Olá sejam todos muito bem vindos ao CNN nosso mundo você já ouviu falar em economia criativa bom termo não é tão novo assim ele é usado para definir um setor muito importante na geração de renda criação de postos de trabalho e receitas de exportação em tempos de crise economia criativa surge como um catalisador de oportunidades vamos falar sobre isso Então vamos lá final de contas né O que que é economia criativa e como ela pode impulsionar o crescimento sustentável de um país a economia criativa inclui uma longa lista de atividades por exemplo audiovisual publicidade arquitetura
moda música teatro e uma infinidade de eventos culturais segundo a Unesco as indústrias criativas devem ser parte de estratégias de crescimento econômico o setor gera mais de 2 Bilhões de Dólares por ano e gera também quase 30 milhões de empregos no mundo a nossa convidada de hoje é uma referência quando o assunto é economia criativa ela é considerado uma das oito personalidades brasileiras que impressionam Segundo publicação do jornal é o país jato ou em projetos para mais de 30 países e inclua nessa lista a ONU e o bid o banco Inter americano de desenvolvimento consultora
conferencista escritora premiada Então tá aqui no CNN nosso mundo Ana Carla Fonseca seja bem-vinda muito obrigada pelo convite que delícia tá aqui nesse Bah é um prazer enorme Ana Carla Vamos começar com a história do conceito da economia criativa eu sei que não existe um conceito fechado foi a economia criativa surgiu ali na década de 90 né impulsionada ali pelas tecnologias digitais mas na sua visão Como que você define a economia criativa menina você já sabe de tudo não de tudo não eu só estudei um pouquinho então o que eu acho muito bacana da economia
criativa que tem a ver com a lógica dela e portanto o conceito é que ela reconhece que um mundo justamente muito globalizado por conta das tecnologias digitais o que mais foi a diferença em uma economia não é se você tem ou não dinheiro porque você pode ganhar emprestado se você tem ou não tecnologia porque você pode comprar ou importar Mas e se você a sua população tem criatividade e sabe colocar isso para rodar economia então para uma forma muito simples a gente entende economia criativa como aplicação da criatividade humana para gerar produtos e serviços com
valor agregado ou seja com diferencial aquilo que você olha um copo e fala Puxa que bacana essa xícara tem uma pegada diferente a logo como ficou assim e daí naquele mundo de xícara você olha esse palestra tem alguma coisa diferente e que pega você isso é aplicação da criatividade portanto economia criativa Queria falar um pouquinho do setor Brasileiro né da situação do Brasil em 2011 o Brasil chegou a ter uma secretaria da economia criativa isso dentro do ministério da cultura Eu lembro que eles fizeram um plano de estratégias para os quatro anos seguintes então de
2011 a 2014 e dentro desse plano eles definiram que a economia criativa brasileira deveria ter por princípio a inclusão social a sustentabilidade a Inovação e a diversidade cultural brasileira esse plano chegou a ser colocado em prática ou não Então essa é uma resposta simples é não a resposta mais complexa que eu acho que é mais gostosa para gente é que quando você entende a economia criativa como vinculada especificamente é um pedaço de uma política pública então a cultura ou ao turismo ou a ciência ou alguma coisa você faz com que os outros entenda que talvez
não tenha a ver comigo e a criatividade para que a economia seja criativa e portanto para que a sociedade em si seja mais criativa a criatividade tem que ser trabalhada por todas as políticas então nos países ou estados ou onde for que a gente entende que a coisa funciona melhor você não tem um ministério ou uma secretaria cuidando disso e os outros observando você tem ou um departamento à parte ou vinculado entre aspas da casa civil mas tem um pai de todos que fala olha para criatividade conseguir chegar na economia você que trabalha educação precisa
fazer com que a molecada consiga colocar essa criatividade em prática a mesma coisa em turismo é uma coisa em todas as outras então não foi como poderia ter ido mas o plano mas ele deixou algumas mensagens importantes eu acho por exemplo a questão da inclusão porque se você não trabalhar direito economia criativa você dá força a quem já tem quem sai bem capacitado das Universidades etc que trabalha com criatividade já efervescente mas como é que você faz com que a criatividade seja mais inclusiva de fato quando você tem um povo que é visto com muito
criativo mas não necessariamente bem capacitado e isso acho que traz um ponto bem legal para gente liabo aqui na cara eu queria aproveitar e falar um pouco a gente tem no Brasil muitos empreendedores de necessidade que a gente fala né a gente que empreende porque precisa porque não tem outra opção como que a economia criativa pode impulsionar ou se conectar com esses empreendedores então eu acho é uma excelente pergunta porque muitas vezes a gente observa que as pessoas fazem algo sendo empreendedores ou seja um funcionários que não necessariamente curtem fazer né mas porque tem que
pagar as contas todos nós só que quando a gente trabalha economia criativa como uma lógica de que eu uso a minha criatividade para fazer alguma coisa diferente você não só tende a conquistar sobretudo os jovens que gostam disso que querem ver que estão fazendo a diferença que acreditam que estão fazendo mas muito desse flanco que tende a crescer chamado neném né E que pega os jovens e os não tão jovens né aqueles que vão se acomodando e que não sabem querem trabalhar e também não se animam a estudar etc quando você mexe com a criatividade
das pessoas você tende a trazer um diferencial a esses empreendedores e a despertar outros que ainda não sabem direito que além da vida sendo jovens ou não tão jovens a fazer algo que às vezes falam Olha eu não sei direito como é que eu vou pagar as contas lidando com música ou qual audiovisual escrevendo mas eles botam tanta paixão no que fazem vão se capacitando tanto ao longo do caminho que eles acabam descobrindo novos nichos em especial por conta das novas tecnologias né que abrem oportunidades ainda Malditas de trabalho então aposta muito interessante para fazer
com que esses empreendedores de fato não só apaguem as contas mas Curtam o que fazem entendam a ter mais sucesso com o que estão fazendo Letícia Ana é em alguns países a arte já é vista como negócios Estados Unidos países europeus Isso faz parte do PIB no Brasil quando a gente pensa em arte e cultura criatividade parece sempre no campo do entretenimento e não do dinheiro de fato tem que explicasse para gente qual que eu entrava que o Brasil tem ainda hoje porque a gente falou de criatividade brasileiro é um povo criativo muita gente empreende
por necessidade mas como olhar para isso o que tá faltando e ver não isso é um negócio é dinheiro né isso entra na nossa economia Qual é a dificuldade que a gente tem para avançar nisso ainda então acho que há duas questões aí uma delas a gente não tem números e não tem métricas para mostrar de fato qual é o peso dos setores artísticos dentro da economia como um todo né O que você trazia antes número de empregos quantas pessoas formal ou informalmente não vinculadas a isso Quanto recebem os dados que a gente tem são
muito pontuais não tem série histórica isso não favorece né porque a primeira coisa é as pessoas é nem aí quanto gera quanto emprega e eu me ponho muitas vezes na cabeça de um de um prefeito ou de um governador que fala olha eu adoro arte eu aposto mas a gente tem tantas necessidades tem que gerar tantos empregos etc então fica aí um pouquinho Segura as pontas deixa eu investir no que de fato da retorno depois o injusto nisso pelo fato de você não tem muitas vezes era argumentos estatísticos você perde né Essa equação antes dela
efetivamente vingar né mas isso em si não é só não é toda a resposta porque você tem os setores artísticos que geram toda uma contribuição e emprego em renda a gente tem dados da firjan que apontam os números formais enfim embora a gente saiba quem formalidade muito grande mas é uma questão ainda mais delicada e que a meu ver ainda mais contribuinte para o que a gente está discutindo que é como ao sair de um prédio entrar na rua e vê uma lavar e daí você vai ouvir uma música e daí você vira esquina e
alguma coisa que te inspira etc você traz algo que absolutamente Vital para economia para as empresas para os negócios que essa criatividade efervescente o tempo todo né porque não adianta a gente imaginar que uma empresa de tecnologia e uma empresa super bacana ponta de lança de inovação vai fazer com que seus trabalhadores colaboradores sejam criativos dentro de quatro paredes com a mesa de pebolim e o Puff se saindo de lá eles entraram em um ambiente Aquático é a criação de repertório né Total então assim se a gente não investir em ambientes urbanos por exemplo mais
propícios a criatividade você não vai ter uma população que de fato seja criativa porque Dentro de quatro paredes não dá Então são dois flancos Nos quais a gente tem que romper essa barreira de que ah não é muito bacana mas deixa lidar com que é sério né do ponto de vista econômico como o conjunto de setores e como a formação de um ambiente que faz com que todo mundo possa ser mais criativo só Desculpe me estender mais um exemplo que eu acho super fofo o Canadá na na especificamente na prefeitura de Montreal tem um escritório
de design como ele chamam são quatro a seis funcionários cuja função princípio é fazer com que todo mundo que mora no Canadá Montreal tem uma um olhar de designer sem o c ou seja o olhar da Inovação então eles fazem um mundo de intervenções em espaço público eles mexem com as fachadas dos Empreendimentos que dão para rua porque aí todo mundo independentemente da profissão até porque a gente não sabe que profissão vai ter amanhã pode ter mais esse caudal de criatividade para o que for fazer vender suco de laranja na esquina até desenvolver uma pesquisa
super mega sofisticada isso é que eu acho que é muito legal né como é que você vai tendo Essa visão e incorpora isso de uma forma transversal as políticas públicas Rita Ana queria até que você continuasse nesse tema né da cidades criativas urbanismo porque eu acho que muita gente ainda enxerga a criatividade quase como uma lista de necessidade não que é parte integrante da vida de todo mundo né não só os criativos e que trabalham com isso e nesse momento a gente está vendo um aumento da violência urbana muito grande né as pessoas não se
sentem mais seguras na cidade e achei muito legal uma coisa que você falou que para a gente ser criativa a gente precisa de um a gente precisa ser socialmente estimulado e precisa de um ambiente seguro né e nas cidades a gente não tá vendo isso acontecer né eu sempre lembro da James Jacobs né da urbanismo mais humanizado a gente se sentir seguro com os olhos né e não câmeras né com os olhos das pessoas e eu queria que você falasse um pouco né dessa questão de segurança pública e também criatividade como que essas coisas se
conectam e como que a falta de Segurança Pública também acaba contribuindo para as pessoas sejam menos criativas é um ponto super importante e bom que você trouxe porque quando a gente fala em segurança as pessoas tendem a entender as estatísticas de crime e afins né mas existem ele percepções de segurança como você bem trouxe Então tudo bem eu na minha região de repente nem é tão complicada e eu tenho um ponto a 500 metros da minha casa mas entre os 500 metros da minha casa e a minha casa eu não tenho luz então a minha
sensação é de insegurança E aí cada um de nós dentro da cidade vai desenvolvendo seus próprios indicadores né ah se eu vejo uma mãe andando com um carrinho de bebê que é muito um exemplo da jangas né então eu sinto que ali é seguro porque nenhuma mãe é louca de sair com carrinho de bebê no lugar estranho né como é que a gente vai denunciando isso E aí o que une a questão da criatividade com a questão da segurança e adversidade porque se você tem pessoas nas ruas e as pessoas sentem à vontade de ir
para rua e como a gente pega uma grande cidade como São Paulo em que a gente tende a ter numa cidade mas arquipélagos né grupos e essas bolhas não conversam você não tem diversidade e a diversidade é básica para criatividade então pela sensação de insegurança as pessoas não vão à rua você não tem russa das pessoas não vão à Rua Eu visto como mais inseguro e portanto menos eu vou quando você rompe essa espiral negativa e a transforma em positiva você vê as pessoas indo para os espaços públicos achando que é bacana ser diferente o
que os países em especial do Hemisfério Norte falam de tolerância à diversidade a valorização da diversidade que a gente acha o maior barato tem bom esse nosso grupo que o máximo né porque a gente tem razão super complementares e aí a coisa rende então o ponto de ligação entre a criatividade e a segurança é justamente a diversidade eu queria perguntar para você sobre a questão das Universidades Hoje em dia a pessoa entra para fazer um curso de 4 anos imaginando que vá chegar no mercado de trabalho dentro de uma determinada profissão Só que cada vez
mais a gente vê as profissões mudando e mudando muito rápido como é que ficam as Universidades em relação a novas profissões a novos cargos que devem surgir ela já estão se preparando para isso principalmente as brasileiras eu sei que em alguns países acho que no próprio Canadá já existe né um trabalho em relação a isso mas como que ficam as nossas faculdades nessa Projeção de profissões novas eu acho que a gente ainda tá muito atrasado de modo geral claro que a gente sempre tem as exceções confirmam as regras né mas a gente tende a ser
muito mais quadradinho na consideração dos setores do que os tempos exigiriam que fôssemos então existem n macetes que as Universidades tentam incorporando mas dentro de uma lógica ainda muito fechada por exemplo as habilidades do Futuro né que seriam os tempos vocês são craques nisso mas a inteligência emocional flexibilidade cognitiva etc isso né não sei se eu vou para praia para montanha mas o meu canivete está sempre na mala porque em algum momento eu vou usar alguma coisa de lá então a gente vai se fortalecendo como conjunto de habilidades para seja o que viesse apresentar a
gente conseguir lidar com isso mas isso acaba sendo quase um complemento Aquela tradicional carreira que a pessoa vai seguindo e não só no desenho do currículo mas também na forma como as aulas são dadas e na própria lógica dos professores e eu falo como uma professora e professora futura professora que vem namorando ele deve voltar da aula porque a gente aprende muito com os alunos e se obriga tá sempre se reciclando mas a gente ainda tem um paradigma que me parece muito voltado a primeira metade Quem sabe segunda metade do século passado e muito menos
voltada para frente e aí a gente vai apanhando não só porque as profissões vão mudando mas porque a lógica do mundo das pessoas também tem que mudar né cada vez mais integrada ter dois anos talvez dos cursos que sejam básicos para aprenderem a lidar com quem depois vai fazer medicina ou engenharia ou humanas ou que e depois de se entendendo melhor para ver o que que vai seguir né a gente tem muito caminho pela frente ainda Lia eu queria falar mais um pouco ainda da educação que eu tenho percebido que um dos maiores desafios hoje
é como modernizar a educação sem transformá-la numa coisa tecnicista né que as pessoas verem técnicos apenas naquilo mas ao mesmo tempo conectado com essa nova realidade que é muito múltipla é muito rápida muito diversa e eu sinto que caminha meio devagar né e a economia criativa ela tem muitos exemplos de como fazer isso não tem como a gente conectar um pouco mais a educação e aí eu falo mais até da Educação de base né não Universitária que já é mais focada não tem como a gente dar uma misturada nessas duas coisas para que essa transformação
aconteça eu acho que te porque e hoje que o façamos né Mas a questão me parece que ao longo desse percurso A gente acaba tendo formas muito tradicionais por exemplo de medir o que é sucesso né então se você tradicionalmente a gente falava assim Ah legal então agora a gente começa a pensar em educação inteira né todo mundo desenvolve uma série de habilidades socioemocionais etc e depois se aprofunda que a perninha do T em alguma coisa mais técnica porque Claro que tem que ter uma estruturação em alguns setor daí não não Então em vez de
não ter agora a gente vai pensar num pente que tem ali também as várias habilidades e daí os vários dentinhos do pente porque eu adoro mexer com tecnologia mas também nossa Sou viciada em gastronomia e de repente Juntando os dois eu vou saber lidar com uma gastronomia vinculada ortomolecular Sei lá eu mas a questão é que tudo bem eu sou tudo isso e daí quando chega eu tenho que fazer um Enem e depois eu ter que fazer um pré-vestibular como é que a gente vai criando coerência nesse esquema né como é que a gente vai
conseguir avaliar essas crianças e esses jovens depois a partir de métricas que são tão mais restritas Então para que esse encontro que é tão urgente né ocorra a gente precisa mexer em todo o sistema e não só falando beleza vão ser cada vez mais criativos aí tem mais a proposta Quando que o Brasil foi descoberto então existem descompassos dentro desse esquema a minha esperança tem um filho pequeno também é que quando ele for maiorzinho a gente já não tenha mais esse gargalo então ríspido né E tem outros países que estão conseguindo fazer isso mais você
acha então tem os tradicionais né então Finlândia Finlândia cada vez mais avaliação misturando idades misturando olhares é muito mais por percurso do que efetivamente mas a Finlândia Ah mas a Finlândia é pequenininha mas por que que a gente não começa de repente de forma modular né E daí você tem os nossos casos brasileiros Ah mas o Ceará mais o espírito santo beleza Fantástico livro maravilhoso inclusive do ponto de vista de inclusão Mas será que a gente também não está nas mesmas métricas né que a gente antes eu achava que estariam se mudadas Então você tem
exemplos de a escola da ponte outras tantas mas são marginais né frente ao cliente deveria mudar em especial no ensino público e somando se a isso a gente sabe que tem desafios de uma merenda de 37 centavos do século 19 20 21 com Desafios que se somam então a gente deveria rever muitas coisas mas se for para pensar em uma para a gente poder dar prioridade eu sugeriria não sendo uma especialista em educação mas sem economia criativa que a gente tentasse mexer nas métricas de avaliação ao mesmo tempo em que a gente tenta mexer na
forma como ensino é dado Letícia eu não queria voltar no ponto da diversidade da inclusão que a gente falou aqui a gente sabe que nas periferias nas comunidades nas favelas é um celeiro de inovação de criatividade de gente transformando criando fazendo de fato uma economia local girar ali né afetando diretos e indiretos mas a minha visão me parece que ainda fica muito quando a gente está falando da economia criativa parece que ficar muito ainda naquela bolha ali existe isso rolando e existe a economia criativa como é que a gente conecta de fato e olha para
isso e faz com que através da economia criativa a gente consiga fazer uma inclusão social de fato e me corrija se eu tiver errada o que que já vem sendo feito nessa linha porque eu acho que tá ali a grande sacada só que precisa de uma conexão que a gente não vê muito ainda né parece uma coisa muito ainda local marginalizada de um grupo e fica ali para resolver uma questão ali mas não tem dinheiro circulando ali dentro que pode girar a nossa economia totalmente a gente primeiro eu acho que falta eu olhar né é
a gente romper essas bolhas para entender o que que tá acontecendo e a partir do momento que a gente vê se afervescência toda aqui é real como você traz a gente reconhecer que não é que a gente precisa dar uma ajudinha Porque a turma lá tá precisando mas sim o que que a gente pode aprender a partir do que essa turma tá fazendo né então quando você pensa em cadeias setoriais por exemplo para mexer com setores criativos de áudio visual ou de artes plásticas e você vê a força do grafite a força das intervenções urbanas
do que tá acontecendo lá inclusive para inspirar quem está expondo nas Galerias e como essas coisas são permeáveis quando você mexe com gastronomia e vê tudo que rola em gastronomia periférica e como isso vem aquecendo os circuitos tradicionais dos restaurantes você percebe que essa potência toda na verdade não é que esteja num passo baixo de um vaso comunicante Então você precisa ajudar a turma e subindo mas sim que você tem ali encontros para todo mundo subir junto porque tem coisas muito complementares mas eu acho que falta esse rompimento de bolhas que paulatinamente vem para falar
em gastronomia por exemplo em Belo Horizonte existem iniciativa incrível chamada circuito gastronômico das favelas em que anualmente Agora posso fazer eu imagino que ainda que esteja sendo retomado as grandes criações de receitas de se virar nos 30 e fazer aquelas coisas incríveis com pouco faz zoar uma coisa de lamber né os beijos falando eu quero quero e daí as pessoas de todos os bairros vão acompanhar o que tá rolando ali porque falam caramba Olha só em vez de ter que ir para Vila Madalena eu vou ali ver o que que tá acontecendo esses encontros para
falar de novo Universidade São super potentes e quando a gente trabalha as cadeias em si em vez de uma forma tradicional de pensar em sumo produção distribuição a gente pensa em redes falou Quais são as várias possibilidades desses insumos desses cruzamentos Aí a gente faz com que economia criativa comece a virar E aí a gente trabalhar algo que pela experiência da gente é super potente que é não só pensar economia como quanto eu tô gerando de recurso mas dizer que se eu não trabalhar autoestima e o pertencimento das pessoas esse empreendedorismo por exemplo não rola
né porque a pessoa não acredita que seja possível virar de modo que quando a gente trabalha economia criativa a gente entende que a gente concomitantemente tem que trabalhar questões sociais de pertencimentos de autoestima de valorização e econômicas porque uma sem outra não sustenta Rita Ana queria que você falasse de Economia criativa focado em questões de políticas públicas né para lendas leis de incentivo um dos exemplos que para mim vem muito forte quando penso nisso é o soft Power dos coreanos né a gente tem aí o k-pop ódio visual coreano que são super conhecidos no mundo
e teve um grande incentivo né do governo sul-coreano criando até um departamento de k-pop no ministério da cultura que rendeu isso dados de 2019 né antes da pandemia mais de 4.7 Bilhões de Dólares E aí o que que falta né para o Brasil além de ser um exportador de Parabéns criativos o que que falta né Para a gente nesses tempos de política pública para que a gente se torne uma potência criativa então quando a gente pensa em soft Power e é muito bacana o exemplo da Coreia porque se a gente observa desde o século 18
pelo menos a França já fazia isso né então a França entendeu que cultura era uma política de estado mexendo na astronomia acomoda Com design com patrimônio com vinhos com tudo já em 1700 bolinha e a Coreia tá dando um show com isso hoje né A gente entra no Netflix não sabe o que que a gente vê antes porque além de tudo vai ter codificando uma cultura que é muito interessante muito rica E aí duas questões que eu acho que são importantes da gente tratar e agora em maio Abril se eu não me engano eu fui
para Coreia porque a Unesco tá trabalhando mundialmente um novo framer Como eles chamam as estruturas de arte de educação que seria um indicador vai de uma nova proposta de educação mexendo com criatividade e arte a partir supostamente do ano que vem então eles juntaram 12 pessoas eu tive oportunidade o prazer de ir e eles contavam algumas coisas interessantes desse sistema coreano e diziam que hoje por hoje segundo os professores de lá 70% dos jovens em idade Universitária tem grau Universitário o que gera um problema né porque tem menos gente com capacitação de nível técnico do
que a economia precisaria e muitos universitários não conseguem emprego nesse nesse ramo digamos de que seria a qualificação Universitário Só que mais do que isso que eles começaram a perceber é que essa questão do soft power super importante para fora mas também para dentro porque muitos deles são profundamente bem qualificados mas não tem o repertório suficiente para fazer criações que seja não só incríveis do ponto de vista técnico mas absolutamente encantadoras do ponto de vista estético de construção de narrativas então eles estão fazendo isso para dentro e para fora com sucesso maravilhoso super fã do
caso da Coreia quando a gente pensa no Brasil a gente Desconsidera a gente já passou por grandes momentos de valorização eu me lembro Ministro dos anos 2000 até 2003 o Itamaraty fazia um levantamento junto as repartições consolares do Brasil nos países de maior interesse estratégico no exterior em que eles separavam primeiro por categorias então Esporte culturas Direitos Humanos o que fosse e eles colocavam pauta positiva pauta negativa avaliação neutra que era informação crédito enfim serviço e o que mais se destacava em termos geração de conteúdo positivo portanto de atributos positivos para o Brasil mais do
que esporte era a cultura pois eles pararam de fazer isso Eu imagino que não tenham substituído por mais nada assim como a meu ver dentro das políticas públicas não foi substituído por muito mais do que isso né e agora eu creio que a gente esteja na retomada até por tudo que a gente vem ouvindo colegas de fora de interesse em redescobrir esse Brasil esse Brasil que investe também muito bioeconomia economias verdes carbonização na valorização da diversidade então assim a gente está vivendo um muito em que o mundo tá dizendo para gente belezas más notícias a
gente já sabe de cores salteado que que vocês contam de bacana que tá acontecendo Cadê o nosso Brasil né que eles querem ouvir eu acho que isso vem demandando a nós todos que revalorizemos e invevistamos nessa questão do soft Power que é de fato muito potente eu conheço poucos países com tanta coisa para mostrar como que a gente vem fazendo inclusive muitas vezes a revelia das políticas públicas Quero trazer aqui um conceito que você conhece como ninguém que é das cidades criativas né Você fala muito sobre isso sobre inovação solução de problemas conexões a gente
tem aí como exemplo queria citar um exemplo dos Emirados Árabes que estão aí fazendo vários investimentos públicos numa Projeção de futuro já que eles sabem que os recursos do Petróleo já são limitados então eles precisam investir agora como é que fica o Brasil como é que fica a gente para planejar cidades criativas Quais são as nossas dificuldades precisa do setor público precisa da junção com setor privado como é que é isso ai que maravilha você já você já respondeu eu só introduzir então é muito bacana porque a gente já viu os casos mais prosaicos de
cidades que buscam se transformar a partir da criatividade né então assim primeira questão e quando fala a cidade criativa que é uma um tema que a gente trabalha muito a cidade é tão mais criativa com mais criativos poderiam ser cidadãos né Então na verdade criativo são cidadãos E a Rigor para a cidade ser criativa todo mundo poderia ser mais criativo do que já é né que é uma Utopia Mas é uma linda Utopia Porque como a gente corre mas a gente vai se aproximando dela agora cidade criativa a gente imagina que tenha sempre três eixos
né você trouxe dois deles muito bem o primeiro deles é de inovação dos Emirados Árabes investem para caramba em inovação e inovação não só Super Mega Top inovação tecnológica mas muitas vezes inovações sociais a Inovação ao comprimento da sua perna né então às vezes você vai numa pequenininha cidade assim como mil habitantes e um nó em Pingo d'Água e conseguem fazer eles mexem placas solar e né você fala caramba Olha só como a turma se reinventou e não depende da quantidade da escala da cidade mas essas inovações que fazem com que a cidade vai se
reinventando né as conexões E aí a gente tem uma questão bem mais delicada conforme o contexto inclusive social e político né porque conexões são conexões entre áreas da cidade a gente falava um pouco sobre isso mas também entre o público privado a cidade civil até que ponto as pessoas têm voz né Para poderem se colocar e participarem dessa construção e cultura que aquela Vibe da cidade né aquele pi que você fala ah Rio de Janeiro tem uma sensação Belo Horizonte tem outra sensação Recife tem uma terceira que os romanos antigos diziam que cada cidade tem
o seu espírito né o seu que ele chamavam de gêneros lote que eu imagino que tenha dado origem inclusive o nosso padroeiro né que aquele santo protetor aquele espírito Guardião e a gente sente isso né a gente chega no lugar a gente mais ou menos à vontade até isso é muito o lance da cultura então pensa em mirados árabes por exemplo eles vão investindo demais em tecnologia fui investindo bastante em algumas conexões em especial de infraestrutura mas precisa trabalhar o aspecto mais forte também da questão né No Brasil a gente tem algumas pequenas cidades que
sobressaem então por exemplo Santa Rita do Sapucaí lá sul de Minas né Vale do Silício brasileiro Vale da eletrônica etc e percebem já vários anos que não adianta só ser um vale da eletrônica mas cadê a cultura da coisa então eles incentivam por um trabalho super bem articulado entre a prefeitura e a sociedade civil é o que o cidadãos lá comecem a mexer com seu voluntariado vão lá tocar música na praça organizam um hackear a cidade e vira uma efervescência já vários anos Santa Rita do Sapucaí menos 50 mil habitantes recebendo gente tudo quanto é
lugar do mundo para vivenciar aquele contexto numa cidade que a gente tá aqui mexendo com eletrônica e olha lá e tem um Cafezal ainda né E ao mesmo tempo claro as nossas grandes cidades Mas a questão governança que você trouxe muito bem a gente conhece casos muito diferentes em que por exemplo Parati né Toda a transformação que para ti sempre foi um biscuit mas foi entre as suas descoberta surgiu muito por querer dar a sociedade civil né da casa azul que é uma associação que se formou foi lá e acender o palitinho de fósforo Opa
aqui eu acho que tem luz né mas se dentro desse dessa luz que se forma não vierem outros para trazer mais oxigênio esse palitinho de fósforo não vira uma fogueira né então às vezes você tem esse processo de traduzir a criatividade da cidade em transformações movido pela sociedade civil às vezes pelo governo às vezes pela pelo setor privado mas se os outros não vierem a Bordo esse palitinho se apaga em dois segundos ainda queima seu dedo então você precisa efetivamente fazer até para dar sustentabilidade esse processo fazer com que todo mundo participe se nesse tripezinho
um deles cambalear você consegue fazer com que os outros segurem as pontas até eles fortalecer de novo é muito bom Ana eu imagino que para essa efervescência que você fala seja muito importante alguns tipos de incentivo públicos que fomentam por exemplo festivais encontros né são facilitadores né é um dinheiro que cria um setor mais ultimamente a gente tem visto uma demonização por exemplo das políticas públicas como a lei rouanet que virou quase palavrão né no Brasil queria entender como que você vê essas políticas e como é que a gente pode pegar exemplos de outros países
aonde elas realmente têm uma função hiper importante e botam aí não só o setor da cultura para ferver mas toda incentivam todo esse outro lado por exemplo da cidade criativa até de turismo né que assim de vários vários fósforos aí como você então a questão da organização de atividades que Greg em todo mundo em especial no âmbito das cidades é absolutamente Vital né a gente eu me lembro da primeira edição da virada cultural em que o Kalil ainda quando era secretária dizia é o aspecto mais importante da virada né nem sou cultural mas talvez seja
mais o social né porque a gente talvez pela primeira vez vices jovens de 16 17 18 anos que tinham a mesma idade moravam na mesma cidade mas nunca tinha estado juntos no mesmo lugar né ao mesmo tempo e gente que talvez nunca tivesse ido ao centro fosse do Classe A Plus até classe é menos né mas que acudiram aquele espaço Então isso é hiper importante daí as pessoas falam Ah mas é um dinheiro perdido porque você bota lá pessoal se diverte durante 24 horas depois não fica nada não fica nada para quem né Então é
eu me lembro até hoje eu assisti carne na burana em frente à estação da luz à noite Pois é quando você fala essa é a minha cidade não olha que bacana Vem cá quero que você veja vamos tomar cerveja então isso gera um animal social e uma possibilidade de você apostar que as coisas vão virar que não é mensurável né de forma estatística a gente não tem indicadores sutis o suficiente para para pegar isso mas que traz uma repercussão incrível junto com amigos de uma empresa chamada arte asas a gente criou só enfim para um
exemplo um negócio chamado calculadora cultural.com.br e a gente falou como é que a gente ajuda as pessoas que fazem cultura entendeu o impacto daquilo que elas estão produzindo porque às vezes fala assim ah qual é o impacto econômico do seu projeto a pessoa nem sabe que quem mexe esse troço né tô aqui eu sou uma ótima artesão mas não sei nada de fato econômico Então a gente vai traduzindo isso mas aí o final desse cálculo a gente falou caramba mas a gente corre o risco de penalizar aqueles projetos que tem um impacto social incrível mas
talvez a gente não tem instrumentos para medir um impacto econômico né porque se eu chamo muitos turistas um Rock in Rio assim é claro que estrondoso se você mexe com projetos social de uma exposição de literatura dos alunos da escola pública nem da biblioteca municipal Impacto econômico pif né porque você vai mexer ali com a turma mais do local mas um impacto social incrível então a gente foi criando outras dimensões então impactos social o impacto na transformação urbana porque você leva as pessoas para conhecer um bairro onde nunca tinham estado e paradoxalmente o centro da
cidade que é o coração da cidade né simbólico foi mexendo com várias outras dimensões e no final a gente chegou uma lógica tão bacana porque as pessoas escreviam para gente dizendo Poxa que legal Eu cheguei a conclusão de como o impacto econômico é Pixel mas que eu tenho aí um potencial de fazer com que as pessoas assim também que é muito gostoso né de uma cidade que era nano então a gente percebe que essa conscientização da gente pensar de uma forma muito mais sistêmica do que setorializada é hiper importante E aí quando a gente fala
de leis de incentivo o que me preocupa a lei rouanet é super importante para n projeto para o que é contemporâneo porque é pesquisa para o que tem Impacto social mas não necessariamente Impacto econômico só que é uma lei que foi inventada muito foi criada há muito tempo e que infelizmente não foi sendo atualizada ao longo desses anos né então bacana como é que a gente consegue aprimorar um instrumento em vez de jogar como se fala né o bebê com água suja como é que a gente aproveita e se acabou isso tudo foi sendo construído
que inveja de muita gente em vários países e quem sabe que induz inclusive economicamente ela gera mais impacto do que o dinheiro que é colocado nos projetos né E por estudos foram feitos por hoje veio e outras institutos Mas a gente não tem a divulgação disso da devida forma e a gente não tem de fato uma atualização da lei que permite fazer um que tá redondinha vamos em frente ele é muito mais fácil você demonizá-la do que você aproveitar tudo que já foi construído nas últimas décadas para deixar ela mais Redonda que a gente espera
que venha ocorrer agora Letícia Ana a gente acabou de sair aí da pandemia né saímos eu não saímos enfim mas a pandemia principalmente no setor cultural foi um dos setores bem impactados né a gente viu tudo paralisado mas também um momento de muita reinvenção né crise a oportunidade então tivemos as lives os streamings o pessoal fazendo aí quase uma economia solidária para ajudar os trabalhadores do setor e agora voltou e saiu um boletim sobre economia criativa do Observatório tal cultural que observou com dados aí da pinart que em 2022 esse ano a gente registrou mais
de 7 milhões de trabalhadores ocupados nesse setor cultural aí que gerados pela economia criativa então o setor que né a gente tá falando de Diretas e indiretos a gente tá num momento de crise só precisando de emprego a gente precisa gerar mais empregos na sua visão a economia criativa pode ser uma solução e uma saída para momentos de crise também nessa geração de emprego seja direto ah totalmente eu aposto nisso mas dentro daquela lógica que vocês estão trazendo desde a sua primeira colocação que é da inclusão como é que a gente vai fazendo as pontes
e não só fazendo sempre as mesmas apostas porque quando você quebra esses dados de crescimento de decréscimo que a gente acompanhou durante a pandemia foi que aqueles setores que eram mais próximos a digitalização nadaram de braçada né então onde o visual mesmo música etc Maravilha porque foram bem incluídos também palhaços a tapa né porque tá faltando gente mas aqueles que dependiam muito do encontro né A Arte do encontro artes cênicas grandes espetáculos apanharam muito né e ainda apanho para se encontrar porque claro que você tem subterfúgios vai lá e faz uma apresentação online etc mas
eles acabaram e esse é um reconhecimento que acho que todos nós fazemos eles acabaram ajudando muito mais do que sendo ajudados né inclusive por conta de várias restrições que a gente acompanhou do ponto de vista de políticas públicas então que tinha de gente que ia fazer Live de graça não tinha monetização certo mas sabia que aquilo era importante e quando a gente acompanha os estudos de bem-estar ou de saúde emocional a gente percebe que muitas pessoas confiaram para caramba nesse conteúdo Então esse trabalhar entre aspas de graça para ajudar os outros e não foram com
diagramamente remunerados muitas dessas pessoas inclusive tiveram que migrar para outros trabalhos e acabaram falando bom então tchau né agora já me acodei mesmo não vou mudar de novo de forma que alguns dos setores acabaram sendo mais penalizados inclusive por conta das migrações de quem estava neles já eram pessoas raras e acabaram indo fazer outra coisa e isso nos deixou alguns aprendizados primeiro deles é isso da inclusão né a gente não consegue sustentar as cadeias se tiver aulas muito elas muito frágeis Então como é que a gente vai formando por exemplo você conversa qualquer pessoa da
área de arsênicas ou de Exposições visuais eu preciso de um eletricista que seja muito craque naquela forma de iluminação Eu preciso de alguém que entenda de música até não poder mais nesse tipo de ambiente que ao mesmo tempo não tem a repercussão forma do material da minha escultura são pessoas de uma capacitação técnica mas que tem uma sensibilidade dentro dos setores criativos em especial fora do comum e as pessoas muitas vezes que tem essas atribuições técnicas não entendem a Preciosidade do que está aberto para elas né você vem gastronomia a mesma coisa a gente falou
disso mas quem resiste a falar em gastronomia não tem como mas quem mexe com tanques quem vai dando esses nós em Pingo d'Água né os concursos em primeiro merendeiras de escola que vão gerando todo me ferver assim o peru por exemplo fez toda uma reestruturação do país a partir da cadeia da alimentação que mexia desde os restaurantes mais sexy de Lima super né nossa é cidade criativa de gastronomia um dos polos pelo Unesco Mas mexendo com toda a cadendo até o agricultor que está trabalhando mexendo com centenas de tipos de tubérculos que eles têm e
que era hiper mal remunerado porque eles falaram na distribuição daí a partir do momento que você começa a dar mais visibilidade para cadeia como um todo Nossa aquele senhor que planta vem participar da maior feira em que vão de estrangeiros lá ele nem fala espanhol porque falar quiche e tal e a gente obviamente não fala e daí vai se comunicando pelas mãos e ele vê que de repente você que chegou sei lá de que planeta para ele tá lá apaixonada por aquele milho Azul uau como é que eu faço isso melhor então isso de mexer
com a autoestima e etc se dá quando você vai revelando os elos da cadeia de modo que a coisa mais importante a meu ver para a gente alavancar essas potência toda é mostrar para as pessoas em que tijolinho de catedral elas estão trabalhando né aquela lógica de qual é o grande plano e Olha que bacana sem esse tijolinho que eu tô pondo não dá certo Esses são os elos da cadeia né aquele seu que planta batata aquela pessoa que tá mexendo com a colocação da etiqueta na audiovisual na arte visual do que for mas eu
acho que aí a gente começa a desvendar esses vários caminhos que hoje por hoje as pessoas não veem como sendo delas né Rita Ana você falou já de tecnologias digitais a gente sabe né o quanto que as tecnologias e principalmente a internet né no caso modam totalmente o nosso jeito de pensar agir né socialmente e fazer E isso tem um impacto obviamente direto na economia e esse ano 2022 a gente viu um avanço estrondoso né nas inteligências artificiais né criando aí imagens estáticas vídeos textos sons né música alguns algoritmos viraram febres e muita gente começou
a se questionar né se as máquinas poderiam superar a criatividade humana ou não eu queria que você falasse um pouco de como esses avanços tecnológicos acabam mudando a nossa capacidade e se algum dia realmente a gente vai ter a nossa criatividade humana sendo superada pelas máquinas ou se você acha que vai rolar uma colega aí entre inteligência artificiais e seres humanos é nossa é uma discussão que a gente fica horas né tendo na minha cabeça Essa equação ficou muito mais interessante quando eu participei de uma exposição que teve na Pinacoteca não sei se tiveram oportunidade
de chamava a voz da arte então eles pegaram o Watson da IBM fizeram uma parceria com a Pinacoteca Eles escolheram acho que 10 quadros 12 quadros a época e daí você chegava recebia lá sua traquitana digital e Virava para uma obra e falava ah eu tô vendo você quem é você e daí o Watson respondia enquanto estava olhando para aquele quadro Ah eu sou um cidadão que cerca de 30 anos Que adorava jogar futebol e morei em São Paulo então e daí a pessoa olha para aquilo Vai perguntando e você era casado e quantos filhos
você tinha e você tinha cachorro e era umas perguntas mais prosaicas que as pessoas faziam para que ela obra congelada que era um quadro e as mais complicadas respondi uma resposta que para mim era encantadora que era eu não sei dizer então você chegava e falava assim o que é o amor e daí o Watson falava x né e eu acho que é essa é a questão né a gente vai com mais a gente vai fazendo perguntas mas a gente vai chegando essa perguntas que são irrespondíveis talvez pela tecnologia né e eu acho que isso
dá o Tom muito da criatividade né Você pode fazer uma composição inspirada na lógica seguida para o Beethoven o que for pintar um quadro lá sei lá mas e a empatia e essa e essa honestidade do eu não sei do vem cá vão pensar junto isso eu acho que não vai rolar né pelo menos eu espero que não rola e eu acho que a gente faz uma aposta quase segura de que não vem a rolar mas o amplo espectro que Essas tecnologias Amém para a gente inclusive para a gente ter a desenvoltura de reconhecer que
a gente pode perguntar o que é o amor né Eu acho que com mais a tecnologia avança mais de fato ela tende a resgatar na gente o que é humano e a gente isso que amoteando porque tem que parecer inteligente sabe e isso quando a gente fala de Economia quando fala de cidade quando fala de sociedade eu acho que absolutamente Vital né a gente voltar a falar Putz que bacana eu sou humano Ana eu queria falar sobre sustentabilidade é uma pauta cada vez mais urgente no mundo todo e o Brasil tá ali sempre no foco
né Principalmente quando o assunto é o desmatamento e o aquecimento global como é que entra a sustentabilidade na economia criativa ou vice-versa a economia criativa na sustentabilidade então a meu ver a sustentabilidade precisa muito da criatividade humana para conseguir ser posta em prática né então quando a gente fala de vida economia de economia verde descarbonização a gente tá inventando novos modelos de negócios nas outras formas de ver o mundo e se a gente imaginar economia criativa naquela lógica de como é que eu pego a cria crie o produtos e serviços a gente vê que há
eventualmente dois grandes eixos né tem o eixo das Artes da cultura então aquele grande pintor né aquele cara genial que depois de 40 gerações vão entender como genial ele era e Ciência Tecnologia que é o outro grande Franco de criatividade humana digamos os dois lados do cérebro que na verdade são só então quando a gente fala de sustentabilidade tanto a gente trabalha com a questão de ciência e tecnologia porque é o que é necessário para fazer com que essa pauta vindo quanto mexendo com soft Power mexendo com narrativas com storytelli como é que a gente
tem recursos a arte a cultura para fazer com que essa sustentabilidade seja compreendida e professada por todos né porque uma coisa que a gente vai gerando de modelo de negócio lá na frente ponta de lança etc e outra como é que todo mundo vem a Bordo Então como é que Eu transformo aquela questão do sustentabilidade em algo palatável e defensável por uma criança de 5 anos de sete anos que não vai querer jogar o potinho de iogurte no lixo né E aí eu acho que as duas coisas se encontram muito bom eu não queria falar
um pouco hoje a gente tem muita gente produzindo conteúdo para internet né a gente começa por diversão e acaba encontrando ali um negócio a gente que já desde o começo tá investindo nisso como um negócio né tendo que gerir como que você vê esse setor de produção criativa que envolve desde milionários até gente que tá dando gás ali para ver se consegue alguma coisa assim como é que você enxerga esse setor aí da economia eu acho que é eu não sei especialista no tema mas eu entendo como um novo velho oeste sabe em que você
tem muito tempo pela frente que você já mostra que tem muita coisa acontecendo mas que virou uma coisa que todo mundo acha que descobriu a Fórmula Mágica então Ah bacana eu vou lá ser uma influência eu tenho 12 anos e eu vou ali virar isso eu acho que a gente tem que gerenciar com bastante cuidado sabe porque quem quer ser profissional isso Beleza tem que seguir uma capacitação tem que entender que uma coisa funciona mas eu acho que ainda muito ilusão de quem quer ser uma grande estrela nisso quer ser o próximo grande jogador de
futebol que é seu Grande próximo influencer a grande próxima manequim e que não entendeu direito Quais são as regras do jogo não sabe por onde ir não sabe efetivamente como monetizar aquilo que está fazendo e que às vezes acaba se expondo mais porque cada vez mais pessoalmente vai se expondo sem ter o retorno que gostaria de ter Então eu acho que é um campo com muita coisa para trazer porque efetivamente é uma mudança de paradigmas que a gente está vivenciando mas que a gente tem que cuidar para que as pessoas não sejam iludidas com muita
esperança em especial os mais jovens que talvez ainda não tenham raciocínio crítico suficiente para entender o que é pessoal e o que é profissional Letícia a gente falou muito aqui Ana né que a economia criativa tem como base as pessoas né as pessoas são a principal commodity aí dessa economia principal motor queria na sua visão Qual o papel Então como é que a gente se incentiva essa criatividade desde pequeno mesmo e qual o papel das escolas na formação de olhar para criatividade de inovação como quase uma matéria uma disciplina ou algo a se aprender para
essas futuras gerações que vão de repente tem que trabalhar ou lidar com o futuro onde economia criativa ele dá uma série de possibilidades de trabalho de emprego por exemplo eu acho essa é a pergunta de cinco milhões de dólares né porque a gente pega isso desde já mais tem da primeira infância até a gente enfim com 90 anos que vai ter que fazer o upskillings e tudo mais o que a gente poder fazer e que eu acho que é o que faz o que a gente acorda cedo eu falei ai que bacana né Que dragão
que eu vou tomar hoje porque acho que é muito muito bacana mas o que eu vejo cada vez mais as escolas em especial as pré-escolas tentando fazer é embutir a lógica da demanda do olhar né quer dizer você o aprender sendo cada vez mais reconhecido como a ensinar as pessoas a perguntarem né então e seja independentemente da matéria que vem a ser ensinada como é que aquilo pode ser mais divertido aquilo pode ser mais criativa aquilo pode ser mais questionador com limites né porque não é o questionar porquestionar mas sim questionar porque tem algum objetivo
naquela pergunta que eu tô fazendo então aula de ciências óbvio né aula de artes maravilha mas quando você chega coisas mais complexas tipo trigonometria tipo geometria Deus as pessoas falam assim poxa vamos pegar um barquinho colocando uma bacia de água e ver como é que funciona a vetor é aquela coisa chata do vetor da flechinha etc de repente O Barquinho vai para lá ai que legal ele foi para lá porque tem um vetorzinho eu acho que a gente começa cada vez mais e os professores estão de parabéns porque estão na empínho da água nisso também
de tentar trazer essa humanização essa experiência né deixa cada vez mais as coisas vivenciáveis nas matérias mais complicadas de trazer isso a prática química biologia Então você vai mudando desde a aula de música que saiu quando eu era moleca que Ah então beleza sobrou o triângulo vamos lá bater o triângulo na aula de música até efetivamente você transformar aquilo que parecia impossível de ser simpático em uma coisa mais vivenciada isso acho que vem sendo um esforço coletivo dos professores públicos privados as mais diversas esferas e a questão é como é que a gente leva isso
ao longo da vida da gente né como é que a gente deixa de ser tão quadradinho conforme a gente vai ficando mais velho e menos arraigado naquilo que a gente via como grande certezas porque cada vez mais a gente vem entendo que desmontar né Por uma turma que já nasce na lógica de nada é muito certo com os prós e contras da história Talvez seja mais fácil de lidar mas com as gerações da minha para trás e fala então dois mais dois sempre foram e sempre serão igual a 4 com ressalvas né porque de repente
se mistura um duas pessoas e outras duas e você tem 12 ideias Então acho que a gente efetivamente tem uma questão de educação formal mas a gente vai ter que reeducar muita gente da forma compensava até agora Rita Ana é bom criatividade essencial para o ser humano mas principalmente a nossa capacidade de imaginar outras né realidades alternativas futuros possíveis né esse exercício imaginativo acaba fazendo parte do nosso dia a dia nesse sentido eu vejo muito a esperança como uma forma de especulação criativa e eu queria saber de você como que anda a sua visão aí
para o futuro a sua esperança para o futuro principalmente aí nos próximos anos no Brasil então eu sou um otimista incurável né mas eu confesso que agora eu tenho a ser um otimista mais embasada do que eu era até a pouco tempo né porque se você pega querer equação da felicidade do Martin celller então ele fala assim olha existem três grandes variáveis nessa história de ponto Você é feliz e eu pego feliz por uma coisa próxima Esperança né porque eu acho que sem esperança você não consegue ser feliz então uma delas é o seu Gene
enfim aquilo que é dado você tem gêmeos recém-nascidos um chorando e um rindo e um é sempre rabugento e outra sempre feliz enfim tem uma carga genética daí outra coisa é o seu ambiente é muito mais fácil você né ser feliz no ambiente do que em outro Óbvio pelas necessidades da circunstâncias mas e outra aquilo que você traz dentro de si né aquilo que você quer acreditar é aquilo que você é quase um voluntariado e uma profissão de você ser seguir as coisas para transformar os contextos e eu acho que agora a gente tá num
momento de virada de uma série de certezas a gente tende a ter um em que as coisas deveriam ser menos polarizadas e não porque um outro vai ser obrigado a querer dar o braço para amigo mas que porque vai perceber que isso não vai levar muito longe da pessoa aos outros porque antes uma série de coisas eram defendidas e que agora eu acho que a gente está voltando a um bom senso né quer dizer quando você começa a ver número de crianças vacinadas ou não e você fala Turma até lá estatística olha para trás olha
para frente vamos voltar então acho que esse vamos voltar começa a ser aplicado a vários setores por uma simples questão de bom senso né e aquelas pessoas que tem de um que tendem ainda ser muito radicais eu quero crer que vão começar a perceber que estão ficando cada vez mais sozinhas e a gente vai se agarrando algumas pequenas grandes esperanças né das mais prosaicas Ah então ganha um jogo beleza que bom as pessoas estão felizes parecia uma trabalho orgulho abraçar o vizinho né deixar de fazer cara feia e não acho que essas pequenas Grandes Coisas
acabou acabou tá acabando vai acabar sei lá acabou a pandemia vamos fazer a festa do filhote chamou o vizinho olha chefe daquele vizinho chato não me interessa o filho dele é bacana Então eu acho que a gente começa a sair do Túnel eu acho que a gente com um tempão no túnel para uma vasta com fluência de coisas e que agora a gente tende a ver uma luzinha uma luz uma holofote e de repente vem a luz do dia de novo então eu tô vendo um clarão assim e eu acho que somos cada vez mais
eu acho que essa massa crítica do clarão entende aí se esforçando a cada dia fizemos Ana muito obrigada é um prazer foi um prazer enorme esse bate-papo que sejamos cada vez mais criativos amém Muito obrigado foi uma delícia Queria ficar mais 12 horas aqui ai a gente também partiu parte 2 parte 3 exatamente mas vocês estão super de parabéns porque são coisas que trabalhar criatividade algo tão sistêmico se não for como vocês fazem de cada um olhar para um ângulo e as coisas a gente só manda a gente não consegue né e fica uma coisa
muito chata então essa nossa bola em Campo aqui foi uma delícia agradeço mesmo a gente que agradece né bom nosso programa então com a especialista em economia criativa naquela Fonseca tá disponível na íntegra no canal CNN Brasil soft no YouTube as minhas queridas companheiras de sempre um prazer todas as vezes Lembrando que todo sábado você tem um encontro marcado com a gente aqui no CNN no nosso mundo hein Até o próximo