante ea matemáticos e educadores que têm essa visão da mesma forma aplicações às vezes a gente gosta de fazer situações com aplicações para que a gente consegue fazer isso com a nossa matéria e gostaria de discutir a diferença entre contextualização e aplicação e também entre contextualização e entre finalidade não é a mesma coisa
e quais são as dificuldades pra gente fazer isso no nosso dia a dia e em que medida a gente tem que buscar isso na nossa a nossa actividade diária tanto dando exemplo para vocês coisas polêmicas que eu gostaria de discutir então essas duas perguntas se há ou não fazendo tentando fazer isso o risco de nós perdemos o foco em com situações artificiais bom um outro tema uso de história da matemática como recurso pedagógico eu adoro fazer isso todo o depoimento pessoal eu sempre tento usar a história da matemática como recurso pedagógico mas sabe que isso
é fácil né isso tem um monte de desafios é a um potencial muito rico essa é a minha experiência pessoal a história ela dá contexto ela tem um significado para o jovem porque ela tá falando diretamente do que ocorreu na vida da sociedade quando num determinado percurso histórico alguma coisa alguma criação científica ocorreu mas há um risco quando a gente usa a história como recurso pedagógico ao risco de a gente fazer uma leitura fora do contexto fazer uma coisa na crônica quando eu comecei minha carreira eu muitas em alguns momentos eu li alguns livros de
história da matemática que hoje eu sei que estão desatualizados com informações equivocadas e há o risco de a gente contar historinhas para os nossos alunos são falsas vou dar um exemplo concreto muitos livros falam que quando os gregos descobriram os números e irracionais usando o geometria básica que a diagonal do quadrado de lado um media raiz de 2 uma aplicação do teorema de pitágoras e que raio de dois não era um número racional que isso gerou uma crise na matemática grega hoje eu sei que não há nenhum registro de que tenha havido qualquer crise na
matemática grega porque caiu de 20 racional isso é um anacronismo até por que os gregos não trabalham não trataram do raio de 2 neste contexto algébricos de estrutura algébrica de falar em conjuntos de números racionais e irracionais tratar isso de outra forma de no conceito de comensurável incomensuráveis na geometria e não é nenhum registro de que eles tenham tido uma crise os registros de que a teria nutrição de 300 anos depois disso e no amor por que acreditar que tenha havido uma crise na matemática grega o uso de história é uma coisa muito complicada para
a gente muitos de vocês devem ter ouvido falar que platão escreveu no alto na entrada da academia de platão uma frase que quem não gostar de geometria não passe por esses portal se sabe que não há nenhuma evidência de que ele já tenha feito isso a referência mais antiga que se encontrou para esta frase é do século 13 mil anos ninguém sabe se portam escreveu isso não escreveu então quando a gente vai tentar usar a história a gente tem que tomar um cuidado enorme pra não falar coisas que não são verdades históricas é muito desafiador
o uso de história como recurso pedagógico mas eu adoro tentar fazer isso está associado com uma discussão é se a história da ciência autónomas será que a história da matemática história da ciência também paciência outono uma ciência auxiliar para a pedagogia outro tema que nos desafia no nosso dia-a-dia questões de inclusão como lidar com inclusão não é todos nós queremos incluir todo todas as pessoas na vida escolar mas isso nos traz desafios muito difíceis em que a gente nem sempre está preparado para lidar com eles por isso que eu gostaria também de discutir um pouco
como que a gente faz leva uma filosofia de inclusão para dentro da sala de aula como é que a gente trata o dia a dia na sala de aula as diferenças sem criar problemas pra ninguém é isso envolve dificuldades para nós professores para os colegas para as famílias e é uma preparação que exige muito de nós junto com isso tem a questão de competição em matemática foi a primeira máquina a área onde se criou muita idéia de olimpíadas como um um reforço pedagógico uma estratégia pedagógica e bom como lidar com isso no nosso dia a
dia então já que nós temos espaço pra na competição e inclusão dentro de uma sala de aula como lidar com isso enfim novas tecnologias o impacto que isso tem sobre sala de aula gostaria de conversar com vocês sobre isso internet redes sociais como é que isso afeta o nosso dia a dia do professor a ideia de acervos dos museus pode ser também um recurso pedagógico para o nosso dia-a-dia discutir a questão de material didático como que a gente lida com isso neste século 21 que é um século de internet questão de avaliação de tarefas então
tem aqui uma série de exemplos de temas polêmicos que gostaria de discutir com vocês ao longo desta disciplina começamos na próxima ao bom
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