O VENDEDOR DE PASSADOS | José Eduardo Agualusa | Resumo Análise

e fala Juventude tudo certinho meu só na tranquilidade queridos e queridas é o seguinte hoje a gente está aqui para falar sobre obras literárias nos vestibulares aí beleza o foco de hoje é uma obra de um autor angolano meu Olha que da hora tá então a gente vai falar de literatura angolana aqui hoje a bola da vez é o livro O Vendedor de passados do autor Como eu disse aí angolano José Eduardo agualusa beleza que que a gente tem para falar sobre essa obra aí ó para começar a gente tem que pensar na data de

publicação beleza porque é bem importante esse livro pessoal é de 2004 isso quer dizer que é um livro né que faz parte aí da contemporaneidade então é o livro bem novo livro contemporâneo isso tem tudo a ver com o contexto no qual livro foi escrito Beleza então a gente vai falar um pouquinho aqui na antes de eu falar para você do enredo e de algumas interpretações importantes eu vou falar um pouquinho do al Oi e um pouquinho do contexto que tava em volta do autor aí nesse período aí no ano de 2004 no ano em

que o livro foi escrito Então beleza primeiro. É o seguinte o José Eduardo agualusa é um autor angolano nascido em 1960 por quê que só importante pessoal por que que eu tô voltando um pouco no tempo você tem que lembrar que Angola assim como o Brasil assim como Moçambique enfim tá foi um país colonizado por Portugal Angola lembra lá né país africano país banhado pelo Oceano Atlântico ou seja Angola tá de frente para o Brasil para você se situar no mapa aí beleza só nossa íntimo eu Angola se tornou Independente de Portugal muito depois do

que o Brasil muito depois tá pra você ter é para você ter uma ideia Nossa independência da Independência do Brasil em relação a Portugal é de 1822 é do início fim do século 19 Beleza meu a independência de Angola é de 1975 segunda metade do século 20 é muito tempo depois ou seja se o autor nasceu em 1960 significa que ele nasceu no período em que Angola ainda era colônia portuguesa meu e isso é bem importante para a gente entender a pegada desse livro aí pensa comigo aí a gente tá falando de um autor então

que nasce no período em que Angola ainda é ainda era né é colônia portuguesa ele vê Angola se tornando independente é um novo governo é uma nova política e é uma nova história a ser contada e bem importante tá Qual é o passado angolano para que Angola seja pensado agora no presente só que a gente tá falando de um país colonizado Então você tem passado de colonização depois você tem uma guerra de independência e na sequência veio uma guerra civil que se Estendeu até ali a virada né do milênio passagem para os anos 2000 olha

o tempão aí de guerra civil em Angola e É nesse contexto toda a linha que o autor que o água luz ele vai observando a sua própria nação e em 2004 ali né a gente tava Angola estava vivendo ali um período ainda muito novo pós-guerra civil Ok fazer pouco tempo que a guerra civil tinha acabado no país e depois de tudo isso ele olha para esse passar do meio nebuloso que teve que ser meio que inscrito e É nesse contexto aí pós-independência e também pós-guerra Civil que ele lança então aí o vendedor de passados beleza

é por isso que o livro vai falar tanto sobre esse passado nacional de Angola tá então o livro pessoal ele vai falar sobre o passado dos personagens beleza mais esse esses personagens ele não passar e é sempre muito alegórico muito metafórico muito representativo a gente tem que pensar Então a gente vai falar que hoje sobre um livro que trata de passados individuais para na verdade discutir a construção do passado coletivo do passado da Nação angolana e olha só esse livro ele tem um ponto de facilidade e um ponto de dificuldade porque ele é fácil ele

é fácil de ler porque ele tem 32 capítulos e esses 32 capítulos são todos muito curtinhos é tudo muito rápido então os capítulos vão ter aí né dependendo da sua edição cada capítulo vai ter sei lá Quatro páginas Então os capítulos são muito curtos a leitura é muito rápida beleza só que é linguagem mano do céu pensa numa linguagem que não te ajuda muito sabe porque porque o agualusa nosso autor ainda vez ele além de romancista ele também é poeta Então você já vai ou não tá aí que a viagem desse livro é uma linguagem

absolutamente poética logo é muito metafórica então nada nesse livro tá nada nesse livro é jogado para você de maneira muito direta muito fácil então você tem que ter o tempo todo interpretando pensando nas palavras o que será que se autor quis dizer como é que eu penso além tá então é a linguagem é muito musical muito poética é bonito é Eu particularmente gosto mas não é muito fácil de ler tá então já Anota tudo isso aí livro extremamente metafórico linguagem poética que é bonita mas pode ser que dificulte uma coisinha outra aí mas o livro

é bom livro é da hora vale muito a pena Poxa vamos começar a falar logo aqui do nosso foco narrativo beleza pessoal esse livro aqui ele é narrado em primeira pessoa mas é um narrador que apesar de ser personagem não é protagonista é como se o narrador a parte de tudo ele tá em todos os lugares ele fala em primeira pessoa mas em alguns momentos ele fala em terceira pessoa de um amigo dele e ele sempre esse narrador sempre Deixa claro que é esse amigo dele que é o grande protagonista tá então é o amigo

dele que é o principal personagem mais o narrador é esse carinha aí carinha entre aspas a gente já vai ver quem é esse narrador Mas então já anota esse foco narrativo aí diferentão e eu no livro agente demora um pouquinho né alguns Capítulos para descobrir para entender exatamente quem é o narrador mas aqui eu já falo para você de cara para facilitar nossa vida beleza pessoal o narrador desse livro é uma Olga e o que que é exatamente uma ó siga meu uma ó SGA nada mais é do que um tipo de Lagartixa velho olha

isso e essa lagartixa ela vive numa casa ali em Angola beleza estamos falando de Angola Não esquece isso não perdesse de vista tá essa lagartixa depois a gente vai ver que ela tem um nome da o nome dessa lagartixa é Eulálio é sua o vídeo numa casa e ela fica o tempo todo ali observando o que acontece na casa e observando o dono da casa que é amigo dela beleza que é o Félix Beleza o Félix pessoal então é o nosso grande personagem ele é o protagonista da história aí E olha que interessante o Félix

pessoal nome dele aí no livro né completo é Félix Ventura mas a maior parte do livro ele é chamado só de Félix Beleza então o nosso Félix Ventura ou o Félix Ele é o dono da casa na aí a os galagar tixa que é o Eulálio tá é o nosso narrador esse narrador ele deixa muito claro que ele vive em uma casa que não é dele por quê que isso é importante porque isso reforça enfatiza a ideia de que ele não é dono da casa logo ele não é protagonista ele não tá ali à frente

do Rolê à frente da narrativa tudo bem mas ele deixamos claro que eles são amigos e eles conversam em eles trocam uma ideia em um belo dia a gente ainda tá pensando o quê que o Félix faz fala que a desse cara fato é que um belo dia é ali na casa dele tomando uma sopa e lendo um jornal Tranquilão né ele é um cara muito metódico isso é importante muito metódico ele é acumulador de livros e ele tem várias listas tudo ele divide em tabelas tá isso vai ser importante daqui a pouco você vai

entender porque que ele tem que ser um cara tão metódico e tão organizado com todas as informações que ele tem ao redor dele é um belo dia toca-lhe a campainha inclusive ele vai atender meio pistola porque né tirou o sossego dele ele tal e quando ele abre a porta né quando ele vai atender meu é aí que o livro começa de Fato né porque porque aparece um estrangeiro inclusive ou estrangeiro é o título de um dos Capítulos né aparece um cara que um estrangeiro a e esse estrangeira muito louco porque né o Félix olha e

fala tá meu quem é você que que você quer e o cara simplesmente tira um cartão do bolso e o próprio cara lê o cartão para ele né e era um cartão do próprio Félix e no cartão eu tô seguinte Félix Ventura assegure aos seus filhos um passado melhor ou seja esse cara chegou esses estrangeiros chegou e falou Eu vim porque eu tenho esse cartão me disseram que você consegue garantir um passado melhor para as pessoas meu aí já começa um lance muito louco né geralmente você vai atrás de pessoas que possam te ajudar a

ter um futuro melhor mas como assim tem um passado melhor que que é isso Exatamente é nesse momento que a gente descobre o Ofício a profissão do Félix O Félix é É como diz o título do livro é um vendedor de passados Como assim ter pão vendedor de passados Como assim pois é meu o que o Félix faz o seguinte a pessoa Procura ele paga uma grana para ele e ele não cobra barato beleza e aí ele reconstrói o passado da pessoa tá Então imagina uma pessoa que tem um presente sei lá de uma classe

social alta mas ela tem um passado pobre e aí ela não quer ter se passado porque ela assim vergonha desse passado pobre tá é por exemplo Oi e aí ela quer apagar esse passado e o Félix ele vai ele reconstroem tudo meu ele ele dá para pessoa é uma família de que pertence ao mar uma classe social mais elevada e tal ele pode ser descendente de Barões e Total descendente de descobridores de outros o territórios dominadores conquistadores e pai e mãe irmãos meu o Félix ele constrói ele cria uma árvore genealógica do nada tá então

ele ele inventa um passado ele que ele cria um passado fake para as pessoas tá simplesmente porque porque as pessoas às vezes vivem um presente mas não estou muito contente com o passado e ele recria esse passado aí meu esse estrangeiro chega e fala Olha eu quero fiquei sabendo que você reconstrói passado sair Félix falar eu sou eu mesmo eu vendo passados para as pessoas e fala por legal aí o ferro que só tá Qual é o seu nome aí e dorme enrolada não fala o nome não fala o nome isso é importante daqui a

pouco a gente vai ver porque não falo não me enrola enrola enrola e ele só fala o seguinte ó eu sou fotógrafo eu sou fotógrafo profissional eu sou fotógrafo de guerra já rodei o mundo fotografando aí as coisas mais terríveis e agora aqui em Angola eu achei a minha paz em Angola me recebeu de braços abertos então eu quero ser um angolano Eu quero um passado que diga que eu sou um angolano se vira eu te pago aí $5000 e depois mais cinco mil quando o serviço tiver pronto era uma senhora grana o Félix até

briga com o cara ele tem ali um desentendimento porque o Félix fala cara como assim você não pode ter exatamente um passado angolano que você é branco não é e aqui em Angola como é que eu vou fazer você se passar por um cara Branco isso é muito louco não vai dar certo será e eles têm uma treta ali por conta da etnia e o um instante nesse momento o estrangeiro briga com Félix Por que detalhe importantíssimo de que detalhe não tem nada Anota aí o Félix é um angolano um então ele ele mesmo disse

que ele é um angolano autóctone Ou seja é nascido em Angola nasceu cresceu viveu em Angola Ele é um homem negro porém albinho então ele tem albinismo Ele é um homem negro com a pele Albina não é muito branca certo e eles tratam porque o estrangeiro fala e você cara e você é eu sou mais Negro do que você você é mais branco do que eu olha a treta por conta da etnia você já tá começando entender onde o autor tá querendo chegar Pensa aí ó nas representatividades um país colonizado por europeus Qual é o

passado nesse país é angolano é africano é português é europeu onde é que fica esse passado onde é a questão étnica Olha a preta de se reconhecer no próprio passado você já tá entendendo o que se livre vai discutir uma questão de ou a questão da identidade tá essa é a grande questão que vai ser discutido aí você já pegou a ideia e jovens deixa eu falar que rapidinho ó tá curtindo o vídeo mesmo se você está curtindo vídeo ou se inscreve no canal ativo Sininho aí dá um like nesse vídeo também vem fazer parte

aí dessa família lei logo escrevo tenho certeza que você não vai se arrepender tem muito conteúdo igual a esse aqui beleza tá E outra coisa também meu procura a gente lá no Instagram também a gente tá no Insta lá no Insta tá fácil é o arroba canal leio logo escrevo sim plano da hora você acha facinho tranquilo e calmo beleza e se você curte um podcast procura também leio logo escrevo nessas plataformas de áudio que você tá vendo aí beleza passa a gente procura a gente vem ver o canal vem ouvir o canal vem ver

o insta tenho certeza que vai valer muito a pena Que belezinha tamo junto hein É nós bom fato é que depois de ali um desentendimento Zinho ou Félix resolve pegar o caso desse cara aí né e depois de vários dias né a osga vai narrando para gente que esse cara chegou Inclusive a hóstia é quem descreve o cara ela fala que era um cara que tinha um bigode super antigo que nem se usava mais naquele século umas roupas super antiga super bregas era um cara que tinha um andar empolado um cara super estranho esse esse

estrangeiro aí beleza mas depois de alguns dias ou estrangeiro volta e o Félix de fato é fez o trampo fala beleza Carol não queria muito pegar seu caso porque você quer uma identidade angolana e é demais para minha cabeça mas beleza eu fiz você pagou bem então eu fiz tá tá aqui a sua nova identidade e é aí que a gente conhece o José buckman Quem é José buckman é esse cara esse e a partir de agora ele é o José buxo mano é toda essa identidade criada nessa identidade falsa que o Félix Ventura criou

para ele tá E meu tem todo uma árvore genealógica seu bisavô foi isso sua bisavó foi isso avô foi ali tal e Total ele vai criando você é não tem irmãos Você é filho único Você nasceu em Angola Mas você nasceu no sul de Angola beleza inclusive jamais vá até o sul de Angola ele proíbe né o José book mas estrangeiro agora o novo José buckman o Félix proíbe esse cara de ir no local de origem dele que é uma região chamada que Bia no sul de Angola tendo farol Ah você nasceu na chibia beleza

mas não vai até a Chimbinha nunca vai lá porque você não conhece o rolê você aparecer lá vai dar ruim vai dar ruim tá ele falou e inclusive é quem são os seus pais né Seus pais são o grande Mateus se fala né Você tem um pai chamado mais e já faleceu e tal e a sua mãe foi uma artista plástica ela foi uma pintora chamada Eva Miller ela era norte-americana só que é o seguinte a vida dela foi muito difícil ela teve que fugir Em algum momento da vida e tudo indica que ela faleceu

na Cidade do Cabo na África do Sul Beleza então essa é a sua ideia essa sua nova identidade aí meu só que aí que o livro começa a ficar muito doido é muito da hora porque o estrangeiro que agora é o nosso José buckman esse estrangeiro ele se empolga demais com essa nova identidade ele começa a se comportar de uma maneira diferente ele passa a andar de um jeito diferente tá ele não sai mais da casa do Félix Ele tá lá na casa do Félix o tempo todo Félix começa a ficar até meio incomodado e

o nosso narrador a lagartixa a osga beleza nosso narrador Vai contando que meu passam-se ali cerca de sete meses e nesse sete meses o José buckman é de fato o José o ou seja ele incorporou mesmo e ele mesmo passou a acreditar naquele passado inventado a ponto de perguntar para o Félix assim Félix Você tem alguma notícia tá guardada aí cara sobre a minha mãe porque é o seguinte eu quero procurar minha mãe a Eva Miller cara eu quero procurar minha mãe cara eu quero saber quem é minha mãe cara E aí o velho que

fala o José Boco mano você é louco você é louco você tá doido cara foi eu que inventei esse passado você não existe nenhuma é família e eles é bom que não responde não fala assim da minha mãe cara não fala que a minha mãe não existiu minha mãe foi a grande artista plástica Eva Miller e eu vou encontrá-la sejam de forca eu vou procurar Nova York Onde ela nasceu e cresceu nos Estados Unidos eu vou para África do Sul onde dizem que ela morreu porque vai que minha mãe está viva inclusive Cara eu tô

querendo ir até a região da chibia huíla no sul de Angola para ver se eu encontro também os restos mortais do meu pai porque assim e eu quero saber mais da minha família mano olha aqui loucura ele começa a incorporar Olha a metáfora o José buckman começa a incorporar um passado que ele sabe que é falso mas que o engrandece um passado que ele sabe que não existiu mas que enche na que preenche o seu espírito é sua alma tá e tanto a osga quanto o Félix começam achar o José book um cara muito louco

e o negócio vai ficar ainda pior nesse ponto da narrativa eu tenho que destacar uma outra personagem pessoal que é a Ângela Lúcia Por que que essa personagem é importante tá ela é ali um interesse amoroso do Félix Então vira e mexe ela vai até a casa do Félix tá não se sabe Exatamente é todas as coisas que ela já fez na vida mas se sabe que no momento ela é fotógrafa e ela é apaixonada por fotografia ela gosta de fotografar paisagens e tudo mais mas ela é apaixonada por fotografia aí você já tá pensando

eita a coisa aí o tal do José book mano é o estrangeiro é que esse passado inventado chegou falando que é fotógrafo aí tem esse interesse amoroso que também é uma fotógrafa e meu eles chegam a se conhecer na a a Ângela Lúcia e esse amigo meio à revelia né esse amigo aí meio a contragosto do Félix José Bocão ele se conhece na e tem até um rolê lá que tá rolando um jantar né E o José book mas ele tá conversando com Ângela não se ela Pergunta para ele e aí que que você faz

aí ele diz conversa né porque ele tem passado mas não tem o passado dele é inventado né e ele diz conversa e tal e ele ele pergunta para ela não o que que você faz aí ela fala ai eu sou fotógrafa E olha que o cara responde Jura que você fotógrafo meio que legal você sabia que eu conheci um cara que era fotógrafo eu que eu tenho um amigo que a fotógrafo de guerra vem ele começa a falar dele mesmo como se fosse um amigo mano o cara tá enlouquecendo incorporando esse passado né aí a

Ange e dá muita corda ela não gosta muito dessa ideia de usar fotografia para registrar a guerra a dor né porque ela gosta de fotografar imagens bonitas ela ela gosta muito de fotografar nuvens por exemplo tá ele e aí acontece que ele se conhece ali e o Félix olha de longe pensa Mano esse cara tá ficando muito louco vai muito louco enfim fato é que acontece o que pessoal entre tanta loucura do nada o José buckman chega e fala o Félix eu fui até a chibia cara não era para você ir lá o Félix fala

você é louco não era para ir lá eu fui e eu achei a lápide do meu pai tava lá Mateus lá no cemitério eu existo Como José boca e o meu pai também existe e é o seguinte além de três lá semana que vem eu tô indo para os Estados Unidos e de lá para a África do Sul porque agora eu vou encontrar a minha mãe alguns dias depois o José buckman volta dessa viagem vai até a casa do Félix de novo cara não sai mais do pé do Félix não larga e chega lá com

alguns documentos e fala ó achei essa pintura lá no antiquário nos Estados Unidos depois eu fui ainda até a África do Sul encontrei mais informações e achei essa pintura assinada aqui ó Eva Miller minha mãe existiu e eu quero mais informações dela eu tô começando a descobrir mais sobre a minha família e o Félix cara para não tem família eu inventei esse seu passado você sabe você me pagou para isso e o José buxo não fala não fala isso para mim eu tenho esse passado esse passado é meu e ninguém tira eu agarrei eu acredito

Esse é o meu passado mano olha que doideira tá E nisso o Félix começa a perceber um comportamento curioso no José buckman ele começa a perceber que o José bug me que era fotógrafo tava sempre ali ó fotografando um mendigo um morador de rua que um morador de rua que estava sempre passando ali super maltrapilho e tal né e Hélio José boca na sempre falta eu ficava só de olho fala por que que esse cara fica fotografando sempre esse morador de rua coisa estranha mas enfim passa meio que batido no livro A coisa continua mas

a gente fica com esse esse lance de fotografar esse cara esse esse morador de rua a gente fica com isso na cabeça tem coisa aí em um belo dia o nosso protagonista O Félix Ventura ele acaba conhecendo pessoalmente esse morador de rua é eles se conhecem ali né um vai atacar na casa do outro ali tal né E aí quando esse morador de rua chega na casa do Félix Félix descobre que o nome desse cara era Edmundo barata dos Reis né ou ele ele era chamado ali de Edmundo barata beleza e ali esse de muito

barato Ele conta uma história aqui mano Félix acha bizarro e feliz até dar risada esse mundo barato Ele conta o seguinte meu eu tenho o poder de identificar Pessoas falsas eu tenho o poder eu tenho habilidade de identificar é sóse as pessoas falsas porque eu trabalhei no alto Escalão do governo angolano e eu era o responsável por encontrar sósias para o presidente inclusive esse presidente que está aí não é o Real ele é um sósia tá eu consigo identificar sozinhas mas na hora que Papo Doido E aí o Félix não dá muita atenção sabe aquele

deboche tipo Beleza mano você já trancou no governo Hoje você tá aí morador de rua beleza acredito para caramba em você legal legal tá E aí o Edmundo barata sai tudo certo mesmo beleza passam seus dias ou nosso Félix Ele tá ali na casa dele junto com Ângela Lúcia eles estão ali assistindo inclusive uma uma reportagem que fala sobre o presidente e eles começam a perceber que é verdade né Tem vídeo no qual o presidente assina com a mão direita depois ele assina com a mão esquerda Será que é só é mesmo nossa que curioso

eles começam a devagar devanear sobre aquilo é usada E aí quando eles começam a se beijar ali talkink invadir a casa do Félix o Edmundo barata socorro socorro socorro invadir pedindo ajuda pelo amor de Deus meu amigo feliz me ajuda tão querendo me matar tão querendo me matar tão querendo me matar eu falo que fala meu Deus do céu cara você é louco não tem ninguém querendo te matar do que você tá falando você é doido cara só que na sequência quem entra na casa também armado o José buckman entra armado falando para o morador

de rua lá para o mundo barata vou te matar eu vou te matar e aí o Edmundo aqui respondi para ele eu é que devia ter te matado lá em 1977 Eu reconheci você você é o Pedro Gouveia você era um anti-revolucionário E aí o José bom rádio it e fala é você lembra de mim mesmo né seu safado eu sou o Pedro Gouveia mesmo eu era contra a revolução da após a independência eu posso Independência vocês queriam revolucionar o país e eu queria que o país continuasse igual eu era um anti-revolucionário e vocês eram

revolucionários e eu lembro que você Edmundo barata fez comigo você capturou a mim a minha esposa grávida e nos torturam você era um torturador do governo e o meu filho nasceu em cativeiro e assim que a criança era uma menina nasceu você a torturou você apagava cigarro nas costas da Criança e ficava rindo do cheiro de pele queimada é isso que o Edmundo barato olha para ele rir tirando sarro e fala É isso mesmo e senti muito prazer em torturar todos vocês anti revolucionários e vai revolução angolana E aí a gente descobre que na verdade

ou nosso José buckman então ele é Pedro Gouveia ele é Pedro Gouveia um anti-revolucionário lembra-la 1975 ano se torna independente E aí se inicia uma guerra civil algumas pessoas tentando tomar o poder iniciar uma revolução do país tinha os revolucionários os contra-revolucionários deu treta Rua Edmundo barato era um torturador da prova revolução E nisso ele torturou o nosso José buckman que agora a gente sabe que é Pedro Gouveia e agora a gente sabe também porque que o Pedro Gouveia queria tanto esquecer o passado dele queria um novo presente um novo futuro para esquecer esse passado

de homem torturado por um membro do governo angolano Olha preta como se não bastasse tamanho as revelações nisso tudo a arma né que o que o nosso o nosso José buckman ali ou Pedro Gouveia né a arma que ele tava tinha sido colocado em cima de uma mesa e quem pega essa arma de cima da mesa a Ângela Lúcia e quando a Ângela Lúcia pega ela aponta a arma para o o mundo barato e fala agora eu entendi tudo agora tudo se junta na minha cabeça a criança que você torturou era e eu Pedro Gouveia

ou José buckman é meu pai e aí Ângela Lúcia acaba com a vida do do Edmundo barato ali mesmo dando um tirar Aço no peito do cara mano olha aqui revira-volta olha esse pote Twist pensa não pode excluir-se da hora velho e aí você fica tipo Mano que dá hora que loucura lá muito louco esse esse finalzinho de narrativa aí bom pessoal para finalizar a parte do enredo né o que que acontece depois de tudo isso a Ângela Lúcia ela sai do país ela sai de Angola e ela vem para o Brasil ela vai conhecer

o norte do Brasil ela manda até algumas cartas e o José buckman né o final do livro é o José book me trocando uma ideia ali e Vazando do Rolê letra o ok vaso aí desaparece enfim vai viver a vida dele de José buckman beleza tá o nosso Félix né o livro termina com ele escrevendo um diário por que que ele escreveu um diário da ele resolve escrever um diário porque no finalzinho do livro A gente ficar sabendo que o nosso narrador morreu a lagartixa morreu numa batalha épica contra um escorpião que estava escondido atrás

do guarda-roupa tá então o nosso narrador morre beleza e esse é o único momento em que o Félix passa a escrever a narrar própria história lá porque quem na rua até agora era o a nossa ó siga então o Félix termino livro né escrevendo e dizendo que ele ia tentar viajar até o Brasil assim que ele pudesse para tentar aí atrás do amor da vida dele da Ângela Lúcia mas eu quero falar para você agora de algumas informações metafóricas algumas representações que com certeza suas provas podem cobrar esse livro no final das contas é uma

grande e tira do conceito de verdade histórica então sabe esse conceito de que a verdade histórica ela é inquestionável porque ela é um elemento histórico acabou tá documentado beleza legal eu acho que em muitos casos de fato é assim mas o que o autor vai colocar mais ou menos o seguinte Espera aí Alguém escreveu a história Quem garante que essa pessoa ou esse grupo que escreveu a história não a escreveu de acordo com as suas próprias crenças e os seus próprios interesses tá então esse conceito de verdade histórica ele vai ser meio questionado e ele

vai ser também satirizado aqui pelo autor beleza esse livro discute a ideia da identidade e identidades individuais que constroem uma identidade coletiva a identidade de um país a identidade de uma nação é sempre uma identidade coletiva Qual é a identidade angolana Qual é a identidade desse país que tem um passado tão preso a um a dor europeu lá de longe que o passado está tão ligado a esse colonizador que o próprio passado da Nação angolana é antes do colonizador será que ele é lembrado quem resolveu contar a história angolana historiadores e sociólogos angolanos ou historiadores

sociólogos enfim estudiosos europeus quem conta a história do país identidades individuais construindo uma identidade coletiva a identidade nacional pensando especificamente em Angola bom o meu espero que esse vídeo tenha te ajudado tá se vai arrebentar aí em qualquer prova o que aparecer pela frente de certeza que você vai deitar Beleza tamo junto jovens Valeu aí pela parceria e mais um vídeo até uma próxima é nós né valeu falou e tchau