[Música] sejam muito bem-vindos ao doxa e episteme hoje temos mais um episódio do bloco mundo das ideias com o tema Pierre bourdier dominação simbólica no capitalismo tardio o sociólogo francês Pierre burer destaca-se por sua crítica incisiva à ideologia da igualdade de oportunidades como mecanismo de dominação simbólica nas sociedades capitalistas avançadas seu trabalho desmascara a ilusão meritocrática revelando como estruturas de poder invisíveis perpetuam a desigualdade social ocultando sob o vé da justiça e do mérito individual este vídeo aprofunda-se na análise de burd explorando seus conceitos chave e sua contribuição para a reconstrução da teoria crítica com
foco no capítulo Pierre bour e a reconstrução da teoria crítica do livro subcidadania Brasileira de Gessé Souza a ilusão da igualdade de oportunidades bourdier argumenta que a crença na igualdade de oportunidades mascara a realidade da desigualdade social ele demonstra como o sistema educacional em vez de promover a mobilidade social reproduz as desigualdades existentes as classes dominantes possuem um capital cultural conhecimentos habilidades e gostos valorizado pelo sistema educacional enquanto as classes dominadas carecem desse capital e são sistematicamente desfavorecidas a teoria do hábitos é Central para a crítica de burdur o hábitos é um conjunto de disposições
incorporadas moldadas pelas experiências sociais que orientam as ações e percepções dos indivíduos o hábitos de classe adquirido na família e na escola reproduz as desigualdades sociais naturalizando as diferenças de gosto estilo de vida e oportunidades capital simbólico e a perpetuação da dominação burd expande a noção de capital para além da dimensão Econômica incluindo o capital cultural e o capital social o capital social refere-se às redes de relacionamento que os indivíduos possuem e que podem ser para obter vantagens o capital simbólico é o prestígio e o reconhecimento social que derivam da posse dos outros tipos de
Capital A Dominação simbólica para burdur opera por meio da naturalização das relações de poder as classes dominantes impõem seus valores e gostos como universais ilegítimos obscurecendo que são produtos de relações de poder específicas a A Dominação simbólica é eficaz porque opera De forma inconsciente e pré-reflexiva moldando as percepções e ações dos indivíduos sem que estes percebam a sua natureza coercitiva nas sociedades pré-modernas como os cabila estudados por bdu na Argélia a forma de Capital simbólico era a ética da honra esse sistema negava O componente econômico da Dominação e a apresentava Como Uma Questão de Honra
e tradição nas sociedades modernas o capital simbólico opera de forma mais complexa muitas vezes através da ideologia do talento meritocrático é a meritocracia ele surge eh eh ele é uma legitimação eh dentro do contexto do liberalismo em geral o que é o liberalismo o liberalismo Pensa a sociedade a partir do indivíduo o indivíduo isolado né Ou seja é uma mentira por que que eu sou maravilhosa e vocês são horríveis mérito Por que este diamante está na minha família seis gerações e nãoa de vocês mérito A Dominação se torna impessoal escondida por trás de sistemas aparentemente
neutros e objetivos como o mercado e o sistema educacional as diferenças de poder e riqueza são naturalizadas como se fossem resultados apenas de talento e esforço individual e ignorando as desigualdades de oportunidades e as condições sociais que perpetuam a dominação vejamos alguns exemplos do funcionamento do Capital simbólico o discurso da meritocracia a ideia de que o sucesso é resultado apenas de mérito individual ignora o papel das desigualdades de oportunidades como acesso à educação de qualidade redes de contato e herança familiar esse discurso legitima a posição dos mais ricos e culpa os mais pobres por sua
situação como se a pobreza fosse resultado de falta de esforço a valorização de certos estilos de vida o consumo de bens de luxo a frequentação de lugares exclusivos e a posse de diplomas de universidades renomadas são frequentemente vistos como símbolos de posição e sucesso essas práticas embora aparentemente baseadas em escolhas individuais refletem e atam as desigualdades de classe criando uma distinção entre aqueles que têm acesso a esses bens e aqueles que não tem o uso da linguagem e da aparência para marcar distinções sociais como as pessoas falam se vestem e se comportam pode ser usada
para sinalizar sua posição social e pertencimento a um grupo essas distinções simbólicas podem ser usadas para reforçar hierarquias e desigualdades limitando o acesso de certos grupos a oportunidades e recursos a distinção e a reprodução das hierarquias sociais em a distinção burdur analisa a sociedade francesa demonstrando como o gosto opera como um marcador de classe o gosto refinado das classes dominantes Expresso em suas preferências culturais alimenta a distinção social e a produção das hierarquias a classe trabalhadora por sua vez é caracterizada por um Gosto Popular que é desvalorizado e visto como vulgar A Crítica de bdir
se estende à própria noção de arte e cultura ele argumenta que a arte e a cultura em vez de serem esferas autônomas e emancipatórias são utilizadas como instrumentos de distinção social e de legitimação da dominação o acesso à cultura legítima É restrito às classes privilegiadas que a utilizam para reforçar sua posição social a reconstrução da teoria crítica e a superação da dominação burdi propõe a reconstrução da teoria crítica a partir de uma perspectiva que reconhece a importância da dominação simbólica a crítica social deve desmascarar os mecanismos sutis pelos quais a desigualdade se perpetua revelando a
sua sua natureza arbitrária e injusta a conscientização da dominação simbólica é o primeiro passo para a sua superação a obra de bordu é fundamental para a compreensão das sociedades capitalistas contemporâneas sua análise da dominação simbólica nos ajuda a compreender como a desigualdade social se reproduz de forma invisível e naturalizada seus conceitos como hábito capital simbólico e distinção fornecem ferramentas analíticas para desvendar as estruturas de poder que perpetuam a injustiça social considerações finais Gessé Souza ao analisar a obra de bour no capítulo Pierre bour e a reconstrução da teoria crítica do livro subcidadania brasileira destaca a
importância da crítica à ideologia da igualdade de oportunidade para a compreensão da desigualdade nas sociedades periféricas a ênfase de bour na Dominação simbólica e na reprodução das hierarquias sociais por meio de mecanismos sutis e naturalizados como o hábitos e a distinção lança luz sobre a permanência da desigualdade em países como o Brasil para Souza a incorporação da perspectiva bosana aliada a uma teoria objetiva da moralidade como a proposta por Charles Taylor oferece um instrumental teórico poderoso para a análise da subcidadania brasileira e a desconstrução da ideologia do desempenho que a sustenta pois bem por hoje
é só caso tenha gostado dê aquele like Maroto assine o canal E compartilhe com os amigos um forte abraço e Vitória sempre no canal do pensamento debatendo a existência a busca do conhecimento é a nossa resistência [Aplausos] resistência a nossa resistência sim