[Música] o pessoal aqui no masp na exposição tarsila popular que trata da obra de tarsila do amaral tarsila do amaral que teve uma infância numa família muito abonada muito enriquecido no interior de são paulo estudou em são paulo no colégio tradicional o sion e fez a sua formação cultural em paris sobretudo com um professor chamado laser onde ela aprendeu a língua sobre as vanguardas para exigências sobretudo o cubismo e também o primitivismo e eu justamente queria falar pra vocês de uma tela que lida com essa questão do primitivismo que se chama a negra tarsila do
amaral nasceu em 1886 portanto dois anos antes da abolição da escravidão e ela passou a sua infância numa fazenda de café nesse período chamado de pós abolição ou pós emancipação um momento que prometeu muita inclusão social mas entregou muita exclusão social para os homens e mulheres negras e tarsila devolve aqui uma tela que hoje nós num período de colonial e de crítica ao eurocentrismo uma tela cheia de estereótipos da silva teria dito que se inspirou numa negra de são os termos dela que tem teria sido escravizadas da fazenda e que ela lembrava dessa maneira não
é com os beijos muito largos né e também contava uma particularidade que não passa de um folclore de que as escravizadas para poderem amamentar os seus filhos tinham que ter um seio muito grande muito fato para que jogassem nas costas e que dariam de mamar a seus filhos todos esses elementos fazem dessa tela uma tela hoje em que hoje em dia causa muita polêmica e muito estranhamento veja como ela devolve aqui uma tela que tem elementos concretistas ao fundo nem com o branco o azul marrom verde mas ela tenta traduzir o primitivismo que era uma
avó gaga na frança para essa figura que acaba ficando muito caricata uma cabeça muito pequena contra a porta ao nariz alagado os beijos muito grandes e sobretudo esse seio descomunal a gente não ver aonde ele termina com esses gastos imensos essa perna imensa pensaram nos dias de hoje essa é uma tela quase agressiva esses aspectos ficam ainda mais evidentes se nós compararmos a tela a negra de 1923 com esse autorretrato de tarsila faz de si mesma também de 1923 vocês vão notar que as imagens são muito distintas aqui está tarsila com o cabelo curtinho a
moda com a maquiagem muito bem feita um casaco vermelho magnífico do estilista francês chamado pato ou seja ela está vestida como vanguarda parisiense não por coincidência ela morava nesse momento junto com o oswaldo de andrade em paris e como vivia com essa esse ambiente artístico a francês as cores também são bastante reveladoras o azul eo vermelho numa referência às cores da bandeira francesa e comparem essa mão com a mão que vimos anteriormente se a mão que vimos anteriormente na negra é uma mão de trabalho de trabalhadora aqui temos uma mão dele cada uma mão fina
de uma pessoa das elites e que convive com as elites européias a exposição tarsila popular está aberta no masp até o dia 28 de julho de terças a domingos são 92 obras entre pinturas desenhos rascunhos e vale a pena você conferir