Trabalho e subjetividade

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Professor Ricardo Normanha
As implicações sociais e os impactos subjetivos da reestruturação produtiva e a conformação de uma n...
Video Transcript:
e coloca pessoal tudo bem com vocês nessa rola a gente vai falar um pouco sobre os impactos da reestruturação produtiva do toyotismo e acumulação flexível no capitalismo contemporâneo sobre os indivíduos sobre os trabalhadores né e de forma que esta essas mudanças no capitalismo tiveram um efeito na subjetividade dos indivíduos pensando na questão é da desse novo perfil esperado do Trabalhador é o que que esse espera do Trabalhador desta era do capitalismo que é possível né entendendo como que isso impacta não só né nessa expectativa sobre o que deve ser o trabalhador mas como o próprio
trabalhador se enxerga é isso qual como na forma como os trabalhadores é percebem a sua posição dentro dessa estrutura flexível o capitalismo então frente não é falar sobre isso vou morrer tomar um pouco o quê que é a organização flexível na produção que que é o toyotismo né O que que é esse esse essa mudança promovida pela reestruturação produtiva a reestruturação produtiva ela ela preconiza uma forma de organização da produção industrial é que vise né que tenha como objetivo o aumento da produtividade sem necessariamente aumentar a quantidade de produto ou seja enquanto o fordismo produzir
em massa o toyotismo e acumulação flexível é uma organização flexível do trabalho e da produção ela ela busca o aumento da produtividade da eficiência sem gerar estoques porque estoque é gerado capital Parado né que precisa da voz então a organização flexível da produção ela vai se adequar ela vai ser se moldar às demandas né de consumo e não encontraram como existia no fundido né é a perspectiva de lucratividade de ganho da fumo na organização flexível da produção né é uma é um ganho de produtividade na produção em pequena escala naquela produção que é fora de
série ou seja não há produção seriada massificada né uma produção sob demanda né E também é um grande produtividade baseado na produção simultânea de produtos diferenciados mais aquela esteira de produção aquela linha de montagem que vai produzir ao final do dia o e sem produtos e dentro organização flexível acumulação flexível ela ela está baseada numa estrutura de produção que possa produzir produtos diferentes simultaneamente né porque ele tá atendendo não há uma produção em massa e não é um produção em série mais uma produção diversificada uma produção em pequena escala sobre de mano né a grande
é a grande meta não é possível reduzir os estoques né estoques de produtos estoques de matéria-prima estoque de força de trabalho ou seja se tiver uma capacidade produtiva seja de matérias-primas seja de máquina seja de gente né de Trabalhadores de força de trabalho se estiver Ocioso não é interessante a ideia da acumulação flexível flexível é justamente falei que você empresário inclusive né a quantidade de máquinas a quantidade de plantas industriais a quantidade de pessoas trabalhando então existe uma redução efetiva dos estoques de produtos de máquinas né de Capital parado Inclusive a redução de um estoque
do efetivo de força de trabalho é e promovendo é o como a gente viu como consequência dessa ligação flexível um desemprego estrutural em diversos países do mundo agora se essa organização flexível está visando o aumento da produtividade mas que reduza a quantidade de força de trabalho empregada né quando tirar depois que trabalha de trabalho é esse ativamente alocada na produção Isso se traduz né não aumento do volume e da intensificação do trabalho aquele trabalhador trabalhador outra especializado que desempenhava uma função muito específica agora ele passa até que é responsável por diversas etapas da produção mas
não não existe mais aquele grande contingente de trabalhadores outro especializado mas sim um trabalhador Polivalente um trabalhador que também é flexível e também se adapta às necessidades as demandas e no mercado de trabalho às demandas da empresa são as demandas de consumo Isso acarreta numa intensificação do trabalho num aumento significativo no volume do trabalho a gente percebe isso com o aumento significativo das horas extras né quem não de países tem uma remuneração a legislação é que exige que a hora extra seja paga de forma diferenciada né é isso aumentou em vários países do mundo né
Essa o aumento das horas extras e até em função do fato de muitos lugares a hora extra você paga de forma diferenciada existe uma pressão né a pressão constante em vários momentos isso teve êxito né de transformar a hora extra no famoso Banco de Horas e Horas não têm remuneração diferenciada não tem nenhum acréscimo na remuneração o pior então trabalhador e tem uma jornada de trabalho em determinado momento do ano como aumentar a demanda ele vai trabalhar mais ele vai receber pelas horas a mais mas não vai receber uma um valor diferenciado recebeu mesmo tanto
que ele recebe nas outras nas outras horas de trabalho né é essa pressão pela transformação da hora extra em um banco de hora é uma estratégia também do capital Para reduzir os custos da produção vem aumentando a sobrecarga de trabalho intensificando a jornada de trabalho e sem aumentar as despesas o toyotismo Né que é o símbolo máximo dessa movimentação flexível né pelo fato dessa proposta de organização da produção baseada na alemã ter se iniciado na fábrica da Toyota no Japão né É E por isso é a gente essa transformação e a organização do trabalho da
produção de turismo né o toyotismo ele apresenta diversos elementos de continuidade e descontinuidade em relação ao terrorismo por dedo importante é que a gente ressaltar é que não é quando a gente fala de reestruturação produtiva que acabou por mesmo e começou todo tímido não um processo de transformação das plantas industriais tem início nas fábricas do Japão pessoalmente na fábrica da Toyota mas que vão se expandir né pro mundo e a gente percebe que mesmo dentro das mesmas plantas industriais a gente tem a coexistência de uma organização por Desista do trabalho uma organização toyotista né é
possível identificar elemento mede continuidade do fordismo dentro do positivismo e elementos de Cultura de descontinuar é isso aqui é importante ficar claro que a gente não achar aqui no dia para noite muda completamente a forma de organização do trabalho e da produção industrial em todos os países do mundo e tudo ao mesmo tempo é importante entender que existem muitos elementos de continuidade e descontinuidade né o toyotismo Ele oferece uma nova base técnica né da produção capitalista ou seja essa base técnica a ancorada na flexibilidade tecnológico importante né que vai que vai propiciar outras formas de
produção automatização e robotização informatização da produção né com trabalhadores igualmente flexíveis com a o emprego flexível da força de trabalho e essa nova base técnica né você já essa nova forma de organização da produção Me leva também é uma nova estrutura da concorrência capitalista ou seja as empresas que se adaptam os países né que se adaptam mais facilmente a esta nova base técnica essa nova forma de organizar a produção né é acabam puxando um modelo estabelecendo um modelo de desenvolvimento ti vai ser perseguido por outras economias por outras empresas para outros países né então é
esta forma de organização da produção ele estabelece também uma nova forma de concorrência capitalista essa o toyotismo ele pode ser entendido como uma nova racionalização do trabalho o Taylor já tinha proposto uma organização racional do trabalho também é o toyotismo ele não mega essa racionalização promovida pelo terrorismo pelo fordismo mas ele procurou uma nova racionalização Oi e essa racionalização e esse é o ponto que eu gostaria de destacar nessa aula é uma racionalização do trabalho de depende né de uma captura da subjetividade dos Operários ou seja esse trabalhador que precisa ser flexível né ele precisa
ser conquistado subjetivamente para se adequar a esse novo padrão de produção essa nova organização flexível né a ideia de flexibilidade ela assume um caráter de um valor Universal tudo precisa ser flexível quanto mais flexível melhor né a flexibilidade elas uma esse esse papel de parâmetro é de vida nos parâmetro de organização da vida social as coisas precisam ser flexíveis né é em todos os âmbitos porque é esse o novo padrão de organização de racionalização e do trabalho no capitalismo contemporâneo a eu gostaria de trazer uma situação do professor Giovanni Alves que o professor da Unesp
de Marília para funcionar seu trabalho no seu livro o novo e precário o mundo do trabalho e reestruturação produtiva e crise do sindicalismo vezes o seguinte as novas tecnologias microeletronicas na produção capazes de promover um novo salto na produtividade do trabalho exigiram como pressuposto formal o novo envolvimento do trabalho vivo na produção capitalista ou seja e essa mudança tecnológica né que o toyotismo que a organização da produção flexível propiciou ela precisa ela necessita de um novo envolvimento do Trabalhador o trabalho vivo nessa dinâmico nessa produção capitalista né então é pensar uma nova base técnica de
produção mas com um novo trabalhador uma nova mentalidade do trabalhador com isso a gente entra na questão que é fundamental quando a gente pensa na produção capitalista como ele pensa no conflito capital-trabalho nosso celular de capitalista que a questão da coerção e do consentimento ou seja como que o capitalismo é consegue garantir que a força de trabalho se submeta a sua lógica de produção a sua lógica de acumu né E isso se dá por meio da força ou seja da da obrigação e vai saber por meio do consentimento ou seja o os trabalhadores entendem a
necessidade de se adequar aquela produção né Não toyotismo essa questão da Corsan do conhecimento ela é muito indicada é difícil a gente separar o que é coerção do que é consentimento mas de uma forma geral a gente consegue perceber que o toyotismo é a consegue operar no nível da subjetividade dos Trabalhadores de uma forma muito mais efetiva né talvez muito mais cruel é do que o fordismo taylorismo e do terrorismo ele tem uma questão da mecanização do trabalho né do trabalho trabalho humano se tem uma mente mecânico e repetitivo né no toyotismo esse trabalhador flexível
não precisa se adaptar há mais ou o capitalismo é a produção capitalista precisa que este trabalhador queira se adaptar tira ser flexível é esse o poder ideológico da do toyotismo nessa captura da subjetividade dos trabalhadores nessa nessa nessa possibilidade de criar numa nova mentalidade do Trabalhador para se adaptar né a dinâmica desse capitalismo flexível né o grande trunfo do toyotismo é a questão da administração participativa Ou seja quando o toyotismo propõe é e até o próximo de turismo todo esse processo de reestruturação produtiva de organização flexível do trabalho tá então quando toyotismo quando a organização
flexível do trabalho da produção proponho essa ideia de administração participativa O que é consegue né envolver o trabalhador dentro do que a gente chama de cultura organizacional né Então aquela ideia de vestir a camisa da empresa é de que o trabalhador é um colaborador né é um parceiro da empresa tudo isso é opera nesse sentido de envolver o trabalhador de trazer o trabalhador para empresa trazer o trabalhador para a compreensão de que as necessidades da empresa são as necessidades do Trabalhador outras necessidades do Trabalhador são as necessidades da empresa né Isso é uma captura dessa
é subjetividade né do Trabalhador seja é a o a organização capitalista na organização flexível a produção capitalista ela consegue é dominar né consegue atingir é algo que é extremamente interno os indivíduos que é só subjetividade as suas necessidades o seu o seu entendimento do mundo né nesse sentido a o a organização capitalista é a produção capitalista ela consegue manipular é esse consentimento do operário ou o que que faz um operário um trabalhador é se submeter a um Banco de Horas extenuante como é que ele vai trabalhar durante alguns períodos durante 12 14 horas mesmo sabendo
que dificilmente ele vai conseguir tirar aquele banco de horas né você vai pegar a três meses de férias você sabe que isso aí não vai ser viável ele não vai tirar essas horas a mais que ele trabalhou em determinado período isso pede Esse é o grande A grande questão que a gente coloca para a aplicação do trabalho e da subjetividade na no capitalismo flexível né é esse capitalismo flexível né quando ele chama o trabalhador para participar da administração né do da produção ele ele ele está buscando essa participação ativa da inteligência do intelecto da iniciativa
da criatividade do trabalhador não acredita e criatividade para produzir a arte para produzir né outras necessidades mas é usar a inteligência do Trabalhador usar sua capacidade de iniciativa EA criatividade de resolução de problemas a serviço da acumulação do Capital a serviço da produção capitalista é aí que tá captura em cal sequestro desta dessa subjetividade do Trabalhador em benefício da acumulação capitalista né E aqui uma grande que uma bom então né que foi colocado inclusive pelo pelo forno Raquel idealizador do modelo toyotista né um japonês né que pensou esse modelo ele ele dizia que a questão
da de aumentar a tecnologia né de automação na produção ela tem que ser o último recurso porque uma máquina ela é programada para produzir tanto ela só ela só vai produzir mais ela cortei programada ou se ela for ter estruturadas ela por que elaboravam e se passa uma outra máquina para aumentar a produtividade já o ser humano tem uma capacidade criativa né e e o capitalismo sabe usar essa criatividade para aumentar a produtividade essa capacidade criativa do ser humano é ilimitado ou seja pago e dela idealizador do toyotismo né é o que é o e
de fato a produtividade não é automação não é a mecanização robotização a informatização da produção é fazer com que os trabalhadores sejam infinitamente criativos inteligentes e proativos para aumentar a produtividade mesmo que seja para reprogramar máquina mas isso parte de uma inteligência de uma criatividade humana né isso reforça essa importância né do trabalho vivo do trabalho humano na no aumento do consumo humano na criação de valor no aumento da produtividade do sistema capitalista é esse trabalhador É adequado né a lógica toyotista da organização flexível do trabalho é um trabalhador que ao contrário do Trabalhador por
dita que só sabia fazer aquela função e ele sobe só para saber daqui mesmo né a ideia do Taylor né de que o trabalhador que outro especializadas só tem que saber apertar o parafuso no toyotismo esse trabalhador tem que saber apertar o parafuso ele tem que saber limpar a máquina ele tem que saber fazer a manutenção e tem que saber limpar o ambiente ele tem que saber as outras etapas né da produção ele tem que ter um conhecimento global da produção e a gente poderia pensar ó é aqui o trabalho foi devolvido ao trabalhador esta
noção essa compreensão do todo é que ele tinha lá antes ainda na na manufatura né no artesanato no antes da indústria capitalista e comum com a industrialização que perdeu né E se essa noção do todo mas a gente pode dizer que a o fim do trabalho alienado na organização flexível por mais que o trabalhador tenha conhecimento sobre todos os processos o primeiro que isso não não é um processo é universal sim são todos os trabalhadores em todos os lugares do mundo que vão ter essa necessidade de conhecer todas as etapas da produção é um caráter
fundamental ainda da alienação permanece inalterado que é o fato de que embora ele conheça todas as etapas da produção Não é ele que controla a produção Não é ele controla o processo de trabalho né ele vai estar sempre submetido a uma lógica AD produtividade de lucratividade é diácono Além disso o resultado final do seu trabalho continua não pertencendo ao trabalhador Ou seja a gente tem na organização flexível do trabalho no toyotismo é essa compreensão do todo da produção por parte do Trabalhador mas ele continua alienado do seu próprio trabalho e continua o lado da cidade
do controle sobre o trabalho quilo do produto do trabalho então não ao fim daí lembrança não a eliminação da alienação do trabalho na organização flexível Pelo contrário né Essa é muito presente ela é fundamental para o próprio desenvolvimento do capitalismo né uma das estratégias da doutora autismo né nessa nesse controle do trabalho é que tem uma aparência de um um trabalho é mais livre né do ponto de vista no ao trabalho mecânico de trabalho repetitivo né é uma das estratégias é as células de produção então não são Produções em linhas é são Produções em células
um grupo pequeno de trabalhadores né responsáveis pela produção completa D1 h em média um determinado serviço essas células de produção ela reduza o contato dos trabalhadores com outros trabalhadores trabalhando vão conviver ali com seu pequeno grupo que na célula de produção essa célula neste trabalho é atualizado dentro de um de um espaço né pra ser isso inclusive o controle visual da Geni gente precisa olhar mais uma linha de produção extensão várias linhas de produção uma planta né mamãe indústria gigantesca né entendeu não consegue nem ver tudo ao mesmo tempo né mas a a produção de
células né as células de produção esses pequenos grupos de trabalhadores é concentrado no mesmo espaço paciente inclusive o controle visual é que aqui não tem o princípio do panóptico panóptico é que que é uma uma torre né e consegue ver tudo que acontece dentro de um ambiente a célula só facilita Esse controle visual do trabalho essas células de produção elas também um corporam dentro né desse desse desse desse pequeno grupo de trabalhadores os gerentes e administradores todos fazem parte da mesma equipe é todos são companheiros de equipe desde O Operário até o supervisor o gerente
isso traz mais pra perto né da da produção do próprio trabalhador o controle é uma aparente horizontalização da do comando da hierarquia mas ela na verdade ela só por cima ou o gerente do Trabalhador é dando uma aparência de horizontalidade que agora é típica decide né a equipe na qual da qual pertence no entanto o gerente quanto Operário né Teoricamente né aparentemente é uma precisão né tipo toma decisão coletivamente mas a gente sabe que essa decisão ela sempre atende ao interesse da empresa a também essa esse essa o compartilhamento da responsabilidade então todos são responsáveis
pela pelo trabalho da equipe pela produtividade né antes no fordismo essa esse esse essa responsabilidade pela produtividade era do gerente né né que funcionava como um Capataz para fazer os operários trabalharem mais e é com as células de produção para a organização flexível é e enxugamento do número de trabalhadores dentro dessas células a gente tem um esse compartilhamento da responsabilidade todos são responsáveis pela produtividade isso faz com que ele é já entrando nessa questão da subjetividade curtir todos os trabalhadores cobrem de si mesmo e entre os seus colegas a aceleração uma uma um aumento de
produtividade de efetividade é de responsabilidade pela produção prender esse processo de auto aceleração do trabalho de auto-exploração né é e eu quero que é muito cruel né desse desse dessa organização flexível que é a coação entre companheiros entre colegas de equipe entre iguais não é mais aquela atuação existia no fordismo né do supervisor do gerente sobre o trabalhador o gerente coagindo trabalhador a produzir mais é uma coação agora entre iguais pode eu tô me esforçando tô fazendo hora extra para produzir mais você não está fazendo sua parte é isso é além de né E tudo
que a gente já tá comentando isso a boca né decisões rupturas entre a própria classe trabalhadora então aquele trabalhador que se vê coagido pelo seu colega né seu igual mas não se reconhece como parte de uma mesma classe né aqui a ideia de de espírito de equipe dessa cultura organizacional ela vai se suplantando ela vai ser sobrepondo a ideia de consciência ou de identidade de classe né então o trabalhador e nos identifica como trabalhador como classe trabalhadora ele se identifica como parte de uma grande família a família Toyota hahaha se identifica como parte de uma
empresa né como um colaborador da empresa mas não como classe social né E isso tem pode ser visto né no somente no modelo japonês né nas fábricas do Japão né que de certa forma foram exportados para outros países capitalistas não é da do do Kaizen e nos círculos de controle de qualidade né que são são mecanismos de participação dos trabalhadores trabalhadores participam da administração uma participação Claro controlada é dentro do os parâmetros estabelecidos pela empresa mas nesses nesses espaços locais em nos ser que né no círculo de controle de qualidade os trabalhadores se interiorizam os
objetivos da empresa como eu falei no começo os trabalhadores identificam como seus os objetivos da empresa né é os ganhos da empresa são os ganhos dos trabalhadores grande trabalhador os lugares da empresa é claro que é materialmente em sabe que não é isso né eu trabalhando pode até ganhar um pouquinho a mais mas isso é com relação à a discrepância entre o acúmulo de Capital por parte do dono da empresa abismal essa diferença mas os círculos de controle de qualidade nesses espaços de participação na administração essa participação controlada né administração É um mecanismo que faz
com que os trabalhadores interiorizem os objetivos da empresa que existam a camisa da empresa cria se né no toyotismo um tipo ideal do Trabalhador ou seja qual que é o trabalhador esperado pelas empresas Qual que é o trabalhador que essa organização flexível precisa esse tipo ideal essa idealização de um modelo de trabalhador ideal para as organização flexível ela ela assumir é é o nome né o a característica da empregabilidade ou cê um trabalhador que tem que se esforçar para que ele seja empregável para que ele tenha empregabilidade o que que se espera desse trabalhador que
diz trabalhador tem que se esforçar para ser vai para ser pertencente né ao universo do trabalho remunerado do trabalho assalariado é um trabalhador com iniciativa do trabalhador capaz de resolver problemas de propor soluções né um trabalhador equilibrado né que saiba o momento de ser proativo o momento que ele vai obedecer ordem um trabalhador que tem a facilidade de trabalho em equipe já que esse trabalho vai ser concentrado em células de produção né um trabalhador com raciocínio rápido alho não é capaz de observar um problema e buscar a superação dele logo ao invés de deixar o
problema ali né é claro tem problema seu que está sempre pensava como problema problema seria alguma coisa aqui em guerra produção que que tá trazendo prejuízo para a produção era trabalhador é o que exige do trabalhador que o trabalhador saiba resolver esse problemas da produção né um trabalhador que tenha responsabilidade com os compromissos da empresa é isso é o trabalhador que saiba vestir a camisa da empresa e aí como que é subjetivamente né os trabalhadores adotam essa noção de empregabilidade como que eu trabalhadores é compreendem que eles precisam ser tudo isso eles precisam cumprir com
todos os requisitos do Trabalhador ideal né é a grande a grande sacada né Para ti para que isso ocorra né porque o trabalhador aceite essa condição interiorize é esses elementos interiores essa ideia de empregabilidade you-the que ele deve ser ter iniciativa escreva o dia que aqui e proatividade apesar de solucionar problemas né tudo isso que se espera do Trabalhador existe uma questão fundamental na reestruturação produtiva que o desemprego né enquanto a produção capitalista não é organizado sobre o taylorismo fordismo era baseada no pleno emprego Claro que sabe na pleno emprego sem por cento da população
economicamente ativa que estava empregada mas você tinha condições é razoavelmente estáveis de emprego para uma grande parcela da classe trabalhadora né A maioria das Renata estava empregado é no no cenário em que o desemprego Não é uma grande ameaça porque você pode sair de uma empresa e para outra né É no na reestruturação positiva isso cair por terra porque com a redução do estoque sem trabalho com a redução da necessidade de Trabalhadores de um grande número de trabalhadores na produção que agora não é mais uma produção de massa uma produção flexível produção sobre a Banda
né você cria um exército de trabalhadores desempregados né e um cenário de desemprego iminente é além do desemprego estrutural né que é o fato de muita gente perdido o emprego quem manteiga o seu emprego está o silêncio na possibilidade de ficar desempregado em qualquer momento Eu já lá no o século 19 quando Marx analisou ali a sociedade capitalista né que estava se estruturando no século 19 ele já lançou mão de um de um conceito que é muito muito importante é o que ele chamou de exército industrial de reserva exército industrial de reserva é a população
economicamente ativa trabalhadores a eles a trabalhar estão desempregado esse exército industrial de reserva Ele cumpre uma função muito importante no equilíbrio é uma na regulação do mercado de trabalho né e da da definição de Salários é o valor da força de trabalho porque quando você tem um enorme exército industrial de reserva significa que você tem uma enorme oferta de força de trabalho disposta a trabalhar Oi e essa essa legião de desempregados Famintos aceitam trabalhar por condições precárias e com salários baixos então o exército industrial de reserva ele tem essa função de regular de acha tá
o salários o custo da força de trabalho desde o capitalismo existe desde o do netos um desde que o Martin analisou ali o capitalismo no século 19 no século 20 Século 21 isso continua existindo né com outro caráter porque agora o desemprego ele é estrutural é esse exército industrial de reserva ele é cada vez maior na cada vez é cada vez mais composto por trabalhadores altamente qualificados né trabalhadores que foram dispensados né da da produção porque agora a produção de France bom e que agora estão à Deriva esse desemprego estrutural e esta ameaça com os
prints do desemprego opera nos trabalhadores como os mecanismos de aceitação Ou seja é o desemprego ele ele ele re funciona para dizer para o trabalho é o seguinte pó ou você aceita trabalhar nessas condições e se alto explorando se alto acelerando né sendo submetido a uma coração no seu colega né é trabalhando com Banco de Horas Com redução de direitos ou você vai ficar desempregado você tem opção você escolhe ficar desempregado ou aceitar Então essa ideia de que os trabalhadores se submetem essa lógica ela não pode ser desvinculado da questão do desemprego estrutural que é
inerente ao a produção população flexível essa organização flexível de trabalho né o desemprego ele ele opera como um regulador do mercado de trabalho é acharam do salário né como como pressão mesmo Neto para o mercado de trabalho para essa força de trabalho você meter e como um regulador do modo de vida né os trabalhadores é interior a esta ameaça ou essa expectativa em relação ao desemprego né como uma forma de viver eu preciso me submeter eu preciso sair de casa no pico da pandemia né quando tá morrendo três mil pessoas por dia porque se eu
não for trabalhar eu vou ficar desempregado desempregado eu não vou conseguir Não vai ser fácil é conseguir um novo emprego e eu não tenho empregabilidade suficiente para me manter no emprego né então eu preciso me submeter as piores condições de trabalho a condições extremamente precárias dos salários baixos a redução de direito e essa lógica de uma produção flexível médium de uma auto exploração do trabalho né porque o desemprego tá aí emprego tá batendo na porta e eu não posso é Tu tá aí no desemprego eu tenho uma vez ficar desemprego não sabemos como é difícil
sair dele né o essa questão do desemprego foi trabalhada por dois autores que é um miggiorin e Saraiva é não texto chamado Universidade mercado e modulações dos modos de vida das pessoas estão falando sobre a formação profissional como que a própria formação profissional ela também é baseada nessa expectativa nesse espectro do desemprego quero dizer o seguinte na ordem contemporânea o desemprego é fruto de uma imcompatibilidade pessoal para estar inserido no mundo do trabalho remunerado estejamos empregados ou não o aviso foi dado o mundo desenhado e ameaça concretizada com leis matérias de jornais e fatos que
não serve o desemprego aterroriza e garante quase todos os tipos de subserviência suas a ordem do Capital operando diretamente Nossa forma de ser mesmo que nunca percamos emprego ou seja fazendo aqui o emprego não afeta só quem está desempregado ele acerta o conjunto da sociedade o conjunto da classe trabalhadora que está submetida a essa lógica do desemprego desemprego ele passei um norteador um regulador da vida ele é iminente ele é possível qualquer um homem não mais estabilidade no emprego não há pleno emprego não há garantias de que o trabalhador vai se manter empregado vai se
manter com empregabilidade para o resto da vida que eu quero foi demitido com 45 anos de grande dificuldade para ele voltar para o mercado de trabalho seria muito jovem não tem experiência seja é muito velho já está em Porto Velho é se ele não sempre fez você não tem ensino superior não tem qualificação suficiente ele fez ensino superior e fez mestrado já é muito complicado para algum trabalho então tu não recai sobre o trabalhador né dentro dessa ideia de empregabilidade da sua ideia de que essa capacidade de ser de estar ou não empregado depende exclusivamente
do Trabalhador é isso máscara estão um poder ideológico também de mascarar o fato de que os de emprego na sociedade contemporânea no capitalismo flexível contemporâneo e não é uma questão de pessoal de um trabalhador que não não sei qualificou o suficiente o que é velho demais o que normais o desemprego ele é estrutural inerente essa essa essa forma de organização do trabalho da produção na cidade de capitalismo Oi e Sim esses são os grandes mecanismos né que é que essa organização flexível do trabalho né atua na subjetividade vocês na conformação de trabalhadores aptos a se
adequar a aceitar essas condições precárias de trabalho a terceirização o trabalho precário Missão em jornadas extensas de dizer de trabalho a banco de hora a trabalhar a hora da mais lindos também você não vai ganhar por isso a se comprometer com os objetivos da empresa né assim bem B para a empresa se submeter a essa lógica de lucro médio lucratividade e competitividade né isso isso tem um impacto muito profundo nessa com formação do sujeito social e é esse novo trabalhador é da da da organização flexível é um trabalhador que não se identifica como trabalhador para
trabalhador que se identifica como colaborador é um trabalhador e que privatiza o seja torna para aparecer a privada é todas as responsabilidades pelo trabalho pelo Desemprego pelo salário pela produtividade da empresa Esses são os grandes impactos subjetivos do trabalho nesse nessa deste modo de produção nesta forma de organização flexível do trabalho e da produção na sociedade capitalista contemporânea é isso espero que tenham gostado qualquer coisa me procure um grande abraço
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