O EAG tá completando uma década de história. São 10 anos ajudando negócios a se tornarem autogerenciáveis. E nessa celebração, nós temos quatro episódios especiais aqui no nosso podcast. Nós estamos falando sobre os pilares que sustentam o negócio do EAG. E um deles, um dos mais desafiantes e também um dos mais decisivos, é o que nós vamos tratar hoje, domínio pessoal. O que acontece quando uma empresa não tem um gestor que gerencia suas próprias emoções ou que tem domínio pessoal? Como é que fica essa empresa? Hoje o Marcelo Germano vai conversar sobre isso, sobre a importância
do líder ter autogestão, domínio pessoal antes de fato de ter o domínio da empresa. Bora lá. Olá, estamos de volta com mais um episódio. Vamos conversar sim durante esses episódios especiais. Temos muito papo pela frente, mas deixa eu me apresentar antes. Eu sou a Bárbara Barbosa, sou jornalista e tô aqui conduzindo todo esse nosso papo. Tô aqui ao lado dele, Marcelo Germano. E aí, Bárbara, você tá feliz? Felizaça. Se melhorar, vira festa. Que legal. Tô feliz também. Tô feliz também. 10 anos de EAG, acredita? Meu Deus, eu imagino isso aí. É uma década. É uma
década. Tem que ser respeitado uma década. Olha, Marcelo, sempre comentas a importância de ter domínio pessoal antes de dominar a empresa, antes de ter essa gestão em cima da empresa. Qual que é o problema e o impacto de não ter esse domínio pessoal? Então, vamos lá, né? Da onde surgiu o domínio pessoal? A gente vê frases na internet, as pessoas falam, falam assim: "Não existe CNPJ forte com CPF fraco, né? A empresa é um reflexo do dono." Então são frases que a gente fala na internet, né? Quando a gente começou o EAG 10 anos atrás,
na construção da metodologia, a gente entendeu três pilares fundamentais. E um dos pilares, é, os três pilares era cultura, liderança e gestão. Era baseado nesses três pilares: cultura, que é o jeitão que a empresa funciona, liderança, você não constrói uma cultura forte com liderança fraca e gestão, porque você tem uma empresa fazer gestão não faz o menor sentido. Ao longo do tempo a gente foi percebendo e o método evoluiu. Então, a gente foi percebendo o seguinte, quando a gente tá falando de gestão, tudo é gestão. Então, você tem gestão de pessoas, você tem gestão de
processos, você tem gestão de canais de venda, você tem gestão financeira, você tem gestão de projetos e tudo é gestão. Então, a gente pegou esse esse pilar gestão e a gente abriu ele um pouco. Então, é cultura, liderança, gestão, finanças. Aí a gente trouxe finanças porque tem pessoas que não não entendem a finanças como gestão. Então, a gente separou e falou: "Vamos falar de finanças", né? E aí a gente trouxe tração. O que que é tração? tração é o marketing vendas. Tração, é como eu atraio clientes, como eu converto clientes em compradores e como eu
faço esses clientes continuarem comprando. Isso é atração. Então a gente ficou com cinco pilares. Ao longo do tempo, fui percebendo que tinha um componente ali que era importante, que era o dono. E aí, da onde surgiu o pilar domínio pessoal? Um dos dos livros que eu li, ó, pensa que eu abri minha primeira empresa em 1996. Cara, vai fazer 30 anos ano que vem que eu abri a minha primeira empresa. Inclusive a primeira empresa deu errado, né? Eu me formei em 1994 na faculdade. E cá entre nós, a faculdade não não ensina a fazer gestão
de empresa, ela ensina administração, teoria da administração, não ensina a fazer gestão da empresa, pelo menos não ensinava naquela época. Aprendi muita coisa, desenvolvi repertório cognitivo, desenvolvi repertório comportamental, mas não aprendi a fazer gestão do do da pequena e média empresa no dia a dia do negócio. Aprendi sobre contabilidade, sobre macroeconomia, sobre economia, sobre microeconomia, teoria geral de administração, sociologia. Aprendi um monte de coisa, mas não aprendi gerir uma empresa, né? Mas li bastante ao longo da jornada. E um dos livros que eu li ao longo de jornada é um livro chamado A quinta disciplina
do Peter Sange. Peter S era um consultor empresarial. Ele foi consultor de grandes empresas, principalmente as empresas americanas nas na indústria automobilística. Indústria automobilística nos Estados Unidos sempre foi muito forte, né? E aí era um consultor lá em Detroit, da Ford, da GM, da Chrysler. O livro chama Quinta Disciplina porque existem cinco disciplinas e a quinta disciplina é visão sistêmica. Mas antes de existir a quinta disciplina, existe a quarta, existe a terceira, existe a segunda e existe a primeira. E a primeira, a primeira disciplina do livro é domínio pessoal. É engraçado que as cinco disciplinas
é domínio pessoal, modelo mental, aprendizagem e equipe, visão compartilhada e visão sistêmica. São as cinco disciplinas. A primeira é domínio pessoal. O que que eu entendo do domínio pessoal e que eu trouxe o domínio pessoal como primeiro pilar, né? Tem modelo mental também no meio da da história, tá? Porque é o seguinte, empreender é um exercício de autoconhecimento. Empreender é você viver sempre na dúvida, né? Eh, empreender é você tomar risco. E tomar risco vai trazer crenças. Empreender é lidar com crenças. Empreender muitas vezes é lidar com a solidão do poder. Muitas vezes você vai
ter que tomar decisões que desagradem pessoas, mas você precisa tomar. Talvez você vai ter que tomar decisões que desagradem a você mesmo. Muitas vezes as suas os seus valores vão ser testados. Imagina você ter os seus valores testados numa decisão que você precisa tomar pro teu negócio. Muitas vezes ele vai ser testado. No dia a dia. Eu já eu já ouvi tanta coisa de empresário, eu já sofri tanta coisa, né? Uma vez uma uma empresária falou para mim: "Cara, teve um dia, eu sentei na calçada, no chão da calçada, abaixei a cabeça assim e essa
pessoa era meio que agnóstica, tá? Não acreditava tanto em Deus. E mas ela me contando, né? Cara, eu sentei assim, abaixei a cabeça, coloquei a cabeça entre as pernas e e falei assim: "Meu Deus, eu não sabia que ia ser tão difícil". Eu não tô falando que toda empresa é dificuldade, eu não tô falando que tem empresa é um martírio, mas a gente quando tem empresa, a gente passa por picos e vales, por momentos de euforia, por momentos de depressão, né? Por momentos onde a gente tem muita certeza e por momentos onde tudo que a
gente tem é dúvida. No em momentos em que a gente tá super corajoso, acha que tem o toque de Midas, tudo que a gente toca vira ouro e tem momentos que parece que a gente só faz. Então o o autoconhecimento, o domínio pessoal, você ser o senhor das suas emoções, você saber analisar as coisas de uma maneira cognitiva. O que que é analisar as coisas de uma maneira cognitiva? É assim, ó. A cognição é a minha capacidade de refletir sobre um assunto e tirar conclusões como um observador, né? Então eu olho pra situação e como
um observador eu olho e falo: "Olha, aconteceu isso aqui e talvez o melhor caminho para resolver este problema aqui seja esse". Ou talvez tenha três caminhos. Ou talvez eu tenha um dilema aqui, né? Vamos explicar o que significa a palavra dilema. Dilema é o seguinte: chega numa encruzilhada e nessa encruzilhada eu posso ter dois ou três caminhos e nenhum deles me leva exatamente para onde eu quero, do jeito que eu quero. Mas eu vou ter que fazer escolhas. E aí eu sempre vou ter dilemas. Eu tenho que fazer escolhas, meu. Às vezes eu tenho três
caminhos e às vezes nenhum deles me leva para onde eu quero, do jeito que eu quero. Pode me levar para onde eu quero, mas não do jeito que eu quero. E aí eu vou ter dilemas, cara. Nos momentos de dilema, nos momentos de dúvidas, no momento de incerteza ou nos momentos de muita certeza, eu tenho que ter muito domínio pessoal. Eu tenho que ter a minha cognição falando mais alto que a minha emoção, né? Como assim, Marcelo? Eu tenho que tomar decisões baseados em reflexão, decisões racionais, decisões ponderadas. ao invés de tomar decisões emocionais. Quando
a emoção sobe, a cognição desce. Quer que eu dá um exemplo? Quando a emoção sobe, a cognição desce. Você já viu alguma pessoa pacífica, uma pessoa tranquila, calma, amorosa, tomar uma fechada no trânsito e começar a xingar palavrões que você jamais imaginou que essa pessoa faria e de repente essa pessoa joga o carro em cima da outra e de repente sai do carro e agride outra pessoa? Você já viu isso acontecer alguma vez na sua vida? Se transforma. Se transforma. Parece outra pessoa. Parece outra pessoa. Por quê? que a emoção subiu, foi dominada por uma
emoção, um instinto, raiva, ódio, algum algum tipo de emoção que jogou aquela energia daquela emoção nela e ela agiu sem pensar. Talvez com calma, com clareza, ela ia olhar e vai falar: "Nossa, que idiota que eu fui, por que que eu fiz isso?" Muitas vezes a gente toma decisão no calor da emoção. Outro dia eu tinha comprado minha 911, carro dos sonhos, né? E aí eu fui, peguei a estrada com a 911 e aí eu falei: "Pô, quero ver se o carro anda, né? Quero ver se o carro anda. Aí eu peguei a BR aqui.
Gente, não faça isso em casa, tá? Quando era pequeno, a gente assistia Silvio Santos e o Silvio Santos falava: "Não faça isso em casa. Não faça isso em casa", né? E aí eu peguei a 911, tava na estrada e eu falei: "Deixa eu ver esse carro como ele anda, né?" E eu dei uma aceleradinha, ele bateu 252 km/h na hora. Adrenalina, aquela emoção, aquela adrenalina, aquele negócio acontecendo, né? Depois parei para refletir. Eu falei: "Cara, 252 km/h na BR 12 101". Que inconsequência, cara. Que imprudência. Se acontece alguma coisa, não sobra nada. Eu tava com
minha mulher do lado, com minha carro. É, é, foi muito imprudente aquela hora. Na hora, no calor da emoção, do deixa eu testar, na hora da coragem ou na hora do medo, né? Às vezes a gente faz coisas que a gente não faria. Porque imagina o seguinte, se eu tô dirigindo aqui a 100 por hora e passa um cara do meu lado a 250 por hora, é lógico que eu não tenho como saber que velocidade que ele tá, mas eu sei que ele tá numa velocidade que é absurda. Vou olhar, vou falar que idiota. Olha
a velocidade que esse cara tá indo. Então, o domínio pessoal, ele tá ligado a isso, tanto num momento de coragem quanto num momento de dúvida, né? Eu tenho que ter domínio pessoal, tenho que ser o senhor das minhas das minhas emoções, eu tenho que ter a razão daquilo que eu tô fazendo. Uma coisa é eu ir pro autódromo e falar: "Deixa eu acelerar o carro aqui no autódromo." Se acontecer alguma coisa, é eu carro, né? Outra coisa é você fazer isso na estrada e colocar a vida das pessoas em risco. E no negócio é a
mesma coisa. Então, o domínio pessoal, ele é importante. Eu vou ter que tomar decisões sobre dinheiro, eu vou ter que tomar decisões sobre pessoas, eu vou passar por momentos de euforia, onde no momento de euforia, de êxtase, eu talvez eu tô uma decisão que não é acertada. Vou passar por momentos de dúvidas, incertezas, de medo, de segurança. Talvez nesse momento eu não tome a melhor decisão. E aí é onde entra o domínio pessoal. Domínio pessoal não é uma coisinha mágica que você, ei, Barbará, pera aí, ó, toma aqui uma pílula de domínio pessoal. Domínio pessoal,
ele vem de repertório, o domínio pessoal ele vem de análise, o domínio pessoal ele vem de autoconhecimento. Então o domínio pessoal é uma coisa que você vai desenvolvendo ao longo da trajetória e nem sempre não é uma constante. Você pode est super trabalhada na terapia. A esposa do Rogério fala assim: "Ah, eu tô trabalhada na terapia", né? Ah, você pode estar super trabalhado na terapia, em algum momento você pode perder o domínio pessoal, né? Num momento de medo. Você quer ver uma coisa comum que acontece? Hã, eu tenho um empresário, empresária, e eu já passei
por isso também, tá? Exatamente a mesma situação. Já passei exatamente pela mesma situação. Eu tenho uma empresária que ela fez um investimento, ela tem uma empresa, empresa indo super bem e ela fez um investimento. Ela investiu bastante dinheiro nesse investimento que ela fez. E esse investimento não se provou um bom investimento. Então, essa empresária, ela fez um investimento e esse investimento está atrapalhando ela no principal negócio dela. E aí o que acontece? Ela olha e fala assim: "Ah, eu já investi muito nesse projeto, eu tenho que fazer dar certo." Qual o filme ruim que a
gente não quer largar? O filme ruim que agora já começou. Não, no mundo dos negócios tem um negócio que chama sunk cust, né? Sunk cust, custo afundado, né? Muitos empresários vão ter esse problema, né? O que que é o custo afundado? Putz, eu fiz o investimento, desenvolvi um software, uma tecnologia, comprei outra empresa, comprei um produto, fiz o investimento numa máquina, num equipamento, e esse investimento não se mostrou acertado. Só que eu já me comprometi com ele, eu já fiz ele. E aí muitas vezes a pessoa se amarra nisso, no dinheiro que ela já investiu
e o negócio tá não tá funcionando. Em vez de ela dar um stop loss nisso, em vez de ela ter domínio pessoal para dar um stop loss e lidar com a perda, porque empreender também lidar com perda, muitas vezes, ela tá amarrada nisso, né? Ela fala: "Não, aqui eu já investi muito, eu não posso perder". E ela não vê que ao ficar amarrada nesse investimento que ela fez, que ela não pode perder, ela tá perdendo mais do que se ela deixar aí. Cara, isso também é domínio pessoal. A gente fez um investimento uma vez, foi
mais de R$ 2 milhões deais que a gente fez para desenvolver um sistema. Esse sistema ficou uma porcaria. Só que toda a empresa tava em cima desse sistema. Toda vez que tinha que pensar em, meu, vamos começar outro do zero, você falar: "Nossa, começar outro do zero vai dar trabalho para caramba e não sei o que." E a gente já investiu mais de 2 milhões nesse e a gente ficou 10 anos com sistema ruim, não era ruim, mas dentro do que a gente precisava, ele não entregava o que a gente precisava, gastava dinheiro, toda hora
tinha que desenvolver. Aí, sei lá, depois de 10 anos, praticamente a gente começou tudo do zero e fez outro do zero e virou a chave. Aí a pergunta que passa depois disso é: "Cara, por que que eu não fiz isso em 2015? Porque eu deixei fazer isso em 2024?" Pô, mas eu fiquei 10 anos amarrado naquilo. Por quê? porque eu já tinha feito mais de R 2 milhões deais de investimento, porque a força, o exercício que ia dar para fazer, para mudar, aí a gente se amarra nisso. Então isso também é domínio pessoal, ter domínio
pessoal para para isso daí, mas a gente tem que ter domínio pessoal para uma série de coisas. Aqui eu tô dando exemplos, cortes de de exemplo. Então é assim, ó, se a gente não tiver domínio pessoal, se a gente não tiver não conseguir respirar na hora que precisa tomar uma decisão, sabe? Na hora do calor do momento, se a gente tomar uma uma decisão no calor do momento, às vezes a gente pode comprometer o negócio. Às vezes a gente pode perder um um líder na no calor do momento, toma uma decisão. Às vezes você pode
perder uma pessoa importante pra tua empresa no calor do momento. Às vezes você pode perder um negócio importante no calor do momento. E às vezes você pode ficar amarrado num negócio porque você não tem domínio pessoal para tomar uma decisão que é dolorosa, né? Então ele serve para todos os fatores, ele serve para todas as polaridades. Tem que ter domínio pessoal. Então isso é o autoconhecimento que o dono tem que entender quem ele é. Clareza de propósito, clareza dos objetivos. Ele tem que entender como ele se comporta mediante situação. Tem fala fala: "Ah, não tem
jeito, eu sou explosivo." Você é explosivo. Então tá. Então faz o seguinte, faz um acordo com você mesmo. Nunca tome uma decisão no momento em que você explodir. No momento que você explodir, respira, vai embora, pede para sair, no outro dia você volta e você com calma, com tranquilidade, você toma aquela decisão. Então, o domínio pessoal tá ligado a várias coisas, tá ligado a várias coisas, mas principalmente tá ligado a você estar no controle das suas emoções. Treinar a resiliência, porque a gente tem que ter repertório de resiliência. Treinar a resiliência é muito importante. Eu
tô fazendo o conteúdo no gelo, né? Esses dias eu fiz um conteúdo falando sobre Marcelo, por que que você entra no gelo? Tá? E aí eu falei: "Cara, por algumas coisas, né? Antes de mais nada, eu tô treinando minha resiliência. Eu falo que é poder. Todas elas tá ligado ao poder, ao ao poder de vencer a mim mesmo, ao poder de lidar com o meu ego, ao poder de lidar com a zona de conforto ou do desconforto. Tô lidando com isso quando eu tô entrando no gelo. Marcelo, fica rico entrando no gelo. Cara, não tem
nada a ver com ficar rico entrando no gelo. Não, em lugar nenhum eu falei que a pessoa que entra no gelo fica rico. Não tem nada disso. Ah, tem benefícios? Tem, tem benefícios comprovados cientificamente. Tem controvérsias. Tem artigos que fala que sim, tem artigos que fala que não. Não é isso que eu tô olhando. Que eu tô olhando é o seguinte. Toda vez que eu vou, pensa que eu tomo banho de lado já faz mais de se anos. Eu tô entrando no gelo agora. Pensa que toda vez que eu vou entrar no gelo eu exito.
Toda vez que eu vou entrar no gelo eu penso: "Nossa, tenho que entrar mesmo?" E eu não tenho que nada, eu posso escolher simplesmente não fazer. Quando eu entro no gelo, vem ali no meu corpo aquela energia, aquela adrenalina, aquela vontade de fugir dali, né? E eu tenho que controlar a respiração e entender que depois de 45 segundos a 1 minuto, no meu caso, já eu fazendo com experiência, eu tô em paz. Mesmo estando no gelo, eu fico em paz. Aquele gelo, aquele frio, aquela, aquele instinto de lutofuga já não me domina mais. Eu consigo
respirar e eu consigo pensar normal. Cara, eu tô treinando o meu repertório emocional fazendo isso. Ah, Marcelo, cientificamente não tem nada comprovado. Eu não tô preocupado com isso. Sou eu comigo mesmo. Ano passado eu fui fazer a meia maratona. Sabe por que eu fiz a meia maratona? Porque eu falei assim, cara, eu preciso de um desafio, que é um desafio que eu que eu no fundo no fundo não acredita que eu posso fazer, que vai fazer com que eu tenha disciplina e que vai fazer com que eu tenha que vencer a mim mesmo. E aí
eu fui treinar para fazer a meia maratona. Te juro, eu peguei conversando com Eslá no lugar, eu falei: "Vou correr a corrida". Ele, eu conversando com ele, eu falei: "Não, então tá, eu vou correr". Quando eu falei: "Eu vou correr," eu não acreditava que eu ia correr. Mas eu pensei assim, eu preciso de um desafio de fazer alguma coisa que eu não acredite que eu consiga fazer para eu provar que eu tô errado. Só que essa coisa vai me exigir esforço. Pensa que era verão, o verão do ano passado em Floripa à noite eu ia
correr 11 horas da noite. 11 horas da noite. Eu cheguei a correr às 11 horas da noite e fazer stories 32º, porque aí não dá para você correr. Você vai correr 7 horas da manhã, já várias vezes eu fui correr 6, 7 horas da manhã, o sol no olho rachando na beiraar, né? Uma sensação horrível. Mas beleza, não tá tão quente assim, tá começando o dia. 5 horas da tarde é impossível. Impossível você vai correr 15 km 5 hor da tarde. E aí eu ia correr à noite, né? E eu fiz a prova, fiz a
prova em no pace de 6 por1, né? Eu fiz em os 21 km em 2:6. Meu objetivo era fazer em menos de 2 horas. Fiz em 2:6 num que era um peixe que para mim tava OK, mas eu queria fazer menos. Mas eu fiz isso para sair da minha zona de conforto, para olhar e falar assim: "Cara, eu consigo fazer, eu consigo fazer coisas que até eu duvido que eu consiga fazer". Sabe? Sim. É, é eu controlar eu mesmo, né? O gelo para mim é a mesma coisa. O gelo ele traz mais do que isso,
porque assim ó, eu já tenho disciplina, eu treino todo dia, isso já é disciplina todo dia. Todo dia que eu estou em casa, vamos falar assim, de segunda a quinta-feira, de segunda a sexta-feira, todo dia que eu estou em casa eu treino. Por que todo dia que eu estou em casa? Porque quando eu viajo eu não treino. Já decidi não treino. Eu percebi que quando eu viajo eu levo a roupa para passear. Eu levo tênis, levo shorts, levo camiseta e eles vão só passear e aí eu não treino. Então não levo mais ficar carregando peso
e não treinar. Mas de segunda a sexta, todo dia que eu estou em casa, eu treino religiosamente. A não ser que um dia eu acorde com muita dor ou, enfim, muito cansado, aí eu furo. Mas e eh quase que religiosamente eu treino todo dia. Eu tenho meditado todos os dias. Quase que religiosamente eu medito todos os dias. Eu tenho feito devocional quase todos os dias. Então, quase que quase que religiosamente eu faço meus devocionais. Isso é disciplina. Agora eu tenho entrado no gelo todo dia. Aí você fala assim: "Tá, mas isso muda o quê? né?
Faz com que eu entenda que quando eu quero ter disciplina eu tenho. Faz com que eu entenda quando eu quero sair da minha zona de conforto eu faço. Faz que entenda que eu tenho que abrir mão de algumas coisas para conseguir outras. Porque uma coisa é eu falar isso para você, outra coisa é ter esse essa experiência na vida. Para você meditar todo dia, no meu caso, com a agenda que eu tenho, eu preciso acordar 5:15 da manhã. Para eu acordar 5:15 da manhã, eu tenho que dormir no máximo às 10. Para eu dormir no
máximo às 10, pensa que minha filha sai da escola às 18:40. Tem que pegar minha filha na escola, chega em casa 19, a gente janta junto, tem que fazer lição de casa junto com minha filha. Poxa, eu tenho que planejar melhor a minha noite, tenho que ficar menos tempo de de de tela, então eu tenho que eu tenho que comer 3 horas antes de dormir. Não dá para eu ficar no celular, nem sempre eu consigo. Às vezes eu largo o celular na hora que eu vou pra cama. Nem sempre eu consigo. Às vezes eu consigo.
Eu chego em casa e não vou olhar o celular. Vou entender que eu quero dormir muito bem aquela noite, que eu tenho que largar a tela pelo menos 2 horas antes de dormir. Então, se eu tenho que dormir às 10, às 8, eu largo a tela, porque a tela hoje é o grande, o grande vício, o grande mal da da população. É tempo de exposição na tela. Então eu eu vou fazendo algumas coisas, alguns hábitos que eu vou trazendo para minha vida, que são hábitos que vão fazer com que eu consiga eh ter a disciplina
que eu preciso para fazer as coisas que que a gente tem que fazer, né? O Joel J fala uma coisa muito interessante, ele fala que a gente tem que se acostumar com vitórias. Olha que interessante, a gente tem que se acostumar com vitórias, porque às vezes a gente acostuma com as derrotas e não percebe o que que é acostumar com vitória, o que que é acostumar com derrota e o que isso tem a ver com domínio pessoal. Então Joelta fala assim: "Cara, despertador tocou, levanta da cama sem apertar o snze, primeira vitória." Já começou o
dia ganhando. Já comecei ganhando. 1 a 0 para mim. Não apertei o Snooze, tocou outro espertador, eu levantei. Aí no meu caso, pô, fui lá, coloquei a minha meditação guiada, fiz lá de 35 minutos a 1 hora de meditação guiada, pô. Segunda vitória, terminei minha meditação que troquei de roupa, desci, fiz meu treino, terceira vitória. Subi do treino, entrei no gelo, tomei meu banho gelado, fiz meu conteúdo de manhã, debaixo do gelo, quarta vitória. Aí faço uma refeição, faço uma refeição equilibrada, sem açúcar, enfim, do jeito que ela deve ser. Quinta vitória. Aí me arrumo,
saio de casa, chego na na empresa, no horário combinado pra minha primeira reunião do dia, pô, sexta vitória. Já já comecei o dia com seis vitórias. O dia nem começou ainda, eu já tô com seis vitórias. Beleza. Uhum. É domínio pessoal também isso daí, mas eu posso começar o dia com seis derrotas. Tocou o telefone, eu vou lá e aperto sn, né? Adiar. Primeira derrota. Aí ele tocou de novo, aperto adiar de novo, segunda derrota. Aí ele tocou, levanta, eu olho assim, falo: "Ah, hoje eu não vou treinar". Aí não treino. Terceira derrota. Aí eu
vou lá pro meu livro que eu preciso ler e falo assim: "Putz, hoje não vai dar". Aí eu não leio o livro. Quarta derrota. Aí na hora de comer, eu vou lá comer, eu olho, abro a geladeira, eu vejo aquele brigadeiro e falo: "Quer saber? Hoje vai o brigadeiro e vai o panetone. Vou lá no brigadeiro, por pouquin derrota, aí eu cato o celular, fico ali no celular, tô me distraindo no celular, quando vou ver, tô atrasado pro compromisso da empresa. Sexta derrota. Comecei o dia com seis derrotas. Eu podia ter começado o dia com
seis vitórias, comecei com seis derrotas. Isso é domínio pessoal também, a gente entender que isso tem impacto. Aí você fala: "Ah, Marcelo, entrar no gelo muda a vida. Não, mas essas pequenas derrotas ou essas pequenas vitórias que você vai tendo ao longo do teu dia, isso muda. Isso muda a vida. Ou seja, isso tudo mostra que constância, que é algo que também faz parte da tua visão, constância é maior que motivação. Hum. Hum, é difícil responder essa pergunta desse jeito. Consistência é importante, mas motivação, motivação tinha que cavar um pouquinho mais o significado de motivação.
Eu acho que a motivação tá muito ligado com a clareza com que você quer, que você tem da sua vida, a clareza com que você é das coisas que você quer alcançar, qual é a intenção que você põe no teu dia, qual que é a energia que você põe no teu dia e qual o propósito do que você faz, o que você faz. Então, eu não sei se eu conseguiria colocar isso numa escada de hierarquia, mas eu posso falar que as duas coisas andam de mondadas. Uhum. Talvez eu não consiga manter a constância se eu
não tiver clareza do meu propósito, se eu não tiver clareza do que do porque eu faço o que eu que eu faço. Então, a motivação tá muito mais ligada à clareza, ao propósito. A clareza, o propósito. Por que que eu faço o que eu faço? Onde eu quero chegar? Qual é aquela coisa que no dia que eu pensar em desistir e eu falar assim: "Mas, mas por que eu faço o que eu faço?" "Ah, não, vamos seguir em frente". Sabe? Porque eu tenho clareza do que eu tô fazendo, tenho clareza de onde eu quero chegar,
tenho a clareza do propósito que eu tenho. Então eu acho que isso é importante também, filosófico, mas importante. Decisões difíceis, como ter a coragem necessária para tomar aquelas decisões necessárias também? Então, vamos lá. Todo mundo tem que tomar decisão difícil o tempo todo. E uma decisão difícil hoje não não não quer dizer que amanhã você não vai ter que tomar decisão difícil, né? Ela só vai te dar musculatura e repertório para tomar decisão difícil. Mas o fato dela te dar musculatura e repertório, a decisão continua sendo difícil, tá? Então vai fazer parte da nossa vida
tomar decisões difíceis. Que tipos de decisões? Decisões sobre dinheiro, investimento. Faça esse investimento, não faço investimento, abandono esse investimento que eu fiz e não tá dando resultado, né? Então, decisões sobre dinheiro são decisões importantes. Decisões sobre pessoas também são decisões difíceis e são decisões importantes que a gente precisa tomar. E essa pessoa continua comigo ou não continua comigo? Esse cara é o cara certo ou não? Poxa, tem um cara aqui, esse cara é nota 1000 para eu trazer pra empresa. Se eu trouxer ele, esse cara aqui vira ponteiro. Mas ele, o que ele tá pedindo
aqui é forte para mim nesse momento. E aí, vale a pena eu trazer? Será que se eu trouxer ele e ele virar esse ponteiro, ele ficou mais barato, né? Ó, olha quantas questões que a gente tem sobre pessoas, né? Às vezes a gente olha e fala assim: "Nossa, essa pessoa aqui na minha empresa ia fazer uma tremenda de uma diferença pelo conhecimento, pelo capital intelectual, pelo capital social. essa pessoa ia fazer uma tremenda diferença na minha empresa, mas não tenho dinheiro para pagar ela. Mas será que eu posso oferecer parte da minha empresa para essa
pessoa? É uma decisão difícil também de de fazer. E se não der certo? E se a pessoa sair? Às vezes você tem uma pessoa que tá lá com você faz muito tempo, mas também ela já deu o que tinha que dar. E aí você tem que tomar uma decisão difícil. A vida inteira a gente vai tomar decisões difíceis sobre investimentos, sobre dinheiro, sobre negócios, sobre pessoas, sobre parcerias. Faz parte da nossa vida. E por mais que você desenvolva repertório para isso, a decisão não deixou de ser difícil você desenvolver repertório. Por mais que você levante
peso, o peso não ficou mais leve porque você levanta peso, entendeu? Na hora que eu eu vou lá no supino, é lógico, né? Eu hoje eu vou lá no supino, eu ponho de 25 a 30 kg, né? Mas se eu colocar 35 eu não consigo. Tem gente que 35 é o aquecimento, mas para aquela pessoa, se ela colocar 50, talvez para ela 50 tá ali, continua sendo pesado para aquela pessoa. Então, por mais que a gente tenha musculatura e repertório, as decisões sempre vão ser difíceis. Sobre responsabilidade, autodomínio, aliás, domínio pessoal, também conversa com o
dono ter a clareza que tem responsabilidade total em cima daquele negócio de não terceirizar essa responsabilidade, correto? Eu gosto de pensar na palavra responsabilidade como habilidade de responder. Ó, responsabilidade. Então, divide no meio habilidade de responder. Eu gosto de pensar dessa maneira. Responsabilidade é a habilidade que eu tenho de responder às coisas que acontecem. Eu posso responder sobre as coisas que acontecem de maneira reativa ou de maneira não reativa. Eu posso pensar antes de responder e eu posso dar resposta adequada. Eu posso responder de maneira reativa e não dar a resposta adequada. Agora eu gosto
de falar o seguinte. A gente tem um negócio que a gente fala que é responsabilidade acima da linha. Então eu tenho uma linha de responsabilidade pessoal que eu posso estar acima ou abaixo. Que que é abaixo da linha? Eu negar, eu me defender, eu justificar. Ah, por que que chegou atrasado? Ah, eu cheguei atrasado porque tinha muito trânsito. Beleza, tô justificando, né? Trânsito tem todo dia. Eu sei que todo dia tem trânsito, né? Eu podia ter me preparado. Eu sabia que a reunião era importante, eu podia ter me preparado para essa reunião. Eu podia ter
saído de casa antes. Então eu tô com uma responsabilidade abaixo da linha, jogando no trânsito, né, a desculpa do horário que eu cheguei no negócio. E somos seres humanos. C entre nós, né, todo mundo no ninguém é 100%, sabe? Ah, eu não me atraso nunca, eu não não piso na bola nunca. Mas é habilidade que a gente tem que responder as situações que acontecem no dia a dia, né? sem responsabilidade, sem habilidade de responder, é difícil a gente manter resultado consistente no longo prazo. Autocontrole tem tudo a ver com disciplina. Já estamos falando isso aqui
desde o início do podcast. Que tipos de disciplinas constróem uma empresa sólida? A ciência mostra, né, tem alguns livros aí que a gente pode ler que vão mostrar pra gente o seguinte: a nossa capacidade de tomar decisões, ela pode ser eh sofrer influências ao longo do dia. Inclusive, tem um livro que chama Ruído. Esse livro, quem escreveu ele foi o Daniel Caneman. Eu tô lendo esse livro, não terminei de ler ainda. O Daniel Canneman, ele ganhou um prêmio Nobel, né? Prêmio Nobel de Economia. Ele morreu ano passado, infelizmente. Ele fala de alguns experimentos que inclusive
fala em outros livros, como por exemplo o livro A única Coisa também conta desses experimentos. Ao longo do dia, a nossa capacidade de tomar decisões, ela vai mudando de acordo com a circunstância. Então, se eu tomo muitas decisões difíceis logo pela manhã, eu vou esgotando a minha capacidade de tomar decisões. Se eu dormir mal, pode ser que a minha capacidade de tomar decisão não seja a mesma. Se eu tô com um nível de glicose muito baixo no sangue, pode ser que a minha capacidade de tomar decisões não seja a mesma. Talvez uma uma decisão que
eu tomo depois de uma noite bem dormida, eu tomo uma, numa noite mal dormida, eu tomo outra. Talvez uma decisão que eu tome de manhã é uma, mas se eu for tomar essa decisão na hora do almoço com fome é outra, né? Então quando você fala assim de autocontrole, existem coisas que vão além do do do racional, né? Então, a gente ter essas rotinas e disciplinas, né, como dormir, o o sono é não negociável, que a gente fala, né, dormir 8 horas por dia, a alimentação de manhã, uma alimentação equilibrada, o exercício de manhã para
gerar dopamina, né? Quando você se conhece bem, evita tomar decisões no fim do dia, quando você já tá cansado, né, ou depois de um dia desgastante, ou depois num momento de estress, evitar de tomar essas decisões, talvez seja uma coisa interessante, né? Eu acho que a disciplina é fundamental, tá? até a gente desenvolver o hábito, porque antes do hábito vem a disciplina. Explica. Pensa que primeiro o cérebro ele vai construir caminhos neurais, vamos dizer assim, caminhos neurais para facilitar, né? Tudo que a gente vai fazer ou tudo que a gente nunca fez, quando você começa
a fazer no cérebro não existe aquele caminho para fazer aquilo, certo? Eu fiz uma vez, se eu fiz uma vez só, o cérebro não vai desenvolver uma rede neural por um negócio que eu fiz uma vez só. Mas se eu começo a fazer aquilo todo dia, todo dia, todo dia e o cérebro ele quer economizar a nossa energia para manter as nossas condições de de sobrevivência, que ele vai falar, falar: "Pô cara, esse cara tá fazendo isso aqui todo dia, tá fazendo isso aqui todo dia, deixa eu construir um caminho aqui para quando ele quiser
fazer ficar mais fácil". Então, imagina que todo dia você entra no meio do matagau e você anda no meio do matagal. Pô, chega uma hora que você fala: "Cara, se eu fizer uma trilha aqui, eu vou mais rápido nesse matagau, né?" E aí você faz a trilha. O cérebro é mais ou menos isso, tá? Enfim, eh, tomara que os neurocientistas que estejam ouvindo a gente entenda que eu tô falando uma linguagem de leigo para leigo, né, para não vir ali o hate, né, de repente o o o neurocientista tá olhando e falou: "Nossa, esse cara
falou uma besteira". Só tô querendo trazer isso uma linguagem que as pessoas consigam acessar, né? Uma linguagem simples. Então, eh, o que que diz, né? Que se você fizer uma coisa por 21 dias seguidos, você constrói esse esse caminho neural. Tem gente que fala que é 30, tem gente que fala que é 90. Você fizer um negócio por 90 dias seguidos, você constrói esse caminho neural e quando você constrói esse caminho neural, vira um hábito. Posso falar da minha prática, da minha experiência? Claro, cara. Eu treino todos os dias, desde todos os dias não, eu
treino de segunda a sexta, sempre quando tô em casa, né, falando aqui, já faz uns 20 anos, né? Minha filha vai fazer 18, né? Antes da minha filha nascer, eu já treinava com personal todos os dias. Mas teve uma época que eu mudei, eu morava no centro de Florianópolis e eu comprei minha casa no Jurerê e fui morar no Jurerê. E lá eu não tinha personal. Eu fiquei quase que um ano sem treinar. Depois voltei treinar. Fiquei quase um ano sem treinar. Pô, para quem já treinava há mais de 15 anos, você fala: "Já construiu
o hábito de treinar, né? Mas bastou um dia só que você não treinar, você parou de treinar, que aquele hábito foi embora, né? O Érico Rocha falava muito isso. Poxa, eu medito todo dia." Aí você fala assim: "Agora eu tenho o hábito de de meditar". Aí você fica um dia sem meditar, dois dias, três dias, quando você vai ver aquele hábito foi embora, né? Aquele hábito foi embora. Então é assim, ó. A gente tem a disciplina e a gente tem o hábito. Mas o hábito ele, você pode perder esse hábito, num piscar de olhos, o
hábito pode ir embora. Então são as duas coisas, construir a disciplina, porque a disciplina meio que você força um pouquinho no começo, né? Meio que você força um pouquinho, depois se acostuma e aquilo se torna prazeroso, faz parte do teu dia a dia, faz parte da tua rotina. Mas qualquer vacilo você deixa de fazer. Aconhecimento é valor de um bom líder. Como que o líder inclusive pode usar de autoconhecimento? E de que tipo que ele pode explorar esse autoconhecimento, inclusive para liderar melhor? Legal. O autoconhecimento deve ser, eu acho que o autoconhecimento devia ser ensinado
na escola. Inclusive a minha filha, ela ela teve essa matéria no primeiro e no segundo ano do colegial e no terceiro tiraram. E a questão é, talvez essa matéria fosse mais importante no terceiro do que no primeiro e no segundo ano. Então eles têm uma matéria lá na escola que tem um professor que chamavam de mind o nome da aula. É um professor que ele ajuda as crianças a pensarem sobre os problemas que as crianças têm na adolescência, faz eles entender que não é o fato, é o que eu penso sobre o fato. Eles tinham
essa aula, olha que legal. E aí tinha no primeiro, no segundo ano. Agora que tá no terceirão não tem. Aí qual que era a nossa discussão? Poxa, no terceirão que você tem a pressão do vestibular, né? A pressão de estudar para passar no vestibular, precisa de gestão emocional, talvez, talvez é a hora que mais precise e não tem, só teve no primeiro e no segundo ano, né? Eu acho que o autoconhecimento ele é uma ferramenta que deveria ser ensinado pros pais antes de mais nada. Os pais tinham que entender o autoconhecimento e os pais tinham
que entender como desenvolver o autoconhecimento nos filhos, né? Porque quem quem educa no final do dia são os pais, né? O autoconhecimento deveria ser e ensinado na escola. E é lógico que se a pessoa aprende em casa com os pais, aprende na escola, ela chega no ambiente de trabalho com uma bagagem, com um repertório de autoconhecimento, fica mais fácil para ela evoluir na empresa, mas infelizmente as coisas não funcionam desse jeito, tá? O autoconhecimento é ferramenta humana, independente da pessoa ser líder ou não, é ferramenta de desenvolvimento pessoal, independente de qualquer coisa. Quem quer atingir
resultado, né, precisa se conhecer, se autoconhecer. conheça-te a ti mesmo. E aí, vamos supor, uma pessoa que não teve essa oportunidade de ter uma disciplina voltada mais paraa gestão emocional e tudo, vamos falar com o pessoal que já pegou o bonde andando. O que que tu sugeririas para buscar esse autoconhecimento? Antes de mais nada, agradece, né? Por que que eu falo agradece? Porque pensa o seguinte, ó. Eu quando comecei a estudar autoconhecimento, eh, eu estudava no ônibus, eu morava em São Bernardo, trabalhava em São Paulo, ia de ônibus, ficava 1 hora e meia no ônibus.
Então eu comprava os livros, eu ia no no no ônibus lendo o livro. Naquela época você tinha os livros que eram chamados de autoajuda, que era mal visto, né? Era mal visto. Existia um preconceito contra livros de autoajuda e era os livros mais vendidos. E continua até hoje são os livros mais vendidos, né? Hoje você tem muitos, muitos meios de você fazer isso. Então tem podcast, né? Você tá aqui ouvindo um podcast, mas tem vários podcasts. Tem podcast de filosofia, tem, enfim, tem a a a nova escola Acrópole da Luciena Galvão. Tem filósofos que tem
podcast que ajuda você a pensar. Cloves de Barros Filhos tem um podcast legal para Eu gosto muito do Café com Deus Pai. Eu aprendo bastante ali. Ã, você tem vários, o Joel J, né? O Thiago Brunet. Cara, a gente tem tanto conteúdo bom, gratuito, que não existe desculpa para você não praticar o autoconhecimento, o autodesenvolvimento, buscar informação, né? Então, o que eu recomendo é escolha qual que é o teu melhor canal. Então, por exemplo, eu gosto de ler com papel, eu gosto de ler com papel, eu gosto de ler com caneta, eu gosto de riscar
papel. A minha mulher, ela gosta de ler no Kindle do celular e agora ela começou a ouvir o Audible, né? Além de podcast, ela começou a ouvir o audiball. ela gosta de ouvir, mas tudo isso são meios pagos, né? Existem cursos, né? Eu fui agora recentemente fazer um curso na Suíça com Joe Dispensa. Tô lendo o livro dele, fui fazer o curso dele. Mas você pode aprender um monte de coisa gratuitamente hoje, né? Então, escolhe qual que é a tua o o meio pelo qual você quer aprender. Pode ser um podcast, pode ser um um
canal do YouTube que você curte, pode ser um livro que você vai escolher para ler, enfim, eh, pode ser um curso que você vai fazer uma imersão presencial, um curso online. Eu acho que hoje você tem que agradecer porque tem tantos recursos pra gente aprender isso que meus meu meu pai não teve esses recursos, sabe? Eu tive os livros, meu pai talvez não tenha tido acesso aos livros que eu que eu li e hoje eu tenho muito mais acesso do que eu tinha antigamente. Comandante, você que é empresário, que tá assistindo a gente, que tá
curtindo esse conteúdo, ó, estamos fazendo 10 anos e quando a gente faz 10 anos, quem ganha é você. Nós estamos com condições especiais, comemorando nossos 10 anos para você participar dos nossos programas. Então tem um link aqui, se você tiver assistindo pelo YouTube, se você tiver assistindo pelo Spotify, tem um link aqui, clica nesse link, preenche o formulário, meu time vai entrar em contato com você e você vai ter condições especiais para fazer o programa em agent. Então não perde tempo não, vai lá, a gente trabalha bastante domínio pessoal, assim como todos os outros fundamentos
de gestão de negócio, tá? E se você vive no caos, quer parar de apagar incêndio, quer ter uma performance muito melhor, um time mais engajado, né, vem com a gente que você vai entender como que a gente já transformou a vida aí de milhares de empresários, já foram mais de 8.000 empresários, milhares de depoimentos, né? Centenas de cases documentados, documentados. E eu quero que você seja parte disso. Eu quero contar a tua história no meu palco, a tua história de transformação. Quero subir lá com o teu case e contar, né, como era antes e como
ficou depois de você participar do programa EAG. Marcelo, gestão emocional é tudo que a gente vem conversando, tá nas entrelinhas do teu discurso. Como que um líder com controle das emoções ele afeta, acaba impactando não só o time, mas o próprio resultado do seu negócio? Um líder com baixa inteligência emocional, ele vai deixar o time muito mais estressado. Um líder com alto controle de gestão da das emoções, ele vai ter um time que performa mais, ele vai ter um time com mais clareza, ele vai ter paciência para poder explicar, ele vai entender que tem coisas
que estão no controle, tem coisas que não estão no controle, ele vai aceitar as coisas que não estão no controle, mas ele vai exercer muita, muita energia e influência naquilo que tá no, no controle dele. Ele vai saber falar não para aquilo que não é prioridade. Ele vai falar saber falar sim para aquilo que é prioridade. As pessoas, por incrível que pareça, muitas vezes o líder quer falar assim para tudo, né? Ou quer ser o líder bonzinho que a gente fala, ele acha que ele tá fazendo isso, tá conseguindo o respeito, admiração das pessoas. Quando
na verdade, muitas vezes você vai conseguir o respeito e a admiração das pessoas quando você fala não, quando você se posiciona, quando você dá clareza, a pessoa olha e fala: "Agora eu entendi". Pô, mas esse cara aqui, ó, ele teve firmeza, né? Quando qualquer outro diria sim, ele teve firmeza e falou não, né? Muitas vezes, quando a gente não tem essa gestão das emoções, a gente vai falar sim para agradar as pessoas e acha que agradar as pessoas vai fazer as pessoas te verem com melhores olhos. Quando na verdade não, às vezes ela vai te
ver com melhor, com melhores olhos porque você teve clareza na hora de responder ou dar seu tempo pr as pessoas. Um líder com gestão emocional, ele é mais admirado do que um líder sem gestão emocional. Ótimo. Marcelo, nesses teus 30 anos como empresário, 10 anos de Eag e 30 como empresário, tô boa de memória. É isso, né? É isso. Vamos bater 30 ano que vem, né? Mas tá quase lá. Tá quase lá. Tá quase lá. Qual que é a maior dificuldade dos empresários na tua experiência quando se trata de domínio pessoal? Eu acho que muitos,
muitos, muitos, não dá para falar assim, ã, eu acho que ainda a maior barreira a ser vencida é a barreira do preconceito. Por quê? Agora eu fiquei curiosa porque as pessoas têm preconceito, tem preconceito em fazer terapia, tem preconceito em ler um livro de autoconhecimento. Eu não tô falando de maneira generalizada, mas eu vou falar que muitas pessoas tm preconceito, né? Tem preconceito de pedir ajuda, de levantar a mão e falar: "Cara, me ajuda, né?" Eu brinco lá dentro do programa Eag, às vezes as pessoas me fazem umas perguntas, né? E aí eu identifico a
crença na pergunta, né? E aí eu tenho uma uma brincadeira que eu faço, não é uma brincadeira, mas faço com todo respeito, com todo o carinho que eu falo: "Olha, quero te falar um negócio com todo respeito, com todo o carinho, queria que você recebesse isso com todo respeito, com todo o carinho." Eu falo pra pessoa: "Se trata". E aí a pessoa fica sem graça e não sei o quê. E aí depois é legal que no último dia tá todo mundo falando: "Se trata, se trata, se trata". Eu acho que ainda é o preconceito. Eu
sou de uma época em que o professor chegava pro pro pai do aluno e falava assim: "Teu filho tem que ir pra psicóloga". O pai do aluno falava assim: "Meu filho não era doido, sou dessa época". Mas ainda existem pessoas que pensam dessa maneira: "Eu não sou doido para ir no psicólogo, né? Tem gente que ainda olha para pro autodesenvolvimento com preconceito, né? Às vezes você vai fazer um treinamento de autenvimento, e aqui eu não tô advogando a favor, né? Mas tem treinamentos que você vai ter práticas de alto impacto emocional. É andar no fogo,
é quebrar madeira, é andar no vidro, é pular de costa, é uma série de coisas, né? E aí, que que as pessoas falam? Ah, que idiota. Ó lá, o cara tá gritando yes. Tá pisando no fogo, achando que pisar no fogo muda a vida. Eu eu vejo essas coisas acontecendo, né? Eu falo isso porque, por exemplo, o o o quando um dos primeiros vídeos que eu subi no gelo, que eu que eu subi no gelo, né? Um dos primeiros vídeos que eu postei eu entrando no gelo, veio um cara lá e escreveu assim: "O Elan
Musk não entra no gelo". Eu olho para essa afirmação, Elan Musk não entra no gelo. Eu falo: "E o Kiko, que que eu tenho a ver com o Elan Musk?" Não tenho nada a ver com ele. Se ele entra no gelo ou se ele não entra no gelo, isso é um problema dele. Não tenho nada a ver com isso. Agora, pro cara que escreveu isso, é, ele faz metade das coisas que o El Musk faz? Claro que não. Claro que não. Então, por que que ele tá falando das coisas que o El Musk não faz,
né? Então é é as pessoas quando elas vão fazer quando você vai falar de de domínio pessoal, de desse tipo de coisa, as pessoas têm alguns preconceitos. Outro dia eu vi uma ironia, a pessoa ironizando, acho que esse negócio de trabalho presencial que volta pro trabalho home office que volta pro presencial, aí o time se reuniu, aí o cara reuniu o time lá e fez um grito de guerra e no grito de guerra falava: "A yes, yes, yes é um ritual, é um ritual de energia, sabe?" E aí vai alguém lá e faz uma piadinha,
ó, tão pedindo para sair do home office para ir pro presencial para fazer esses gritinhos. As pessoas têm preconceito em relação a isso, mas são pessoas que não entendem de fisiologia, são pessoas que não entendem de você energizar seu corpo, são pessoas que não entendem o que que faz uma afirmação positiva. Por que que elas não entendem? Por preconceito. Por preconceito. Então, qual que é a maior barreira das pessoas? preconceito. Tô falando que as pessoas têm que fazer gritinho, tem que gritar yes, yes, yes. Não, existem várias ferramentas e essa é uma ferramenta, né? Essa
é uma ferramenta. Existem outras, existem várias ferramentas, mas as pessoas por preconceito não faz. Eu falo isso porque, por exemplo, a gente vai lá e a gente vai fazer o treinamento, a gente fala de grito de guerra. Aí você vai falar pra pessoa, vou fazer um grito de guerra, você percebe na expressão corporal da pessoa, na reação, a pessoa não precisa falar, ela fica desconfortável, pô, gr, né? Uma vez falaram assim numa sessão estratégica, ei, esse treinamento não é treinamento que vocês ficam fazendo gritinho no treinamento, não, né? Não, a gente não faz gritinho, mas
a gente faz um grito de guerra. A gente ensina, ah, não, grito de guerra, eu tô fora aí fechou com um concorrente. Aí eu peguei e mandei o vídeo do concorrente fazendo grito de guerra, sabe? Falei: "Olha, você fechou com o concorrente porque você não queria fazer grito de guerra? Dá uma olhada aqui, ó, do o próprio vídeo do concorrente mostrando um grito de guerra. Então, as pessoas têm preconceito, né? Eu acho que a maior barreira de qualquer coisa é o preconceito nessa tua jornada. Obviamente não precisa citar nomes, mas eu fiquei muito curiosa de
entender. Já teve alguém que chegou com esse preconceito e depois de passar por todo o nosso treinamento, imersão, tu viu essa chave virar? Uma pessoa que de repente, meu Deus, começou a fazer terapia, começou a fazer isso, aquilo. Eu imagino que já tenha tido muitos exemplos, muitos, muitos, muitos, muitos, muitos. Mas deixa eu falar uma coisa mais prática. A gente precisa desenvolver habilidade para tudo, certo? Então, penso o seguinte, quando eu comecei a fazer treinamento, eu sei falar, eu sei me comunicar, mas eu não sabia fazer treinamento, mas eu queria fazer treinamento. Então, eu fui
fazer um treinamento de como fazer treinamento. Existe o treinamento de como fazer treinamento, foi aprender, né, andragogia. A gente vai aprender andragogia, como que o adulto aprende, né? Então, a gente aprende algumas técnicas, né, de como o adulto aprende. E aí, uma das coisas que eu aprendi fazendo o treinamento de como fazer treinamento, é que toda vez que você vende um treinamento, não importa qual seja, sempre vão ter pessoas céticas. Que que são pessoas céticas? é a pessoa que comprou o trein, ela comprou, ela pagou o treinamento para provar para ela mesmo que aquilo não
funciona. Ela não acredita naquilo. Ela comprou para provar que aquilo não funciona. E o cético, ele tem um comportamento padrão. E a gente que faz treinamento, a gente sabe disso. Quer dizer, a gente sabe, não, eu sei. Não são todos os treinadores que sabem disso, né? Alguns treinadores sabem, outros não, não, não sabem. Então, tem um comportamento padrão e é incrível que ele se repete e eu vejo isso em todas as turmas. Então, deixa eu dar alguns spoilers. Não quer dizer que 100% dos céticos fazem isso. Tem cético que faz diferente, mas é um padrão.
Beleza? Então, por exemplo, eu de frente para um palco, para uma plateia de de empresários que vão fazer meu curso. Normalmente o cético, ele senta do lado esquerdo, de frente para mim ele tá do lado esquerdo. De frente para pro palco, ele tá do lado direito, mas eu ele tá sempre do meu lado esquerdo. Normalmente o cético tá. Como você percebe o cético? É simples. Durante o treinamento você vai fazendo algumas coisas. Quem concorda com isso? Levanta a mão. Fala eu. O cético nunca levanta a mão, né? No meio do treinamento, você tem alguns exercícios
que você faz para energizar as pessoas. Pensa que depois de 45 minutos falando, o cérebro cansa. Então eu como treinador, entendendo de andragogia, eu sei que a cada 15 minutos eu preciso fazer alguma intervenção com que a pessoa mexa o corpo. Porque para ativar a cognição, porque você ficar só ouvindo a pessoa falando, vendo slide e não sei o quê, chega uma hora que a minha o meu meu cérebro cansa, a minha capacidade de reter o que tá sendo passado como conteúdo diminui e aí o meu aproveitamento é menor. Eu já sei disso, tá? Por
quê? Porque a ciência mostra que é desse jeito. Sabendo disso, eu sei quais são as ferramentas que eu posso usar para melhorar isso. Então, uma das ferramentas que você pode usar é você pode fazer uma pergunta, então você pode pegar, eu explico para você o que é domínio pessoal. Terminei de explicar para você que é domínio pessoal. Eu falo: "Bom, agora conversa com o cara do teu lado, explica para ele o que você entendeu. Eu faço ele se movimentar, eu faço ele falar, eu faço ele mexer o corpo." Só o fato de ele começar com
o cara ali 2 minutos, ó, eu entendi isso, eu entendi aquilo e não sei o quê, já melhorou a cognição dele, ele já tá pronto pro próximo conteúdo que vai vir. Às vezes eu faço um negócio, falo: "Ó, então vira pra pessoa do lado e fala: "presta atenção no que ele vai falar agora, porque o que ele vai falar é importante". Aí a pessoa vira pro lado, fala: "Presta atenção no que ele vai falar agora, porque o que ele vai falar agora é importante." São técnicas que a gente usa, né? Técnicas de palco para manter
energia e para trabalhar, dar um reset na cognição pra pessoa poder ficar mais preparada para receber o conteúdo que vem. Olha pra pessoa do lado, faz um high five, fala: "Você é um comandante fantástico". A gente não faz isso o tempo inteiro. Olha pra pessoa do lado, fala pra pessoa do teu lado, me dá um sorriso a pessoa fala: "Dá um sorriso". Eu eu tô fazendo isso por alguns motivos, mas ao fazer isso, eu identifico quem é o cético. Por quê? Porque ele não faz, porque ele não faz, ele não quer levantar a mão, ele
quer provar que isso não funciona. Então, se ele começa a entrar, levanta a mão, faz um high five, obedece um comando, ele tá indo contra o que ele foi fazer ali. Mas aí a gente vai tendo técnica. Aí você vê isso ao longo do treinamento, no terceiro dia a pessoa já entrou, né? Você sabe como cozinha um sapo? Não. Não sabe um sapo? Se você pegar o sapo e jogar ele na água quente, na hora que ele bater na água quente, ele pula, sabe? Ele pula. Então essa é essa é a historinha. Se você jogar
o sapo na água lá normal e você fori esquentando ele a pouquinho, tá lá na água gelada. Daqui a pouco a água vai ficando morninha, tá gostosinha, vai ficando mais morninha, tá gostosinha. Ele tá lá, quando ele vai ver, a água esquentou, ele cozinhou, você cozinhou o sapo. A gente em palco, a gente faz isso, né? A gente vai fazendo. Então, começa com uma dinâmica aqui, com uma pergunta aqui, com uma interação ali, dá um exercício pro cara fazer, o cara faz o exercício. Aí você fala: "Bom, agora que vocês fizeram o exercício, agora eu
quero em grupo de três." Num grupo de três, eu quero que vocês compartilhem o exercício. Tudo isso não é do nada que surge isso. Quero que vocês compartilhem o exercício. Aí eu falo, ó, juntou o grupo, tão em trio, tão em trio, escolhe quem é A, quem é B e quem é C. Aí escolhe. Escolhe o A, escolhe o B, escolhe o C. E aí eu falo: "Ca aí o que acontece?" As pessoas, a pessoa que não quer ser o primeiro, ela fala: "Eu sou C." Aí a outra fala: "Eu sou B". E outra fala:
"Eu sou A, porque o cara quer ser o primeiro". Aí você fala: "O começa, aí você pegou de surpresa o cara que não queria", né? Aí ele dá risada daquilo, ele fala: "Ah, então tá, deixa eu começar". Então você vai cozinhando ele, ele ele vai saindo do ceticismo e vai entrando, começa a fazer os exercícios, começa a interagir com as pessoas, aí ele se entrega e ele consegue aprender o conteúdo que ele precisa, que ele veio aprender, mesmo com todo o ceticismo, com direito a pitaco sobre o programa eag ainda e a imersão. Olha só,
Marcelo, te escutando falar, me parece que precisa ter muita, é necessário muita humildade para se autodesenvolver e ter domínio pessoal. Tem humildade, curiosidade e capricho. Como que desenvolve isso? Humildade é o seguinte, ó. É, são princípios nossos do EG. Humildade, curiosidade, capricho, velocidade. Humildade. Eu não sei tudo. Eu tenho que ter humildade para falar: "Cara, eu não atingi o objetivo que eu quero ainda porque eu não sei, porque se eu soubesse, eu já teria atingido." Então, tem que ter humildade para falar: "Tá faltando algum conhecimento para eu atingir o objetivo que eu quero." Tem que
ter humildade. Não dá para ser arrogante. Se eu não cheguei lá ainda, é porque eu não sei, porque senão já tinha chego, né? Curiosidade. Bom, beleza. Então, eu não sei o que que eu preciso saber. Curiosidade. Quem sabe? Quem pode me ensinar? Com quem eu vou aprender? Qual livro tem falando? Qual a melhor maneira de de eu adquirir esse conhecimento? Curiosidade. Capricho. O que que é capricho? Não adianta eu estudar e não colocar em prática, né? Só que muitas pessoas são perfeccionistas, só querem fazer quando tiverem a condição perfeita. E aí, o que que é
o capricho, né? Eu me lembro que quando o Érico Rocha chegou no Brasil, ele falava: "Feito é melhor que perfeito". As pessoas entendem errado o que significa feito é melhor que perfeito. O Cortela, ele explica o capricho da melhor maneira possível. Capricho é você fazer o melhor que você pode na condição que você tem, enquanto você não tem condição de fazer melhor ainda. Aí você vem com capricho. Por quê? Porque você vai fazendo na condição que você tem e vai melhorando a condição que você tem. Até que chega uma hora que você vai fazendo um
nível que chega a berar o estado da arte. Mas se todo mundo quiser começar no estado da arte, não começa nunca. Interessante. Eram quatro ou eram três? Aí o outro é velocidade, né? Velocidade é testa rápido, erra rápido e aprende rápido. Testa rápido. Velocidade testa rápido, erra rápido, aprende rápido. Aprendeu uma uma metodologia, aprendeu alguma coisa, testa rápido, né? Erra rápido, aprende rápido, né? Corrige rápido. Então são quatro. Humildade, curiosidade, capricho e velocidade. Marcelo, fechamos o nosso episódio falando de autoconhecimento, falando de humildade, falando de domínio pessoal. De novo, uma aula. No próximo temos episódio
especial também. E aí, meu? Obrigado. Obrigado, Bárbara. E eu queria saber se você gostou desse conteúdo, comandante. Escreve aqui o que que você achou, qual foi a principal lição que você tirou, qual o principal comando que você tirou. Já aproveita, segue o nosso perfil no YouTube. Se você tiver assistindo no YouTube, dá cinco estrelinha no Spotify, se você tiver ouvindo nosso podcast no Spotify. E logo semana que vem a gente tá de volta aqui com um novo conteúdo para você. É isso aí. Valeu. Tchau. Tchau.