[Música] Cerrado ocupou Originalmente um quarto do Brasil ele é o segundo maior bioma brasileiro e ele é a Savana mais rica e biodiversa do mundo e mais ameaçado e o cerrado está sendo perdido rapidamente tanto é que é reconhecido como das áreas mais importantes do mundo para ações de conservação né a água ela é o nosso elemento mais importante de todos e Quem produz água em primeiro momento são as pequenas árvores Então são essas pequenininhas do Cerrado que são as mais judiadas com fogo hoje eu sei o meu lugar junto do fogo qual é tenho
medo sempre mas a vontade de fazer o bem acho que é um pouco maior e o poder transformar isso em alguma ferramenta de troca tá levar a melhoria para o Cerrado e para as pessoas [Música] O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul ficando atrás apenas da Amazônia presente em 14 estados e no distrito federal ele é conhecido como berço das águas do Brasil das 12 bacias hidrográficas brasileiras 8 nascem aqui no caminhos da reportagem de hoje você vai conhecer a apa de Cafuringa uma área de Proteção Ambiental conhecida como a Última
Fronteira verde do Distrito Federal Tem o lado de uma preservação que na verdade se mantém em função das condições naturais ali daquela região né que é de relevo bastante acidentado né é o que a gente chama ali a região de mar de morros aqui do Distrito Federal nessa nessa área Noroeste e ela mergulha de 1.300 metros acima de 1300 metros por 800 metros Então esse desnível de 500 metros de altitude gera uma série de cachoeira uma região belíssima mesmo que é curioso que muita gente quando vai descobre pela primeira vez não acredita pois isso aqui
é Brasília né Brasília a gente está acostumado com essa esse Horizonte Sempre né plano aqui que a gente vê o céu como todo e lá você chega em Cafuringa é um conjunto de acidentes geográficos incríveis a apa do Cafuringa ela tem bastante coisas interessantes né pelo relevo acidentado ela teve tempo né de se permanecer na história do DF como uma área relativamente bem protegida e nessa região de relevo acidentado você tem diversas cachoeiras diversas áreas naturais que elas desenvolvem ações econômicas voltadas à apreciação da natureza ao aproveitamento dos recursos naturais [Música] aonde aqui nós trabalhamos
mais preservadas e maiores do Distrito Federal e totalmente destinada a preservação nessa área no mapa do Cafuringa você tem maior concentração de cachoeiras nessa região aqui no distrito federal a maior Floresta Silvestre do Distrito Federal se encontra na época do Cafuringa porque é só olhar o resto do Distrito Federal porque que ali foi preservado pelo tipo de relevo pelo tipo de solo né que não é que não trouxe possibilidades ali de exploração dentro de um de um padrão mais convencional e isso é um patrimônio que a gente tem que saber usar de forma inteligente né
Nós trabalhamos o ecoturismo e dentro do ecoturismo nós trabalhamos com turismo pedagógico recebemos escolas de vários lugares do país uma quantidade enorme de animais e de plantas só plantas presentes são mais de 10 mil espécies de plantas e uma infinidade de animais silvestres em insetos que habitam no Bioma Cerrado E aí nós estamos falando de espécies de pequeno porte os insetos estão falando espécies de médio porte como fauna de pássaros por exemplo que consegue se locomover de uma área por outra porque vou mas nós temos grandes mamíferos que são muito difíceis de se deslocar de
uma área para outra você imagine quantas área por exemplo precisa de uma onça para forragear Então quando você tá falando de mais de grande porte é preocupante é preocupante porque fogo no cerrado é cercamento das áreas para agricultura né você na verdade começa a limitar a distância e o espaço que essas espécies estavam acostumada a percorrer [Música] projeto Reinas ele existe há 20 anos é uma parceria Chapada Imperial e Ibama ele Visa o combate ao tráfico de animais silvestres a criatórios legais e ao contrabando Já estamos em próximas 8000 animais devolvidos à natureza porque é
um Porto Seguro um santuário para eles e depois ele seguem a vida já passaram pelo processo de quando chegaram aqui de reeducação alimentar eles vão para fisioterapia porque é muito chegam com as asas atrofiadas porque já estão muitos anos em cativeiro passado essa fase eles começam a voar formam casais formam grupos e vão embora talvez a maior pressão hoje na aba do Cafuringa em termos de Vetor de pressão seja ocupação humana mas a gente observa que os proprietários não estão fragmentando subdividindo as suas propriedades então ainda tem propriedades de tamanho grande que Isso facilita ações
de conservação de manutenção de corredores ecológicos da ocupação da biodiversidade na área e muitos proprietários investem no ramo do Eco turismo com pousadas com trilhas com restaurantes com cachoeiras e que isso pode ser né um grande vetor né que para esse tipo de Uso econômico da área a manutenção do atrativo natural ele é essencial Você pode ter atividades produtivas dentro de um mapa e A Conservação andando juntas precisa tentar antagonizar essas duas coisas inclusive porque ela se ajuda [Música] muito esses conflitos é o conflito da ocupação do interesse da produção agrícola é o conflito interesse
da produção minerária é o conflito do crescimento de cidade ocupação territorial situações completamente da mudança da capital para cá que a questão da exploração de brita e produção de cimento e tal por um lado nos preservando ali espécies raras néndêmicas e vizinho tá ali uma cratera lançando material de suspensão ali que realmente prejudica a qualidade do ar daquelas comunidades [Música] de conservação de Uso Sustentável né Tem uma sensibilidade ambiental tamanha que foi que o zoneamento é criou aí condições mais próprias A Conservação a vocação aí foi realmente preservar aquele ambiente o monumento natural muda pedreira
é uma dessas áreas [Música] outra questão peculiar ali é também o a região das rochas né calcárias que produziram ali alguns fenômenos bastante interessantes um deles é o Morro da Pedreira que era maciço né que tem ali um conjunto de cavernas e a meta da escalada aqui no distrito federal [Música] é o Morro da Pedreira ele é um ponto de escalada muito antigo a gente tem um Cerrado denso a gente tem um cerradão uma formação é grande Uma fitofisionomia de árvores grandes isso no cerrado É muito raro é muito bonito né a gente tem uma
beleza muito exuberante aqui a gente consegue tá tendo contato com fauna com Flora a gente consegue tá tendo esse contato bem específico com um tipo de cerrado que não é tão fácil de achar no contexto geral de Brasília né nos últimos anos a gente tem visto na época do cafungações que visam aumentar a proteção de algumas porções então a criação do monumento natural do Morro da Pedreira né Ela é uma ação interessante porque o monumento natural é uma categoria de umidade de conservação de Proteção Integral a gente tem esse calcário interessante né uma origem de
mar marítima A Escalada no calcário Ela tanto quanto mais macia digamos assim é difícil de encontrar pé apoios para pés Mas a gente sempre vai ter mãos só que nem sempre essas mãos vão ser confortáveis né todo mundo que faz escalado em Brasília ou que se interessa por estereologia conhece ali o Morro da Pedreira e entra e explora e estuda o que é muito positivo né a região norte aqui do DF ela característicamente é mais conservada por conta do relevo muito acidentado né e particularmente é onde estão as cavernas né porque a gente tem aqui
a presença dos calcários dos carbonatos e eles favorecem muito a formação dessas grutas e se tinham de cerrado remanescente aqui do norte do DF ainda muito conservado tem a concentração muito grande de representantes de fauna e de Flora e muitos deles listados em risco de extinção [Música] chama atenção por uma espécie morcego morceguinho do Cerrado que ele é endêmica desse bioma e também é exclusivo é habitantes de cavernas aloncofila de quiser ele foi encontrado aqui na região pela primeira vez nas cavernas que dá para de capoeira ainda vem sendo estudado monitorado continua habitando e ele
é um indicador de qualidade ambiental [Música] encerrado é uma Savana muito úmida onde Chove muito em comparação com outra Savanas e isso faz do Cerrado a caixa d'água do Brasil a gente está na parte mais alta do Brasil no planalto central e aonde essa água infiltra para maior parte das bacias hidrográficas brasileiras e aqui o Distrito Federal também a gente tem três bacias hidrográficas dentro do Distrito Federal a água que chove no norte do Distrito Federal ela vai cair no mar lá junto com a foto do Rio Amazonas lá no norte do Brasil tem água
que chove no distrito federal e vai cair lá perto na foto do Rio São Francisco no Nordeste e tem água que chove no Distrito Federal vai cair lá no sul da América do Sul junto com a bacia do Paraguai do RioCard inclusive que é interessante é que ali apesar de ser uma borda Noroeste existem espécies ali características já da bacia amazônica você tem matas que tem um contato biogeográfico um contato de trocas de organismos com biomas no mais ao norte então ali encontra-se espécies de anfíbios de serpentes de borboletas de vários organismos que são mais
tipicamente Amazônicos do que por exemplo a fauna que a gente encontra nessas porções mais altas dentro do Planalto [Música] Toda vez que você tira uma vegetação do Cerrado tem um monte de biomassa embaixo as raízes ajudam a água entrar e infiltrar no solos e para os aquíferos a gente está impedindo que essa água entre no solo se você substitui uma floresta de cabeça para baixo que é o cerrado por uma plantação de monocultura com raiz curtinha como a soja o milho você tá impedindo que a água entre camadas mais profundas do solo [Música] a principal
característica do Cerrado é a sazonalidade que são Estações secas e estações chuvosa bem definida a quantidade de chuva que o cerrado tem praticamente 1.500 1.600 milímetros é suficiente para você produzir uma floresta mas essa água é distribuída apenas na estação chuvosa que essas plantas aprenderam a desenvolver o sistema foram selecionadas por ter essa característica então consegue conv Iver com essa Estação cerca de seis meses por conta desse sistema radicular profundo que vai buscar essa água e muitas vezes ela até compartilha com outras espécies não ali perto aí agora vocês vão ver que coisa linda que
é tá lá embaixo [Música] a gente às vezes brinque e fala como é que a gente veio parar aqui né olha para as três crianças olha para a gente e fala o que que a gente vai fazer aqui era tudo mato não tinha mais nada nesse lugar não tinha nenhuma casa não tinha ninguém morando aqui mas o Jefferson ficou apaixonado me ligou e falou o lugar é lindo eu tinha um projeto na minha cabeça que era eu não queria criar meus filhos em São Paulo e eu tinha esse sonho de vir para a natureza assim
era um chamado meu assim e o Jefferson falou Olha na verdade a Terra é incrível mas o mais legal é que a galera quer viver numa proposta de uma ecovila mas eu falei mas essa história de viver em comunidade me atrai isso aí eu acho legal [Música] esse Bananal aqui atrás com essas Bananeiras gigantes é uma fossa de evapotranspiração a gente disse que é a tecnologia social mais revolucionária que existe porque ela transforma cocô humano em muito alimento ou gás carbônico ou oxigênio ou nitrogênio e elimina completamente qualquer resíduo da nossa presença humana no território
aqui embaixo tem um Buracão impermeabilizado esse buraco tá cheio de pneus de caminhão cheio de pedras o cocô humano vem lá de cima de uma descarga comum entra dentro desse buraco note que não tem como as bactérias respirarem Então são só as bactérias que não respiram aí a bactéria não tem o que comer ela come o cocô humano e o cocô da bactéria no nitrogênio aí o nitrogênio é o alimento da bananeira [Música] então aqui a estação de Adobe lugar onde a gente concentra toda a produção desses tijolos artesanais ele não utiliza nenhum tipo de
queima então não tem forno nada disso ele é completamente secol natural de preferência com vento e a umidade do ar sem utilização muito de sol é só a passagem mesmo da radiação atualmente a gente utiliza ele nas bioconções que a gente realiza das nossas casas e a nossa ideia principalmente a Compartilhar esse conhecimento assim como a falta de evapotranspiração poder demonstrar o quão barato pode ser para pessoa é construir a sua própria casa com muita qualidade e ao mesmo tempo com saberes de todo mundo são saberes que a gente já tinha a gente pelas ecovinas
na verdade a gente acaba muito mais resgatando muito a tecnologia do que necessariamente inovando a gente faz uma brincadeira que tem um aquecimento global e tem um esquecimento Global então a gente precisa se relembrar de muita coisa liberando água doce que tem tanta piscina na Ilha das meninas tomar banho de argila a gente no começo tinha aquela aquela parte assim daquele medo né hoje em dia a gente já viu o incêndio como um momento de união é o momento que a gente consegue juntar todo mundo junta a gente os nativos das Comunidades mais antigas e
a gente faz aqueles grandes encontros É muita gente esse último incêndio a gente é 60 pessoas combatendo fogo a gente tava com os equipamentos conseguiu se ajudar então foi bem bem interessante conseguimos fazer resgate de animais o fogo no cerrado ele ocorre naturalmente há várias milhões de anos por conta de Raios em determinados períodos do ano e ocorre porque a vegetação do Cerrado ela tem a coexistência das gramíneas e das águas essas gramíneas depois de muito tempo sem chuva elas ficam secas então elas queimam facilmente então o cerrado evoluiu com fogo o que não quer
dizer que o cerrado resiste a qualquer fogo ao contrário especialmente as matas as florestas encerradas matas de Galeria em volta dos rios elas são muito sensíveis ao fogo e qualquer incêndio pode ter danos causados muito graves para as vegetações que não gostam de fogo que não conviveram com fogo O fogo foi parte do Cerrado em toda essa construção dessa vegetação natural aqui só que esse fogo acontecia geralmente durante a época chuvosa por um raio que caia não com esse manejo que a gente faz muitas vezes por pastagem para reduzir a biomassa né no caso a
biomassa de espécie invasoras para que ela rebrote então o produtor muitas vezes por desconhecimento faz esse fogo e você começa a ter fogo no cerrado numa época que não acontecia então o cerrado sempre [Música] porque o comportamento do fogo quando tá com muito vento muito quente muito seco é um comportamento muito intenso e aí até o combate do incêndio é muito complicado e muito caro se a gente tiver usado o fogo nesse mesmo lugar numa época bem mais amena esse lugar vai estar com menos combustível e isso incêndio nunca vai ser tão descontrolado [Música] [Música]
eu tenho eu tenho medo do Fogo Ainda assim sempre que eu a gente recebe um chamado no telefone que tá tendo incêndio e dá um medo porém hoje eu sei o meu lugar junto do fogo qual é e junto das pessoas que combatem o fogo Qual é hoje eu entendo o limite do Fogo porque galera que é brigadista voluntário que apaga fogo de Florestal todo dia eles estão olhando para esse elemento e existe uma linha que é intransponível e quando você consegue passar essa linha e voltar para contar para eles que depois dessa linha ainda
tem mais coisa tem um olhar diferente esse fogo [Música] E aí tinha um incêndio 2019 que tava muito tempo pegando fogo lá já tinha uma semana e a gente foi oferecer ajuda para o pessoal da borda que tinha um casal de velhinho que morava ali o fogo chegou lá no outro dia e eles ligaram para gente pedir para pedir socorro e a gente foi lá e pegamos os equipamentos que a gente já tinha uma organização pequena mas tinha ali já tinha ele abafador bomba de água botamos no carro vestir uma roupa um pouco mais adequada
mas não era adequada e fomos lá para pagar esse fogo desceu uma pirambeira e o vento mudou e aí eu fiquei preso no paredão no paredão assim da montanha e o fogo o vento subiu muito rápido e aí para você escalar com a mochila de 20 kg de água mais rápido que o fogo subindo foi muito difícil e eu fiquei preso ali dentro daquela bola de fogo e aí nesse momento que eu quando o fogo realmente me abraçou que eu vi o chão tremer aí senti o calor pegar vi minha roupa evaporar seu cabelo sumiu
falei Eita aqui tá perigoso aí eu pensei se o fogo tá subindo lá embaixo não combustível Então vou pular dentro do fogo aí eu pulei dentro do fogo consegui atravessar a bola de fogo cair num platô assim machuquei o pé eu falei cara eu tenho adrenalina pura correndo na minha veia eu vou usar ela meu favor E aí comecei a escalar foi quando eu perdi minhas mãos porque o fogo tinha acabado de passar por uma uma formação rochosa com o mato e tava muito quente as pedras então quando Eu enfiava a mão na pedra a
mão ia derretendo Eu enfiava uma e a outra ia puxando ia puxando e foi um momento assim de muito esforço de concentração que eu fui subir na montanha ganhando metra metro até o topo lá da montanha quando um amigo meu já me encontrou e eu tinha queimado muitos olhos estava ficando não conseguia ver tinha pele caindo a pele ficava prendendo nas folhas das Árvores sofreu muito eu falei cara escolhe o melhor caminho para eu não me machucar e a gente andou ainda 1 km dentro da floresta ali subindo e descendo erosão cerca de fazenda ali
e aí chegamos até a sede onde era a Casa dos Velhinhos e bombeiro já estava lá com a Carol que é minha esposa e o Júlio pô tá nele também que se machucou E aí foi para o hospital e aí são uma outra Saga depois no hospital que foram 35 cirurgias mais ou menos ao longo de dois meses um dia sim um dia não a pro primeiro diagnóstico era que talvez eu nem sobreviver Esse é o segundo aqui para sobreviver tinha que amputar os braços e daí foi mais na minha cabeça eu mesmo eu nunca
tive um pingo de dúvida assim mas tive muitas experiências eu não sei dizer qual é a palavra mas com o mistério da vida [Música] mandando um videozinho aí para compartilhar com vocês aí essa Saga que está sendo a recuperação aí galera Acabei de ver uma sessão de fisioterapia ali todo mundo todo quebrado mas estamos bem O mais difícil eu acho que a dor porque eu lembro que eu fiquei um ano sentindo dor e nem interruptamente todos os dias durante 24 horas por dia aí você se acostuma um pouco a dor começa a baixar aí você
aí já tem um alívio E aí tem a segunda parte que essa da mobilidade da reconexão com o mundo deu reaprender a dirigir e aí ainda tô nessa acompanhamento hoje já tem Meus movimentos todos já já pratica o esporte eu já nado já pratico luta já já trabalho já cozinha a Carol minha esposa depois de tudo que a gente passou e ela tá acompanhado todo esse processo junto minuto a minuto um belo dia Falou cara não quero que isso aconteça com mais ninguém vamos se organizar como é que a gente faz para melhorar a gente
se organiza e ela falou vou montar uma brigada de incêndio Florestal voluntária e vamos ser Os Guardiões da Cafuringa [Música] [Aplausos] outros braços outras pessoas foram vindo e a gente viu que a gente cara a gente tem pessoas que a gente não tem equipamento Então a gente vai voltar para o início para se machucar de novo aí ela falou cara vamos fazer uma festa vamos se organizar vamos se capitalizar vamos fazer a gente por nós mesmo E aí fizemos esse Festival do fulk deu super certo foi todo todo voluntário tudo foi doação várias empresas se
envolveram Conseguiram fazer a festa conseguimos juntar o dinheiro e conseguimos parir essa essa brigada [Música] me olhava no espelho e achava normal achava cara normal só que eu não tava cara com 25 Kg a menos eu não conseguia mexer para beber água sozinho não consigo tomar banho sozinho e aí na pandemia a gente teve aquele tempo de ficar mais pensando na vida que me olhei mesmo de verdade foi a primeira vez que eu percebi o quão que eu tinha me machucado que eu falei rapaz eu acho que foi grave meu acidente a primeira vez que
eu pensei assim eu falei rapaz aí eu fui começando as fichas foram caindo eu falei cara eu me machuquei muito e comecei a chorar e comecei a chorar muito muito e comecei a lembrar de várias coisas e uma delas foi uma minha relação com instrumento que ainda não tinha pensado nisso e eu olhei para minha mão eu tinha amputadas as pontas dos meus dedos eu falei rapaz como é que eu vou tocar meu violão aí que o choro veio mais que eu falei eu fiquei uns quatro meses sem conseguir abrir o case do violão eu
chegava perto do Padre Zezinho que eu chorava eu falei Caraca bicho vou ter que dar um jeito nisso E aí fiquei nessa Lagoa tá até o dia que eu consegui abrir o violão e botar a mão nele doía muito eu não conseguia tocar óleo de não tá óleo de rabo de olho olho para você beijo verde tá Olhe na pista meu coração derrapou devagar molho para entreter só para disfarçar não se feche Abra seu corpo olhe em você nunca quer te dar olho na reta que a vida leva o que fica para trás e na
hora o mundo realiza a vontade é o mesmo que bate na cara para a hora passar [Música]