[Música] Alô boa tarde boa tarde a todas e todos que estão nesse momento nos assistindo hoje nós vamos estar prosseguimento a esse pequeno colóquio para relembrar os 150 anos de publicação do primeiro livro de niet o nascimento da tragédia Originalmente do espírito da música é com um livro que teve e continua tendo uma repercussão enorme um livro que foi um dos livro que foi um dos pontos é mais importante da recepção internacional [Música] do século 19 hoje a nossa convidada para a sessão de conferências é a caríssima que ele disse uma professora Escarlate nós sempre
Poderíamos dizer em princípio escala de Marto dispensa interpretações Mas enfim vamos sempre apresentar pessoas como as carga de porque tem sempre alguma coisa mais a dizer né nessas apresentações é de pesquisadoras do quilates para relembrar que os carros de a professora titular do departamento de filosofia da USP que ela fundou o gênio grupo de estudos Nick que ela criou os cadernos coordena a coleção Sendas e Veredas implementou os gtmite junto a of que ela participa do comitê científico de duas grandes importantes [Música] instituições associações editoras ligadas ao pensamento de mídia a associação hipernite mas também
ao comitê científico dos Sem dúvida é a publicação internacional mais importante dos estudos sobre mitcher assim como das monografia onde tem que ser sua noite é fósforo que apresenta também em especial trabalhos de pesquisa trabalhos de doutorado ambas essas publicações é editadas publicadas pela volta de broita de Berlim Scarlett também pública com muita frequência intensidade em diversas línguas em diversos países de diversos continentes no total ela Já publicou 59 artigos tem 29 livros publicados entre livros de sua autoria livros organizados por ela alguns desses livros de sua autoria com mais de uma edição além de
ter publicado também 61 capítulos de livros Scarlet também tem uma grande importância do processo de formação durante as suas atividades docentes ela orientou 19 dissertações de Mestrado 15 teses de doutorado 30 iniciações científicas esportinou também 8 pós doutorados Mas de fato é o que nós devemos acrescentar com muita alegria mais recentemente é tem um ruído muito grande eu acho uma mentira por favor tá tendo um ruído muito grande Vinícius na transmissão ok É então repetindo mas principalmente o que há de novo e de extremamente importante e valioso para nitford é justamente a publicação do mais
recente livro de Scarlett as a bivalência admite Nite as mulheres né cuja edição francesa pelas edições elas sorbone é de 2021 e mais recentemente a edição brasileira pela Editora autêntica agora em 2022 então é com imenso prazer que nós Recebemos a professora Scarlett Marta a quem eu passo a palavra agora imediatamente Boa tarde a todos e a todos Boa tarde meu claríssimo Hernani antes de mais nada Muitíssimo obrigada pela sua generosidade a sua generosidade de sempre não é a qual eu não não me canso de agradecer e eu gostaria igualmente de agradecer ao Henry Bonnie
e a você Nani Claro pelo convite que me fizeram para participar deste nascimento da tragédia 150 anos e gostaria ainda de felicitá-los por organizarem justamente este evento felicitá-los porque este evento ao meu ver não consiste unicamente na celebração de uma efeméride mas consiste também neste convite para que nós revisitemos um texto que no meu entender apresenta inúmeros desafios o nascimento da tragédia nós sabemos bem Este primeiro livro publicado por nit redigido em 1871 publicado nos primeiros dias de janeiro de 1872 nesse livro Unite já se preocupa em renovar a cultura alemã e num tom de
homenagem julga Wagner o renovador da cultura alemã mas nós sabemos também que não se trata propriamente de um trabalho filológico mas de considerações filosóficas acerca da tragédia na Grécia antiga e apesar do tom de homenagem a Richard Wagner por distanciar-se dos trabalhos propriamente filos a gente acaba por denunciar o método historicizante e crítico então em vigor na filologia e não é por acaso que o livro vai agradar a muito poucos o seu professor Hit por exemplo não se pronuncia A respeito e esse livro vai suscitar ataques violentos por parte do helenista Vila movitz temos aí
então uma primeira dificuldade que diz respeito a essa primeira recepção do livro podemos trazer uma segunda dificuldade quando se trata do nascimento da tragédia é que ao preparar uma nova edição das suas obras já publicadas nem te inclui em 1886 um ensaio de autocrítica de prefácio ao nascimento da tragédia e nesse prefácio ele faz reparos sobre o seu primeiro livro julgando pesado e mal escrito e conclui que sua alma então indecisa entre comunicar-se e esconder-se nas palavras dele devia cantar essa nova alma e não falar esta não é uma aspiração que me exprime apenas nesse
prefácio ou que diz respeito tão somente a essa obra mas na verdade nós temos aqui um segundo desafio que a linguagem digníssima se serve ao escrever o nascimento da tragédia temos aqui apenas para elencar ainda um terceiro desafio que eu gostaria de mencionar é que no momento em que redija o nascimento da tragédia como nós sabemos também se acha sobre o impacto da filosofia choperiana e do pensamento Vagner e mais tarde mais tarde aí já já de uma certa maneira nas considerações extemporâneas a terceira e a quarta Nite vai se afastar terceiro e quarto extemporâneas
que tem aí um sabor de despedida a gente vai se afastar de chopp Now ele Wagner e mais adiante vai vai afirmar que o que ele havia colocado na boca de choppinal ele Wagner ele mesmo deveria ter dito ou seja ele fará de chover nauer e Wagner mais um de seus nomes de todos os nomes da história como Ernani bem trouxe aqui para a nossa conversa não é por acaso diante desses desafios e haveria vários outros aqui que poderíamos mencionar não é por acaso que vários comentadores se dedicaram ao estudo do nascimento da tragédia entre
eles aos estudiosos os comentadores que exploraram o livro por inteiro aqueles que perscrutaram alguns de seus aspectos a também os que se aplicaram a comparar a maneira pela qual trata Me te trata de algumas questões ah de outros autores e em particular e ainda os que se ocuparam com o nascimento da tragédia remetendo aos escritos posteriores e por fim aos que buscaram compreender certas posições que Ele defende em seu primeiro livro A partir de afirmações que faz em outros textos bem seria importante ainda notar a meu ver que ideias deste seu primeiro livro ideias do
nascimento da tragédia serão retomadas e transfiguradas nos escritos posteriores apolini dionisíaco por exemplo a meu ver eles reaparecem no conceito de vontade de potência os sons cósmicas assim são apresentados no nascimento da tragédia pulsões cósmicas apolini dionisíaco são aspectos que o conceito de vontade de potência recobre dionisíaco é o princípio que quebra Barreiras rompe limites de solve e integra apolinho é o que delineia distingue da forma Ora por seu caráter intrínseco as forças querem exercer sempre mais irem até o limite irradiando uma vontade de potência e da luta daí o caráter e da luta entre
elas surgem novas formas outras configurações daí o aspecto a bolinha o nascimento da tragédia retorna por exemplo no parágrafo 342 da hsciência que leva por título é o último parágrafo do quarto livro da Gaia ciência que antecipa de uma certa maneira a personagem protagonista principal do livro seguinte que será assim falava zaratustra então o nascimento da tragédia volta de uma certa maneira neste parágrafo 342 que tem por título em chip tragédia e volta de uma maneira ainda mais clara na verdade no Crepúsculo dos Ídolos de 1888 no capítulo na parte final praticamente as últimas linhas
do Crepúsculo dos Ídolos no capítulo O que devo aos antigos parágrafos cinco onde vai dizer que o nascimento da tragédia é a sua primeira transvaloração de todos os valores a ideia de dionisíaco é um outro exemplo nit se diz um discípulo do filósofo Dionísio em várias passagens trago aqui três é ciomo prólogo parágrafo 2 para além de bem e mal parágrafo 295 Crepúsculo dos Ídolos o que devo aos antigos parágrafo 5 e poderíamos tomar essa via para explorar a filosofia dionisíaca dinite esta filosofia que é a sua própria filosofia e que se vai colocar em
contraposição a filosofia da representação mas havia que nós vamos adotar aqui é outra a questão que vai nos ocupar consistirá justamente em mostrar esta passagem da da ideia de superação das contradições a filosofia dos antagonismos ou seja o que eu gostaria de submeter a apreciação de todos a esta ideia que no nascimento da tragédia nós não encontramos uma superação de contradições mas encontramos Sim já engerme a filosofia de Nietzsche que a filosofia dos antagonismos e para tanto eu vou partir de um trecho de aciona nós sabemos que esse homem esse texto de 1888 é um
texto também que apresenta muitíssimos desafios e nele limite vai Entre várias aspas passarem em revista a sua vida e a sua obra como se isso fosse pouca coisa porque será feita a partir de uma perspectiva nitiana bem não podemos desenvolver aqui a ideia mas eu vou trazer aqui uma passagem em que mente justamente está passando em revista o nascimento da tragédia e o que ele diz lá no Sion ele diz uma ideia a oposição entre dionisíaco e Apolônio traduzida para o metafísico essa é a primeira afirmação segunda a própria história como desenvolvimento dessa ideia e
por fim na tragédia a oposição em unidade três ideias sobre essa Ótica coisas que nunca se olharam diferente colocadas subitamente Face a Face iluminadas uma pela outra e assim concebidas essas linhas que Lemos lá no S1 sobre o nascimento da tragédia apresentam Já podemos notar um forte acento regaliando e com elas ressaltar um dos pontos centrais do seu primeiro livro antagonismo porque não entre dionisíaco e apolíneo início da entender de início que a sua posição foi transposta em linguagem metafísica em seguida que se realiza nas formas culturais e por fim que atinge o seu ultrapassamento
numa unidade que constituiria a tragédia grega e eu fazer isso nit tenta aproximar o nascimento da tragédia e o pensamento regaliano empregando nessa passagem do S1 nos termos e de ideia e chique história entre desenvolvimento e em particular o verbo of Raven superar ele mesmo afirma que o nascimento da tragédia cito cheira chocantemente o regalismo Evoque uma dívida eventual do seu primeiro livro ao pensamento regaliando Sem dúvida chama a nossa atenção uma vez que se trata por assim dizer de sua obra mais choppinal Eliana um leitor atento poderia muito bem se perguntar o que teria
levado nit a fazer essa afirmação sabendo que chapenauer estaria bem longe da Tríade lógica presente na dialética italiana e síntese mas a esse leitor atento se poderia eventualmente objetar que fazer o inventário fazer o inventário das leituras realizadas por nit quando elabora o seu primeiro livro não traz nenhum esclarecimento sobre os propósitos que ele persegue com essa obra e o nosso leitor tentaria então fazer ver com prudência que as linhas desse homem que acabamos de citar bem mostram que recorre a termos de conotação regaliana e usem particular o verbo alfine superar para designar o movimento
que levaria a superação da oposição entre o dionisíaco e o apolínio na tragédia grega mas essas linhas de S omo revelam também que para indicar a relação que se estabelece entre o apoline e o dionisíaco neste lança a mão precisamente do termo Guedes que se poderia traduzir tanto por oposição quanto por antagonismo seria legítimo portanto nós nos perguntarmos se essas linhas de S omo remetem de fato ao nascimento da tragédia ou se elas resultam de um defeito inerente a toda a visão retrospectiva ou ainda se ela se devem ao objetivos estratégicos que nit perseguem no
momento em que escreve o nascimento da tragédia em vez de se fiar no que ele afirma sobre o seu primeiro livro quase 20 anos depois de pelo publicado seria preciso questionar se a declaração que faz em 1888 no s o homem Faz justiça a obra o nascimento da tragédia redigida em 1871 e essa é precisamente a questão que se encontra na base desta Nossa investigação tomando como ponto de partida análise de seus primeiros escritos e em particular do nascimento da tragédia nós contermos examinar a maneira pela qual nit concebe as noções de apolíneo e dionisíaco
recusando-nos a recorrer aos textos em que ele vem posteriormente exprimir o que pensa sobre o seu primeiro livro esperamos mostrar de início que é Estreita a relação que estabelece entre o princípio a polinio e o dionisíaco nos seus primeiros escritos diz respeito a um antagonismo e não a uma contradição a ser superada em seguida que o antagonismos que se sucedem no nascimento da tragédia não correspondem a um movimento progressivo da história e por fim que a maneira pela qual Nitro concebe nesse momento a metafísica não se confunde com uma ciência da ideia ou seja que
neste seu primeiro livro não encontramos braços do pensamento Vamos então por partes examinamos a primeira dessas três questões nas primeiras linhas do nascimento da tragédia firma cito o desenvolvimento da arte está ligado a dualidade do apoio e Dionísia comparando a polinínio dionisíaco ao sexo que também constituiriam uma dualidade nas palavras dele em permanente combate a gente já dá a entender que o apoline o dionisíaco são duas forças que surgem da natureza as denominações de Apolo e dionizos gregos mas nem por isso pensa reproduzir as características das divindades gregas recorrendo a seus conhecimentos de mitologia editora
e literatura da Grécia Antiga ele reinterpreta a relação entre Apolo e Dionísio tomando-os como duas divindades artísticas que caminham na maior parte do tempo nas palavras dele em conflito aberto são elas que nos permitem conhecer a formidável oposição o formidável antagonismo entre a arte a bolinha da criação de imagens e artecronisíaca da música afirmando que esses dois impulsos podem ser representados como os mundos artísticos do sonho e da embriaguez nit sustenta que enquanto o fenômenos fisiológicos o sonho e é embriaguez revelam nas palavras dele uma oposição ou antagonismo e agasados que corresponde a do apoio
e Dionísio essas primeiras considerações nos levam a constatar que o apoline o dionisíaco constituem dois fenômenos muito complexos que se acham mesclados hídricados em seu primeiro livro nit considera cito o apolínio e seu oposto o antagônico como forças artísticas que surgem da própria natureza sem A negação do artista humano e nas quais os impulsos artísticos da natureza se satisfazem de uma só vez e de maneira direta para chegar a satisfazer a seus impulsos artísticos a natureza não necessita da ação do ser humano nesse sentido o artista não passa entre aspas de imitador com sua obra
o artista nada mais faz do que imitar o mundo a pulinho hormônio ou o mundo dionisíaco da embriaguez mas não podemos deixar de sublinhar desde já que quando se trata de apresentar o apoline o dionisíaco nith recorre sempre a ideia de antagonismo ou oposição servindo-se na maioria dos casos do termo gueguezais como forças que surgem da natureza ou como divindades da arte como representantes de Dois Mundos artísticos o das artes plásticas e o da arte da música ou como presentes em manifestações de ordem psicológica o mundo do sonho e o mundo dá embriaguez em suma
é sempre enquanto termos que se opõe que Nite considera o apolínio e o Dionísio ao elaborar o nascimento da tragédia me persegue o objetivo de trazer uma contribuição ao que chama de ciência estética estética nesse livro ele trata no primeiro momento das origens e funções da tragédia Ática até então filólogos e historiadores da arte haviam ressaltado a presença de um único princípio na arte grega ao princípio apolíneo vem opor o dionisíaco Apolo Deus da Bela Forma e da individuação propicia a Dionísio que se revele Dionísio Deus do êxtase da embriaguez por sua vez permite a
Apolo que se manifesta Apolo assegura ponderação e o domínio de si Dionísio enfeitiça pelo excesso e Vertigem como A Sombra e a luz as profundezas e a superfície a essência e a aparência amo se mostram indispensáveis enquanto dionisíaco se traduzem imagens apolíneas o apoio se exprime sobre um fundo de onisíaco se a partir da perspectiva de Dionísio é indispensável romper as fronteiras da individuação do ponto de vista de Apolo impõe-se ultrapassar o horror da Visão dionisíaca Apolo mantém escondida a verdade intrínseca ao mundo Dionísio revela essa verdade em sua profundidade em suma para que a
tragédia grega possa ter vinda existir foi imprescindível que se produzisse um equilíbrio entre o apolínio e o Dionísio e é nessa direção que podemos ler a afirmação de que a tragédia ética sito é a obra de arte tanto dionisíaca quanto a polia Não há dúvida de que esses dois princípios são duas forças distintas ele se acham porém intimamente ligados na arte drástica perguntar agora sobre a qualidade da relação que então se estabelece entre eles é a tarefa que nos cabe ao introduzir as noções de apoline dionisíaco na primeira página do nascimento da tragédia Nite os
compara aos dois sexos que em luta permanente nas palavras dele só conhecem uma reconciliação reconciliação ao examinar a maneira pela qual esses dois princípios artísticos que surgem da natureza se desenvolvem entre os gregos no segundo parágrafo do livro Nídia afirma que o momento mais importante de toda a história do culto grego foi precisamente nas palavras dele a reconciliação de dois adversários Apolo e Dionísio constatamos assim que nessas duas passagens do livro nit encara a relação que se estabelece entre o acolhinho e o dionisíaco na tragédia Ática como uma relação de reconciliação empregando para designá-la o
vocábulo ferrano e não o termo de conotação regaliana reconciliação nesse momento do nosso percurso uma questão se impõe trata-se de saber se essa situação de Equilíbrio entre o apolínio e o dionizíaco que se produz quando do surgimento da tragédia grega é incompatível com a ideia de oposição dos dois impulsos que a engendra e para avançar em direção de uma eventual resposta examinamos uma passagem da visão de unisíaca do mundo depois de caracterizar no domínio da arte os estilos opostos estilo geget novos o termo aí oposto o antagônico os estilos opostos Associados a Polo e Dionísio
Nite examina o momento em que vindo da Ásia Dionísio se precipita empetuosamente sobre a Grécia ele faz ver que a ação recíproca das duas divindades se mostrou tão poderosa que cito os dois Deuses saíram igualmente vencedores da luta uma reconciliação no campo de batalha essa afirmação em que são em que são empregados os termos verticamp e fazer nunca nos leva de imediata levantar a questão acerca de como compreender uma situação em que dois adversários possam sair vencedores da mesma competição como aceitar que ao final da luta não haja vencido como conceber uma vitória que não
implica ao mesmo tempo numa derrota um ano e meio depois de elaborar a visão de onisíaca do mundo Nite redige em dezembro de 1872 um texto que intitula ajusta de Homero homens vertical retomado aqui o termo vertical remete a ideia de luta a partir da comparação entre a maneira de pensar dos gregos e o modo de pensar do homem moderno Ninja lucida nesse texto a importância atribuída a competição na Grécia antiga a diferença do que se passava na época que precedeu a aparição de Homero os gregos no mundo homérico legitário nas palavras de Nite a
luta e a alegria de vencer substituíram o combate pela competição não é por acaso que em os trabalhos e os dias hesíodo anuncia que há na terra duas eras a boa e amar se amarra aumenta a guerra a boa em cita os homens agirem por cabeça ciúme e inveja e por isso mesmo não conduz os seres humanos ao combate mortal mas sim a competição O que conta para nós neste momento de nossa investigação é sublinhar que conceber a existência como um duelo Leal é uma condição inerente à competição no fim das contas não se pode
guerrear quando se despreza e não há porque fazê-lo quando se domina é nesse contexto que Nite compreende o sentido original do ostracismo temendo que a supremacia de um único indivíduo viesse por termo acabar com a competição em vez de tolerar quem suplantava os demais os gregos preferiam afastá-lo da vida social perseguindo o objetivo de assegurar o bem-estar da polis em geral a pedagogia grega entendia que era através da luta e os indivíduos deveriam desenvolver suas qualidades e talentos assim eu esclarecer ao esclarecer a noção de competição tal como se encontra a seu ver na antiguidade
helênica nite não hesitem estimar que ela é nas palavras dele a mais nobre e Fundamental ideia grega os elementos reunidos até o momento nos levam a avançar a ideia de que a palavra presente no texto intitulado ajusta de Homero remédio precisamente é o termo grego agon levando em consideração a noção grega de competição estamos em condições de compreender que dois adversários possam sair vencedores do mesmo combate uma ideia similar encontra-se em outro texto de nítido no mesmo período na filosofia na época trágica dos gregos tratando de refazer a história dos filósofos pré platônicos e de
examina a ideia de competição em Heráclito nas páginas que a ele dedica faz ver que o movimento cósmico do construir e destruir que se repete periódicamente surge da Guerra dos opostos de caráter Universal a guerra está em toda parte se entrego ou termo ela é permanente como dois adversários os opostos lutam atenção entre eles é tal que hora 1 hora o outro predomina jogando Quem era aclito a condição de competição é levada ao mais alto grau micro afirma cito é a boa aéreas dizildo erigitem o princípio universal é a concepção da justa da luta própria
ao homem grego e a cidade grega as análises precedentes nos permitem agora elucidar a maneira pela qual nit concebe a noção grega de competição da sua perspectiva essa noção se acha bem mais próxima do jogo do que da Guerra afinal não se deve esquecer que a competição tem sempre em vista a precedência temporária de um dos adversários daí decorre que não se pode identificar precedência com supremacia e menos ainda combate com extermínio para que haja o confronto é preciso que existam antagonistas para que ele perdure é necessário que os beligerantes os adversários não sejam aniquilados
estamos em condições de afirmar portanto que uma vez que a partir dos tempos homéricos a luta entre os gregos reveste caráter agonístico as duas divindades artísticas que surgem da natureza apoloidionismo permanecendo em oposição podem se reconciliar na tragédia Ática o apolíneo e o dionizíaco que engendram a arte trágica estão numa situação que é o mesmo tempo de reconciliação provisória e luta permanente defendemos a ideia de que nessa circunstâncias a relação que se estabelece entre eles é ao mesmo tempo de Equilíbrio e tensão e antagonismo dotada de caráter agonístico esta relação está longe de constituir Como
dizia nit no suma a oposição relevada em unidade portanto não temos aí nenhum traço do pensamento regaliano comunity quer nos fazer crer contudo seria preciso levar em conto fato de que em seus primeiros escritos nit julga que o apoio dionisíaco se reconciliam na tragédia grega sem por isso deixar de serem ele também considera que o antagonismo entre eles atravessa toda a história da cultura grega no terceiro e quarto parágrafos do nascimento da tragédia ao tratar da cultura Apolônia e te procura mostrar que ela se baseia em Fundações insustentáveis a diferenças dos filósofos e filósofos que
não souberam identificá-las ele sustenta que tendo conhecimento dos Horrores da existência os gregos se curvaram ao pessimismo para poder viver sentiram então a necessidade de criar os deuses do Olimpo assombrados pelo Sofrimentos e dores inerentes a própria vida olharam com desconfiança o aparecimento de um Dionísio selvagem que do fundo da Ásia se precipitavam impetuosamente sobre a Grécia foi graças ao impulso apolíneo que puderam resistir aos excessos de Dionísio dando-lhe forma e impondo-lhe limites mas não podemos esquecer que foi também graças ao impulso dionisíaco que os gregos puderam escapar da frieza de Apolo atenuando a sua
rigidez lidando a ele flexibilidade enquanto Apolo se mostra nas palavras de nith como a esplêndida imagem Divina do princípio individuaciones Dionísio é o Deus nas palavras dele que Experimenta nele mesmo o sofrimento da individuação dilacerado pelos Titãs quando criança Dionísio traz o dilaceramento a vida humana por seu nascimento e morte ele se converte no símbolo do viracer em que o Uno se faz muito de um lado o impulso apolíneo torna possível que se manifeste a unidade primordial da vida através da multiplicidade dos seres vivos individuais de outro o impulso de unisíaco revela o caráter inexorável
do virá ser sublinhando que tudo que nasce deve necessariamente perecer quando Dionísio predomina o ser humano Está entregue ao arrebatamento selvagem quando Apolo prevalece o homem é dominado pelo otimismo teórico com todos somos obrigados a observar que no nascimento da tragédia neste não trata apenas do antagonismo entre o apolínio e o dionisíaco encarando esses dois impulsos como indissociáveis e em permanente oposição ele se dedica também a perscrutar um tipo radicalmente novo de antagonismo no 12º parágrafo do livro acaba por explicá-lo citoes a nova oposição o novo antagonismo o dionísico e o socrático e a obra
de arte da tragédia pereceu por causa desse antagonismo enquanto tendência antes dionisíaca o socratismo aparece Então como uma polinismo uma polinismo hipertrofiado é precisamente porque o socratismo não quer reconhecer a existência da oposição entre o apolínio e o dionisíaco que ele conduz a civilização grega essas considerações nos levam a sublinhar a ideia de que o dionisismo e o socratismo são dois fenômenos que apenas se pode compreender a partir das relações antagônicas em que se acham implicados enquanto o dionisíaco só se expressa através do polinô com o qual se acha em luta permanente o socratismo só
se mostra através do jonesismo que ele quer combater mas nem de não se detém aí na primeira parte do nascimento da tragédia ele se dedica a examinar tanto o antagonismo entre o apocalímio e o dionísico quanto o antagonismo entre o dionisismo e o socratismo e na segunda parte do livro ele irá aplicar-se a explorar um terceiro tipo de antagonismo aquele que acredita existir entre a época da tragédia e os tempos modernos dominados pelo otimismo teórico por fim desejando o ressurgimento do espírito de unisíaco Nite preconiza a renovação da cultura alemã estamos assim em condições de
afirmar que a história da Grécia Antiga teria sido governada pelo combate entre o apolínio e o dionisíaco nas palavras de início esses dois princípios inimigos sustentar a ideia de que a tragédia grega constituiria uma síntese de ambos em termos regalianos é ignorar que da perspectiva nitiana a aceitação das oposições a aceitação dos antagonismos é constitutiva das mais altas realizações culturais não hesitamos em ressaltar que os antagonismos que se sucedem não correspondem a um movimento progressivo bem ao contrário a passagem do antagonismo entre o apoio e o Dionísia ao antagonismo entre o dionisismo e o socratismo
acarreta o desaparecimento da tragédia se o socratismo favorece o declínio da época trágica a cultura moderna enquanto cultura da Ópera nada mais faz do que acentuado o nascimento da tragédia Estamos bem longe Por conseguinte de uma concepção de história enquanto o movimento progressivo do antagonismo a oposição entre o apoio e o dionisíaco em outras palavras ao contrário do que nit quer nos fazer crer não é ciúme Estamos bem longe bem longe de conceber a própria história como o desenvolvimento dessa ideia seria preciso porém levar em conta o fato de que se nit julga no nascimento
da tragédia que os antagonismos se sucedem ao longo do tempo ele confere um lugar especial ao antagonismo entre o apolínio e o dionisíaco não podemos deixar de observar que na tragédia Ática o apolinho e o dionisíaco não se acham numa relação de igualdade no seu primeiro livro começa por tratar das origens e funções da tragédia Ática Mas a partir do sétimo parágrafo o seu objeto de investigação se precisa se torna mais claro recorrendo a tradição antiga e já afirma cito a tragédia surgiu do coro trágico e Originalmente ela era somente couro e nada mais do
que cor não se trata pois de continuar a pesquisar as origens da tragética a partir de agora a questão que se coloca é a de saber como surgiu o couro no entender do início no início o coro da tragédia era constituído por sátiros foi esse couro de seres naturais fictícios que introduziu as festividades em homenagem a Dionísio num primeiro momento graças ao encantamento dionisíaco os gregos sofriam uma transformação esquecendo-se da própria identidade sentiam-se como sátiros depois vendo-se a si mesmos como sátiros tiveram necessidade de viver o Deus como se ele estivesse presente nas festividades Foi
então que ao encantamento dionisíaco veio agregar-se a imagem do Deus a imagem de Dionísio graças a força plástica por linha Dionísio pode aparecer done se segue em seus primórdios a tragédia grega tinha a ver unicamente com o Sofrimentos de dionís É nesse sentido aliás afirma cito nunca Eurípedes Dionísio deixou de ser o herói trágico mas em todas as célebres figuras da cena grega prometeu ética etc são apenas máscaras daquele herói original de Uniso dessa afirmação decorrem Sem dúvida muitas consequências Mas neste momento do nosso percurso que conta para nós é sublinhar que na tragédia grega
tal comunity a concebe Dionísio tem precedência em relação a Apolo e por isso mesmo a arte da música tem precedência sobre a arte plástica não é por acaso que me sustenta que suas palavras a música tem a capacidade de fazer nascer o mito ao fazer essa afirmação nítida a entender que a tragédia grega teria sido engendrada pela música aliás nós sabemos o título original do seu primeiro livro o nascimento da tragédia a partir do espírito da música assinala precisamente essa ideia assim como o dionisíaco não exige o apoline e nada mais faz do que aceitá-lo
a música não reclama as palavras e os conceitos e se limita a tolerá-los é bem verdade que sob o impacto do impulso de unisíaco os seres humanos vem o lado sombrio da existência e superam essa prodigiosa visão no próprio drama é bem verdade também que Dionísio é o herói original entre aspas da tragédia e todos os outros heróis são apenas entre aspas máscaras mas para aprofundar Nossa análise da relação entre o apolíneo dionisíaco somos obrigados aqui a lançar mão de outro elemento presente nas considerações de nit sobre a tragédia grega da sua perspectiva o coro
de sátiros em sua origem produzia a supressão das clivagens entre os seres humanos esse coro levava os seres humanos a não mais sentirem que pertenciam ao estado e a sociedade provocando aniquilamento do indivíduo conduzia os homens a perda da identidade e com isso tornava possível que se deixassem possuir por um sentimento de unidade com a natureza assim sendo o coro da tragédia grega podia oferecer ao ser humano o consolo metafísico no sétimo parágrafo do nascimento da tragédia esclarece o que entende por couro por consolo metafísico cito o fato de que a vida no fundo das
coisas é apesar de toda a mudança que afeta os fenômenos de uma força e de uma alegria indestrutíveis o couro de sátiros o corpo seres da natureza nós temos medianos encarna o regozijo em face do virar ser na medida em que esse cor está diretamente ligado às festividades dionisíacas não seria desmedido afirmar que no fim das contas é o próprio Dionísio que se identifica a essa vida que apesar de seus horrores é nas palavras de Nite de uma força e de uma alegria indestrutíveis revelando ao mesmo tempo caráter inexorável do viracer e a exuberância da
existência Dionísio vem propiciar o ser humano o consolo metafísico dessa maneira uma vez mais se faz notar a precedência que ele tem sobre a bola no entanto somos obrigados a levantar a questão acerca do sentido que emite atribui ao adjetivo metafísico quando recorre a expressão consolo metafísico e não evitamos em afirmar desde já que no nascimento da tragédia nith confere a esse termo um sentido particular particular por um lado ele se afasta aqui do sentidos que atribuirá ao termo metafísico em escritos posteriores encarará então a metafísica sobretudo como uma publicação de mundos Concebida enquanto tal
ela constituirá um dos alvos privilegiados por outro lado aqui me dissesse distancia do sentido que tradicionalmente se atribui a esse termo metafísico recusa Então as implicações ontológicas fixistas idealistas que em geral se acham ligadas à noção de metafísica fazendo ver que é Dionísio Quem propicia os homens o consolo metafísico nitida a entender que por metafísica aqui no nascimento da tragédia concebe o primado do virá ser mas é preciso ressaltar que isso não quer dizer que concebe a metafísica enquanto ciência da ideia sentido regaliando que teria por tarefa a de constituir o princípio de toda filosofia
estamos em condições de afirmar portanto que seu primeiro livro está longe de apresentar a oposição entre dionisíaco e a polinio como uma ideia traduzida para o metafísico comunity quer nos fazer crer no Oeste e assim estamos em caminho para a conclusão do nascimento da tragédia longe de promover a superação de termos opostos Nite afirma a necessidade dos antagonismos longe de conceber a história como movimento progressivo ele insiste na superação dos antagonismos longe de desejar construir uma ciência da ideia ele quer apresentar a sua filosofia dos antagonismos é a luz dessas considerações a meu ver que
se deveria avaliar o seu modo de proceder no seu primeiro livro pela atenção e perseverança Muitíssimo obrigada Obrigado Scarlett a gente vai ter que ter um pequeno tempo para as questões as questões que vem inicialmente da plateia penso também que Scarlett apresentou aqui uma uma questão importante e uma questão muito pouco discutida na recepção brasileira a propósito do nascimento da tragédia que é a questão da função estratégica do lugar do papel que tem a noção de antagonismo no livro de mídia quando nós lemos o nascimento da tragédia nós talvez passemos muito rapidamente por detalhes que
não são apenas detalhes complementos observações mais que são detalhes que que tem uma importância muito grande para compreensão dos propósitos que Nite tinha ao escrever o seu livro mesmo que esses propósitos como Scarlett mostra a partir das referências a etiomo não sejam digamos assim muito uma leitura muito muito rigorosa da perspectiva rebeliana Então a partir disso eu pergunto se alguém é Vinícius se nós já temos perguntas da plateia eu dei uma olhada na plateia eu gostaria de dar boa tarde boas vindas a Rosa Maria Dias e a Márcia o vencedor Márcio que já falou aqui
no nosso coloque e que Rosa vai falar hoje à noite juntamente com olhinho do Pimenta posso tomar uma palavra sim claro na verdade bem boa tarde aos colegas que estão aqui conosco também grande abraço Rosa como sempre como sempre estamos juntas Na verdade eu gostaria de ressaltar um ponto no meu entender quando nós lemos o S1 e vemos as considerações de mídias sobre os seus livros já publicados ou quando nós lemos os prefácios de 1886 não é aos dois volumes do ano demasiado humano Aurora eu tenho a pressão de que deveríamos ler com certa prudência
e cuidado esses textos em que Nite se volta sobre os seus livros já publicados porque no meu entender esses textos revelam muito menos acerca dos livros já publicados do que Acerca das posições que Nite assume em 1886 quando edígios prefácios ou em 1888 quando elabora S1 temos aí claro nós poderíamos nos estender em relação a esse ponto nós poderíamos nos perguntar Mas quais são efetivamente os propósitos de nite não agora em relação ao nascimento da tragédia mas em relação ao capítulo sobre o nascimento da tragédia lá no porque em 1888 precisa aproximar o nascimento da
tragédia de um certo regalismo é claro que nós temos aí uma primeira resposta a resposta mais óbvia é porque ele quer se afastar de chover não um afastamento que começa a acontecer desde a terceira extemporânea meu ver que já tem um sabor de despedida e assim por diante essa não entende seria uma primeira resposta nós precisaríamos evidentemente pesquisar mais para perceber os propósitos limite ao escrever o capítulo sobre o nascimento da tragédia no S1 E aí entendendo nós teríamos de pensar o esse homem no seu conjunto poderíamos ler apenas este Capítulo e destacar de tudo
mais bem são outras questões que nos afastam completamente do tema deste colóquio e do tema da minha intervenção De toda forma fica aí apenas essa minha insistência se me permitem quer dizer que será necessário ler o nascimento o nascimento da tragédia né como o primeiro livro de mídia efetivamente e ler as considerações do s11 ou mesmo o ensaio já tem autocrítica ao nascimento da tragédia como escritos que dizem respeito ao nit de 1886 e 1888 exatamente uma discussão que já aconteceu aqui nesse nesse coloca em outras oportunidades a respeito da Leitura retrospectiva de Lívia em
relação aos seus próprios escrito é Vinícius você crê bom aí temos a primeira pergunta Scarlett de Tiago na Bíblia é uma pergunta se o artista é um imitador de impulsos acolhinhos e dionisíacos na natureza a obra de arte não é não é nova do ponto de vista estético Artes ele é o ápice de algo que já existe e se repete muito obrigada Tiago é uma questão sem dúvida bastante instigante eu não iria exatamente por essa via né porque os princípios apolini e dionisíacos são funções cósmicas né Portanto ele surgem da natureza e ele se manifestam
na obra de arte sim o artista é um imitador nesse sentido ele manifesta o que está na natureza mas enfim ele manifesta na verdade a obra de arte é o lugar de manifestação desses princípios em arte trágica assim a tragédia grega do século quinto antes de Cristo a ideia de um artista criador efetivamente no meu entender ela não está tão presente no nascimento da tragédia ela vai aparecer e nós temos aqui a nossa querida Rosa dias que poderá falar esse respeito ela vai estar muito mais presente em outros momentos né do corpos neste ano mas
não exatamente no nascimento da tragédia e enfim e a ideia de repetição uma repetição cíclica também não aparece no nascimento da tragédia essa ideia ela vai aparecer pela primeira vez aí na filosofia trágica dos gregos enfim mas não está claramente presente neste primeiro livro de Neide portanto eu não poderia atribuir esta ideia a obra de arte tal como Concebida lá no nascimento da tragédia ok agora tem o Bruno ferrão a professora Scarlett em primeiro lugar muito obrigado pela belíssima fala é um privilégio ou Vila gostaria de saber se a noção de princípio indivíduo adicione-se que
aparece no nascimento da tragédia guarda semelhanças com o conceito elaborado por chopinauer ou se trata ou se trata de uma releitura sim meu caro meu caro na verdade na verdade é que a sua pergunta saiu da tela aqui na verdade são sempre as duas coisas né que há uma forte marca das leituras que a gente fez de chopp Now é do mundo como vontade e representação no nascimento da tragédia isso já foi muito explorado por vários comentadores nós sabemos disso mas também é interessante notar que Nite de uma certa maneira ele se apropria das suas
leituras e as conversas da sua escrita ele se apropria das suas leituras por vezes de maneira até selvagem eu diria transformando-as sempre a seu favor então eu diria que os dois as duas observações suas são inteiramente pertinentes e elas não colidem Rúbia ao retirar o homem de autor da arte Nite coloca a dinâmica da vida como originária e condição de possibilidade de criação artística a natureza mostra e delimita o que o modo de ser de ser humano pode eu tenho impressão de que nós não podemos separar tanto assim a natureza e o ser humano nesse
momento nós já temos a ideia do fluxo Vital né nós fazemos parte desse fluxo Vital a vida ela se manifesta através de nós ela está em nós né então separar de um lado a natureza de outro lado o ser humano é uma ideia que não é entender vai ser combatida com muita força política em escritos posteriores não é eu lembro por exemplo 346 da Gaia ciência não é a pretensão da partícula aí que separa homem imundo etc igualmente separar de um lado da natureza e de outro lado a vida também é algo problemático não é
porque em escritos posteriores a gente vai dizer que é que tanto a matéria inerte se entendermos por natureza a matéria inerte quanto a vida orgânica são constituídas por forças que estão em toda parte bem então então eu diria que talvez a maneira de se colocar a questão não seja Rúbia exatamente essa vamos ver se já temos sim Isadora Petri a senhora traz uma análise muito rica acerca da importância da noção de antagonismos no nascimento da tragédia pela qual como a senhora mesmo disse um só se mostra na sua diferença com o outro é menos uma
questão fico pensando no que a senhora propõe no seu último livro que te considera as diferenças sexuais como objeto de estudo poderíamos pensar que boa parte que o filósofo propõe sobre as diferenças sexuais penso no 363 da Gaia ciência por exemplo na ideia de amor no prefácio do caso Wagner mais tarde pode ser lida sobre a ótica dessa mesma noção de antagonismo logo a questão de você a pergunta é cumprida você quer que eu repito você consegue ler aí não eu não tô conseguindo ler mas eu agradeceria se pudesse colocar na tela assim podemos começar
assim por partes perfeitos adora muito obrigada pelas suas várias interrogações várias questões aí bastante instigantes vamos parar por aqui por favor eu digo é que de fato Assim na verdade Isadora não é com você é com a projeção das suas questões aqui na tela muito rápido comecemos com essa primeira né porque essa primeira aí já nos dá uma uma via de acesso às suas várias inquietações sim eu não não me lembro de ter dito que um só se mostra na sua diferença com o outro eu não usaria a noção de diferença para caracterizar a relação
entre a Poline joinvil quando Nós pensamos no antagonismo nós temos a ideia de que hora um prevalece predomina é predominante prevalece não é em relação ao outro no agô grego antagonismo daí o fato de apreciar tanto essa palavra né porque nós temos aí o agon grego nela presente no algum grego a luta ela não se confunde Como dizia o nosso queridíssimo levando na verdade Hernani a luta não se confunde com a guerra está muito mais próxima do jogo do que da Guerra então hora um elemento prevalece Olha o outro é por isso que nós temos
numa luta dois vencedores nós temos uma vitória sem que haja uma derrota os dois são vitoriosos porque oram um ora outro predomina então eu não iria pela ideia de diferença mas nós podemos continuar com as outras questões aqui então as diferenças sexuais de que você aqui você se refere e agradeço muito a sua atenção já já tive oportunidade de agradecer você através de um outro canal não é pela sua leitura bastante instigante do meu livro bem as diferenças sexuais como objeto de estudo tão muitíssimo distantes de qualquer ideia de antagonismo no meu entender porque não
se trata de que hora o sexo masculino predomina horas sexo feminino prevalece Não é disso que se trata se trata de pensar as diferenças sexuais a partir de uma dupla abordagem a cultural e a biológica sem que haja exatamente uma distinção que entre essas duas abordagens eu acho que há mais uma pergunta que ou mais uma observação assim Isadora Na verdade nesse momento toda minha atenção estava voltada para o S1 e o nascimento da tragédia Eu precisaria ir aos textos eles estão aqui mas eu acho que isso vai tomar na verdade um certo tempo nosso
e eu acredito que haja outras questões então nós podemos voltar a conversar sobre o 363 da hsciência que eu teria de situar não é efetivamente no contexto não lendo apenas mas situar aí no quinto livro da Gaia ciência que é bastante diferente dos quatro anteriores etc e o prefácio ao caso Wagner Que também está bem distante neste momento aqui da minha memória De toda forma muito obrigada sim temos agora O Gabriel é quatro é professora a senhora acredita que durante o nascimento da tragédia Nite ainda se mantém totalmente fiel as posições shopping haurianas ou já
vê uma superação dessas posições muito obrigada Gabriel na verdade sobretudo hoje eu não usaria o termo superação né que é tão regaliando Mas enfim a parte essa nossa brincadeira a parte é isso eu diria você aquilo que eu já disse em resposta uma outra questão no meu entender a presença de xo penal é nascimento da tragédia é ilegal mas também no meu entender nit quando se apropria das leituras que ele faz ele sempre se apropria e ao apropriar ele não está fazendo uma paráfrase não é ele está na verdade já trazendo a sua própria interpretação
a sua própria leitura sua própria maneira de ver e eu diria até por vezes transfigurando essas suas leituras e sempre a seu favor eu acho que emite nós não temos uma uma leitura fiel gente não é fiel nós temos a procriações dos mais variados tipos mas não nite não é um comentador né nossa que temos de ser fiéis e fazer uma leitura imanente um corpo a corpo com seus textos obrigada [Música] que não temos mais questões eu tô indo tô tentando acompanhar aqui no YouTube não tô vendo mas ok então pergunta A Scarlet se ela
quer então dizer mais alguma coisa tá minha parte da nossa parte minha do Henrique organizadores desse desse evento é só agradecemos ah Surgiu uma pergunta uma última pergunta por favor é o Leonardo durante a conferência você afirma que Dionísio funciona como um próton herói no nascimento da tragédia como isso dialoga com problema do heroísmo e da moral nos escritos a discussão de caráter estético muito forte em Nite penetra o problema da Moral e do antagonismo na obra posterior Eita vamos lá então Leonardo algo posterior você está pensando aqui nas considerações extemporâneas enfim não sei se
é isso que você está se referindo aos textos imediatamente posteriores muito bem eu tenho a pressão de que a concepção de herói no nascimento da tragédia tem uma inserção muito específica né o herói aí tá ligado ao princípio de onisíaco Dionísio é o herói né É Este é o que você chamou de proto herói e eu não vejo um princípio dionisíaco nas obras presente nas obras do período intermediário por exemplo em menos ainda nas considerações temporâneas e o dionisíaco que surge a partir do final da hs Nem é tanto no final da gaescência mas surgem
no final da Gaia ciência é uma referência ao nascimento da tragédia Mas é claro usar a tustra Talvez nós pudéssemos aproximar as áreas e o próprio Dionísio a Comendador que tenha feito isso eu acho que a partir de uma série de imediações é uma tese defensável não é sobretudo a partir da ideia de porta-voz aí os aratustra com o porta-voz do sofrimento da vida e do circo mas enfim dionisíaco aparece com uma clareza da Moral e depois nos escritos de 1888 então eu pensaria que o dionisíaco que aparece lá é bastante distinto do dionisíaco que
nós encontramos na semana da tragédia e Inclusive não vejo este dionisíaco que aparece lá em 88 o mesmo nos aratustra ligado a qualquer tipo de heroísmo e menos ainda ao que você chamou de proto herói Leonardo obrigada pela sua pergunta e como nós estamos encerrando pois não é né isso agradecendo as perguntas agradecendo a você mais uma vez em meu nome em nome do Henrique por essa por essa brilhante apresentação e também participar você é uma pessoa aí absolutamente imprescindível para participar você coloca e que lembramos relembramos relemos o famosíssimo nascimento da tragédia eu gostaria
de dizer duas palavras e me despedir Então na verdade mais uma vez eu reitero meu agradecimento a você pelo pelo acolhimento mais uma vez eu reitero as minhas felicitações pela organização deste coloque e eu gostaria de dizer que é assim através do Diálogo da discussão através até dos nossos antagonismos é assim que nós podemos contribuir para fazer avançar a menteforston os estudos no nosso país muito obrigada