QUEM SOMOS NÓS? | Que País é Esse? | Sérgio Buarque de Holanda por Paulo Niccoli Ramirez

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Quem Somos Nós?
No primeiro programa da série "Que País É Esse?", conversamos sobre o jornalista, sociólogo e histor...
Video Transcript:
o pessoal começa agora o programa para quem tem prazer em conhecer quem somos nós a gente tem quase cinco anos e se você quiser conhecer todas as conversas que nós já fizemos busca e quem somos nós no seu podcast pouco assista pelo youtube algumas das séries mais recentes ou ainda acesse o site quem somos nós ponto com.br e aí você encontra tudo em todos os formatos começa hoje uma série que eu acho indispensável para esse ano que é um ano de eleição presidencial uma série com os principais pensadores sobre o brasil que nós vamos chamar
de que país é esse claro que existem respostas muito diferentes para essa pergunta hoje nós vamos ouvir o professor filósofo e doutor em ciências sociais pela puc de são paulo paulo no ícone ramires qual a resposta que o historiador sérgio buarque de holanda da linha [Música] quem é você bom eu sou paulo professor de algumas faculdades aqui da cidade na escola de sociologia e política da spm da fei eu sou formado em filosofia e ciências sociais fc mestrado em sociologia doutorado em antropologia as o pai de um menino chamado mateus a isso sou eu se
você faz isso é o que eu faço né isso que a gente faz acaba se misturando que somos também às vezes não gosto muito de helena eu sou filho de estrangeiros é um dois chilenos que vieram para o brasil por conta do golpe militar de pinochet enfim eu sempre tive interesse pela área de humanidades é por tudo que eu escutava em casa seus pais eram atuantes lá né minha mãe mais no movimento de esquerda e tudo mais é o que ela fazia faculdade de teatro e de repente fecha se a faculdade professores aparecem colegas também
então embora vamos embora exatamente tem muita gente e depois teve o contrário também nem se ele teve antes ao contrário depois veio pra cá também então eu é uma maneira sempre me senti um estrangeiro e interessado em entender o lugar onde estava já que eu não não cresce é de fato inserido na cultura nasceu aqui no brasil se aqui nasci aqui mas querendo ou não meus pais não tinham tanto contatos assim com outros chilenos por aqui e com os brasileiros que a gente é o contato era sempre diferente da do tipo de alimentação os hábitos
e os costumes então você precisa entender é porque o chileno tem eu sou diferente isso é de alguma maneira então o chileno são mais formais alguma forma nessa enquanto que aqui a gente tem uma cultura mais dos afectos ainda mais espontânea as pessoas fazem amizades é uma velocidade maior nem sempre claro os interesses nem que tem por trás disso no chile isso é muito mais claro assim é quando uma pessoa se conhece perguntar pra outra qual sobre 95 onde você mora trabalha do que ganhar corpo coisa que a gente jamais faria com esse tipo de
coisa também fez com que meus pais nunca tivesse vontade de voltar para o chile também é interessante então eles se sentiram muito acolhido sakineh eu cresci ouvindo isso olha aqui é um lugar bom pra pra pra você ver viver é conseguir mais oportuno a oportunidade profissionais até eles ainda acham se acham porque no chile existe a hierarquia são muito mais rígidas a então por exemplo chegar o cargo de professor na faculdade só ia ter muito mais idade do que aqui no brasil independentemente dos pontos jogados exatamente no então existem barreiras maiores é interessante isso né
e aí você falou que se interessou para tentar compreender é insuficiente e que lugar é esse que eu nasci mas meus pais vêm de um outro lugar ea idéia de que a vontade de entender o brasil é isso que me levou pra esse lado também né eu sempre gostei muito de filosofia sociologia na desde criança é é preocupava se deus existe ou não enfim não questões filosóficas que se colocavam né mas quando entrei na faculdade de ciências sociais comecei a me interessar muito pela pelo lado da sociologia brasileira o pensamento político e fui aprofundando é
os nossos pensadores não sérgio buarque o raymundo faoro gilberto freyre florestan fernandes e comecei a entender melhor o meu lugar no mundo mesmo porque no chile como disse a gente tem uma cultura mais formal né apesar da colonização ter sido espanhola é ter uma inserção inglesa muito forte pra por conta da admiração do cobre chilenas têm muitos hábitos formais então a pessoa quando sai à rua parece que tá quase numa festa num ano um tribunal e aqui não há gente ana tinelli tranquilo comprar pão de qualquer jeito né mas no chile a formalidade pelo menos
que existia até um tempo atrás era muito mais que é rígida e aqui não aqui eu cresci com essa coisa do yin do jeitinho é o nosso vocabulário também é muito mais do sul sérgio roberto vai discutir isso rádios do brasil então isso criam relações de afeto não é mais próximas entre as pessoas então acho que esse é um ponto que a gente não pode deixar de destacar é o brasil é um ambiente agradável mas por outro lado exatamente esses afectos que vão mascarando os nossos conflitos há por exemplo é só no brasil a empregada
doméstica amiga íntima da patroa em outros lugares o empregado doméstico muitas vezes entra mudo e sai calado não lembro que eu tinha uma aluna que foi trabalhar de babá nos estados unidos é cuidando das crianças que mais de dois anos e uma vez por acaso os pais da criança viram a babá dando um beijo na bochecha da criança o que aqui seria algo como mel com 27 e de repente a babá foi chamada pelos pais da criança que fala o seguinte olha você não paga pra dar beijo nada no meu filho você está demitida então
a gente começa a entender essa questão mais da formalidade né coisa que talvez é por estarmos aqui no brasil a gente não perceba mas esse conflito sempre foi muito claro pra mim é entre um país com padrões daquilo que o bb vai chamar de padrão burocrático racional legal que nós que temos uma tendência mais patrimonialista o que faz com que as regras sociais sejam é mas é diluída fechados alguma coisa do tipo tá bom vamos lá vão falar em tão bom já estão um pouco falei do que ele pensa é a idéia que a gente
começar a série que a gente está fazendo que a gente achando que país é esse que a gente pegue grandes pensadores sobre o brasil no sérgio não só ele mas vários tocar nesse assunto da personalidade brasileira né e da formação do brasileiro depois a gente vai discutir isto a história lá que deu pau e tal né do dos o brasileiro cordial mas que tem vários olhares que ele mesmo depois corrigiu os olhares mas vamo a maneira vamos falar um pouquinho dele primeiro né assim rapidamente uma mini biografias em uma coisa assim depois vão falar das
idéias dele a partir do raízes do brasil que talvez seja o livro mais famoso dele ele negou algumas coisas depois do rio lá na frente a gente vai falar isso também mas aí o primeiro dele um pouquinho formação etc etc tudo bem bom o acho que a principal característica do sérgio buarque erudição na então ele é a princípio a se formar em direito a ele estudou no colégio o som bem em todas ele é paulista paulistana morava ali na no pacaembu não acho que a casa depois onde eles moram foi estatizada pelo andrade neto aquilo
que é um centro cultural ea cuidado e sim cultural e depois colocar um outro secretário de cultura e projeto morreu na bomba mas enfim o sérgio buarque ele chega participasse muito timidamente da semana de 22 não era um menino de 15 6 anos alguma coisa assim então eu diria muito mário de andrade o ovo teve contato ali com os modernistas é e aí por volta de 1927 ele vai morar na alemanha nela ele vai inclusive entrevistar o escritor alemão thomas mana e é nesse momento que ele vai ter um uma uma inserção em vários intelectuais
alemães que apontavam como os grandes pensadores intérpretes da sociologia da filosofia que é o caso do bebê não saiba é o primeiro brasileiro está o bebê é ele vai ter contato com walter benjamin não com um filósofo é mais uma obra dele e descobri isso fazendo mestrado ele tinha é na na biblioteca da unicamp anunciar que não é tem um departamento ali que cuida dos arquivos do sérgio buarque o que sobrar um desses arquivos nas opções que o sérvio bora tenha sido tenha tido a maior biblioteca desse país ele da fanese 6 em três jogos
é o que os filhos chegaram a dizer que às vezes entrava no seu encontrar um livro do pai ele não sabia como tinha parado lá né é mais interessante porque o sérgio buarque vai ver vai reduzir meu é vai ter um aprofundamento no marxismo à então essa é a marca do do sérgio ele vai como jornalista nem um jornalista se a profissão seja idosos assim o que pagava as contas dele era jornalisa da mente ele vai ler um arcabouço de de pensadores alemães é que debochavam como grandes intérpretes nada não só da esquerda mas também
da direita então por exemplo a primeira versão do rei do brasil e cita bastante o carro schmidt avaliou nit a de alguma maneira vai ter contato com benjamin como eu disse então é tudo isso vai fazer dele um autor extremamente inovador aqui para a interpretação do brasil é porque no final do século 19 e início do século 20 com exceção de gilberto freyre do cáucaso a maioria das interpretações sobre o brasil eram de cunho evolucionista é dizer isso significa que se tentava entender o país a partir de de linhas no progresso então europeu era tido
como superior porque revolução industrial sistemas de urbanização mais complexos o nível de eficiência mais envolvido então quando europeu olhava aqui pra pra américa para a áfrica e para a ásia é geralmente atribui a povos mais primitivos e chegava a ser um absurdo por exemplo como nina rodrigues de oliveira vianna de certa forma que chegou cedo ao longo do getúlio vários se afirmava aqui o atraso econômico do brasil é tinha como principal é influência a quantidade de negros indígenas então chega se até mesmo a propor um processo de branqueamento do povo pra que o brasil no
século v e abençoou essa ideia perdura até a década de 30 e 40 é como se pensava então que bastava a branca ao povo para que a gente alcançasse um progresso científico e econômico alguma coisa do tipo e aí o gilberto freyre 33 vai lançar o casa grande senzala vamos mostrar então que essa explicação absurda não seja que a gente não tem que entender o desenvolvimento de um povo a partir de linhas do progresso é cada povo se desenvolve ao seu modo nenhum povo é superior ou inferior a outros seja biologicamente talvez um ponto de
vista técnico econômico mas isso em um momento uma relação com um conceito que hoje está em desuso que é de raça dentro da antropologia bom aí o sérgio buarque vai trazer um outro arcabouço teórico é o o humberto freire vai ser o do frango azuis estados unidos era bonzinho não era e relativista goleiro rubinho com os senhores de engenho era exatamente criou um país tem gente que diz assim que um país falsamente é em harmonia o sérgio guarda primeiro e depois a escola paulista sociologia nec com as mãos florestan fernandes vai depois dizer que o
roberto freire viu o brasil é a relação da casa grande com a sala do alto da janela da casa grande desconsiderando que é a senzala era insalubre né ali onde as pessoas que ficavam nas crianças a um popular baixos na então é um campo de concentração é era enfim de alguma maneira muito mais higiênico é muito mais progressista do que 11 na senzala que era uma condição absolutamente desumana não que um campo de concentração não seja mais interessante a gente pensar nisso então gilberto freyre ele vai inaugurar um novo tipo de interpretação no brasil ou
seja tentar entender o país a partir das suas próprias características sem comparar com outras nações e ao mesmo tempo ele vai tomar uma postura que hoje é muito criticada que o relativismo ou seja não faz a crítica para ele o projeto colonizador português no brasil foi um grande sucesso aponta que teria é que a dupla a sociedade é praticamente sem preconceito racial né ele não disse isso mas praticamente inventou um mito é da democracia racial no brasil né então o sérgio buarque quando volta ao brasil há a chance on me engano foi 3332 mais ou
menos ele tem contato com gilberto freyre com a obra vai citá lo ana arraes do brasil e é a partir disso que ele desenvolve o conceito de cordialidade é porque é uma hipocrisia acabei de dizer agora há pouco que só no brasil existe essa relação harmônica entre aspas mas que é conflituoso entre a dona de casa ea patrol aponta que às vezes há a patroa é apena a a empregada doméstica chega a dizer que é r era a dona de casa ea empregada doméstica na relação mas a empregada doméstica das instruções para o filho da
patroa estudar pra vocês se alguma coisa na vida existe um grau de intimidade que é resultado da nossa herança colonial dessa desse trânsito é que os escravos de um dentro da casa grande que ela ama de leite e aí vêm os pontos polêmicos gilberto freyre né apesar de ser sobre sérgio baresi precisa entender não é porque ele se contraponham exatamente pois o objeto verde em casa grande senzala é ter uma visão nostálgica sobre o brasil colonial e sobre escravidão praticamente dizendo o seguinte olha bons tempos aqueles em que o escravo ficava de quatro o senhorzinho
ali criança dando chicotadas brincando de cavalinho com um escravo e isso criou uma espécie de escravidão adocicada harmonizada redução dos conflitos mas a escravidão escravidão assim como ele vai citar o papel sexual das negras né apesar de ele não ser um autor que que dialogue com teorias raciais evolucionistas vira e mexe ele acaba mostrando o papel é dada à mulher negra como um papel importante processo de miscigenação para diluir o racismo então a gente vive esse mito de que no brasil não tem racismo que não foi tão violento isso é uma é uma forma é
essa hipocrisia é do discurso é que vai levar o sérgio baresi usar o conceito de homem cordial é ele gostava pessoalmente do gilberto acordava e depois um eu vi um papel de informar mas não sou um amigo discordo dele mas eu gosto dele mas dentro do daá a raiz do brasil a gente quer ver forte exatamente assim no como que então o sérgio via o país como ele via a a nossa colonização como que carregava isso então primeiro a gente tem que entender o título da principal obra do sérgio buarque que raízes do brasil é
porque esse nome raízes é porque o sérgio batista monteiro com essa linha evolucionista né europeia que tem de haver geralmente os países subdesenvolvidos que a gente já vem sendo desenvolvidos como inferiores porque é muito negro ou indígena 7 só que o termo raízes faz menção que eu quero uma raiz de uma árvore ela não tem uma linha reta uma linha do progresso ou seja é torta têm desvios têm saltos né e culturas e assim que o sérgio buarque enxerga a nossa história então a gente não pode dizer que é o progresso científico tecnológico vai aprimorando
a raça dos brasileiros isso sérgio buarque descarta totalmente né então a gente tem que entender o percurso histórico do da nossa formação é enquanto povo a partir desses desvios desses autos históricos é essa idéia do da raízes do brasil é bom é como se deu essa formação não seja o barco vai dizer que portugal é foi a matriz na formação da nossa do nosso comportamento social misturar o comportamento indígena ea inserção também da população negra mas especificamente com portugal é o que portugal tem de diferente em relação à europa primeiro que portugal vai ser o
primeiro estado moderno né entre os séculos 14 e 15 já está se constituindo a coroa portuguesa e significa que o primeiro estado nação é e aí vem uma série de contradições porque ao mesmo tempo que o primeiro povo a formar uma uma monarquia é o primeiro povo também se lançar ao mar e começou a fazer é as grandes navegações em torno da áfrica vai ser um povo que vai manter é um tipo de estrutura burocrática extremamente arcaico não separa o público do privado tanto é que tudo era do rei não existe esfera pública qualquer semelhança
com o brasil não é mera coincidência no brasil na verdade o estado é um puxadinho tem muito é da fazenda tem muita dificuldade para um exatamente aí já entendi metade do caminho outra coisa que é importante para portugal portugal é a porta de entrada da europa então o povo português sempre segundo sérgio buarque esteve acostumado com outras etnias outros grupos sociais ele sair moldes nenhum pra a crise então eles tinham uma uma convivência internacional que os outros podem não pode esquecer que os mouros invadiram a península ibérica né e tanto espanha em portugal foram responsáveis
por expulsá los e aí disse sérgio buarque que houve é que querendo ou não uma certa aproximação dos portugueses primeiro com outras culturas e segundo com é pessoas com pele de outras cores principalmente os morenos que vai ver uma uma identificação com os indígenas aqui né então saiba que vai dizer que quando os portugueses chegaram aqui no brasil se sentiram em casa literalmente né fora que o os indígenas também tem uma cultura muito mais é voltado a recepção então houve uma uma comunhão de fatores fizeram com que é indígena e portuguesa num primeiro momento nós
que existiam sociedades indígenas rivais atleta mas é principalmente com os tupis guaranis e também aqui na região do sudeste houve uma uma harmonia mas em relação a portugal outro detalhe é portugal mal teve idade média tanto o sérgio barco enquanto falcão raymundo faoro no livro os donos poderão dizer que quando portugal estava constituindo a essas relações entre senhores e servos ele se lançar ao mar já tinha coroa é uma monarquia instituída então não deu tempo para formar isso qual a importância disso é porque o pouco que houve dificuldade mesmo o senhor e oea o servo
eles não tinham eram os hábitos e costumes muito diferenciados então as roupas eram os mesmos da linguagem na mesma fase trabalhavam lá do lado e mal teve da dmed isso aqui vai ter uma influência muito importante para a formação da nossa cultura por exemplo se a gente pegar nas grandes cidades do mundo geralmente os bairros mais pobres estão afastados dos básicos santiago do chile por exemplo assim encontrou mais próximo você vive da cordilheira é mais abastado você é do centro para baixo pobreza aqui no brasil não acontece isso aí você tem um bairro rico ao
lado da favela que é o caso aqui do murubira em são paulo a gente não pode ser que a feijoada hoje necessariamente um prato da população mais pobre existem lugares que nem feijoadas e caríssimas nem o samba também a gente pode ser uma é música exclusivamente do pop então tudo isso sérgio bagulho tá chamando de plasticidade lusitana e essa plasticidade portuguesa que veio aqui para o brasil por isso a facilidade que a gente tem é que querendo ou não de aceitar os estrangeiros é de querendo ou não é portugal não é assim hoje então mas
essa é uma crítica que se faz a aos intérpretes brasileiros em portugal que foi uma interpretação brasileira sobre porto rico sobre portugal e não necessariamente o que seria ler até agora é porque seu olhar portugal não recebe também não tem preconceitos tenho que nós temos - vamos dizer assim então essa ideia é muito criticado em portugal não tem alguns intelectuais em olhão é só vocês não entendem a portugal são os brasileiros leandro portugal mas tanto faoro sérgio buarque o próprio gilberto freyre bom vou fazer menção desse certo tipo de plasticidade aqui vamos fazer um parêntesis
como que os portugueses então ver isso e sabe não como os portugueses vêem portugal ea inserção deles no brasil é completamente diferente ou eu não tenho andado eu sei que o assunto não é esse mas em mim mas aí veio a gente não pode esquecer é pra gente entender que um pouco a importância de portugal para o brasil é que quando se descobriu descobriram as meninas aqui na região de minas gerais exceto a quase 40 por cento da população portuguesa veio para essa região não pode esquecer disso é tamanha importância na quantidade de ouro é
que foi encontrado aqui então tudo foi trazendo o mais é uma maior inserção portuguesa aqui né mas é esse foi talvez a amar leva migratória portuguesa em direção ao brasil e fora da fuga da família real mas é interessante é pensar nessa situação porque é essas raízes começam se a profunda aqui ou seja é o português vai ser um visão do paraíso um indivíduo com uma visão com o desencantamento do mundo e é o sérgio buarque vai criar uma nova tese é uma tese é absolutamente inovadora mostrando que quem inaugura a modernidade foram os portugueses
não foram os protestantes como desenvolver é o de encantar o mundo a ter um tipo de bomba uma religião mais é voltado ao trabalho ao progresso material que ele não não não for um é é o só não foi a ciência moderna foi galileu foi copérnico foi de kart porque esses autores querendo ou não principalmente de kart francis bacon queriam criar um novo projeto civilizatório da europa o o facebook vai dizer que nem mesmo o renascimento é inaugura a modernidade que foram os portugueses porque quando ele chegou aqui no brasil ele chega uma visão é
totalmente encantadas em mitos a gente não tem o dourado nós não temos a mito é por exemplo da fé é era dourado com qualquer outro foi embora o a enfim que aqui seria o pará e maranhão colombo tinha se pegar as cartas de colombo próprio rei da espanha ele confunde é papagaios com um anjo vai ter o sérgio buarque vai confundir sereias é com golfinhos esse tipo de coisa agora o pero vaz de caminha quando escrevi a carta secreta da maneira mais encantar a possível demora tem pessoas nuas cenário bonito enquanto que coloca dizendo olha
tenho certeza que esse sujeito são praticamente descendentes de adão e eva estamos próximos de dourados e agora porque os portugueses chegaram aqui com essa visão tão é desencantada segundo sérgio buarque de holanda porque é eles querem todos os todos os mitos é dado os africanos foram atrás do dourado foram atrás de todo tipo de paraísos asiáticos e também é o o o vasco da gama em 1422 ali passa pra ir pro do cabo da boa esperança quer ser o cabo das tormentas chegar às índias mas quando os portugueses chegam aqui chegam calejados por isso que
a ordem da coroa era buscar um trabalho mais simples e mais lucrativo isso explica porque todas as nossas cidades estão praticamente no litoral e por isso que foram atrás do pau brasil e da cana de açúcar ou seja era diferente da colonização espanhola é pouco pragmático cheguei a falar com um amigo me tem não em xhosa exatamente o realismo profundo enquanto que o espanhol estava atrás de dourados vão construir cidades lugares mais altos por isso todas as cidades espanholas são tão em grandes altitudes jogadores brasileiros hoje quando vou jogar bola não aguentam porque a idéia
fincar raízes assim não seja buscar é uma proteção explorar ouro e prata e os espanhóis ficaram o segundo sérgio barros 200 300 anos atrás de um dourado enquanto que a gente não tem esses mitos é porque os portugueses chegaram aqui de uma maneira de cantar isso vai justificar de certa maneira como o povo brasileiro tem um profundo de encantamento não só em relação aos mitos por exemplo getúlio vargas nunca foi é é um obus getúlio vargas 16 teve uma igreja porque as pessoas orassem como se faz na argentina com perón que é contemporâneo é mais
fácil marcar é o gol chávez da venezuela nicolás maduro transformando em um passarinho que conversa com ele alguma coisa do tipo então esse encantamento do mundo ele vai ter um resultado nas nossas é ações políticas então é por isso que existe essa é esse deslocamento é profundo esse abismo entre as instituições políticas e o nosso modo de ser existe então uma não crença na política nas instituições da burocracia nas leis por isso que aqui a gente dá um jeitinho pra toda a legislação transformando é é toda regra ela é abrir uma brecha pra pra você
e um salto esse é um salto de raciocínio porque os portugueses não acreditavam tanto é não acreditar não não tinha ilusões não chamar se eu tinha menos deduções não tinha ilusões também também o forte frio - ilusões a gente então também tem menos ilusões a respeito das estruturas políticas é isso então é porque é essa percepção de encantada não saio bar que vai usar vários elementos walter benjamin é o a idéia de encantamento do mundo de melancolia encantamento do mundo também discutido pelo vp um pouco antes mas a idéia qualquer que os portugueses quando aqui
chegou chegam sem uma visão é de construir um paraíso como foi nos estados unidos com os protestantes daqui é a idéia era construir racionalmente através do trabalho metódico do esforço um paraíso os espanhóis achavam que encontrar o próprio paraíso e aqui no brasil não havia para isso não tinha objetivos não tinha o objetivo é só de mim é que vai característica uma maldição é qualquer semelhança com o presente no rio será coincidência né faz a gente pensar nessa reserva agora numa página em qualquer meio de um simples também para qualquer semelhança é mera coincidência bom
mas o que acontece é que ballack vai dizer que esse perfil desencantado vai fazer com que nem mesmo os portugueses acreditem na própria racionalidade ou daquilo que emana da razão as instituições o estado moderno as burocracias que deveriam reger a a as relações sociais enquanto na europa aquilo que não é pessoal exatamente e impessoal exatamente em troca só no pessoal exatamente um sociólogo acho que é peruano chamou de boquim ramo que ele vai dizer por exemplo que a origem da modernidade ou dos projetos de modernização de revolução industrial de criar um estado é moderno é
burocrático né criar um paraíso através da idéia da máquina da revolução industrial isso na europa vai ser resultado do descobrimento porque europeu quando chega aqui na américa ele vai ter um choque tremendo dizendo o seguinte puxa nós aqui na europa somos um povo católico vivemos na miséria é pragas pra todo lado guerras a torto ea direita e esses indígenas vivendo pelados alegres né vivendo praticamente no paraíso fez com que eu mudasse o seu projeto civilizatório independence tanto das sagradas escrituras e passar a depender quase que única e exclusivamente da razão da estrutura exatamente a razão
passa a dominar a natureza a gente pode pensar um dvd card pode pensar também no projeto de revolução industrial é a construção do próprio contratualismo choque o choque entre a realidade europeia e o paraíso um z americano fez com que os grandes europeus era e se reinventar então isso justificaria a ascensão dessa modernidade que os portugueses não ou seja quando eles vêm aqui eles não se chocaram por que irão é e e da mesma maneira não não vão ter nenhuma pretensão de criar um projeto futuro qualquer semelhança com o nosso país não é mera coincidência
ontem projeto que não tem os eles não vieram aqui para fincar raízes né vieram aqui pra fazer exploração é explorar coisas arrancar coisas diferentemente do que foi feito na américa espanhola é por isso que o sérgio borges vai usar a metáfora um dos capítulos anos raid do brasil do semeador e do lado ladrilhador a espanha até hoje não tem unidade nacional né basta ver o plebiscito da catalunha eles tentaram fazer da das cidades na américa aquilo que não era espanha ou seja uma unidade racionalmente construída tanto é que se a gente for pra qualquer cidadezinha
américa espanhola aqui na américa vocês vão ver a gente vai ver sempre a mesma estrutura a prefeitura a igreja irão à praça das armas que tudo metodicamente construído na geralmente grandes linhas retas unindo toda a cidade buenos aires assim achei o aeroporto tem a 9 de julho santiago também tem uma menina gigantesca que te leva época os bairros aeroporto porto pra outras estradas etc e aqui não aqui foi tudo feito sobre o desleixo ou seja é por gana é é a metáfora do semeador porque se você lança a semente na cena senão vai ter paciência
até que a gente tem músicas que retratam isso deixa a vida me levar é devagar devagar devagarinho agora os países que seguiram esse projeto modernizador tem outra percepção não seja é devagar devagarinho e rápido veloz é urgente é o então os outros países da américa espanhola não deram mais certo do que não deram porque obviamente então deveria sei se funciona não funcionais a espanha foi o país mais arcaico do ponto de vista da modernidade então a igreja os princípios medievais predominar até invasão napoleônica ali no século 19 mas ainda assim a espanha tinha um projeto
de consolidar sua presença aqui na américa tentou tentou e tentou num vazio aqui imagina então aquilo que não tinha na própria espanha unidade um processo racionalizador é e ao mesmo tempo que o traz de dourados é tanto é que é é o sérgio buarque fala que até mais ou menos - 1750 e 1780 ainda tinha exploradores acham procurando é o dourado no meio da floresta amazônica achando que a floresta amazônica tem um formato de um coração onde estaria o coração de jesus realizei o paraíso você tinha todo tipo de descrição é dos exploradores netas mais
malucos e os nossos exploradores ao contrário não procuravam nada disso no entanto é que é a busca de minerais foi feita de uma maneira espontânea pelos bandeirantes não foi um projeto da coroa que eram os liderança eles eram meio índios neves eram índios e tem 60 milhões foram se adaptando índio com portugueses então saiba que até chegou a dizer de muito os colonizadores que não conseguiam ficar sequer uma geração na mesma terra porque o desejo pela aventura pela exploração fazer com que eles buscado cada vez mais e índios para explorar e metais preciosos então foi
outro tipo de exploração que a gente teve aqui né não dá pra comparar a colonização espanhola com a portuguesa a nossa é do semeador mesmo né ou seja é essa coisa de fazer o que a gente fala fazendo as coxas não tem uma um reflexo nesse tipo de pensamento não é um pensamento mais aventureiro é isso que o sérgio buarque vai chamar de ética da aventura que na verdade é um conceito dodô jorge meu né quando estudou na alemanha incorpora esse pensamento e ouvem a ética na aventura eu possa da ética no trabalho ética no
trabalho é que foi inventada pelo max bbb pra entender o tipo de trabalho exercido pelo típico protestante puritano né então é o puritano aquele que planta semente todo dia regra espera 10 20 anos a árvore crescer e colhe os frutos já o aventureiro não lançar sementes como disse pra você é e se não nascer paciência né a o que importa é o jogo é o aventureiro lembra o jogador ganhar ou perder faz parte é da parte interessante da existência e por isso que a gente tem essas músicas que falavam pra você deixa a vida me
levar de volta a jogar agora depois mas a gente teve um ciclo da cana então vamos discutir comércio certo se já é uma coisa um pouco mais estruturada no sentido de a exporta e não é tão assim nas coxas não é um pouco organizados então mas o ciclo da cana a gente não pode esquecer que ele foi um financiamento holandesa e aí que a gente entende a invasão holandesa no nordeste brasileiro tco é mais ou menos ali plano de 1580 foi 1.578 morreu dom sebastião com 16 anos o famoso rede portuguesa portugal que o minas
vai voltar que é homenageado no por camões até a morte dele vai representar a decadência de portugal não tivesse um nêutron vai ser um tio dele que já estava idoso vai durar dois anos o poder morre 1580 e portugal ficou sem rei que é que vai acontecer portugal vai ser anexado pela pela espanha só que a espanha era inimiga mortal da holanda ea holanda era quem financiava açúcar português no nordeste e aí os espanhóis com a ações quase invencível alguma coisa do tipo tentou invadir a holanda que indicavam holanda como territórios eu e ea os
holandeses como uma retaliação resolveram invadir o nordeste brasileiro neco nassau é e vai ser uma história muito interessante porque 1640 portugal restabelece a coroa é e ao mesmo tempo vai buscar é resgatar esse território que agora estava nas mãos os holandeses holandeses quando vieram aqui no brasil eles vieram para empreender é então construir estradas a primeira sinagoga de toda a américa está no recife alguns estudiosos em que 15 e 20 por cento da rede esgoto do recife até hoje foi feita pelos holandeses há enfim conseguiram bibliotecas muitos senhores decretaram mão-de-obra livre assalariada outros mantiveram escravidão
etc mas o fato é que esses holandeses são expulsos na a do brasil dá conta que os indígenas que não queriam saber muito desse trabalho metódico racional típico do protestante acabaram expulsando os puritanos não eram todos os puritanos mas estavam ética foi é é a ética do trabalho não só pensava ser protestante mas incorporava os princípios que a gente chama de empreendedorismo bom enfim isso anderson expulso portugueses indígenas vão parar no norte da américa fundo uma cidade chamada nova amsterdã que hoje é natal de nova york então não dá pra gente ter uma bola de
cristal olha se os holandeses tivesse ficado aqui o brasil seria desenvolver mas em outra coisa nos holandeses estão na áfrica do sul e é isso que o comentário é uma farsa já certo que criou um monte de eficiência é um é difícil falar então a gente não pode esquecer que também os japoneses passaram 200 anos fazendo comércio só com os japoneses também é com as companhias das índias orientais e seria um germe né da do capitalismo nipónico né enfim as primeiras bolsas de valores nos primeiros bancos modernos disso surge na holanda interessa a gente pensa
nisso século 16 15 já na holanda é um país que aceitava muitos refugiados perseguidos religiosos filósofo sandrecar espinosa vão para a na holanda porque ali existe uma certa é tolerância né as religiões e os filósofos então é interessante a gente pensar nisso é porque por exemplo essa história de construir bibliotecas criar um projeto mais desenvolvimento do país só começa em 1808 com a chegada da família real a a a primeira salvador e depois ao rio de janeiro né então vejam que portugal nunca teve esse ímpeto de desenvolver o projeto de ter exatamente país a não
ser aquilo que facilitar essa retirada das matérias primas das riquezas num preço explica muito da nossa formação é porque nós somos um país de uma maneira mais atrasado que outras nações a nós não desenvolvemos esse caráter mais racional burocrático e partimos para uma ética da aventura que vai resultar em formas é patrimonialista do estado é um interesse privado sobrepondo ao público então na verdade uma escravidão também que é assim que é uma marca é o último país do mundo né não lhe escravidão ea gente começa a ver as contradições do que um homem cordial é
porque o brasil foi o primeiro país a acabar com a pena de morte com a constituição é dom pedro 1º de 1824 4 24 e foi o último a abolir a escravidão ea escravidão no brasil não acabou por um anseio da sociedade porque estava caro manter os escravos então você tinha que dar comida tinha que bancar a casa tinha que pagar as roupas e aí percebeu um alívio final do século 19 era mais rentável trazer os imigrantes porque eles têm que pagar por tudo isso fora as passagens então é é não há outra escreve e
se criou esse argumento tolo é de que o escravo não sabe trabalhar não acumula riqueza mas uma coisa é fato é depois que acaba a escravidão no país muitos escravos começam a perguntar por que os seus antigos senhores quando podia se deve trabalhar para se sustentar no mês então enquanto europeu veio aqui com essa ideia burguesa de acumular é dinheiro fazia américa e todo esse tipo de coisa é então era outro tipo de mentalidade interessantes carros foram abandonados também terão deixado os nomeados da neta aliás é aí que a gente entende a origem da palavra
favela acho que já deve ter alguém falando isso é da guerra de canudos a é na verdade assim que a aaa é feita a proclamação da república é e depois virão do século o brasil praticamente consenso exerce desde a guerra do paraguai numa renovação da material bélico é poucos soldados sendo contratados quase nenhum então brasil ficou sem exército então começa a guerra de canudos é contorno conselheiro na verdade era um movimento religioso que acabou atraindo antigos escravos pessoas miseráveis que na cidade de canudos praticamente nenhum em uma situação como nau neto era de todos ninguém
passava fome e isso foi de alguma maneira perturba perturbando perturbando perdão os senhores de terra ficaram sem mão de obra e alguns historiadores não conta de cada um dos 30 60 mil habitantes não há um consenso sobre isso mas enfim aconteceu a os irmãos seus discípulos não pelo conselheiro foram pegar um carregamento de madeira para terminar de construir é é a a à igreja da cidade e o que a polícia não deixou eles levarem as madeiras entraram em conflito é e os canadenses venceram pegando as madeiras atua em nome de deus não era um era
o movimento milenar e está tudo mais é bom e aí as elites baianas resolveram convocar o a república não o poder da união pedir a ajuda do exército e o exército mandou que tinha para canudos que foram derrotados também e aí sem o que fazer o o governo central que ele estava nu na cidade do rio de janeiro resolve distribuir a notícia de que quem lutasse quem se inscrever se no exército voltasse vivo ea receber terras para construir sua casa e aí enche de gente para lutar na guerra de canudos principalmente esses escravos e filhos
de escravos é bom e que acontece aí foi um massacre né os moradores dizem que vão sobrar 13 pessoas vivas todas as cabeças do de boa parte dos prisioneiros já era um decaptados tanto é que a cabeça de antônio conselheiro foi levada para as mãos lina rodrigues não quero esse teórico é evolucionista que eu disse agora há pouco que ele tentou provar até a morte que pelo tamanho da cabeça de antônio conselheiro seria um criminoso biologicamente explicado é bom que aconteceu sábado três pessoas vivas destruíram a cidade de canudos hoje construir uma represa para apagar
a memória mas é curioso que carlos é uma cidade montanhosa de dia faz muito calor de noite muito frio e só um tipo de flor dali nessa região que a favela e aí quando os soldados retornam é começam a indicar o que foi prometido e depois de algum tempo o governo carioca sem saber muito o que fazer nessa mesma época com ocorrendo o processo de higienização do rio de janeiro abriu nas grandes avenidas expulsão dos pobres do centro acabando com os cortiços então esses combatentes e misturaram e se essa população eo governo do rio de
janeiro aponta para alta dos morros eles podem morar lá em cima e aí carinhosamente não citou o nome dessas casas construídas de favela em homenagem a guerra de canudos a até pra criar o nome das favelas nós somos cordiais a restante isso então e ele lembrando disso né ele ele cria essa acho que faz com ele que inventou a idéia do brasileiro cordial não é isso na verdade ele inventou mas foi ele que transformou em 100 na verdade essa idéia do homem cordial vai surgir com o com o livro retrato do brasil que é do
paulo prado é que praticamente uma década anterior de raios no brasil e aí o paulo preto estava dizendo que a principal marca do povo brasileiro a cordialidade mas já deixava bem entendido que essa cordialidade tem um caráter meio triste melancólica uma falsa felicidade mas era uma forma também da gente criar essa relação mas já afeta o sentimento é que cordialidade de ver se as pessoas entendem como uma certa submissão uma certa uma certa bondade que se chega é até falar isso e pelo que eu entendo o sérgio olhava cordialidade como emocionalmente não necessariamente uma coisa
do coração né colegial do coração e não me coração pode ser bom pode ser ruim não é esse o sérgio vai fazer vai submeter o conceito do paulo prado e mostrando que a cordialidade não é generosidade não é bondade mas são relações do coração de afeto emocional exatamente como o ódio por exemplo uma cordialidade do ponto de vista do sérgio é essência então é cordial é mais ou menos como ser um diplomata na guerra e na paz você precisa negociar com o inimigo então você não vai jogar com uma arma na mão você precisa respeitar
o outro por isso que a gente vê no congresso os senadores né e xingando o outro mais chamado de vossa excelência como manda o protocolo é interessante essa essa ideia porque a cordialidade o sérgio buarque vai virar sinônimo de mascaramento da realidade esse mascaramento militares e uma hipocrisia social isso vai se dar através das relações de afeto que nós temos aqui é porque eu dizia que a empregada doméstica amiga íntima da patroa que faz com que muita gente aqui no brasil de olha é isso negro de alma branca não seja é uma forma racista e
ao mesmo tempo carinhosa de você ser racista de vocês sem preconceito ou a pessoas mais velhas ainda usam esse é esse tipo de visão de mundo né apesar de ser negro é isso então por isso que o racismo no brasil é é camuflado é mascarado mas se você pegar o sindsaúde do ibge vai ver que o negro em média ganha 30 40% - embora todos os patrões digam eu não sou racista onde já se viu né então por isso que o racismo no brasil ele não é idêntico ao americano o que foi feito da áfrica
do sul quando você pega uma escada dividida no meio mas no brasil então é o brasil tem os brasileiros têm uma idéia de que isso é melhor que a gente não foi tão vil é uma isso né eu estou não estou defendendo uma posição estou colocando o olhar é melhor porque não foi tão violento não aconteceu como aparthaid não aconteceu como nos estados unidos onde um não pode entrar na memória está mais aqui na grécia foi de hoje é um olhar foi violenta em tese não os ingênuos que coloca dessa maneira um dos exemplos é
pra gente ilustrar isso bem atuais é o brasil é o único país do mundo que em que os prédios têm o elevador de serviço até uns anos atrás não existe uma lei pra dizer que todos os empregados pessoas de qualquer cor é certa criando credo pode usar o mesmo elevador mas os prédios é das elites é faziam com que as empregadas domésticas babás andar sem sentir num elevador de serviço por exemplo que eu posso dar pra você a polícia a forma como a polícia age com a população branca dos bairros nobres não é a mesma
é forma que agissem assim mas que diferiam coronel acho que da rota falou exatamente isso eu não posso abordar nos jardins como a gente faz veja também na periferia então é aí que o nosso racismo começa a ser difundido nas entrelinhas por isso a cordialidade e não é explícito ninguém vai dizer eu sou racista declarado nos estados unidos a gente vê isso né agora no brasil é os conflitos são sempre de simulados e é isso que vai caracterizando a cordialidade é essa com o mesma cordialidade faz com que a nossa corrupção seja diferente das outras
e de corrupção em todos os lugares do mundo sendo mais com afeto só no brasil é o que isso significa isso é o que quer dizer isso não significa que a gente começa a dar é é é criar exceção para toda regra é então desde o professor que às vezes tem um aluno que é história em falta no final de semana nem de professor adoro você dá um jeitinho ali puxa eu não perderia nenhuma aula se eu tivesse que fazer com que outra coisa ou então de repente é na época que um sarney estava sendo
processado por ter colocado um namorado de uma neta num cargo público importante confiança e pedra eu lembro do lula desembarca mais usar nenhum é um cidadão comum no ubs julgado como os demais ou então de repente está analisando a própria lava jato é porque que é existe em alguns políticos que recebem toda uma blindagem seja da mídia seja dos próprios juízes né então tudo isso vai caracterizando a cordialidade a gente não consegue esse padrão impessoal racional tipicamente é burocrático que nasce da ética protestante da ética no trabalho deveria e que é um pressuposto da democracia
não é sim claro todos são iguais perante a lei na então isso é o que a gente chama de estado patrimonialista quando o interesse privado atinge a esfera pública a e não há uma separação rígida entre o que é público eo que é privado por isso eu disse agora há pouco que o estado brasileiro e suas instituições no ponto de vista bork ano são um puxadinho uma extensão da vida privada então é isso explica porque a dificuldade que a gente tem de fazer essa separação é exatamente porque o país patina nisso né um tempo não
se pode dizer que não tenha pessoas que não tenham tentado e isso de alguma maneira acho que não com poder não tenha chegado ao poder mas que existe muita gente que tentou mas muita gente que falou discutiu isso como próprio certo mas a gente tem uma dificuldade enorme o país nessa dificuldade enorme em despersonalizar as instituições sérgio buarque discutir no último parágrafo de reais no brasil ele diz que existe um demônio pérfido aqui no país que faz com que é as instituições que geralmente são importadas é dos modelos americanos europeus é o que a gente
tem título aqui enquanto normas de personalidade existe um abismo entre essas instituições no nosso modo de ser então seja qual for o modelo que a gente aplique a cordialidade sempre vai ter para esses modelos ea equipa uma discussão que acho que é interessante com o falecido antônio cândido ele inventou a tese de que o sérgio buarque caminha por uma via liberal dizendo que ao aplicar as instituições democráticas comércio exceto a gente reduzir esse papel patrimonialista da cordialidade na nossa sociedade mas a pesquisa que eu fiz é fez uma releitura desse último capítulo do brasil que
chama nossa revolução entre aspas que é um é uma ironia na verdade né então nesse capítulo sérgio baresi começa a testar tudo se a gente aplicar se o fascismo se a gente aplicar se o liberalismo se a gente aplicar se o comunismo eo sérgio buarque chega mais ou menos essa conclusão de que qualquer que fosse o modelo todos eles iriam subir dizem da corretora ocupados exatamente porque porque o interesse privado predomina sobre o público e se explica em boa medida porque personagens tradicionais da esquerda aqui no brasil é ou até mesmo os mais conservadores todos
caminham de mãos dadas não acaba sendo tratados pelo meu papel dessas construtoras todas nesse processo de corrupção qualquer fronteira entre o público eo privado isso não existe aqui isso também vai se dar na forma como a gente construiu a cidade né é por exemplo as leis das calçadas aqui uma uma lei da época colonial quando o dono da casa responsável pela pela calçada é pelo calçamento e não o a prefeitura porque a gente vê uma coisa que nas cidades brasileiras que a gente não vê nas principais cidades européias nem parece que as cidades européias foram
esculpidas por um artista nas casas são muito parelhas é é uma fachada muito parecida com a world e fizeram isso no século 19 natalizi sim sim e aguentou passaram por isso a gente aqui não é o que acontece cada dono da rua sente dono da rodada é o dono da casa sem dono da própria rua tudo que você vê as vezes dos donos de bares fechando ruas sem permissão da prefeitura é teve ao todo a polêmica aqui com a ciclofaixa é verdade é quando muita gente daqui na frente do meu estabelecimento não vá aqui é
meu lugar não é a rua é pública então você começa a ver como nosso pensamento na nossa nosso comportamento simbólico não existe essa distinção entre o público eo privado jeito que você fala do jeito que ele olhava não tem saída então no final da gama vai falar assim bom se é tudo isso é quase genético vamos assim você conhecer está no dna do brasil é avacalhar com tudo porque no final é mais ou menos isso não importa se é fascismo e por ser comunismo não importa o quê que essa liberalismo nós vamos no final a
calhar porque essa é a nossa vocação então é como eu fiz a pesquisa eu tive o cuidado de mexer em cartas o sérgio buarque do centro e eu peguei a última entrevista dele algumas anotações fui umas de datilografadas atleta que o sérgio buarque na última entrevista chegou a dizer o seguinte que o que ele queria na verdade como destino o brasil é a única maneira de acabar com o patrimonialismo ea cordialidade ser uma revolução é vertical de baixo pra cima é mais espontânea do povo né isso que ele queria dizer um resultado muito parecido com
caio prado júnior é que vai dizer quando ele fala isso no final ele disse que o povo é isso que o povo é cordial e que o povo a calha tudo eu estou chamando avacalhar sentida é uma solução então mas é porque talvez o que ele esteja pensando seja no modelo político que esteja de acordo com a forma como nós somos um porque não adianta a gente é importar modelos que funcionam para outra sociedade é isso que vai fazer com que por exemplo roberto da matta neco naquele texto que faz brasil é quase como uma
derivação do pensamento sérgio buarque de hollanda vai dizer que por exemplo é nos países saxões conter uma briga entre dois indivíduos um indivíduo diz o outro quem é você para falar assim comigo seja quem você perante as leis que nos deixa em pé de igualdade para tentar tirar uma vantagem aqui no brasil quando a gente briga se fala o outro sabe com quem está falando ou seja sou amigo do policial do plano político a lei não se aplica da mesma maneira que eu então quando sérgio baresi começa a falar que a gente precisa de uma
revolução espontânea vertical ele está querendo dizer que a gente precisa criar um modelo político que se aproxima a nossa coragem mas que ao mesmo tempo para o próprio e que ao mesmo tempo consiga destruir esses lados os aspectos negativos da própria cordialidade da poética da aventura porque isso não vai desaparecer do dia para a noite não vai ser um pombo instituições mais racionais leis mais rígidas isso não vai mudar o caráter do nosso povo do dia pra noite então é de alguma maneira o sérgio último sérgio buarque econômica das entrevistas já falou não quero falar
mais de cordialidade e deu ele ele questionou depois nécessaire ele essa opção a noção do momento que falou não vou falar mais disso porque gera muita polêmica então fui mal interpretado ou dizendo que o brasileiro é bondoso generoso dizendo que essa é uma relação hipócrita é que mascara n relações de violência de corrupção no país acerta mas o sérgio buarque dá a entender isso não é que só eu um povo organizado não é que de alguma maneira combata a visão dessas elites patrimonialista que você para um público privada aqui possam levar o brasil para o
patamar porque tem um povo muito passivo aqui né a gente não pode esquecer nunca me esqueço da da manchete da proclamação da república é do do jornal carioca foi embora do do jornal né mas o árbitro logo que era o jornalista quando houve a proclamação da república colocou na manchete do jornal a seguinte frase o povo assistiu a tudo aquilo bestializado ninguém entendeu nada pessoal era uma marcha de carnaval uma festança - a volta à programação foi um golpe enfim entre outros golpes que nós tiveram vários é inclusive este mais recente é a questão não
é golpe imagina onde a proclamação da república é então esse é o problema do da legislação e das diferentes constituições que nós tivermos todas as reformas políticas feitas no brasil servirão para manter privilégios e não para promover progresso econômico e social é essa a grande questão então o favorito vai trabalhar um pouco essa tese lembrou sérgio buarque de holanda que os verdadeiros donos do poder são as elites agrárias hoje algumas industriais que têm um poder político nas mãos então o chefe de estado sempre foi uma marioneta ser manipulado e quando não interessa mais acidentes e
se toca por um sistema o sistema são todos de fachada que o modelo político brasileiro é o patrimonialismo tentando uma discussão contra o sociólogo muito importante que o jesus recebe souza da unicamp lançou um livro recente mais ou menos dizendo que o patrimonialismo um conceito equivocado o que o sérgio buarque de holanda aplicou de uma maneira errada porque é ele é oriundo ali da sociologia bbb diana e não teria aplicação sobre o brasil existem forças políticas atores políticos que acabam criando o brasil tal como é então esse conceito ele parece estar de alguma maneira é
fora ou além da realidade brasileira mas a questão não é porque o conceito do dove berland patrimonialismo ou de liderança tradicional não é que seria o conceito correto é um conceito coringa ele serve para a gente entender a realidade conceito na realidade o sérgio barco entrou em uma briga parecida com essa que estou dizendo aqui pra você agora com o historiador chamado guilherme mota mas foi na década de 70 e 80 o pesquisarem os arquivos ele estava enfurecido porque os embarques o seguinte é porque eu uso uma terminologia liberiana que eu sou o liberiano não
é porque um conceito do marketing que eu sou marxista então essa é a marca central do pensamento do sérgio buarque de holanda ele deturpa os conceitos originais para entender a realidade brasileira então aí vem a briga o caso dele é a idéia de o público eo privado se confundirem acho que é difícil contra isso sem máscaras povo cria tem a sua especificidade não dá pra dizer que o conceito veriano de liderança tradicional café é universal é é aplicar todo tipo de patrimonialismo não é assim é o tipo ideal não é a realidade ajuda interpretar a
realidade é mais ou menos isso que o bb quer dizer com o seu conceito então sérgio buarque quando vale pra europa na alemanha ele absorve todas as teorias e aí vem a criatividade dele né porque ele começa a aaa subverter a ressignificar esses conceitos entendê los aqui no brasil por isso que acho que a crítica do g7 souza não é muito válida é assim como essa crítica que se faz que o sérgio buarque autor liberal não é eu voltar dizendo agora sobre o final de raízes do brasil de sérgio buarque está fazendo exercício mental testando
modelos políticos aqui no brasil que tem gente que coloca assim que ele a princípio parece um pouco verdade o brasil nem chegou a ser capitalista nem chegou a ser liberal e que ele achava que deveria pelo menos tentar ser liberal de verdade sim porque não liberal também existe a ideia da igualdade claro liberalismo verdadeiro não se fala hoje é o neoliberalismo é uma distorção da da idéia do adãozinho mas 2008 mas e ele estava falando do adam smith né a idéia de um para o brasil nem chegou e nem hoje nem chegou ainda nesse estágio
não é isso que ele falava que a gente empurra o brasil precisa dele para depois lembrar que ele tenta mostrar ali no finalzinho no brasil são tendências o que aconteceria se a gente seguir se o liberalismo teremos mais instituições nacionais sem dúvida ea reduzir esse papel do privado sobre o público ia mas a distância cordialidade não né esse é o ponto assim como o fascismo não faria isso nem o o organismo né é muito interessante é propor essa esse exercício de releitura do final do livro na volta a chama se muito diz esperançoso de certa
forma nós e olha assim nem se fala então esse país não tem não tem jeito é isso é é assim então nós fomos colonizados de um jeito displicente vamos chamar assim né depois acabam criando toda uma prima das principais sociedades escravocratas do do mundo o que ainda persiste é o eco disso persiste muito forte a gente tem essa ideia é essa coisa meio hipócrita não vamos dizer que é o cordiale zta e nada vai com tudo o que planta aqui não funciona a não à ideia que nasça da queima vai nascer disso vai nascer desse
caldeirão se eu estou dizendo não ter o que eu acredito nisso mas seja olhando assim resumindo assim o que vai nascer daí não vai ser uma flor de lótus está certo não será do pântano néné fora da flor de lótus não nasce então cunha perspectiva qual é sint esperança não então eu acho que é por isso que o sérgio borges aqui um principal livro dele não era a raiz do brasil era a visão do paraíso que o anterior é que é posterior fator é a tese de doutorado dele foi em 2008 que dava aula na
escola que foi obrigada a fazer né e aí depois ele vai vai transformar o professor catedrático da usp foi obrigado a se aposentar por volta do culpado o golpe na verdade ele é é que isso é alto e é mas acabou se com os amigos estavam sendo presos então é um absurdo mas nesse livro raios o paraíso o eça desesperança que você tá citando teorias exatamente nesses encantado todo mundo que a gente estava dizendo agora há pouco né ou seja ou seja as instituições políticas e os mitos não funcionam aqui o máximo que a gente
tem de lenda de segurança siper e que não não é sequer um mito na desinformação do povo brasileiro a gente não tem isso então essa ausência de mitos e essa descrença nos próprios mitos vai resultar depois na própria é na própria descrença nas instituições políticas então essa é a única maneira talvez pensando um com o sérgio baresi já acabar com com essa visão que nós temos nessa associação entre instituições e povo seria criar movimentos políticos que estiverem de acordo com as nossas características que conseguissem dialogar frente a frente com com a população é assim a
gente tem uma política mais espontânea verdadeira não é capaz de mudar esse cenário mas isso nunca aconteceu todas as nossas instituições são de fachada nelas funciona pelo mesmo quando acontece de alguma maneira depois é distorcido nem mesmo quando brota espontaneamente de alguma forma é o pt deu um exemplo disso é que nasce das bases foi lavrador de nova york foi um das primeiras assinaturas mas não dá pra dizer que o pt de hoje idêntica à de 30 anos atrás né é um conceito é outra estrutura então acaba acaba assim parece que existe uma algo maior
do que essa espontaneidade ou paramos o público do privado as empresas dessas instituições privadas domina o estado e acabam optando seja qual for o partido no entanto aqui direito como ele conseguia ser tão divertido pensando que a gente não tinha saída não passou porque ele tinha uma personalidade engraçado ele era um cara divertido e ficar alta filhos muitos filhos musicais também era ruim né mas ele tem uma personalidade se amigos muito me parece que ele tinha uma vida diferente da visão crítica do país nem se os textos do sérgio buarque além de eruditos nação bem
críticos irônicos também é a forma como ele trata as nossas elites né a mas eu eu não vejo o sergio buarque de todo modo assim tão pessimista eu acho que a última entrevista que ele deu na vida é revelador o que ele queria era a única maneira de acabar com essa coisa o patrimonialismo do estado seria um movimento popular de fato não é mas a que custo não discutir as consequências de ter que pensar também que o brasil um país que por exemplo quando proclama a independência de pai pra filho né independência é é uma
independência kombi mais pra filho uma república que veio do golpe é uma a própria abolição da escravatura que foi um negócio sem fake né assim então e desanima quando começa a pensar nisso né é essa questão na nossas reformas foram feitas para manter privilégios é isso é isso que está em jogar para não mudar a engenharia se essas reformas fossem espontâneas populares mas nunca foi feito dessa maneira tem a questão da educação sim o povo também não tem não não tem educação suficiente para ter senso crítico e chama não existe ultrapassar a atual reforma da
educação feita pelo tema na qual o objetivo pra que reduziu anular disciplinas como filosofia sociologia história transforma numa coisa optativa depois essa história agora do stf é da religião é exatamente o complicado misturar essas duas coisas na reforma que no final a reforma parece uma reforma para criar pessoas do para o mercado nem isso dizem reforma educacional não do ponto de vista do conhecimento mas do conhecimento para o técnico nem comprovei kahn pode discutir bastante sobre isso aí a gente entende que a cordialidade que país é esse que anuncia ser um país laico é retirar
sociologia e filosofia mas permite ensino religioso direcionado a uma única religião é isso a oportunidade né esses paradoxos é um professor 16 hora o brasil não é para principiantes a é ter uma época é é que tive contato com o pessoal que foi estudar umas favelas aqui no brasil é e aí foram feitas visitas com esse pessoal está três entravam no meio da favela e perguntar o seguinte os arquitetos etc pode construir dessa maneira a york a dizer não e porque considero assim eles não entendiam e depois entrava no atacado não mais pode fazer isso
não sei porque fizeram sentem alguma lei que permite isso não e por que fizeram não é e nem sempre o mesmo questionamento mas a questão porque a nossa cultura espontânea né ela é feita de uma maneira é dissociada da da das regras da burocracia então uma reforma política é não falo nem em níveis institucionais é mais uma reforma da mentalidade política da participação do povo que acabe com o patrimonialismo tem que levar em consideração isso é a forma da gente age politicamente é uma maneira artesanal no entanto é que aqui no brasil a gente tem
que ter uma lei uma plaquinha no metrô dizendo que o o você tem que ceder o lugar ali os lugares especiais para os idosos para alguém que tem uma necessidade especial outros países não existe porque é óbvio você tem que fazer isso você se levanta porque a lei o espírito da lei está impregnado no sujeito não é tem toda uma discussão a nossa constituição a maior do mundo né mas 17 e 20 por cento está regulamentada qual o tamanho da data da carta magna inglês é um garrancho de lei a página deles vai mostrando que
é o espírito das leis da luta o que viu tanah no pensamento não agir das pessoas aqui não a gente não incorporou a burocracia não pode esquecer uma outra coisa que eu acho que é importante é e vale para pensar as culturas indígenas dos indígenas não aceitam muito bem burocracia também né às vezes ela vai afundar e fazer uma decisão com os indígenas para saber se do atual coisa ou não os indígenas já decidem antes nessa hora você volta aqui não eu volto assim mas o que a gente quer isso mas é pra fingir que
é uma democracia então a gente tem um certo perfil indígena fazendo que seja ruim o contrário é porque é o indígena não aceitar a burocratização da existência não é você explicar pelo menos 20 30 anos atrás que você recebe um salário vai parar no banco e tirou do cartão eletrônico caixa ou um cartão é o seu dinheiro do banco isso está na cabeça deles não entrava hoje lógico isso já acabou né mas o fato aqui é a idéia qualquer trabalhavam receber algo por escândalo presente também uma ideia mais do presente dizem então o trabalho é
remunerado ou você recebe o benefício no tete a tete da burocracia é essa que lógica é essa de deixar o dinheiro do banco né então eu tenho contato com uma proposta da casa mesmo que ela sempre em conta suas histórias a que os indígenas ela brigava com dinheiro porque eles não entendiam que como funcionava o cartão cantora mágico para isso bastava apertar dos botões que sai o dinheiro então isso trazendo que toda a população seja assim mas isso é um reflexo o reflete melhor essa idéia que a gente tenha burocrática que a gente vê que
resolver alguma coisa resolvemos fora-da-lei resolvemos é é um jeitinho com a malandragem ou seja a toda regra que pode criar uma exceção a gente não tem essa crença na burocracia e tudo isso vem decide encantamento do mundo né português quando ele chegou aqui chegam sem nenhum projeto chegam sem um projeto o civilizador eu queria dizer num projecto havia de exportar lógico né mas é quando chega aqui é se chega sem uma visão de construção de uma sociedade para o futuro alguma coisa assim uma sociedade do futuro é preciso reconstruir através de parâmetros burocráticos na burocracia
portuguesa sempre foi muito arcaico não tudo era do rei não separa o público do privado raymundo faoro vai dizer que é é as elites portuguesas agrária principalmente se matavam pra ficar o mais próximo possível do rei para obter os cargos públicos então vejam que ele não é muito diferente do que a gente viu aqui no brasil na época colonial e hoje penso no partido o pmdb é o pmdb não tem tanto interesse de chegar ao governo mas fazer parte do governo sim porque para se alimentar da bulgargaz na aula máquina é cd benefícios a a
particulares há conluio entre amigos e família há grandes animadas conversas com você a idéia a idéia dessa série é uma ideia sobre a gente discutiu país que qualquer maneira é um país que vai passar por uma eleição presidencial né pra gente renovar ou tentar renovar o que está acontecendo e tal mas se a gente ficar nessa nesse olhar do céu é bom ficar missa a que parece que não tem sentido parece que não vai dar para s que nós estamos fadados a não dar a não funcionar e niemann e horrível essa sensação afinal um país
enorme é um país do ponto de vista na natureza e dos recursos absurdamente rico com um povo bacana as pessoas preferem ficar aqui se relacionar que com toda a maluquice e é etapa novamente afetuoso e eles recebem todo mundo sim é não tem aquela xenofobia que existiam todos os lugares e tal você tem um monte de coisa legal mas não vai dar certo parece isso é eu volto dessa tese é que o sérgio buarque ainda propõe né a movimentos espontâneos vai dar certo quando quando nascer uma estrutura que venha do povo mas é um povo
iletrado ainda na sua maioria não é isso sim é é um pouco ingênuos e falar isso não é não que não ela não faça sentido é claro que faz sentido existe uma defasagem educacional as estruturas têm que refletir o povo ok mas é nosso povo é muito defasado ponto de vista educacional ainda o que é um absurdo maneira isso é verdade as diferenças sociais são absurdas ainda né assim é mais injustiças o preconceito não sei o que ela quer dizer eu não vou ver eu vou morrer antes de você com certeza é tudo dê certo
é é não ver nada assim no governo eu não vou ver um país razoavelmente organizado com um mínimo de justiça social é isso que eu estou sentindo na conversa o problema todo é que a gente teria que voltar oliveira viana é totalmente criticado por essa questão não choquem negros indígenas ou motivo do atraso brasileiro né porém ele vai criar um tipo de pensamento que vai querendo influenciar os demais intérpretes do brasil é com essa idéia de que existe um brasil real eo brasil legal o brasil legal é o brasil das elites que importa as constituições
fazer muito bonitas dizendo como que deve se à burocracia o comportamento social etc esse brasil legal é o brasil do discurso oficial dos políticos não sou corrupto salvar a pátria vamos em querer defender o coletivo etc mas pronto não existe o brasil real que o grupo marginalizado né é um povo que não tem acesso às instituições até muito recentemente mais da metade da população brasileira tinha nem conta no banco né a gente não pode esquecer disso a então o povo que vive à margem da vida dos caras no caráter burocrático nacional resultado é que acontece
é dentro desse brasil legal que acontece nas nossas elites mandar os filhos para a europa e um dos melhores colégios aqui no brasil entrou nas melhores faculdades acabam entrando os melhores concursos os cargos públicos ocupam os cargos mais importantes elegíveis né e eu nem o pobreza nas empresas exatamente então a gente vive um sistema de cap castas informal a cnec não se dá por uma questão religiosa é às vezes nem sempre com a questão exatamente da cor de pedra que a gente tem muita miscigenação mas é por uma questão é de origem social desse indivíduo
então se você nasce uma família geralmente branca e nascido em um bairro de classe média ou alta você tem todo o caminho com o blog come consegue ter média atualmente a estudar tua chance que essa história também da meritocracia que se fala muito da média traz isso as pessoas não saem do mesmo lugar aqui é aquela frase que é hipócrita aqui no brasil não tem que dar o peixe tem que ensinar a pescar mas nunca de os rios muitos peixes têm uma parte da população que não tem acesso a nada disso é ridículo a gente
fala de um estado liberal é onde sequer têm mínimas condições de existência brasil afora então o estado precisa intervir exatamente para tirar esse pessoal é domingo que se encontra social então esse é o problema do brasil real eles oliveira vianna então existe uma elite é um estamento depois o lauro vai dizer exatamente patrimonial que que têm acesso a tudo que é bom e do melhor e toma todos os cargos então as leis são feitas para esse público e não o resto da população por isso que de alguma maneira uma série porque dizia é no brasil
discute se eu sou de direita ou de esquerda quando na verdade o que impera é o patrimonialismo então essas duas nações são muito mal acabadas aqui enquanto interesse privado não se diferenciado interesse público porque todos esses essas ideologias e seus desdobramentos acabam sucumbindo diante do inter na cordialidade que a gente estava discutindo agora a pouco é por isso que o sérgio buarque no final de maio no brasil começa a testar os diferentes modelos com a gente ouve com o patrimonialismo com a história do país sempre vai ser essa nós nunca promovemos essa separação rígida como
tá falando independência de pai para filho a proclamação da república foi feita por uma elite ainda escravocrata é que quem acabou com a escravidão contraditoriamente foi imperador é aliás foi a princesa isabel mas não foram as elites né então é o se dizia no final do século 19 que nada mais conservador que um liberal e nada mais liberal conservador eram é os liberais eram todos os escravocratas mandavam os filhos estudarem na europa depois escreveu belos romances e poemas contra a escravidão mantendo escravos então essa é a hipocrisia que a gente tem aqui né é assim
como a gente tem hoje essa questão é de muitos liberais o pseudo liberais ou neoliberais funcionais a gente preferia uma dessa maneira que é defendem o estado mínimo é mas são esses mesmos que historicamente receberam benefícios do governo com redução de impostos ou na época da política de valorização do café é um bolsa querendo ou não esses são os mesmos que reclamam de 400 e 500 reais que são dados aos mais pobres a esquecemos que foram os maiores beneficiados pelo caráter né interventor do estado ea gente vai vendo que é essa mulher brasileira é um
cara que acha legal o estado mínimo quando está falando de outro gênio mas vai lá e mama nem que o florestan tão importante na cozinha é um cara não tá afim na argentina nem que chegou nesse estágio tentam como florestan escreve a revolução burguesa o brasil está querendo dizer que a nossa burguesia não é idêntica à européia e americana que de fato desenvolver o progresso a com o próprio suor exatamente o individualismo puramente dito a nossa burguesia ela sempre se desenvolveu quando o estado interview foi assim com várias ruas 5 jk os próprios militares agora
mais recentemente com também lula então esse é o paradoxo é agora uma coisa que tem que pensar é o papel do fernando henrique cardoso como grande intérprete do brasil socióloga exceto se houver algum presidente que poderia ter reduzido o papel do patrimonialismo teria sido fernando henrique cardoso ele estudou isso né escreveu sobre isso entendia melhor do que qualquer outro ocupante desse cargo o que é o brasil foi orientado pelo florestan fernandes aliás os dois romperam é por conta dessa guinada do fernando henrique cardoso é um diálogo mais neoliberal mesmo falou do dac de se olhar
assim o presidente não é o cara que manda neco foi exatamente idêntica é colocado também alguma maneira ou aceita no caso do lula ele foi aceito ela baixa hoje de fazer a caça eo brasil fsb a senhora casa os brasileiros estão assim é sempre uma a 1 o presidente não manda então também não adianta muito sim se falar o flamengo poderia ter feita e talvez tivesse instrumento teórico intelectual a compreensão é colocar o tema em pauta olha tem esse partido aqui que está me apoiando que é tão coisa em troca talvez o que a gente
pudesse ter esperado o fhc que domingo ele tivesse uma postura próxima àquela do bugio no uruguai né mas critica uma uma visão até mais teórica e prática das contradições sociais mas o fhc ele se adaptou modelo aceitou foi passivo cordial foi cordial todos totalmente coisa lula também no entanto acabou sendo então por que o ptb mulher e sem negar os avanços que ocorreram e tal mas no final todo mundo acaba virando pmdb exatamente é o partido o patrimonialismo é é seu partido que sempre governou esse país mas é o caso do lula é que aconteçam
josé dirceu vai a fiesp assina a carta aos brasileiros embora não vou mexer nessa estrutura porém segundo o mercado começa a indicar quem ocupa tal cargo pmdb também e aí a gente teve essa avalanche de corrupção porque a gente não ocupa os cargos públicos no mérito pela competência pela capacidade técnica mas por jogos de interesses é patrimonialista o amigo do fulano indicado é que a parente de não sei quem é longa essa conversa mas também criar uma ruptura parece impossível anece no sentido uma ruptura a não ser por uma revolução violenta e que talvez nas
revoluções costumam causar mais mal do que bem tem pelo menos quem está vivendo a revolução não pode ser que na história pode melhorar mas para quem está vivendo um desastre porque romper com esse processo também é muito difícil não é senão você não se elege se você não se elege você não consegue fazer nada ou seja porque quer queira quer não tanto fernando henrique cada um do seu jeito enquanto lula caminharam em direção alguma coisa é pouco é pouco mudou o país não mudou o país mas qual era a idéia será que eles liberassem uma
revolução as coisas iam mudar então poderia mudar mas será que as pessoas nesse período da revolução que poderia durar é viver melhor ou pior essa é uma coisa meio complicada eu acho que o brasil mudou e economicamente socialmente com esses dois governos ou a gente andou mas sem mexer nas velhas estruturas a o valor tem uma frase na bíblia que vai dizer vinho novo em odres velhos é é isso política no brasil então seja um ditador seja o imperador um presidente da república vai de um favor às verdadeiras elites né e são as agrárias industriais
esses são os verdadeiros donos do poder bom mas é em relação à a a uma revolução não a gente precisa ter duas meninas é porque quantas pessoas já morreram de fome aqui no brasil por falta de assistência do estado e também é eunício um genocídio querendo a violência que acorda aí sim explora a violência mundial as nossas condições de transporte de revolução ônibus são as visões são é assim salas da modernidade ambulantes a gente não pode esquecer disso o de tortura também outra tipo de violência então aí uma boa é uma boa questão eu entendo
o final de raízes do brasil e as últimas entrevistas a bola que deu o presente da revolução vertical dizendo isso é o que é pior manter um jeito que está ou de repente uma relação carnal bairro assim a isso então vamos fechar no teu entendimento como você acha que o sérgio entende ou acha quem quem ele acha que nós somos quem somos nós do ponto de vista do sérgio buarque de holanda bom é o povo brasileiro é um povo como posso dizer é que é aqui a gente tem que entender o brasil a partir do
conceito de modernidade não a modernidade poder leva a inventar essa palavra né sem a mistura do arcaico eo moderno eu acho que essa é a marca da nossa cultura ou seja nós às vezes criamos instituições que são modernas leis extremamente avançados no caso da nossa constituição mas por outro lado nós temos marcas nosso comportamento são arcaicos retrógradas medievos é essa idéia do senhor de terras por exemplo é uma ideia é da antiguidade nem que o senhor era o do bloco do espaço econômico dos escravos da família tinha tempo livre ócio é pra legisla em praça
pública caso de atenas nós mantivemos esse tipo de pensamento não seja quem trabalha é o pobre é o escravo não seja essa ideia ôôôô rico é o dono de terra que tem tempo livre para legislar gilberto freyre vai tratar exatamente disso ele vai dizer que dentro do domínio eco rural o senhor de terras era o governador ele mandava fazer as leis absolvia a matava mandava matar uma mulher a lei trazia o padre para rezarmos matar o padre sei lá todo tipo de coisa né então quem nós somos a olhando pro sérgio buarque leitor d é
gilberto freyre nós somos um povo arcaico constituições modernas mas não tenho o mesmo tempo a esse padrão arcaico da nossa sociedade pode ser que venha trazer algo de novo né quando a gente rompe o patrimonialismo com as instituições que não correspondem a nossa dinâmica o nosso jogo de cintura então é necessário que a gente pense o brasil a partir do próprio povo da forma que o povo consiga participar e sistemas políticos mais espontâneos então é um povo brasileiro é cordial como diz o sérgio buarque de holanda é querendo não dissimulam seus conflitos seus preconceitos e
de alguma maneira a gente precisa superar esses dois elementos a a a hipocrisia da cordialidade mas não perder de vista a afetuosidade que está emprestando a cordialidade né esse caráter do brasileiro lembra um pouco é o que o sérgio o russo chamava do bom selvagem né esse caráter mais solitário isso de fato faz do povo brasileiro um povo único né eu tive no futebol a oportunidade de passar por vários países nem fazendo umas pesquisas e é interessante observar como talvez com exceção do povo grego ali muitos outros povos da europa são carrancudo se olham muito
mal aqui no brasil não é assim eu posso dizer isso pela experiência dos meus pais que são estrangeiros sempre foram muito recebidos o brasileiro é um povo atencioso mas esse mesmo brasileiro que às vezes lhe oferece uma carona é o mesmo que consegue lançar frases racistas terríveis é e por isso que acho que a gente tem que entender o brasil a partir desse paradoxo entre o arcaico eo moderno um povo que é afetuoso mas que essa afetuosidade muitas vezes mascara a própria violência na nossa cultura extremamente violenta eu não deixaria de abre margem para essa
discussão que hoje está muito importante que são as características do machismo no brasil geralmente as mulheres quando são abusadas existe um clima de cordialidade atrás disso aí não é só uma brincadeira de certa não dizer os jovens mas esse machismo brasileiro lembra um pouco o que dizia gilberto freyre é com o senhor entrava na sua casa e começaram a gritar pelas suas escravas negras dizendo pra tirar suas botas já estava na rede enquanto cuidava nas palavras o frei e convidava à vontade transava li estuprava as escravas é o gilberto vai dizer que isso era bom
não estupro ela achava que não havia isto porque as mulheres negras se uma tendência natural sexualidade e vejam como está no imaginário do brasileiro de alguma forma e isso precisa ser combatido né ou seja é preciso respeitar o espaço privado a individualidade entender que a praça pública não é lugar para abusos num lugar em que cada um faz o que bem entenda não só do ponto de vista da exploração sexual é do abuso sexual mas também sé o público é público é sagrado espaço onde todos devem se socializar e ter acesso aos benefícios que o
estado ou seja lá quem for posso oferecer mas é a gente precisa separar o público do privado não acho que essa é a grande lição do sérgio buarque de holanda é um grande diagnóstico que ele dá ao país e por conta disso acho que o conceito do vb embora distorcido pelo sérgio buarque ainda válido para a gente entender o país boa bom ou bom [Música]
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