28. Édipo _ em Freud e Lacan - Conceitos fundamentais da psicanálise

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Travessia Psicanalítica
Aula 28 - Aula aberta com a psicanalista e profa. Dra. Renata Wirthmann. Nesse encontro falamos a r...
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aqui as ruas ficam completamente cheias de barraquinhas peça junina no centro não sei se por aí também fica em todos os cantos bom vamos trabalhar então que que Ribamar daqu é meio fraco aí é meio fraco é tem uma coisa boa em festa junina a a maior é da prefeitura mesmo né é as comidas isso é bom É verdade é muito bom verdade nossa Fortaleza é cheio aonde você tá Fortaleza é cheio aí também é né Tem competição de de de quadrilha inclusive então aqui pra junina é mais forte do que carnaval Carnaval só aqui
é só na capital que é bem forte mesmo aqui é emm aqui no Rio nada se compara ao carnaval é não o rio é carnaval né que a festa mais forte não é a festa junina É é a Congada que é em outubro que é uma festa é do é de uma que que é uma região quilombola né Eh da da população negra que veio pra região eh e a segunda festa é a Junina o Carnaval O Carnaval todo mundo vai para algum lugar esconde foge né vai passear aproveitar vamos trabalhar jo Você levantou a
mão quer falar alguma coisa a gente começar Renato eu queria perguntar se tem como mandar o texto um dia antes é que para mim é é muito corrido eu atendo o dia inteiro eu trabalho em Campinas aí é uma hora para chegar até segunda Ué eu vi hoje ah então tá não na segunda-feira mandei segunda mas de qualquer forma ele vai esse texo vai ficar com a gente algum algum tempinho ainda bom então vamos lá a gente tá começando mais um ciclo eu já perdi Qual é a conta se é o um se é o
dois se é o três se é o quatro eu perdi a conta eh e seguindo a porque a gente começou lá com os conceitos fundamentais da Clínica mesmo Associação livre eh escuta flutuante lembram deles né Depois a gente seguiu eh para os investimentos né libido objeto desejo Amor avançamos eh para o esquema da da angústia e agora eu acho que estamos no quarto ou quinto posso ser que eu esteja já perdida Porque a gente já fez muitos encontros a gente vai então para a enquete que a gente fez propôs falar sobre o EDP Então vamos
em no edpo em Freud e Lacan mandei no grupo do WhatsApp o texto mandei na segunda e mandei hoje de novo Eh um resumo né a partir dos textos de Freud e de Lacan eh eu não coloquei as referências Vou colocar depois as referências e mando de novo novo Eh porque a quando eu coloquei as referências estavam um pouco grandes eu vou reduzir um pouquinho para deixar mais próximo só o que eu utilizei mesmo sobretudo no Freud fica muita referência picotada o do Lacan menos eh Então vamos lá por que que a gente vai falar
sobre épo em Freud e em lacamp primeiro que há uma certa separação uma certa diferença entre os dois eh à medida que a gente for Conversando a gente vai chegar eh no na a gente édico sobre castração e vamos chegar também nas questões da sexualidade feminina e da masculinidade então da feminilidade e da masculinidade então a gente começa o nosso percurso antes da diferença eh e das consequências da diferença ou da percepção da diferença anatômica e vamos caminhando para ver onde que a gente vai chegar com isso e a gente vai chegar em em dois
assuntos muito importantes que é a masculinidade e a feminidade quem vai me ajudar nesse percurso também aqui que acabou de entrar é o Daniel Daniel Fala oi aí pro pessoal Olá boa noite agora Daniel abriu a câmera eh o Daniel vai me ajudar nesse percurso também porque ele tá estudando sobre masculinidade Então como Eh o meu estudo foi sobretudo sobre feminilidade e o Daniel estuda sobre masculinidade a gente vai vai fazer esse percurso do edpo castração ao feminino e ao masculino eh existem alguns textos bem interessantes sobre masculinidade mas vocês vão perceber que por algum
motivo do universo todo mundo decidiu que a masculinidade era algo muito fácil e poucos pararam para estudá-la e a feminilidade ficou uma questão a ser estudada você já viram a quantidade de material que tem sobre feminilidade sexualidade feminina e quão pouco material tem sobre a masculinidade E aí é super engraçado porque fica parecendo que a masculinidade é um assunto simples gente nada no humano é simples quem diz que a masculinidade é um assunto mais simples do que a feminilidade mas de algum modo partiu-se do pressuposto de que esse tema estava dado tá dado porcaria nenhuma
porque toda vez que a gente pergunta Ah então me fale da masculinidade a pessoa se enrosca Então não é um assunto simples de modo algum Mas então Daniel vai nos ajudar nesse percurso né Daniel Obrigada por ter aceitado o convite Eu que agradeço bom então como é que a gente vai começar essa história a gente vai começar essa história apontando eh e eu vou partir de um texto do Freud que eu não sei se vocês conhecem acho que todo mundo conhece a a psicanálise e a teoria da libido São dois verbetes que ele fez em
1923 eh paraa enciclopédia eh e são dois verbetes por que que eu acho interessante esses verbetes para aulas como essa vocês vão perceber que eu utilizo bastante esses verbetes quando a gente vai passar rapidamente porque é o Freud olhando pra própria teoria e organizando então ele para em 1923 para escrever dois verbetes sobre a psicanálise para enciclopédia E olha que luxo não é um psicanalista que vai escrever sobre a obra do Freud é o Freud que vai olhar pra própria obra e escrever em terceira pessoa então é super engraçado porque nos verbetes tá assim Freud
diz que é o próprio Freud dizendo que o Freud diz que porque quando ele vai escrever os verbetes ele se coloca como um leitor dele mesmo por isso Esses verbetes são tão preciosos então eu vou começar essa história desse verbete que tá eh a na no volume da companhia das Letras tá no volume 15 tá para quem quiser ir lá no volume 15 a partir da página 256 Vale a pena ir em que o Freud ele vai eh eh voltar no próprio Freud para contar para leigos O que é a teoria da sexualidade infantil e
vai contar para leigos o copilado eh do que que é o épo e a castração então é um privilégio a gente pegar 23 anos de teoria freudiana resumido pelo próprio Freud obviamente que a gente não tem como não aproveitar disso ele faz essa mesma reunião eh no estudo autobiográfico el el ele faz de novo essa reunião eh no esboço de psicanálise que ele escreve pouco antes de morrer em 1938 então ao longo da obra do Freud o Freud fez uma coisa muito interessante que foi sintetizar a si mesmo por até por ter consciência de que
como a obra dele é uma obra viva e aberta eh do surgimento da psicanálise em 1900 até a morte dele né até o último texto em 38 nesses nessas quase quatro décadas né de textos da psicanálise propriamente dita eh a teoria se modificou enormemente então ele para em determinados pontos para contar pra gente Aonde que a teoria se modificou em como que ele organiza e etc entende e isso ainda bem que ele fez é muito importante claro que é importante a gente lembrar também que o Freud toda vez que ele elaborava um novo conceito ele
voltava nos textos anteriores eh e e colocava em notas de rodar pé de que modo que esse novo conceito era importante para os conceitos anteriores por exemplo vocês pega o texto de 1905 três ensaios da teoria da sexualidade vocês vão ver que quando ele volve 20 anos depois o conceito de pulsão ele vai voltar nos textos de 20 Anos Antes 15 anos antes para falar eu precisava desse conceito para explicar isso daqui ainda não tinha entende só que o conceito só foi elaborado muito tempo depois então não tinha como ele adivinhar que o conceito ia
ser elaborado depois embora tem uns que eu acho que ele adivinhou bom então que que é que a gente vai começar a gente vai começar de uma coisa muito interessante que é o motivo pelo qual o Freud foi praticamente apedrejado quando Lan passou as suas primeiras hipóteses sobre a Sexualidade infantil A ciência tava acostumada até a Freud a ideia de que a Sexualidade eh ela só daria indícios a partir da adolescência a partir da puberdade e aí vem Freud e diz não nós temos uma sexualidade infantil vocês sabem que ele não foi muito bem recebido
com essa afirmação duas afirmações que fizeram pode ser apedrejado um que as mulheres têm sexualidade dois que as crianças têm sexualidade eu não sei o que que eu me espanto mais se até Freud acharem que a mulher não tinha sexualidade ou se nunca perceberam a satisfação infantil no Sugar por exemplo de um bebê Então não sei o que que eu me espanto mais com o fato de que ninguém nunca tinha observado e o Freud fala isso ele fala olha e é provável e olha o que que ele diz a a psicanálise revelou a quantidade de
fenômenos notáveis e de ocorrência regular né Eh que obrigaram a fazer o começo da função sexual da criança praticamente coincidir com o início da vida extrauterina eh eu pergunto com espanto como foi possível ignorar tudo isso até aqui que que ele tá dizendo o que espanta não é a descoberta é como que não se descobriu antes não eh ele não tá ficando ass lisongeado Tipo olha que que que eu descobri as crianças sem sexualidade Ele tá dizendo me espanta que ninguém nunca tinha descoberto antes ou seja que ninguém nunca tinha parado para observar isso que
já estava por exemplo eh o início do Desenvolvimento Infantil e o investimento al erótico que que é o investimento alter erótico esse investimento da Criança em relação ao próprio corpo como que ninguém nunca tinha observado Isso é o que mais espantava a parte da sexualidade feminina nem se fala né gente como é que ninguém nunca tinha observado que sim as mulheres têm satisfação sexual TM sexualidade inclusive que as mulheres a até isso só na psicanálise só na psicologia só não até na medicina se vocês pegam P apreciado por exemplo vai apontar que durante muito tempo
na anatomia se recusava a ideia por exemplo o o o aparelho sexual feminino era lido na anatomia até o século XVII como um aparelho sexual masculino invertido ela ele nem tinha uma especificidade própria nem na anatomia O que é muito curioso porque a anatomia Teoricamente era ser uma coisa objetiva não não é não há nada isso que a gente vai percebendo muito claramente não há nada que é olhado objetivamente tudo tem um entrave político tem um entrave religioso tem um entrave que Nebulosa que deixa o olhar nebuloso então a gente começa com isso com a
ideia de que é estranho eh que a Sexualidade infantil não tinha sido percebida até então o Freud avança falando de um outro conceito muito importante então primeiro o fato de que a vida sexual infantil começa logo no início da vida extrauterina e por que que ela começa logo no início da vida extrauterina essa também é fácil ora a criança nasce prematura digamos assim mesmo os que nascem de nove meses nascem prematuros que que significa dizer que nascem prematuros a gente nasce completamente incapaz de sobreviver no mundo lá fora se a gente nasce completamente incapaz de
sobreviv no mundo lá fora alguém vai ter que vir cuidar da gente essa pessoa que cuida vai cuidar deste corpo vai alimentar este corpo lavar este corpo limpar esse corpo vestir e despir este corpo percebem ou seja ao tocar alimentar limpar vestir despira este corpo inevitavelmente vai fazer com que esse corpo se perceba com que hajam experiências sensórias nesse corpo inclusive espera-se que se faça isso porque já pensou se alguém fala assim bom para não não dar nenhuma experiência sensória ao corpo do bebê eu não vou tocar neste corpo como que você faria isso Simão
te pergunta como é que você ia limpar xixi cocô sem sem encostar nesse corpo inclusive provavelmente seria uma infecção danada né como acontece quando alguém resolve por exemplo não encostar nesse corpo é claro que esse corpo vai adoecer então ele precisa ser tocado e ao ser tocado a gente tem aí as primeiras notícias de que esse corpo é portador digamos assim de libido E aí o Freud vai falar que o segunda eh outro grande conceito aí tem a ver com o desenvolvimento da libido a libido né então a libido sexual né a libido ela é
uma expressão dinâmica a que expressão dinâmica é essa que eu posso investir em várias em vários lugares Ela não fica estacionada ou parada em um único lugar é dinâmica à medida que eu posso investir sobre um objeto e outro objeto posso investir uma certa quantidade ou menor quantidade posso tirar de um lugar para outro posso diversificar em vários investimentos ou seja ela é dinâmica então a a e a libido como é que a gente percebe aonde que ela tá sendo investida no início do desenvolvimento ora aí a gente já sabe que as zonas erógenas que
que são as zonas erógenas a são as marcações que o corpo dá eh sobre como que ele vai ao mundo a primeira zona erógena Qual a primeira necessidade básica do ser humano quando Nas sobreviver comer gente Afinal Antes quando tava dentro da barriga ele não precisava comer porque tava entrando Ali pela pelo cordão mas assim que ele nasce a a a talvez a primeira urgência as outras coisas tipo respirar é automático outras coisas são mais automáticas ele precisa comer então inevitavelmente como comer não é das da ordem das coisas eh simplesmente automáticas Tem que haver
um certo esforço do neném no Sugar não à toa tem uma preocupação quando ele não consegue Sugar não é quando ele recusa o peito então é o primeiro encontro com o mundo se dá pela boca então a toa a primeira zona erógena bem demarcada bem delimitada É a zona erógena da boa que determina a nossa primeira grande investimento libidinal que é esse investimento da oralidade E aí vai caminhando bom depois da boca obviamente tudo que entra tem que sair depois da boca vem a fase anal inevitavelmente e por que que isso dá notícias e também
é tão bem demarcado porque a criança tem cólicas porque a criança tem um desconforto porque há uma satisfação porque há uma série de experiências do corpo E assim a gente vai caminhando paraas fases paraas zonas erógenas então e as zonas erógenas determinam as fases fase oral fase anal fase fálica lembram disso depois a fase fálica período de latência fase genital E aí vamos indo eh Por que que essas zonas são tão bem marcadas elas dão notícias zona no no sentido de lugar no lugar onde a libido será investida Tudo bem então a libido será investida
a cada tempo do desenvolvimento num certo lugar nesse eh ah nesse percurso da libido pelo corpo ah descobre-se que para além do corpo Existem os objetos é óbvio que o neném não ia ficar restrito ao corpo nesse percurso de descoberta do corpo se descobrem os objetos até porque os objetos foram aqueles que permitiram a descoberta do próprio corpo por exemplo pelos cuidados pelo amamentar limpar despir lembram disso então todos os cuidados com esse corpo fizeram com que o corpo fosse descoberto mas os objetos também então a gente tem o encontro dos objetos e a libido
pode investir não só de volta nesse corpo mas também pode investir nos objetos que fizeram com que esse corpo fosse descoberto Então a gente tem o investimento alteró da libido ou seja libido que retorna neste corpo e nas suas zonas erógenas bem demarcadas mas a gente também tem alibido que retorna sobre o objeto que fez com que esse corpo fosse descoberto E adivinha Quais são os nossos primeiros objetos objeto de amor mãe por exemplo objeto de uma certa rivalidade incômodo né aquele que tá ali só atrapalhando essa relação de exclusividade que eu gostaria de ter
com a minha mãe pai e aí eu gostaria de lembrá-los que pai e mãe não é biológico e não tem ligação direta com o gênero tudo bem O que significa que Essas funções podem ser desempenhadas e costumam ser regularmente desempenhadas por outras pessoas por exemplo na nossa cultura brasileira que a gente tem aí um sério problema de pais que vão embora ou vocês nunca ouviram falar disso né eu lembro uma ver nunca nunca ouviram falar disso eh por exemplo eu lembro uma seleção brasileira Ah qual foi a copa agora Esqueci qual a Copa mas acho
que umas duas ou três copas para trás Já faz um tempinho eh eles fizeram eh Tod de toda a seleção brasileira só um jogador tinha pai todos os outros jogadores foram criados pela avó foram criados pela mãe solo foram criados que tiveram pai presente na criação da Seleção Brasileira de futebol tá e eh e isso nos dá uma certa notícia porque eu vou achar essa matéria Se eu achar essa matéria eu mando para vocês eu achei interessante que foi tipo assim um estudo antropológico do Brasil a partir da Seleção Brasileira das características dos jogadores da
sua origem social das criações que tiveram eh da da questão escolar entende foram pegando o histórico dos jogadores da Seleção Brasileira como espécie de perfil antropológico da população brasileira de modo geral na média da população voltando então a esses pais Então veja o que que a gente regularmente tem quando eh as as mães trabalham fora esses pais foram embora a gente tem várias famílias que quem fica com a criança se por acaso a pessoa tiver aposentada e tiver condições de fazer isso é por exemplo avó é novidade para vocês nenhuma né a gente tem inúmeros
casos que a avó que cuida muito regularmente Então você tem algo do tipo que a avó acaba fazendo uma função mais próxima da função materna e aponta para a mãe como função paterna Quando sua mãe chegar eu vou falar para ela você já viram isso avó é quem vai apontar para a mãe como Aquela que trará a lei como trará que vai trazer ali o o um certo outro discurso então na então dizer que a população brasileira ela é regularmente criada por um funcionamento de família papai mamãe filhinha não conhecer a nossa realidade tá essa
não é a nossa realidade e não é há muito tempo O que significa então que de modo geral eh quando a gente fala de Pai mãe filho estamos colocando essa lógica em todas as configurações familiares que existem dois homens criança duas mulheres criança vó e mãe criança que seriam duas mulheres e criança então duas mulheres que tenham relação amorosa duas mulheres que tenham relação de parentesco dois homens um homem uma m mulher deu para entender todas as configurações possíveis não nos importam muito bem qual é essa configuração eh é importante a gente lembrar que mesmo
as pessoas que cuidam de um modo solo da criança vai ter algum terceiro que ocupa essa função mesmo quando ele não está permanentemente dentro de casa tá então é interessante a gente observar de a a a amplitude de onde pode vir esse terceiro mas esse terceiro costuma vir de algum lugar ele vem vamos tentar localizá-lo então isso eu gostaria de colocar para vocês do mesmo modo que a criança faz investimentos no próprio corpo ela faz investimentos nos objetos que ela descobriu ao descobrir o próprio corpo e esses primeiros objetos eh em que ela permite fazer
um investimento parcial ou seja pegar parte da libido que ela investir Ao corpo e investir parcialmente nesses objetos ó já fez uma divisão Ó que legal E aí lembrando na vida adulta o que que o Freud diz um bom economista diria Invista sua libido né nunca Invista completamente no único lugar diversifique seus investimentos a criança já começou a diversificar investimento parte da libido que ela investe no próprio corpo de um modo al erótico ela pega parcialmente parte da libido para investir num objeto externo Deu para entender então há essa divisão aí já uma primeira divisão
e uma primeira possibilidade de investimento parcial que é muito importante lá na frente Bom seguindo isso a gente tem finalmente o edpo que é demarcado retroativamente pelo Pré épo E aí eu fiz para vocês e mandei no grupo uma pequena tabela eh deixa eu colocar ela aqui pra gente poder conversar um pouco vocês estão vendo né Tá pequeno ou tá OK Tá pequeno Tá pequeno is Deixa eu ver se eu aumento aqui um pouquinho e abrir assim pera aí ficou melhor ficou mas tá pequena um pouquinho aa tá pequena pera aí ó vamos ver se
assim cabe Coube Coube aí tá bom Melhorou tá ótimo tá ótimo Então olha só e a gente eu fiz o do Lacan não coloquei em tabela não porque eu comecei a apanhar demais para colocar em tabela falei vai em texto o do Freud foi mais fácil colocar em tabela deixar em tabelinha o que que é que a gente eh O que que a gente tá tentando aqui com o Freud e com o Lacan eh é claro que Freud eh constrói a teoria a partir do edpo todo mundo sabe quem foi épo não preciso lembrar mas
a gente vai né o Daniel a gente tá até separando ali uma postagem a partir de do próprio texto né Daniel do do EDP Eh estamos ali separando uns trechos do próprio sófocles né Eh para poder localizar o texto freudiano estamos ali sofrendo né danho n escavação S escavação a gente tá tentando localizar no próprio sófocles ali alguns termos alguns textos alguns trechos que nos ajudam a sustentar essa proposta freudiana mas veja o o que que é importante o Freud ele constrói a teoria do edpo o Lacan ele RNA na teoria quando o Lacan retorna
ele já não vai retornar do mesmo jeito nada retorna do mesmo jeito ele retorna já com algumas modificações em relação à teoria dele por exemplo em relação à questão do sujeito Então por que que o Lacan ele não vai fazer essa mesma divisão em pré Édipo Édipo castração e etc e sim em primeiro segundo e terceiro tempo do Édipo justamente pela lógica freudiana de que o sujeito é atemporal de que a construção eh do EDP só se compreende ela por retroação por exemplo eu só sei da pré-história do edpo depois do edpo por retroação eh
então o lacam propõe uma outra construção em três tempos Mas vocês vão perceber que os três tempos do edpon e a organização ET típica do Freud tão na mesma construção lá na frente a gente vai falar um pouquinho sobre algumas críticas das interpretações freudianas muito voltadas paraa questão do épo que o próprio Freud faz no percurso da da da obra dele tá o próprio Freud lá na frente vai questionar a ideia de não se utilizar de modo algum o EDP como uma espécie de chave de compreensão então lembre-se a psicanálise não é uma teoria fechada
ela é uma teoria aberta se ela é uma teoria aberta vocês não podem pegar nenhum pedaço dela e utilizar como espécie de chave de compreensão do mundo entende então eu vou tentar procurar épo em todos os casos clínicos eu vou tentar interpretar a partir do ético não pode não é uma chave fechada é uma chave aberta Ou seja é uma das possibilidades de pensar o humano mas não é a única pro Freud era certamente uma das mais importantes mas não é o centro do pensamento por exemplo lacaniano o Lacan não estrutura a teoria dele em
torno da Lógica edípica tem uma separação mas vamos Um Passo de Cada Vez vamos tentar entender então o Freud primeiro percebam que a divisão que eu fiz aqui e aí vamos tentar voltar em cada termo pra gente entender a divisão que eu fiz aqui foi eh de um modo aparentemente cronológico mas é importante que vocês se lembram que ele só é compreendido por retroação então o que que acontece na pré-história do épo Entre Meninos e Meninas atividade masturbatrix menina ao nascer o que significa que essa ideia de meninos vestem azul e meninas vestem rosa é
um fetiche do adulto não uma necessidade da criança tá claro eh a criança ao nascer não tem uma compreensão do significado ou da distinção anatômica do teu próprio corpo poderia inclusive afirmar que a criança sequer sabe da existência do próprio corpo ao nascer vocês entendem a criança não sabe da da diferença entre o corpo dela e o corpo de que cuida da lógica da criança é como se a ao sugar o seio da mãe a gente diz que a criança suga a própria boca o seio da mãe como elemento externo vai ser descoberto depois a
princípio quando a criança chora e o seio vem ela não tem essa noção de que o seio vem e vai é como se de algum modo ela tivesse fome e sugasse a própria boca tanto que se vocês olharem um bebê bem pequenininho vocês vão ver que quando ele tem fome ele já começa a sugar o ar antes do seio chegar na boca percebem ele já tá lá sugando a própria boca antes do seio chegar à boca porque ele ainda não tem uma noção de uma boca de um seio que vai e um seio que vem
de uma boca que AB Bocanha e solta não se tem essa ainda essa noção então na pré-história do épo lá no iniciozinho não há uma distinção não há uma compreensão da distinção anatômica entre os sexos a distinção anatômica ela é lida por terceiros ou seja pelos adultos ao redor então eh a equipe médica dá carteirinha de vacinação rosa para as meninas e a carteirinha de vacinação azul para os meninos eh você faz o quadrinho da da da né da da da porta lá da Maternidade azul ou rosa mas isso é algo dos pais e da
equipe médica não é da própria criança a o próprio bebê que nasce não tem nenhuma consciência disso Isso realmente nem fica registrado mas o que que há de comum então a história dos meninos e das meninas começam exatamente do mesmo modo começam da Necessidade a gente tem um ponto de extrema necessidade um corpo extremamente frágil que precisa ser cuidado esse corpo extremamente frágil que precisa ser cuidado encontra neste cuidador a sua primeira amorosa a gente já estudou o conceito de desamparo lá atrás lembra vamos voltar nele Qual é essa primeira Experiência Amorosa a de desamparo
que que é desamparo quando necessidade e amor se equivalem então ali aonde eu encontro amor eu encontro amor porque dali advém toda a minha necessidade a minha sobrevivência depende dessa que cuida e por isso eu a amo entende eu a amo inclusive que ela me mantém viva Então a primeira experiência amorosa eh é uma experiência ligada à necessidade Então por que que a mãe é o objeto original é o objeto original porque é o objeto que mantém esse corpo vivo entendem Porque que a gente tá falando de mãe ser o cuidador primordial E aí não
me importa se é uma mulher se é uma avó se é uma freira que pegou a criança na porta da igreja abandonada numa caixa de sapato não me importa importa que alguém se colocou à disposição de dar desse corpo frágil e mantê-lo Vivo deu para entender a lógica e isso é mais importante do que qualquer discussão em e essa discussão sempre vai longe qualquer discussão é importante isso alguém tomou para si a responsabilidade de manter esse corpo Vivo quem ocupou esse lugar vai ganhar o o a qualidade de mãe tudo bem eh Então por que
que o objeto original é a mãe porque é o primeiro objeto de amor barra desamparo amor e dependência igual a desamparo nesse sentido então aonde que tá o pai o pai não está né O pai não está porque ele não é registrado entende eh então não tem uma rivalidade original para com o pai porque o pai sequer é registrado nem o pai nem uma outra pessoa que não aquela que eh cuida é registrada Ah mas e se lá desde a origem eh as pessoas dividem os cuidados com a criança a criança sabe que essa divisão
nunca é exatamente igualitária vocês já perceberam isso por exemplo a pessoa que ocupa esse lugar de objeto original é o lugar em que a pessoa pega e a criança já para de chorar é o lugar que alguma coisa acontece diferente inclusive isso costuma dar umas brigas de casal assim terríveis né a ah eu preciso que você cuide para poder descansar e a criança chora chora chora chora lá pela santas a pessoa desiste descansar e fala ah me dá porque de algum modo por mais que se tente dividir de modo igualitário parece haver um uma preferência
originária Deu para entender a lógica tem um tem um certo encontro ali bom essa agora tem uma primeira diferença entre os meninos e as meninas que já começam a a demonstrar aí nessa pré-história do edpo nos meninos a história é bem curta e nas meninas há há uma longa para história do épo nas meninas há uma longa pré-história do épo mesmo porque o edpo vai acontecer muito mais tardiamente do que nos meninos as meninas têm uma longa batalha até chegar no épo os meninos eles abandonam A Batalha antes e entram no épo A Batalha é
a a é diferente a gente vai falar um pouquinho dessas batalhas as meninas tem uma batalha mais longa aí pela frente e faz com que essa pré-história do EDP aconteça de um modo muito mais complicado muito mais desgastante e muito mais longo em relação à atividade masturbatrix engraçado porque um dia eu falei isso em sala de aula uma aluna falou EA eu fale EA Por que pessoa a atividade masturbatrix ter satisfação autoerótica ele não tá pensando no h f que ele assinou ele nem assina ho ele só Tá satisfazendo experimentando aquele corpo é sensório é
al erótico sem investimento objetal investimento objetal seria assinar o olif para sentir satisfação seria antigamente seria Playboy Hoje não tem mais Playboy ela faliu eh mas a atividade masturbat cória do bebê ela existe desde muito pequenininho e pode ser facilmente observada por exemplo você vai trocar a fralda do neném você já viram que existe na farmácia para comprar uma espécie de parce um um capozinho pro pênis para que você não seja acertado com xixi na cara você já viram o capozinho na farmácia vende Ou seja você vai trocar o o o neném quando você começa
a limpá-lo inevitavelmente o próprio processo de limpar faz com que o neném né Tenha ali uma sensação gozosa daquele corpo só que como essa sensação ainda não é muito diferenciada em relação a outras Sensações como por exemplo vontade de fazer xixi às vezes uma leva a outra e se leva um banho de xixi na cara quem tem meninos quem teve meninos conta comumente a história de ficar craque e fugir dos arremessos não sei se vocês já já viram essa né você tem que fazer um um para cá e um para lá porque hoje na farmácia
é o que você já tem o capozinho para fugir do arremesso tá vendo já inventaram ali uma microf fraldinha pra hora da higienização do menino agora veja eh antes do capuz né Renata usava-se a própria fralda a o capuzinho é porque ele é descartável né então é uma coisa menos para lavar depois agora em relação as meninas por outro lado eh os meninos eles vão ter essa atividade masturbat cória ela é mais visível inclusive no na troca de fralda etc durante muito tempo se imaginava que as meninas não tinham mas aí é só você parar
e observar Por exemplo quando as meninas conseguem finalmente segurar o chuveirinho com muita rapidez elas levam o chuveirinho e ficam lá algum tempo com chuveirinho nas suas regiões ou por exemplo brincar de caval o braço do sofá Ou seja você tem uma experiência sensória com este corpo que às vezes as pessoas resolvem não fingir que não vem mas se você parar para observar você vai ver sem dificuldade nenhuma agora do ponto de vista da cultura considera-se que a atividade masturbatrix particamente todos os corpos T satisfação mas nesse sentido então a atividade eh masturbatrix É só
vocês pararem para observar Normalmente quando o menino ele demonstra essa satisfação eh inclusive e eh tem umas regiões que fazem umas coisas muito estranhas por exemplo não sei se vocês sabem mas tem gente que quando o menino nasce eles exibem as genitais das Crianças pros familiares vocês sabiam que tem gente que faz isso não há loucura como se de algum modo fosse uma espécie de olha os Bal badalos né deixa menino que nasceu então tem uma certa reverência elogiosa a questão fálica do menino em compensação na nossa cultura é muito comum que a atividade masturbat
cória da menina isso mesmo maricela olha falo o que eu fiz né Por isso os o o o seinfeld tem um o sefel não sei se vocês Já assistiram ele tem um episódio que eles vão um amigo vai ganhar neném e aí eles tá lá distribuindo o charuto né aí o seinfeld brinca né o charuto com a coisa fálica do menino que nasceu e é hilário porque é como se de fato tivesse comemorando é o menino e aquela comemoração fálica de ser um menino durante muito tempo inclusive eh ter um menino era um sinal Melhor
do que ter uma menina lembram em várias culturas ou seja o que o feminino ele é de algum modo rebaixado ou a qualquer manifestação do corpo feminino como sexual é criticado não é novidade para ninguém Nossa cultura tá aí dentro disso Então veja que que é essa atividade masturbat cória vista como masculina é abandonada porque não pode competir com pequeno portador de pênis que por sua vez é incentivado a fazer xixi à distância e mostrar que dá conta de fazer xixi mais longe inclusive literalmente às vezes tá tem pais que incentivam o filho a fazer
xixi no meio da rua no pneu do carro nas plantas do vizinho gente que coisa estranha mas sim a nossa cultura faz isso em compensação você vê crianças muito pequenininhas que a menininha eh ah vou dar um ótimo exemplo da que eu particularmente acho toda vez que eu vou em praia ou Clube me incomoda neném de biquíni eu queria muito saber para que serve a parte de cima do biquíni porque não tendo nada para segurar ele vem pro pescoço Vocês já viram ele entra na água o biquíni vem pro pescoço se não tem nada para
segurar o biquíni Por que a parte de cima do biquíni está lá porque mamilos é um assunto muito polêmico O mamilo dos meninos podem ficar em público O mamilo das meninas tem que ficar lá lutando com biquíni que sobe e você desce sobe você desce sobe você desce a mesma coisa da faixa do cabelo daqueles laços enormes É como se eu tivesse que dar marcas Claras E desde muito pequena inclusive roupas confortáveis ao brincarem meninas por exemplo Às vezes você vai em festa de criança e a roupa que a menina vai na festa é impossível
para brincar não dá pro pula pula não dá pro escorregador se vai uma saia curta que vai no escorregador vai assar a perna ou seja a gente vai vendo uma um certo cercear do corpo das meninas desde muito cedo Vocês estão entendendo o que que eu tô apontando aqui né então vamos avançar um pouquinho mais que que é o primeiro passo então na fase fálica o primeiro passo na fase fálica e veja que aqui a gente tá eh falando sobretudo ainda da fase oral e aí depois da fase oral a gente tem a fase anal
e finalmente a fase fálica esses dois aqui a gente tá falando sobretudo da fase oral e da fase anal eh Por que que a fase fálica ela demarca e precisa ser colocada aqui como uma diferença muito simples ela demarca uma importância porque a primeira vez que eu me dou conta que a própria criança se dá conta da distinção anatômica entre os sexos essa distinção que já era percebida e imposta por terceiros é percebida finalmente pela própria criança entende agora lembre-se que ela foi sendo imposta por terceiros desde que a criança é muito pequena e sempre
marcando o menino como mais e a menina como menos sou eu que estou dizendo não a cultura diz a cultura diz de tal modo que quando você vai conversar com mulheres de todas as idades há uma fala comum das mulheres que é eu queria ter nascido homem já ouviram essa deve ser muito mais fácil ser homem na próxima encarnação eu quero voltar homem ou qualquer coisa desse tipo Essas frases que a gente ouve por aí e a gente como psicanalista o que a gente mais tem ouvido Essas frases que a gente ouve por aí nos
dá uma certa notícia de que Desde do início da nossa vida eh o ser homem é marcado como um certo mais e o ser mulher é marcado com um menos deu para entender como uma desvantagem tanto que na na algumas culturas por exemplo eh entre o os muçulmanos eles falam que se você tiver três filhas mulheres você já vai direto pro céu Parece que é uma grande desvantagem ter três filhas mulheres porque você já tem o caminho certinho pro céu eh você tem várias brincadeiras que se faz com os recém pais sobre essa coisa de
ter nascido um menino ou ter nascido uma menina e comumente as brincadeiras sobre meninas vem associado a um risco a um prejuízo a uma perda e assim por diante Deu para entender isso significa que quando os meninos e as meninas constatam a diferença anatômica Vocês conseguem entender que eles constatam por retroação o que estava sendo dito até então de que ser menina vem marcado com o menos e ser vem marcado com mais isso não é biológico é cultural entende então se a gente avançar culturalmente para diminuir essa diferença talvez essa compreensão se modifique mas ainda
há e eu só gostaria saber assim Se vocês entendem essa eh essa lógica ainda na nossa cultura eh uma marcação das meninas como frágil como um risco como incapaz entende eh isso desde pequenininha e ao longo de várias fases bom isso significa Então deixa eu só ver tem a questão do ép Anderson é uma questão da cultura e inclusive o Freud ele vai dizer claramente até coloquei essa citação lá no o abre alas da que eu coloquei hoje no Instagram foi justamente sobre isso se você olhar lá ó o a primeira frase o complexo de
ético tem um sentido simbólico percebe Anderson o Freud ele diz em em 1914 essas citações que eu usei lá no no Instagram eu tirei de um texto Freud até coloquei aqui na alguém me perguntou eu coloquei aqui deixa tch tch tch aqui ó eu até respondi lá eh tá no história do movimento psicanalítico Volume 11 tá na história do movimento psicanalítico então o Freud ele faz uma certa organização sobre o épo e ele vai apontar Olha o complexo de é ele tem um sentido simbólico então simbolicamente o que que é a mãe a mãe significa
o inatingível quem é o pai o pai assassinato do mito do Édipo tem a ver com esse pai interior do qual é preciso libertar-se para tornar-se independente é tudo simbólico Anderson é tudo cultural O que significa que a cultura que está em constante modificação modifica o sentido do épo entende inclusive na contemporaneidade a gente fala eh que o pai está morto ou pelo menos morrendo né Eh Ou seja há uma modificação do lugar que o pai ocupa na nossa Cultura como espécie de legislador do seu desejo o pai de hoje não é o mesmo pai
da época do Freud O que significa que a incidência desse pai né Desse Lugar da Lei eh para o sujeito na época do Freud é diferente dessa incidência do pai na nossa época contemporânea percebem E é disso que a gente tá tentando falar então sim ela é cultural não é biológica não é assim é assim todas as culturas Marta não é assim na cultura ocidental então se eu quiser por exemplo falar sobre a questão do épo nas populações indígenas brasileiras eu vou ter que falar qual primeiro né Eh e certamente não serão igual em todas
Ah tem a ver com a cultura ocidental então se eu for falar de um de algo da Ordem edípica na China que é uma outra cultura eh na Índia que é uma outra cultura as leituras precisarão ser refeitas trata-se aqui de uma leitura ocidental Então essa eh teoria ela é universal não é não existe um épo Universal entendem Ah não existe um épo Universal essa mitologia na qual Freud vai que a mitologia grega é uma mitologia ocidental é uma mitologia Europeia agora a Europa ela influencia os Estados Unidos influencia o Brasil então ela tem uma
nós temos uma influência Ocidental no modo que a gente fala a nossa língua não é europeia português veio de onde mesmo né Eh então o o como a nossa língua é europeia inevitavelmente a influência da cultura ocidental europeia que demarca a nossa língua mãe demarca Alguma coisa do nosso modo de pensamento demarca mas não determina completamente há diferenças mas é uma teoria que não é para todas as culturas eh e é uma teoria que é cultural não biológica então se a cultura modifica inevitavelmente a o épo também se modifica como tem se modificado Silmara Oi
Renata boa noite Boa noite a todos Renata eh mas as funções não existe porque se eu for funções porque se eu for pro Oriente eu não vou ter eh a a função materna a função paterna desempenhada pelas mesmas pessoas mas eu Vot teri né os Marcos civilizatórios que aí que entra como essa lei eu penso assim não tô alucinando aqui não você não tá alucinando Mas é interessante a gente voltar por exemplo se a gente for pro levest eh ele o levest tem um livro que ele vai estudar os parentescos e ele vai fazer uma
investigação Silmara no mundo todo sobre as várias relações de parentesco por exemplo o mundo todo tem a mesma lógica de parentesco por exemplo consanguíneo não nem a gente tem por exemplo um filho adotivo ele não é consanguíneo no entanto ele é um filho um filho adotivo ele é menos filho do que um filho consanguíneo Não Então qual é o o qual é a regra de parentesco ah por exemplo você tem algumas populações eh que não tem esse lugar de pai e mãe definidos da mesma forma que na cultura Ocidental Você tem por exemplo populações em
que toda a a aquela comunidade é responsável pel aquelas crianças Isso significa que todos os adultos daquele grupo podem dar bronca podem educar podem mas tu entende eh mas tu entende Renata que assim já trazendo essa coisa da preferência Com certeza a criança que nasce vai ter preferência por um eu acho né a função de lei Ali vai adentrar nem que seja com o grande outro né cultura enfim porque aí como é que eu como psicanalista vamos dizer eu vou pro Oriente eu vou atender para quem atende com base freudiana como é que seria isso
como é que interpretaria entendeu ela não entrou em todos os lugares do mundo a rud nesco faz um levantamento muito interessante eh deixa eu achar o livro da rodines aqui a rud nesco na biografia da dela do Freud o Freud no seu tempo ela faz uma uma leitura interessante de Quais foram os lugares no mundo em que a psicanálise adentrou algumas condições Silmara a psicanálise só funciona em regiões democráticas não tem como a psicanálise funcionar em países totalitários eh porque a própria lógica da psicanálise Imagina você poder ir para lugar falar o que você quiser
sem ser julgado e sem que o que você tem esteja falando ali eh seja transpassado para um outro lugar ou seja a ideia de que não há um um um saber maior do que o seu que você tá falando ali do consultório só tem como funcionar numa democracia então a a rud nesco eu queria até achar aqui o livro da rud nesco eu te mostraria aonde eh achei Ah jaac eu de você tirado dele do lugar porque eu estou achando todos os livros afud nesco menos o que eu quero Ou seja eu tirei ele do
lugar Eh agora o o então a rodines que ela vai fazer um levantamento de Quais os países em que a psicanálise chegou e quais ele não chegou eh em vários países a psicanálise não chegou em vários países inclusive para além do oriente da do ocidente a psicanal chegou pouco entende mas se essa pessoa viesse morar no Brasil por exemplo não poderia fazer um processo de análise nela nessa mesma lógica freudiana poderia se a linguagem se a língua acessar Porque isso é uma outra e eh a China tem Anderson é um trabalho de psicanálise interessante eh
mas se a pessoa tiver como acessar o idioma porque o idioma também é um limitador da análise viu É muito difícil você fazer análise no idioma estrangeiro é muito difícil eu falo na questão da função materna função paterna entendeu a questão do simbólico assim eu eu não consigo porque eu acho que existe essa função Porque o bebê que nasce aqui mama lá também não não é eu não tenho como te dizer porque eu não sou antropóloga Se nós formos aos antropólogos por exemplo listr eles vão te dizer de várias configurações de famílias que se distinguem
então a gente teria que primeiro fazer um trabalho de antropologia para depois tentar ler De que modo por exemplo no grupo de quinta-feira tem um psicóloga e ela vai fazendo esse trabalho de trazer o que da antropologia para o que da psicanálise Os encontros e desencontros haverão encontros filmara Sem dúvida mas haverão desencontros também mas a gente teria que fazer um percurso antropológico eu eu cravar que todas as culturas Essas funções se encontram neste mesmo modelo eu não tenho coragem de cravar isso entende em todas as culturas eu não teria coragem mas vamos seguir um
pouquinho mais adiante eh qual que é então o o primeiro passo na fase fálica o primeiro passo na fase fálica é esse reconhecimento da diferença e lembrando Esse reconhecimento da diferença vai vir afetado pelo que foi dito da diferença Antes quando eu ainda não tinha compreensão dela entende mas o material está lá e retroativamente se acessa a algo desse material então quando o Freud fala da Polêmica inveja do pênis entendam que essa inveja do pênis nada mais é do que uma metáfora de parecer estar em desvantagem estar em desvantagem porque se nasceu biologicamente em desvantagem
não estar em desvantagem porque foi dito que aquele corpo é uma desvantagem foi dito culturalmente que aquele corpo é marcado por um menos entende eh Então quando você em qualquer época da sua vida diga próxima encarnação eu quero voltar homem ser homem é muito mais fácil que ser mulher eu queria poder ser homem para poder voltar da festa de madrugada sem ser violentada no meio do caminho sabe essas coisinhas básicas que vez por outra surge da boca de Todo Mundo Em algum momento da vida em que você percebe uma enorme desvantagem de ser mulher ou
quando você olha pra pia da cozinha cheia de louça e pensa meu Deus se um monte de gente nessa casa e só eu lavo essa louça qualquer coisa desse tipo em qualquer momento da vida em que você percebe que a sua condição de mulher é dita pela cultura como uma desvalia prova de desvalia lembra-se que na época do Freud as mulheres não podiam votar não podiam ter patrimônio não recebiam herança não carregavam sobrenome lembram disso eh o sobrenome era o sobrenome masculino a herança ia para os homens da família as filhas não recebiam herança só
os filhos em relação ao nome por exemplo aí eu sei que é uma coisa polêmica mas eu acho bizarro Quem coloca nome de marido tá porque em 2024 por que que eu acho ainda estranho colocar o nome de marido porque é uma tradição que aponta para uma espécie de anulação do feminino vocês entendem É como se eu tivesse dizendo Olha o nome que fica para essa família que eu vou colocar na caixinha do correio família fulano de tal é o nome de inscrição masculina entende eh Então esse esse nome masculino simbolicamente ele nos não fala
de um apagamento do feminino então É nesse sentido então a inveja do pênis eu sei que ela é polêmica esse nome mas eu gostaria que vocês entendessem esse nome como uma metáfora não é do pênis como órgão em si é do que significa na nossa cultura ser um mais ser como o p preciado nos aponta né que eu acho Universal o p preciado ele nos eu acho que ele dá uma uma definição muito preciosa do que que é esse lugar masculino na cultura é ocupar o lugar do Universal que que é o lugar do Universal
daquele que é referência ou seja daquele que as frases apontam na direção dele daquele que as pesquisas apontam na direção dele a os outros são outros a Simone de Bovo acerta em cheio quando coloca a mulher como o outro sexo percebem eh então o outro sexo o outro sexo por quê Porque você tem um sexo masculino e a mulher é o outro sexo e anatomicamente em todos os sentidos durante muito tempo a gente tinha o homem e aí a mulher era sempre referida em relação ao homem na história por exemplo tem uma coleção que eu
recomendo muito chama história das mulheres eh a história das mulheres a coleção vai da antiguidade até o século XX a coleção grandinha francesa eh um ponto que eu acho muito interessante é que durante muito tempo as mulheres eram referidas na história não acontece mais hoje Imagina mas sempre em relação a um homem então por exemplo ela era eh eu sou a Renata não seria a esposa d a mãe D Deu para entender ou seja você é sempre eh referida a um homem a sua existência como em referência a né então esse aqui é o Fulano
e a esposa ninguém mais faz isso hoje eu tenho certeza que todo mundo já superou isso né eh mas a ideia de que a mulher então está sempre em referência a a inveja do pênis é ess eu fiz questão de parar um tempo nesse ponto porque me preocupa eh a ideia de olhar para esse conceito e já tentar rasgá-lo para fora sem pensar que ele é uma construção cultural o dia que não for uma desvantagem ser mulher o dia que a gente não tiver eh o corpo feminino colocado à disposição da violência é doméstico ou
sexual aí a gente tira esse termo aqui da do do do do dicionário tudo bem mas enquanto ainda for a condição feminina uma desvantagem que nos leva a ter que ter uma delegacia da mulher ter que ter uma Maria da Penha ter que ter entende enquanto a condição feminina for ainda um corpo legislado por terceiros a gente vai manter esse aqui ainda tá então ele não é um uma resposta biológica mas um certo lugar eh Renata Sim essa esse termo inveja do pênis afastou muitas feministas do primeiro contato mas se elas voltam aqui para ler
como por exemplo a jit butler fez né que é da teoria queer ela percebe que é da cultura que a gente tá falando isso aqui é um mal da Cultura né E aí no caso dos meninos pra gente poder fechar a entrada e desenvolvimento do épo acontece Logo no início da fase porque ele entra com o mais vocês entendem ele passou o prédio por inteiro nesse lugar demais então é natural entrar bom já que eu sou mais deixa eu ser mais mais um pouquinho então ele já entra exercendo esse lugar de ter consegue entender eu
tenho no pré Édipo eu mantenho tendo aqui e aí qual que é a diferença entre o ter daqui com o ter daqui é que agora eu assumo que eu tenho e e vou demonstrar que eu tenho como é que eu vou demonstrar que eu tenho a vinculação da masturbação aos investimentos objetais do complexo de Édipo eu vou mostrar pro meu coleguinha eu vou andar te troc terminar adoro quando as crianças começam a fazer isso a criança toma banho e veste roupa lá no banheiro não toma banho e sai pelado pela casa e sai pelado pela
casa desfilando desfilando o que tem consegue entender ou seja e que que essa vinculação aos investimentos não basta ter eu tenho que mostrar que eu tenho isso aparece também no comportamento tá E que de que modo se você vai ali na pré-escola né Maternal um Maternal dois sabe as criancinhas ali pequenininhas do anos pergunta PR professora Quem dá mais trabalho os meninos ou as meninas 100% vai responder ou os meninos a menina vai tia posso apagar o quadro tia Posso encher sua garrafinha d'água tia a menina vai est toda prestada ativa e o menino vai
est subindo em cima da cadeira eh saindo da sala sem pedir licença ou seja mostrando o que tem dar mostras que tem Então qual que é a primeira coisa na fase fale que a gente percebe no comportamento a menina dá mostras que não tem E como que ela dá mostras que não tem Posso encher sua garrafinha de água possa não sei o quê ela se encolhe fica bem comportada e tenta agradar enquanto o menino vai dar mostras que tem desafiando se exibindo competindo e assim por diante Então a gente tem na entrada uma diferença de
comportamento claro que demarca inclusive aí a gente tem que tomar muito cuidado em relação aos diagnósticos por exemplo lá na frente eh antes a gente falava de Tod a partir dos 6 anos endiante todde transtorno desafiador de oposição Agora você tem pessoas dizendo que crianças de 2 anos e me3 tem Tod ora cuidado eh praticamente todos os diagnósticos estão em meninos e não em meninas eh E por que justo nesse período tão querendo achar Tod será que é um transtorno desafiador de oposição ou essa posição fálica de mostrar que tem e para mostrar que tem
eu tenho que desafiar o outro eu tenho você não tem Deu para entender a lógica esse diagn tico precoce que tem alguns profissionais caindo no equívoco cuidado isso faz uma marca que depois é difícil de tirar uma marca do tipo é realmente você tem você tem tanto que você vai até levar um diagnóstico carimbar aqui ó Tod aquele que tem como é que fica a castração de quem leva esse diagnóstico de Todd tão cedo eu sou contrária a esse diagnóstico muito precoce tudo bem O de transtorn de oposição porque faz parte da entrada na fase
fálica essa posição desafiadora de mostrar que tem assim como faz parte da entrada na fase fálica das meninas esse recu à obediência e às vezes a gente tem que dar um des empurradinha na menina né o menino bebeu meu todinho e você fez o quê Nada Como assim não fez nada ele bebeu se todinho consegue entender essa coisa ela não precisa se recuar diante do não tem e o menino não pode eh ganhar tudo porque tem tudo bem essa Rosana esse diagnóstico tão cedo eu sou bem contrária bom a gente foi até aqui lembrando o
que que a gente quer fazer nesse percurso entender eh a noção Geral do épo pro Freud depois os três tempos do épo em Lacan E aí voltando em conceitos específicos alienação separação frustração privação castração percebem então aqui a gente vai ter uma noção geral e depois a gente vai aprofundar em cada um desses conceitos mas a noção geral vai nos levar para a Sexualidade feminina e sexualidade masculina então terminado esse percurso A gente volta nos conceitos que a gente vai passar mais rapidamente e depois a gente volta aprofundando em cada um deles tudo bem beijo
até semana que vem semana que vem então a gente fecha aqui e a o próprio complexo de espo e castração em Freud até lá Beijo Beijo obrigada Renata Obrigada boa noite obrigada boa noite obrigado obrigada
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